centro oeste popular 578

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do Sul R$ 3,10 - ANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 www.copopular.com.br MAIS NA PÁGINA B4 MAIS NA PÁGINA 7 MAIS NA PÁGINA 6 MAIS NA PÁGINA 4 MAIS NA PÁGINA 8 MAIS NA PÁGINA 2 Henrique Lopes do Nascimento é presidente do Sintep/MT “Quem administra a Seduc é a conta única”. Pág. 3 ENTREVISTA DA SEMANA Corrupção “disseminada” EDITORIAL MAIS NA PÁGINA B2 E B3 LABIRINTO EMPRESARIAL Por Fernando Ordakowski Agilidade no processo de licenças ambientais Chamada no plenário FREQUÊNCIA Levantamento do CO Popular, confor- me site da Câmara dos Deputados,aponta número de faltas dos parlamentares de Mato Grosso nas sessões deliberativas - onde a presença é obrigatória. Os congres- sistas de Mato Grosso faltaram quase um ano em sessões deliberativas em plenário da legislatura desde 2011, acumulan- do 348 faltas em menos de três anos de mandato, ausências justificadas ou não, além do recesso anual que soma 50 dias. “Fumacê só em último caso” APLICAÇÃO Prefeitura de Cuiabá tem o pior índice de gestão fiscal do país “Parece que estamos morando no Nordeste” MAU EXEMPLO ABASTECIMENTO PRECÁRIO O estudo é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional. Foram mapeados 129 das 141 prefeituras de Mato Grosso. Entre os 500 melhores resultados do país, 23 são do estado de MT e cinco cidades concebem entre os 100 melhores desempenhos do Brasil. População de Várzea Grande clama por água nas torneiras. Mauro Mendes se associa a Galid Osman Didi E mpresário-prefeito de Cuiabá se alia ao rei do concreto no Brasil em busca de mais ouro para sua fortuna. Mauro Mendes acaba de conseguir atrair para o negócio da mineração, em Mato Grosso, como seu mais novo parceiro, o megaempresário Galid Osman Didi, proprietário da Polimix, empresa com sede na cidade de Santana de Parnaíba, em São Paulo, e que vem a ser a maior empresa de concretagem de cimento da América Latina, com negócios que se espalham pelo Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, Bolívia e Colômbia. O capital e as máquinas das empresas de Galid Osman Didi podem intensificar o processo de extração de ouro em uma área, em Chapada dos Guimaraes, que Mauro Mendes e Valdinei Mauro de Souza (o “Nei”) já estão transformando em uma paisagem semelhante à da Lua, dado o violento processo de degradação ambiental que promovem e que, apesar de repetir o que se registrou na região de Poconé, até agora não foi, curiosamente, enxergado pelos órgãos de fiscalização do Ministério Público, da Secretaria Esta- dual do Meio Ambiente ou do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

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O semanário que MOSTRA A REALIDADE DOS FATOS. Linha editorial independente.. Está edição 24 páginas...

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulR$ 3,10 - ANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013

www.copopular.com.br

mais na página B4

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Henrique Lopes do Nascimento é presidente do Sintep/MT “Quem administra a Seduc é a conta única”. Pág. 3

EntrEvista da sEmana Corrupção “disseminada”

editorial

mais na página B2 e B3

laBirinto empresarial

Por Fernando Ordakowski

Agilidade no processo de licenças ambientais

Chamada no plenárioFrequência

Levantamento do CO Popular, confor-me site da Câmara dos Deputados,aponta

número de faltas dos parlamentares de Mato Grosso nas sessões deliberativas -

onde a presença é obrigatória. Os congres-sistas de Mato Grosso faltaram quase um ano em sessões deliberativas em plenário

da legislatura desde 2011, acumulan-do 348 faltas em menos de três anos de mandato, ausências justificadas ou não,

além do recesso anual que soma 50 dias.

“Fumacê só em último caso”aplicação

Prefeitura de Cuiabá tem o pior índice de gestão fiscal do país

“Parece que estamos morando no Nordeste”

mau exemplo

aBastecimento precário

O estudo é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional. Foram mapeados 129 das 141 prefeituras de

Mato Grosso. Entre os 500 melhores resultados do país, 23 são do estado de MT e cinco cidades concebem entre os 100 melhores desempenhos do Brasil.

População de Várzea Grande clama por água nas torneiras.

Mauro Mendes se associa a Galid Osman Didi

Empresário-prefeito de Cuiabá se alia ao rei do concreto no Brasil em busca de mais ouro para sua fortuna. Mauro Mendes acaba de conseguir

atrair para o negócio da mineração, em Mato Grosso, como seu mais novo parceiro, o megaempresário Galid Osman Didi, proprietário da Polimix, empresa com sede na cidade de Santana de Parnaíba, em São Paulo, e que vem a ser a maior empresa de concretagem de cimento da América Latina, com negócios que se espalham pelo Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, Bolívia e Colômbia. O capital e as máquinas das empresas de Galid Osman Didi podem intensificar o processo de extração de ouro em uma área, em Chapada dos Guimaraes, que Mauro Mendes e Valdinei Mauro de Souza (o “Nei”) já estão transformando em uma paisagem semelhante à da Lua, dado o violento processo de degradação ambiental que promovem e que, apesar de repetir o que se registrou na região de Poconé, até agora não foi, curiosamente, enxergado pelos órgãos de fiscalização do Ministério Público, da Secretaria Esta-dual do Meio Ambiente ou do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013

Os antigos já diziam: não choreis o leite der-ramado; contudo, resignar ao silêncio não trará alento. No que tange ao processo do mensalão que terá um segundo julgamento, não me restam dúvidas de que sob a égide de uma legislação com excessos de garantias aos contraventores, o Su-premo Tribunal Federal - STF demonstrou ser um tribunal composto de homens vaidosos e indeci-sos; e que se comportam de forma destoada com os anseios de uma nação que clama por Justiça.

Muitas justificativas razoáveis do ponto de vista jurídico foram apresentadas por parte dos magistrados que compõe aquela Corte de Justiça e que votaram pela revisão. Porém, como bem defendeu o eminente ministro Joaquim Barbo-sa, existiam elementos que também justificava a manutenção do julgamento outrora realizado.

A meu ver, os recursos infringentes vieram à baila como desculpa para justificar as ambigui-dades presentes em nosso ordenamento jurídico. Pois é perceptível, que quando a Justiça Brasileira lida com poderosos, ou com grupos ligados a eles, tem-se prevalecido uma convicção que destoa da lógica, do justo, da ética, da moral e da razão.

Para quem leu a denúncia que o Procurador Geral da República Antônio Fernando Barros e Silva de Sou-za, encaminhou ao relator do Processo do Mensalão, o emi-nente Ministro Jo-aquim Barbosa, ao meu entender, não pode ter dúvidas da conduta criminosa dos envolvidos outro-ra condenados. Não é necessário ser versado em Direito, para reconhecer a fundamentação e validade da denúncia, devido que fica explicita a conduta delituosa dos julgados.

Ora, não se pode esperar desfecho justo nesse segundo julgamento, que sabe lá quando irá acontecer, correndo assim o risco de algumas penas prescreverem; não se pode perder de vista que dois dos Ministros que votaram pela conde-nação dos envolvidos, já não mais fazem parte do Supremo. Assim é evidente que muita coisa irá mudar ao final dessa novela.

Diante da dura realidade e sendo conhecedor

da cultura de tráfico de influência que sem-pre reinou nesse país, quem é que garante que esse segundo julga-mento não foi orques-trado com finalidades duvidosas, objetivando sabe se lá o que, quiçá, ajudar “os companhei-ros”, visando penas me-nos rigorosas?

Num cenário onde reina a corrupção e a impunidade, a Suprema Corte, ao que me parece, está insegura e indecisa em suas decisões; assim sendo, a quem os cida-dãos de bem irão recorrer na busca por Justiça?

Não me parece nada razoável que depois de anos de análises e estudos e de posse de inúmeras provas documentais, depoimentos e indícios concretos do Modus Operandi criminoso utilizado pela quadrilha para roubar o dinheiro público, ainda pairam dúvidas sobre a conduta criminosa dos envolvidos que foram condenados no primeiro julgamento.

Basta que leiamos os documentos disponíveis na internet e que fazem parte dos Autos, para for-marmos convicção de que houve o desvio de vultosas quantias originárias dos cofres públicos, diversos empréstimos simulados, bem como a “construção” de um esquema de lotea-mento político dos cargos públicos em troca de apoio às propostas do Governo

Petista no Congresso Nacional.Lamentavelmente a realidade é a que está

posta. Como diria o legislador e poeta lírico Sólon de Atenas, “As leis são como teias de aranha: boas para capturar mosquitos, mas os insetos maiores rompem sua trama e escapam”. Pressinto que assim sucederá aos “homens fortes do PT”, por hora ainda condenados. Receio que as leis dessa terra de homens vis e sem decência, os tornem num futuro não muito distante, em indivíduos honestos e justos, contribuindo para que mais uma vez a impunidade saia vitoriosa.

Até anteontem acreditava-se que havia uma barreira intransponível entre a internet e o mundo real. Hashtags (#) eram ‘ondas’ e jamais seriam partículas. Eles não tinham peso e jamais poderiam incidir sobre o mundo real. Nunca se entendeu mui-to bem o que eram estes jogos da velha e, a bem da verdade, sequer suspeitaram que este simbolozinho pudesse trazer algo novo para a democracia.

Os hashtags surgiram, sem muita pretensão, como um meio de indexar assuntos a palavras-chave para facilitar a localização de discussões via meca-nismos de pesquisa. Com o tempo, tornaram-se ferramentas sociais capazes de conectar pessoas com pelo menos um interesse em comum. Por meio de hashtags, as pessoas passam a ter maior possibilidade de controle sobre seus círculos sociais, são elas que decidem os seus recortes e conexões.

Nesse cenário de maior autonomia individual sobre a própria rede, a noção de minoria e maioria – que sempre teve papel fundamental nas teorias da opinião pública – perde peso. A célebre ideia de que minorias se calariam justamente por perceberem que são minorias começa a enfraquecer. Ela não deixa de existir, mas sua lógica é menos dominante. Uma nova configuração social surge para colo-car em xeque a teoria de Noelle-Neuman: se existe uma espiral hoje, ela não é a espiral do silêncio, mas a espiral do ruído.

As pessoas encon-tram suporte para confirmar o que elas pensam e encontram audiência para dizer o que elas não diriam.

Ao contrário do previsto por muitos que pen-sam a democracia em rede, este aumento da capaci-dade de interação entre pessoas com interesses em comum não propiciou (pelo menos não até agora) o surgimento de uma sociedade fragmentada. No meio dos ruídos, o próprio mecanismo de rede se mostra capaz de encontrar sintonias. Ora ou outra escutam-se pontos transversais entre esses grupos, surgem consensos no encontro dessas micronar-rativas.

A questão toda é que estes consensos são, em via de regra, amorfos. É difícil rastrear a sua origem, e mais ainda identificar os seus porquês. É aí que os processos maiores se iniciam, e o nosso entendimento emperra.

Em junho observamos, talvez pela primeira vez no Brasil, o nascimento deste fenômeno. As manifestações de rua - plurais, desorganizadas, sem causa, com excesso de causas, etc. - foram o resultado desse consenso mínimo em defesa do direito de manifestar. A intersecção entre todos os movimentos é o que tornou as manifestações a expressão de um sentimento público.

O ponto aqui é que em fase de transição o

governo ainda é capaz de alterar as frequências. Havia uma presidente no meio da sintonia. A simples fala da presi-dente e a apresentação de propostas e metas e, sobretudo, a ênfase dada à reforma política deslocou a sintonia.

Ao contrário de muitos, concordo com a presidente que a insatis-fação generalizada seja sintoma de uma crise de representação, crise cada vez mais aguda em virtu-de do fortalecimento da interatividade.

Estas ondas de co-nectividade não são meras perturbações se propa-gando no meio, estas ondas têm massa e devem ter peso no processo político. Acreditar na democracia como regime é acreditar no direito de que estes

ruídos possam confluir; é acreditar que tais ruídos precisam de poder de in-cidência.

Queiram ou não, es-tamos em um processo de transição para uma nova democracia, cujos contor-nos - embora não muito

definidos - apontam para um sistema político muito mais interativo. O que incomoda a muitos, no entanto, é perceber que esta transição não se dará por rupturas. Teremos que consertar a bicicleta enquanto pedalamos, isto é, a democracia repre-sentativa não deixará de existir: ela terá que passar por adaptações que respondam melhor as ondas de alta interatividade e a novas formas de organização. Isto requer sim uma reforma política - e já requer faz tempo.

Mas democracia dá trabalho. Se quiserem levar adiante a Reforma Política de forma inclusi-va e participativa, de maneira que todos possuam acesso de qualidade às informações e participem de um debate qualificado, não se pode fazer isso às pressas.

É verdade que a população gostaria de ver mudanças o quanto antes e se possível já valendo para as eleições do ano que vem, mas é preciso ter em mente a variedade e complexidade dos assuntos, lembrando sempre que o principal obstáculo à re-forma política tem sido justamente a pluralidade de questões que tentam aprovar em um mesmo pacote.

Enfim, para que os ruídos encontrem sintonia e capacidade de influir, é preciso de tempo. Caso contrário, poderemos mudar apenas para que as coisas permaneçam como sempre foram.

O perigo ronda o campo. Um dos setores mais dinâ-micos da economia brasileira está ex-posto ao feroz ata-que de novas pragas e doenças que, sem formas adequadas de controle, infes-tam lavouras nas mais importantes regiões agrícolas do País. A lagarta He-licoverpa armígera, até poucos meses

desconhecida da maioria dos pesquisado-res, já devorou, apenas na safra deste ano, cerca de 1 bilhão de dólares das lavouras de soja e algodão do Mato Grosso e Bahia. Es-pecialistas acompanham o rastro da praga e constatam que ela já se instalou em áreas do Paraná e franjas das regiões Sudeste e Nordeste.

A Helicoverpa praga se soma a ou-tras, como a mosca branca, a broca do café e a ferrugem asiática – esta já tendo causado, nos últimos dez anos, de acordo com a Aprosoja, prejuízo superior a 25 bi-lhões de dólares. As perdas se alastram a lavouras de café, algodão, feijão e hortaliças. De acordo com a Sociedade Brasileira de Defesa Agrope-cuária, pelo menos quinze outras pragas do mesmo potencial destrutivo rondam as lavouras. Os efeitos podem ser devastado-res – às plantações e à economia do País.

O agronegócio foi responsável, nos úl-timos dez anos, por 27% do PIB nacional. Tal resultado se deve, em grande medida, à geração de novas tecnologias, a partir de investimentos vultosos de empresas públi-cas e privadas. É o caso, por exemplo, dos novos defensivos agrícolas, mais eficazes e seguros: as plantações não protegidas por modernas tecnologias perdem, em media, 40% de sua produção. Traduzindo-se: para a safra brasileira deste ano, aguardada em

186 milhões de toneladas, sem a adoção desta tecnologia não chegariam às mesas dos brasileiros e do mundo cerca de 75 milhões de toneladas de alimentos, além de fontes de energias renováveis. Ou então: caso fossem retirados 40% das exportações apenas do complexo soja, seriam menos R$ 10,5 bilhões na balança comercial brasilei-ra. Ainda mais drástico: se o impacto de tais perdas fosse debitado do Valor Bruto da Produção, VBP, apenas das culturas de soja, cana-de-açúcar e milho – que somarão R$ 166 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura –, significa que o país deixaria de arrecadar R$ 66,5 bilhões.

A lentidão do sistema de defesa fitos-sanitária tem se mostrado tão assustadora quanto a voracidade dos insetos, doenças e ervas daninhas, de acordo com a re-vista Exame (“A praga difícil de vencer”, 13/09/13). De fato, é inconcebível a parci-mônia com que é tratada, em certos setores do governo federal, uma das principais tecnologias demandadas pelos agricultores

e para a sustentabilidade da agropecuária.

É urgente e inadiá-vel, portanto, ampliar a infraestrutura funcional de modo a conferir ce-leridade e eficiência os três encarregados regu-lamentação da defesa fi-tossanitária: Ministério da Agricultura; Ibama; e a Agência Nacional de

Vigilância Sanitária, Anvisa. A lentidão do sistema é assustadora, como acusam os números. Em 2008, foram aprovados 11 novos princípios ativos; em 2009, reduziu para 8 novos ingredientes ativos. Em 2010, as aprovações caíram drasticamente para 3 ativos novos; em 2011, foram registrados apenas 2 novos produtos. Finalmente, no ano passado, a de morosidade atingiu o fundo do poço: apenas e tão somente 1 produto novo foi registrado.

A correção nos rumos do atual marco regulatório oferecerá um horizonte de maior previsibilidade às empresas defini-rem seus planos de investimentos. Mas, so-bretudo, trará confiança para trabalho dos agricultores – afinal, os maiores responsá-veis pelos alimentos em nossas mesas.

DiretorAntônio Carlos Oliveira

Diretoria ComerCialMax Feitosa Milas

editoria e reportagem-mtBeatriz Girardi - DRT - 1187-MT

editor e reportagem - mSJota Menon

reportagensBeatriz Girardi, Regina Botelho, Juliana Radel

estagiáriosAna Sampaio

[email protected]

editor de arte / DiagramaçãoMário Pulcherio Filho

Diagramação / Projetos Leonardo Arruda - 65 9233-9018

ChargeFernando Ordakowski

CirCulaçãoBrasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

SedesAvenida Miguel Sultil, nº 4.353 - Areão Cuiabá - Mato Grosso - CEP: 78.010-500Fone (65) 3623-4300/e-mail: [email protected]

Endereço BrasíliaCLSW - 301 - Bloco A - Edifício Spaço Vip Sala 136 - Setor Sudoeste Fones: (61) 3028-1388/3028-1488

Escrtório Campo GrandeRua Joaquim Murtinho, nº 184 - Centro Campo Grande - Mato Grosso do Sul CEP: 79.002-100 Fone (67) 3029-4214 e-mail: [email protected]

Assinaturas: (65) 3046-0400 (67) 3029-4214

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exPeDienteé ProPrieDaDe Da

Os artigOs de OpiniãO assinadOs pOr cOlabOradOres e/Ou articulistas sãO de respOnsabilidade exclusiva de seus autOres. nãO representam assim a OpiniãO dO jOrnal.

Opinião

Editorial artigos

Em recente entre-vista publica-da nas páginas

amarelas da revista Veja, o novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, 56 anos, defendeu o combate à corrupção como prioridade de sua gestão, mas com um aler-ta: o foco não pode ser apenas em casos emble-máticos. Para Janot, esse tipo de ação tem que ocor-rer de forma capilarizada, rastreando desvios meno-res, como os ocorridos na contratação de merenda escolar e na construção de ginásios e de estradas. “Tendemos a ver apenas a corrupção praticada em obras monumentais. Tão prejudicial quanto é aque-la que vai de pouquinho em pouquinho, mas é dis-

seminada. Essa também faz um estrago sem tama-nho”, disse o procurador à Veja. Janot também promete uma novidade, que é a disponibilização, no site da procuradoria, de informações sobre representações, pessoas investigadas e o anda-mento de cada caso. Disse que hoje há um acúmulo de trabalho no gabinete da Procuradoria-Geral da República em parte, decorrente da forma de atuar de seu antecessor (Roberto Gurgel), conhe-cido por ser centralizador. Segundo Janot, há no gabinete hoje 170 repre-sentações, 200 inquéritos policiais e 2 mil processos. Para reduzir esse volu-me, o procurador-geral está chamando reforço e

disse que pode até criar forças-tarefas. Outro tema abordado na entrevista foi sobre o poder de o Minis-tério Público investigar. O procurador-geral da República disse que assim que o Supremo Tribunal Federal decidir sobre a questão, será preciso criar regras específicas para nortear esse trabalho. Quanto ao limite e equi-líbrio da atuação do MP, Janot defende que deve ser o “limite da prova”, que não é possível ignorar uma prova nem ir além da legalidade dela. Ao falar do Mensalão, o chefe do MP diz que a instituição cumpriu seu papel e que a justiça foi feita. “O men-salão mostra que o foro (privilegiado) não leva à impunidade”.

Corrupção “disseminada” Espiral dos ruídos

agricultura amEaçada

prEnúncios da impunidadE

Das manifesta-ções à reforma política

Um dos setores mais dinâmicos da economia

brasileira está exposto ao feroz ataque de novas pragas e doenças

A meu ver, os recursos infrin-gentes vieram à

baila como desculpa para justificar as ambiguidades presentes em nosso orde-namento jurídico

Divulgação

RICARDO BORGES MARTINS

é formado em CiênCias so-Ciais pela Universidade de são paUlo (fflCH-Usp), Com foCo em CUltUra polí-tiCa e tendênCias demoCrá-tiCas. Com espeCialização em argUmentação e inflUênCia soCial pela Université d’aix--marseille (frança), é Um dos organizadores do mo-vimento #eUvotodistrital.

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JOÃO SERENO LAMMEL é engenHeiro agrônomo, pre-sidente do ConselHo diretor da assoCiação naCional de

defesa vegetal, andef

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JOEL MESQUITA é BaCHarel em CiênCias

soCiais pela Ufmt

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 3EntrEvista da sEmana

Henrique lopes do nascimento é presidente do sintep/mt

“Quem administra a Seduc é a conta única”

Henrique lOpes dO nascimentO é servidOr públicO. nas-ceu nO estadO dO paraná e em 1979 mudOu-se para O matO grOssO. sua família reside nO municípiO de alta

flOresta. entrOu na área da educaçãO em 1990 e em 1993 entrOu na luta pelOs trabalHadOres da educaçãO. atualmente Henri-

que é presidente dO sindicatO dOs trabalHadOres dO ensi-nO públicO de matO grOssO – sintep/mt um dOs maiOres

sindicatOs de matO grOssO. O sintep está OrganizadO em 98 municípiOs dO estadO e pOssui 15 mil filiadOs.

O governo é muito impreciso e distante das reivindicações

da categoria

Toda sociedade para se tornar soberana investe em educação

presÍdio guaxeBão Conforme cantou a pedra há muitas luas aquele

zeloso marquês, “camburão vip tá encostando”. Cabuloso causo da “Operação Cartas Marcadas”, somado ao rumoroso “Rombo da Conta Única” vai passar a casa de R$ 1 bilhão. Em matéria de concorrência – e roubalheira -, “Mato Grosso em primeiro lugar” promete deixar mensalão no chi-nelo. Más línguas já apontam que Arena Bacanal, pra não virar elefante branco depois da Copa 2014, pode ser futuro Presídio Guaxebão, conforme bem sugerido pelo nobre de Mimoso.

cartas marcadas

De uma cambulhada só, Polícia Civil enqua-drou 20 acusados por fraudes na emissão de mais de R$ 600 milhões em cartas de crédito a Agentes da Administração Fazendária. No rol dos indicia-dos, destaque para o suplente de deputado estadual Gilmar Donizete Fabris (DEM) e o ex-supersecre-tário de Fazenda, Casa Civil e Secopa – hoje titular do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília -, Éder Moraes Dias (PMDB).

outro

Mas dizem também as más línguas que o inqué-rito 180 não revela muito – o que revela é o outro...

sininHo

Os guizos – ou sininhos – foram pendurados aos pescoços da turma, faltam talvez as algemas aos pulsos. Enquanto a venda de Lexotan cresce em Cuiabá, Éder Moraes aluga horário de televisão para fazer campanha disfarçada à Assembléia Le-gislativa, quem sabe na vã esperança de imunidade ou foro privilegiado para tirar o seu purpurinado da reta.

Famiglia

Enquanto isso, no Legislativo, o manjado su-plente Gilmar Fabris terá que livrar o dele e o da parentaia – esposa, cunhada e concunhado tam-bém estariam enrolados até o pescoço no esquema.

procurados

Quer dizer, procuradores... De lambuja, tam-bém foram enquadrados os ex-titulares da Procu-radoria Geral do Estado (PGE) João Virgílio do Nascimento Filho e Dorgival Veras de Carvalho, além do então sub-procurador geral Nelson Pereira dos Santos.

a Força do psd Muitos analistas políticos estão convictos da

força do Partido Social Democrático nas eleições de 2014. O partido que tem como liderança o de-putado estadual José Riva pode ser sim decisivo nas eleições majoritárias do ano que vem.

silval e as oBras da copa

O trabalho que o governador vem fazendo junto às obras de mobilidade para a Copa de 2014 podem deixar um legado enorme com a conclusão dos viadutos e a chegada do VLT. Certamente Silval será lembrado por muito tempo.

salário suspensoMais de 12 mil servidores ainda não efetivaram

o recadastramento obrigatório determinado pelo Governo do Estado. O prazo encerra na segunda--feira (30.09). Quem não atualizar os dados, vai ter os salários suspensos. Certamente muitas pessoas passam despercebidas e vão se dar conta só na data do recebimento, ou seja esta semana.

“a pastinHa”

A modelo joinvillense Luciane Lauzimar Ho-epers, de 33 anos, aliciava prefeitos para desvio de fundos de pensão. A joinvilense, formada em administração, ficou cinco dias presa e foi indiciada por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, no contexto da Operação Miquéias. De acordo com a Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, Luciane era “pastinha” da quadrilha, ou seja, responsável por se aproximar de prefeitos e gestores de fundos para captar verbas para em-presas de fachada oferecendo benefícios. Luciane confessou que viajou a mando da organização de Norte ao Sul do país abordando prefeitos para participarem do esquema, mas não soube dizer por quantas cidades passou. Segundo o Setor de Comunicação Social da Superintedência, um dos prefeitos que conversou com Luciane aderiu à or-ganização criminosa. Não foi revelado quanto ela recebia pelo serviço.

‘máFia do guincHo’ Na Tribuna Livre do último dia 26, a convite do ve-

reador Allan Kardec (PT), o jornalista José Marcondes Muvuca pediu aos vereadores para que se unam contra a Máfia do Guincho, comandada conjuntamente pela SMTU (“Amarelinhos”) e Polícia Militar. “Não pode-mos colocar o aparelho estatal contra o cidadão. O que se vê hoje é um sistema opressor, ditador”. Também discorreu sobre uma série de denúncias de serviços deficitários e abusos cometidos pelas empresas que operam o transporte coletivo na capital.

Juliana Radel Da Redação

Centro-Oeste Popular - A categoria conseguiu algum progresso em quase 40 dias de greve?

Henrique Lopes do Nascimento - Conseguimos avançar parcialmente, até por-que a reivindicação inicial da categoria era que o governo estabelecesse um aumento sa-larial, que o governo aplicasse a hora atividade para os contratos temporários, que apresentasse a possibilidade da realização de um novo concurso público, além da melhoria física das escolas. Instituir uma comissão para o concurso público não quer dizer que será realizado, o governo tem que ser mais explícito. O governo buscou o meio mais difícil para resolver o problema, demorou 38 dias para publicar a primeira resposta. O governo é muito impreciso e distante diante das reivindicações da categoria. O governo tem colo-cado nota na imprensa dizendo que 90% das escolas foram reformadas, mas nós queremos saber qual é o problema dos ou-tros 10%, onde elas estão e qual o calendário que o governo tem para reformar e adequar essas escolas para atender com quali-dade a educação. É isso que te-mos dialogado. Afirmamos que Mato Grosso tem condições de avançar, só não avança porque não tem responsabilidade do governo. Isso é uma gestão fora da Lei, que não observa o artigo 245 da Constituição do Estado, que fala que tem que aplicar 35% da receita na educação. É um governo que não tem inte-resse que a educação seja pro-movida, conforme estabelece a própria legislação. A greve não avança porque há um interesse do governo para que esses tipos de situações prevaleçam.

CO Popular - Quais se-rão as próximas ações que o Sintep irá promover em relação à greve?

Henrique Lopes - O espaço de decisões da categoria é a Assembleia Geral dos Traba-lhadores de Educação que criou uma proposta para o governo do Estado na tentativa da greve ser encerrada inclusive essa semana. Essa contraproposta foi encaminhada ao governo do Estado que até o presente momento não protocolou a res-posta aqui no Sindicato. Temos informações da imprensa que o governo não vai avançar nada além do que foi dito na primeira proposta.

CO Popular - O governo investe na educação?

Henrique Lopes - In-vestir ele investe, só não cumpri

a Lei.

CO Popular - A greve dos servidores da educação foi declarada abusiva pela Justiça. Procede?

Henrique Lopes - Eu não concordo, mas quero dizer que para o Sintep isso não é novidade. Até porque todas as greves dos servidores do Estado de Mato Grosso nunca foram arbitradas a favor pelo judiciário de MT. Seria uma surpresa se tivesse um resultado diferente do que foi o posicio-namento do desembargador Marcos Machado. Essa situação de legalidade ou ilegalidade da greve nunca foi determinante para poder mudar o rumo do nosso movimento. Nós estamos tranquilos em relação a isso.

CO Popular - Qual a estimativa para os alunos voltarem às aulas?

Henrique Lopes - A esti-mativa é que se o governo acatar a contraproposta da categoria nós chamamos a Assembleia Geral e encerra a greve. Como parece que não há por parte do governo um compromisso em resolver o impasse, a greve continua.

CO Popular - Qual o comprometimento do go-verno Silval Barbosa com a educação do Estado de Mato Grosso?

Henrique Lopes - Se tivesse um comprometimento, a categoria não teria entrado em greve. A partir do momento que temos um governo fora da lei não dá para dizer que há um compromisso com a educação.

CO Popular - O sindi-cato está forçando uma negociação com o governo?

Henrique Lopes - Sim. A nossa saída sempre foi o diá-logo. Nós tentamos evitar essa

greve várias vezes, desde 2012. A greve só aconteceu por falta de responsabilidade do governo e por não respeitar o que por lei é direito do trabalhador.

CO Popular - Nas para-lisações anteriores houve avanços na situação da educação do estado?

Henrique Lopes - Todos os avanços que tivemos até hoje foram concebidos através de greve. Inclusive hora atividade, lei complementar que inclui o funcionário no plano de carreira

e questão democrática. Vai ser através da greve que vamos arrancar uma política para dobrar o poder de compra do salário dos educadores de Mato Grosso, que comparado com os outros servidores do Estado é a categoria que possui o pior salário.

CO Popular - A greve atinge quanto da catego-ria?

Henrique Lopes - Mais de 90% dos servidores estão em greve, inclusive pode chegar a 100% dos trabalhadores, pois começou forte. Na primeira

semana, a greve atingiu 90%. Portanto, estamos com essa expectativa de crescimento.

CO Popular - Qual a principal reivindicação?

Henrique Lopes - A principal reivindicação é o res-peito pela legislação, porque ela é a condição fundamental para garantir uma melhor educação. Nossa pauta não é só econô-mica, apesar de que não se faz educação sem investimento. Agora quando você tem desvio e irregularidades das receitas você não consegue avançar com a política. A reivindicação é disponibilizar a verba da re-ceiata para educação, conforme manda a Lei. Ela tem as condi-ções para que a educação possa avançar em todos os aspectos.

CO Popular - Qual a re-presentatividade do Sintep no contexto nacional?

Henrique Lopes - O Sin-tep de Mato Grosso é um sindi-cato que é copiado por diversos outros do Estado por ser um sindicato que tem saído à fren-te em muitas políticas. É um sindicato de muitas conquistas para a classe educacional, além de ser respeitado, não só no cenário nacional, mas também reconhecido na América Latina por exportar a política do Brasil como deve ser.

CO Popular – Na sua opinião, o que é uma edu-cação de qualidade?

Henrique Lopes - Edu-cação de qualidade é aquela que

respeita os trabalhadores de educação, que valoriza os traba-lhadores que estão na escola. É uma educação que garanta a in-fraestrutura mínima necessária para desempenhar o processo de aprendizado e para isso tem que acompanhar as exigências do mundo moderno. Acima de tudo, uma educação de quali-dade é aquela que respeita o ser humano, respeita o aluno e que desenvolve os aspectos biológi-cos, sociológicos e sociais. Isso significa educação de qualidade.

CO Popular - A educa-ção é a base de tudo?

Henrique Lopes - Está comprovado em qualquer país que a educação por si só não vai mudar o mundo, como dizia Paulo Freire, mas sem educação não se vai a lugar nenhum. Toda sociedade para se tornar soberana investe em educação.

CO Popular - Como o senhor avalia a gestão da Seduc?

Henrique Lopes - É uma gestão sem autonomia. Se tivesse autonomia estaría-mos em outro patamar. Quem

administra é a conta única. Então a secretaria de educação é ausente.

CO Popular - A política pública de educação em Cuiabá piorou nos últimos anos?

Henrique Lopes - Eu não digo que piorou ou não, pois é uma política que sempre foi pautada pelo princípio da irresponsabilidade, seja rede es-tadual ou municipal. Quando os gestores não tem compromisso com a educação a gente conti-nua navegando contra a maré. Do ponto de vista da qualidade da educação, ela é esforço dos trabalhadores da educação que são pessoas sérias, responsáveis e tem feito milagre para manter o processo educacional da ma-neira que está. Se há um peque-no melhoramento na qualidade da educação é fruto do esforço dos trabalhadores da categoria.

CO Popular - Qual o maior desafio hoje do pro-fessor?

Henrique Lopes - O maior desafio é sobreviver com o salário que tem, porque a maioria dos educadores faz dupla jornada de trabalho e isso faz ser uma categoria de profis-sionais doentes. Tem uma pes-quisa que comprova que 49% dos trabalhadores da educação tem algum tipo de problema de saúde. Além desse desafio de sobrevivência, é o profissional ganhar pouco e saber que ele é a peça essencial para a formação da sociedade.

CO Popular - Qual o recado que o senhor deixa para as mães e os alunos?

Henrique Lopes - A educação só melhora com a colaboração da sociedade. Qual é a identidade que o pro-fessor tem na sociedade hoje? Qual a infraestrutura que a es-cola oferece aos alunos? É isso que gostaria que a sociedade entendesse, se a educação é a condição fundamental para transformar a sociedade, en-tão é preciso que esta mesma sociedade também lute pelas melhorias necessárias. Quero dizer ao pai e mãe que a nossa luta não é apenas por salário, mas sim por melhores condi-ções de trabalho e melhores condições dos espaços físicos que esses filhos frequentam.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 20134 CidadEs

“Parece que estamos morando no Nordeste”

aBastecimento precário

População de Várzea Grande clama por água nas torneirasRegina Botelho

Da Redação

Assim como ocorre em Cuiabá, dezenas de bairros em Várzea Grande pade-cem com a falta de água. Moradores reclamam do sofrimento das constantes faltas no abastecimento. Se não bastasse a defici-ência, um recente estudo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apontou que as principais demandas e ações para a Copa do Mundo de 2014, para serem executadas em toda a Baixada Cuiabana, o alerta para Várzea Grande é referente ao consumo de água. Segundo a pesquisa, serão necessários investi-mentos para ampliação da capacidade de captação, tratamento e distribuição de água na cidade, com risco de falta do líquido durante o evento. Mas até que a deficiência não seja parcialmente resolvida, a população sofre sem o for-necimento regular em suas residências.

A aposentada Ivone Machado, 68, moradora do bairro Nova Fronteira há seis anos, relata que na re-gião o fornecimento é péssi-mo. Ela diz que moradores que não tem condições de comprar água dos cami-nhões pipas contam com a solidariedade de vizinhos que têm poços artesianos. Com o pouco que sobra do seu salário sempre que pode compra mil litros e desembolsa R$ 30 para manter as tarefas de casa. “A quantidade não dá para nada. O meu poço secou e para garantir os reservató-rios economizo o máximo que posso”, sinaliza dona Ivone.

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Serviço oferecido pelo Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande é apontado como precário e de péssima qualidade

que irá contemplar a Cidade Industrial com investimen-tos na captação, tratamento e distribuição orçado em R$ 3,83 milhões e previsto para execução em seis meses. Ao final terá ampliado em 47% a capacidade de dis-tribuição elevando para 14 milhões de litros d’água/dia a oferta no município. “O projeto prevê a execução de assentamento de um bom-beador no Rio Cuiabá, jun-tamente com a montagem de um novo conjunto de moto bomba para atender a Estação de Tratamento de Água (ETA/1), localiza-da no Morro do Urubu, na Avenida Ulisses Pompeu de Campos, bem como adequa-ção das instalações elétricas e quadro de distribuição e automatização”, observou Roldão.

PLANEJAMENTO ESTRATéGICO

O diretor presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG), Zelandes San-tiago, atribui a falta de água ao grande consumo e má produção de água potável. Disse ter conhecimento do desabastecimento em vários bairros, mas o órgão

está buscando soluções para resolver o problema. Segundo Santiago, há 15 anos a autarquia não recebe aportes de investimentos para produção, mas será inaugurado e já estão em fase de teste a ETA II, na Avenida Júlio Campos que vai produzir 400 mil litros por hora, o equivalente a nove milhões de litros por dia. “Vai aliviar a situação, porém não vai resolver o problema da escassez. A cidade cresceu, houve expansão geográfica, mas não houve investimentos na produção de água. A cidade possui a mesma capacidade há vários anos. Antigos ges-tores não se preocuparam em fazer o planejamento”, observou.

INvESTIMENTOSPara o mês de outubro,

segundo Santiago, estão previstos investimentos na ordem de R$ 333 milhões no saneamento básico atra-vés do Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC 2) com recursos do Governo Federal para o tratamento , capacitação e distribuição de água para munícipes, além do tratamento da rede de esgoto.

Sem o fornecimento eficaz, população recorre à compra de água trazida pelos caminhões pipas

“Parece que estamos morando no Nordeste. Mandam água insuficiente para as casas”, disse Nilva Belettati

Sirlene Alves da Silva, 32, conta que várias famílias no Parque Del Rey estão sem uma gota d’água em casa

Diretor do DAE/VG, Zelandes Santiago: a cidade cresceu, houve expansão

geográfica, mas não houve investimentos na

produção de água.

blico Teodoro Matias, 59, que mora há um ano no Residencial Alice Gonçal-ves, revela que no local não há falta no abastecimento, mas a água chega fraca às torneiras e não consegue subir nas caixas. “Falta vontade do poder públi-co. É preciso realizar uma força tarefa nos bairros da cidade. Analiso que há

monopólio das empresas de caminhões pipas ou alguém está ganhando com isso”, avalia.

A diarista Sirlene Alves da Silva, 32, reside há sete anos no Parque Del Rey. Ela enfatiza que na região nenhum morador tem uma gota de água em casa há quase um mês. Por sorte ela e seus filhos moram próxi-mo da casa do seu pai e duas vezes por semana busca em pequenos reservatórios uma quantidade para suprir as necessidades. “Essa si-tuação passou dos limites. É uma falta de respeito das autoridades. Nossa rede de distribuição é antiga e quando vem o fornecimento há muito desperdício, pois em vários pontos os canos estão velhos e com racha-duras”.

Localizado em uma das regiões centrais, nem mes-mo o bairro Ipase de classe média e alta escapa da es-

cassez. Quem conta a triste situação é a autônoma Nilva Belettati, 39. De acordo com ela, o fornecimento chega três vezes por semana, mas não consegue encher os reservatórios da parte de cima. Por falta do ‘bem necessário’, comprou mil litros que custou R$ 300. Uma outra alternativa en-contrada pela moradora foi a aquisição de uma bomba para transferir a água que fica depositada na caixa. “Isso é horrível. Parece que estamos morando no Nordeste. Mandam água insuficiente para as famílias várzea-grandenses. Cada hora a prefeitura inventa uma desculpa. Além da conta de água, minha tarifa de energia aumentou 30% a mais devido ao uso da bom-ba. É preciso uma solução rápida”.

Um motorista de cami-nhão pipa que não quis ter seu nome revelado, disse que a falta acontece em toda cidade e que cerca de 30 empresas trabalham diaria-mente vendendo água para os munícipes.

COLAPSOO secretário Especial

de Gabinete e representante oficial do município de Vár-zea Grande na Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), Roldão Lima Júnior, explica que o sistema está prestes a entrar em colapso. Para evitar a crise, alegou que foi sina-lizada a possibilidade de intervenção da Secopa para realização de um projeto

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 polítiCa 5

Rede de apoio à gestão municipalamm e parceiros

Um banco de projetos para evitar perda de tempo e dinheiro público na execução das obras

Da Redação

Estudantes do Instituto de Ensino Superior de Mato Grosso dos cursos de Admi-nistração e Ciências Contábeis participaram na terça-feira, 24/9, do projeto TCEstudantil e tiveram oportunidade de conhecerem as atividades do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Com eles, parceiros e fornecedores da institui-ção participaram durante a manhã do projeto e também receberam informações quan-to ao controle externo e a im-portância da participação do controle social como aliado. O TCEestudantil existe desde 2001 e visa a conscientização dos jovens sobre a importân-cia de exercer a cidadania. De janeiro a agosto deste ano já participaram 2.041 estu-dantes.

No plenário, os partici-pantes foram recepcionados pelo conselheiro Valdir Teis que deu as boas vindas agra-decendo a visita de todos, em especial a participação de representantes do Corpo de Bombeiros, Secretaria Esta-dual de Fazenda, Secretaria de Estado de Ciência e Tec-nologia, Secretaria Estadual de Educação, Policia Militar, Tribunal de Justiça do Estado, Policia Civil, Sebrae/MT, Es-cola de Trânsito, entre outros.

Para Vinicius Yule Pardi, do Sebrae-MT, a parceria com o Tribunal de Contas tem conscientizado os gestores do Estado a cumprirem a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Lei n.º 123 de 14 de dezembro de 2006)'' Con-tamos com a participação da Instituição para fiscalizar se os prefeitos estão colocando em prática todos os benefícios oferecidos para as micros e pequenas empresas do seu município,''concluiu.

Andreia dos Reis, direto-ra da Escola Estadual Eliane

Digov, disse que recebeu o convite e se interessou, pois como gestora deve saber fazer o uso correto dos recursos públicos em prol da sua co-munidade. ''Vejo sempre o TCEstudantil pelo site e não tinha me dado conta da opor-tunidade de trazer os alunos para participarem deste pro-jeto e, também, para saberem como são procedidas as aná-lises dos processos. Estamos construindo uma nova escola e acompanho a execução da obra pelo site do Tribunal", comentou.

Pedro Ivo Pacífico, re-presentante do projeto "Liga Acadêmica de Combate de Prevenção do Câncer Bucal", da Faculdade de Odontologia da UNIVAG-Centro Universi-tário Várzea Grande conta que a parceria com o TCE-MT visa "a divulgação de prevenção, orientação e tratamentos de câncer bucal. O TCE é uma vi-trine para a sociedade. Tenho certeza de que ele nos ajudará a divulgar este trabalho com muita força", concluiu

O professor coordenador do Instituto de Ensino Supe-rior de Mato Grosso (IESMT), Marcelo Almeida Souza acha que ''as pessoas reclamam e não sabem e nem procuram

saber se existem canais que possam denunciar, acompa-nhar, fiscalizar e verificar o andamento das obras públi-cas, lembrou''.

MELHORIAS SOCIAISSegundo Cassyra Vuolo,

Secretaria de Articulação Institucional do TCE-MT, este é o segundo ano que o órgão está trazendo os parceiros e fornecedores para visitar e conhecer a estrutura do Tri-bunal. “É importante que os parceiros que estão fazendo uma ação com o Tribunal ou que prestam serviços aqui saibam o quanto valorizamos esses projetos. Da mesma for-ma, é preciso que conheçam o

órgão, e saibam como é feita a fiscalização do controle ex-terno. Esta aproximação é boa para todos. Este é o segundo ano de parceria e já trouxe bons frutos.’’

Os grupos visitaram o es-paço cultural Liu Arruda onde foram apresentadas palestras sobre o Ministério Público de Contas, Ouvidoria Geral e Secretaria de Controle Ex-terno de Obras e Engenharia (Geo-Obras). As instituições de ensino que desejarem par-ticipar do TCEstudantil po-dem entrar em contato com a Secretaria de Articulação Ins-titucional do TCE-MT, 3613-2911 ou pelo e-mail [email protected]. (Com Assessoria)

De janeiro a agosto deste ano já participaram 2.041 estudantes

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TCEstudantil estimula a cidadania e promove o controle social

Projeto já recebeu 2.041 alunos este ano

controle social

Parceiros e fornecedores do TCE-MT participaram do projeto

AMM e parceiros articulam criação de rede de apoio à gestão municipal

Da Redação

Representantes da Asso-ciação Mato-grossense dos Mu-nicípios, governos federal e es-tadual se reuniram na terça-fei-ra (24), na AMM, para debater a criação de uma rede de apoio aos municípios no encaminha-mento de vários temas de inte-resse da administração local. A proposta da criação da Agenda de Apoio ao Planejamento e à

Gestão Municipal é do governo federal e foi apresentada pelo representante da Subchefia de Assuntos Federativos - SAF, James Matos, a integrantes da AMM e do governo do estado. A SAF é vinculada à Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

A proposta é que cada estado constitua uma Mesa Federativa composta por repre-sentantes dos governos federal,

estadual e da associação de município estadual. O projeto piloto da iniciativa está sendo implantado em Mato Grosso, Bahia, Espírito Santo, Rio Gran-de do Sul e Mato Grosso do Sul.

Para auxiliar os municípios serão criadas equipes de apoio aos gestores em vários eixos temáticos. Uma das priorida-des é a elaboração do Plano de Saneamento Básico, obrigatório para os municípios brasileiros.

Conforme a Lei 11.445, as pre-feituras não poderão receber recursos federais para projetos de saneamento, se não tiverem o plano que inclui o abastecimen-to de água potável, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos.

Os demais eixos traba-lhados serão os seguintes: Re-ceitas Municipais, Previdên-cia Própria, Transparência na Gestão, Melhoria do Ambiente de Negócio e Modernização Administrativa. Estão previstas para outubro as primeiras reu-niões para debater a elaboração do plano de trabalho, que vai formatar as ações de cada eixo temático. As ações das redes de apoio serão financiadas com recursos governamentais, que serão utilizados na contratação de técnicos especialistas em cada eixo para orientar os mu-nicípios. A previsão de liberação dos recursos, por meio de con-vênios, é a partir de 2014.

O superintendente da AMM, Darci Lovato, que re-presentou o presidente Valdecir Luiz Colle na reunião, destacou a importância da iniciativa para os municípios e sugeriu uma ação sistematizada da mesa federativa visando garantir resultados efetivos. “A elabo-

ração do Plano de Saneamento Básico é uma das prioridades, considerando as dificuldades dos municípios e a importância para a comunidade”, assinalou.

Participaram da reunião na AMM representantes da Direto-

ria Institucional da associação, da Casa Civil, das secretarias de estado de Cidades, Desenvolvi-mento Rural, além da Contro-ladoria Geral da União – CGU. ( Com Agência de Notícias da AMM)

Após saída de Valtenir, Mauro Mendes pode

presidir o PSBApesar de escolha unânime entre os correligionários,

a decisão não é oficial

mudança de sigla

Juliana RadelDa Redação

O deputado fe-deral Valtenir Pereira anunciou na quinta--feira (26) a desfiliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e sua filiação ao Partido Re-publicano da Ordem Social (Pros). Com a saída do parlamentar, que nos últimos anos comandou a legenda no Estado, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), tem seu nome cogitado para ser o novo presidente da sigla.

A decisão foi debatida durante reunião, realizada na casa do socialista, na ma-drugada desta sexta (27). O encontro começou por volta das 22h e se estendeu até às 2h. A deputada estadual Luciane Bezerra é a nova vice--presidente do PSB, conforme informou a assessoria.

Em nota, a assessoria disse que “demais membros da direção do partido devem ser escolhidos em breve, mas antes as lideranças devem co-meçar um trabalho para novas filiações e de fortalecimento partidário”.

Com a saída do deputado federal Valtenir Pereira da presidência do partido, a sigla perde alguns membros. “Sei que todos que acreditam e confiam na ideologia socialis-ta devem permanecer no PSB. Vamos valorizar ainda mais quem permanece. E vamos buscar novos militantes tam-bém”, disse a parlamentar.

O secretário de Comuni-cação da Prefeitura de Cuiabá, Kleber Lima, disse que apesar da reunião a decisão que Mau-ro Mendes seja o novo presi-dente do PSB “não é oficial” e que “vai depender se o prefeito irá aceitar o convite, além da decisão também depender do diretório nacional”, declarou.

Em trecho do pedido de desfiliação da sigla, Valtenir Pereira relata que “foi uma decisão amadurecida e sope-sada”.

“Levo no coração boas recordações. Compreendo e sobrelevo os dissabores

decorrentes da natureza dos embates internos dos partidos políticos. Saio agradecido, porque muito aprendi. Deixo bons companheiros e sigo em frente para continuar a busca de outros, também, bons com-panheiros”, diz o deputado em trecho do pedido.

Sobre a possibilidade de novas filiações de pelo menos quatro deputados estaduais, inclusive do atual secretário de Esportes do município de Cuiabá, Carlos Brito de Lima, a assessoria informou que “não temos essa informação”.

Outro nome citado é do ex-senador Antero Paes de Barros , que disse para repor-tagem do CO Popular que foi convidado a um tempo pelo prefeito Mauro Mendes para filiar-se ao PSB.

“Em relação a minha fi-liação à sigla, ela é oficial. Sobre qual será a minha can-didatura, isso será discutido no ano que vem. Acredito que seja para deputado estadual, até porque eu preciso ficar em Cuiabá por uma questão familiar”.

Antero disse ainda que a possibilidade de Mendes pre-sidir o PSB “já era algo cogita-do” e prosseguiu “é o homem de maior liderança, como bom organizador de equipe ele vai fazer os braços do partido abraçar todo Estado”.

A respeito da saída do deputado federal Valtenir Pereira, Antero disse que “o deputado tem suas razões pessoais”, finalizou.

Já o vereador Onofre Jú-nior deve se reunir com o Dire-tório Municipal do PSB, para definir se fica na sigla ou se estará livre para a desfiliação.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 20136 polítiCa

Prefeitura de Cuiabá tem o pior índice de gestão fiscal do país

mau exemplo

O estudo é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional. Foram mapeados 129 das 141 prefeituras de Mato Grosso. Entre os 500 melhores resultados do país, 23 são do

estado de MT e cinco cidades concebem entre os 100 melhores desempenhos do Brasil

Apesar desde índice da prefeitura de Cuiabá, a pesquisa da Firjan mostra que quase 60% dos municípios do estado do Mato Grosso tem situação fiscal excelente ou boa no que diz respeito à

eficiência na gestão orçamentária das prefeituras

Juliana RadelDa Redação

A Prefeitura de Cuiabá registrou o pior resultado en-tre as capitais brasileiras por apresentar grande dificuldade na administração dos restos a pagar e baixo nível de investi-mento, aponta o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) elabo-rado pelo Sistema Firjan (Fede-ração das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), divulgado no dia 23 de setembro. Criado para avaliar a administração do dinheiro público nos mu-nicípios a partir de estatísticas oficiais disponíveis, o IFGF é composto por cinco indicado-res: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, custo da dívida pública e liquidez/restos a pagar. De acordo com o levantamento, criado pelo Sistema Firjan para avaliar a qualidade de gestão fiscal dos municípios brasileiros, foram mapeados 129 das 141 prefei-turas de Mato Grosso. Cuiabá está na 121º posição no Estado nesse índice e, em nível nacio-nal, ficou em 3.587ª posição. A análise das contas públicas, que tem base o ano de 2011, revelam um quadro de elevado custo de endividamento da capital mato--grossense, de 2,0 vezes a média das capitais.

Apesar desde índice da prefeitura de Cuiabá, a pesqui-sa da Firjan mostra que quase 60% dos municípios do estado do Mato Grosso tem situação fiscal excelente ou boa no que diz respeito à eficiência na gestão orçamentária das pre-feituras. Entre os 500 melhores

resultados do país, 23 são do es-tado de MT e cinco cidades con-cebem entre os 100 melhores desempenhos do Brasil. O estu-do é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional. No topo do ranking estadual, os dez melhores resultados são em ordem do primeiro para o décimo colocado: Lucas do Rio Verde, Sapezal, Santa Rita do Trivelato, Nova Mutum, Sinop, Ipiranga do Norte, Água Boa, Vila Rica, Barra do Garças e Acorizal . Primeiro lugar do Estado, Lucas do Rio Verde se destacou por possuir ele-vada liquidez e baixa parcela do orçamento consumida por juros e amortização. “Ficamos

felizes com o resultado, isso de-monstra que estamos fazendo um bom trabalho. A prefeitura uniu todas as fiscalizações, além disso, a prefeita Ilma Grisoste modernizou o nosso sistema, o que facilitou chegar a esse resultado”, disse Nivaldo Mar-

ques, responsável pelo setor de finanças da Prefeitura de Sapezal.

PRINCIPAIS PROBLEMAS

Os dados, relativos a 2011, apontam que 66,2% dos muni-cípios brasileiros não adminis-tram seus recursos de forma satisfatória, e só 1,6% têm alto grau de eficiência na gestão fiscal. A falta de liquidez é o principal problema dos piores colocados, significa que esses municípios terminaram o ano de 2010 com mais restos a pagar do que recursos em caixa. Outro fato que chamou a atenção entre os municípios com os piores resultados foram os elevados gastos com pessoal. Na outra

ponta do ranking, entre os dez piores resultados mato-grossen-ses, estão Cláudia, Pedra Preta, Dom Aquino, Cuiabá, Ribei-rão Cascalheira, Araguainha , Nova Bandeirantes, Tesouro, Rondolândia e Rosário Oeste, município que apresentou o

Reprodução

Rosário Oeste apresentou o pior desempenho no Estado

Divulgação

Primeiro lugar do Estado, Lucas do Rio Verde se destacou por possuir elevada liquidez e baixa parcela do orçamento consumida por juros e amortização

pior desempenho no Estado. A assessoria da prefeitura

de Cuiabá informou que está sendo criado um sistema de ges-tão, pois a prefeitura não tinha. “Não existia um instrumento de gestão. Era precário o nosso sistema, nem computadores su-ficientes havia. A prefeitura está investindo em novos sistemas, financeiro e administrativo. Desde o mês de março deste ano está sendo elaborado um planejamento até 2023. Esse planejamento será em todas as áreas. Provavelmente no próxi-mo mês o prefeito vai aprovar esse planejamento que é uma parceria com o Tribunal de Contas do Estado. Além disso, a dívida que a prefeitura tinha já foi quitada a metade”.

As notas zero de Cláudia e Rosário Oeste indicam que os dois municípios superaram o teto estabelecido pela Lei de

Responsabilidade Fiscal para a folha de salários do funcionalis-mo (60% da receita). O prefeito de Cláudia, João Batista Moraes de Oliveira (PSD), explicou dizendo que “não era prefeito na época da pesquisa. Estamos tentando melhorar o índice que vem caindo desde 2008. O mu-nicípio foi mal administrado. Estamos implantando um siste-ma fiscal para melhorar o posto fiscal”. O prefeito garante que “metade da dívida já foi paga”.

Não estavam disponíveis na base de dados da Secretaria do Tesouro Nacional as infor-mações de General Carneiro, Itiquira, Poconé e Santo Antô-nio do Leverger.

GRAU DE EFICIêNCIA

No Brasil, o município com melhor resultado foi Poá (SP), com 0,9618. No outro

extremo está Belém de São Francisco (PE), com 0,0606. O estudo também apontou que apenas 113 cidades do país (2,2%) foram capazes de gerar ao menos 50% de suas receitas. Dos 500 piores do ranking nacional, 72,2% per-tencem ao Nordeste. Compa-rado à edição anterior, o índi-ce nacional teve crescimento médio de apenas 0,3%, o que demonstra que os municípios brasileiros praticamente não evoluíram no que diz respei-to à gestão de suas contas, permanecendo em situação fiscal considerada difícil. Ou-tra constatação da pesquisa é que, se por um lado os dados mostram a redução dos gastos com pessoal, de outro revelam que a folga no orçamento não foi direcionada aos investi-mentos, e sim para reforçar o caixa dos municípios.

Comércio espera vendas menores no Dia das CriançasUma das razões é o aumento da inflação, que reduz ainda mais o poder de compra do brasileiro

segmento inFantil

Da Redação

Os papais e mamães vão apertar os cintos neste Dia das Crianças. A expectativa das entidades representativas do comércio, como a Confedera-ção Nacional de Dirigentes Lo-jistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, é de uma expansão das vendas a prazo de 4%. Nos anos anteriores, as altas foram de 4,85% (2012), 5,91% (2011) e de 8,5% (2010). Se as expec-tativas se confirmarem, será o pior resultado dos últimos três anos.

Um dos motivos é a alta

do dólar, que no mês passa-do chegou a valer R$ 2,45, justamente no momento em que os varejistas do segmento infantil se preparavam para

reforçar seus estoques de mercadorias. Outra razão é o aumento da inflação, que reduz ainda mais o poder de compra do brasileiro.

Se as expectativas se confirmarem, será o pior resultado dos últimos três anos

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 7gEral

Aplicação só em último caso, diz coordenador do CCZ

Fumacê

Mesmo não sendo apropriado para matar larvas, o fumacê é eficaz no combate ao mosquito transmissor da dengue

Regina BotelhoDa Redação

Para tristeza ou alívio de muitas pessoas, a aplicação do fumacê nos bairros de Cuiabá só deverá ser realizada este ano em caso de emergência ou quando o controle da den-gue não atingir resultados satisfatórios. A informação foi repassada pelo coordenador e biólogo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Cuiabá, Eyerson Boaventura.

Mesmo que o trabalho com o inseticida elimine o mosquito transmissor da den-gue, o coordenador garante que a liberação dos carros do fumacê acontece somente quando há epidemia e quem faz a liberação dos carros é a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Enquanto não há epi-demia, as ações de controle se baseiam no trabalho dos agen-tes de combate a epidemias que visitam a população de casa em casa. No caso de Cuiabá, Boaventura afirma que não há necessidade de utilizar os carros do fumacê, pois quan-do se tem um caso suspeito é realizado o bloqueio químico a 400 metros no raio de ação do mosquito com a utilização da bomba costal. “Uma pes-soa manuseia o equipamento motorizado pulverizando o inseticida dentro dos 400 me-tros de ação do mosquito Aedes

Aegypti e isola aquela área”, explica o coordenador.

Além disso, Boaventura comenta que o trabalho de controle e prevenção é realiza-do pelos agentes de epidemias durante o ano todo, onde as equipes visitam as residên-cias tratando os reservatórios que se encontram com larvas dos mosquitos e orientando a população sobre os cuidados contínuos que não devem ser esquecidos. Ele alerta que mesmo não estando no período de chuvas, a população relaxa nos cuidados e quando inicia o período chuvoso vários ob-jetos como garrafas de vidro

Aumento dos pernilongos ocorre porque os insetos precisam de calor, água parada e suja para se multiplicar

Fotos: Regina Botelho

Quando há caso suspeito de Dengue, agentes realizam a aplicação de fumacê com bomba costal

O comerciante Luiz Ferreira Mendes instalou telas de proteção em toda casa

A dona de casa Maria Gertrudes reclama da presença dos pernilongos e sofre com o incômodo dos insetos

armazenadas de forma errada e pneus acabam acumulando água e surge o mosquito trans-missor da Dengue.

“A Dengue está ligada ao nosso hábito. A dificuldade maior de controlar a doença é a falta de participação do morador. Se ele participasse mais cuidando do seu quintal teríamos uma redução na po-pulação dos mosquitos, pois a prefeitura faz a sua parte. É

preciso educação ambiental, uma coisa quase impossível porque a população ao invés de ajudar joga lixo em locais inadequados”, lamenta o co-ordenador do CCZ.

MOSQUITOS ATORMENTAM A POPULAçÃO Seja de dia ou à noite, no

trabalho, na rua ou em casa, os mosquitos estão tirando o

sossego da população cuiaba-na. Uma das vítimas é a dona de casa, Maria Gertrudes, 50, moradora do bairro Novo Colo-rado. Ela conta que a presença dos pernilongos é constante e todos os dias sofre com o incô-modo dos insetos. Para ela um dos fatores que contribui com a grande quantidade de mosqui-tos é uma rede de esgoto que corre a céu aberto em frente sua residência. Mesmo mora-do em uma humilde casa com mais quatro pessoas, sendo uma criança, ela mantém sua residência e o quintal sempre limpos. “Nada disso resolve. Eles estão tão resistentes que

nem o ventilador corre com eles”, observa. A doméstica Nanci Santigo da Silva, 50, moradora do Ribeirão do Lipa também reclama do aumento de insetos. De acordo com ela, os mosquitos chegam por volta das 16h e depois desse horário as picadas são inevitáveis. Alérgica, diz que não usa inse-ticida. Porém, queima esterco de gado para afastar os bichos.

Para tentar se livrar da

perturbação o comerciante Luiz Ferreira Mendes, 40, que reside no Despraiado, nas imediações de um dos locais preferidos pelos insetos: um córrego de esgoto. “Além de convivermos com o córrego, a comunidade tem de suportar o mau cheiro, sujeira e as altas temperaturas. Já coloquei até algumas telas de proteção nas janelas de casa, mas mesmo assim eles conseguem, de um jeito ou de outro, atrapalhar o nosso descanso. Ligamos os ventiladores todos os dias, compramos repelentes e aplico inseticida”, detalha. Para se livrar da perturbação, a estu-dante Aline Machado, 19, da Morada do Ouro se precaveu com métodos bastante utiliza-dos. “Reforçamos o estoque de mosquiteiros. Minha sobrinha de dois anos está toda marca-da por causa das picadas dos insetos e não para de se coçar.”

PROLIFERAçÃOA bióloga, professora e

especialista em entomologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ana Lúcia Maria Ribeiro, explica que o aumento dos pernilongos na cidade ocorre porque os insetos precisam de calor, água parada e suja para se multiplicar e são insetos de hábitos noturnos. Para evitar a proliferação, aconselha a população a não deixar água parada em plantas ou em recipientes. “Para man-ter os pernilongos afastados é preciso colocar telas nas jane-las, ralos de banheiros, usar repelentes e manter portas e janelas fechadas no início da

Eyerson Boaventura é coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Cuiabá

DADOSDe acordo com os da-

dos do Sistema de Infor-mação de Agravos de Noti-ficação (Sinan) online, de 1º janeiro a 27 de setembro de 2013, Mato Grosso registrou 41.709 casos notificados de dengue, com 38 ocorrências de óbito, sendo 33 confir-mados: Alta Floresta (03), Apiacás (01), Aripuanã (01), Barra do Garças (01), Cáce-res (01), Campo Novo dos Parecis (03), Campo Verde (01), Carlinda (01), Cuiabá (02), Itiquira (01), Jaciara (01), Juara (02), Prima-vera do Leste (02), Pontal do Araguaia (01), Pontes e Lacerda (01), Tangará da Serra (01), Sinop (04), Sorriso (02), Vera (01), Sapezal (01), Lucas do Rio Verde (01) e Várzea Grande (01). Há cinco episódios sob investigação: Alto Taquari (01), Lucas do Rio Verde

(01), Nova Xavantina (01), Cuiabá (01) e Sorriso (01). A capital registrou 3.228 casos, Rondonópolis 3.101 casos, Sinop 7.694 casos e Várzea Grande 719. O estado registrou até o momento 107 casos graves de Dengue. Em 2012, as notificações

no mesmo período foram de 43.533 casos em Mato Grosso. O quadro epide-miológico caracteriza-se pela circulação simultânea de dois sorotipos virais da dengue, o DENV 1 e a intro-dução do sorotipo DENV 4 no Estado.

noite”.Segundo a especialista, a

falta de rede pluvial de esgoto, saneamento e limpeza dos córregos que cortam a cidade são os principais fatores que contribuem com o grande número de mosquitos nas resi-dências. Ela comenta que exis-te o mosquito de hábito diurno, o Aedes Aegypti e o Culex que

aparecem nesta época e têm hábitos noturnos. Conforme a professora, o Culex vive em águas poluídas e como neste período do ano não tem muitas chuvas, acabam acumulando nesses locais. “Cuiabá não tem muita rede pluvial. Quando chega o período das chuvas a circulação de água nos córre-gos impede a procriação. Mas

no momento eles procriam rápido e invadem as casas”, justifica.

Ana Lúcia enfatiza ainda que cabe ao poder público manter com frequência a lim-peza dos córregos e dos canais da rede de esgoto e não somen-te realizar ações de controle do mosquito da dengue e o transmissor da malária.

Sites de empregos é ferramenta para 51,7% dos trabalhadores

O número é significativamente maior que da última pesquisa, realizada em 2011

panorama

Da Redação

Uma pesquisa rea-lizada pelo site de em-pregos Catho, que traça um panorama sobre a contratação, demissão e carreira dos profissio-nais, aponta que 51,7% dos entrevistados fize-ram uso de algum site de empregos na busca da atual ocupação. O núme-ro é significativamente maior que da última pesquisa, realizada em 2011, quando 45% dos trabalhadores utiliza-vam os sites para busca de empregos. A pesquisa deste ano apontou que as mulheres e os mais jovens são os que mais usam este meio para buscar uma colocação no mercado de trabalho.

A utilização dos sites de classificados para conseguir um emprego é uma crescente. Quando perguntados “por qual meio você conseguiu seu emprego atual”, 17,3%

dos respondentes disseram que via classificados onli-ne. Em 2005, 7,9% deram a mesma resposta. Em 2007, o percentual caiu para 5,9% e subiu para 7,4% em 2009. Na pesquisa de 2001, 11,1% afirmaram que conseguiram a colocação atual por meio de um site de empregos.

O uso das redes sociais

para a busca de novas oportunidades também aumentou. Da edição 2013 da pesquisa, 15% disseram ter usado as redes para procurar o emprego atual e 27,6% afirmaram ter feito al-guma entrevista com base nos contatos das redes. Em 2011, ano da última pesquisa, 12,7% disseram usar as re-des para encontrar um novo local de trabalho e 24% afirmaram ter con-seguido uma entrevista.

“ O pleno emprego e a alta concorrência

são fatores que influenciam os trabalhadores a procurar outras formas de se recolocar e, a maioria, como mostra a pesquisa, já percebeu que a internet é uma maneira eficaz de alcançar os objetivos pela facilidade, rapidez e grande armazenamento de informa-ções “, ressalta Luís Testa, di-retor de marketing da Catho.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 20138 polítiCa

Júlio Campos é o que mais falta e Valtenir é o mais assíduo

cHamada no plenário

Levantamento do CO Popular, conforme site da Câmara dos Deputados, aponta número de faltas dos parlamentares de Mato Grosso nas sessões deliberativas - onde a presença é obrigatória

Se assim como nas escolas e universidades a frequência mínima de 75% também fosse exigida na Câmara Federal, muitos estariam reprovados

Juliana radelDa Redação

Os congressistas de Mato Grosso faltaram quase um ano em sessões deliberativas em plenário da legislatura desde 2011, acumulando 348 faltas em menos de três anos de mandato, ausências justificadas ou não, além do recesso anual que soma 50 dias.

Júlio Campos (DEM) é o deputado mato-grossense que registrou o maior número de faltas acumuladas nas sessões deliberativas (conforme site da Câmara dos Deputados) em comparação com os outros sete deputados que representam o Estado na bancada em Brasília, totalizando assim 57 faltas.

Em segundo lugar ficou

Pedro Henry (PP) com 51 faltas; seguido de Wellington Fagun-des (PR) com 50 faltas; Carlos Bezerra (PMDB) com 43 faltas; Nilson Leitão (PSDB) com 21 faltas e Eliene Lima (PSD) com 15 faltas - dados contabilizados

até o dia 20 de setembro. No ranking de assiduidade,

a liderança é de Valtenir Pereira (PSB) com 11 faltas apenas. A exceção é para o deputado Homero Pereira (PSD) que teve 100 faltas justificadas devido a

um tratamento quimioterápico para combater um câncer no estômago e, na última semana, teve sua aposentadoria con-cedida pelo presidente da Câ-mara Federal, Henrique Alves (PMDB).

Júlio Campos afirma que “teve somente quatro ausências não justificadas em todo o seu mandato - de 2011 a setembro de 2013, estas foram motiva-das por enfrentar problemas de sua saúde, pois é diabético e também tem hepatite, e por pro-blemas de saúde de sua esposa, que sofreu complicações com o câncer e veio a falecer”.

Além disso, Campos se defendeu dizendo que “minhas justificativa para as minhas ausências, todos já sabem. No entanto defendo, além de pre-senças na Câmara dos Deputa-dos, a efetividade em apresentar resultados e projetos de Lei de

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Divulgação

Júlio Campos afirma que “teve somente quatro ausências não justificadas em todo o seu mandato”. No ranking de assiduidade, a liderança é de Valtenir Pereira com 11 faltas apenas

forma, evitar o desconto em folha. Para o cientista político João Edisom, isso ocorre não só na Câmara dos Deputados, mas também no Senado e nas casas legislativas, tanto estaduais quanto municipais.

“É um abuso do poder constituído, porque ser político se tornou profissão e isto não poderia ocorrer. Hoje eles têm o melhor salário do mundo tendo em vista que são os próprios que decidem sobre o valor e eles mesmos que julgam e fiscalizam suas contas. O que ocorre é uma afronta ao cidadão pagador de impostos e por isso que a cre-dibilidade do político brasileiro esta tão em baixa”.

João Edisom acredita que as faltas deveriam ser punidas independentes de atestados de saúde, uma vez que, a atividade deveria ser voluntária já que ganham moradia e transporte gratuito. “Um dia de falta de-veria descontar dois de salário. Além disso, ainda tem a farra das licenças para outro assumir para ganhar dinheiro e visibi-lidade política. Férias é outra discrepância, tendo em vista que a justificativa são as visitas às bases eleitorais, mas isto já ocorre o ano todo e com os custos pagos pela União. Hoje um parlamentar é prejuízo para a nação, deveríamos rever as funções e os modos operantes do exercício dos mandatos”, conclui.

interesse social que corrija as mazelas sociais. Não sou “falso moralista”, mas defendo resul-tados para o povo. Não somente a presença é importante, mas que esta seja representativa e efetiva para resolver os proble-mas que atingem a população”, explicou.

FREQUêNCIA MíNIMA

O cálculo de assiduidade dos deputados é feito pelo Con-gresso em Foco ao final de cada semestre/ano. O balanço é feito com dados da página eletrônica da Câmara dos Deputados. Todos os parlamentares que exerceram o mandato, inde-pendentemente do período e da condição (titular ou suplente) são incluídos para o levanta-mento de presença e ausência nas sessões deliberativas.

No final de agosto, a au-sência de três deputados: Carlos Bezerra, Pedro Henry e Homero Pereira da bancada de Mato Grosso colaborou com a manu-tenção do mandato do deputado presidiário Natan Donadon (ex- PMDB/RO).

Já na apreciação da PEC do Voto Aberto, apenas metade da frente parlamente de MT esteve presente em defesa do voto aberto: Carlos Bezerra, Homero Pereira, Júlio Campos e Valtenir Pereira.

Hoje, os parlamentares po-dem justificar as faltas e, desta

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013

MT comemora produção de 25 milhões de toneladas

destaque

Ministra e governador lançam Plano Safra e festejam aumento da produção em MT. Estado produz cerca de 30% da soja colhida no país

Josi Pettengill/Secom-MT

O Governo Federal irá investir R$ 25 bilhões para a construção de armazéns privados em todo Brasil nos próximos cinco anos

Beatriz GirardiDa Redação

Capaz de movimentar dezenas de bilhões de reais na indústria e nos serviços e com generosas linhas de crédito à disposição, a soja se tornou o personagem central da economia mato--grossense. O governador Silval Barbosa e a ministra--chefe da Casa Civil, Glei-si Hoffmann, lançaram o

início do plantio da safra da soja 2013/2014 e co-memoraram o aumento da produção em Mato Grosso, que neste ano deverá ser de 25 milhões de toneladas, 7% a mais em comparação a 2012. O evento ocorreu na quinta-feira (26.09) em Si-nop, na sede da Embrapa, e faz parte da segunda edição do projeto Soja Brasil, que acompanha a safra de soja desde o plantio até a colhei-

ta. Na ocasião, a ministra anunciou investimentos em armazenagem para a pro-dução brasileira. O Governo Federal irá investir R$ 25 bilhões para a construção de armazéns privados em todo Brasil nos próximos cinco anos. Mais R$ 500 milhões estão previstos para dobrar a capacidade dos armazéns públicos.

“Estas são medidas im-portantes para o desen-

produtivo. “A presença da ministra em Mato Grosso mostra a importância que o Governo Federal tem dado para Mato Grosso, Estado que é destaque e o Bra-sil inteiro reconhece esta importância. Aqui o setor produtivo tem uma parceria muito forte com o Governo, o que possibilita o diálogo e resulta no sucesso da produ-ção”, avaliou.

SAFRA GORDA ESPALHA BONS

RESULTADOS NO CAMPO E NA CIDADE

As perspectivas para a próxima safra de soja são otimistas. O Departamento

de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que a produção brasileira deve chegar a 88 milhões de tone-ladas. O relatório, divulgado em setembro, reavaliou a produção norte-americana de soja na safra 2013/2014 para 85,7 milhões de tone-ladas. Isto coloca o Brasil na liderança da produção mundial da oleaginosa. Em Mato Grosso, o cenário tam-bém é promissor. Além da previsão de crescimento da produção em 7%, a área plantada com soja deve che-gar a 8,2 milhões hectares, 5% a mais num comparativo com a safra anterior. (Com informações da Assessoria)

volvimento econômico do país. Mato Grosso se destaca neste cenário, pois aqui são produzidos cerca de 30% da soja colhida no país. As estimativas internacionais indicam que o Brasil passará os Estados Unidos da Amé-rica e será o maior produtor de soja do mundo. Até o final desta década, será o maior produtor de grãos. O que queremos é infraestrutura de qualidade”, ressaltou a ministra. A soja movimenta uma ampla cadeia de for-necedores antes do plantio, desde a extração mineral para fazer o aço de planta-deiras até a compra de fer-tilizantes, e após a colheita, com fretes, armazenagem e compra de produtos para a próxima lavoura.

O governador Silval Barbosa comemorou os nú-meros da produção e garan-tiu que o Estado investe em logística para que os resulta-dos sejam cada vez mais ex-pressivos. “Este é o melhor Estado da Federação. Temos o domínio da tecnologia e, com os investimentos em infraestrutura, vamos pro-duzir e ter condições de ser competitivos”. Para o pre-sidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, o Brasil está em seu momento mais Safra recorde de soja anima economia

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 AgrOnegóciO -MT B1

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Mauro Mendes se associa a Galid Osman Didiempresário-prefeito de Cuiabá se alia ao rei do concreto no Brasil em busca de mais ouro para sua fortuna

laBirinto empresarial

Da Redação

Nem sempre pautados pela moralidade e cada vez mais questionados sob o as-pecto da legalidade, os negó-cios do empresário-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, seguem em franca expansão. Em Mato Grosso ninguém sabe precisar o montante da produção de ouro de que Mauro Mendes e seus sócios se beneficiam no Estado, atualmente.

A partir do controle so-bre a máquina da Prefeitura de Cuiabá, sobre os diretórios do Partido Socialista Brasi-leiro (PSB) e beneficiado pela parceria político-partidária, Mendes vem ousadamente queimando etapas, ao lado de seus sócios, para impor seus interesses acima dos interesses da coletividade.

O maior exemplo é a degradação ambiental pro-movida pelos negócios de garimpagem que Mauro vem multiplicando, descontrola-damente, por diversas regi-ões do Estado, contribuindo, além disso, para o incre-mento da violência, dado o continuado envolvimento de alguns de seus sócios, como Valdinei Mauro de Souza (o

“Nei”) e Wanderley da Tri-mec, em repetidos episódios de pistolagem.

A maior reserva aurífera que o proprietário da Bimetal explora, conjuntamente com Valdinei Mauro, se encontra na Mineração Casa de Pedra, em Chapada dos Guimarães, de onde supostamente esta-riam sendo retirados, men-salmente, de acordo com cál-culos de especialistas ouvi-dos pelo CENTRO-OESTE POPULAR, um montante superior a 80 quilos de ouro - o que lhes garantiria um lucro mensal de mais de R$ 8 milhões de reais, só a partir deste empreendimento.

Esses resultados devem se expandir, certamente, com a notícia de que, através de uma intrincada triangu-lação empresarial, Mauro Mendes acaba de conseguir atrair para o negócio da mi-neração, em Mato Grosso, como seu mais novo parcei-ro, o megaempresário Galid Osman Didi, proprietário da Polimix, empresa com sede na cidade de Santana de Par-naíba, em São Paulo, e que vem a ser a maior empresa de concretagem de cimento da América Latina, com ne-gócios que se espalham pelo

Brasil, Argentina, Chile, Cos-ta Rica, Bolívia e Colômbia.

O capital e as máquinas das empresas de Galid Os-man Didi podem intensificar o processo de extração de ouro em uma área, em Cha-pada, que Mauro Mendes e Valdinei Mauro já estão transformando em uma pai-sagem semelhante à da Lua, dado o violento processo de degradação ambiental que promovem e que, apesar de repetir o que se registrou na região de Poconé, até agora não foi, curiosamente, enxergado pelos órgãos de fiscalização do Ministério Público, da Secretaria Esta-dual do Meio Ambiente ou do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na-turais Renováveis. É como se os fiscais fossem orientados para olhar para o outro lado e desviar o foco das crateras que rasgam impiedosamente o solo da Chapada, expondo toda aquela região a um ameaçador processo de de-sertificação, em curto espaço de tempo, caso não sejam adotadas medidas preventi-vas e reparadoras.

O único incômodo, até o momento, à sanha predado-ra e ao interesse de Mauro

Mendes e seus asso-ciados de arrancarem do subsolo o máximo de lucro possível, sem se importar com os danos e com a terra arrasada que vão deixando para trás, foi a determinação do juiz Paulo Roberto Bres-covici, do Núcleo de Conci-liação do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (Mato Grosso), de suspender o processo do leilão judicial de venda de parte das cotas da Mineração Casa de Pedra Ltda, e remeter os autos à Advocacia Geral da União, ao Ministério Público Federal e a Polícia Federal para que in-vestiguem Mauro Mendes e seu sócio, Valdinei Mauro de Souza, por possível fraude no certame. Esse inquérito pode vir a lançar luz sobre a rede de empresas e parceiros de que Mauro, Valdinei e Wan-derlei da Trimec costumam lançar mão para embaralhar a fiscalização das autorida-des e facilitar a montagem do seu império empresarial predador.

SOCIEDADE COM REI DO CONCRETO

A paulistana Polimix é uma empresa de concre-

tagem de cimento que tem visto seus negócios sendo catapultados às alturas ce-lestiais desde que, a partir de 2008, programas dos governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff, como o PAC e o Minha Casa Minha Vida, passaram a estimular a construção civil no Brasil, transformando o setor em uma das principais locomo-tivas a impulsionar a econo-mia brasileira.

“Nunca se consumiu tanto cimento no País como agora”, comemorou recen-temente, em entrevista à especializada revista Istoé Dinheiro, o muito rico mas sempre discreto empresário Galid Osman Didi, diretor- superintendente da Polimix, conhecido como Rei do Con-creto mas que – ao contrário de Mauro Mendes - não gosta de aparecer em fotos, eventos, reuniões com polí-ticos ou badalações sociais.

A badalação, na família, fica por conta do seu filho, Galid Jr, que é corredor de Stock Car.

A Polimix atua há mais de 35 anos no setor de cons-trução civil, nas áreas de prestação de serviços de concretagem, agregados, transporte de cimento e equipamentos. No setor de agregados, a Polimix oferece diferentes tipos de brita e areia artificial para diversas aplicações. A frota da em-presa conta, no Brasil, com 1.200 caminhões batoneiras e 250 bombas de concreto e vem ampliando sua atuação na área de produção de asfal-to e de reciclagem de resídu-os da construção civil. Além de sua imponente sede, na avenida Constran, na Vila In-dustrial de Santana do Par-naíba, a empresa mantém 170 escritórios espalhados por todos os estados brasi-leiros e em diversos países da América Latina.

Galid Osman Didi é tam-bém sócio minoritário do

empresário Antônio Ermírio de Morais no controle das fábricas de cimento da Voto-rantim (duas delas em Mato Grosso) e, recentemente, foi impedido pelo Conselho Administrativo de Controle Econômico (Cade), órgão do Governo Federal, de as-sumir o controle da fábrica de Cimentos Tupi, para que não ampliasse o processo de monopolização no setor.

Documentos a que o CENTRO-OESTE PO-PULAR teve acesso de-monstram que a mineração em terras de Mato Grosso desponta como o mais novo investimento do grupo de empresas do Rei do Concre-to. Registrada na Junta Co-mercial de Mato Grosso no dia 14 de dezembro de 2012, alteração contratual na com-posição da Maney Mineração Aricá, que tinha sede na rua Havana, 285, no bairro Jar-dim das Américas, em Cuia-

bá, revela que a sociedade em torno da empresa, cons-tituída com o objetivo de “ex-tração subterrânea e a céu aberto de minerais metálicos ferro-sos, não-ferrosos e os preciosos, em todo território na-cional”, e que tivera como sócios fun-dadores a Maney Participações Ltda, (empresa que reúne o empresário Valdi-nei Mauro de Souza, a Bipar Investimen-tos e o empresário Mauro Mendes) e a Bipar Investimentos e Participações SA (controlada solita-riamente pelo em-presário Mauro Men-des Ferreira), admite como novo sócio a RVM Empreendi-mentos Ltda, repre-sentada no ato pelos seus diretores Maria Auxiliadora de Assis Gribel e Breno Leme

Imagens do garimpo que Mauro e Valdinei comandam em Chapada dos Guimaraes. Eles extraem 80 quilos de ouro, mas quem vai pagar pela chocante degradação ambiental?

Poderoso maquinário da Polimix pode vir a ser utilizado para ampliar crateras que a mineração vem cavando na paisagem bucólica da Chapada dos Guimarães

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Mauro Mendes se associa a Galid Osman Didiempresário-prefeito de Cuiabá se alia ao rei do concreto no Brasil em busca de mais ouro para sua fortuna

laBirinto empresarial

Asprino Neto, com a Bipar se retirando da sociedade. O que chama atenção é que no ultimo dia 27/09 a reporta-gem do Centro Oeste Popular conversou através do celular de numero (11-xxxxx-2341) de Breno Lemes Asprino e o mesmo disse conforme gravação desconhecer os sócios , questionado pela reportagem sobre a socieda-de juntamente com Mauro Mendes e Valdinei o mesmo desligou o celular , trazendo mais duvidas sobre o interes-se da empresa em se associar em uma mineradora .

Na nova distribuição de poder, a Maney (onde continuam juntos Mauro Mendes, Valdinei e a Bipar) fica com 50% do capital so-cial e a RVM também com 50%, integralizando ambos os sócios R$ 1.495.000,00 (um milhão, quatrocentos e noventa e cinco mil reais) para aumento do capital

social da empresa. Na mes-ma ocasião, ficou decidido que a sede da empresa seria

transferida do Jardim das Américas, em Cuiabá, para a Avenida Constran 132, sala 3, na Vila Industrial, em San-tana do Parnaíba, São Paulo – justamente onde se localiza a sede da poderosa Polimix, controlada pelo empresário Galid Osman Didi.

Confirma-se, dessa for-ma, a extrema habilidade de Mauro Mendes na arte montagem de empresas por dentro de outras empresas e, aqui, estabelecendo uma so-ciedade muito evidente com o Rei do Concreto e supremo controlador dos negócios da Polimix através da RVM empreendimentos , tendo em vista que um dos sócios da RVM , Ronaldo Moreira Vieira já foi presidente do grupo Polimix .

TRT USADO PARA GOLPE

CONTRA SÓCIOSA esperteza e descontro-

lada ousadia, que tem sido a marca da continuada as-censão de Mauro Mendes, tanto nos negócios como na política, nem sempre tem resultado muito bem, como se viu nos recentes episó-dios das CPIs na Câmara de Cuiabá e no episódio do leilão judicial promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso para saldar dívidas traba-

lhistas que pesavam sobre a Mineração Casa de Pedra.

O pro-

cesso de venda desta área de extração mineral, nas ime-diações do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, foi considerado nulo e serviu para revelar um esquema de tráfico de influência que teria sido montado pelos Mauro Mendes e Valdinei Mauro dentro daquela corte trabalhista.

Os desembargadores do Pleno do TRT acabaram afastando o juiz Luís Apa-recido Torres, suspeito de receber propina no valor de R$ 185 mil para beneficiar os dois empresários que, de acordo com os fatos já divulgados pelo Tribunal, aproveitaram o episódio do leilão para afastar da so-ciedade em torno daquela mineração José Luiz Dalcol Trevisan, Antonio Carlos Machado Matias, Benedito Gonçalves Neto e a AGM Desenvolvimento Mineral Ltda, autores de diversas ações judiciais contra o processo conduzido pelo juiz Luís Aparecido Torres.

“Verifico que o magis-trado, ao arbitrar, de modo unilateral, o valor de R$ 4.000.000,00 (quatro mi-lhões de reais) ao total das quotas da empresa, descon-siderou o potencial econô-mico das reservas auríferas e recursos naturais da área de propriedade da empresa que, de acordo com o Lau-do Técnico de f. 610/620,

foi fixado em R$ 723.788.869,11 (se-tecentos e vinte e três milhões, sete-centos e oitenta e oito mil, oitocentos e sessenta e nove reais e onze cen-tavos)”, descreveu o desembargador Tarcísio Valente, presidente e cor-regedor do TRT, relator do proces-so administrativo que afastou o juiz Luís Aparecido Torres de suas funções e já en-caminhou o caso para também ser investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Advocacia Geral da União.

As primei-ras investiga-ções levadas a

efeito pelo juiz Paulo Bres-covici e pela Corregedoria do TRT demonstram que o juiz Torres, acusado de le-var propina e comprometer a magistratura trabalhista, acabou deixando de priorizar o pagamento dos créditos trabalhistas que estavam em questão para interferir na disputa societária que Mauro e Valdinei travavam

contra outros sócios, aca-bando por transferir o con-trole da Maney Mineração Casa de Pedra para Jéssica Cristina de Souza, uma filha de Valdinei Mauro que, logo depois, devolveu o poder so-bre os negócios da mineração apenas para seu pai e Mauro Mendes.

A expectativa agora é quanto ao impacto que

terá a presença do Galid Osman Didi nos negócios até aqui controlados com extrema ousadia por Mauro Mendes e Valdinei Mauro, dentro do labirinto empre-sarial em que manipularam uma diversidade enorme de empresas. O risco do Rei do Concreto acabar sendo “tratorado” é mais do que evidente.

A maior reserva aurífera que o proprietário da Bimetal explora, conjuntamente com Valdinei Mauro, se encontra na Mineração Casa de Pedra, em Chapada dos Guimarães

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013

Organização virtual

B4 MeiO AMbienTe

tecnologia

Potencializando serviços e resultados pelo uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) e facilitando o acesso pelo cidadão aos serviços prestados por sistemas eletrônicos de atendimento

Regina BotelhoDa Redação

Mato Grosso passa a ter mais agilidade no processo de licenças ambientais. A ferramenta do Serviço de Atendimento Eletrônico ao Cidadão (e-S@C) foi lança-da na quarta-feira (25), no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, e tem como proposta facili-tar a vida do cidadão mato--grossense. O secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema/MT), José Lacerda, disse durante a solenidade de lançamento que o sistema além de facilitar a vida do cidadão, a Sema avança e vai conseguir resolver problemas do passivo. “Temos bons pro-fissionais e iremos cumprir nosso compromisso avançan-do os serviços da pasta, com a finalidade de atender melhor nossa demanda”, enfatizou.

Para Lacerda, o Sema Virtual pretende ainda forta-lecer as regionais do órgão no interior do Estado e o intuito é otimizar as ações de trami-tação e análise dos processos protocolados no órgão, com mais agilidade, transparência e qualidade .

De acordo com o gover-nador Silval Barbosa (PMDB), o novo sistema surge como

Segundo José Lacerda, secretário de Estado do Meio Ambiente, a intenção é otimizar as ações de tramitação e análise dos processos protocolados no órgão com mais agilidade

para armazenamento da pro-dução. Para construir silos e armazéns o produtor precisa de licença. Nesse momento, a ferramenta será aliada à produção”, sinalizou. Silval acredita que Mato Grosso vai ganhar mais agilidade nos trabalhos e avança para o progresso facilitando a vida dos cidadãos, mas é funda-mental que o órgão tenha bom conceito em fazer sua parte sem entraves. “Facilitar não é permitir que as pessoas agridam o meio ambiente sem criar dificuldades”, ponderou.

Rui Prado presidente

dernização e está chegando a outras secretarias. Não tenho dúvidas que Mato Grosso está ligado ao mundo”, comentou o parlamentar.

NOvO CONCEITO DE GESTÃO

O Sema Virtual irá en-globar vários serviços que se encontram em desenvolvi-mento. Traz como conceito a organização virtual com o objetivo de facilitar a relação do órgão com o cidadão. A nova ferramenta tecnológica permitirá, nessa primeira fase, a protocolização e o flu-xo de documentos pertinentes aos processos relacionados à Superintendência de Ges-tão Florestal (SGF), onde se concentram as maiores demandas do órgão, com atendimento aos proprie-tários de imóveis rurais e responsáveis técnicos que atuam com a regularização ambiental e licenciamento de atividades em imóveis rurais. Por meio de um certificado digital, os usuários deverão solicitar ao órgão ambiental o seu cadastramento no sis-tema. Com login e senha de acesso poderão usufruir de funcionalidades como o envio de processos, atendimento de solicitações de forma to-talmente digital e, upload de documentos em formato PDF que deverão ser digitalizados conforme os roteiros orienta-tivos em fase de elaboração e que serão disponibilizados no portal do órgão. Após a análise, os técnicos da Sema irão anexar aos processos eletrônicos os documentos das rotinas administrativas e análises realizadas, podendo as informações serem consul-tadas instantaneamente pelos

De acordo com o governador Silval Barbosa, o sistema surge como um papel importante dentro da macroeconomia

do agronegócio para MT

Helmut Daltro, representante do CREA/MT, disse que o Sema Virtual além de tornar a fiscalização do Conselho

mais ágil, vai baixar os custos e facilitar o acesso às áreas remotas

O procurador de Justiça, Paulo Prado, lembrou que o Ministério Público há anos está lutando para fortalecer

ações de controle na área ambiental

Servidores do órgão, autoridades e convidados prestigiaram o evento de lançamento do e-S@C

Mato Grosso ganha mais agilidade com o Sema Virtual

um papel importante dentro da macroeconomia do agro-negócio para Mato Grosso. Em seu discurso lembrou que o Governo Federal vem incen-tivando, através de políticas próprias e juros mais baixos, o incremento da produção no estado. “O produtor en-contra mais facilidade para acessar as linhas de crédito, para plantar mais. Mas para plantar necessita de silos

da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), comemorou o lan-çamento e revelou que além da agilidade para liberação de licenças mais ágil, a ferra-menta irá melhorar a vida do produtor rural.

Segundo o representan-te do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), Helmut Daltro, o Sema Virtual/e-S@C além de

tornar a fiscalização do Crea mais ágil, vai baixar os custos e facilitar o acesso às áreas mais remotas.

Já o procurador de Justi-ça, Paulo Prado, disse que Mi-nistério Público está lutando há anos para fortalecer ações de controle na área ambiental e dar transparência à Sema. “Queremos o progresso e crescimento de Mato Grosso, mas queremos continuar ven-do o verde, ouvindo o canto do curió e não deixar para nossos netos essas beleza ape-nas em fotografia”, completa.

Líder do Executivo, o deputado Hermínio J Barre-to (PR), enfatizou que Mato Grosso é campeão em pro-dução e o estado que vende alimentos para o mundo todo também deve se preocupar com o meio ambiente. “Os deputados da Assembleia Le-gislativa deram total apoio ao projeto. O Governo do Estado está pensando no futuro na mesma velocidade da mo-

usuários externos. Todos os documentos digitalizados, sejam eles enviados pelos usuários externos ou produ-zidos pelos técnicos da Sema, serão assinados digitalmente garantindo a segurança e responsabilidade sobre as informações contidas nos processos eletrônicos. Entre as vantagens do novo siste-ma, além do avanço que o

instrumento representa para a gestão ambiental em Mato Grosso, está a facilidade de acesso aos serviços, a maior eficiência no relacionamento entre o usuário externo e o órgão ambiental e a seguran-ça do processo, pois todos os documentos serão assinados digitalmente, eliminando a possibilidade de perdas ou extravios.

Fotos Ana Sampaio

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 gerAl - MT C13C1www.copopular.com.br

Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013

Grazielle Milas ao lado do amado Drº Ian Mamedy comemorarou no último dia 20 em seu niver com amigos e

familiares

Em evento badalado em Brasília a cuiabana Larissa Neves Canhedo ao lado das amigas Amanda Rangel e Carol Rangel

O jovem empresário Edson Mendes em jantar sofisticado ao lado da bela Débora Dall Igna

Encantada com a Coleção Raphaella Booz a bela Cristiane

Peres e sua excelentes escolhas!

DJ Diego Bertolini um dos mais competentes da nossa cidade dando seu show a parte em

evento social

A dermatologista Dra. Karin Krause junto as amigas Lucy Macedo e Débora Kerr

NOvA ESTREA!Diane Kruger é a estrela da nova cam-

panha publicitária da H.Stern, que estréia em Outubro. A atriz alemã que interpretou papéis de destaque no cinema internacio-nal, como a personagem Helena no filme Tróia (2004), e Bridget em Bastardos Inglórios (2009) de Quentin Tarantino, além de ter ganhado prêmios como no Festival de Cannes e SAG Award, também é considerada uma das personalidades femininas mais elegantes da atualidade, tendo seu estilo constantemente elogiado. “Escolhemos Diane porque ela é uma bela representação da mulher contemporâ-nea, que expressa estilo e personalidade em cada momento de sua vida”, explica Roberto Stern, Presidente e Diretor de Criação da H.Stern.

ENSINANDO!Com o lema “Com livros você cria

realidade, inclusive a sua”, o projeto busca despertar o interesse pela leitura, música e teatro. As atividades estimulam a cria-tividade, a escrita e a expressão verbal, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico, do pensar e refletir pelo acesso à educação e cultura. O ‘Projeto Viajando com Monteiro Lobato’, uma iniciativa da América Latina Logística por meio do Insti-tuto ALL, atendeu cerca de 600 crianças no município de Alto Taquari. Foi a primeira passagem do projeto em Mato Grosso, mas já deixa saudades, visto que muitos alunos ficaram encantados com as apresentações que têm como objetivo levar literatura e teatro para jovens estudantes.

CONGRESSO!Iniciou na última quinta(26) o 15º

Congresso Estadual do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) em Cuiabá, na sala Aracuã do Hotel Fazenda Mato Grosso . O tema desta edição do Congresso é “Arti-cular os Planos Municipais e Estadual de Educação para a implantação do Sistema Único de Educação Básica em Mato Gros-so: participação popular e cooperação federativa na perspectiva da qualidade

na aprendizagem com valorização profis-sional”. Nos debates estarão envolvidos representantes do movimento sindical, da gestão pública, estudantil e especialistas da área da educação. A conferência de abertura: “Os Planos Nacional, Estadual e Municipal de Educação na Viabilização do Sistema Único de Educação” foi reali-zada pelo professor mestre Carlos Augusto Abicalil

NOvIDADES!A L’Oréal Paris acaba de lançar o

aplicativo Hair Color Genius, que realiza um diagnóstico capilar e indica a nuance de coloração mais adequada ao perfil de cada mulher. O app está disponível na App Store, da Apple, e no Google Play, para dispositivos que possuem sistema Android. Hair Color Genius oferece um breve questionário que permite definir a cor mais indicada de acordo com o tipo de cabelo, cor atual e até mesmo o estado de espírito da consumidora. Além disso, é possível tirar uma foto de si mesma para aplicar virtualmente cada uma das colorações indicadas e, se preferir, compartilhar o resultado com os amigos nas redes sociais. A versão iOS permite ainda escanear o código de barra dos produtos de coloração L’Oréal Paris (Imédia Excellence, Imédia Excellence Californianas e Casting Creme Gloss) e conferir se são compatíveis com o perfil salvo no aplicativo. Hair Color Genius: toda a expertise em coloração de L’Oréal Paris nas suas mãos!

CONTRA AIDS!Helio Nakanish e o profissional

Alessandro Abe assinando a beleza da atriz Ângela Vieira para o Calendário Cabeleireiros Contra AIDS 2014. As fotos da campanha tiveram o mítico Copacabana Palace como cenário. Em cada mês do calendário há mensagens de prevenção ao HIV/Aids, com o slo-gan “Quem Cuida da Beleza, Cuida da Saúde”. O custo unitário será de R$ 15,00 e toda a renda revertida para Sociedade Viva Cazuza.

DO PERU!O Ministério de Comércio Exterior e

Turismo do Perú tem investido pesado na propaganda turística de seu país. O foco nos consumidores brasileiros poderá ser percebido entre os dias 1º e 12 de outubro, com a Perú Week, que será realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Bra-sília. O evento inédito contará com menu especial com valor promocional no Taypá. A abertura oficial será em São Paulo, em um jantar para 300 convidados, no dia 30 de setembro, com a presença dos atores Juliano Cazarré e Maria Maya, do elenco da novela “Amor à Vida”.

HONRAS!Acadêmico do 3º ano do curso de

Letras da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), beneficiário do Programa Vale-Universidade Indígena desde 2011, Sergio da Silva Reginaldo vem se destacando no meio estudantil e despertou o interesse internacional. O estudante da etnia Terena, colaborador e pesquisador do projeto de pesquisa “O Percurso e o modo do Movimento em Língua Africana e Línguas Indígenas do Brasil”, desenvolvido na UEMS Campo Grande, recebeu convites para realizar palestras na Alemanha em novembro e dezembro deste ano.

DIA DAS CRIANçAS!O Dia das Crianças é uma das

principais datas do mercado brasileiro de brinquedos. É uma fase importante para as empresas que atuam neste setor consolidarem as perspectivas e planos elaborados ao início do ano. No caso da Lego, líder mundial em brinquedos de montar, o diretor de operações da marca no Brasil, Robério Esteves, conta que os resultados do desempenho co-mercial nesta data, em particular, serão fundamentais para que a marca atinja o crescimento de 50% projetados para este ano, repetindo a performance do ano passado, quando também cresceu 50% no País – antes disso, a marca manteve um crescimento médio de 25% ao ano no

mercado local.

CIDADANIA!Um dos principais valores da Agro

Amazônia é a Responsabilidade Socio-ambiental. Desde o seu nascimento, a empresa tem a missão de contribuir com a preservação do meio ambiente, apoiando e incentivando os colaboradores. Por isso, todas as ações sociais e ambientais que a Agro Amazônia desenvolve são focadas nesses objetivos, com o envolvimento do maior número possível de colaboradores. Entre as ações socioambientais, destacam--se anualmente: Dia da àgua, Dia do Meio Ambiente, Dia da Árvore, Dia do Volunta-riado, Campanha de Doação de Sangue, Campanhas de Arrecadação de Alimentos, Roupas e Brinquedos.

DéBITOS!Conforma relatório da Receita Fede-

ral, encontram-se inadiplemtes mais de 50% dos contribuintes no M.E.I., classe que atinge diretamente os comerciantes em nossa Capital.

HUM...Dia 02 de outubro a Enoteca Decan-

ter recebe todos em uma noite especial no Bistrô com risotos e rótulos de vinhos deliciosos!

PARABéNS!Loudes Lima Verde Haddad ao lado

da família e do marido Jean Haddad receberá dia 04 pessoas que amam para uma noite animada de muitas felicidades e Parabéns!

BODAS!Será dia 05 de outubro o grande dia

da querida Tereza Bouret, quando receberá no mais alto estilo em seu buffet para mais um ano de comemorações!

BIFÃO!Dia 06 de outubro a Chácara Zahram

será palco de mais um edião do Bifão da Maçonaria e que a cada ano ganha mais adeptos!

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Estrutura para despertar a músicamelodias

A Pentagrama Academia oferece espaço familiar e cursos inéditosDa Redação

No mercado da mú-sica há mais de 15 anos em Cuiabá, a Pentagrama academia de música foi reaberta em janeiro deste ano pelos músicos Je-fferson Castilho e Pedro Neto e voltou com uma roupagem diferenciada, oferecendo cursos inédi-tos em Cuiabá. “Hoje um dos nossos diferenciais é isso, oferecemos muitos cursos que não tinham aqui ainda, como por exemplo, piano clássico e musicalização infantil”, conta Castilho.

Os horários e quanti-dades de aulas oferecidas por alunos são distin-tos de outras escolas. Na Pentagrama o aluno tem um acompanhamento maior onde ele tem se-manalmente duas aulas a mais da oficial para poder treinar e ter o acompa-nhamento do professor de música, como explica Jefferson. “Quem não tem o instrumento em casa pode treinar aqui, o aluno tem uma aula com duração de uma hora por semana e ainda oferece-

A Pentagrama academia de música foi reaberta em janeiro deste ano pelos músicos Jefferson Castilho e Pedro Neto e voltou com uma roupagem diferenciada

A Pentagrama oferece cursos inéditos em Cuiabá

mos mais dois dias para que ele treine os exercícios que são passados”.

Os cursos oferecidos são para todas as idades. As aulas de “musicalização infantil” são ministradas a partir de quatro anos de idade. O curso é bem procu-rado pelos pais que querem desenvolver em seus filhos o interesse pela música ou e que também é recomen-dado para crianças com necessidades especiais.

A academia de música conta com mais de dez professores formados em

sores prezam a proximi-dade que mantem com os alunos, e explicam o interesse que expressam por eles. “Nós ligamos para os alunos pra per-guntar por que não veio à aula, pra incentivá-los a praticar em casa. Quando podemos também vamos às apresentações. Tenta-mos ao máximo manter

um vínculo de amizade com eles.”

Para quem já tem sua banda e precisa de lugar para gravar e ensaiar a Pentagrama tem um es-túdio para ensaio e está terminando a reforma de mais um para quem quer trabalhar de forma séria e profissional com música.

música e que já trabalham a mais de dez anos na área. Localizada na rua França, quadra 01, número 07. Bairro Jardim Europa atrás da Unic Beira Rio, os sócios pretendem au-mentar o estabelecimento e abrir mais duas filiais da escola na cidade.

O aluno que se inte-ressar pelas aulas e quiser conhecer a estrutura física da academia, a Penta-grama oferece uma aula experimental, para que o aluno tenha uma base de como será o curso.

Os cursos oferecidos são: Viola, violão popular e clássico, piano, violino, bateria, teclado, guitar-ra, roadies, técnica de som, ambolim, acordeão, saxofone, técnica vocal, cavaquinho, canto coral, flauta doce e transversal, viola caipira, contra bai-xo, gaita de boca, teoria musical, escola de banda, musicalização infantil, leitura de caixa/rudimen-tos e percussão. Todos do básico ao avançado.

Os sócios e profes-

Fotos Divulgação

(65) 3359-8343 9239-8300 9697-7426 Contatos

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com as firmas responsá-veis, montam esquemas de parcelamento da come-moração, que custa entre R$ 2 mil e R$ 7 mil por formando.

Todo início de ano surgem empresas novas um mercado considera-velmente bom, “Ninguém deixa de fazer festa. As

pessoas não deixam de investir, pois é um sonho. É um mercado que é per-pétuo. Nós conseguimos entrar no gosto do pesso-al, e sempre tentamos ele-var a qualidade e manter ela. A mesma qualidade para todos”, explica revela

A Skambal eterniza a sua formaturainesquecÍvel

São eventos exclusivos, planejados de acordo com as características de cada turma

C3

Da Redação

Tradicionalmente a formatura da faculdade sempre foi um evento pro-tocolar que atendia mais a um desejo de pais e fami-liares do que do próprio recém-formado. Mas, na última década, a festa dei-xou de ser uma coadju-vante no rito de passagem que é completar o ensino superior e entrar no mer-cado de trabalho para se tornar a protagonista deste momento, e é assim que a Skambal Eventos trata seus formandos. Organi-zação completa do evento, desde o convite até o baile de gala.

No mercado há 14 anos, em Cuiabá, a empre-sa trabalha com todo tipo de evento social, desde aniversário a bodas. Mas o carro chefe são as festas de formatura. A sociedade entre Diogo Palomares a Aline Barcelos começou com uma agência de publi-cidade e hoje é destaque e

umas das mais requisita-das empresas que organi-zam festas em Cuiabá. “No início éramos uma agência de publicidade, e come-

çamos a aplicar o concei-to de publicidade dentro dos eventos. Na sequên-cia, passamos a trabalhar com o evento bem visual, painéis bem grandes e o pessoal gostou muito. A partir daí saímos da pu-blicidade e investimos na parte de gerenciamento de eventos”, explica Diogo

Palomares, responsável pela parte de criação dos eventos.

A Skambal real iza em média 80 festas de formatura, reconhecidas por suas personificações. Diogo conta que no início foram feitos experimentos com a parte de impressos e a partir daí viram um amplo espaço para a parte visual do evento o que é destaque e marca regis-trada dos eventos que a empresa realiza. “Nós não

fomos os primeiros a usar, mas fomos os primeiros a usar de forma bem latente. Começamos com a pista de dança, local que víamos

que era bem vazio e fomos incrementando. Hoje tra-balhamos com uma base de 15 lonas de outdoors dentro do evento. Nossa maior marca é a parte vi-sual mesmo.”

A turma escolhe o tema da festa e a partir daí começa a ser trabalhado desde o convite, passando

pela estrutura até o baile de gala. “Trabalhamos com uma coisa bem de cor mesmo, que remete à temática do evento e tem todo um carinho na preparação dos convi-tes, as fotos do estúdio. A gente pede pra que os alunos venham vestidos com a temática da festa. O propósito é que tudo fique interligado para que no final o resultado seja exuberante”, ressalta ele.

A empresa possui pa-

cotes para todos. Aten-de turmas de quarenta alunos até turmas com somente dois formandos. A mesma dinâmica é usa-

da sempre na preparação da festa. Não importa a quantidade de alunos, sempre trabalhando com a realidade da turma. “Não adianta vender um pacote que eles não vão conseguir pagar. Então fazemos algo que eles possam pagar, sem ter prejuízos pra ne-nhum dos lados.”

UM MERCADO vIGOROSO

Com o aumento de mais de 365% das vagas em universidades públicas e particulares entre 1996 e 2011, subir ao palco, rece-ber o canudo e posar para uma foto e ter uma tímida comemoração com coxi-nhas, bolinhos de queijo e rissoles regada a cerveja e refrigerante ficou no pas-sado. Festa de formatura é um mercado vigoroso

e aparentemente imune a crises. Organizar uma superfesta com uma média de mais de dois mil con-vidados não é fácil. Tudo

começa com a eleição de uma comissão, escolhida pela turma geralmente no início do curso - ou seja, no mínimo quatro anos antes da formatura. Esse grupo, que pode ter mais de 20 membros, fica en-carregado de escolher uma empresa para executar o evento e organizar um fundo para cobrir o valor total da comemoração.

Soma-se às responsa-bilidades destes estudan-tes a obrigação de fazer uma festa melhor que a da turma que se formou no ano anterior ou da univer-sidade concorrente. Para que ninguém fique de fora, as comissões, em parceria

Além de ser uma grande festividade, é também a concretização de um sonho que marca o ingresso do profissional no mercado de trabalho

A identidade da festa é o formando. Cada formatura é diferente, pois cada formando é diferente

A solenidade é um momento emocionante para o formando, professores, homenageados e todos que participam da maravilhosa celebração

Palomares.

CELEBRAçÃOA formatura é um de-

grau a mais que o forman-do sobe depois de anos

no centro acadêmico. É quando uma turma intei-ra começa a idealizar os mínimos detalhes do baile de gala, da colação, do culto ou missa, é quando se escolhe um grupo de formandos para formar a comissão de formatura.

A Skambal ajuda na preparação de todos esses mínimos detalhes, onde o formando sempre será o destaque. “Nosso diferen-cial hoje, além da possi-bilidade de fazer qualquer tipo de negociação, é a questão da parte de visual que é nossa identidade. Toda formatura é diferente, porque toda formatura é de um formando diferente e nosso destaque é o for-mando, é o momento dele”. A satisfação vem antes, durante e depois das co-memorações. Diogo conta que a relação que se man-tém com os alunos é muito prazerosa. “O pós-evento é muito prazeroso. Requer muito trabalho, mas é mui-

to satisfatório a relação de amizade que mantemos, os agradecimentos. Por isso que quem forma com a gente volta depois para fazer aniversário, casar. E, nós estamos aqui pra parti-cipar destes momentos tão especiais”.

A Skambal Eventos fica na Rua Montreal, 227, Jardim das Américas - em Cuiabá. Telefones para contato: (65) 36642469 / 30251115 / 81272155 c/ Aline Barcelos.

A Skambal Eventos cuida de cada detalhe da sua festa, para que esse momento se

torne eterno

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013

Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulR$ 3,10 - ANO XIII nº 578

29/09 a 05/10 de 2013www.copopular.com.br

Por Fernando Ordakowski

editorial

Página 4 Página 2

entrevista

mais na página 7

mais na página 8mais na página 5

Paulo Corrêa diz que Delcídio é o melhor preparado para governar o Estado

mais na página 3

Acusado de “ganharsem trabalhar”, Siufi

quer a cabeça de Bernal

emBirrado

recado bem dado!

Durante a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, em que foi lido o relatório produ-zido por seus integrantes, o vereador que a presidiu, Pau-lo Siufi (PMDB) foi enfático em afirmar que, se ninguém pedisse a cassação de Alci-des Bernal (PP), prefeito de Campo Grande, ele mesmo o faria. A leitura foi concluída, o

relatório apontando diversas supostas irregularidades na administração municipal foi votado e aprovado, porém, já passadas quase duas semanas do evento, o vereador pee-medebista não se manifestou positivamente sobre o caso, ou seja, não entrou com o tal pedido de cassação, o que acabou gerando muito disse--que-disse nos meios políticos

e até mesmo em setores da imprensa que cobrem o dia-a--dia da crise entre Executivo e Legislativo na Cidade Morena. Na semana ele voltar a reafir-mar que, se ninguém entrar, ele entra, mesmo porque está engasgado com Bernal que o acusou de ser “fantasma” na Prefeitura.

Londres diz que seria“uma honra” ter Giroto

de volta ao PR

de olHo em 2014

O líder do PR, deputado estadual Londres Machado (PR) declarou no início da semana que o deputado fe-deral licenciado pelo PMDB e atual secretário estadual de obras, Edson Giroto, pode voltar para a sigla. Giroto já foi filiado ao partido e deixou a legenda para sair candidato a prefeito por Campo Grande em 2012.

mais na página 3

Médicos acusam prefeito deameaça de morte e agressão

durante reunião em posto de saúde

arrancarraBo

Prefeito participa, ao lado do governador, da entrega

de mais 249 casas noResidencial Guató

HaBitação

O prefeito Paulo Duarte (PT) participou ontem da solenidade de entrega de mais 249 casas do Residen-cial Guató. A solenidade contou com a presença do governador André Pucin-nelli (PMDB), do secretário estadual de Habitação e das Cidades, deputado estadual licenciado Carlos Marun (PMDB), secretário estadu-

al de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, diretor-presidente da Sane-sul, José Carlos Barbosa, dos deputados estaduais Paulo Corrêa (PR) Antônio Carlos Arroyo (PR), do prefeito de Ladário, José Antônio Assad e Faria (PT) e de vereadores das duas cidades.

CampoGrande vai

sediar aprimeiraedição do

Avistar MS 2013

contemplação

mais na página 6

Novo PAMé inaugurado

visandoampliar

atendimentos à população

de MS

Hospital regional

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DiretorAntônio Carlos Oliveira

Diretoria ComerCialMax Feitosa Milas

editoria e reportagens-mtBeatriz Girardi - DRT - 118-MT

editor e reportagem - mSJota Menon

reportagensBeatriz Girardi, Ana Sampaio, Regina Botelho, Jota [email protected]

editor de arte Mário Pulcherio Filho

Diagramação Leonardo Arruda

ChargeFernando Ordakowski

CirCulaçãoBrasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

SedesAvenida Miguel Sultil, nº 4.353 - Areão Cuiabá - Mato Grosso - CEP: 78.010-500Fone (65) 3623-4300/e-mail: [email protected]

Endereço BrasíliaCLSW - 301 - Bloco A - Edifício Spaço Vip Sala 136 - Setor Sudoeste Fones: (61) 3028-1388/3028-1488

Escrtório Campo GrandeRua Joaquim Murtinho, nº 184 - Centro Campo Grande - Mato Grosso do Sul CEP: 79.002-100 Fone (67) 3029-4214 e-mail: [email protected]

Assinaturas: (65) 3046-0400 (67) 3029-4214

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exPeDienteé ProPrieDaDe Da

Os artigOs de OpiniãO assinadOs pOr cOlabOradOres e/Ou articulistas sãO de respOnsabilidade exclusiva de seus autOres. nãO representam assim a OpiniãO dO jOrnal.

Opinião

artigos

ponto dE vista

Falou E dissE“Ele [Bernal] está achando que somos otários ou babacas? Que não iríamos con-

frontar ambos orçamentos? Vamos analisar de forma rigorosa”.

vereadOra grazielle macHadO (pr) aO discOrdar O OrçamentO enviadO pelO prefeitO alcides bernal (pp) à câmara municipal

negociatas

gilbertO verardO mOulard

articulista

JOÃO CAMPOSadvogado espeCialista em

direito do ConsUmidor

lei do silêncio

Editorialrecado bem dado!

Considerações modernasLUIz CARLOS SALDA-

NHA R. JUNIOR advogado e professor Uni-

versitário

Segundo Millor Fernandes, é todo bom negócio do qual

não fazemos parte. Brincadeiras à parte, essa pendenga entre Câmara Municipal e prefeito tem tudo para figurar na história de Campo Grande como a maior negociata de todos os tempos.

Basta prestar atenção a alguns aspectos desse embrulho. Siufi e mais quatro estão afundados até o pescoço em tramoias, falta de comparecimento ao expediente médico, recebimento de salários sem trabalho, com-pra de votos e por aí vai.

Não podem pregar moralidade, por-tanto.

A própria Câmara é devedora de alu-guéis, ré em ação de despejo que a todos nós envergonha. Como pode essa Câmara querer posar de vestal na cassação do prefeito?

Mas, poderiam dizer, há vereadores que não estão sendo acusados de compra de votos ou de receber vencimentos sem trabalhar em postos de saúde. Mas, digo eu, são omissos, coniventes e, no que tange ao pagamento dos aluguéis, totalmente culpados.

Além de, isso é evidente, serem também culpados da contratação fraudulenta do lixo, do transporte coletivo urbano, na inspeção veicular, pois tudo isso passou pela Câmara, foi ali discutido e votado.

O Prefeito não assinou sozinho esses contratos. Mais, ainda: foi o prefeito anterior que “negociou” essas vergonhosas prorroga-ções de 25 anos para um, 35 anos para outro concessionário. Bernal, a bem da verdade, recebeu o pacote já embrulhado, embora eu não o inocente de ter participado como

vereador. Cassado o prefeito teríamos de prosse-

guir nesse calvário com Gilmar Olarte, que ninguém sabe a que veio nem por que se qualificou como vice, ou, pior ainda, com o presidente da Câmara, envolvido em compra de votos e vereando sob decisão liminar.

O que me espanta e assusta é que já existem negociatas e arranjos para a hipótese de uma cassação bem sucedida. Secretarias, presidência de órgãos municipais como Agetran e agências de regulação dos serviços municipais. Isso sem falar nos empreiteiros do lixo, do transporte coletivo, da inspeção veicular e de tantos outros setores que já estão mariposeando em volta dos vereadores.

É uma pena que Campo Grande está transitando de uma eleição comprada em tenebrosas transações para uma segunda administração adquirida no balcão dos mer-cadores da desgraça.

Quantos vereadores serão secretários na “próxima gestão Olarte”? Quais órgãos de imprensa faturarão com a nova admi-nistração? Que partes do orçamento serão distribuídas entre os “vencedores”? Quem ficará com a chave do Tesouro?

Não se iluda, cidadão. É disso que tratam nos corredores públicos.

Saímos de um balcão eleitoral e passa-mos a um balcão administrativo.

Nem na eleição nem nessa negociata o povo tem participação – ainda bem! – mas, certamente, irá pagar o preço de anos de omissão e descaso com os destinos de sua cidade.

Nós deixamos essa corja assumir o po-der. Agora temos de pagar a conta.

A Lei do Silêncio, de autoria do verea-dor Paulo Siufi, entrou no seu período de regulamentação, a qual estabelece limites para a poluição sonora em Campo Grande. Sem duvida, quando se fala em qualidade de vida, um avanço que merece aplausos.

Na primeira semana do mês de setem-bro, com o inicio da fiscalização em bares e similares que utilizam musica ao vivo como parte de seus atrativos, a chiadeira come-çou, terminando em uma Audiência Publica na Câmara Municipal com a presença de empresários e músicos incomodados com a restrição estabelecida pela nova Lei.

Sem entrar em detalhes técnicos a respeito da quantidade de decibéis permi-tidos, não deixa de vir em hora oportuna para colocar novos parâmetros tanto para os bares como para a música ao vivo.

Os bares, aqui em Campo Grande, como em outros grandes centros, fecham as portas ou transformam suas atividades em menos de cinco anos. O lazer tem uma característica perversa para o empresa-riado – requer criatividade permanente, devidamente acompanhada de algum in-vestimento. Geralmente, a permanência ou não deste tipo de estabelecimento neste prazo estimado pela Associação Comercial de Campo Grande, parece depender muito do tipo de humor do proprietário. Neste sentido, para criar um atrativo a mais para os clientes, saia mais barato contratar um musico, e para o musico abria-se opor-tunidades de se aperfeiçoar, testando seu repertorio e sua técnica, ao vivo e em cores. Parecia um mundo à parte. O que impor-tava era a satisfação do cliente, mesmo as custas do sono dos vizinhos.

Também frequento, não como muita assiduidade, bares com musica ao vivo. Como já militei na área na década de 80, mato saudades de alguns poucos com-panheiros. No entanto a reclamação dos meus amigos músicos é unânime – são raríssimas as pessoas que frequentam estes estabelecimentos comerciais que fazem silencio enquanto o musico toca. Tradicio-nalmente, um bar é um local de encontro para conversar e relaxar e não uma casa de shows. A musica ao vivo pode ser mais um atrativo. Porem, com característica mais comercial do que cultural. Os artistas usualmente tocam em lugares apertados e com equipamentos próprios. O cachê é uma miséria, geralmente calculado sobre uma porcentagem estabelecida pelo dono

do estabelecimento sobre a renda obtida durante o tempo de apresentação do artista.

Na Audiência Publica na Câmara Mu-nicipal, o publico era composto de pro-prietários de bares e similares, músicos e alguns poucos produtores musicais. Todos defendendo o mesmo tema – desemprego e prejuízo a cultura musical campo-grandense.

Falar em desemprego para a categoria musical e um desprestigio a cultura campo--grandense é conversa pra boi dormir. Aquela historia de que toda a carreira de sucesso foi antecedida por acordes nas noites agitadas e barulhentas dos bares, pode ser contada nos dedos.

São raros os bares e similares que constroem um ambiente que tem a inten-ção de aproximar pessoas e incentivar a cultura musical. Os bares e similares da noite campo-grandense têm um espírito mais comercial do que cultural, onde o que mais interessa é o tal do “movimento”. Você chega, senta, faz o pedido e se enrolar muito o garçom inicia o assedio. Depois de sentar e fazer o pedido, começamos a perceber que temos que falar mais alto que o costume, pois fora os decibéis da conversa de outras mesas, acrescenta-se os decibeis poderosos dos equipamentos de som. O jeito é fazer de conta de se esta conversando, pois diálogo é impossível, já que pressupõe um mínimo de seguimento de assunto. Então o bar com musica ao vivo è bastante recomendável pra jogar conver-sa fora, de acordo com o dito popular. No fundo no fundo è a paquera è o objetivo maior. A musica è apenas pano de fundo.

Sinceramente, não entendo a chiadeira dos comerciantes de lazer noturno da nossa capital. Mas, se a chiadeira serviu para algu-ma coisa, foi para colaborar com o sono dos circunvizinhos de bares e similares, onde a musica parece ser o sino do Papai Noel.

Com este acontecimento que balançou o comodismo de músicos e empresários do setor, poder ser que de agora em diante os músicos tenham que aperfeiçoar seus acor-des e interpretação, chamando a atenção pela qualidade musical, não mais pelo vo-lume.. Os comerciantes podem lançar mão do bom atendimento e de preços acessíveis, podendo incluir simpatia e produtos de boa qualidade. Qualquer consumidor gosta de ser valorizado como cliente preferencial. Mas não gosta de ser freguês.

Em tom rígido, Dilma Rousseff levou à abertu-ra da 68ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, as críticas do país ao governo americano, acusado de espionar inclusive as comunicações pessoais da presidente brasileira. Na plenária, Dilma qualificou o programa de inteligência dos EUA de “uma grave violação dos direitos humanos e das liberdades civis; de invasão e captura de informações sigilosas relativas a atividades empresariais e, sobretudo, de desrespeito à soberania nacional”. Dilma, como tra-dicionalmente acontece desde 1945, na condição de chefe do Estado Brasileiro, fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.

Seu discurso foi praticamente todo pautado no tema que assombrou o país e serviu como uma espécie de lavagem de roupa suja ás claras, sem meios termos.

Para o povo brasileiro, tão acostumado a ver o país se curvar aos caprichos dos americanos, foi também, uma espécie de lavada de alma. Depois de séculos dizendo “amém!” a Nação Brasileira, representada por sua líder maior, falou de igual para igual com os americanos. Ou seja, a era da subserviência aos interesses dos norte-americanos tem um ponto final.

Ponto final, por sinal, anunciado ainda antes da abertura da Assembleia Geral da ONU, quando Dilma cancelou uma reunião pré-agendada com Barack Obama, como represália à invasão de priva-cidade praticada pelo governo dos Estados Unidos.

Em seu discurso, Dilma também demonstrou

preocupação com a crise que se abate sobre países do Oriente Médio, especialmente a Síria, onde mais de 100 mil vidas já se perderam devido à guerra civil pela qual passa aquela Nação árabe.

Em relação ao confronto na Síria, Dilma mencionou que o Brasil possui “na ascendência síria um componente importante de nossa na-cionalidade” e voltou a se posicionar contra uma eventual intervenção militar. Ela também criticou a disposição dos EUA e de seus aliados de agir sem apoio do Conselho de Segurança da ONU. “O abandono do multilateralismo é o prenúncio de guerras”, disse.

Dilma conectou o assunto à reforma do conselho, uma das mais antigas reivindica-ções da diplomacia brasileira. Ela afirmou que a “polarização” entre os membros permanen-tes --ou seja, com direito a veto-- do conselho provocam um “imobilismo perigoso”. Ela defendeu que sejam somadas ao órgão “vozes independentes e construtivas”. “Só a amplia-ção do número de membros permanentes e não permanentes permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho”, disse.

É o Brasil, finalmente, ocupando seu espaço e usando o privilégio de abrir o encontro que reú-ne quase duas centenas de chefes de Estado, para dar o recado de que não somos mais um a Nação sem voz e sem vez. O recado foi dado, presidente. E bem dado

Um hiato de tempo pode ser aquela parcela de tempo que passamos refletindo sobre os acon-

tecimentos apresentados pela vida e que, de alguma maneira, afetam nosso presente e futuro. O meu mais recente hiato se deve ao assim denominado “Julgamen-to do Século” e suas estranhas circunstâncias que não foram totalmente esclarecidas.

Primeiro de tudo é preciso deixar claro que todos os brasileiros são iguais perante nossas leis. E disso ninguém duvida ou faz questão de objetar; mas, se o texto constitucional nos ensina algo, e podemos fazer essa leitura, é de que, em alguns casos, há uma classe de brasileiros que são mais iguais que os demais, os conhecidos superbrasileiros.

Os tais superbrasileiros são pessoas que vivem e trabalham em um mundo absolutamente distante dos demais; são brasileiros que não conhecem a realidade do Brasil, senão aquela que pode ser vista de seus gabinetes com ar-refrigerado; são brasileiros que não sabem o cus-to de vida e nem o quanto é dura à vida para os demais que vivem ao nível do chão do Planalto. Na verdade, são aqueles que nos procuram periodicamente para vender uma ideia de que ao chegarem ao Poder farão de tudo para melhorar nossa vida miserável.

Essas criaturas levam vantagem em tudo, isso porque são capazes de tudo, inclusive subverter a ordem das coisas, mudar as leis do universo e mais! São capazes de sacrificar qualquer um para livrarem-se das garras do destino e da Justiça.

Alertamos que o texto constitucional faz distinções entre os iguais, na mesma medida em que estabelece privilégios para que alguns sejam julgados por este ou aquele órgão julgador. É o caso dos parlamentares, por exemplo, que possuem o foro do plenário do Supremo Tribunal Federal - STF - fator de desnivelamento que os separa do cidadão comum.

No entanto, e se isso é um fato da vida, se um parlamentar é apontado como criminoso em alguma investigação teimosa e assim processado perante o STF, para quem recorrerá, caso venha a entender que a pena foi injusta ou demasiada?

Na semana passada, por uma dessas coincidências da vida, um magistrado reconhecidamente lúcido e dos mais cultos da mais alta corte do País, fora obrigado a proferir voto de desempate para serviu para resolver aquela dúvida.

Um empate que somente ocorreu por outra cir-cunstancia não menos duvidosa, a do voto de Ministros que, a rigor, não deveriam ter sequer participado do

debate, seja devido a alguma proximidade com as partes envolvidas ou, como no caso de três deles, por não terem participado do julgamento principal questionado, o que nos leva à pergunta final: como podem estes intrusos esclarecer uma decisão da qual sequer tomaram parte?

A ciência jurídica pode provar que um elefante pode ficar pendurado em um penhasco agarrado a uma flor, mas não pode aceitar que um ex-empregado dos réus possa julgá-los com a isenção moralizadora que é exigida do cargo; isso sem falar nas estranhas circunstâncias que levar um advogado sem expressão forense, títulos acadêmicos ou escritos científicos a ocupar um dos cargos de maior relevância e prestígio no Brasil e cujo requisito seja o de possuir notável saber jurídico.

A tomada de decisão do decano do STF, embora juridicamente irretocável, partiu da premissa singela de que todos são iguais perante a lei; de que os réus possuem o direito de um foro privilegiado; e, por fim, que a Corte deveria ter modificado seu regimento, caso pretendesse não analisar os embargos infrin-gentes interpostos.

Nesse passo, para o cidadão comum, cujo co-nhecimento jurídico advém dos filmes e das novelas, o “Julgamento do Século” já toma ares de um grande nada; de uma pizza, que me perdoem os que a inven-taram, indigesta e cara. Basta ver o custo das sessões do STF, para ter a ideia de quanto já custou aos cofres públicos esse emblemático julgamento.

Após essa histórica decisão, não há como devolver a credibilidade ao STF, mormente os causadores desse dramalhão sejam uns poucos que adoraram a postura de falsos moralistas e que já se arvoram na busca por palanques em 2014 e cuja história há de provar um dia suas condutas criminosas, assim com naquela partida da copa do mundo entre Brasil e a Argentina e que o médico irmano “batizou” a água e as deu aos brasileiros que, confiando plenamente na autoridade, beberam sem questionar, mesmo tendo gosto ruim.

Infelizmente não vi nenhum brasileiro protes-tando sobre o fato; não li nenhum texto questionando os rumos do Judiciário; não vi nenhum brasileiro reclamando sobre a evidente e anunciada impunidade desses superbrasileiros; não vi nenhum brasileiro pegar sua bandeira, pintar a cara e gritar a plenos pulmões “Abaixo à corrupção!” Talvez porque, como a maioria, eu já esteja de cabeça baixa, olhando para o chão, envergonhado e derrotado, sem forças para levantar a cabeça e continuar a Luta!

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 3enTrevisTA

POLITICANDOJota menon - [email protected] diz que seria “uma

honra” ter Giroto de volta ao PR

de olHo em 2014

BARULHOFoi com o nível de destaque da semana que a Rede Record

levou para sua programação nacional a história de Dilá Dirce de Souza, que, conforme denúncia do site Midiamax, contratou o então advogado Alcides Bernal para defendê-la de danos físicos e morais por conta de um atropelamento no lixão de Campo Grande por um caminhão de lixo da empresa Vega Ambiental, no ano de 1999. A ex-catadora denunciou que até o agosto deste ano desconhecia o fato de possuir uma indenização de R$ 150 mil, e que o seu ex-defensor havia sacado altas importâncias da conta judicial ligada ao processo.

CONTRA-ATAQUE O hoje prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), por

sua vez, usou, na segunda-feira, o programa de rádio do qual participa todas as manhãs, para negar apropriação de dinheiro e dizer que vai processar os responsáveis pelas “calúnias e golpes” praticados contra ele. Ele desqualificou a matéria, alegando que é impossível fazer um saque de R$ 25 mil, conforme acusação do advogado da catadora. Para justificar o que chama de golpe, o prefeito disse que já foi atacado por diversas vezes desde que resolveu ser candidato e ousou a desafiar o grupo que estava no poder havia 30 anos. “Por isso eu pago esta dívida, entre aspas”, acusou.

CONTRA-ATAQUE (1)Bernal também disse que o uso da imagem do senador Del-

cídio Amaral (PT) na matéria revela o grave interesse de arrasar a imagem dele, vinculando-o ao senador, com o interesse de prejudicar a pré-candidatura de Delcídio ao Governo do Estado. “Isto é mais um golpe e que custou muito dinheiro. Mas, estou firme e forte com o apoio da população. Vou para cima deles, pedir indenização e direito de resposta”, prometeu, afirmando que sabe quem é o responsável e se existe Justiça, eles vão parar “atrás das grades”.

vISITA ILUSTREO ex-Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,

estará em Corumbá – distante a 444 km de Campo Grande -, para participar de uma reunião de líderes políticos da América do Sul. A informação é do senador Delcídio Amaral (PT). Con-forme o parlamentar, o encontro será realizado em novembro, na Cidade Branca. Delcídio não informou detalhes da vinda de Lula a Mato Grosso do Sul, mas disse que provavelmente em novembro, o ex-presidente esteja no Estado.

vISITA ILUSTRE (1) “Falta ainda definir a data, mas já fui autorizado a informar

que estão sendo acertados os detalhes para a realização de um grande encontro em nossa cidade, onde serão discutidos temas de interesse dos países da região”, declarou o senador. Sobre o local do encontro e mais detalhes dessa agenda internacional, Delcídio se restringiu a antecipar apenas que em breve ter-se-ão novidades. Devem participar do encontro presidentes, políticos, ex-presidentes, lideranças e representantes dos países latino-americanos. Cogita-se, inclusive, a ida de Dilma à Capital do Pantanal.

POR FALAR EM CORUMBÁ...Em comemoração aos 235 anos de fundação da cidade, o

prefeito Paulo Duarte (PT), lançou um pacote de obras no valor de R$ 55,9 milhões. A execução deve iniciar nos próximos dias. O lançamento cotou com a presença do senador Delcídio Amaral (PT). Os investimentos serão direcionados para drenagem, pavi-mentação, saúde, educação, habitação, lazer, assistência social, cultura e a revitalização de prédios históricos. Do montante milionário, o senador viabilizou R$ 1,5 milhão em emendas do Orçamento da União.

EMPLACANDOO PMDB está intensificando as reuniões pelo interior do Es-

tado com vistas a fortalecer a candidatura do secretário estadual, Nelsinho Trad (PMDB) ao governo de MS. Na última reunião extraordinária da executiva foi determinada a retomada dos encontros regionais, na tentativa de emplacar o pré-candidato. O cenário atual aponta uma possível disputa do peemedebista com o senador Delcídio Amaral (PT) nas urnas.

EMPLACANDO (1)A data para percorrer o longo caminho de disseminação do

nome de Nelsinho é a partir de 5 de outubro. Conforme orien-tação da executiva, os encontros regionais serão retomados e as cidades de Rio Brilhante (5/10), Ivinhema (19/10), Três Lagoas (8 e 9/10) e Campo Grande (23/10) estão na rota. No meio do caminho a executiva planeja desembarcar em Dourados, no dia 26 de outubro, para reunião não especificada.

EMPLACANDO (2)As conversações com os filiados de todo o estado serão

uma tentativa de emplacar o nome de Nelsinho ao governo, já que agora ele está escolhido pela cúpula do partido como pré--candidato pelo PMDB. Mesmo com a definição, o líder político da sigla, governador André Puccinelli (PMDB), reiteradas vezes tem mencionado entregar o governo ‘ou a Delcídio, ou a Simone Tebet ou a Nelsinho’, sinalizando que o nome dele ainda não está consolidado. Nacionalmente, as conversas políticas seguem ten-tando unir PMDB e PT, para reproduzir a dobradinha nacional de Dilma Roussef e Michel Temer em MS.

UM SACOEstá chegando ás raias da imbecilidade a campanha que

internautas tem feito contra a marca Coca-Cola desde que um desconhecido imbecil postou uma garrafa do produto com um suposto rato em seu interior. Ora bolas! Se Coca-Cola serve até para desentupir pias, como é que um simples ratinho ia ser “engarrafado”, sair da fábrica, percorrer estradas, chegar aos depósitos, de lá seguir para os pontos de venda ao consumidor e adquirido por este estar ainda intacto? Só se for um rato que tenha formol ao invés de sangue nas veias.

E vIvA O PORCO!Porque o Amor é Verde e Branca a Razão, só posso terminar,

exuberante de felicidade, saudando o Maioral, Sensacional e Espetacular Verdão do Parque Antárctica. Viva o Porco!

O líder do PR, deputado estadual Londres Machado (PR) declarou no início da semana que o deputado fe-deral licenciado pelo PMDB e atual secretário estadual de obras, Edson Giroto, pode voltar para a sigla. Giroto já foi filiado ao par-tido e deixou a legenda para sair candidato a prefeito por Campo Grande em 2012.

Conforme Londres a volta do secretário seria uma honra para o partido, mas que hoje só há um de-sejo de que isso aconteça. “Hoje só temos um desejo dele e um desejo que está em nós também. Temos comentado no partido, mas isso depende muito”, frisou.

Questionado se ele não daria conta de levar uma candidatura ao governo pelo PR, por exemplo, Lon-dres avaliou que vai depen-der de onde vai estar e do que é possível fazer.

“Vai depender muito. Mas o que eu posso dizer é que o Giroto está prepara-do para disputar qualquer

Londres Machado, animado com a possível volta de Giroto ao “berço republicano”

cargo. Ele pode ter perdido a eleição em Campo Grande, mas foi o deputado federal mais votado com 154 mil vo-tos. Então tem patrimônio eleitoral pra isso”, analisou.

Londres revelou ainda que além de Giroto, a sigla

trabalha intensamente para trazer outras lideranças. “Ti-vemos reunião entre os depu-tados do partido para avaliar a vinda de outras lideranças. Temos alguns nome e o que posso adiantar é que estamos trabalhando”, finalizou.

Giroto, contudo, a despeito dos muitos boatos sobre seu futuro político, não se mani-festou em caráter oficial sobre o disse-que-disse que se criou quanto em qual legenda ele estará abrigado com vistas ao pleito eleitoral do próximo ano.

Médicos acusam prefeito de ameaça de morte e agressão durante reunião em posto de saúde

arrancarraBo

Uma reunião entre o pre-feito de Rio Negro (163 km de Campo Grande), Gilson Romano (PMDB), os médicos Roberto Rangel e Ivan e vere-adores, em um posto de saúde da cidade terminou em caso de polícia no início da semana.

Roberto Rangel fez um boletim de ocorrência, por conta de supostas agressões que teria sofrido, e Ivan, por ameaças de morte suposta-mente feitas pelo prefeito. Rangel chegou a ser secretário de Saúde na atual administra-ção do peemedebista, mas foi demitido pelo prefeito Gilson Romano no mês passado.

O prefeito diz acreditar que a confusão foi por con-ta de interesses políticos, e Rangel argumenta que como conseguiu a maioria do fi-nanciamento da campanha do antigo aliado, e por ser médico, o atual prefeito estaria intimidado com uma possível candidatura sua nas próximas eleições. “Eu ia ser candidato a prefeito, deixei de ser para apoiá-lo”, diz.

Insatisfeitos com o atraso de salários, o médico Ivan, resolver pediu demissão e por isso a reunião teria sido mar-cada na tentativa de resolver a situação e evitar a saída do

clínico generalista. De acor-do com o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a cidade tem mais de cinco mil habitantes. Os moradores de Rio Negro es-tariam sendo atendidos por três médicos nos últimos dias.

A reunião se deu por con-ta da dívida de R$ 17 mil que o hospital da cidade, que se trata de uma Associação Be-neficente, deve a Ivan que é contratado. Já Rangel, médico concursado, conta que seus plantões estão atrasados em R$ 43 mil. Ambos dizem que não continuarão atendendo em Rio Negro.

A prefeitura destina um repasse mensal de R$ 44 mil a Associação, e outros R$ 21 mil são do Estado e do Governo Federal. O prefeito assumiu que deve em torno de R$ 41 ao hospital.

Foi repassado à Polícia Militar, que durante a reunião, um dos médicos teria chama-do o prefeito de “moleque”, e com isso o chefe do Executivo agrediu o Dr. Rangel a socos. Já o médico Ivan conta que foi ameaçado de morte por Romano.

Ainda segundo a PM, mesmo após a confusão ter sido separada por pessoas e

autoridades ali presentes, ou-tra confusão teria se iniciado minutos depois, porém só com agressões verbais.

À reportagem do site campo-grandense Midiamax, o prefeito negou as agressões físicas e conta que só houve trocas de ofensas. “Não tem quem suporte ser chamado de moleque”, diz. Ainda segundo Gilson Romano, Roberto Ran-gel apresentou dois atestados médicos, porém ele teria fal-tado no intervalo entre um e outro atestado.

Já o médico conta que, além dos atestados, foi en-viado um ofício à Secretaria da Saúde, por conta de folgas acumuladas e pedido de um período sem trabalhar, por conta de luto. Roberto conta que além dos problemas de saúde, teve um irmão assassi-nado nos últimos dias.

Os dois médicos disse-ram que gravaram o áudio no momento da discussão. Já o prefeito Gilson Romano diz que não fará boletim de ocorrência, porém se o caso for a juízo, fará um pedido de con-traposto. “Também vou fazer junto ao CRM-MS (Conselho Regional de Medicina-MS), um pedido de retratação do município”, diz Rangel.

Paciente invade centro de saúde e quebra consultório na Capital

impaciente

Um homem, de 37 anos, foi preso na noite de quarta--feira, após depredar um dos consultórios do CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Aero Rancho, em Campo Grande. A Polícia Civil foi até o local na ma-nhã da quinta-feira (26) para averiguar o ocorrido.

“Vamos levantar os da-nos causados pelo autor. Já foi feito o flagrante e vamos abrir um inquérito para apurar o caso”, informou o delegado Ivahyr Luiz de Campos.

A gerente do centro de saúde, Marinalva Machado, informou que o paciente chegou ao local por volta

Paciente quebrou cadeiras, mesas, instrumentos e suporte de papel toalha

das 20h e foi atendido por uma médica por volta das

20h15. “Não houve demo-ra, ele esperou por mais ou

menos 15 minutos”, disse.Segundo informações

do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, após ser atendido, o pacien-te foi até uma farmácia do bairro. Ele não encontrou o medicamento prescrito pela médica e voltou à unidade de saúde para trocar a re-ceita dada pela profissional.

Segundo a gerente, o paciente retornou ao cen-tro de saúde por volta das 22h. “Ele foi direto para o consultório e abriu a porta. A médica estava com outro paciente e pediu para ele aguardar, mas ele entrou na sala e quebrou tudo”, relatou a gerente.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 20134 enTrevisTA

Paulo Corrêa diz que Delcídio é omelhor preparado para governar o Estado

deputado estadual

“em qUe pese a Boa administração qUe o andré pUCCinelli (pmdB) tem feito,qUe é Um médiCo, nós preCisamos de Uma pessoa qUe tenHa noções de administração, e o delCídio enCarna isto. então eU Como engenHeiro veJo o delCídio talHado para ser o governador do estado”.

assim pensa o depUtado estadUal paUlo Corrêa (pr), árdUo defensor da CandidatUra do senador petista à sUCessão estadUal. paUlo Cor-rêa partiCipoU nos últimos dias de diversas atividades realizadas em CorUmBá em Comemoração aos 235 do mais antigo mUniCípio de mato grosso do sUl. aBordado pela reportagem do Co popUlar, ele respondeU pergUntas soBre o destino do pr na eleição do ano qUe vem, soBre o desgaste da Classe polítiCa Com as deCisões da Câmara federal, mantendo o mandato do presidiário natan donadan, e do sUpremo triBUnal federal, qUe aCatoU os emBargos infringentes, afirmando-se “deCepCionado, enqUanto Cidadão Brasileiro”. Já qUase no final da entrevista, afirmoU qUe Bernal preCisa ter mais diálogo Com os vereadores. “governo é exeCUtivo, legislativo e JUdiCiário; no Caso do mUniCípio, exeCUtivo e legislativo qUe preCisam Conversar. no Caso do Bernal versUs Câmara, ele entende qUe “a Corda estiCoU mUito”. Confira a entrevista Com paUlo Corrêa:

O parlamentar do PR também destaca André Puccinelli como um “cara raçudo”, que tem um procedimento exemplar, enquanto governador

Os deputados Londres Machado, Paulo Correa e Arroyo, todos do PR, e o então deputado Paulo Duarte, do PT. Na foto, o momento em que s lideranças do Partido da República fecharam acordo político para apoiar a pré-

candidatura de Duarte à Prefeitura de Corumbá

Jota MenonCampo Grande – MS.

“Em que pese a boa admi-nistração que o André Pucci-nelli (PMDB) tem feito,que é um médico, nós precisamos de uma pessoa que tenha noções de administração, e o Delcídio encarna isto. Então eu como engenheiro vejo o Delcídio talhado para ser o governa-dor do Estado”. Assim pensa o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), árduo defensor da candidatura do senador petista à sucessão estadual. Paulo Corrêa participou nos últimos dias de diversas ativi-dades realizadas em Corumbá em comemoração aos 235 do mais antigo município de Mato Grosso do Sul. Abordado pela reportagem do CO POPU-LAR, ele respondeu perguntas sobre o destino do PR na elei-ção do ano que vem, sobre o desgaste da classe política com as decisões da Câmara Fede-ral, mantendo o mandato do presidiário Natan Donadan, e do Supremo tribunal Federal, que acatou os embargos in-fringentes, afirmando-se “de-cepcionado, enquanto cidadão brasileiro”. Já quase no final da entrevista, afirmou que Bernal precisa ter mais diálogo com os vereadores. “Governo é Executivo, Legislativo e Judi-ciário; no caso do município, Executivo e Legislativo que precisam conversar. No caso do Bernal versus câmara, ele entende que “a corda esticou muito”. Confira a entrevista com Paulo Corrêa:

CO POPULAR – De-putado, o Partido da Re-pública (PR), ao qual o senhor é filiado, tem par-ticipado decisivamente dos processos eleitorais que se desenrolam no Mato Grosso do Sul... Como o PR está vendo, hoje, o processo de suces-são estadual?

PAULO CORRêA – Hoje, nós temos um nome colocado; um nome posto como candidato a governador deste Estado, que é o senador Delcídio do Amaral (PT). E aí há uma briga lá no PMDB, que não sabe se é um ou se é outro candidato. Toda hora muda. O candidato nosso é o senador

Delcídio. Que fique claro: essa é a minha opinião pessoal. Na condição de engenheiro que sou, acho que precisamos de um administrador, nesta fase que vive o Estado, que tenha noções de administração. Não pode mais ser na “ore-lhada”, não pode mais ser no sentimento; no feeling. Em que pese a boa administra-ção que o André Puccinelli (PMDB) tem feito, ele que é um médico, nós precisamos de uma pessoa que tenha noções de administração, e o Del-cídio encarna isto. Então eu como engenheiro, o Delcídio como engenheiro – fiz quatro semestre de Administração na Universidade – acho que chegou a hora de a gente ter uma pessoa formada para ser o nosso governador. E o Del-cídio está talhado. Pessoa que vai em todos os municípios; pessoa que tem participação ativa no Mato Grosso do Sul como um todo... eu acho que está pronto para fazermos dele o nosso governador. Mas esta é a minha opinião pessoal. Passa outubro, dia 7 de outu-bro, aí nós vamos fazer, ainda em outubro, uma reunião do partido para consultar. E aí a minha opinião pode diferir da opinião de outras pessoas do partido. Você sabe {dirigindo--se ao repórter} que o Partido da República, inicialmente, era o PL – o Partido Liberal -, um partido que respeita opiniões divergentes, pois se trata de uma legenda da liberalidade; do liberalismo. Então a gente quer construir um projeto que não seja só do Paulo Corrêa, que não seja só do amigo do fulano, do sicra-no, mas, que seja um projeto para oi Mato Grosso do Sul. E aí o Delcídio, está muito bem preparado para ser o nosso governador. Essa é a minha tese e vou defendê-la perante o meu partido para que o PR faça uma coligação visando eleger governador do estado o nosso senador Delcídio do Amaral.

CO POPULAR – O An-dré Puccinelli, enquanto governador, vai deixar um legado, também, não?

PAULO CORRêA – Com certeza. E eu falo mais: sou da base de sustentação do

governador André Puccinelli até 31 de dezembro de 2014. Acho que, mesmo sendo mé-dico, mesmo não tendo a for-mação de administrador, que defendo como sem do um dos quesitos para que uma pessoa possa ser um bom governador, o André Puccinelli tem o fee-ling. O André Puccinelli é um cara “raçudo”, tem um proce-dimento exemplar, enquanto governador. Foi um governo muito bom que tivemos aí. Mas, agora, nós temos que avançar. É um outro momento e nós estamos discutindo no-vas candidaturas, um arco de alianças para eleger um gover-nador e nesse arco de alianças o PR tem papel fundamental.

Nós queremos discutir o que é melhor para o Estado de Mato Grosso do Sul. Mas, não lá no gabinete, no ar condi-cionado, mas, vindo às bases, como estamos vindo aqui em Corumbá, como estivemos ainda hoje {21 de setembro} lá na distante Alto Caracol, no nosso querido município de Caracol. Assim como es-taremos lá em Porto Murti-nho com o Heitor Miranda {prefeito do PT), discutindo o que os municípios querem. Foi lançado ainda agora há poucos dias, um pacote de 3 bilhões e 600 milhões de reais em obras. Mas, será que apenas estes 3,6 bilhões de reais resolvem os problemas de Mato Grosso do Sul? Ou te-mos que questionar: termina o Governo André e como será a sequência? Então, temos de

construir essa sequência e ter a esperança e a expectativa de um governo melhor.

CO POPULAR – Ago-ra, falando um pouquinho da Assembleia Legislativa e da classe dos legisla-dores: tivemos, recente-mente, em Brasília aquele problema da votação na Câmara dos Deputados da cassação do deputa-do Natan Donadan, que não foi cassado, mesmo estando preso; tivemos o Supremo Tribunal Fe-deral (STF) admitindo os embargos infringentes e abrindo precedente para que decisões tomadas no Supremo seja passíveis de contestação, embora reste provado que os em-bargos infringentes sejam legais, pelo fato de os po-líticos envolvidos no caso terem sido julgados em instância única, a última. O senhor acha que isto pode refletir no próximo pleito eleitoral?

PAULO CORRêA – Eu acho que tem que refletir. Acho que o eleitorado tem que estar atendo à classe política e analisar o que o deputado Pau-lo Corrêa tem feito, como ele tem trabalhado, se ele é digno

de continuar trabalhando pelo Estado de Mato Grosso do Sul? Tem que ter uma folha de serviços prestados e não uma folha corrida como esses do mensalão. Ora, você disse que o Supremo tem que levar em conta toda a ampla defesa e acho que, nesse momento, os embargos infringentes fazem isto. Mas, o Supremo Tribu-nal Federal é, também, um tribunal político, até porque as indicações dos ministros que o compõem são indicações polí-ticas. Passam por duas casas de leis, que são a Câmara dos Deputados e o Senado Fede-ral para ser aprovado. Passa por uma sabatina o futuro ministro...

CO POPULAR – E a indicação final é do pre-sidente da República...

PAULO CORRêA – Exato. A indicação cabe ao presidente da República. Então, eu acho que nós te-mos que começar a pesar as coisas. Naquele momen-to, eu acho que o Supremo perdeu a grande chance de demonstrar firmeza diante de coisas erradas, que foram mostradas e comprovadas. E quando há coisas erradas, mostradas e comprovadas, não se pode ter dó. Não se pode partir para “vamos fa-zer isto, vamos fazer aquilo”. Tem que fazer o que é certo e que deve ser feito. Aí, então cabe a minha insatisfação, enquanto cidadão brasileiro, porque acho que o Supremo tinha que ter aproveitado aquele momento para fechar a questão. Não fechou. Deu ampla defesa. Dura mais um ano o processo. Não tem saída...

CO POPULAR – Está difícil fazer coisa julgada no Brasil, não?

PAULO CORRêA – É verdade e é estranho quando a última instância pede mais um tempo. É muito esquisito. Tudo julgado, tudo pronto. Então, essa insatisfação do povo nas ruas, essa insatisfa-ção da cobrança do político, tem que existir. Mas, tam-bém tem que se ver o que está acontecendo na área técnica e eu, como engenhei-ro, não posso opinar. Como eu disse que chegou a hora de trocarmos os médicos pelos engenheiros, da mes-ma forma, entendo que são os juristas que devem emitir uma opinião mais concisa e conclusiva sobre o assunto. Mas digo pra você: como bra-sileiro fiquei chateado, fiquei preocupado com a Câmara Federal que, num momento de falta de lucidez completa, um cara que está preso, con-denado, vai lá um tal de Na-tan Donadan, que está lá na Papuda, que é um presídio, vem para a Câmara e a Câ-mara não cassa seu mandato. Estranhíssimo. Em função de que, isto? Da mesma forma que a gente vê que a iniciativa privada que trabalha, que dá raça, que dá emprego e gera renda ao País, vai um veto da multa do FGTS para ser votado e, como num passe de mágica, 80 vetos são votados de uma vez só, em conjunto, sem dar a mínima satisfação para ninguém, e ao invés de derrubar o veto interposto pela presidenta da Repúbli-ca ao projeto aprovado pela própria Câmara Federal, eles o mantém. Ou seja, o veto ao projeto aprovado pela Câmara vai a votação e a Câmara não cumpre o seu papel. De modo que entendo que a Câmara tem que ser questionada sim, do mesmo que quando a Assembleia Legislativa “pisa no tomate”

tem que ser puxada a orelha dos dpeutados.

CO POPULAR – Só para concluir, e o Bernal?

PAULO CORRêA – E o Bernal? Eu acho que, diferente do que muitas pes-soas tem dito, eu entendo o seguinte: muita falta de experiência, muita inexpe-riência na hora de montar a equipe e muita falta de vontade de conversar com os atores todos que compõem o governo municipal. Governo em si não é só o Executivo. É o Executivo, é o Legislativo; é o Judiciário. No caso do Município, o Executivo e o Legislativo. Ele tem que conversar com os vereadores. Não pode deixar do jeito que está. Chegou num impasse. Eu acho que esticou muito a corda. Relatórios estão aí. As votações estão sendo con-duzidas politicamente. Ali, sim, ali é um problema po-lítico. Veja-se que não é um problema técnico, move-se, da forma como foi colocada, má versação pode dolo do di-nheiro público. Ali se vê que é um problema político. É ele ter uma base de nove, dizer que tem 15, mas na verdade a oposição ter 20. E, com 20, a oposição cassa o manda-to. Então, acho importante conversar. Porque ele foi eleito no primeiro turno, ele foi eleito no segundo turno e está legitimado enquanto prefeito. Eu pedi voto para o Giroto {Edson Giroto, então candidato do PMDB}, no primeiro e no segundo turno. Mas, a partir do momento que ganhou o Bernal nós te-mos que ajudá-lo a governar Campo Grande.

CO POPULAR – De-putado Paulo, Corrêa, para finalizar, vamos falar um pouquinho da Cidade Branca, que co-memora 235 anos de fun-dação e que recebe a visita de pessoas ilustres, inclu-sive o senhor?

PAULO CORRêA – A Cidade Branca é maravilhosa. Tenho aqui raízes, pois, meu pai trabalhou praticamente 20 anos aqui. Tenho grandes amigos aqui. O prefeito Paulo Duarte foi segundo secretário, quando eu era o primeiro se-cretário da mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Fiz campanha e pedi votos para ele. Estou vendo a grande administração que o Paulo Duarte está fazendo aqui em Corumbá. E, diante desta rea-lidade, não poderíamos faltar a esta grande festa. Afinal, são 235 anos que fazem de Corumbá a cidade mais antiga do nosso Estado. É o maior município do Mato Grosso do Sul, em extensão. Então, tem que ter todo o carinho nosso, enquanto deputado estadual, de estar olhando e cuidando da nossa Cidade Branca.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 5POlíTicA

Prefeito destaca papel de vereadores como elo entre população e Executivo

corumBá

Escolhida para sediar o “Seminário Meio Ambiente, Sustentabilidade e Legislação nos Municípios”, a cidade de Corumbá recebe, desde ante-ontem, vereadores de vários municípios de Mato Grosso do Sul. O evento, realizado pela União da Câmara dos Verea-dores de Mato Grosso do Sul (UCVMS) e pelo Instituto Sul Brasileiro de Administração, conta com a parceria da Pre-feitura de Corumbá.

Na solenidade de aber-tura, realizada na manhã de ontema, estiveram presentes o governador de MS, André Puccinelli (PMDB), e os pre-feitos de Corumbá, Paulo Du-arte (PT), e de Ladário, José Antônio Assad e Faria (PT).

Como anfitrião do evento, o prefeito Paulo fez questão de destacar o importante papel do Legislativo para o desen-volvimento do município. Duarte, que exerceu mandatos como deputado estadual, e hoje, está à frente do Executi-vo de Corumbá, declarou que é preciso um diálogo afinado entre os Poderes.

Prefeito Paulo Duarte ressaltou boa relação mantida entre Executivo e Legislativo em Corumbá

“Eu conheço os dois lados, até porque fui por seis anos deputado estadual e sei efetiva-mente, conheço as dificuldades tanto de um lado quanto de outro por isso sei a importância de uma relação franca e aberta, leal, transparente. O Executivo

sozinho não consegue fazer muita coisa. Sei muitas vezes o papel difícil do vereador dentro de uma cidade porque acaba recebendo todas as reivindica-ções. Além de legislar e fiscalizar acaba sendo o elo da sociedade civil”.

O prefeito Paulo ainda destacou a boa relação entre o Executivo e o Legislativo lo-cais, atribuindo a essa postura as realizações que o município vem somando ao longo des-ses nove primeiros meses de gestão.

“Temos uma relação mui-to próxima, profícua com a Câmara de Vereadores que vem sendo parceira da cidade de Corumbá. Muito das coisas que estão acontecendo é fruto dessa parceira que temos des-de o primeiro dia da nossa Ad-ministração, então sabemos a importância para o Executivo em ter uma relação harmônica com a Câmara, sem que isso fira nem o papel do Executivo, nem o do Legislativo”, frisou.

O discurso do prefeito Paulo Duarte foi seguido pelo governador do Estado, André Puccinelli, que falou aos pre-sentes na abertura do evento, destacando a interação entre o Executivo e o Legislativo de Mato Grosso do Sul.

“O prefeito tem que se relacionar com o Poder Legis-lativo como fazemos, nós do Estado, com o Poder Legislati-vo em nossa esfera. Se a parce-ria, mesmo sendo de oposição, não se estabelece, se não há o respeito à figura institucional do Executivo e do Legislati-vo, o município não vai para frente. Pude testemunhar, ao

longo da minha vida política, que os municípios perdem muito quando se estabelece uma batalha”, observou.

O evento seguiu com as palestras “A Pesca em Mato Grosso do Sul”, proferida pelo deputado estadual Paulo Correa (PR) e “Avanços do setor pesqueiro no Brasil e MS”, com o superintendente Federal da Pesca e Aquicultu-ra, Luiz Davi Figueiró.

Na parte da tarde, das 14 às 16 horas, foi a vez das palestras “Relação entre os po-deres”, com Reinaldo Campos, Relações Institucionais do Ministério Público de Contas de MS e “Gestão Ambiental”, com a diretora-presidente da Fundação Meio Ambiente do Pantanal, Luciene Deová de Souza.

Hoje, último dia do even-to, acontecem mais duas pa-lestras: “Projeto Cultivando Água Boa”, a cargo de um representante da Itaipu Na-cional, e “Contas Públicas”, com Jersino José dos Anjos, auditor do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul.

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Prefeito participa, ao lado do governador, daentrega de mais 249 casas no Residencial Guató

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O prefeito Paulo Duarte (PT) participou ontem da solenidade de entrega de mais 249 casas do Residen-cial Guató. A solenidade contou com a presença do governador André Pucin-nelli (PMDB), do secretário estadual de Habitação e das Cidades, deputadoi estadual licenciado Carlos Marun (PMDB), secretário estadu-al de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, diretor-presidente da Sane-sul, José Carlos Barbosa, dos deputados estaduais Paulo Corrêa (PR) Antônio Carlos Arroyo (PR), do prefeito de Ladário, José Antônio Assad e Faria (PT) e de vereadores das duas cidades. Solenidade reuniu várias lideranças políticas de Mato Grosso do Sul

“Queria dizer às se-nhoras e aos senhores que tenham sucesso e sejam felizes. As pessoas que es-tão hoje recebendo essas casas são importantes para Corumbá e Ladário. E é im-portante também que haja um trabalho conjunto entre o governo Municipal, Esta-dual e Federal. Habitação é uma coisa fundamental, prioritária. A Prefeitura vai fazer o seu papel e é im-portante que todos façam, assim como o Governo do Estado faz hoje aqui”, afir-mou Paulo Duarte.

Das 249 casas entre-gues hoje, 50 serão usadas como moradias transitórias por policiais lotados na ci-

dade. Ao todo, o conjunto habitacional, construído com recursos estaduais no bairro Maria Leite, contará com 1.200 unidades. Des-sas, 978 já foram entregues a famílias com renda entre zero e três salários míni-mos. As outras 172 mora-dias devem ser concluídas até o final deste ano.

Cada casa possui 32 me-tros quadrados, distribuídos em dois quartos, sala-cozi-nha e banheiro. Das 1.200 casas, 30 foram construídas dentro das regras de acessibi-lidade. O residencial possuiu rede de abastecimento de água, esgotamento sanitário, iluminação pública e arrua-mento.

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Em encontro com André, prefeito solicita aumento do efetivo policial

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Aumento do efetivo policial na cidade para ga-rantir maior segurança à população. Este foi o pedido feito na manhã de ontem pelo prefeito Paulo Duarte (PT) ao governador André Puccinelli (PMDB), durante encontro entre os dois no gabinete de Duarte, na Pre-

André e Paulo no Gabinete: investimentos para Corumbá e maior segurança para a população

feitura, após a solenidade de abertura do Seminário Meio Ambiente, Sustenta-bilidade e Legislação nos Municípios, que acontece até hoje na cidade.

Segundo Paulo, o en-contro com André foi uma oportunidade para tratar de um assunto que ele consi-

derada “de ex-trema impor-tância” não só para Corumbá, mas também para Ladário. “É em relação à s e g u r a n ç a p ú b l i c a q u e tem causado grandes preo-cupações para as populações dos dois mu-nicípios”, re-velou.

“ M o s t r e i ao governador o s n ú m e r o s d o s ú l t i m o s meses e refor-cei que preci-samos dotar de mais recursos

humanos os efetivos poli-ciais da cidade, tendo em vista o aumento de atos ilícitos e da violência na região”, explicou Paulo.

O prefeito destacou que o governador se mostrou “sensibilizado” e garantiu “que irá priorizar Corum-bá no próximo concurso,

enviando novos policiais para a nossa região”. Paulo lembrou ainda que, em um outro momento, ele havia tratado esta questão com o secretário de Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, que já havia revelado a intenção do Estado em re-forçar o quadro das polícias Militar e Civil, e da própria Agepen.

“Nesse encontro, em meu gabinete, ressaltei que o município, embora não tenha a obrigação de cuidar diretamente da questão da segurança pública, tem dado apoio constante em termos de estrutura para o trabalho dos policiais e que a parceria é fundamental para que a população se sinta segura e protegida”, observou.

Além da questão ligada à segurança pública, Paulo e André conversaram tam-bém sobre outros assuntos, principalmente em relação aos investimentos que o governador deve anunciar em outubro, direcionados para Corumbá dentro do Programa MS Forte II.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 20136 esTAdO

Município tem 22 projetos habilitados em edital daFunarte para o Pantanal

corumBá

Vinte e dois projetos com proponentes de Co-rumbá foram aprovados na primeira fase do Edital Mais Cultura: Microprojetos Pantanal. Publicado e gerido pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, o edital tem como objetivo fomentar e in-centivar atividades culturais de baixo custo propostas por artistas, produtores e grupos da região do Pantanal.

Os projetos corumba-enses habilitados são de diversas vertentes culturais: música, audiovisual, artesa-nato, festejos populares, culi-nária, dança e artes plásticas. Em todo Mato Grosso do Sul, registrou-se a inscrição de 122 projetos, incluindo, além de Corumbá e a cidade vizi-nha Ladário, os municípios de Aquidauana, Bodoquena, Coxim, Miranda, Sonora, Rio Verde e Porto Murtinho.

Após passar por essa primeira etapa, os projetos habilitados seguem para a fase de seleção com a qual se-rão escolhidos 48 deles, que receberão premiações de R$ 15 mil cada um, totalizando R$ 720 mil. Também estão concorrendo aos valores previstos no edital proje-tos de cidades pantaneiras do estado de Mato Grosso:

Corumbá é a capital cultural de Mato Grosso do Sul

Barão de Melgaço, Cáceres, Itiquira, Lambari D’Oeste, Nossa Senhora do Livramen-to, Poconé, Santo Antonio de Leverger.

A primeira fase ficou a cargo de uma equipe coor-denada pela Funarte e for-mada especificamente para este fim. Nesta etapa, foram avaliadas a documentação enviada, a adequação da proposta ao objeto do edital, e o atendimento às condições

previstas no seu item 2. Na avaliação de Márcia

Rolon, diretora-presidente da Fundação de Cultura de Corumbá, o grande número de projetos aprovados na primeira fase é o resultado de ações que o município vem pautando dentro do conceito da região do Pantanal.

“Com esse resultado ficou evidente a articulação que a gente vem fazendo com o pensamento de arit-

cular cultura dentro e para a região do Pantanal. Junto com o Ministério da Cultura promovemos a capacitação para a elaboração de projetos e o resultado acabou surpre-endendo”, comentou.

No início de agosto, a Fundação de Cultura de Corumbá buscou incentivar a participação dos agen-tes culturais do município, apoiando uma capacitação, específica para o edital Mi-

croprojetos Pantanal, com um representante da Funar-te, que atraiu aproximada-mente 100 pessoas.

De acordo com o edi-tal, a avaliação da segunda etapa terá como critérios básicos: “o desenvolvimento de práticas e ações artísticas e educativas propostas ou voltadas para jovens de 18 a 29 anos; a valorização das ex-periências culturais regionais do Pantanal e a autenticidade e a expressividade artísticas”.

Veja a lista de projetos corumbaenses habilitados pela Funarte: Alexandre Passos Miranda (Xandão & Cia de Cavacos); Arlineide Artusa Pinto de Lima e Silva (Gravação do Cd “ Vem Pra Cá Dançar - Cantora Lye Meirellis); Arturo Castedo Ardaya (Festival de Música de Cururu e rasqueado Midi-ático); Anna Carolina Gomes da Silva (Toalha de Arte); Bianca Maria Machado de Oliveira (Plural); Bruno Ca-lanca Nishino (Projeto de “Fototecnologia - O Homem Pantaneiro e Pantanal”); Carla Lúcia Alves Soares (Eu Pertenço a Corumbá, Corum-bá Me Pertence); Catarina Ramos da Silva (Saberes Se-culares do Pantanal - Oficina de Artesanato em Aguapé

com Guató); Clemilson Pe-reira Medina (O Pantanal e Sua Diversidade Culinária); Emanuel Teixeira e Silva (Cordas Mágicas); Fernando Jorge Pereira (Mães Festei-ras); Flávia Nicolau Adário Lima Nascimento (Dançan-do em Prosa, Comitiva em Alma); Franklin da Silva Melo (Revidarte - Recicle a Vida com Arte); Helker Ernany Corrêa (Se Essa Rua Fosse Minha , Eu Mandava Grafitar); Janne da Costa Garcia Queiroz (Nas Mãos de Quem Cria e Transforma a Arte em Prazer e Fonte de Vida); José Carlos Pereira Marques (Multiplicando Sons e Sonhos); José Go-mes de Melo Neto (Projeto Capoeirando no Pantanal); Lamartine José dos Santos (Escambo Cultural - For-mação em Expressões Afro-descendentes); Marco An-tônio Correa Calábria (Pro-jeto Curtametragem “ Short Film” - Seu Agripino Ícone do Folclore Musical Panta-neiro); Nara Nazareth Lima Monteiro (Beleza Negra); Ruth Ferreira (1º Festival da Canção do Assentamento Ta-quaral Corumbá); Sérgio da Silva Pereira (Projeto Música ao Campo e Orquestra Expe-rimental do Campo).

Observação de Aves: Campo Grande vaisediar a primeira edição do Avistar MS 2013

contemplação

O Brasil está entre os três países com as maiores diver-sidades de aves no mundo, com 1825 espécies, de acor-do com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO). Esse potencial vem chamando a atenção dos turis-tas brasileiros e estrangeiros para o birdwatching, prática de observação de aves, no país.

Em Mato Grosso do Sul, o Pantanal e o Planalto da Bo-doquena apresentam elevada diversidade avifaunística e re-levante potencial para o turis-mo de observação de aves. No Pantanal sul-mato-grossense mais de 650 espécies de pás-saros vivem neste paraíso. O Parque Nacional da Serra da Bodoquena - Localizado nos municípios de Jardim, Bonito, Bodoquena e Porto Murtinho - também é considerado um dos lugares mais indicados para o turismo de observação de aves, principalmente de espécies raras. Por ter mis-tura de ambiente, a Serra da Bodoquena tem um papel importante: um refúgio até para aves migratórias e patos selvagens, por exemplo.

Em Campo Grande, qua-se 300 aves já foram cata-logadas nas áreas verdes na capital. A cidade já se prepa-ra para receber os amantes da prática de observação de aves na primeira edição do Avistar-MS 2013. O evento será realizado entre os dias 4 a 6 de outubro, no Parque das Nações Indígenas.

Diversas atividades se-rão desenvolvidas durante o evento, em ambiente interno (auditório) e externo (ao ar livre), com palestras, oficinas, minicursos, mesas-redondas, paneis de apresentação, ex-posição e concurso de foto-

“I Seminário da Pós-Graduação Lato Sensu em Planejamento eGestão Pública e Privada do Turismo” acontece dia 4 em Dourados

meio amBiente

Beija Flor Dourado, uma das espécies que podem ser observadas em Mato Grosso do Sul

No próximo dia 4 de outubro, o Governo do Es-tado de Mato Grosso do Sul, através da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, da Fundação de Tu-rismo de Mato Grosso do Sul, e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), promove o “I Seminário de Pós-Graduação Lato Sensu em Planejamento e Gestão Pública e Privada do Turis-mo”. O evento será realizado no anfiteatro da sede da UEMS em Dourados, às 19h.

A programação do even-to compreenderá a apresen-

grafias, contação de estórias, lançamento e exposição de livros, exposição de arte e atrações culturais (música, te-atro, dança), tudo com foco na diversidade de aves do Mato Grosso do Sul.

O Avistar MS 2013 é pro-movido por uma coordenação colaborativa entre Avistar Brasil, Instituto Mamede, Photo In Natura, Convention Bureau, Sindicado de Guias de Turismo do MS e COA/CGR – Clube de Observadores de Aves Campo Grande.

É comum encontrar blogs especializados no segmento, onde são registradas infor-mações e fotografias que ex-ploram e revelam as especi-ficidades dos pássaros. Estes blogs são uma excelente fonte de informação e referência para quem pretende visitar e

conhecer as espécies do local. O Analista de desenvol-

vimento do turismo da Fun-dação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Geancarlo Merighi, desenvolve o blog “As Belezas de Nosso Quintal – MS Birding – Brazil” onde compartilha seu vasto arquivo de informações, experiências e fotos tiradas de várias espécies de aves que compõem os di-versos cenários das regiões de Mato Grosso do Sul. Conforme Merighi a atividade “...é uma prática que pode despertar ou reavivar no ser humano virtudes essenciais como o reconhecimento, a amizade, a sabedoria, a fraternidade, a união e, principalmente, zelo pelo nosso planeta”, destaca.

Segundo Merighi, o blog busca divulgar Mato Grosso do Sul como destino de bir-

dwatching, além de incentivar novos adeptos a interagir com o meio ambiente e desenvol-ver uma visão holística susten-tável através da Observação de Aves. “Esta é uma modalidade de turismo que surgiu do tra-

balho do Ornitólogo, que in-centiva, dentre outras coisas, o desenvolvimento intelectual, moral, ético, conservacionista e preservacionista, além de proporcionar momentos úni-cos, onde o passarinheiro tem

a oportunidade de vivenciar a Natureza em sua plenitude, observando a vida, as cores, os cantos, os hábitos, dentre ou-tras características marcantes das aves”, disse.

No blog o observador revela sua paixão pela ob-servação das aves, que co-meçou de repente e des-pertou sua curiosidade e interesse. Hoje Merighi é membro do Clube de Obser-vadores de Aves de Campo Grande/MS (COACGR) e, segundo ele, ganhou admi-ração e grandes aprendiza-dos com a atividade.

No blog também es-tão dispostos os principais locais em Campo Grande onde os observadores de aves podem encontrar um grande número de espécies do Estado.

tação do programa da pós--graduação em planejamento e gestão pública e privada do turismo; a apresentação dos temas de pesquisa dos alunos

da primeira turma e o resultado dos indi-cadores de desenvol-vimento turístico dos municípios.

Segundo a coor-denadora da pós-gra-duação em Turismo da Universidade Esta-dual de Mato Grosso do Sul, Dores Cris-tina Grechi, o curso pretende qualificar profissionais que tra-balham com turismo

no âmbito público e privado no Estado de Mato Grosso do Sul, em nível de planejamento e gestão. “A pretensão é atingir as dez regiões turísticas do es-

tado. Nesta primeira edição do programa de pós-graduação foram contemplados os mu-nicípios de Bonito, Dourados, Campo Grande e Ponta Porã”, destacou.

Conforme Nilde Brun, o curso proporcionou a troca de experiências, formação e o desenvolvimento pessoal e profissional dos alunos. “A promoção, gestão e planeja-mento intelectual do turismo são importantes patamares para o crescimento do setor. A pós-graduação além de contribuir com a valorização do pós-graduando garantirá a prestação de serviço de quali-dade”, disse.

O curso tem duração de 12 meses, com aulas ministradas em Dourados, quinzenalmente. Segundo a coordenadora da pós--graduação, há previsão de iniciar uma a segunda edição do curso em agosto de 2014, visando alcançar as demais regiões turísticas que ainda não foram con-templadas nesta primeira turma. Além disso, a pro-posta pretende estimular a elaboração de projetos para o desenvolvimento turístico no Estado, identificando as oportunidades do mer-cado nos setores público e privado.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 2013 7esTAdO

Pressões do Planalto não deveminterferir em acordo com Reinaldo,

prevê Vander Loubet

conversaçÕes

Jota MenonCampo Grande – MS.

Embora admita que ha-verá – e já estaria havendo - muita pressão “de cima para baixo” para que o senador Delcídio do Amaral (PT), re-pita em MS, a aliança que se firmará em Brasília para a reeleição da presidente Dilma Roussef (PT), envolvendo o partido governista e o PMDB, segmentos petistas continuam articulando para que o deputa-do federal Reinaldo Azambuja (PSDB) seja o candidato a senador na chapa de Delcídio.

O deputado federal Van-der Loubet (PT), por exemplo, avaliou no decorrer desta se-mana, que o PT de Mato Gros-so do Sul deve sofrer pressão muito grande da Executiva Nacional para fechar uma aliança com o PMDB no Es-tado. Contudo, o parlamentar faz questão de salientar que, por mais pressão que possa haver, o compromisso com o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) precisa ser respeitado.

Vander prevê dificuldades para selar acordo entre PT e PSDB, sonho da cúpula petista no Estado

Em outras palavras, Van-der Loubet deixar bem claro que as conversações entre tucanos e petistas estão mais avançadas do que parecem, ou seja, já haveria um acordo de bastidores para que Delcídio saia candidato ao Governo e Reinaldo complete a chapa majoritária como candidato a senador da República.

Oficialmente, Mato Gros-so do Sul conta com dois pré-candidatos lançados à sucessão do governador An-dré Puccinelli (PMDB). A candidatura sólida, contudo, é apenas a de Delcídio do Ama-ral, já que o pré-candidato peemedebista ainda encontra restrições em segmentos par-tidários que preferem o nome da atual vice-governadora Simone Tebet.

O próprio governador, com seu jeito peculiar de falar o que sente, sem meios ter-mos, acaba embolando ainda mais o meio de campo do PMDB. Vira e mexe, parece que o governador se esquece que Nelsinho já foi oficializa-do pré-candidato do partido

e acaba colocando a vice--governadora, por quem nutre grande respeito e admiração, como opção á sua sucessão.

Quanto o nome do de-putado federal Reinaldo Azambuja, salienta-se que

ele tornou peça fundamental na montagem do tabuleiro político de 2014 a partir do momento em que deu um grande susto nos governistas ao “raspar no travessão” na eleição para a Prefeitura de

Campo Grande quando por míseros nove mil votos não tomou o lugar do também deputado federal (hoje licen-ciado para ser secretário de estado de Obras) Edson Giroto (PMDB) para a eleição em

segundo turno.Na avaliação do deputado

Vander, a questão das alianças está bastante complicada. Em entrevista a um site de Campo Grande, o parlamentar con-tou que esteve conversando durante a semana com o pre-sidente regional do PDT, João Leite Schimidt sobre essa ‘saia justa’ que o PT deve enfrentar.

“Acho que vai ser um fa-tor que o PT vai ser bastante pressionado. Vamos sofrer muita pressão mesmo da nacional, não tenho dúvida, para fechar essa aliança com o PMDB e vamos ter que estar definindo isso. O que eu defendo é que por mais pressão que venhamos a sofrer não podemos perder o compromisso que selamos com Reinaldo nas últimas eleições. Esse tem que ser consolidado e ampliado”, fri-sou. Já Schimidt tem deixado bem claro em suas entrevis-tas que se a união entre PT e PMDB sair do campo das aspirações, o partido fica fora de uma possível aliança em 2014.

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Cidade Morena não merece isso, diz Delcídio sobre briga

entre Bernal e Câmara

executivo vs. legislativo

Delcídio demonstra preferência pela aliança com o PSDB e diz que briga entre Câmara e Bernal precisa ter um fim

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Da RedaçãoCampo Grande – MS.

O senador Delcídio do Amaral (PT) disse em agenda pública na última quinta-feira (26) que a briga política travada entre os poderes Legislativo e o Executivo em Campo Grande tem que acabar, repetindo o que já havia dito em seu Facebook, que é necessário “um basta”.

Segundo o senador, é ne-cessário “achar uma saída defi-nitiva para o imbróglio”. “Campo Grande não merece essa encrenca toda. A população é rigorosa, não aceita confusão. É todo dia um problema, esse enfrentamento entre a Câmara e o prefeito [Al-cides Bernal]”, explicou.

Delcídio ainda disse que não vê com bons olhos e que, apesar disso, é apenas uma voz dentro do PT. “Mas temos uma briga que não leva a nada. Tem que dar um basta nisso, temos muitos desafios pela frente e a população é quem sai prejudi-cada”, definiu.

Quanto ao apoio ao Ber-nal, Delcídio disse que ainda não chegou a conversar com o prefeito sobre as eleições de 2014, mas entende que Campo Grande é um colégio eleito-ral importantíssimo e que irá “trabalhar forte pela capital”, concluiu. As declarações foram feitas durante encontro do sena-dor com o PDT.

ENCONTROPor outro lado, o senador

Delcídio comentou, na mesma data quando manteve encon-tro com dirigentes do PDT, as possíveis alianças com o PMDB e o PSDB. “O PT busca alianças amplas. Temos grandes espaços, só não ocupa que não quer”, afirmou o senador sobre os aliados para campanha ao governo de Mato Grosso do Sul no ano quem vem.

Delcídio considerou positi-va a proposta apresentada pelo PDT. “Eu vim aqui conversar com o João Schmidt sobre os doze pontos que o PDT apre-sentou. Os achei muito perti-nentes”, afirmou.

Sobre possível aliança com Nelsinho Trad (PMDB), o sena-dor não descartou a possibilida-de. “Eu tenho uma boa relação com Nelsinho, independente dos nossos projetos. Ele é um homem de bem e eu acho que tem muito a ser conversado. Vamos esperar ano que vem para fechar as alianças”, des-conversou.

Já com relação a uma pos-sível aliança com o PSDB, Del-cídio se mostrou mias propício. “Reinaldo Azambuja é um gran-de companheiro e tem muito para nos acompanhar. Temos tudo para fazer uma grande aliança democrática e transpa-rente”, afirmou deixando bem clara a preferência, hoje, do PT pelo PSDB quando comparada à tendência de aliança com o também tradicional adversário que é o PMDB do governador André Puccinelli.

Acusado de “ganhar sem trabalhar”, Siufi quer a cabeça de Bernal

Vereador adia mais uma vez pedido de comissão para cassação, porque não quer “perder voto”

emBirrado

Da redaçãoCampo Grande – MS.

Durante a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, em que foi lido o relatório produ-zido por seus integrantes, o vereador que a presidiu, Pau-lo Siufi (PMDB) foi enfático em afirmar que, se ninguém pedisse a cassação de Alcides Bernal (PP), prefeito de Cam-po Grande, ele mesmo o faria.

A leitura foi concluída, o relatório apontando diversas supostas irregularidades na administração municipal foi votado e aprovado, porém, já passadas quase duas semanas do evento, o vereador pee-medebista não se manifestou positivamente sobre o caso, ou seja, não entrou com o tal pedido de cassação, o que acabou gerando muito disse--que-disse nos meios políticos e até mesmo em setores da imprensa que cobrem o dia-a--dia da crise entre Executivo e Legislativo na Cidade Morena.

Diante da boataria, na última quinta-feira, o vereador Siufi se dirigiu à imprensa durante sessão na Câmara e anunciou que estava adiando mais uma vez o pedido de cria-ção de uma Comissão Proces-sante para cassar o mandato do prefeito Alcides al (PP).

A justificativa é a de que ao pedir para que se instaure a comissão, ele perde o direito

Paulo Siufi, acusado de ser funcionário fantasma da Secretaria de Saúde, está com Bernal engasgado na “goela”

Na defensiva, Bernal denunciou Siufi, perdeu um adversário político e ganhou um inimigo de peso na Câmara

de votar e aí seria a sua suplen-te – Magali Picarelli (PMDB) - quem faria a escolha pela cassação ou manutenção do mandato de Bernal.

“Eu tenho o pleno dever de pedir, mas alguns vereado-res pediram para eu aguardar para não perder o direito do voto. Apesar de que eu confie que a Magali iria votar do mes-mo jeito”, afirmou. Porém, por ter presidido a CPI do Calote, que apontou irregularidades na administração do prefeito, Siufi ressalta que quer votar. “O que eu tenho a certeza é que a Casa tem que se pronunciar e não só enviar as irregularida-des aos órgãos competentes”, destacou.

O vereador chegou a reve-lar que iria aguardar somen-te mais aquele dia e que na sexta-feira (27) apresentaria, caso ninguém da sociedade o fizesse, o pedido de cassação do mandato do prefeito. “Eu não renunciei a essa decisão que está no meu coração, mas estou triste. Estou com o pedi-do pronto”, concluiu.

Para o vereador Airton Saraiva (DEM), o mais impor-tante é que o pedido parta de alguém da sociedade. “Já tem muitos procurando a Câmara para fazer este pedido e com isso o vereador vai ter mais tranquilidade para fazer a análise. Eu acredito que de hoje para amanhã {de quinta--feira para sexta-feira} as

pessoas vão fazer {o pedido de cassação}, porque tem muitos insatisfeitos”, disse.

Já o presidente da Câ-mara, vereador Mário Ce-sar (PMDB), disse que duas pessoas foram procurá-lo, mas que ele não pode dar orientações e nem ter alguma participação na discussão pela criação da Comissão Proces-sante. “Qualquer pessoa que estiver quite com as obriga-ções eleitorais pode protocolar o pedido no Protocolo Central da Casa. Nem precisa me pro-curar”, ressaltou.

Para o presidente, o pe-dido também deve partir da sociedade. “O que precisa é da mobilização das pessoas, tem que ver se é a vontade do povo e então eles têm que fazer a parte deles”, concluiu.

BIRRA – A mágoa de Paulo Siufi em relação ao prefeito Alcides Bernal ex-trapola as questões relativas a supostos erros cometidos ao longo dos primeiros nove meses da atual administração municipal.

Siufi, que chegou a en-saiar a entrada num bloco que ganhou a denominação de “G-6”, para apoiar Bernal, ficou com o prefeito entalado na garganta a partir do momento em que o chefe do Executivo Municipal teria “vazado” a informação de que ele era um verdadeiro fantasma na administração municipal, ou

seja, ganhava sem trabalhar. No momento em que

sentiu que a crise com o Le-gislativo chegava a um nível insustentável e que estava literalmente no cadafalso, gente ligada diretamente ao gabinete do prefeito “vazou” a informação de que Siufi estava sendo investigado por “ganhar sem trabalhar”.

A notícia veiculada na imprensa da Capital mostrou, com dados oficiais, que Siufi, ao longo dos últimos anos, teria recebido salários mensais para trabalhar cinco dias por semana no Posto de Saúde do Distrito de Águão, na zona rural de Campo Grande, mas, só trabalhava um dia por semana. Em outras palavras, o vereador, que é medico, está sob suspeita de trabalhar um dia por semana e receber cinco.

Foi essa denúncia que colocou, inicialmente, Siufi na defensiva, mas que, depois, se tornou uma espécie de “tônico fortificante” para que ele par-tisse com verdadeira ojeriza para cima do prefeito.

Resta esperar para ver se, caso ninguém “da sociedade” se habilite a pedir o mandato de Bernal, o vereador Paulo Siufi cumpre a promessa e, mesmo ficando impedido de votar no processo, entre com a petição de cassação do man-dato do chefe do Executivo Municipal.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 578 29/09 a 05/10 de 20138 POlíTicA

Hospital regional

Novo PAM é inaugurado visandoampliar atendimentos à população de MS

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul inaugu-rou na sexta-feira (27) o novo Pronto Atendimento Médico (PAM). Com a capacidade ampliada para 89 leitos, a expectativa é de que o HRMS amplie a sua qualidade e ca-pacidade para atendimento da população. A solenidade contou com a participação do governador André Puccinelli, do secretário de Estado de Saúde, Antônio Lastória, do diretor do HRMS, Rodrigo Aquino com a diretoria técnica e servidores do Hospital.

Para o governador André Puccinelli, a abertura do novo PAM representa a conclusão de uma etapa que tem como prioridade a qualidade do atendimento da população de Mato Grosso do Sul. “Conclu-ímos esta etapa de abertura do novo PAM priorizando a ampliação de leitos para que não tenhamos mais pacientes aguardando nos corredores. Este trabalho não teria aconte-cido sem o empenho de todos os técnicos, médicos e servi-dores do Hospital Regional. Desta forma, continuamos

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os trabalhos em plena carga e nos colocamos à disposição toda vez que a demanda de atendimento for grande nas demais instituições”, destacou o governador.

O novo PAM do HRMS contará com 77 leitos de ur-gência e emergência (58 adul-tos e 19 crianças) e mais 12 destinados à ala psiquiátrica

(desintoxicação). A nova uni-dade também contará com 160 profissionais, sendo 60 médicos, nove cirurgiões den-tistas, 72 enfermeiros e mais 15 administrativos.

“A convocação de profis-sionais para o novo PAM foi uma das prioridades iniciais e chegamos a um número satis-fatório para tender a demanda

que receberemos na nova unidade. Temos profissionais qualificados que já foram con-vocados através da realização dos últimos concursos de ser-vidores para o setor da saúde”, disse o diretor e coordenador do PAM, Fernando Goldoni.

De acordo com o diretor--presidente do Hospital Re-gional de Mato Grosso do

Sul, Rodrigo Aquino, o HRMS dá continuidade aos seus atendimentos dentro de suas especialidades e referência ampliando a qualidade e capa-cidade de seus atendimentos. “As novas instalações do PAM visam ao melhor atendimento da população, dando continui-dade à mesmas referencias do Hospital que atualmente são a média e alta complexidade. Com isso, concluímos uma fase para que a população dos municípios do Estado esteja mais amparada ao solicitar os serviços de saúde do Hospital Regional”, disse o diretor. A previsão para início de aten-dimento está prevista para domingo (29), após a trans-ferências dos pacientes para as novas instalações. “Inicia-remos as transferências neste fim de semana e por ser um processo delicado temos a es-timativa de que até o domingo, pela manhã, já estaremos em pleno atendimento”, ressaltou Rodrigo.

A obra de reforma do PAM está orçada em aproxi-madamente em R$ 4,7 mi-lhões e integra parte do Plano

Diretor de Obras do Hospital Regional 2008-2012, que envolve recursos próprios do Estado, um investimento de R$ 20 milhões em infraestru-tura e outros R$ 10 milhões em equipamentos que gra-dativamente estão fazendo da instituição referência em média e alta complexidade.

Atualmente passam pelo PAM do HRMS diariamente entre 85 e 100 pessoas. As novas vagas vão atender essa deman-da, melhorando a qualidade no atendimento, as condições de trabalho e garantindo um resultado mais eficiente na cura das enfermidades.

No espaço de 2.417,33 metros quadrados instalados no andar térreo do Hospital funcionará ainda o setor da Psiquiatria, transferido do quinto andar. Já o atendimen-to de emergência foi dividido em setores Adulto e Infantil, ambos dotados de consul-tórios médicos, salas para medicamentos, de emergên-cia, observação e utilidades, leitos de isolamento, postos de enfermagem e sanitários para pacientes e funcionários.

Famasul avalia escoamento peloporto de Iquique, no Chile

encurtando distÂncia

Com os sucessivos re-cordes na produção agrí-cola, os produtores rurais sul-mato-grossenses en-

Camionete menor

frentam superlotações nos armazéns e estrutura logís-tica insuficiente em relação à demanda de escoamento

de grãos. Na busca de al-ternativas para mudar esse cenário, a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), participa do projeto Rota da Integração Latino Ame-ricana, expedição que vai de Campo Grande ao Chile, com partida ocorrida na última sexta-feira (27).

S e r ã o p e r c o r r i d o s 2.720 quilômetros, entre Campo Grande e o porto da cidade de Iquique, no Chile, na finalidade de ava-liar e apresentar mais uma alternativa de rota para o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso do Sul, que tem a China como principal importador da

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Prazo para entrega da declaração doITR termina nesta segunda-feira

rural

soja. Entre janeiro e agosto deste ano só os chineses importaram 1,7 milhão de toneladas da soja de MS. O montante representa 85% do escoamento deste perío-do e resultou receita de US$ 936,7 milhões.

Atualmente, além da China, entre os principais importadores de grãos do Estado estão o Japão, Taiwan, Marrocos, Coreia do Sul e outros. A principal porta de saída da oleaginosa de MS com destino à expor-tação tem sido o Porto de Paranaguá (PR), que neste ano despachou 37,7% do vo-lume exportado, seguido do porto de São Francisco do Sul (SC) com 33% do total

e Santos (SP) com 30,3%. “Há uma distribuição re-lativamente equilibrada entre os portos aptos para o escoamento da agricultura do Estado, mas a atual es-trutura destes não suporta a demanda nacional e, com a crescente produção, é necessária uma alternativa extra”, afirma Ruy Fachini, Diretor Secretário da Fama-sul, referindo-se ao porto de Iquique.

Organizada pelo Sin-dicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), a ex-pedição é formada por 30 caminhonetes com cerca de cem pessoas, com para-

das estratégicas em Santa Cruz de La Sierra e La Paz (Bolívia), Arica e Iquique (Chile). Em Santa Cruz de La Sierra os participantes visitam a Expocruz, feira voltada para empresas com interesse em exportação e considerada o maior even-to multissetorial da Amé-rica Latina. A previsão de chegada a Iquique é para o dia 2 de outubro.

Além da Famasul, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), outras 17 empresas estão envolvidas na Rota da Integração La-tino Americana.

Produtores recebem orientações sobre como proceder para declarar ITR até segunda

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Termina nesta segunda--feira (30) o prazo para en-trega da declaração do Im-posto Territorial Rural (ITR). Para fazer a declaração o interessado deve acessar o site da Receita Federal e uti-lizar o Programa Gerador e logo em seguida o Programa Receita Net ,no link: http://www.receita.fazenda.gov.br.

De acordo com o asses-sor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Siste-ma Famasul), Carlo Daniel Coldibelli, os produtores rurais ainda têm dúvidas sobre o valor da terra nua, após o convênio do municí-pio com a Receita Federal, para avaliação e fiscaliza-

ção dessas áreas. “O VTN é declarado pelo próprio contribuinte e é por isso que aconselhamos ao produtor para que realize a declara-ção da terra nua baseado em documentos que confirmem as informações prestadas”, esclarece Coldibelli.

O ITR é anual e é pago por todo contribuinte, pes-

soa física ou jurídica, que possui imóvel rural. De acordo com Receita Fede-ral, a declaração é com-

posta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral (DIAC), onde os dados do imóvel e dos

proprietários são atualiza-dos junto à Receita e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).