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setembro de 2014 César Filipe Barbosa Gomes de Araújo UMinho|2014 César Filipe Barbosa Gomes de Araújo Universidade do Minho Instituto de Educação A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma abordagem a um curso profissional A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma abordagem a um curso profissional

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setembro de 2014

César Filipe Barbosa Gomes de Araújo

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Universidade do MinhoInstituto de Educação

A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma abordagem a um curso profissional

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Relatório de Estágio Mestrado em Ensino de Informática

Trabalho realizado sob a orientação da

Doutora Lia Raquel Moreira Oliveira

Universidade do MinhoInstituto de Educação

setembro de 2014

César Filipe Barbosa Gomes de Araújo

A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma abordagem a um curso profissional

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DECLARAÇÃO

Nome: César Filipe Barbosa Gomes de Araújo

Endereço eletrónico: [email protected]

Número do Bilhete de Identidade: 11077413

Título do relatório: A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem

dos alunos: uma abordagem a um curso profissional

Supervisora: Doutora Lia Raquel Moreira Oliveira

Ano de conclusão: 2014

Designação do Mestrado: Mestrado em Ensino de Informática

AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE RELATÓRIO APENAS PARA EFEITOS DE

INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE

COMPROMETE.

Universidade do Minho, setembro de 2014

Assinatura:

________________________________________________

(César Filipe Barbosa Gomes de Araújo)

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AGRADECIMENTOS

À minha supervisora Doutora Lia Raquel Moreira Oliveira, pelo apoio, disponibilidade, ajuda e

ensinamentos ao longo do meu estágio profissional.

Ao meu orientador cooperante professor Luís Baptista, pelo apoio, disponibilidade, ajuda e

ensinamentos ao longo do meu estágio profissional.

A todos os professores do Mestrado em Ensino de Informática, pelos ensinamentos que

certamente me tornaram mais competente para o desempenho do papel de professor.

A todos os colegas do Mestrado em Ensino de Informática, pois 2 anos de convivência não

podem deixar de ser registados.

Ao meu colega de mestrado Paulo Torres, também meu colega de estágio na escola ALFACOOP,

também meu colega de grupo em todos os trabalhos no âmbito das diferentes UC´s, pelo

companheirismo ao longo destes 2 anos.

À escola ALFACOOP, na pessoa de todos aqueles que possibilitaram e facilitaram a minha

integração.

Aos alunos da turma 10ºF da escola ALFACOOP, por me aceitarem e trabalharam em prol de

um objetivo comum.

…aos meus Pais,

…à Cristina,

para a Margarida...

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v

RESUMO

Este relatório insere-se no âmbito do estágio profissional do Mestrado em Ensino de

Informática da Universidade do Minho, no decurso do ano letivo de 2013/2014 e retrata todo o

trabalho de investigação realizado, no âmbito da minha intervenção pedagógica subordinada ao

tema “A Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma

abordagem a um curso profissional”.

O contexto onde se realizou o estágio foi a escola ALFACOOP – Externato Infante D.

Henrique em Braga, onde intervim como professor estagiário na lecionação do módulo de

Criação de Páginas Web, com a turma 10ºF do curso profissional de Técnico/a de Análise

Laboratorial.

Incutido por uma metodologia de investigação do tipo Investigação-Ação (I-A), recorri a

um conjunto de métodos, técnicas e instrumentos de recolha de dados, por forma a ajudarem-

me na análise e compreensão da situação em concreto e orientar a minha investigação no

sentido de dar resposta a quatro objetivos fundamentais, nomeadamente: avaliar o impacto da

adoção da metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem;

avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto nas aulas; avaliar a

satisfação dos alunos na utilização na plataforma de edição de páginas web – Wix; e avaliar o

impacto das estratégias de ensino-aprendizagem adotadas nas aulas, no aproveitamento dos

alunos.

Desta forma e atendendo às especificidades dos alunos da turma e concretamente à

problemática identificada – alunos desmotivados para a aprendizagem e, tratando-se o fator

motivação por si só uma das forças importantes que orientam as ações dos alunos, contribuindo

e muito para a criação de um ambiente de sala de aula produtivo, adotei como filosofia de

ensino na minha intervenção pedagógica, a metodologia de trabalho de projeto. Esta consiste

numa metodologia de ensino-aprendizagem, que promove a participação ativa dos alunos na

realização de trabalhos baseados em temas ou em problemas, que resultam dos seus interesses

e das suas necessidades.

Em balanço final, os resultados obtidos na investigação permitem afirmar que a adoção

desta metodologia constituiu-se como uma resposta adequada à problemática identificada, na

medida em que permitiu aos alunos melhorarem os seus índices de motivação, levando-os a

interessarem-se e participarem ativamente no processo de ensino-aprendizagem e desta forma,

alcançarem com sucesso os objetivos pedagógicos inerentes ao módulo.

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ABSTRACT

The present report describes the work developed during my teaching practice of the

Master in Teaching Computers from the University of Minho, during the school year of

2013/2014 and is focus in all the research work performed, in the field of my pedagogical work

entitled “The Project Method as a promoter of student learning: an approach to a professional

course”.

The teaching practice was developed in the school ALFACOOP – Externato Infante D.

Henrique in Braga, where I worked as a trained teacher in the subject Creating Web Pages, with

10 º F class from the professional course of Technician of Laboratorial Analysis.

Instilled by a Research Methodology Action, I used several methods, techniques and

instruments for data collection, aiming to help me in the analysis and evaluation of the different

situations and to follow my research aiming to achieve four main aims, namely: to evaluate the

impact of using the project method on the students motivation for learning; to evaluate the

impact of using the project method in the classroom; to evaluate the students' satisfaction in

using the website building platform – Wix; and to evaluate the impact of all the learning strategies

adopted in the classroom, in student achievement.

On this way and taking into account the profile of the students, specially the identified

problematic – students unmotivated for learning and, because the motivation factor is one of the

important forces that guide the actions of the students, contributing for the creation of an

environment able to promote the learning process, I decided to adopt as strategy of teaching, the

project method. This consists in a methodology of teaching-learning that promotes an active

participation of the students in performing the works based in topics or real problems that take

into account their specific interests and needs.

As final remarks, the results obtain in the research allowed to conclude that the adoption

of this methodology is an important tool for the efficient resolution of the identified problematic,

allowing to enhance the levels of motivation, and, as a consequence to a more active

participation and interest in the process of teaching-learning and, by this way, to reach with

success the pedagogic goals proposed.

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. iii

RESUMO ................................................................................................................................... v

ABSTRACT .............................................................................................................................. vii

ÍNDICE ..................................................................................................................................... ix

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................ xii

ÍNDICE DE GRÁFICOS.............................................................................................................. xiii

ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................... xiv

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 15

2. METODOLOGIA DE TRABALHO DE PROJETO .................................................................. 19

2.1. Contextualização ..................................................................................................... 19

2.2. Fases de desenvolvimento ....................................................................................... 20

2.3. O papel do aluno e do professor .............................................................................. 23

2.4. Vantagens e Desvantagens ...................................................................................... 24

2.5. Semelhanças e diferenças entre a Metodologia de Trabalho de Projeto e a

Aprendizagem Baseada em Problemas ............................................................................... 24

3. CONTEXTO E PLANO GERAL DE INTERVENÇÃO .............................................................. 27

3.1. Contexto de Intervenção .......................................................................................... 27

3.1.1. Escola ............................................................................................................. 27

3.1.2. Turma ............................................................................................................. 28

3.1.3. Disciplina/Módulo ........................................................................................... 31

3.1.4. Documentos reguladores do processo de ensino-aprendizagem ........................ 32

3.1.5. Ensino profissional ........................................................................................... 33

3.1.6. Perfil geral de desempenho profissional docente .............................................. 37

3.2. Plano geral de intervenção....................................................................................... 38

3.2.1. Metodologia de investigação ............................................................................ 38

3.2.2. Métodos e técnicas de recolha de dados .......................................................... 40

3.2.3. Estratégias de ensino-aprendizagem................................................................. 42

3.2.3.1. Estratégia exploratória .................................................................................. 42

3.2.3.2. Estratégia de intervenção ............................................................................. 52

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3.2.4. Desenho da intervenção................................................................................... 54

3.2.5. Planificação das aulas ..................................................................................... 56

4. DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO .................................................... 59

4.1. Desenvolvimento da intervenção .............................................................................. 59

4.1.1. Aula 1 ............................................................................................................. 59

4.1.2. Aula 2 ............................................................................................................. 60

4.1.3. Aula 3 ............................................................................................................. 63

4.1.4. Aula 4 ............................................................................................................. 64

4.1.5. Aula 5 ............................................................................................................. 65

4.1.6. Aula 6 ............................................................................................................. 66

4.1.7. Aula 7 ............................................................................................................. 66

4.1.8. Aula 8 ............................................................................................................. 68

4.1.9. Aula 9 ............................................................................................................. 68

4.1.10. Aula 10 ........................................................................................................... 70

4.1.11. Aula 11 ........................................................................................................... 73

4.1.12. Aula 12 ........................................................................................................... 74

4.1.13. Aula 13 ........................................................................................................... 75

4.1.14. Aula 14 ........................................................................................................... 76

4.1.15. Aula 15 ........................................................................................................... 77

4.1.16. Aula 16 ........................................................................................................... 78

4.1.17. Aula 17 ........................................................................................................... 78

4.1.18. Aula 18 ........................................................................................................... 79

4.1.19. Aula 19 ........................................................................................................... 79

4.1.20. Aula 20 ........................................................................................................... 80

4.1.21. Aula 21 ........................................................................................................... 81

4.1.22. Avaliação do trabalho ....................................................................................... 82

4.2. Avaliação da intervenção ......................................................................................... 83

4.3. Atividades não letivas .............................................................................................. 90

5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................... 91

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 95

7. ANEXOS ......................................................................................................................... 99

Anexo 1 - Questionário inicial ................................................................................................ 101

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Anexo 2 - Planificação modular .................................................................................................. 107

Anexo 3 - Plano de aula ............................................................................................................. 109

Anexo 4 - Grelha de planeamento de um website ...................................................................... 111

Anexo 5 - Enunciado do projeto ................................................................................................. 113

Anexo 6 - Questionário final ....................................................................................................... 117

Anexo 7 - Grelha de avaliação contínua ..................................................................................... 121

Anexo 8 - Grelha de observação das fichas de trabalho ............................................................ 123

Anexo 9 - Grelha de correção do projeto final ............................................................................ 125

Anexo 10 - Grelha de avaliação final .......................................................................................... 129

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Percurso de aprendizagem dos alunos ................................................................... 54

Figura 2 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (1ª versão) ................................... 60

Figura 3 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (2ª versão) ................................... 61

Figura 4 – Nuvem de editores de páginas web ........................................................................ 62

Figura 5 – Palestra ................................................................................................................. 90

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Respostas à questão “Qual é o teu sexo?” ............................................................. 28

Gráfico 2 – Respostas à questão “Qual é a tua idade?” ........................................................... 29

Gráfico 3 – Respostas à questão “Qual é a localidade onde moras?” ....................................... 29

Gráfico 4 – Respostas à questão “Qual é a profissão do teu pai?” ........................................... 30

Gráfico 5 – Respostas à questão “Qual é a profissão da tua mãe?” ......................................... 30

Gráfico 6 – Respostas à questão “Qual é a escolaridade dos teus pais?” ................................. 31

Gráfico 7 – Modalidade de ensino segundo a idade ................................................................. 35

Gráfico 8 – Modalidade de ensino segundo o nível de escolaridade dominante da família ........ 35

Gráfico 9 – Modalidade de ensino segundo a origem socioprofissional da família ..................... 36

Gráfico 10 – Gosto dos alunos pelo uso do computador para estudar ou fazer os trabalhos de

casa ....................................................................................................................................... 48

Gráfico 11 – Preferência na realização dos trabalhos em sala de aula ..................................... 49

Gráfico 12 – Conhecimento dos alunos acerca da criação de websites .................................... 50

Gráfico 13 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites ......................................... 50

Gráfico 14 – Conhecimentos de linguagem HTML ................................................................... 51

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Fases de desenvolvimento da metodologia de trabalho de projeto (Perspetivas de

alguns autores) ....................................................................................................................... 22

Tabela 2 – O papel do aluno e do professor numa metodologia de trabalho de projeto ............ 24

Tabela 3 – Semelhanças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada

em problemas ........................................................................................................................ 25

Tabela 4 – Diferenças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada em

problemas .............................................................................................................................. 26

Tabela 5 – Evolução dos alunos matriculados em cursos profissionais .................................... 33

Tabela 6 – Métodos, técnicas e instrumentação da recolha de dados ...................................... 41

Tabela 7 – Diário do professor ................................................................................................ 46

Tabela 8 – Atividades preferidas dos alunos no uso do computador ........................................ 47

Tabela 9 – Motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC ............................ 49

Tabela 10 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites ......................................... 51

Tabela 11 – Calendarização do percurso de aprendizagem dos alunos .................................... 55

Tabela 12 – Critérios de avaliação .......................................................................................... 56

Tabela 13 – Escala de classificação das fichas de trabalho ..................................................... 67

Tabela 14 – Calendarização do trabalho de projeto ................................................................. 70

Tabela 15 – Grupos de trabalho .............................................................................................. 72

Tabela 16 – Momentos e critérios de avaliação do trabalho de projeto ..................................... 83

Tabela 17 – Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem durante o módulo

de Criação de Páginas Web .................................................................................................... 85

Tabela 18 – Informação acerca da metodologia de trabalho adotada nas aulas ....................... 86

Tabela 19 – Informação acerca da ferramenta de edição de páginas web adotada nas aulas ... 88

Tabela 20 – Avaliação final do módulo .................................................................................... 89

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório insere-se no âmbito do estágio profissional do Mestrado em Ensino de

Informática da Universidade do Minho, no decurso do ano letivo de 2013/2014. Sob o tema “A

Metodologia de Trabalho de Projeto como promotora da aprendizagem dos alunos: uma

abordagem a um curso profissional”, pretende-se, neste relatório de estágio e na sequência da

intervenção pedagógica subjacente, retratar todo o trabalho de investigação realizado à luz de

uma metodologia de Investigação-Ação (I-A) e por forma a dar resposta à questão orientadora de

todo o trabalho, nomeadamente: “A metodologia de trabalho de projeto constitui um fator de

motivação, para a aprendizagem dos alunos?”.

Neste âmbito, o contexto onde decorreu o estágio foi na escola ALFACOOP – Externato

Infante D. Henrique que é uma escola cooperativa, constituída em 20 de setembro de 1983 por

um grupo de professores, e integra a rede de oferta pública de educação e formação, oferecendo

o ensino regular básico e secundário gratuito ao abrigo de um contrato de associação com o

Ministério da Educação e Ciência, bem como cursos do ensino profissional financiados pelo

POPH. Esta escola situa-se em Ruílhe, que é uma freguesia rural e limítrofe do concelho de

Braga. Quanto à turma alvo da minha intervenção pedagógica constituiu uma turma do 10.º ano

de escolaridade (10º F), do curso profissional de Técnico/a de Análise Laboratorial, composta

por 20 alunos. Em relação à disciplina que lecionei, a mesma integra a componente de

formação sociocultural do curso e trata da disciplina de Tecnologias de Informação e

Comunicação, em concreto o seu módulo número 3 designado de Criação de Páginas Web. Este

módulo teve a duração de 34 horas e decorreu no período de 17 de Março a 20 de Junho de

2014.

Relativamente à problemática subjacente à minha intervenção pedagógica, a mesma

teve por base o fator motivação dos alunos para a aprendizagem. Ora o fator motivação é, por si

só “uma das forças importantes que orientam as ações dos alunos”, contribuindo e muito para a

criação de um ambiente de sala de aula produtivo (Arends, 1999, p. 122). Também Pérez

(2009) assinala o fator motivação, como um dos fatores principais que influenciam o êxito da

aprendizagem dos alunos. Assim sendo, parece-me de todo relevante investir a minha prática

pedagógica sobre esta problemática. Também porque ao longo do meu percurso profissional

como formador na área de Informática, me deparei com turmas distintas no campo da

motivação, é caso para dizer que não há turmas iguais e que, mesmo dentro duma turma, cada

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indivíduo é único em termos de características, necessidades e interesses. Por isso, realizar esta

intervenção sobre esta problemática significa tornar-me e tornar os alunos mais competentes.

Desta forma, adotei como filosofia de ensino na minha intervenção pedagógica, a

metodologia de trabalho de projeto, como forma de promover a aprendizagem em alunos

desmotivados de um curso profissional. Esta constitui uma metodologia de ensino-aprendizagem

que teve a sua génese a partir de ideias enunciadas por John Dewey em 1897, acerca da

utilização do trabalho de projeto como “recurso pedagógico na construção do conhecimento”

(Barbosa & Moura, 2013, p. 61) e mais tarde consubstanciadas por William Kilpatrick, em 1918,

no seu artigo “The Project Method” onde defendia o trabalho de projeto como alternativa ao

ensino convencional, expositivo e transmissor de conhecimentos, através de uma nova

abordagem que fosse ao encontro dos interesses e das necessidades dos alunos (Kilpatrick,

2006). Assim sendo a minha opção por esta metodologia deve-se essencialmente ao facto, de a

mesma constituir uma solução para o problema encontrado, na medida em que, vem

proporcionar aos alunos um maior interesse e motivação para a aprendizagem (Ferreira, 2013),

onde os seus conhecimentos, as suas experiências e os seus recursos são valorizados,

constituíndo desta forma estímulos para a aquisição de novos conhecimentos (Monteiro, 2007),

proporcionando assim, “aprendizagens com mais sentido e utilidade à sua vida em sociedade”

(Ferreira, 2013, p. 325).

Neste intuito, pretende-se ao longo desta intervenção e com a adoção desta filosofia de

ensino, alcançar aquele que é o objetivo primeiro da escola e que se trata da promoção da

aprendizagem dos alunos, nomeadamente e neste caso em concreto, no que concerne às

competências expressas no referencial de formação do curso relativas ao módulo de Criação de

Páginas Web. Assim, prevê-se ao longo desta intervenção garantir um conjunto de condições, por

forma a atingir esse objetivo e que passam por: promover a motivação dos alunos para a

aprendizagem; promover a participação ativa dos alunos do processo de ensino-aprendizagem, e

desta forma responsabilizando-os pela sua própria aprendizagem; promover o trabalho

cooperativo e colaborativo entre todos os alunos da turma; promover a autonomia dos alunos na

execução das diferentes tarefas; promover a criatividade dos alunos; promover a capacidade de

investigação dos alunos; e promover um bom ambiente de sala de aula, de respeito mútuo entre

os colegas e o professor, sem conflitos e distrações e onde os alunos se ajudam mutuamente.

Paralelamente aos objetivos pedagógicos anteriormente expressos, é também objetivo de

investigação nesta intervenção e de acordo com a respetiva questão orientadora:

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1. Avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto na motivação dos

alunos para a aprendizagem;

2. Avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto nas aulas;

3. Avaliar a satisfação dos alunos na utilização na plataforma de edição de páginas web

– Wix

4. Avaliar o impacto das estratégias de ensino-aprendizagem adotadas nas aulas, no

aproveitamento dos alunos.

Por fim e para um melhor enquadramento de todo o trabalho realizado ao longo da minha

intervenção pedagógica, apresento de seguida a estrutura geral deste relatório de estágio:

No capítulo 1 denominado Introdução é explicitado sumariamente, o tema e a questão

orientadora desta intervenção/investigação, o contexto onde a mesma decorreu, a

problemática e consequente filosofia de ensino adotada nas aulas e a sua pertinência,

os objetivos pedagógicos e de investigação que se pretendem alcançar, bem como, a

presente estrutura do relatório;

No capítulo 2 denominado Metodologia de Trabalho de Projeto é feito um

enquadramento teórico, baseado numa revisão de literatura acerca da metodologia de

ensino-aprendizagem adotada nas aulas – a Metodologia de Trabalho de Projeto –,

mais concretamente no que concerne à contextualização, às fases de

desenvolvimento, aos papéis do aluno e do professor, às vantagens e desvantagens e

às semelhanças e diferenças com a aprendizagem baseada em problemas;

No capítulo 3 denominado Contexto e plano geral de intervenção, numa primeira fase

é caraterizado o contexto onde decorreu a intervenção propriamente dita,

nomeadamente no que concerne à escola, à turma, à disciplina e aos documentos

reguladores do processo de ensino-aprendizagem. É também feito, um

enquadramento teórico baseado numa revisão de literatura e numa análise estatística

acerca da modalidade de ensino profissional em Portugal, bem como é também

realizada uma interpretação ao Decreto-Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto que

estabelece o perfil geral do desempenho docente. Numa segunda fase, é apresentado

o plano geral de intervenção, nomeadamente no que concerne à metodologia de

investigação que lhe está subjacente e aos respetivos métodos, técnicas e

instrumentos de recolha de dados utilizados para o efeito. São também apresentadas

as estratégias de ensino-aprendizagem a adotar durante a intervenção, à luz de uma

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investigação preliminar e de uma revisão de literatura realizadas. Nesta fase é ainda

realizado o desenho da intervenção, mediante uma análise da planificação modular,

idealizando desta forma o percurso de aprendizagem dos alunos e os respetivos

instrumentos de avaliação a utilizar. É feita também, uma revisão de literatura acerca

da planificação das aulas e da sua importância;

No capítulo 4 denominado Desenvolvimento e avaliação da intervenção é descrito,

detalhadamente, todo o processo de intervenção propriamente dito, desde a sua

implementação aula após aula e terminando com a avaliação da intervenção. Na fase

de implementação são descritas todas as aulas realizadas, decorrentes das notas de

campo resultantes do processo investigativo das mesmas e consolidadas por uma

revisão de literatura. Na fase de avaliação é feito um balanço final, baseado nos

resultados obtidos à luz daqueles que foram os objetivos de investigação nesta

intervenção. Neste capítulo é apresentada também uma atividade não letiva levada a

cabo na escola, que pese embora não faça parte da intervenção propriamente dita,

contribuiu de alguma forma para a minha integração naquelas que são as dinâmicas

da escola;

No capítulo 5 denominado Conclusões, limitações e recomendações são apresentadas

as conclusões, as limitações e as recomendações face aos objetivos de investigação e

aos resultados da intervenção/investigação propriamente dita.

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19

2. METODOLOGIA DE TRABALHO DE PROJETO

2.1. Contextualização

Também designada de abordagem por projetos (Katz, 2009), pedagogia de projeto

(Cosme & Trindade, 2001), aprendizagem baseada em projetos (Santoro, Borges, & Santos,

2001), educação baseada em projetos (Andrade & Cavalcante, 2009), ensino baseado em

projetos (Ferreira, 2004), ou mesmo trabalho de projeto (Santos, Fonseca, & Matos, 2009), esta

metodologia de ensino-aprendizagem teve a sua génese a partir de ideias enunciadas por John

Dewey em 1897, acerca da utilização do trabalho de projeto como “recurso pedagógico na

construção do conhecimento” (Barbosa & Moura, 2013, p. 61) e mais tarde consubstanciadas

por William Kilpatrick, em 1918, no seu artigo “The Project Method” onde defendia o trabalho de

projeto como alternativa ao ensino convencional, expositivo e transmissor de conhecimentos,

através de uma nova abordagem que fosse ao encontro dos interesses e das necessidades dos

alunos (Kilpatrick, 2006).

Desde então, muitos foram os autores que se debruçaram sobre essa temática, dos

quais se destacam as seguintes conceptualizações da metodologia de trabalho de projeto:

“O trabalho de projeto pode ser considerado uma abordagem pedagógica centrada

em problemas” (Vasconcelos, 2006, p. 3);

“Um estudo aprofundado de um determinado tema” (Katz & Chard, 2009, p. 3);

“O Trabalho de Projeto é um método de trabalho que se centra na investigação,

análise e resolução de problemas em grupo” (Monteiro, 2007, p. 87);

“Uma metodologia assumida em grupo que pressupõe uma grande implicação de

todos os participantes, envolvendo trabalho de pesquisa no terreno, tempos de

planificação e intervenção com finalidade de responder aos problemas encontrados”

(Leite, Malpique, & Santos, 1989, p. 140);

“Um estudo aprofundado de um assunto ou problema que um grupo, mais ou

menos alargado, de crianças leva a cabo a partir de um interesse forte dos seus

elementos e baseado numa planificação conjunta do próprio grupo” (Rangel, 2002,

p. 12)

“O trabalho de projeto é, pois, uma metodologia investigativa centrada na resolução

de problemas” (Castro & Ricardo, 2002, p. 11).

Dos conceitos anteriores associados à ideia chave de Kilpatrick (2006), ressalta a

opinião generalizada, de que a metodologia de trabalho de projeto consiste numa metodologia de

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ensino-aprendizagem, que promove a participação ativa dos alunos na realização de trabalhos

baseados em temas ou em problemas, que resultam dos seus interesses e das suas

necessidades. Pressupõe então que o trabalho não pode ser imposto aos alunos, contribuindo

desta forma, para uma adesão e participação ativa e motivada de todos, estimulando-os para a

aquisição de novas aprendizagens (Monteiro, 2007). O trabalho está portanto centrado nos

alunos, “são eles que escolhem os temas, os problemas dos projetos que vão desenvolver,

investigar e apresentar o produto final” (Monteiro, 2007, p. 87). Este trabalho desenvolve-se em

pequenos grupos, onde os seus elementos se apoiam, interagem, cooperam e colaboram entre

si (Monteiro, 2007). Esta metodologia pode ser utilizada em todas as idades e como tal, em

qualquer nível de ensino (Rangel & Gonçalves, 2010), bem como, em todas as disciplinas

(Ferreira & Santos, 2000). Quanto à duração dos projetos, “não existe uma regra fixa e

definitiva” (Rangel & Gonçalves, 2010, p. 28), o mesmo dependerá do tipo de projeto, do tempo

que se tem disponível, das especificidades dos alunos, entre outros, sendo que segundo Rangel

e Gonçalves (2010) o aconselhável é que não seja tão curto, que não permita respeitar a

realização das suas fases de desenvolvimento, nem tão longo, ao ponto dos alunos perderem o

interesse e o entusiasmo pelo mesmo.

No que concerne ao enquadramento desta metodologia no sistema de ensino em

Portugal, o trabalho de projeto figurou como uma área curricular não disciplinar1 (Ferreira,

2013). Inicialmente com a designação de “Área-escola”, nos finais da década de 80 início da

década de 90 do século XX e posteriormente com a designação de “Área de Projeto”, após a

reorganização curricular do ensino básico em 2001 e do ensino secundário em 2004 (Ferreira,

2013). A partir de 2011, a “Área de Projeto” é eliminada da estrutura curricular do sistema de

ensino português (PORTUGAL, 2011). Não obstante a existência ou não de uma área não

curricular de trabalho de projeto no nosso sistema de ensino, o mesmo deverá ser adotado pelos

professores das diferentes disciplinas, no âmbito do seu trabalho com os alunos em sala de

aula, na medida em que “cria condições para os alunos construírem aprendizagens significativas

dos conteúdos programáticos” (Ferreira, 2013, p. 319).

2.2. Fases de desenvolvimento

Segundo (Ramos, 2008) um problema ou produto a construir, deverá ser encarado á luz

de uma metodologia de trabalho de projeto, sempre que: apresente algum grau de 1 “Trata-se de uma área que, não tendo um programa definido, se concretiza pela elaboração e pelo desenvolvimento de um projeto que resulta

dos interesses dos alunos e para o qual todas as áreas curriculares disciplinares, ou disciplinas contribuem”. (Ferreira, 2013, p. 319)

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complexidade, englobe um conjunto vasto de tarefas a realizar, exija um tempo relativamente

longo para a sua resolução, requeira conhecimentos em várias áreas do saber e onde sejam

necessários recursos humanos e materiais para execução das diferentes tarefas. Nesta medida e

após consciencialização acerca da adoção da metodologia de trabalho de projeto para

abordagem de um determinado tema ou problema em concreto, apresentam-se de seguida as

respetivas fases de desenvolvimento, de acordo com Monteiro (2007, p. 90):

1. “Identificação da situação-problema – esta fase corresponde à escolha da situação-

problema que constituirá o projeto a desenvolver pelo grupo de trabalho. Depois de

identificado o campo de problemas escolhe-se e formula-se o problema a investigar.

Esta escolha tem de ser fundamentada, isto é, deve ser explicitada a razão ou

razões da escolha;

2. Formulação de problemas parcelares – a situação-problema deve ser descrita,

enquadrada, caracterizada, o que permitirá o seu desdobramento em problemas

parcelares;

3. Esboço de planificação de trabalho – nesta fase procede-se ao levantamento dos

recursos (meios de resolução do problema) e limitações condicionantes do

desenvolvimento do trabalho. São definidas as tarefas a levar a cabo pelos diferentes

elementos do grupo, a escolha dos métodos e técnicas de pesquisa e a respetiva

calendarização. Este esboço de planificação está sujeito a várias reformulações;

4. Investigação e produção – o contato com o meio através do trabalho de campo é o

momento privilegiado da recolha de dados que depois terão de ser tratados. É a

partir dos dados recolhidos e trabalhados, da integração dos conhecimentos

relacionados com a realidade estudada, que se concretiza o produto ou os produtos.

Estes refletem a articulação entre a teoria e a prática, entre o saber e o saber-fazer;

5. Apresentação dos trabalhos – os produtos finais são apresentados à comunidade

podendo assumir formas diversas: relatórios, filmes, exposições, dramatizações,

objetos, maquetes, etc.;

6. Avaliação – a avaliação é feita ao longo do desenvolvimento do projeto. A avaliação

contínua – auto e heteroavaliação – permite reformular estratégias e refletir sobre a

dinâmica do grupo de trabalho. A avaliação do produto final é uma avaliação global

– do processo e do produto.”

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Estas fases descritas por Monteiro (2007, p. 90) no seu livro “Guia do Aluno – Área de

Projeto 12º ano”, são aquelas que são coincidentes com o descrito por outros autores citados

por Rosa (2012), nomeadamente, Ferreira e Santos (2000) que sugerem 10 fases; Castro e

Ricardo (2002) que sugerem 8 fases e Cosme e Trindade (2001) que sugerem 7 fases. A

seguinte tabela (Tabela 1), identifica cada uma das fases de acordo com os autores

anteriormente referenciados.

Ferreira e Santos (2000) Castro e Ricardo (2002) Cosme e Trindade (2001)

1. Identificação do

problema;

2. Identificação e escolha

dos problemas parciais;

3. Constituição dos grupos

de trabalho;

4. Planificação do trabalho;

5. Trabalho de campo;

6. Dinâmica da teorização e

pesquisa no terreno;

7. Produção dos registos e

apresentação ao grande

grupo;

8. Crítica avaliativa dos

trabalhos de grupo;

9. Globalização;

10. Avaliação do Trabalho de

projeto.

1. Escolha do problema

geral;

2. Identificação e escolha de

problemas parcelares;

3. Planificação do trabalho;

4. Desenvolvimento do

projeto;

5. Avaliação intermédia do

progresso;

6. Preparação da

apresentação pública do

projeto;

7. Apresentação pública do

projeto;

8. Balanço final.

1. Formulação e seleção do

problema central;

2. Formulação de problemas

parcelares;

3. Planificação do trabalho;

4. Desenvolvimento do

projeto;

5. Preparação da

apresentação pública do

projeto;

6. Apresentação pública do

projeto;

7. Avaliação final.

Tabela 1 – Fases de desenvolvimento da metodologia de trabalho de projeto (Perspetivas de alguns autores)

Ora, pode-se concluir, então, que uma metodologia de trabalho de projeto envolve um

conjunto de fases de desenvolvimento abertas e flexíveis, dependendo da perspetiva do professor

e atendendo às especificidades do projeto a desenvolver, a definição ou adaptação de cada uma

das fases a implementar.

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23

2.3. O papel do aluno e do professor

Como já foi referido anteriormente, a metodologia de trabalho de projeto vem romper

com os métodos convencionais de ensino, centrados na transmissão de conhecimentos por

parte do professor e na passividade dos alunos e desta forma, proporcionar um novo modelo de

ensino-aprendizagem impulsionado pela experimentação e pelos interesses dos alunos. Esta era

já, também, a perspetiva de Dewey (2002), que refere, “a instituição escolar tem assim a

possibilidade de associar-se à vida, de tornar-se uma segunda morada da criança, onde ela

aprende através da experiência direta, em vez de ser um local onde apenas decora lições, tendo

em vista, numa perspetiva algo abstrata e remota, uma hipotética vivência futura” (Dewey,

2002, p. 26).

Assim, esta nova forma de ensino-aprendizagem, traz consigo uma alteração daqueles

que são os papéis dos diferentes intervenientes em sala de aula. Nesta medida, apresentam-se

de seguida (Tabela 2) aqueles que são os papéis do aluno e do professor, à luz da metodologia

de trabalho de projeto e em consonância com Monteiro (2007); Ramos (2008); e Ferreira

(2013).

Papel do Aluno Papel do Professor

Papel ativo e central no processo de

ensino-aprendizagem;

São responsáveis pela seleção do

tema/problema do projeto a

desenvolver e por todo o trabalho que

lhe está inerente, tendo como foco os

objetivos a atingir e a qualidade do

produto final;

São responsáveis pela gestão eficaz do

tempo e das tarefas;

São responsáveis por trabalhar em

equipa, em pequenos grupos e como

tal de forma colaborativa e/ou

cooperativa;

São responsáveis pela sua própria

aprendizagem.

Papel de orientador no processo de

ensino-aprendizagem;

São responsáveis por uma gestão

flexível dos conteúdos programáticos;

Adotam medidas de diferenciação

curricular e pedagógica;

Assumem face ao projeto uma atitude

de crítica construtiva e no sentido de

uma melhoria contínua do projeto em

curso;

Observam, acompanham e apoiam os

diferentes grupos de trabalho no

desenvolvimento do projeto, ajudando-

os no esclarecimento de dúvidas e a

ultrapassarem as dificuldades, bem

como, na superação de conflitos ou

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24

bloqueios;

São responsáveis por avaliar o

trabalho dos alunos (o percurso e o

produto final).

Tabela 2 – O papel do aluno e do professor numa metodologia de trabalho de projeto

2.4. Vantagens e Desvantagens

Partindo dos interesses dos alunos, a metodologia de trabalho de projeto tem como

vantagem, proporcionar-lhes um ensino com sentido e utilidade, motivando-os para a

aprendizagem e desta forma contribuindo para o desenvolvimento de novas competências,

tornando-os bem-sucedidos quer na escola quer na sociedade. De entre essas competências

destacam-se: a estimulação do trabalho cooperativo e/ou colaborativo, a criação de hábitos de

pesquisa e como tal a capacidade de selecionar e analisar a informação em função dos

objetivos, o desenvolvimento do trabalho autónomo, a responsabilidade, a capacidade de

tomada de decisões, a capacidade de liderança e o aprender a aprender (Ferreira, 2013).

Se por um lado a metodologia de trabalho de projeto traz vantagens aos alunos

relativamente ao ensino convencional, também pode trazer algumas desvantagens,

nomeadamente: a complexidade do método e o tempo que a mesma exige (Ferreira, 2013). A

complexidade do método, na medida em que é necessário gerir e orientar cada grupo de

trabalho de forma personalizada, dando-lhes a resposta adequada na diversidade das dúvidas e

questões que colocam. O tempo, na medida em que pode tornar-se um obstáculo ao

cumprimento dos programas disciplinares, uma vez que esta metodologia requer todo um

percurso de trabalho que só será bem conseguido com a sua execução num determinado

período de tempo.

2.5. Semelhanças e diferenças entre a Metodologia de Trabalho de Projeto e a

Aprendizagem Baseada em Problemas

Sendo a metodologia de trabalho de projeto centrada na resolução de problemas

suscitados a partir do interesse dos alunos, então, qual é a diferença desta metodologia em

relação à aprendizagem baseada em problemas, uma vez que esta é também e segundo Arends

(2008), uma metodologia de base construtivista, que funciona em torno de questões e

problemas da vida real e significativos para os alunos.

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Nesta medida Rosa (2012) e Barbosa e Moura (2013), identificam um conjunto de

semelhanças (Tabela 3) e diferenças (Tabela 4) entre essas duas metodologias com base em

diferentes parâmetros, por forma a fazermos a distinção entre as mesmas. Desta forma são

apresentadas de seguida as respetivas tabelas, adaptadas a partir da informação disponibilizada

pelos autores referenciados.

Parâmetro

Semelhanças

Metodologia de

Trabalho de Projeto

Aprendizagem Baseada

em Problemas

Modelo de ensino-aprendizagem Construtivismo

Papel do professor Orientador do processo de ensino-aprendizagem

Papel do aluno Os alunos têm um papel central e ativo no processo de

ensino-aprendizagem

Trabalho de grupo Constitui a essência destas duas metodologias, onde os

alunos são incentivados a interagirem de forma

colaborativa e/ou cooperativa

Processo investigativo Existe a promoção da investigação em diferentes suportes,

por forma a obterem soluções reais para problemas reais

Interdisciplinaridade Favorecem a interdisciplinaridade

Avaliação É realizada ao longo do processo de aprendizagem e no

final

Tabela 3 – Semelhanças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada em problemas

Parâmetro

Diferenças

Metodologia de

Trabalho de Projeto

Aprendizagem Baseada

em Problemas

Situação geradora Tem origem num problema, necessidade, oportunidade, ou interesse

Tem origem num problema

Seleção da situação geradora É definido pelos alunos É definido pelo professor Duração Exige um período de tempo

de média duração na sua

concretização (4 a 12

semanas)

Os problemas devem ser

analisados num curto

espaço de tempo (2 a 4

semanas)

Complexidade As tarefas apresentam

algum grau de

complexidade e exigência

As soluções devem ser

simples e viáveis

Fases de desenvolvimento O trabalho desenvolve-se ao

longo de um percurso com

etapas mais abertas e

O trabalho desenvolve-se ao

longo de um percurso com

etapas bem definidas

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flexíveis

Resultado final Requer um produto final Não exige um produto final

Tabela 4 – Diferenças entre a metodologia de trabalho de projeto e a aprendizagem baseada em problemas

De referir por fim, e segundo Barbosa e Moura (2013), que a adoção destas

metodologias ativas constitui-se como uma mais valia no âmbito da lecionação, particularmente

no que concerne ao ensino profissional, na medida em que “com métodos ativos os alunos

assimilam maior volume de conteúdo, retêm a informação por mais tempo e aproveitam as

aulas com mais satisfação e prazer.” (Barbosa & Moura, 2013, p. 56)

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27

3. CONTEXTO E PLANO GERAL DE INTERVENÇÃO

3.1. Contexto de Intervenção

3.1.1. Escola

Este projeto de intervenção decorreu na escola ALFACOOP – Externato Infante D.

Henrique, que é uma escola cooperativa constituída em 20 de setembro de 1983 por um grupo

de professores e integra a rede de oferta pública de educação e formação, oferecendo o ensino

regular básico e secundário gratuito ao abrigo de um contrato de associação com o Ministério da

Educação e Ciência, bem como cursos do ensino profissional financiados pelo POPH. Esta

escola situa-se em Ruílhe, que é uma freguesia rural e limítrofe do concelho de Braga (EIDH,

2010).

No que diz respeito à equipa docente, a escola conta, atualmente, com um quadro

estável de 87 professores. Estes, e consoante a área científica a que pertencem, estão

organizados em 6 departamentos curriculares com o “objetivo de desenvolverem de forma

conjunta, dirigida, coordenada e devidamente planificada as atividades didáticas, científicas,

culturais, sociais e de qualquer outra índole que tenham por finalidade melhorar a ação

educativa”. (EIDH, 2012, p. 37).

Quanto aos alunos, a escola conta no ano letivo 2013/2014 com 55 turmas do 5º ao

12º ano de escolaridade. O total de alunos ronda os 1500, o que perfaz uma média de 27

alunos por turma. Estes advêm na sua maioria das freguesias limítrofes dos concelhos de Braga,

Barcelos e Vila Nova de Famalicão numa proporção similar entre os mesmos.

De referir também uma estreita relação entre a escola, a família e a comunidade. A

ALFACOOP considera, que “a educação é uma tarefa partilhada com os pais e nessa convicção,

favorece a participação e organização dos pais na sua associação” (EIDH, 2013, p. 3). Também

através da Associação Académica ALFACOOP XXI a escola tem por finalidade o desenvolvimento

e promoção de atividades desportivas, recreativas, culturais e formativas dirigidas aos alunos, às

famílias e à comunidade, em interação com outras escolas e outras associações congéneres de

âmbito local, regional e nacional.

No que concerne às infraestruturas da escola, mais especificamente no que diz respeito

à sala de informática onde decorreu a intervenção com a turma, a salientar que a mesma possui

as condições adequadas a um bom desenrolar do processo de ensino-aprendizagem. Salienta-se

também a valorização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) por parte da escola,

que se reflete através da disponibilização de uma plataforma de e-learning para suporte ao

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28

processo de ensino-aprendizagem; de um serviço próprio de email para alunos, professores e

funcionários; e do portal SIGE (Sistema Integrado de Gestão de Escolas) para alunos e

encarregados de educação, por exemplo.

3.1.2. Turma

A turma alvo da minha intervenção constituiu uma turma do 10.º ano de escolaridade

(10º F) do curso profissional de Técnico/a de Análise Laboratorial.

Com o intuito de recolher mais informação acerca do perfil dos alunos da turma foi

elaborado um inquérito por questionário2 (Anexo I), cuja apresentação e análise dos resultados

obtidos numa amostra de 20 alunos, é descrita de seguida.

Assim, quanto à distribuição dos alunos por género (Gráfico 1), 13 alunos são do sexo

feminino e 7 alunos do sexo masculino.

Gráfico 1 – Respostas à questão “Qual é o teu sexo?”

A idade dos alunos (Gráfico 2) varia entre os 14 e os 17 anos, sendo que a média de

idades é de 16,2 anos.

2 Esta técnica de recolha de dados é descrita no ponto 3.2.2 deste relatório de estágio.

13

7

Distribuição dos alunos por género

Feminino Masculino

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29

Gráfico 2 – Respostas à questão “Qual é a tua idade?”

Todos os alunos com exceção de 1, são oriundos de freguesias rurais e limítrofes dos

concelhos de Braga, Famalicão e Barcelos, sendo que o concelho mais representativo (Gráfico 3)

é o concelho de Braga com 45% dos alunos.

Gráfico 3 – Respostas à questão “Qual é a localidade onde moras?”

Relativamente à profissão dos pais dos alunos (Gráfico 4), a mais representativa é o

grupo dos carpinteiros e dos que trabalham na construção civil. Registe-se também uma taxa de

15% de pais sem trabalho se incluirmos aqueles que já faleceram ou estão desempregados.

1 3 7 9 0

2

4

6

8

10

14 15 16 17

de

alu

no

s

Idade

Distribuição dos alunos por idade

9 3 8 0

2

4

6

8

10

Braga Barcelos Famalicão

de

alu

no

s

Concelho

Distribuição dos alunos por concelho

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30

Gráfico 4 – Respostas à questão “Qual é a profissão do teu pai?”

Em relação às mães dos alunos (Gráfico 5), a profissão mais representativa é o grupo

das costureiras. Registe-se também uma taxa de 19% de mães sem trabalho se incluirmos

aquelas que são domésticas ou estão desempregadas.

Gráfico 5 – Respostas à questão “Qual é a profissão da tua mãe?”

Quanto à escolaridade média dos pais dos alunos (Gráfico 6), 52,5% apresentam um

nível de escolaridade até ao 2º ciclo e apenas 2,5% concluíram o ensino secundário.

1 3 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 3 0

1

2

3

Cam

ion

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Profissão do pai

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Profissão

Profissão da mãe

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31

Gráfico 6 – Respostas à questão “Qual é a escolaridade dos teus pais?”

Em resumo, a turma alvo da minha intervenção é caracterizada como uma turma de um

curso profissional do 10.º ano de escolaridade, composta por 20 alunos, 13 do sexo feminino e

7 do sexo masculino, com uma média de idades de 16,2 anos. São todos de nacionalidade

portuguesa e provêm de um meio rural e limítrofe predominantemente dos concelhos de Braga e

Famalicão. No que concerne às habilitações literárias dos pais, as mesmas são maioritariamente

ao nível do 2º ciclo, informação que se vê refletida nas respetivas profissões com baixo nível de

educação exigido.

3.1.3. Disciplina/Módulo

A disciplina alvo da minha de intervenção integra a componente de formação

sociocultural do curso profissional de Técnico/a de Análise Laboratorial e trata da disciplina de

Tecnologias de Informação e Comunicação, em concreto o seu módulo número 3 designado de

Criação de Páginas Web. Este módulo tem uma carga horária de 34 horas.

Em termos gerais e de acordo com a respetiva planificação modular (Anexo 2) pretende-

se com este módulo dotar os alunos dos conhecimentos e das destrezas necessárias, por forma

a tornarem-se capazes de desenvolver websites com sucesso e com recurso a uma determinada

ferramenta de edição de páginas web. Em específico, pretende-se que no final do módulo os

alunos sejam capazes de:

Identificar e explicar os principais conceitos associados às páginas web;

Distinguir as diferentes técnicas de edição de páginas web;

Enumerar diferentes programas ou ferramentas de edição de páginas web;

Distinguir as diferentes fases de desenvolvimento de um website;

2 8 2 0 8 2 9 3 1 5 02468

10

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensinosecundário

Não sei

de

pai

s Nível de escolaridade

Escolaridade dos pais

Pai Mãe

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32

Efetuar o planeamento de um website, através da identificação e descrição das

principais variáveis que lhe estão inerentes;

Reconhecer a importância do planeamento, como trabalho prévio na criação de um

website;

Criar e editar páginas web com recurso a uma ferramenta própria;

Publicar um website num servidor web.

3.1.4. Documentos reguladores do processo de ensino-aprendizagem

Ao longo da minha intervenção recorri a um conjunto de documentos, que serviram de

guia na prossecução do meu trabalho na escola. De entre esses documentos destaco: o Decreto-

Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto, o projeto educativo de escola (PEE), o projeto curricular de

escola (PCE), o regulamento interno da escola, o registo modular da disciplina, a planificação do

módulo e os critérios de avaliação do módulo.

Quanto ao Decreto-Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto, este vem definir aquelas que são

as competências exigidas pelo Ministério da Educação no desempenho da profissão docente

(PORTUGAL, 2001). Ora, atuando eu como professor, considero ser de todo importante ter como

referência este documento, por forma a orientar e balizar a minha atuação, segundo aquele que

deve ser o perfil de professor.

No que diz respeito ao PEE3, ao PCE4 e ao regulamento interno da escola5, estes

constituem-se como documentos específicos da instituição onde decorreu a minha intervenção e

aos quais recorri na medida em que considerei ser importante, ao integrar-me como um novo

membro da comunidade educativa da escola, ter conhecimento desses documentos e reger a

minha atuação à luz das suas linhas orientadoras.

Quanto ao registo modular da disciplina, à planificação do módulo e aos critérios de

avaliação do módulo, estes constituem-se como documentos específicos da disciplina e módulo

alvo da minha intervenção. Estes documentos foram previamente criados no início do ano letivo

pelo meu orientador cooperante aos quais tive acesso no sentido de selecionar o módulo a

3 O PEE consiste num documento que “define princípios e linhas orientadoras gerais, assentes nas características da comunidade educativa, de

acordo com as orientações nacionais” (Leite, 2000, p. 5).

4 O PCE consiste num documento com um “conjunto de decisões articuladas, partilhadas pela equipa docente de uma escola, tendentes a dotar

de maior coerência a sua atuação, concretizando as orientações curriculares de âmbito nacional em propostas globais de intervenção pedagógico-didática adequadas a um contexto específico” (Leite, 2000, p. 6).

5 O regulamento interno da escola consiste num documento que define todo um conjunto de “normas regulamentares que orientam os diversos

membros da comunidade educativa no desempenho das suas funções concretas” (EIDH, 2012, p. 2).

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lecionar; aferir acerca dos conteúdos e objetivos do módulo; e aferir acerca dos respetivos

critérios de avaliação da disciplina.

3.1.5. Ensino profissional

Atendendo à especificidade da turma alvo da minha intervenção, uma turma de um

curso profissional, considero ser pertinente abordar esta modalidade de ensino, alternativa ao

ensino secundário regular.

Assim sendo e segundo Azevedo (2010), os cursos profissionais surgiram em 1989

aquando da criação das escolas profissionais, em contrato-programa entre o Estado e os

parceiros locais. Este tipo de cursos veio oferecer à população jovem uma nova oportunidade

educativa através de um percurso de formação mais curto, mais prático e em articulação com o

mercado de trabalho. Têm a duração de 3 anos e estão organizados segundo uma estrutura

modular permitindo desta forma uma maior flexibilidade e adaptação aos ritmos de

aprendizagem de cada aluno.

No que concerne aos números e segundo os dados mais recentes do Direção-Geral de

Estatísticas da Educação e Ciência6 (DGEEC), no ano letivo de 2012/2013 estavam matriculados

no ensino secundário em cursos profissionais 115 885 alunos, o que corresponde a 32% do total

de alunos matriculados no ensino secundário (DGEEC, 2014, p. 79). No sentido de se perceber

a evolução no que concerne aos alunos matriculados em cursos profissionais ao longo dos

últimos anos letivos, apresenta-se a seguinte tabela com base nos dados estatísticos da DGEEC

entre os anos letivos de 2004/2005 a 2012/2013:

Alunos matriculados no ensino secundário

Ano letivo Total de alunos Alunos em CP % Alunos em CP

2012/2013 361 832 115 885 32%

2011/2012 348 434 113 749 33%

2010/2011 344 621 110 462 32%

2009/2010 341 459 107 266 31%

2008/2009 329 137 93 438 28%

2007/2008 349 477 70 177 20%

2006/2007 356 711 47 709 13%

2005/2006 347 400 36 943 11%

2004/2005 376 896 36 765 10%

Tabela 5 – Evolução dos alunos matriculados em cursos profissionais

6 Os dados estatísticos encontram-se disponíveis no site da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, em http://www.dgeec.mec.pt/

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Numa análise aos dados apresentados, podemos verificar a cada novo ano letivo um

aumento do número de alunos matriculados em cursos profissionais, sendo que os aumentos

mais significativos registaram-se na transição para os anos letivos de 2007/2008 e 2008/2009,

após o período experimental nos anos letivos entre 2004/2005 e 2006/2007 aquando da

introdução dos cursos profissionais nas escolas secundárias públicas (Despacho n.º 14

758/2004 - 2.ª série, 2004).

Ainda na sequência da introdução dos cursos profissionais nas escolas secundárias

públicas, Azevedo (2010) relata um conjunto de premissas, como salvaguarda da credibilização

do ensino profissional conquistado desde 1989 pelas escolas profissionais, nomeadamente, que

uma escola “sem qualquer cultura de ensino profissional, sem qualquer programa de formação

dos diretores e dos docentes, sem programa publicamente debatido e escrutinado de

equipamentos e instalações para tão grande número de cursos”, servirá apenas para criar

“caixotes do lixo” para onde serão colocados os alunos com maiores dificuldades de

aprendizagem (Azevedo, 2010, p. 28).

Ora, este alerta de Azevedo (2010) induz-me a perceber qual é o perfil dos alunos à

entrada nos cursos profissionais no 10º ano. Assim, serão apresentados com base nos dados

mais recentes disponibilizados pela DGEEC referentes ao ano letivo de 2010/2011 (Machado,

Nóvoas, Fernandes, & Pereira, 2011), um conjunto de gráficos que comparam os perfis dos

alunos dos cursos cientifico-humanísticos (CCH, cursos com certificação escolar), e dos cursos

profissionais (CP, cursos com dupla certificação – escolar e profissional), tendo em conta três

variáveis: a idade, o nível de escolaridade dominante dos pais e a origem socioprofissional

dominante da família. De referir que a escolha destas variáveis deve-se, essencialmente, ao

facto, de serem aquelas com as quais é possível comparar os respetivos resultados, com a

informação disponível acerca do perfil da turma alvo da minha intervenção.

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Gráfico 7 – Modalidade de ensino segundo a idade

Uma análise ao gráfico apresentado (Gráfico 7), permite aferir que, 67% dos alunos que

ingressam no 10º ano num curso profissional tiveram uma ou mais retenções durante o seu

percurso escolar, em contraponto com os alunos que ingressam no 10º ano nos cursos

cientifico-humanísticos, onde apenas 16% tiveram uma ou mais retenções. Destes dados ressalta

a ideia de que, grande número dos alunos que frequentam os cursos profissionais são alunos

com dificuldades de aprendizagem.

Gráfico 8 – Modalidade de ensino segundo o nível de escolaridade dominante da família

Uma análise ao gráfico apresentado (Gráfico 8), permite aferir que, 61,7% dos alunos

que ingressam no 10º ano num curso profissional advêm de famílias com um nível de

escolaridade dominante até ao 3º ciclo, em contraponto com os alunos que ingressam no 10º

ano nos cursos cientifico-humanísticos, onde 58,2% advêm de famílias com um nível de

escolaridade superior ao 3º ciclo. Destes dados ressalta a ideia duma estratificação social

84%

12% 3% 1% 33% 29% 21% 17%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

<=15 16 17 >=18

% d

e a

lun

os

Idade

Modalidade de ensino segundo a idade

CCH CP

6,30%

35,50% 26,70% 31,50%

15,50%

46,20%

17,10% 21,10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

<= 1º ciclo >= 2º ciclo e <= 3ºciclo

Ensino secundário Ensino superior

% d

e a

lun

os

Nível de escolaridade

Modalidade de ensino segundo o nível de escolaridade dominante da família

CCH CP

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relativamente aos alunos que frequentam cada uma das modalidades de ensino, ou seja, alunos

oriundos de famílias de com um nível de escolaridade mais baixo, têm propensão para

frequentar maioritariamente os cursos profissionais.

Gráfico 9 – Modalidade de ensino segundo a origem socioprofissional da família

Uma análise ao gráfico apresentado (Gráfico 9), permite aferir que, os alunos filhos de

“Operários” ou “Empregados Executantes” que ingressam no 10º ano são em maior número

(56,2%) nos cursos profissionais, em contraponto com os alunos que ingressam no 10º ano nos

cursos cientifico-humanísticos, cuja origem socioprofissional da família é de “Empresários,

Dirigentes e Profissionais Liberais” ou “Profissionais Técnicos ou de Enquadramento” num total

de 54,8%. Destes dados ressalta mais uma vez a ideia duma estratificação social relativamente

aos alunos que frequentam cada uma das modalidades de ensino, ou seja, alunos oriundos de

famílias de categorias profissionais inferiores, têm propensão para frequentar maioritariamente

os cursos profissionais.

Em síntese e de acordo com as três variáveis estudadas, pode-se afirmar quanto ao

perfil dos alunos que frequentam os cursos profissionais que se trata maioritariamente de alunos

com dificuldades de aprendizagem, oriundos de famílias com um nível de escolaridade baixo e

de categorias profissionais inferiores, dando aqui a ideia de uma estratificação social entre

aqueles que frequentam os cursos cientifico-humanísticos ou os cursos profissionais.

Confrontando esta análise com o perfil da turma alvo da minha intervenção apresentado

anteriormente (ponto 3.1.2.), pode-se verificar que os resultados são coincidentes.

Ora, é minha opinião que o ensino profissional é uma alternativa muito válida para os

alunos que não se enquadram no ensino secundário regular, seja por que motivos forem,

nomeadamente, por dificuldades de aprendizagem, pelo facto de não terem intenção de

32,80%

22,00% 9,10%

22,10% 13,90% 22,60% 9,10%

12,10% 29,10%

27,10%

0%

10%

20%

30%

40%

Emp

resá

rio

s,D

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Lib

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Op

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% d

e a

lun

os

Categoria profissional

Modalidade de ensino segundo a origem socioprofissional da família

CCH CP

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frequentar o ensino superior, por pretenderem uma formação mais prática ou por quererem

aprender uma profissão que vá de encontro aos seus interesses, por forma a ingressarem no

mercado de trabalho aquando da conclusão do ensino obrigatório. Considero que o ensino

profissional deve ser olhado como uma mais-valia por todos os intervenientes no processo

educativo e como tal devem ser salvaguardadas um conjunto de premissas, tal como referido

por Azevedo (2010, p. 28), para que esta modalidade de ensino não caia na descredibilização.

3.1.6. Perfil geral de desempenho profissional docente

Tratando-se esta intervenção no desempenho da profissão docente, ainda que na vertente

de professor estagiário, parece-me pertinente aflorar neste contexto as competências que lhe

estão inerentes. Desta forma, quem define essas competências é o governo português através

de decreto-lei, no caso em concreto, o perfil de desempenho profissional do professor é disposto

no Decreto-Lei n.º240/2001 de 30 de Agosto (PORTUGAL, 2001). Segundo o mesmo Decreto-

Lei, o perfil geral de desempenho dos professores, vê a sua operacionalização em quatro

dimensões fundamentais, nomeadamente, a dimensão profissional, social e ética; a dimensão

do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; a dimensão de participação na escola e de

relação com a comunidade; e a dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida. De

seguida serão detalhadas cada uma dessas dimensões de acordo com o referido decreto-lei:

1. A dimensão profissional, social e ética, está relacionada com aquela que é a sua função

em sala de aula e com o tipo de relação que estabelece com os alunos. Desta forma o

professor deverá: assumir a função específica de ensinar; exercer a sua atividade na

escola; fomentar a autonomia dos alunos; garantir o bem-estar dos alunos; respeitar as

diferenças culturais e pessoais dos alunos; ter boa capacidade de comunicação e de

relacionamento com os alunos; e ter em conta o seu papel de cidadão e de professor no

desempenho das suas funções;

2. A dimensão do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, está relacionada com a

forma como o professor promove a aprendizagem dos alunos em sala de aula, no

âmbito de um currículo7. Desta forma o professor deverá: promover a aprendizagem

tendo como referência os objetivos do projeto curricular de turma; utilizar saber próprios

inerentes à sua área de especialização, bem como outros saberes transversais e

7 “Currículo é o conjunto dos pressupostos de partida, das metas que se deseja alcançar e dos passos que se dão para as alcançar, é o conjunto

de conhecimentos, habilidades, atitudes, etc. que são considerados importantes para serem trabalhados na escola, ano após ano.” (Zabalza, 1998, p. 12)

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multidisciplinares; organizar o ensino à luz da estratégia pedagógica que melhor se

adeque aos alunos; falar em bom português; recorrer às TIC (Tecnologias da Informação

e Comunicação) como suporte às aulas e promover a aquisição de competências

básicas neste domínio; promover a participação ativa dos alunos; desenvolver

estratégias pedagógicas diferenciadas de acordo com o perfil do aluno; apoiar os alunos

com mais dificuldades ou NEE (Necessidades Educativas Especiais); impor regras e gerir

conflitos; e avaliar os alunos em diferentes modalidades;

3. A dimensão de participação na escola e de relação com a comunidade, está relacionada

com o envolvimento entre o professor e os demais atores do processo educativo, e

também com a comunidade. Desta forma o professor deverá: promover a formação

integral do aluno para a cidadania democrática; participar na elaboração do Projeto

Educativo de Escola (PEE) e no Projeto Curricular de Escola (PCE); integrar no PCE

saberes e práticas sociais da comunidade; colaborar com todos os intervenientes do

processo educativo; promover interações com as famílias; cooperar com outras

instituições da comunidade; e cooperar na elaboração e realização de estudos e de

projetos de intervenção integrados na escola e no seu contexto;

4. A dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida, está relacionada com as

aprendizagens que o professor desenvolve ou adquire ao longo da sua carreira. Desta

forma o professor deverá: refletir sobre as suas práticas por forma a avaliar o seu

desempenho; ter em conta os aspetos éticos e deontológicos aquando da tomada de

decisões; trabalhar em equipa, partilhando saberes e experiências; desenvolver

competências pessoais, sociais e profissionais; e participar em projetos de investigação

relacionados com o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.

3.2. Plano geral de intervenção

3.2.1. Metodologia de investigação

A metodologia de investigação subjacente a esta intervenção foi a metodologia

Investigação-Acão (I-A) indo desta forma ao encontro, daquelas que são as orientações expressas

no dossiê de estágios dos mestrados em ensino da Universidade do Minho (Vieira, 2013). Além

dessa indicação a opção por esta metodologia deve-se essencialmente e em consonância com

Coutinho (2011) por se tratar da forma mais valiosa a utilizar por um professor que tem que

responder às novas exigência de uma situação em concreto, no sentido de proceder a mudanças

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ou de alterar um determinado status quo e, desta forma intervir na reconstrução de uma

determinada realidade. Outras metodologias de investigação terão outro âmbito de aplicação,

nomeadamente e segundo Coutinho (2011, p. 318): “se pretendermos saber mais sobre um

número limitado de variáveis e as relações causais entre elas”, o método de investigação

experimental ou quase-experimental será o mais indicado, já “se quisermos investigar alguma

organização ou um determinado grupo em profundidade, o estudo etnográfico ou outros

métodos qualitativos serão preferíveis”.

Existem na literatura diferentes conceptualizações para a metodologia de investigação I-A

dada a diversidade de contextos de investigação, em que a mesma se aplica (Coutinho, 2011).

De entre essas diferentes conceptualizações, Coutinho (2011, pp. 312-313), citando diferentes

autores, destaca as seguintes:

“(…) um estudo de uma situação social que tem como objetivo melhorar a qualidade

da ação dentro da mesma”;

“(…) a I-A não só se constitui como uma ciência prática e moral como também

como uma ciência crítica”;

“(…) uma intervenção na prática profissional com a intenção de proporcionar uma

melhoria”;

“(…) um processo reflexivo que vincula dinamicamente a investigação, a ação e a

formação, realizada por profissionais das ciências sociais, acerca da sua própria

prática”;

“(…) é um processo em que os participantes analisam as suas próprias práticas de

uma forma sistemática e aprofundada, usando técnicas de investigação”;

“(…) uma família de metodologias de investigação que incluem ação (ou mudança) e

investigação (ou compreensão) ao mesmo tempo, utilizando um processo cíclico ou

em espiral, que alterna entre ação e reflexão crítica”.

Uma análise geral às diferentes conceptualizações apresentadas, permite aferir, e num

contexto de ensino-aprendizagem, que a metodologia de investigação I-A consiste num processo

que decorre no âmbito de uma intervenção pedagógica, onde o professor reflete sobre a sua

própria prática, no sentido de uma melhoria contínua da mesma e com recurso a um conjunto

de técnicas de investigação. Ora, foi exatamente com esta visão que procurei desenvolver a

minha intervenção a cada aula, planeando-a previamente, atuando em sala de aula na promoção

da aprendizagem dos alunos com recurso a um conjunto de métodos e técnicas pedagógicas,

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observando o seu desempenho e refletindo sobre cada prática no sentido de realizar ajustes,

alterações ou correções contribuindo desta forma para uma melhoria contínua do processo de

ensino-aprendizagem.

3.2.2. Métodos e técnicas de recolha de dados

Qualquer que seja a metodologia de investigação adotada num determinado projeto é

necessário proceder-se à recolha de informação, através de um conjunto de métodos e técnicas

adequadas para posterior tratamento, análise dos dados, reflexão e consequente tomada de

decisão. Na literatura e no âmbito da investigação na educação surgem muitas vezes os termos

“método” e “técnica” sem que haja uma clarificação acerca do seu conceito. Desta forma,

método consiste no “caminho para chegar ao conhecimento científico” e técnica constitui os

“procedimentos de atuação” (Coutinho, 2011, p. 22).

Nesta medida, Coutinho (2011, pp. 317-318) citando António Latorre divide as técnicas

de recolha de dados associadas à I-A em 3 categorias, nomeadamente:

“Técnicas baseadas na observação – estão centradas na perspetiva do investigador,

em que este observa em direto e presencialmente o fenómeno em estudo;

Técnicas baseadas na conversação – estão centradas na perspetiva dos

participantes e enquadram-se nos ambientes de diálogo e de interação;

Análise de documentos – centra-se também na perspetiva do investigador e implica

uma pesquisa e leitura de documentos escritos que se constituem como uma boa

fonte de informação.”

No caso em concreto desta intervenção pedagógica, a tabela que se segue (Tabela 6)

identifica o conjunto de métodos, técnicas e instrumentação da recolha de dados utilizados ao

longo da mesma.

Método / Técnica Instrumentação

Análise documental

Documentos da escola (Projeto educativo de escola – PEE; projeto curricular de escola – PCE; regulamento interno da escola;

registo modular da disciplina; planificação do

módulo e critérios de avaliação do módulo)

Inquérito por questionário Questionário inicial de caraterização dos

alunos da turma (formulário online)

Questionário final de avaliação das

estratégias de ensino-aprendizagem

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(formulário online)

Observação participante

(aulas relativas à prática

pedagógica do orientador

cooperante e aulas relativas à

intervenção pedagógica)

Diário com as notas de campo do tipo

descritivo

Grelha de observação

Portfólio de ensino

Fichas de trabalho e Projeto final

Grelhas de correção e de avaliação

Tabela 6 – Métodos, técnicas e instrumentação da recolha de dados

Assim sendo, e numa primeira fase aquando do início do estágio profissional, foi

necessário conhecer de forma pormenorizada, tanto quanto possível, a escola onde a

intervenção iria decorrer, por forma a reger a minha atuação à luz das suas linhas orientadoras.

Desta forma, o método e técnica utilizados foram a análise documental, a partir da leitura de um

conjunto de documentos internos da escola tais como o PEE, o PCE, e o regulamento interno. O

mesmo procedimento foi seguido no sentido de conhecer o módulo, os conteúdos programáticos

e os objetivos de aprendizagem, bem como aferir acerca dos critérios de avaliação da disciplina.

Para isso foram consultados o registo modular da disciplina, a planificação do módulo e o

respetivo documento com os critérios de avaliação.

Posteriormente, e aquando da observação da prática pedagógica do orientador

cooperante, no sentido de traçar o perfil da turma e aferir acerca dos seus interesses e

motivações para a aprendizagem, assim como os seus conhecimentos prévios relativamente ao

módulo a lecionar na intervenção pedagógica, foi elaborado um inquérito por questionário (Anexo

I), desenvolvido com a ferramenta de formulários do Google e disponibilizado online aos alunos,

para preenchimento com a devida autorização do orientador cooperante. Este questionário era

anónimo e com garantia de confidencialidade das respostas, aliás conforme recomendações

éticas da investigação em educação (Lima, 2006). Ainda no decurso das aulas de observação da

prática pedagógica do orientador cooperante e imediatamente após cada aula, foram elaboradas

notas de campo do tipo descritivo (Coutinho, 2011) na forma de um diário, de maneira a

descrever o funcionamento e a dinâmica de cada aula, a atitude dos alunos em sala de aula e

perante a aprendizagem, o seu comportamento e as suas dificuldades de aprendizagem. Ainda

no âmbito da observação das aulas mas aquando da intervenção pedagógica, foram igualmente

elaboradas, imediatamente após cada aula, notas de campo do tipo descritivo, agora mais

detalhadas, com o intuito de realizar eventuais ajustes, alterações ou correções à estratégia

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pedagógica utilizada contribuindo, desta forma, para uma melhoria contínua do processo de

ensino-aprendizagem.

Durante a intervenção pedagógica e no seu término, no sentido de medir a

aprendizagem dos alunos, foi realizada a análise e avaliação dos trabalhos resultantes da prática

letiva, tais como as fichas de trabalho e o projeto final, mediante o preenchimento das respetivas

grelhas de correção e de avaliação.

No final da intervenção, no sentido de avaliar o impacto nos alunos das estratégias de

ensino-aprendizagem utilizadas nas aulas, foi elaborado um outro inquérito por questionário

(Anexo 6), desenvolvido com a ferramenta de formulários do Google e disponibilizado online aos

alunos, para preenchimento com a devida autorização do orientador cooperante. Este

questionário era também anónimo e com a garantia de confidencialidade das respostas.

3.2.3. Estratégias de ensino-aprendizagem

3.2.3.1. Estratégia exploratória

Numa primeira fase e no sentido de conhecer e perceber o público-alvo da minha

intervenção pedagógica e consequentemente idealizar o trabalho futuro a desenvolver, utilizei

duas técnicas de recolha de dados, já identificadas anteriormente (ponto 3.2.2.) e que foram: a

observação participante e o inquérito por questionário.

No âmbito da técnica de observação participante, a mesma decorreu aquando da

observação dos alunos em ambiente de sala de aula durante a prática pedagógica do orientador

cooperante, no período de novembro de 2013 a março de 2014 e cujos resultados se traduzem

no seguinte diário:

Data e Hora Notas de campo

2013/11/18

09:20-10:20

Nesta aula foi entregue e proposta pelo professor a correção do teste de

avaliação referente ao Módulo 1 – Folha de cálculo. Constatei que nem todos os

alunos seguiram as indicações do professor, optando por navegar na web em

sites lúdicos. Esta observação, permitiu-me desde já retirar algumas ilações em

relação à turma, verifiquei que alguns alunos chegam à aula depois da hora de

entrada; que alguns alunos distraem-se facilmente por sites na web não

relacionados com a aprendizagem como o Facebook, o Youtube e jogos on-line;

que alguns alunos estão desmotivados para a aprendizagem não realizando as

tarefas propostas pelo professor; e que alguns alunos têm bastantes

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dificuldades de aprendizagem evidenciada na nota negativa que tiveram no

teste realizado referente ao módulo em curso.

2013/11/24

09:20-10:20

Nesta aula foi proposta pelo professor e aos alunos com nota negativa no teste

de avaliação do módulo em curso, a resolução do mesmo para esclarecimento

de dúvidas e preparação para o teste de recuperação. Aos restantes alunos foi

proposta a realização da seguinte atividade: tirar fotografias a vários espaços da

escola, tendo em vista o início do Módulo 2 – Aquisição e Tratamento de

Imagem Estática. Reportando-me aos alunos que tiveram nota negativa no teste

de avaliação, os que estiveram presentes em sala de aula eram 4, num total de

6 com nota negativa. Dos presentes, observei que 3 alunos dedicaram-se a

resolver o teste e esclarecer dúvidas com apoio do professor e o meu próprio

apoio. O restante aluno com nota negativa, recusou-se a executar a atividade

proposta pelo professor. Este é um aluno completamente desmotivado e

desenquadrado do processo de ensino-aprendizagem.

2013/12/02

09:20-10:20

Nesta aula foi proposta por mim e aceite pelo orientador cooperante o

preenchimento de um inquérito por questionário por parte dos alunos, no

âmbito de um trabalho de grupo referente à UC de Psicologia da adolescência,

acerca da temática do Sedentarismo. O questionário foi disponibilizado online e

preenchido pelos alunos (21) com o meu devido apoio para esclarecimento de

dúvidas sempre que solicitado. Uma vez realizado o inquérito foi proposta pelo

orientador cooperante uma atividade de criação de um cartaz do curso, no

Microsoft Publisher. Observei que nem todos os alunos executaram a atividade

proposta, preferindo distrações na Web (jogos on-line, vídeos, outros).

2013/12/09

09:20-10:20

Nesta aula foi proposta pelo orientador cooperante a realização no Photoshop

de um cartaz do curso. Apoiei os alunos na realização do mesmo, tentando

ajudar e incentivando-os para a realização do mesmo. Observei alguns

comportamentos distrativos e 1 elemento não realizou a atividade proposta pelo

professor.

2013/12/16

09:20-10:20

Nesta aula e conforme pedido prévio aceite pelo meu orientador cooperante foi

proposto por mim aos alunos, o preenchimento de um inquérito por

questionário que envolveu a recolha de informação por forma a traçar o perfil

dos alunos da turma. Assim sendo, o objetivo deste questionário foi caracterizar

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os alunos alvo da minha intervenção e aferir dos seus interesses, motivações e

conhecimentos na área a que diz respeito o módulo a lecionar, perspetivando

desta forma aquela que será a minha intervenção futura. Este questionário foi

disponibilizado online e teve o contributo de 20 alunos da turma.

2014/01/13

09:20-10:20

Nesta aula os alunos concluíram um trabalho prático, em grupos de 2

elementos, acerca da temática da fotografia. Apoiei os alunos na realização do

mesmo, tentando ajudar e incentivando-os para a realização do mesmo.

Observei alguns comportamentos distrativos e pouco empenho na realização do

trabalho por parte de alguns alunos. Constatei e foi-me confirmado pelo

orientador cooperante a desistência de 3 alunos do curso, de referir que estes

eram aqueles que apresentavam maior resistência à realização das atividades

propostas pelo professor e com pior aproveitamento, assim sendo, à presente

data, a turma é composta por 20 alunos, 14 do sexo feminino e 6 do sexo

masculino. Em discussão com o orientador cooperante, ficou definido que o

início da minha intervenção pedagógica estará previsto para o dia 18 de

fevereiro, como tal, aproveitei para falar mais em concreto acerca da minha

proposta de intervenção, sendo que a mesma foi bem aceite pelo orientador

cooperante.

2014/01/20

09:20-10:20

Nesta aula os alunos realizaram um cartaz no Photoshop acerca das regras de

segurança num laboratório clínico. Apoiei os alunos na realização do mesmo,

ajudando, esclarecendo dúvidas e incentivando-os para a realização dessa

atividade. Observei alguns comportamentos distrativos e pouco empenho na

realização do trabalho por parte de alguns alunos. Em discussão com o

orientador cooperante, ficou redefinido que o início da minha intervenção

pedagógica estará previsto para a última semana de fevereiro.

2014/01/27

09:20-10:20

Nesta aula e com a devida autorização prévia do orientador cooperante, realizei

com 5 alunos um teste de usabilidade a uma plataforma web no âmbito de um

trabalho para a UC Avaliação e Concepção de Materiais Escolares de

Informática. De referir a boa colaboração dos mesmos na realização do teste.

Os restantes alunos realizaram um trabalho no âmbito do módulo a decorrer,

nomeadamente, a aplicação de um efeito Pop Art a uma fotografia, com o

Photoshop.

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2014/02/03

09:20-10:20

Nesta aula os alunos tiveram como tarefa a aplicação de um conjunto de efeitos

sobre uma imagem no Photoshop. Apoiei os alunos na realização da mesma,

ajudando, esclarecendo dúvidas e incentivando-os para a realização dessa

atividade. Observei alguns comportamentos distrativos e pouco empenho na

realização do trabalho por parte de alguns alunos. Em discussão com o

orientador cooperante, ficou redefinido que o início da minha intervenção

pedagógica estará previsto para o dia 10 de março. A pedido do orientador

cooperante e conforme a minha manifestação prévia de participar em atividades

promovidas na escola, fiquei de preparar em colaboração com o meu colega de

estágio Paulo Torres, uma palestra acerca da temática da Segurança na

Internet no âmbito do Dia Internet Segura a decorrer no mês de fevereiro na

ALFACOOP, mais especificamente nos dias 25 e 27. A apresentação decorrerá

no auditório da escola com a presença das turmas do 5º ano de escolaridade.

2014/02/24

09:20-10:20

Por motivo de baixa médica do orientador cooperante, esta aula foi ministrada

por um professor substituto, à qual assisti com a devida autorização de ambos

os professores. A oportunidade de observar a turma com outro professor foi

importante, na medida em que verifiquei de que forma os alunos reagiam a um

novo professor e consequentemente, a uma outra forma de atuar. Nesta aula os

alunos tiveram como proposta de trabalho o início do desenvolvimento de um

trabalho prático final no Photoshop, que decorrerá durante as próximas 4 aulas

e que será alvo de avaliação de cada aluno no módulo. Procurei apoiar os

alunos na realização do mesmo, ajudando, esclarecendo dúvidas e

incentivando-os para a realização dessa atividade. Observei alguns

comportamentos distrativos e pouco empenho na realização do trabalho por

parte de alguns alunos. Em discussão com o professor substituto e uma vez

que houve uma semana em que os alunos não tiveram aulas de TIC, verifiquei

que o início da minha intervenção estará previsto para o dia 17 de março.

2014/03/10

09:20-10:20

Por motivo de baixa médica do orientador cooperante, esta aula foi ministrada

por um professor substituto, à qual assisti com a devida autorização de ambos

os professores. Nesta aula os alunos tiveram como proposta de trabalho a

continuação do desenvolvimento de um trabalho prático final no Photoshop.

Procurei apoiar os alunos na realização do mesmo, ajudando, esclarecendo

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dúvidas e incentivando-os para a realização dessa atividade. Observei alguns

comportamentos distrativos e pouco empenho na realização do trabalho por

parte de alguns alunos. No final da aula aproveitei para falar com o professor

substituto acerca da turma e do meu projeto de intervenção que se iniciará na

próxima aula, dia 17 de março.

Tabela 7 – Diário do professor

Numa apreciação global, as principais conclusões após análise das referidas notas de

campo, foram as seguintes:

Quanto ao funcionamento e à dinâmica das aulas, estas funcionaram

maioritariamente através da proposta de resolução atividades práticas acerca da

temática em estudo. O professor iniciava cada aula com uma exposição à turma

acerca do trabalho a desenvolver, recorrendo à instrução direta sempre que se

justificasse, para exemplificar a execução das diferentes tarefas. No decurso da aula

o professor seguia o desenvolvimento do trabalho dos alunos apoiando-os e

esclarecendo dúvidas. Neste âmbito, foi notória a aversão dos alunos para o método

expositivo e aquando da utilização da instrução direta os alunos dispersavam muito

facilmente não acompanhando desta forma as instruções do professor;

Quanto à atitude dos alunos em sala de aula e perante a aprendizagem, foram

constantes as suas distrações, revelando pouco empenho e motivação para a

realização das atividades propostas e consequentemente um manifesto

descomprometimento para com a sua aprendizagem. Os alunos dispersam-se muito

facilmente por sítios na web que em nada estão relacionados com os conteúdos

programáticos a abordar, não acatam prontamente as atividades propostas pelo

professor, requerendo deste a insistência constante para um trabalho produtivo.

Também neste âmbito, foi manifestamente constatado a ausência de métodos de

trabalho e consequentemente de aprendizagem por parte dos alunos em sala de

aula, ou seja, em momento algum foi verificado o hábito dos alunos registarem no

caderno ou noutro suporte aspetos relevantes para a aprendizagem de uma

determinada temática;

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Quanto ao comportamento dos alunos, foi notório o incumprimento de algumas

regras básicas em sala de aula, tais como, o uso do telemóvel, o comer em sala de

aula, o levantar da cadeira sem pedir licença e conversas paralelas despropositadas;

Quanto às dificuldades dos alunos, com tão pouco empenho por parte de alguns e

descomprometimento quanto à sua aprendizagem, foram notórias as dificuldades

evidenciadas na realização das atividades propostas.

Em relação à técnica de inquérito por questionário (Anexo I), os dados seguintes

traduzem aqueles que foram os resultados obtidos a partir da amostra de 20 alunos, no que

concerne aos seus interesses e motivações para a aprendizagem, bem como aos seus

conhecimentos prévios relativamente ao módulo a abordar aquando da intervenção pedagógica.

Assim e no que se refere às atividades preferidas dos alunos no uso do computador

(Tabela 8), estas passam maioritariamente pela participação em redes sociais (95%), por ouvir

música (85%) e pelo visionamento de vídeos (75%). Já a utilização do computador por parte dos

alunos para atividades relacionadas com as aulas, tais como estudar ou fazer os trabalhos de

casa, reúne a concordância de apenas 40% dos alunos.

Atividades Alunos

n %

Jogos online 12 60%

Ouvir música em sites específicos 17 85%

Participar em redes sociais (ex: facebook, tumblr, ask.fm, etc.) 19 95%

Conversar com os amigos em chats 13 65%

Estudar/ Fazer os trabalhos de casa 8 40%

Ver vídeos online 15 75%

Ler jornais online 4 20%

Pesquisar na Internet 13 65%

Utilizar o correio eletrónico 7 35%

Tabela 8 – Atividades preferidas dos alunos no uso do computador

Quanto à preferência dos alunos na realização dessas atividades com recurso ao

computador, a maioria e na mesma proporção (55%), refere gostar muito de participar em redes

sociais e de ouvir música. Já se analisarmos as preferências dos alunos no que concerne a

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atividades relacionadas com as aulas, tais como estudar ou fazer os trabalhos de casa (Gráfico

10), 65% dizem que gostam pouco ou mesmo que não gostam de o fazer.

Gráfico 10 – Gosto dos alunos pelo uso do computador para estudar ou fazer os trabalhos de casa

Quanto à motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC (Tabela 9), se

por um lado manifestam interesse pela matéria que estão a aprender, referem-se esforçados

para ter bons resultados, manifestam uma boa perceção acerca das suas capacidades de

aprendizagem e persistência na resolução dos problemas propostos em sala de aula, por outro

lado, referem que aprender é aborrecido, demonstram pouco empenho na realização das

atividades propostas em sala de aula e distraem-se com bastante facilidade.

Motivação dos alunos Discordo

totalmente Discordo

Não concordo/

Não discordo Concordo

Concordo

totalmente

Estou muito interessado em

aprender 0% 5% 10% 75% 10%

Penso que o que estamos a

aprender é interessante 0% 0% 15% 75% 10%

Esforço-me muito para ter bons

resultados 0% 5% 10% 75% 10%

Nas aulas trabalho o melhor que

posso 5% 5% 20% 60% 10%

Gosto do que estou a aprender 0% 10% 25% 60% 5%

Gosto de aprender coisas novas

nas aulas 0% 5% 15% 65% 15%

Penso que aprender é

aborrecido 25% 5% 35% 35% 0%

Quando estou nas aulas

participo nas atividades 0% 5% 30% 50% 15%

6 1 12 1 0

5

10

15

Gosto Gostomuito

Gostopouco

Não gosto

de

alu

no

s

Estudar ou fazer os trabalhos de casa

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propostas

Quando estou nas aulas apenas

finjo que estou a trabalhar 25% 25% 15% 30% 5%

Estou com atenção nas aulas 0% 10% 25% 65% 0%

Quando estou nas aulas distraio-

me frequentemente 5% 30% 25% 35% 5%

Sei que serei capaz de aprender

a matéria dada nas aulas 0% 5% 15% 70% 10%

Tenho a certeza que percebo as

matérias ensinadas nas aulas 0% 15% 30% 50% 5%

Quando tenho dificuldades em

perceber uma matéria, não

desisto até a compreender

5% 10% 20% 55% 10%

Quando encontro um problema

difícil, continuo a trabalhar até o

resolver

5% 10% 20% 60% 5%

Tabela 9 – Motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC

Relativamente à forma como os alunos gostam de trabalhar em sala de aula na

realização dos trabalhos propostos (Gráfico 11), bem como à forma como aprendem mais, as

respostas são coincidentes, 55% tem preferência pelo trabalho em pares.

Gráfico 11 – Preferência na realização dos trabalhos em sala de aula

No que concerne ao conhecimento dos alunos acerca da criação de websites (Gráfico

12), apenas 10% dos alunos afirma ter já criado um website, utilizando para o efeito a

ferramenta de criação de websites Kompozer.

6 11 3 0

2

4

6

8

10

12

Em grupo Em pares Sozinho(a)

de

alu

no

s

Realização de trabalhos em sala de aula

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Gráfico 12 – Conhecimento dos alunos acerca da criação de websites

Quanto ao conhecimento de ferramentas de criação de websites (Gráfico 13), apenas

10% dos alunos afirma conhecer alguma ferramenta para criação de websites, dando como

exemplo a ferramenta de criação de websites Kompozer.

Gráfico 13 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites

No que concerne à linguagem de produção de páginas web (Gráfico 14), a maioria dos

alunos (65%), refere não ter conhecimentos acerca da mesma.

18

2

Criação de websites

Não Sim

18

2

Conhecimentos de ferramentas de criação de websites

Não Sim

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Gráfico 14 – Conhecimentos de linguagem HTML

Relativamente às ferramentas de criação de websites (Tabela 10), a maioria dos alunos,

nunca trabalhou com qualquer das ferramentas apresentadas.

Programa/Ferramenta

Alunos

Sim Não

n % n %

Webnode 0 0% 20 100%

Dreamweaver 0 0% 20 100%

Wix 1 5% 19 95%

Google sites 8 40% 12 60%

WordPress 3 15% 17 85%

Joomla 0 0% 20 100%

Weebly 0 0% 20 100%

Microsoft Expression 4 20% 16 80%

Notepad ++ 4 20% 16 80%

Google Web Designer 1 5% 19 95%

Tabela 10 – Conhecimento de ferramentas de criação de websites

Numa apreciação global aos resultados do questionário e relativamente aos interesses

dos alunos no uso do computador, constata-se o gosto dos mesmos por atividades lúdicas, tais

como, o acesso às redes sociais, ouvir música e ver vídeos, em contraponto com atividades de

estudo ou trabalhos escolares. No que diz respeito à motivação dos alunos para a aprendizagem,

regista-se o aborrecimento dos mesmos pelas matérias lecionadas e a sua falta de empenho na

13

7

Conhecimentos em Linguagem HTML

Não Sim

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realização das atividades propostas, assim como a falta de atenção nas aulas. Constatou-se

também a preferência dos alunos pelo trabalho em pares, na realização dos trabalhos na

disciplina de TIC. No que concerne aos conhecimentos prévios relativamente aos conteúdos a

abordar aquando da intervenção pedagógica, pode dizer-se que os mesmos são praticamente

nulos.

Em conclusão e no que concerne a esta investigação prévia realizada e traduzida nos

resultados obtidos com as técnicas de recolha de dados observação participante e inquérito por

questionário pode-se aferir, que a problemática subjacente à minha intervenção pedagógica, tem

por base o fator motivacional dos alunos para a aprendizagem. Ora o fator motivação é, por si só

“uma das forças importantes que orientam as ações dos alunos”, contribuindo e muito para a

criação de um ambiente de sala de aula produtivo (Arends, 1999, p. 122). Também Pérez

(2009) assinala o fator motivação, como um dos principais fatores que influenciam o êxito da

aprendizagem dos alunos. Assim sendo, parece-me de todo relevante investir a minha prática

pedagógica sobre esta problemática.

3.2.3.2. Estratégia de intervenção

Atendendo às especificidades dos alunos da turma e como tal a problemática

identificada – alunos desmotivados para a aprendizagem, esta intervenção irá ser suportada

preferencialmente por métodos de ensino centrados no aluno, onde o professor assumirá um

papel de facilitador e orientador do processo de ensino-aprendizagem. Esta visão do processo de

ensino-aprendizagem vai ao encontro do corroborado por Coll et al, (2001), na sua abordagem

construtivista da aprendizagem, onde o aluno é o ator mais importante, é ele quem constrói o

próprio conhecimento através a ação, reflexão e abstração. Ele é o último responsável pela sua

aprendizagem e mais ninguém pode realizar essa tarefa em seu lugar. Os alunos devem ser

capazes de construir conhecimento nas suas mentes. Os professores podem facilitar este

processo, ensinando formas que tornem a informação relevante e carregada de significado para

os alunos, permitindo-lhes descobrir e aplicar novas ideias e deixando que eles se tornem

conscientes das suas estratégias de aprendizagem (Coll, et al., 2001).

Como consolidação desse modelo de ensino-aprendizagem em sala de aula, prevê-se a

adoção de uma metodologia de trabalho de projeto, na lecionação do módulo de Criação de

Páginas Web. Esta é uma “metodologia de ensino-aprendizagem de base construtivista” (Rosa,

2012, p. 6) que, segundo Sanches (2001, p. 77), “introduz nas dinâmicas da aula uma forma

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diferente de ser e de estar, gera mais competências, desenvolve a autonomia, a

responsabilidade e o respeito pelo outro, donde o saber, o saber ser, o saber estar, o saber fazer

encontram ai a complementaridade necessária”.

Desta forma, a operacionalização da metodologia de trabalho de projeto em sala de aula

será traduzida e tal como a sua própria definição, através da realização de um projeto baseado

num tema ou num problema que resulta dos interesses e das necessidades dos alunos (Ferreira,

2013). Assim e segundo Arends (1999), relacionar as matérias e as atividades de aprendizagem

com os interesses dos alunos, fará com que os mesmos se sintam mais motivados. Também

segundo o mesmo autor, o facto de os alunos sentirem que têm influência nas decisões tomadas

em sala de aula, é um fator motivacional (Arends, 1999). De referir também que o trabalho de

projeto, possibilitará a adoção por parte do professor de uma pedagogia diferenciada, que

segundo Sanches (2001), irá permitir gerir a heterogeneidade da turma, possibilitando que

alunos com diferentes capacidades participem a níveis diferenciados e com objetivos diferentes.

No final do desenvolvimento do projeto estará prevista uma apresentação do produto final à

turma pelos alunos, por forma a defenderem e mostrarem aos restantes colegas o trabalho

desenvolvido, constituindo desta forma e segundo Rangel (2002) uma mais valia para todos, na

medida em que percecionam as diferentes aprendizagens realizadas.

Também por definição de projeto, subentende-se que a sua execução ocorrerá em

trabalho de grupo. Ora esta opção é também corroborada por Sá (2001) que vê no

desenvolvimento do trabalho de grupo um dos objetivos do ensino, na medida em que “as

atividades de grupo, quando desenvolvidas na escola, levam a que os alunos partilhem saberes

e responsabilidades, aprendam a ouvir e respeitar as opiniões dos colegas, a ser solidários, a

compreender a vantagem do “nós”, abandonando o egoísmo do “eu”, a valorizar o diálogo em

detrimento do silêncio, a trocar a competição pela cooperação, a perder o medo de errar,

adquirindo o sentimento de segurança, e acima de tudo, permite o desenvolvimento do espírito

de tolerância, desenvolvendo também, pela prática, uma autêntica noção de democracia” (Sá,

2001, p. 21).

Devo referir, por fim que, não obstante a minha intervenção ter como base a utilização

de uma metodologia de trabalho de projeto, prevê-se também o recurso a outros métodos de

ensino-aprendizagem, como por exemplo: o método expositivo aquando da introdução de novos

conceitos, contextualizações ou sínteses dos conteúdos aprendidos; o método de instrução direta

aquando da necessidade de proporcionar uma prática guiada em relação à execução de

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Etapa 1: Apresentação

do módulo

Etapa 2: Conceptualização

teórica

Etapa 3: Planeamento de

um website

Etapa 4: Ferramenta de edição de páginas web

Etapa 5: Trabalho de

projeto

diferentes tarefas no computador e o método de discussão em sala de aula aquando da

necessidade de dialogar com a turma acerca de determinados conteúdos ou conceitos novos ou

aprendidos. Ora esta estratégia de ensino-aprendizagem baseada numa diversidade de

metodologias, vai ao encontro do corroborado por Rangel e Gonçalves (2010) quando referem

que apesar da metodologia de trabalho de projeto ser “muito rica do ponto de vista das

aprendizagens que proporciona (…) a diversidade de objetivos e aprendizagens a promover,

implica que se recorra, igualmente, a uma diversidade de abordagens e metodologias” (Rangel &

Gonçalves, 2010, p. 26).

3.2.4. Desenho da intervenção

A estratégia a adotar aquando da intervenção propriamente dita irá incidir sobre o ensino

e a aprendizagem de um conjunto de conteúdos programáticos previamente definidos e

expressos na planificação do módulo de Criação e Páginas Web (Anexo 2). Nesta medida e após

uma análise à referida planificação, idealizei a minha intervenção no que concerne ao percurso

de aprendizagem dos alunos, à luz do seguinte esquema:

Figura 1 – Percurso de aprendizagem dos alunos

Assim e conforme a figura anterior, o percurso de aprendizagem dos alunos assenta em

5 etapas fundamentais. Numa primeira etapa designada de Apresentação do módulo, o objetivo

passará pela contextualização do módulo a abordar, explicitando os objetivos a atingir, os

conteúdos programáticos a lecionar, as estratégias de ensino-aprendizagem a adotar, bem como

os procedimentos e critérios de avaliação que lhe estão subjacentes. Numa segunda etapa

designada de Conceptualização teórica, o objetivo passará por dotar os alunos dos

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conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de identificar e explicar os principais

conceitos associados às páginas web, bem como distinguir as diferentes técnicas de edição de

páginas web e enumerar diferentes programas ou ferramentas de edição de páginas web. Na

etapa três designada de Planeamento de um website, o objetivo passará por dotar os alunos dos

conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de efetuar o planeamento de um

website através da identificação e descrição das principais variáveis que lhe estão inerentes, bem

como reconhecer a importância do planeamento como trabalho prévio na criação de um

website. Na etapa quatro designada de Ferramenta de edição de páginas web, o objetivo passará

por dotar os alunos dos conhecimentos necessários, por forma a familiarizá-los com uma

ferramenta de edição de páginas web e desta forma, tornarem-se capazes de criar páginas web

e publicar um website num servidor web. Por fim na etapa cinco designada de Trabalho de

projeto, pretende-se que os alunos apliquem e consolidem os conhecimentos adquiridos nas

etapas anteriores, por forma a serem capazes de desenvolver um website com sucesso

distinguindo as suas diferentes fases e os respetivos outputs.

Quanto à calendarização do percurso de aprendizagem dos alunos (Tabela 11), estão

previstas 34 horas de lecionação, no período de 17 de março a 20 de junho de 2014.

Aulas

Etapas

Horas 1 2 1 2 1 2 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 2

Dias

17-m

ar

18-m

ar

24-m

ar

25-m

ar

31-m

ar

01-a

br

22-a

br

28-a

br

29-a

br

05-m

ai

06-m

ai

19-m

ai

20-m

ai

26-m

ai

27-m

ai

02-ju

n 03

-jun

06-ju

n 09

-jun

16-ju

n 17

-jun

20-ju

n

1. Apresentação do módulo

2. Conceptualização teórica

3. Planeamento de um website

4. Ferramenta de edição de páginas web

5. Trabalho de projeto

Tabela 11 – Calendarização do percurso de aprendizagem dos alunos

Em relação aos critérios de avaliação (Tabela 12), as orientações pedagógicas em vigor

na escola determinam critérios de avaliação, em que a componente de atitudes e valores

corresponde a 20% e o domínio dos conhecimentos a 80%.

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Critérios de avaliação

Avaliação Contínua (20%) Avaliação Sumativa (80%)

Assiduidade (2%)

Pontualidade (3%)

Atitudes (5%)

Responsabilidade (5%)

Autonomia (5%)

Fichas de trabalho (20%)

Projeto final (60%)

Tabela 12 – Critérios de avaliação

De referir que a opção por esta via de avaliação dos conhecimentos, deve-se

essencialmente ao caráter prático subjacente quer aos cursos profissionais quer à própria

disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação, bem como ao perfil dos alunos da

turma, mais propensos para a prática e avessos à exposição de conteúdos. O facto de a mesma

incidir em fichas de trabalho tem a ver com a necessidade de orientar os alunos para o domínio

de uma ferramenta de criação de páginas web, já a realização do projeto final permitirá além de

aplicar e consolidar os conhecimentos adquiridos, possibilitar outras competências como o

trabalho colaborativo e/ou cooperativo, a autonomia, o espírito de equipa, a entreajuda, a

criatividade, bem como, a responsabilização do aluno perante a sua aprendizagem.

3.2.5. Planificação das aulas

Uma vez realizado o desenho da minha intervenção, que me permitiu pensar em traços

gerais como iria abordar o módulo em sala de aula durante o seu decurso, bem como a forma

como iria proceder à avaliação dos alunos, é tempo de iniciar a intervenção propriamente dita.

Contudo, parece-me de suma importância refletir acerca daquele que é o trabalho prévio a cada

aula por parte do professor, e que se trata da planificação das aulas.

Desta forma, planificar uma aula constitui o ato prévio de pensar como a mesma se irá

desenrolar, definindo à partida um conjunto de aspetos chave tais como, os conteúdos a

lecionar, os objetivos a alcançar e a estratégia pedagógica a implementar (Zabalza, 1998). Assim

e no que concerne aos conteúdos, é tarefa do professor e mediante o programa da disciplina

e/ou outros referenciais, selecionar os temas a abordar em cada aula, bem como, o grau de

profundidade dos mesmos. Algumas sugestões a ter em conta aquando da seleção dos

conteúdos a abordar nas aulas e segundo Arends (2008), passam por, clarificar e simplificar os

conteúdos mais difíceis; ter cuidado com a quantidade de informação e o número de conceitos a

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apresentar numa aula; manter uma sequência lógica na abordagem dos conteúdos; ter em

atenção os conhecimentos anteriores dos alunos; tentar relacionar os conteúdos com o que é

abordado noutras áreas disciplinares. Quanto aos objetivos, estes servem para transmitir aquilo

que os alunos devem aprender numa aula, servindo assim para o professor avaliar a evolução do

aluno e para os alunos orientarem o seu trabalho (Arends, 2008). No que se refere às

estratégias pedagógicas, estas consistem na forma como o professor pretende operacionalizar o

seu trabalho e os trabalhos dos alunos em sala de aula tendo como referência os objetivos a

atingir. Passa por selecionar os métodos e técnicas pedagógicas, as atividades a desenvolver, os

materiais e recursos necessários e a modalidade de avaliação que lhe está subjacente. Segundo

Arends (2008), o professor aquando da seleção da estratégia pedagógica a adotar deverá ter em

conta as especificidades dos seus alunos e assim, dar mais tempo aos alunos com mais

dificuldades, para que completem uma determinada tarefa e desta forma, proporcionar mais

trabalhos aqueles que a terminam rapidamente; adaptar as matérias e o seu aprofundamento ao

perfil dos alunos; utilizar diferentes atividades de aprendizagem uma vez que os alunos divergem

na maneira como preferem aprender; e possibilitar aos alunos a escolha de projetos

consistentes com as suas capacidades.

Quanto à importância da planificação e segundo Arends (2008) destacam-se um

conjunto de benefícios de uma boa planificação, nomeadamente, que a consciencialização dos

alunos acerca dos objetivos de aprendizagem torna-os mais concentrados, e que uma

planificação cuidadosa dos professores faz com que a aula decorra de forma regular, com

menos problemas de disciplina e com menos interrupções. No entanto Arends (2008), alerta

para o facto de a planificação poder tornar os professores insensíveis às ideias e necessidades

dos alunos, uma vez que podem centrar-se em demasia nos objetivos previamente definidos e

não dar azo a outras possibilidades. Este alerta vem também ao encontro do que Zabalza (1998)

refere quando diz que, planificações muito rígidas e prescritivas onde tudo é minuciosamente

previsto, não dão azo ao improviso nem às ideias ou contribuições dos alunos.

Nesta medida, e atendendo ao exposto anteriormente, aquando da minha intervenção

pedagógica, realizei o planeamento de cada aula tendo para o efeito elaborado um modelo

próprio (Anexo 3). De referir que este modelo foi elaborado com base na planificação modular

disponibilizada pela escola, bem como noutros planos de aula que utilizei no âmbito da minha

atuação como formador na área de Informática em diferentes entidades.

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4. DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO

4.1. Desenvolvimento da intervenção

4.1.1. Aula 1

Tratando-se esta aula o início da minha intervenção, procurei numa primeira fase

contextualizar o módulo a iniciar, explicitando os objetivos a atingir, os conteúdos a abordar, as

estratégias a adotar, bem como os procedimentos e critérios de avaliação que lhe estão

subjacentes. No sentido de evitar distrações e para que os alunos estivessem atentos foi-lhes

pedido no início da aula, que desligassem os monitores e que orientassem a sua posição para o

professor, por forma a observarem a referida exposição e desta forma, darem a sua opinião em

relação à proposta de trabalho para o módulo a iniciar, bem como esclarecerem eventuais

dúvidas que fossem surgindo. Neste âmbito, os alunos mantiveram uma postura atenta e em

concordância com o exposto.

Uma vez feita a contextualização do trabalho a realizar ao longo do módulo, propus à

turma a realização de uma atividade prática, que consistiu numa pesquisa web acerca dos

principais conceitos associados às páginas web. A opção pela atividade prática em vez da

exposição dos conceitos, deve-se essencialmente ao facto de os alunos serem avessos ao

método expositivo, conclusão esta retirada com a observação da prática pedagógica do

orientador cooperante, onde foi verificado que os alunos se distraem com bastante facilidade,

apresentando portanto dificuldades de atenção e de concentração, assim esta atividade vem

suprir essa problemática, contribuindo também para que de forma autónoma os alunos

identifiquem alguns conceitos associados às páginas web. Esta atividade teve uma duração

prevista de 10 minutos, fim dos quais cada aluno deveria indicar ao professor 3 conceitos que

encontrou. Nesta fase o objetivo não é que os alunos saibam explicar o(s) conceito(s), mas sim

que identifiquem os principais conceitos associados às páginas web. De referir também que os

alunos tiveram um bom desempenho nesta atividade, todos participaram e contribuíram com

resultados para a mesma.

No final da atividade prática foi feito o registo pelo professor das contribuições de cada

aluno com recurso à ferramenta web Wordle8. Ora, esta ferramenta permitiu obter uma visão

geral dos diferentes conceitos (Figura 2), destacando aqueles que foram repetidos com mais

frequência e dando de alguma forma a ideia daqueles que serão os conceitos mais importantes

8 O Wordle é uma ferramenta online, que gera uma “nuvem de palavras”, destacando em tamanho aquelas que são mais repetidas. Esta

ferramenta está acessível a partir do endereço http://www.wordle.net.

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a reter, tratando-se então uma ferramenta útil para o efeito pretendido, possibilitando também a

análise e discussão à posteriori dos resultados obtidos.

Figura 2 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (1ª versão)

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, todos os alunos

participaram e contribuíram na atividade proposta. No entanto há a registar algumas lacunas no

que concerne à sua postura em sala de aula, ou seja alguns alunos têm tendência para se

levantarem e saírem do seu lugar sem autorização, pelo que uma boa atitude em sala de aula

será um aspeto a reforçar nas aulas subsequentes. Também o facto de a turma apresentar

lacunas no que concerne à atenção e concentração em sala de aula, faz-me reforçar a adoção

de uma metodologia centrada no aluno através da realização de atividades práticas, contrapondo

desta forma, com uma metodologia centrada do professor. De referir por fim que em todas as

aulas que se justifique o recurso ao método expositivo, este deverá ocupar pouco tempo da aula

(15 min no máximo.), período no qual os alunos deverão desligar os monitores por forma a

estarem atentos e precaver as distrações.

4.1.2. Aula 2

Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados, através da

análise e discussão da nuvem de conceitos (Figura 2), resultante da atividade da aula anterior.

Esta análise e discussão, decorreu através de questões lançadas à turma acerca dos conceitos

expostos e de que forma os mesmos poderiam ser agrupados ou eliminados, uma vez que

alguns conceitos significavam a mesma coisa e outros não se enquadram na temática em

estudo. Assim, foi pedido aos alunos para observarem a respetiva nuvem de conceitos e

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identificassem aqueles que eram similares ou que estavam desenquadrados, dando desta forma

origem a uma revisão do mesmo. Os alunos tiveram uma participação satisfatória nesta

atividade, ou seja embora não identificando todos os conceitos similares ou desenquadrados,

contribuíram com algumas sugestões embora que, nem sempre as mais corretas. Como

resultado desta atividade foi feita uma revisão (Figura 3) à nuvem de conceitos anterior.

Figura 3 – Nuvem de conceitos associados às páginas web (2ª versão)

Uma vez terminada a revisão da aula anterior, foi proposta aos alunos uma nova

atividade prática, que consistiu na pesquisa do significado de um dos conceitos expostos (Figura

3). Assim, por ordem alfabética foi pedido a cada aluno que escolhe-se um conceito que teria

que procurar o seu significado e no final, aquando de uma discussão geral explica-lo à turma por

palavras suas. Esta atividade teve a duração total de 55 minutos e o objetivo é que os alunos

consigam explicar os principais conceitos associados às páginas web. Os alunos tiveram uma

boa participação nesta atividade, todos procuraram pelo significado do seu conceito, contudo a

referir alguma dificuldade em traduzir por palavras suas a correspondente explicação, o que

demonstra algumas lacunas dos alunos no que concerne à interpretação de conceitos.

Posteriormente e uma vez terminada essa atividade, partiu-se para a abordagem da

temática relacionada com os “Editores de páginas web”. A abordagem desta temática foi similar

ao realizado anteriormente, ou seja através da realização de uma atividade prática que consistiu

numa pesquisa web acerca das ferramentas ou programas para criação de páginas web. Esta

atividade teve a duração prevista de 15 minutos, fim dos quais cada aluno deveria indicar ao

professor 2 ferramentas ou programas que encontrou. Nesta fase o objetivo é que os alunos

saibam enumerar diferentes programas ou ferramentas de edição de páginas web. De referir

também que os alunos tiveram em bom desempenho nesta atividade, todos participaram e

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contribuíram com resultados para a mesma. No final desta atividade prática foi feito o registo

pelo professor das contribuições de cada aluno com recurso à ferramenta web Wordle (Figura 4).

Figura 4 – Nuvem de editores de páginas web

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, todos os alunos

participaram e contribuíram nas atividades propostas embora com resultados e empenho

diferentes, registando-se também que alguns alunos dispersam-se em demasia por outras

atividades além das indicadas pelo professor, tais como jogos online, acesso a redes sociais ou

sites de visionamento de vídeos, por exemplo. Ora, considero que a relevância do aluno deverá

ser sempre para a atividade pedagógica proposta, contudo será muito difícil evitar estes desvios

até porque a escola não bloqueia o acesso a determinados websites, assim aquando da adoção

de comportamentos desse tipo, os alunos serão aconselhados a adotarem o comportamento

desejado e caso não o façam, serão penalizados na avaliação correspondente.

Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na

realização do planeamento de um website, onde o aluno assumirá o papel ativo e o professor o

papel de orientador no processo de ensino-aprendizagem. Esta visão do processo de ensino-

aprendizagem vai ao encontro do corroborado por Coll, et al. (2001), na sua abordagem

construtivista da aprendizagem onde o aluno é o ator mais importante, é ele quem constrói o

próprio conhecimento através a ação, reflexão e abstração. Ora, este papel ativo dos alunos

confere-lhes mais responsabilidades, na medida em que a autonomia no trabalho tem como

complemento a responsabilização dos alunos perante a sua aprendizagem (Monteiro, 2007).

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4.1.3. Aula 3

Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados, através da

análise e discussão da nuvem de editores de páginas web (Figura 4), resultante da atividade da

aula anterior. Esta análise e discussão decorreu em turma através de questões ao grupo e

direcionadas, no sentido de clarificar as diferenças entre as ferramentas apresentadas quanto à

sua gratuitidade, ao tipo de ambiente de desenvolvimento e à respetiva técnica de edição. Nesta

fase o objetivo é que os alunos distingam as diferentes ferramentas, bem como as técnicas de

edição de páginas web. Os alunos tiveram uma participação satisfatória nesta atividade, ou seja

contribuíram às solicitações do professor, embora com algumas distrações.

Uma vez feita a revisão da aula anterior, foi proposta aos alunos uma atividade prática a

realizar em pares, que consistiu no planeamento de um website. De referir que não tive

participação na seleção dos pares, na medida em que os alunos no âmbito de outras disciplinas

estão habituados a trabalhar em conjunto, pelo que optei por deixar que os alunos mantivessem

essa rotina de trabalhar com quem mais gostam, evitando desta forma constrangimentos ou

conflitos. Assim, foi disponibilizado por e-mail uma grelha de planeamento (Anexo 4) que se

pretendeu que os alunos preenchessem, mediante um trabalho de pesquisa, análise e seleção

de informação na web acerca de uma mesma temática – Galeria de Arte. Esta atividade está

prevista para as aulas 3, e 4, e o objetivo consiste em dotar os alunos das competências e dos

conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de efetuar o planeamento de um

website e assim, reconheçam a sua importância como trabalho prévio na criação de um website.

Tratando-se esta, uma fase que requer uma grande componente de investigação irá permitir

também aos alunos adquirir competências e conhecimentos neste âmbito. Espera-se também

preparar os alunos, para aquando da realização do planeamento do website referente ao seu

projeto futuro, sejam já autónomos na realização do mesmo. Quanto à participação dos alunos,

a salientar que tiveram uma boa participação nesta atividade, começaram por transferir a

respetiva grelha de planeamento e iniciaram a atividade propriamente dita.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os

alunos participaram e contribuíram nas atividades propostas embora com resultados e empenho

diferentes, registando-se também que alguns alunos se continuam a dispersar em demasia por

outras atividades além das indicadas pelo professor, tais como jogos on-line, acesso a redes

sociais e sites de visionamento de vídeos, por exemplo. Também ficou mais uma vez claro

aquando da discussão em turma que alguns alunos tendem a dispersar conversando entre si,

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desta forma em situações que verifiquem a necessidade de discussão em turma, prevê-se a

estimulação da participação de todos através de questões à turma e/ou direcionadas, bem como

o recurso a estratégias para que esta se torne efetiva, nomeadamente através das diferentes

técnicas de modificação de comportamento descritas por Sprinthall e Sprinthall (1993) como o

reforço positivo ou a moldagem. Por outro lado, situações indesejadas como distrações ou

conversas paralelas, procurar-se-ão ser suprimidas detetando-as atempadamente e

repreendendo o(s) aluno(s) no sentido de alterar o comportamento indesejado.

4.1.4. Aula 4

Numa fase inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, definindo a continuação e

conclusão da atividade iniciada na aula anterior, acerca do planeamento de um website. Os

alunos tiveram uma participação satisfatória nesta aula, ao longo da realização da atividade

foram surgindo dúvidas que foram prontamente esclarecidas pelo professor e à medida que

cada grupo ia terminando o seu trabalho foi feita uma revisão do mesmo pelo professor,

detetando anomalias e sugerindo correções. Uma vez revisto e dado como concluído pelo

professor o trabalho de cada grupo, os alunos enviaram-no por e-mail para o endereço indicado.

A opção por esta estratégia de trabalho deve-se ao facto de permitir que os alunos realizem a

atividade proposta de acordo com o seu ritmo, possibilitando também, um apoio individualizado

por parte do professor e ajustado às necessidades de cada grupo. Esta é uma visão corroborada

por Sanches (2001) quando refere que a adoção de uma pedagogia diferenciada, irá permitir

gerir a heterogeneidade da turma, possibilitando que alunos com diferentes capacidades

participem a níveis diferenciados e com objetivos diferentes.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os

alunos participaram e contribuíram na atividade proposta embora com resultados e empenho

diferentes, registando-se também que alguns alunos se continuam a dispersar por outras

atividades além das indicadas pelo professor, tais como, jogos on-line, acesso a redes sociais e

sites de visionamento de vídeos, por exemplo.

Quanto à estratégia pedagógica na aula subsequente, prevê-se o enfoque do trabalho na

apresentação da plataforma online de edição de páginas web – Wix9 e, desta forma promover a

autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem como promover

9 O Wix surgiu em 2006 e consiste numa plataforma online para o desenvolvimento de websites, permitindo aos seus utilizadores a criação de

websites em HTML5 através das suas ferramentas de arrastar-e-soltar e com possibilidade de adaptação dos mesmos ao ecrã do computador ou dos dispositivos móveis. Esta plataforma está acessível a partir do endereço www.wix.com.

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o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá um papel de orientador no

processo de ensino-aprendizagem.

4.1.5. Aula 5

Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior

através de questões direcionadas à turma relacionadas com o planeamento de um website e no

sentido de perceber se os alunos eram capazes de descrever a importância do planeamento de

um website e de identificarem as principais variáveis que lhe estão inerentes. Os alunos tiveram

uma boa participação na discussão, foram respondendo às questões colocadas com sucesso,

embora se tenham verificado algumas distrações. Uma vez realizada a referida revisão,

procedeu-se à definição dos objetivos para a aula em curso.

Assim foi proposta aos alunos a realização de uma atividade em pares, para registo na

plataforma online de edição de páginas web – Wix e seleção de um template ao seu critério mas

orientado para a temática subjacente ao website em desenvolvimento – Galeria de Arte. Desta

forma, pretendeu-se que os alunos tomem um primeiro contato com o ambiente de trabalho do

Wix e comecem já a realizar algumas tarefas como a seleção, edição e gravação de um template

de um website. Os alunos tiveram uma boa participação nesta atividade, ao longo da realização

da mesma foram surgindo dúvidas que foram prontamente esclarecidas pelo professor e no final

da aula todos tinham a tarefa concluída com sucesso.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os

alunos participaram e contribuíram na atividade proposta embora com níveis de empenho

diferentes, registando-se também que alguns alunos se continuam a dispersar por outras

atividades além das indicadas pelo professor, tais como, jogos on-line, acesso a redes sociais e

sites de visionamento de vídeos, por exemplo.

Quanto à estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho

dos alunos na utilização da plataforma online de edição de páginas web – Wix e desta forma,

promover a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem

como promover o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá um papel

de orientador no processo de ensino-aprendizagem.

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4.1.6. Aula 6

Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior

através de questões direcionadas à turma, relacionadas com os primeiros passos para criação

de um website com o Wix e no sentido de perceber se os alunos eram capazes de os descrever.

Os alunos tiveram uma boa participação nesta discussão respondendo com sucesso às questões

colocadas. Uma vez realizada a referida revisão, procedeu-se à definição da proposta de trabalho

para a aula em curso.

Desta forma foi proposta aos alunos, a realização de uma ficha de trabalho em pares,

para criação de páginas web referentes a um website com uma temática comum e com recruso

à plataforma online de edição de páginas web – Wix. Assim, foi disponibilizado por e-mail aos

alunos o material de apoio e a ficha de trabalho correspondente, que prevê a realização de

operações como: inserir e apagar páginas web; definir uma página web como homepage; inserir

texto e imagens em páginas web e formatá-los; e inserir hiperligações para a web e para e-mail.

Quanto à participação dos alunos na atividade proposta, a mesma foi satisfatória, ao longo da

realização da atividade foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram

prontamente esclarecidas pelo professor, contudo apenas 3 em 10 pares conseguiram terminar

com sucesso a atividade proposta, facto que para o sucedido se deve maioritariamente à

distração dos alunos, ao pouco empenho demonstrado e à pouca ou mesmo nenhuma

colaboração entre alguns pares de alunos.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu aquém das expectativas, na

sua globalidade os alunos participaram e contribuíram na atividade proposta mas com níveis de

empenho e resultados diferentes. O facto relatado de alguns alunos não terem concluído o

trabalho proposto, por falta de empenho e colaboração associado às distrações, prevê-se na

próxima aula o alerta para o sucedido com reforço da ideia de que o trabalho proposto para cada

aula, terá que ser realizado na sua totalidade e caso não se verifique esta premissa, haverá

penalização na avaliação do aluno.

4.1.7. Aula 7

Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior

através da contextualização do trabalho realizado e de questões direcionadas à turma e

individualizadas, no sentido clarificar os conceitos mais importantes do desenvolvimento anterior,

tais como os conceitos de homepage e os diferentes tipos de hiperligação. Os alunos tiveram

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uma boa participação nesta discussão respondendo com sucesso às questões colocadas. Uma

vez realizada a referida revisão, aproveitei para tecer algumas considerações acerca da forma

como se desenrolou o trabalho na aula anterior. Ora, atendendo à pouca produtividade e pouca

colaboração evidenciada pela maioria dos grupos de trabalho, foi proposta aos alunos uma

escala de classificação das próximas fichas de trabalho tendo em conta 2 critérios de avaliação:

a conclusão e a colaboração. Assim, a cada aula e a cada ficha de trabalho, cada grupo será

avaliado com uma nota correspondente ao grau de conclusão com sucesso da mesma e ao grau

de colaboração entre os elementos do grupo de trabalho, conforme escala apresentada (Tabela

13). Esta estratégia pretende prevenir alguma falta de empenho e de articulação nos elementos

que compõem o grupo de trabalho e consequentemente, premiar aqueles cujo desempenho e

articulação é excelente. Registe-se que não houve objeções por parte dos alunos à proposta de

classificação apresentada.

Critérios de avaliação Nota

Conclusão Colaboração

Total Total 20

Total Parcial 16

Total Nenhuma 12

Parcial Total 15

Parcial Parcial 11

Parcial Nenhuma 7

Não realizou a ficha de trabalho 0

Tabela 13 – Escala de classificação das fichas de trabalho

Seguidamente procedeu-se à definição do trabalho para a aula em curso, desta forma foi

proposta aos alunos a continuação da criação das páginas web referentes ao website em

desenvolvimento. Assim, foi disponibilizado por e-mail aos alunos a ficha de trabalho a realizar

na aula, que prevê a realização de operações como: adicionar páginas com layout pré-definido;

inserir texto; aplicar estilos; organizar imagens em slideshow; inserir botões; e inserir

hiperligação para documento. Quanto à participação dos alunos na atividade proposta, a mesma

foi satisfatória, ao longo da realização da atividade foram surgindo dúvidas específicas a cada

grupo de trabalho que foram prontamente esclarecidas pelo professor registando-se uma maior

colaboração entre os elementos do grupo, pese embora apenas 3 em 10 pares terem concluído

o trabalho proposto.

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Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, na sua globalidade os

alunos participaram e contribuíram na atividade proposta, houve um maior empenho e

colaboração entre os elementos do grupo de trabalho. Na situação relatada acerca da não

conclusão do trabalho proposto para a aula pela maioria dos grupos, registe-se como principal

fator a necessidade de conclusão do trabalho em atraso.

4.1.8. Aula 8

Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior

através da contextualização do trabalho realizado e de questões direcionadas à turma, no sentido

clarificar os conceitos mais importantes do desenvolvimento anterior particularizando para os

diferentes tipos de hiperligação e os novos elementos incorporados nas páginas, nomeadamente

a galeria de imagens e os botões. Os alunos tiveram uma boa participação nesta discussão

respondendo com sucesso às questões colocadas. Uma vez realizada a referida revisão,

procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em curso.

Desta forma, foi proposta aos alunos a continuação da criação das páginas web

referentes ao website em desenvolvimento. Assim e uma vez que nem todos os grupos

terminaram o trabalho da aula anterior, nesta aula foi pedido aos alunos que a concluíssem.

Quanto à participação dos alunos na atividade proposta, a mesma foi muito boa, aqueles que

não tinham concluído o trabalho terminaram-no com sucesso e aqueles que haviam concluído o

trabalho procederam às necessárias correções ou ajustes, além de auxiliarem outros colegas na

finalização do mesmo. Ora este intercâmbio intergrupal é também salutar na medida em que,

além de consolidar o espírito de equipa proporciona àquele que ajuda o exercício da tarefa e

como tal, obriga-o a aplicar os conhecimentos e assim aumentar a sua mestria, já aquele que

recebe as explicações recebe o benefício de aprender (Bessa & Fontaine, 2002).

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, todos os alunos

participaram e contribuíram na atividade proposta, houve um maior empenho e colaboração

entre os elementos do grupo de trabalho, assim como se verificou uma maior entreajuda entre

os diferentes grupos de trabalho.

4.1.9. Aula 9

Numa fase inicial, procurei fazer uma revisão dos conteúdos abordados na aula anterior

através da contextualização do trabalho realizado, dando ênfase aos principais elementos

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incorporados nas páginas desenvolvidas, tais como as galerias de imagem do tipo Slideshow, e

Grid, e os botões com hiperligação para documentos. Os alunos tiveram uma boa participação

nesta discussão respondendo com sucesso às questões colocadas. Uma vez realizada a referida

revisão, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em curso.

Desta forma, foi proposta aos alunos a conclusão da criação das páginas web referentes

website em desenvolvimento. Assim, foi disponibilizado por e-mail aos alunos a ficha de trabalho

a realizar na aula, que prevê a realização de operações como: adição de páginas com layout pré-

definido; inserção de texto; aplicação de estilos; organização de imagens em Slideshow; inserção

e configuração de objeto Slider; inserção e configuração de objeto Google Maps; inserção e

personalização de formulário; e publicação do website num servidor web. Quanto à participação

dos alunos na atividade proposta, a mesma foi muito boa, todos com exceção de um par

terminaram-no com sucesso. O principal motivo para a não conclusão do trabalho por parte de

um dos grupos, deve-se essencialmente à falta de empenho e de união entre os seus elementos.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

os elementos do grupo de trabalho e uma maior entreajuda entre os diferentes grupos de

trabalho.

Quanto à estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque no trabalho

de projeto. Este consiste numa metodologia de ensino-aprendizagem, que promove a

participação ativa dos alunos na realização de trabalhos baseados em temas ou em problemas,

que resultam dos seus interesses e das suas necessidades (Kilpatrick, 2006). A essência desta

metodologia reside no trabalho de grupo “o que permite desenvolver o sentido de

responsabilidade, solidariedade e o espírito de equipa” (Monteiro, 2007, p. 87) proporcionado,

desta forma o trabalho cooperativo e colaborativo, uma vez que “o conhecimento constrói-se no

processo de interação entre os alunos, entre os alunos e o professor, bem como com outros

elementos da comunidade (Monteiro, 2007, p. 87) e nesta medida essas interações irão

promover atitudes positivas, não só em relação aos conteúdos em estudo, como aos próprios

alunos (Bessa & Fontaine, 2002).

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4.1.10. Aula 10

Numa fase inicial, procurei fazer um ponto de situação acerca do trabalho que tinha

vindo a ser desenvolvido nas últimas aulas e que foi finalizado na aula anterior, dando especial

ênfase ao processo de publicação de um website num servidor web e lançando desde já a

primeira atividade da aula, que consistiu na personalização do endereço do website. Assim, foi

disponibilizado por e-mail aos alunos a ficha de trabalho a realizar na aula, que prevê a

personalização de um endereço de um website de forma gratuita. Os alunos tiveram uma muito

boa participação nesta atividade, concluindo-a no tempo previsto e com sucesso. Uma vez

realizada a referida atividade, procedeu-se à definição de uma nova proposta de trabalho a iniciar

na aula em curso e a decorrer ao longo das próximas aulas até ao término do módulo.

Desta forma, foi apresentado e explicado aos alunos o trabalho de projeto, que envolve a

sua operacionalização em 7 fases distintas, com 3 momentos de avaliação, a decorrer no

período de 06 de maio a 20 de junho de 2014 e num total de 18 horas de trabalho efetivo

conforme a seguinte calendarização (Tabela 14). Neste âmbito, a referir que os alunos tiveram

uma participação atenta e de aceitação face ao exposto.

Aulas

Fases de desenvolvimento do

trabalho de projeto

Horas 1 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 2

Dias

06-m

ai

19-m

ai

20-m

ai

26-m

ai

27-m

ai

02-ju

n 03

-jun

06-ju

n 09

-jun

16-ju

n 17

-jun

20-ju

n 1. Identificação da temática

2. Escolha e identificação dos temas

3. Planificação do trabalho *

4. Desenvolvimento do trabalho *

5. Preparação da apresentação do trabalho à turma

6. Apresentação do trabalho à turma *

7. Avaliação do trabalho

*Momentos de avaliação

Tabela 14 – Calendarização do trabalho de projeto

A salientar que estas 7 fases propostas neste trabalho de projeto são baseadas nas 10

fases descritas por Many e Guimarães (2006) e correspondem àquelas que a meu ver, se

enquadram nas especificidades do projeto a realizar, nomeadamente quanto à duração, ao grau

de dificuldade, à temática e também, tendo em conta o próprio perfil dos alunos. Esta opção

está em consonância com vários autores quando referem que, as fases de desenvolvimento de

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um projeto não são estanques nem hierarquizadas (Many & Guimarães, 2006), tendo portanto o

professor a liberdade de as adaptar e de as integrar umas dentro das outras.

Desta forma, após realizada a apresentação, e a respetiva explicação, e esclarecidas

todas as dúvidas, partiu-se para o desenvolvimento do trabalho de projeto propriamente dito.

Pretende-se então com este trabalho de projeto e em termos gerais, dotar os alunos dos

conhecimentos e das capacidades necessárias, por forma a tornarem-se capazes de desenvolver

websites com sucesso. Neste contexto foi disponibilizado por e-mail aos alunos o enunciado do

projeto (Anexo 5), bem como outros materiais de suporte à realização do mesmo. Assim, nesta

aula e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a realização das seguintes fases:

Fase 1 – Identificação da temática, nesta fase procurou-se escolher “uma temática

pertinente em função das necessidades, interesses dos alunos e das aprendizagens

a adquirir” (Many & Guimarães, 2006, p. 16). Nesta medida, a opção pela temática

em estudo, passa pelo desenvolvimento de um website com a plataforma online de

edição de páginas web – Wix. Neste âmbito a decisão pela temática foi sugerida pelo

professor, tendo em conta as aprendizagens a adquirir pelos alunos, contudo

assinala-se que houve total aceitação por parte de todos os alunos, aquando da

discussão com a turma sobre a mesma. Esta opção está em consonância com Many

e Guimarães (2006), quando referem que a temática global pode ser escolhida pelo

professor, embora tenha que ser discutida com os alunos em sala de aula. Nesta

fase há assinalar também, o recurso à plataforma online de edição de páginas web

– Wix em contraponto com o planificado pelo orientador cooperante, que previu a

utilização do programa Dreamweaver CS5 como suporte ao desenvolvimento do

website. Para este ajuste contribuiu não só o perfil dos alunos da turma, com

lacunas no campo da motivação, concentração e aproveitamento, como também o

facto de integrarem um curso que não é da área de Informática e como tal o caráter

não premente de dotar os alunos com conhecimentos aprofundados numa

ferramenta profissional e como tal mais exigente no que concerne à sua usabilidade,

nem de dominarem uma linguagem de programação associada, bem como pelo

facto de o Wix dispor de um ambiente de desenvolvimento fácil, simples, intuitivo,

gratuito e com bastantes potencialidades para a criatividade;

Fase 2 – Escolha e identificação dos temas, nesta fase “os alunos refletem sobre a

temática identificada e propõem e optam por um tema derivado desta” (Many &

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Guimarães, 2006, p. 19) e “em função dos seus próprios interesses” (Many &

Guimarães, 2006, p. 24). Nesta medida foi responsabilidade dos alunos escolherem

os temas de trabalho. Neste âmbito, também o agrupamento em pequenos grupos

foi decisão dos alunos. Esta opção está em consonância com Many e Guimarães

(2006), quando refere que a escolha dos grupos de trabalho é da responsabilidade

dos alunos. Neste âmbito, foi requisito do professor que o número de alunos por

grupo deveria ser de dois elementos. As razões para esta decisão prendem-se com o

facto de considerar ser o número indicado, tendo em conta não se tratar de um

projeto de elevada complexidade, não ser demasiadamente longo e tratando-se de

alunos com algumas dificuldades, considero que um grupo mais extenso poderia

estar mais propenso a um menor empenho por algum dos elementos.

Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, a mesma foi muito boa, todos

os alunos escolheram o seu tema de trabalho e organizaram-se em pares, tal como é

apresentado na seguinte tabela:

Grupos de trabalho

Nº do grupo Nº do Aluno Tema do projeto

1 7019

EMINEM – Artista de música RAP 7136

2 6481

MINI COOPER – Modelo de automóvel 8675

3 8671

AVRIL LAVIGNE – Artista de música POP 6737

4 8677

SKRILLEX – DJ, Cantor e Guitarrista 6801

5 6244

CHANEL – Galeria de moda 8412

6 6694

AR DESPORTIVO – Deportos radicais 8400

7 8684

AREC CUNHA – Clube de Futebol 6774

8 8409

C.D. JUVENTUDE S.PEDRO – Clube de Futsal 8403

9 6808

HELLO KITTY – Personagem de uma gatinha branca 8669

10 8648

ANSELMO RALPH – Artista de música R&B 6741

Tabela 15 – Grupos de trabalho

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Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas que foram prontamente esclarecidas pelo

professor, tendo-se verificado um bom desempenho na realização das diferentes atividades por

parte dos alunos.

Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na

realização da 3ª fase do trabalho de projeto – Planificação do trabalho e desta forma, promover

a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem como

promover a criatividade e o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá

um papel de orientador no processo de ensino-aprendizagem.

4.1.11. Aula 11

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está previsto o início da realização

da seguinte fase:

Fase 3 – Planificação do trabalho, nesta fase os alunos são responsáveis por

perspetivar o trabalho a desenvolver através de um esboço, que poderá ser numa

folha de papel, por forma a servir de referência aos elementos do grupo no

desenvolvimento do trabalho futuro (Many & Guimarães, 2006). Neste âmbito, a

planificação irá ser traduzida numa grelha (Anexo 4), previamente disponibilizada

aos alunos pelo professor e contempla um conjunto de aspetos chave a considerar

em relação ao website a desenvolver. Esses aspetos chave são: o tema, a descrição,

os objetivos, o público-alvo, a estrutura, os conteúdos, a ferramenta e o layout. Estes

correspondem àqueles que considerei relevantes tendo em conta a especificidade do

projeto a desenvolver e em consonância com Azul, et al (2005); Figueiredo (2004) e

Millhollon e Castrina (2003). Nesta medida foi pedido aos grupos que preenchessem

a respetiva grelha de planeamento, mediante resposta a cada um dos respetivos

aspetos chave e através de um trabalho de pesquisa, análise e seleção da

informação a partir da web, mais especificamente em websites relacionados com o

seu tema de projeto.

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Pretende-se então, com a realização desta fase que os alunos desenvolvam as

competências e os conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de efetuar o

planeamento de um website e assim, reconheçam a sua importância como trabalho prévio na

criação de um website. Tratando-se esta, uma fase que requer uma grande componente de

investigação irá permitir também aos alunos adquirir competências e conhecimentos neste

âmbito. Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, a mesma foi muito boa, todos

os grupos iniciaram o preenchimento da grelha de planeamento, através de um trabalho de

investigação na web.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao

professor.

4.1.12. Aula 12

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma e conforme calendarização (Tabela 14), está prevista a conclusão da Fase 2

– Planeamento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, em termos

gerais foi boa, todos os grupos concluíram com sucesso a respetiva fase, submetendo no final

da aula por e-mail a grelha de planeamento, para avaliação pelo professor. Esta grelha

contempla um esboço do trabalho a desenvolver para cada projeto de grupo em específico,

contudo a mesma será certamente alvo de alterações com o decorrer do desenvolvimento do

projeto. Nesta medida Many e Guimarães (2006) referem que “o facto do resultado do trabalho

de projeto ser diferente do planificado não significa que seja pior ou melhor – será sempre

diferente” (Many & Guimarães, 2006, p. 25), pelo que considero até que seja salutar que hajam

alterações a uma planificação, uma vez que evidência também uma reflexão por parte dos

alunos sobre o desenrolar do trabalho.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

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esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

a generalidade dos elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em

relação ao professor. Não obstante o referido, há a assinalar a ausência de colaboração e

cooperação entre alguns elementos que trabalham em conjunto, na medida em que foi

observado pelo professor que apenas um desses elementos contribuiu para a realização das

diferentes tarefas. Ora, é premissa num trabalho de grupo que os alunos “têm que perceber que

deve haver regras interiorizadas por todos, no sentido de se respeitarem, de todos contribuírem

para a realização das tarefas que eles próprios assumiram e de se responsabilizarem quer pelo

cumprimento dos objetivos a que se propuseram, quer pelo bom funcionamento do grupo”

(Ferreira, 2013, p. 324). Nesta medida foi alertado aos respetivos alunos pelo professor, para

que alterem essa mesma postura, prevendo-se nas aulas seguintes o reforço da ideia do

trabalho em equipa estimulando-os em prol de um objetivo comum.

Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na

realização da 4ª fase do trabalho de projeto – Desenvolvimento do trabalho e desta forma,

promover a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a aprendizagem, bem

como promover o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor assumirá um papel

de orientador no processo de ensino-aprendizagem.

4.1.13. Aula 13

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está previsto o início da realização

da seguinte fase:

Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho, esta constitui a fase mais extensa e onde os

alunos são responsáveis pelo desenvolvimento de um produto final, com base na

planificação previamente definida e de um trabalho de investigação em diferentes

suportes (Many & Guimarães, 2006). Neste âmbito, o produto final corresponderá a

um website. Nesta medida foi pedido aos grupos a criação das páginas web

correspondentes ao seu tema de projeto e com recurso à plataforma de edição de

páginas web – Wix.

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Pretende-se então, com a realização desta fase que os alunos desenvolvam as

competências e os conhecimentos necessários, por forma a serem capazes de criar as páginas

web, sendo que na sua globalidade as mesmas deverão incluir os seguintes elementos

obrigatórios: títulos de página, textos e formatação; imagens simples e galerias de imagens de

no mínimo 3 tipos diferentes (grelha, slideshow, slider, por exemplo.); hiperligações para as

páginas do website, para a web, para e-mail, para redes sociais e para documento(s); inclusão

de vídeo(s) e/ou músicas; formulário de contacto devidamente personalizado; e apps (do Google

maps, por exemplo). De referir também e tratando-se esta, uma fase que requer uma grande

componente de investigação irá permitir também aos alunos adquirir competências e

conhecimentos neste âmbito. Quanto à participação dos alunos no trabalho em curso, a mesma

foi boa, todos os grupos iniciaram esta fase, através de um trabalho de investigação e de

criação/edição de páginas web.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

a generalidade dos elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em

relação ao professor. Não obstante o referido, há a assinalar a ausência de colaboração e

cooperação entre alguns elementos que trabalham em conjunto, na medida em que foi

observado pelo professor que apenas um desses elementos contribuiu para a realização das

diferentes tarefas. Este foi um problema já detetado na aula anterior, cujo alerta e incentivo não

surtiu efeito. Ora, segundo Barbosa e Moura (2013), a responsabilidade de aprender é em

última instância do aluno e por mais que o professor se empenhe a motivá-lo ou a incentivá-lo

para um trabalho produtivo, se o aluno não quiser e não fizer a sua parte, os objetivos de

aprendizagem não serão alcançados, independentemente das tentativas do professor para

alterar esta situação. Nesta medida prevê-se na aula seguinte uma nova intervenção por parte do

professor, por forma a tentar restabelecer as devidas condições de trabalho.

4.1.14. Aula 14

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

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Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da

realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no

trabalho em curso, a mesma foi boa, todos os grupos continuaram a realizar esta fase, através

de um trabalho de investigação e de criação/edição de páginas web.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

a generalidade dos elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em

relação ao professor. No que concerne à problemática relacionada com a ausência de

colaboração e cooperação entre alguns elementos que trabalham em conjunto, mais uma vez

conversei com os mesmos, no sentido de perceber o porquê dessa postura quanto ao trabalho

em equipa e de que forma poderíamos relançar a dinâmica de trabalho. Esta intervenção do

professor vai ao encontro de Many e Guimarães (2006) quando referem que “(…) o professor

poderá solicitar uma discussão que permita expor as dificuldades de cada um e, sobretudo, que

possibilite a reorganização dos papéis e posturas dos elementos” (Many & Guimarães, 2006, p.

80).

4.1.15. Aula 15

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da

realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no

trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que 2 grupos estão em vias de concluir

esta fase do trabalho de projeto, pelo que o mesmo tem sido revisto pelo professor por forma a

verificar as funcionalidades implementadas e sugerir alterações ou correções e mesmo a

implementação de novas funcionalidades. Neste âmbito e à medida que cada grupo vai

terminando os projetos será dada, pelo professor, ênfase à análise dos seguintes critérios:

conteúdo, aspeto gráfico, navegabilidade do website e criatividade. Desta forma, pretende-se que

os alunos percecionem e consolidem algumas regras a ter em conta, aquando do

desenvolvimento web.

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Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao

professor. Salienta-se também algum esforço dos elementos visados pela ausência de dinâmica

de grupo, em alterar essa mesma postura.

4.1.16. Aula 16

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da

realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no

trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que um dos grupos concluiu esta fase do

trabalho de projeto cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios exigidos na

sua implementação.

Em termos de conclusão, posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao

professor.

4.1.17. Aula 17

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da

realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no

trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que houve mais um grupo que concluiu

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esta fase do trabalho de projeto cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios

exigidos na sua implementação.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao

professor.

4.1.18. Aula 18

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a continuação da

realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no

trabalho em curso, a mesma foi muito boa, de referir que houve mais um grupo que concluiu

esta fase do trabalho de projeto cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios

exigidos na sua implementação.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao

professor.

4.1.19. Aula 19

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14) está prevista a conclusão da

realização da Fase 4 – Desenvolvimento do trabalho. Quanto à participação dos alunos no

trabalho em curso, a mesma foi boa, de referir que todos os grupos que ainda não haviam

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finalizado o website, deram por terminada esta fase do trabalho de projeto, pese embora se

tenha observado que alguns grupos não cumpriram com todos os critérios exigidos na sua

implementação. Ora, para este facto contribuiu alguma falta de empenho e cooperação ou

colaboração entre os seus elementos, apesar de todos os alertas e incentivos que foram feitos

pelo professor ao longo desta fase de trabalho. Esta aula culminou com a publicação do

respetivo website num servidor web e com o envio por e-mail por parte de cada grupo de

trabalho, do link correspondente ao endereço do website desenvolvido para posterior avaliação.

Em termos de conclusão posso referir que esta aula correu muito bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado também um maior empenho e colaboração entre

os elementos de cada grupo de trabalho e uma maior autonomia dos alunos em relação ao

professor.

Como estratégia pedagógica nas aulas subsequentes, prevê-se o enfoque do trabalho na

realização da 5ª fase do trabalho de projeto – Preparação da apresentação do trabalho à turma

e desta forma, promover a autonomia dos alunos e a sua responsabilização perante a

aprendizagem, bem como promover o trabalho colaborativo e/ou cooperativo, onde o professor

assumirá um papel de orientador no processo de ensino-aprendizagem.

4.1.20. Aula 20

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14), nesta aula está prevista a

realização da seguinte fase:

Fase 5 – Preparação da apresentação do trabalho à turma, nesta fase os alunos são

responsáveis por elaborar e preparar uma apresentação à turma, acerca do produto

final resultante do trabalho de projeto (Many & Guimarães, 2006). Neste âmbito, a

preparação da apresentação incidirá na criação de um guião no PowerPoint.

Pretende-se então nesta fase, que os alunos construam um guião para a referida

apresentação, sendo que o mesmo deverá possuir a seguinte estrutura: o diapositivo 1, deverá

incluir além de um título para a apresentação, informação acerca da escola, do curso, do

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módulo, do ano letivo e dos elementos do grupo de trabalho; o diapositivo 2, deverá incluir

informação acerca do tema e a descrição do website; o diapositivo 3, deverá incluir informação

acerca dos objetivos do website; o diapositivo 4, deverá incluir informação acerca do público-alvo

do website; e o diapositivo 5, deverá incluir o esquema com a estrutura de páginas do website

com uma hiperligação para o respetivo endereço e desta forma possibilitar fazer a apresentação

online do mesmo. Uma vez concluída a apresentação, foi pedido aos alunos para a enviarem por

email para o endereço do professor para posterior avaliação. Quanto à participação dos alunos

na atividade proposta, a mesma foi boa, todos os grupos com uma exceção, concluíram a

referida apresentação, cumprindo após revisão pelo professor, com todos os critérios exigidos na

sua implementação.

Em termos de conclusão, posso referir que esta aula correu bem, ao longo da sua

realização foram surgindo dúvidas específicas a cada grupo de trabalho que foram prontamente

esclarecidas pelo professor, tendo-se verificado empenho, cooperação, colaboração, e autonomia

na maior parte dos grupos de trabalho. No caso em concreto do grupo que não realizou a

apresentação o motivo é o do costume, “a colega de grupo faltou”, “eu é que fiz tudo”, “não

faço sozinha a apresentação”, isto apesar da insistência por parte do professor para contrariar

esta postura. De referir também que após concluída a atividade da aula, foi pedido aos alunos

para preenchessem um questionário online, para avaliação do impacto nos alunos das

estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas aulas (Anexo 10). O mesmo foi realizado com

sucesso pelos 20 alunos que compõem a turma e os seus resultados serão analisados

posteriormente.

4.1.21. Aula 21

Num momento inicial, procurei contextualizar o trabalho em curso, explicitando as

diferentes fases, timings e outputs do desenvolvimento do trabalho de projeto. Uma vez realizada

a referida contextualização, procedeu-se à definição da proposta de trabalho para a aula em

curso.

Desta forma, e conforme calendarização (Tabela 14), nesta aula está prevista a

realização da seguinte fase:

Fase 6 – Apresentação do trabalho à turma, nesta fase os alunos são responsáveis

por sintetizar e partilhar com a turma o resultado do trabalho de projeto (Many &

Guimarães, 2006). Neste âmbito, a apresentação traduzir-se-á numa exposição à

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turma por parte dos elementos do grupo, com uma participação obrigatória e

equilibrada de ambos e mediante um guião anteriormente definido. Nesta medida, o

tempo máximo estipulado para realizar a apresentação é de 10 minutos, havendo

também no final de cada apresentação um tempo para discussão de 5 minutos, no

sentido de efetuar eventuais apreciações, comentários ou perguntas. Esta discussão

final vem proporcionar o debate com a turma e “pode servir para cruzar informações

comuns aos grupos de trabalho por meio de comparações ou divergências” (Many &

Guimarães, 2006, p. 34).

Pretende-se então nesta fase, que os alunos com a sua apresentação e com a

apresentação dos colegas, além de partilharem os saberes adquiridos, percecionem todos os

trabalhos que foram realizados e assim, tomem consciência dos aspetos positivos e negativos

resultantes de cada projeto e desta forma os considerem em projetos futuros. Quanto à

participação dos alunos na atividade proposta, a mesma foi muito boa, todos os grupos com

uma exceção, apresentaram o produto final do seu trabalho à turma, que assistiu à mesma de

forma ordeira, interessada e responsável. No caso em concreto do grupo que não realizou a

apresentação, o motivo foi pelo facto de a colega de grupo ter faltado e também por manifesta

consciência de que o produto final estava aquém do exigido, pese embora os conselhos,

incentivos e a insistência do professor para a realização da apresentação.

Em termos de conclusão, posso referir que esta aula correu muito bem, na sua

globalidade os projetos foram bem conseguidos havendo mesmo alguns classificados como

“Muito bom”, contudo há a salientar que dois dos projetos realizados não reuniram os requisitos

mínimos exigidos pelo que foram classificados como “Insuficiente”, o que para o sucedido

contribuiu uma manifesta falta de empenho e ausência de uma dinâmica de grupo.

No final da aula e tratando-se esta da última, foi feito pelo professor um balanço do

trabalho desenvolvido pelo professor e pelos alunos, que foi considerado como manifestamente

positivo de ambas as partes, além disso foram feitos os agradecimentos e os desejos de boa

sorte para as etapas futuras.

4.1.22. Avaliação do trabalho

A avaliação do trabalho constituiu-se como a 7ª fase do desenvolvimento do trabalho de

projeto e consiste na atribuição pelo professor de uma classificação ao grupo pelo trabalho

desenvolvido (Many & Guimarães, 2006). Embora esta classificação seja atribuída no final, a

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mesma acompanhou todas as fases de desenvolvimento do trabalho de projeto, tal como

especificado na seguinte tabela:

Momentos e Critérios de avaliação

1º Momento –

Planeamento do trabalho

(20%)

2º Momento –

Desenvolvimento do

trabalho (60%)

3º Momento –

Apresentação à turma

(20%)

Tema; Descrição; Objetivos;

Público-alvo; Estrutura;

Conteúdo; Ferramenta; e

Layout

Conteúdo; Aspeto gráfico;

Navegabilidade; Criatividade;

Empenho; e Articulação

Apresentação eletrónica;

Expressão oral; Gestão do

tempo; e Articulação

Tabela 16 – Momentos e critérios de avaliação do trabalho de projeto

Numa análise aos critérios de avaliação identificados, pode-se verificar que os critérios

“Empenho” e “Articulação”, foram aqueles que permitiram diferenciar cada elemento dentro de

um mesmo grupo. Quer isto dizer que houve diferenciação na nota do projeto dentro de um

mesmo grupo, consoante a observação das aulas pelo professor no âmbito desses critérios e tal

como previsto por (Many & Guimarães, 2006).

4.2. Avaliação da intervenção

É momento agora de avaliar todo o trabalho desenvolvido à luz daqueles que foram os

objetivos de investigação desta intervenção. Nesta medida, serão detalhados de seguida os

procedimentos realizados e os resultados obtidos por forma a dar resposta a cada um desses

objetivos.

Em relação aos objetivos de investigação, (1) Avaliar o impacto da adoção da

metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem; (2) Avaliar o

impacto da adoção da metodologia de trabalho de projeto nas aulas; e (3) Avaliar a satisfação

dos alunos na utilização na plataforma de edição e páginas web – Wix, foi elaborado um

inquérito por questionário10 (Anexo 6) que envolveu a recolha de informação dos alunos, no

âmbito de três questões fundamentais consoante objetivos de investigação anteriormente

identificados.

10 Esta técnica de recolha de dados é descrita no ponto 3.2.2. deste relatório de estágio.

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Assim, é feita de seguida a apresentação e análise dos resultados obtidos, cuja amostra

do estudo é constituída pelos 20 alunos do 10º ano de escolaridade, do curso profissional de

Técnico/a de Análise Laboratorial, da Escola ALFACOOP – Externato Infante D. Henrique.

Relativamente ao primeiro objetivo de investigação, (1) Avaliar o impacto da adoção da

metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem, os dados

(Tabela 17) refletem uma melhoria considerável em todos os aspetos motivacionais analisados,

em comparação com os dados obtidos no início do módulo com o questionário inicial e onde os

problemas inicialmente detetados como o aborrecimento pela aprendizagem, a falta de empenho

e a falta de atenção, vêm-se aqui debelados. Verifica-se assim, uma evolução dos alunos no que

diz respeito ao interesse pela aprendizagem, ao esforço e empenho despendido na realização

das atividades propostas, ao gosto pela matéria lecionada, à persistência na resolução dos

problemas, à perceção acerca das suas capacidades de aprendizagem e também em relação à

sua atenção em sala de aula.

Motivação dos alunos Discordo

totalmente Discordo

Não concordo/

Não discordo Concordo

Concordo

totalmente

Mantive-me muito interessado

em aprender 0% 0% 10% 50% 40%

Penso que o que aprendemos foi

interessante 0% 0% 5% 65% 30%

Esforcei-me muito para ter bons

resultados 0% 5% 10% 55% 30%

Nas aulas trabalhei o melhor que

pude 0% 0% 25% 45% 30%

Gostei do que aprendi 0% 0% 5% 65% 30%

Gostei de aprender coisas novas

nas aulas 0% 0% 10% 65% 25%

As aulas foram aborrecidas 10% 35% 45% 10% 0%

Nas aulas participei ativamente

nas atividades propostas 0% 0% 15% 70% 15%

Nas aulas apenas fingi que

estive a trabalhar 45% 40% 15% 0% 0%

Mantive-me atento nas aulas 0% 0% 30% 60% 10%

Nas aulas distraí-me com

frequência 20% 20% 50% 10% 0%

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Tabela 17 – Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem durante o módulo de Criação de

Páginas Web

Quanto ao segundo objetivo de investigação, (2) Avaliar o impacto da adoção da

metodologia de trabalho de projeto nas aulas, os dados (Tabela 18) traduzem a opinião dos

alunos acerca da forma como as aulas decorreram e de como se processou a aprendizagem dos

alunos. Neste sentido, é possível afirmar que: a metodologia de trabalho de projeto adotada nas

aulas foi bem aceite pelos alunos e contribuiu como um fator motivacional para a sua

aprendizagem; a organização dos alunos em pares na realização do trabalho de projeto foi tida

pelos alunos como uma forma de obtenção de uma melhor aprendizagem, o que para isso

contribuiu certamente a cooperação e/ou colaboração entre os respetivos elementos, pese

embora e conforme opinião de alguns alunos a mesma não se tenha verificado ou ficou aquém

do esperado; a realização do trabalho de projeto não envolveu um elevado grau de dificuldade e

constituiu um fator motivacional para a aprendizagem dos conteúdos programáticos; por fim e

em relação ao papel do professor nesta metodologia é opinião da maioria dos alunos, que o

professor esteve sempre disponível para ajudar, para esclarecer dúvidas e para incentivar e

motivar na realização do trabalho de projeto.

Metodologia de trabalho Discordo

totalmente Discordo

Não concordo/

Não discordo Concordo

Concordo

totalmente

Realizar projetos é uma forma

estimulante para aprender 0% 0% 5% 75% 20%

Preferia que a matéria tivesse

sido lecionada de forma mais

tradicional (exposição da matéria

e fichas de trabalho)

50% 20% 20% 10% 0%

Não gostei da forma como o 45% 35% 20% 0% 0%

Fui capaz de aprender a matéria

dada nas aulas 0% 5% 15% 55% 25%

Tenho a certeza que percebi as

matérias ensinadas nas aulas 0% 0% 15% 60% 25%

Quando tive dificuldades em

perceber uma matéria, não

desisti até a compreender

0% 5% 20% 55% 20%

Quando encontrei um problema

difícil, continuei a trabalhar até o

resolver

0% 5% 30% 55% 10%

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professor abordou a matéria nas

aulas

Aprendo mais quando trabalho

em pares 0% 5% 20% 50% 25%

Empenho-me mais a trabalhar

individualmente do que em

pares

30% 30% 15% 15% 10%

Houve colaboração e/ou

cooperação entre os elementos

do grupo de trabalho

5% 5% 15% 50% 25%

Nem todos os elementos do

grupo participaram ativamente

no projeto

30% 25% 25% 15% 5%

O projeto que tive que

desenvolver para este módulo foi

interessante

0% 0% 15% 55% 30%

Não gostei de ter realizado o

meu projeto 35% 45% 10% 5% 5%

A realização do projeto

aumentou o meu interesse pela

matéria

0% 0% 40% 40% 20%

A realização do projeto manteve-

me desmotivado para a

aprendizagem

30% 25% 30% 15% 0%

Senti dificuldades em realizar o

projeto 10% 5% 70% 10% 5%

O projeto que realizei foi fácil de

desenvolver 0% 5% 30% 45% 20%

O professor esteve sempre

disponível para me ajudar a

realizar o projeto.

0% 0% 5% 65% 30%

O professor esteve sempre

disponível para o esclarecimento

de dúvidas.

0% 0% 5% 60% 35%

O professor incentivou-me e

motivou-me na realização do

projeto

0% 0% 5% 65% 30%

Tabela 18 – Informação acerca da metodologia de trabalho adotada nas aulas

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No que concerne ao terceiro objetivo de investigação, (3.) Avaliar a satisfação dos alunos

na utilização na plataforma de edição e páginas web – Wix, os dados (Tabela 19) traduzem o

grau de satisfação dos alunos no uso da mesma. A recolha desta informação foi baseada no

questionário SUS (System Usability Scale), que consiste num conjunto de 10 questões numa

escala de Likert (1-5), cujo resultado final mede numa escala de 0 a 100 o grau de satisfação

dos utilizadores no uso de um determinado software (Brooke, 1996). Segundo Tullis e Albert

(2008, p. 149) “(...) você pode pensar acerca de uma média SUS abaixo do valor de 60 como

sendo relativamente fraca, enquanto que uma acima de 80 pode ser considerada como bastante

boa.”. Desta forma e atendendo à média dos resultados obtidos (71,38) pode-se afirmar então,

que na sua globalidade os alunos ficaram satisfeitos no que concerne à utilização do Wix, como

plataforma de suporte ao projeto de desenvolvimento do website.

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Plataforma de edição de páginas

web – Wix

Alunos

a1 a2 a3 a4 a5 a6 a7 a8 a9 a10 a11 a12 a13 a14 a15 a16 a17 a18 a19 a20

1. Penso que gostaria de utilizar o Wix

com frequência 3 4 4 4 3 5 4 3 5 4 3 5 4 4 4 4 4 3 4 5

2. Achei o Wix demasiado complexo 2 2 4 2 2 4 4 3 1 2 4 1 3 1 3 3 4 4 2 1

3. Acho que o Wix é fácil de usar 5 4 4 4 4 4 3 3 5 4 4 5 4 4 5 4 4 2 4 5

4. Penso que precisaria da ajuda de

alguém para utilizar o Wix 3 3 4 3 2 4 1 3 1 2 3 1 3 1 3 2 4 4 2 1

5. Achei que o Wix disponibiliza um

conjunto de funcionalidades bem

integradas

5 4 4 4 4 4 4 3 5 4 4 5 3 4 4 4 4 4 4 5

6. Achei o Wix muito confuso de utilizar 1 1 3 2 2 2 1 3 1 2 3 1 3 1 3 2 3 4 2 1

7. Penso que a maioria das pessoas

seria capaz de aprender a utilizar o Wix

facilmente

5 4 4 4 4 4 5 3 5 4 4 5 4 4 4 4 4 3 4 5

8. Achei o Wix muito complicado de

utilizar 1 1 3 2 2 2 2 3 1 2 2 1 3 1 2 2 3 3 2 1

9. Senti-me confiante a utilizar o Wix 4 4 4 4 3 4 3 3 5 4 3 5 3 4 4 4 4 3 4 5

10. Preciso de muito trabalho e prática

para aprender a utilizar o Wix 2 1 3 4 2 4 1 2 1 2 3 1 3 1 4 2 3 4 1 5

Classificação 83 80 58 68 70 63 75 53 100 75 58 100 58 88 65 73 58 40 78 90

Media 71,38

Tabela 19 – Informação acerca da ferramenta de edição de páginas web adotada nas aulas

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Em relação ao objetivo de investigação, (4) Avaliar o impacto das estratégias de ensino-

aprendizagem adotadas nas aulas no aproveitamento dos alunos, conforme orientações

pedagógicas em vigor na escola, no que concerne ao domínio das atitudes e valores, a mesma

incidiu nos registos de faltas, e atrasos, e na observação das aulas e foi traduzida no

preenchimento de uma grelha de avaliação (Anexo 7). No que diz respeito ao domínio dos

conhecimentos, no que concerne às fichas de trabalho a mesma incidiu na observação das

aulas e foi traduzida no preenchimento de uma grelha de observação (Anexo 8). Também no

domínio dos conhecimentos, mas no que diz respeito ao trabalho de projeto a mesma incidiu na

análise do mesmo em 3 momentos distintos e foi traduzida no preenchimento das respetivas

grelhas de correção (Anexo 9). No final foi elaborada uma grelha e avaliação que contempla a

nota final dos alunos (Anexo 10) tendo em conta dos critérios anteriormente especificados.

Nesta medida, é apresentada de seguida a avaliação final do módulo (Tabela 20), que

traduz um aproveitamento positivo por parte de todos os alunos:

Pauta final

Nº do Aluno Nota final

6694 17

6801 12

6244 12

7136 18

6808 10

8412 10

6737 13

8671 14

8677 14

8684 14

7019 18

6741 11

8409 14

8669 10

8675 14

8403 14

6481 15

8400 17

6774 13

8648 14

Tabela 20 – Avaliação final do módulo

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4.3. Atividades não letivas

Além das atividades de caráter letivo, no âmbito do meu estágio profissional na

ALFACOOP, tive também a oportunidade de colaborar em atividades de caráter não letivo

inseridas naquelas que são as dinâmicas da escola. Desta forma e em colaboração e

cooperação com o meu colega de estágio na escola Paulo Torres, com a responsável do CRE

(Centro de Recursos Educativos) da escola Drª Luísa Santos e em consonância com o meu

orientador cooperante professor Luís Baptista, preparei e apresentei a palestra subordinada ao

tema “Segurança na Internet”, inserida no "Dia Internet Segura" promovido pela ALFACOOP. De

referir também que a palestra teve como público alvo todos os alunos do 5º ano de escolaridade,

distribuídos por dois dias e com o objetivo de consciencializar os alunos para uma boa utilização

da Internet e alertá-los para os perigos associados ao seu uso.

Figura 5 – Palestra

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5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Em traços gerais posso afirmar que estou muito satisfeito com o trabalho que desenvolvi

ao longo da minha intervenção pedagógica. Para sustentar este sentimento, reporto-me à análise

dos resultados obtidos em resposta a cada um dos objetivos de investigação subjacente a esta

intervenção. Assim, e relativamente ao primeiro objetivo (1) Avaliar o impacto da adoção da

metodologia de trabalho de projeto na motivação dos alunos para a aprendizagem, os dados

recolhidos refletiram uma melhoria considerável em todos os aspetos motivacionais analisados,

em comparação com os dados obtidos no início do módulo, desta forma verificou-se uma

evolução dos alunos no que diz respeito ao interesse pela aprendizagem, ao esforço e empenho

despendido na realização das atividades propostas, ao gosto pela matéria lecionada, à

persistência na resolução dos problemas, à perceção acerca das capacidades de aprendizagem

e também, em relação à sua atenção ou concentração em sala de aula.

Quanto ao segundo objetivo (2) Avaliar o impacto da adoção da metodologia de trabalho

de projeto nas aulas, os dados recolhidos refletiram uma aceitação plena desta metodologia em

sala de aula por parte dos alunos e cuja forma, como se desenrolou todo o trabalho constituiu-se

como fator motivacional para a aprendizagem dos mesmos, nomeadamente o trabalho de grupo,

o grau de dificuldade do projeto, o interesse pelo projeto e o próprio papel de orientador do

professor durante todo o processo.

No que concerne ao terceiro objetivo (3) Avaliar a satisfação dos alunos na utilização na

plataforma de edição e páginas web – Wix, os dados recolhidos refletiram que, foi claramente

positivo o grau de satisfação dos alunos no uso da mesma, pelo que não constituiu um

obstáculo à qualidade do trabalho desenvolvido.

Por fim e relativamente ao quarto objetivo (4) Avaliar o impacto das estratégias de

ensino-aprendizagem adotadas nas aulas no aproveitamento dos alunos, os dados resultantes da

avaliação final dos alunos traduzem um aproveitamento positivo por parte de todos os alunos,

pelo que os objetivos de aprendizagem foram alcançados com sucesso. De referir também que

para além destas evidências, também o feedback obtido pelo meu orientador cooperante e pela

minha supervisora vão ao encontro da perspetiva de que o estágio profissional correu de forma

muito satisfatória, pelo que sinto que cumpri o papel de professor com sucesso.

Este foi um trabalho longo que teve o seu início com a observação da prática pedagógica

do orientador cooperante, em novembro de 2013 e o seu término após intervenção pedagógica,

em junho de 2014. Pelo meio, há todo um trabalho que este relatório pretende retratar e cujo

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objetivo máximo, inserido no âmbito do estágio profissional do Mestrado em Ensino de

Informática, foi tornar-me competente no desempenho das funções de professor.

Incutido por uma metodologia de investigação do tipo Investigação-Ação (I-A), procurei

responder às exigência da situação com a qual me deparei, no sentido de proceder a mudanças

ou de alterar um determinado status quo existente e, desta forma, intervir na reconstrução dessa

mesma realidade. Neste sentido recorri a um conjunto de métodos, técnicas e instrumentos de

recolha de dados, por forma a ajudarem-me na análise e compreensão da situação em concreto,

para consequente orientação ou tomada de decisão.

Atendendo às especificidades dos alunos da turma, nomeadamente alunos

desmotivados para a aprendizagem e tratando-se o fator motivação por si só “uma das forças

importantes que orientam as ações dos alunos”, contribuindo e muito para a criação de um

ambiente de sala de aula produtivo (Arends, 1999, p. 122), adotei como filosofia de ensino na

minha intervenção pedagógica, a metodologia de trabalho de projeto. A opção por esta

metodologia deve-se essencialmente ao facto, de a mesma constituir uma solução para o

problema encontrado, na medida em que, vem proporcionar aos alunos um maior interesse e

motivação para a aprendizagem (Ferreira, 2013), onde os seus conhecimentos, as suas

experiências e os seus recursos são valorizados, constituíndo desta forma estímulos para a

aquisição de novos conhecimentos (Monteiro, 2007), proporcionando assim, “aprendizagens

com mais sentido e utilidade à sua vida em sociedade” (Ferreira, 2013, p. 325).

Em balanço final, considero que a adoção desta metodologia constituiu-se como uma

resposta adequada à problemática identificada, na medida em que permitiu aos alunos

melhorarem os seus índices de motivação, levando-os a interessarem-se e participarem

ativamente no processo de ensino-aprendizagem e desta forma, desenvolverem competências no

que concerne ao trabalho cooperativo e/ou colaborativo, à sua autonomia na realização das

diferentes tarefas, bem como, à sua responsabilização perante a aprendizagem dos diferentes

conteúdos programáticos. Contudo e atendendo à diversidade de objetivos de aprendizagem

adotei ao longo da minha intervenção outras metodologias, até porque apesar da metodologia de

trabalho de projeto ser “muito rica do ponto de vista das aprendizagens que proporciona (…) a

diversidade de objetivos e aprendizagens a promover, implica que se recorra, igualmente, a uma

diversidade de abordagens e metodologias” (Rangel & Gonçalves, 2010, p. 26).

No que concerne às dificuldades sentidas durante a minha intervenção, saliento a

própria gestão dos trabalhos de projeto, ou seja, os projetos foram realizados em pares e como

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tal era esperado que houvesse uma interação e participação ativa de ambos os elementos. O

garantir que esta fosse uma norma cumprida por todos os alunos foi trabalho árduo do professor

em alguns dos grupos. Assim recomenda-se em situações análogas futuras, ter especial atenção

aquando da formação dos grupos de trabalho, por forma a garantir o trabalho de projeto sobre

um tema escrupulosamente do interesse de todos os alunos. Neste âmbito também se

recomenda uma divisão rigorosa e, equilibrada e devidamente registada das diferentes tarefas a

realizar pelos elementos do grupo de trabalho e a exigência do cumprimento das mesmas. Desta

forma considero que, se tudo ficar muito bem definido à partida, o desenrolar do trabalho de

projeto ocorrerá com normalidade e sem necessidade de remendos.

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Santos, M. E., Fonseca, T., & Matos, F. (2009). O que se ganha com o trabalho de projecto.

Noesis, 76, 26-29.

Sprinthall, N. A., & Sprinthall, R. C. (1993). Psicologia educacional: Uma perspectiva

desenvolvimentalista. McGraw-Hill.

Tullis, T., & Albert, B. (2008). Measuring The User Experience: Collecting, Analyzing and

Presenting Usability Metrics. Morgan Kaufmann Publishers.

Vasconcelos, T. (2006). Trabalho de projeto em educação de infância: limites e possibilidades. In

3º Encontro de educadores de infância e professores de 1º Ciclo (41-48). Porto: Areal

Editores.

Vieira, F. (2013). Mestrados em Ensino da Universidade do Minho - Dossier de Orientações

Gerais do Estágio. Braga: Universidade do Minho.

Zabalza, M. A. (1998). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Porto: Edições ASA.

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7. ANEXOS

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An

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Qu

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rio in

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Questionário inicial

Este questionário tem como objetivo caracterizar os alunos de uma turma do ensino profissional e aferir dos seus

interesses, motivações e conhecimentos. É um estudo no âmbito do Estágio Curricular do Mestrado em Ensino de

Informática da Universidade do Minho.

Ressalve-se que não há respostas corretas ou erradas, o importante é que sejam o reflexo daquela que é a tua

realidade. Por favor sê o mais SINCERO(A) possível nas tuas respostas.

O questionário é ANÓNIMO e por isso dispensa o preenchimento do teu nome. Será garantida a confidencialidade

das tuas respostas, as quais serão utilizadas exclusivamente para este estudo.

O tempo estimado para o preenchimento deste questionário é entre 5 e 10 minutos.

OBRIGADO PELA TUA COLABORAÇÃO.

Informação acerca dos dados de caraterização do aluno

1. Qual é o teu sexo? *

Masculino

Feminino 2. Qual é a tua idade? * Exemplo: 15 (Escreve o número apenas).

3. Qual é a tua nacionalidade? *

4. Qual é a localidade onde moras? * Exemplo: Ruílhe-Braga (Escreve a freguesia seguida do concelho).

5. Qual é a distância da tua casa à escola? *

0-5km

5-10km

10-15km

+ de 15km 6. Qual é o nome da tua escola? *

7. Qual é o teu ano de escolaridade? *

8. Qual é a tua turma? *

9. Qual é a profissão do teu pai? *

10. Qual é a profissão da tua mãe? *

11. Qual é a escolaridade dos teus pais? *

Curso

superior Ensino

secundário 3º Ciclo 2º Ciclo 1º Ciclo

Sem escolaridade

Não sei

Pai

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Qu

estio

rio in

icial

Curso

superior Ensino

secundário 3º Ciclo 2º Ciclo 1º Ciclo

Sem escolaridade

Não sei

Mãe

Informação acerca dos interesses dos alunos no uso do computador

12. Das seguintes atividades, quais são as que realizas quando utilizas o computador? *

Jogos online

Ouvir música em sites específicos

Participar em redes sociais (ex: facebook, tumblr, ask.fm, etc.)

Conversar com os amigos em chats

Estudar/Fazer os trabalhos de casa

Ver vídeos online

Ler jornais online

Pesquisar na Internet

Utilizar o correio eletrónico

Outra: 13. Assinala a tua opinião, em relação às seguintes atividades no uso do computador:

Não gosto Gosto pouco Gosto Gosto muito

1. Jogos online

2. Ouvir música em sites específicos

3. Participar em redes sociais (ex: facebook, tumblr, ask.fm, etc.)

4. Conversar com os amigos em chats

5. Estudar /Fazer os trabalhos de casa

6. Ver vídeos online

7. Pesquisar na Internet

8. Utilizar o correio eletrónico

9. Outro (no caso de teres indicado na questão anterior)

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An

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1 –

Qu

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rio in

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Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem na disciplina de TIC

14. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem as tuas experiências de aprendizagem, na disciplina de TIC?

Discordo

totalmente Discordo

Não concordo / Não discordo

Concordo Concordo totalmente

a. Estou muito interessado em aprender.

b. Esforço-me muito para ter bons resultados.

c. Penso que o que estamos a aprender é interessante.

d. Nas aulas trabalho o melhor que posso.

e. Gosto do que estou a aprender.

f. Quando estou nas aulas participo nas atividades propostas.

g. Gosto de aprender coisas novas nas aulas.

h. Estou com atenção nas aulas.

i. Penso que aprender é aborrecido.

j. Quando estou nas aulas apenas finjo que estou a trabalhar.

k. Quando estou nas aulas distraio-me frequentemente.

l. Quando tenho dificuldades em perceber uma matéria, não desisto até a compreender.

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Qu

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Discordo

totalmente Discordo

Não concordo / Não discordo

Concordo Concordo totalmente

m. Sei que serei capaz de aprender a matéria dada nas aulas.

n. Quando encontro um problema difícil, continuo a trabalhar até o resolver.

o. Tenho a certeza que percebo as matérias ensinadas nas aulas.

15. Como preferes trabalhar em sala de aula, na realização de trabalhos na disciplina de TIC? *

Sozinho(a)

Em pares

Em grupo 16. Como achas que aprendes mais em sala de aula, na realização de trabalhos na disciplina de TIC? *

Sozinho(a)

Em pares

Em grupo Informação acerca dos conhecimentos dos alunos na temática de criação de websites

17. Já criaste algum website? *

Sim

Não 17.1. Se respondeste "Sim" na questão anterior, indica a ferramenta que utilizaste?

18. Conheces alguma ferramenta de criação de websites? *

Sim

Não

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18.1. Se respondeste "Sim" na questão anterior, indica qual/quais?

19. Tens conhecimentos de linguagem HTML? *

Sim

Não 20. Já trabalhaste com algum dos seguintes programas/ferramentas? *

Sim Não

a. Webnode

b. Dreamweaver

c. WIX

d. Google sites

e. WordPress

f. Joomla

g. Weebly

h. Microsoft Expression

i. Notepad ++

j. Google Web Designer

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mo

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Módulo 3 Criação de Páginas Web

Conteúdos Objetivos Metodologia Avaliação Horas

Técnicas de Implantação - Programação de páginas Web - Editores de páginas Web - Editores de imagens e efeitos especiais - Editores e programas de animação gráfica - Ferramentas e utilitários Criação de páginas Web - Conceitos de ergonomia e amigabilidade de uma página Web - Conceitos de HTML e hipertexto Programa de edição de páginas Web: Dreamweaver Apresentação do programa - O ambiente de trabalho do Dreamweaver e seus componentes - Os painéis de objetos - Propriedades dos objetos Planeamento e criação de um Web site - Planeamento de um Web site - Criação e gestão de um Web site Criação de documentos HTML - Criação, abertura e guarda de documentos HTML - Definição das propriedades Desenho de páginas Inserção e formatação de texto - Inserção de texto e objetos

Identificar as técnicas de implantação de páginas na Web

Identificar linguagens de programação Enumerar editores de páginas Web Enumerar editores de imagens e efeitos especiais Enumerar editores e programas de animação gráfica

de páginas Web Enumerar ferramentas e utilitários de construção de

páginas Web Explicar os conceitos de ergonomia e amigabilidade de

uma página Web Definir documentos HTML Definir o conceito de hipertexto Descrever as principais características do programa de

construção de páginas Web Identificar os componentes da área de trabalho Reconhecer a importância do planeamento na

construção de um site Criar, abrir, guardar, imprimir e publicar um Web site Aplicar estilos Manipular o aspeto de um site Inserir imagens Aplicar som a uma página Inserir um formulário na página Aplicar frames Criar e adicionar hiperligações Aplicar efeitos de animação Efetuar a publicação do site num servidor Web Explicar como se faz a manutenção e a atualização de

um Web site

Ensino de conceitos Método expositivo Aprendizagem por

descoberta orientada Aprendizagem cooperativa Resolução de fichas de

trabalho

Fichas de trabalho Elaboração de um projeto Observação do

desempenho

34

Planificação modular

Tecnologias de Informação e

Comunicação

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Pla

nifica

ção

mo

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lar

- Definição da fonte, tamanho, cor e alinhamentos Inserção de imagens - Inserção de imagens na página - Criação de imagens dinâmicas - Utilização de um editor de imagens externo Multimédia - Inserção de objetos multimédia - Importação de conteúdos do Flash - Inserção de um filme Shockwave numa página Web - Adição de som - Inserção de controlos ActiveX Camadas dinâmicas - Criação e manipulação de camadas - Criação de animação nas camadas com a Linha do Tempo Formulários - Criação de formulários Hiperligações -Criação e edição de links Publicação - Publicação das páginas num servidor Web - Gestão e atualização do conteúdo de um site

Descrever as potencialidades multimédia do programa Efetuar operações com camadas dinâmicas

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Pla

no

de

au

la

Módulo: Criação de Páginas Web Turma: 10.º F

N.º da aula: Horário: Data:

Sumário: Faltas: Atrasos:

Objetivos Fases Conteúdos Estratégias / Métodos / Atividades Tempo

(Minutos) Recursos Avaliação

Intr

oduç

ão

Des

envo

lvim

ento

Con

clus

ão

Plano de aula

Tecnologias de Informação e

Comunicação

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Gre

lha

de

pla

ne

am

en

to

Grupo Grelha de planeamento de um website Nome do aluno: [Escreve aqui, o nome de um dos elementos do grupo]

Nome do aluno: [Escreve aqui, o nome de um dos elementos do grupo]

Tema: [Escreve aqui, o assunto do website]

Descrição: [Escreve aqui, uma descrição acerca do tema do website]

Objetivos: [Escreve aqui, quais são as finalidades do website, o que se pretende com a sua presença online. Nota: deves identificar no mínimo 3 objetivos]

Público-alvo: [Escreve aqui, a quem se destina o website, indica características como o género, a faixa etária, a classe social, a região, entre outros que sejam importantes

realçar.]

Estrutura:

[Escreve aqui, o nome de cada uma das páginas que compõem o website. Uma sugestão será consultares websites relacionados com o mesmo tema, por forma a

verificares que tipos de estrutura de páginas é que usam]

Conteúdos: [Escreve aqui, para cada uma das páginas que identificaste na estrutura anterior, o seu nome, a sua finalidade e o tipo de elementos que a compõem (texto,

imagem, galeria de imagens, hiperligações, vídeos, sons, formulários, etc.)]

Ferramenta: [Escreve aqui, o nome da ferramenta ou programa que pretendes usar para desenvolver o website]

Layout: [Escreve aqui, a categoria, sub-categoria e o nome do template que vai servir de base à criação do website]

Nome da

página 2

Nome da

página 3

Nome da

página 4

Nome da

página 5

Nome da

Homepage

Designação

do website

Nome da

página 6

Grelha de planeamento

Tecnologias de Informação e

Comunicação

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En

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Enunciado do projeto

Pretende-se com este projeto que os alunos, em grupos de 2 elementos, desenvolvam um website acerca de um

tema do seu interesse e com recurso à plataforma online de edição de páginas web – Wix.

1. Fases a realizar ao longo do desenvolvimento do projeto

No sentido de orientar cada grupo no desenvolvimento do projeto, detalham-se de seguida o conjunto de fases que

os mesmos deverão realizar, para o correto desenrolar do trabalho:

Fase 1: Identificação da temática

A opção pela temática em estudo, passa pelo desenvolvimento de um website com a plataforma online de

edição de páginas web – Wix.

Fase 2: Escolha e identificação de temas

Pretende-se que dada a temática, os alunos escolham um tema do seu interesse e se organizem em

pequenos grupos de 2 elementos.

Fase 3: Planeamento do trabalho

Pretende-se que cada grupo projete o website a desenvolver, através do preenchimento de uma grelha de

planeamento disponibilizada pelo professor;

Uma sugestão e a partir do tema selecionado que deverá ser distinto para cada grupo, passará por

pesquisar na Internet websites relacionados com essa temática, por forma verificar como os mesmos

estão estruturados, que tipo de elementos integram e desta forma retirar ideias para o seu

desenvolvimento;

Uma vez preenchida a grelha de planeamento, deverá ser enviada para apreciação e avaliação por e-mail,

para o endereço do professor: [email protected].

Fase 4: Desenvolvimento do trabalho

Pretende-se que cada grupo proceda à criação de cada uma das páginas que compõem o website e de

acordo com o planeamento previamente realizado, pese embora possa haver a necessidade de efetuar

eventuais ajustes;

Cada website deverá ser composto por um mínimo de 6 páginas, sendo que na sua globalidade o website

deverá incluir no mínimo os seguintes elementos:

a. Títulos de página, textos e formatação;

b. Imagens simples e galerias de imagens de no mínimo 3 tipos diferentes (grelha, slideshow,

slider, por exemplo.);

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c. Hiperligações para as páginas do website, para a web, para e-mail, para redes sociais e para

documento(s);

d. Inclusão de vídeo(s) e/ou músicas;

e. Formulário de contacto devidamente personalizado;

f. Apps (do Google maps, por exemplo);

g. Além destes, poderás incluir outros elementos que consideres relevantes e que serão tidos em

conta aquando da avaliação.

Uma vez concluída a criação do website, publica-o e partilha o respetivo endereço para o e-mail do

professor: [email protected].

Fase 5: Preparação da apresentação dos projetos

Pretende-se que cada grupo proceda à criação de uma apresentação no PowerPoint, para apresentação

do seu projeto à turma.

A apresentação deverá ser constituída por 5 diapositivos e deverá respeitar a seguinte estrutura:

o Diapositivo 1: deverá incluir além de um título para a apresentação, informação acerca da

escola, do curso, do módulo, do ano letivo e dos elementos do grupo de trabalho;

o Diapositivo 2: deverá incluir informação acerca do tema e a descrição do website;

o Diapositivo 3: deverá incluir informação acerca dos objetivos do website;

o Diapositivo 4: deverá incluir informação acerca do público-alvo do website;

o Diapositivo 5: deverá incluir o esquema com a estrutura de páginas do website com uma

hiperligação para o respetivo endereço e desta forma possibilitar fazer a apresentação do

mesmo.

Uma vez criada a apresentação a mesma deverá ser enviada para o e-mail do professor:

[email protected].

Fase 6: Apresentação dos projetos

Pretende-se que os alunos apresentem o produto final do seu trabalho à turma;

De referir, que a apresentação deverá decorrer num máximo de 10 minutos divididos de forma

equilibrada por ambos os elementos do grupo. No final haverá também um tempo, para algumas

considerações ao trabalho realizado e eventuais perguntas e respostas.

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2. Calendarização

O projeto decorrerá conforme a seguinte calendarização:

Aulas

Fases de desenvolvimento do

trabalho de projeto

Horas 1 1 2 1 2 1 2 2 1 1 2 2

Dias

06-m

ai

19-m

ai

20-m

ai

26-m

ai

27-m

ai

02-ju

n 03

-jun

06-ju

n 09

-jun

16-ju

n 17

-jun

20-ju

n

1. Identificação da temática

2. Escolha e identificação de temas

3. Planificação do trabalho *

4. Desenvolvimento do trabalho *

5. Preparação da apresentação do projeto

6. Apresentação do projeto *

7. Avaliação do projeto

*Momentos de avaliação

3. Avaliação do projeto

A avaliação do projeto incidirá sobre os seguintes elementos:

Momentos e Critérios de avaliação

1º Momento – Planeamento do

trabalho

(20%)

2º Momento –

Desenvolvimento do trabalho

(60%)

3º Momento – Apresentação

do projeto

(20%)

Tema; Descrição; Objetivos; Público-

alvo; Estrutura; Conteúdo;

Ferramenta; e Layout

Conteúdo; Aspeto gráfico;

Navegabilidade; Criatividade;

Empenho; e Articulação entre os

elementos do grupo

Dispositivos; Expressão oral; Gestão

do tempo; Articulação entre os

elementos do grupo

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Questionário final

Este questionário tem como objetivo avaliar o impacto nos alunos, das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas aulas. É um estudo no âmbito do Estágio Curricular do Mestrado em Ensino de Informática da Universidade do Minho. Ressalve-se que não há respostas corretas ou erradas, o importante é que sejam o reflexo daquela que é a tua realidade. Por favor sê o mais SINCERO(A) possível nas tuas respostas. O questionário é ANÓNIMO, por isso dispensa o preenchimento do teu nome. Será garantida a confidencialidade das tuas respostas, as quais serão utilizadas exclusivamente para este estudo. O tempo estimado para o preenchimento deste questionário é entre 5 e 10 minutos. OBRIGADO PELA TUA COLABORAÇÃO.

Informação acerca da motivação dos alunos para a aprendizagem, durante o módulo de Criação de Páginas Web 1. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem as tuas experiências de aprendizagem, durante o módulo de Criação de Páginas Web?

Discordo

totalmente Discordo

Não concordo / Não discordo

Concordo Concordo totalmente

a. Mantive-me muito interessado em aprender.

b. Esforcei-me muito para ter bons resultados.

c. Penso que o que aprendemos foi interessante.

d. Nas aulas trabalhei o melhor que pude.

e. Gostei do que aprendi.

f. Nas aulas participei ativamente nas atividades propostas.

g. Gostei de aprender coisas novas nas aulas.

h. Mantive-me atento nas aulas.

i. As aulas foram aborrecidas.

j. Nas aulas apenas fingi que estive a trabalhar.

k. Nas aulas distraí-me com frequência.

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totalmente Discordo

Não concordo / Não discordo

Concordo Concordo totalmente

l. Quando tive dificuldades em perceber uma matéria, não desisti até a compreender.

m. Fui capaz de aprender a matéria dada nas aulas.

n. Quando encontrei um problema difícil, continuei a trabalhar até o resolver.

o. Tenho a certeza que percebi as matérias ensinadas nas aulas.

Informação acerca da metodologia de trabalho adotada nas aulas 2. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem o trabalho de projeto (website) que realizas-te?

Discordo

totalmente Discordo

Não concordo / Não discordo

Concordo Concordo totalmente

a. Realizar projetos é uma forma estimulante para aprender.

b. Aprendo mais quando trabalho em pares.

c. O professor esteve sempre disponível para me ajudar a realizar o projeto.

d. Não gostei de ter realizado o meu projeto.

e. Houve colaboração e/ou cooperação entre os elementos do grupo de trabalho.

f. O professor incentivou-me e motivou-me na realização do projeto.

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Discordo

totalmente Discordo

Não concordo / Não discordo

Concordo Concordo totalmente

g. Senti dificuldades em realizar o projeto.

h. A realização do projeto manteve-me desmotivado para a aprendizagem.

i. Preferia que a matéria tivesse sido lecionada de forma mais tradicional (exposição da matéria e fichas de trabalho).

j. Empenho-me mais a trabalhar individualmente do que em pares.

k. O professor esteve sempre disponível para o esclarecimento de dúvidas.

l. Nem todos os elementos do grupo participaram ativamente no projeto.

m. O projeto que tive que desenvolver para este módulo foi interessante.

n. O projeto que realizei foi fácil de desenvolver.

o. Não gostei da forma como o professor abordou a matéria nas aulas

p. A realização do projeto aumentou o meu interesse pela matéria.

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Informação acerca da ferramenta de edição de páginas web adotada nas aulas

3. Assinala em que medida as seguintes afirmações descrevem a tua satisfação em relação à ferramenta Wix?

Discordo

totalmente Discordo

Não concordo / Não discordo

Concordo Concordo totalmente

a. Penso que gostaria de utilizar o Wix com frequência.

b. Achei o Wix demasiado complexo.

c. Acho que o Wix é fácil de usar.

d. Penso que precisaria da ajuda de alguém para utilizar o Wix.

e. Achei que o Wix disponibiliza um conjunto de funcionalidades bem integradas.

f. Achei o Wix muito confuso de utilizar.

g. Penso que a maioria das pessoas seria capaz de aprender a utilizar o Wix facilmente.

h. Achei o Wix muito complicado de utilizar.

i. Senti-me confiante a utilizar o Wix.

j. Preciso de muito trabalho e prática para aprender a utilizar o Wix.

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Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F

Critério de avaliação: Avaliação contínua

Número do aluno Nome Assiduidade

(2%) Pontualidade

(3%) Atitudes

(5%) Responsabilidade

(5%) Autonomia

(5%) Nota

Grelha de avaliação contínua

Tecnologias de Informação e

Comunicação

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Escala de classificação (Conclusão/Colaboração): T/T; T/P; T/N; P/T; P/P; P/N; (T=Total; P=Parcial; NR=Não realizou a ficha)

Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F

Critério de avaliação: Avaliação sumativa

Grupos Ficha de trabalho 1 Ficha de trabalho 2 Ficha de trabalho 3 Ficha de trabalho 4

Conclusão Colaboração Conclusão Colaboração Conclusão Colaboração Conclusão Colaboração

Grelha de observação das fichas de trabalho

Tecnologias de Informação e Comunicação

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Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F

Critério de avaliação: Avaliação sumativa

Grupos

1º Momento de avaliação – Planeamento do trabalho Nota

Tema Descrição Objetivos Público-alvo Estrutura Conteúdo Ferramenta Layout

2,50% 10% 20% 15% 15% 30% 2,50% 5%

Grelha de correção do projeto final

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Grupos

2º Momento de avaliação - Desenvolvimento do trabalho Nota

Conteúdo Aspeto gráfico Navegabilidade Criatividade Empenho Articulação

50% 10% 10% 10% 10% 10%

Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F

Critério de avaliação: Avaliação sumativa

Grelha de correção do projeto final

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Grupos

3º Momento de avaliação – Preparação e apresentação do trabalho

Apresentação eletrónica Expressão oral Gestão do tempo Articulação Nota

25% 25% 25% 25%

Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F

Critério de avaliação: Avaliação sumativa

Grelha de correção do projeto final

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Módulo: Criação de Páginas Web Data: 20-06-2014 Turma: 10.º F

Critério de avaliação: Avaliação final

Número do aluno Nome AV. Formativa

(20%)

AV. Sumativa Nota final

Fichas de trabalho (20%) Projeto final (60%)

Grelha de avaliação final

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