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Centro de convenções
Sertãozinho na cidade de
Centro Universitário Moura Lacerda
Elisandra Sicchieri Toniolo
Ribeirão Preto 2013
centro de convenções na cidade sertãozinho
Elisandra Sicchieri Toniolo
Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Profa. Dra. Ruth Cristina Montanheiro Paulino.
“Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante”
O pequeno príncipe - Antoine De Saint-Exupéry
agradecimentos
À minha mãe Sandra, pelo apoio, amor e
dedicação.
Ao meu tio Sérgio, por sempre me apoiar e por ser
o melhor pai que eu poderia ter.
À minha irmã Cíntia, pela amizade de uma vida
inteira, amor, incentivo incondicional e pelo melhor
presente da minha vida (JH).
À minha avó Catharina, pelo amor e cuidados.
Ao meu cunhado Afonso, por me socorrer com
todos os problemas de computador e também por ter me
dado o melhor presente da minha vida (JH).
Ao Fred, pela paciência durante todo esse período
e por sempre acreditar que eu chegaria até o fim.
Às minha amigas Nicole, Luana, Gabriela, Gisele e
Maria Beatriz, que fizeram esses anos mais leves e
divertidos.
À minha orientadora, Professora Doutora Ruth
Cristina Montanheiro Paulino pelos ensinamentos e
paciência durante todo o projeto.
RESUMO
O desenvolvimento dos meios de transporte,
comunicação e tecnologia, impulsionaram o crescimento do
turismo de negócios, criando a necessidade de espaços
adequados para a realização de eventos diversificados.
A cidade de Sertãozinho possui um polo industrial
voltado para o desenvolvimento de tecnologias do setor
sucroenergético, tornando-se assim uma cidade com
grande potencial para receber eventos diversos ligados ao
setor.
O objetivo do projeto apresentado nesse trabalho é
de um espaço com estrutura diferenciada, adequada e
completa para receber os eventos e as feiras que já são
realizadas na cidade e atrair novos eventos. Além disso
elabora um edifício com respostas arquitetônicas
adaptadas ao clima da cidade.
Para atingir os objetivos foram feitas análises dos
eventos, do clima e da carta solar da cidade e a partir disso
as respostas arquitetônicas foram elaboradas .
O projeto atende às necessidades para a realização
de eventos de forma geral e as soluções arquitetônicas
adotadas contribuem para maior eficiência da edificação.
Palavras-chave: centro de convenções; turismo de
negócios; adaptação ao clima.
INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO DO TEMA
OBJETIVOS
JUSTIFICATIVA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
RESTAURANTE OITICICA
AUDITÓRIO IBIRAPUERA
CENTRO CULTURAL WÜRTH
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO
PROJETO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SUMÁRIO
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07
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29
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40
44
47
51
68
70
6
introdução
APRESENTAÇÃO DO TEMA
O movimento do turismo mundial foi estimulado
pela globalização econômica e o desenvolvimento de
tecnologia e dos meios de transporte e comunicação.
Os deslocamentos realizados com finalidades
comerciais e para participação de eventos começaram a
ocorrer com maior intensidade a partir da Revolução
Industrial e com as realizações das Exposições Universais.
Há uma variedade imensa de eventos, que podem
ser de agropecuária, telecomunicações, biotecnologia, meio
ambiente, finanças, moda, calçados, joias, têxteis,
alimentação, plásticos, materiais de construção, aviação,
finanças, artesanato, entre outras.
O turismo de negócios e eventos apresenta
características bastantes peculiares, são eventos que são
independentes das condições climáticas, são de alta
rentabilidade, possibilita a interiorização do turismo, desde
que as cidades menores apresentem estrutura para a
realização de negócios e eventos, serviços de alto padrão
de qualidade, crescimento dos negócios locais,
desenvolvimento cientifico e tecnológico.
O Brasil vem se posicionando como destino para a
realização de negócios pelo seu desenvolvimento industrial.
O Ministério do turismo define os tipo de encontros
do turismo de negócio:
• MISSÕES EMPRESARIAIS - formação de grupos
de empresários para visitar potenciais mercados externos e
identificar novas oportunidades de negócios.
• VISITAS TÉCNICAS - observar técnicas de
excelência da área na qual atuam em centros de
pesquisas, empresas, entidades, universidades. A
programação pode incluir palestras e explanações teóricas,
degustações (alimentos e bebidas), observação
participativa e um showroom.
• VIAGENS CORPORATIVAS - participação em
reuniões, prospecção de mercados, visita a clientes e
fornecedores, acompanhamento de projetos e
investimentos, monitoramento de filiais e franquias,
estabelecimento de acordos e convênios, compra ou venda
de produtos/serviços.
• REUNIÕES DE NEGÓCIOS - Encontros que
objetivam a prospecção de clientes, o fechamento e/ou a
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• discussão de contratos, a apresentação de
propostas, o desenvolvimento e o acompanhamento de
projetos, consultorias.
• RODADAS DE NEGÓCIOS - Reuniões pré-
agendadas entre produtores e compradores, geralmente
realizadas paralelamente a feiras. Durante as reuniões, as
empresas apresentam suas ofertas e demandas podendo
concretizar negócios naquele momento ou apenas realizar
um contato inicial.
• FEIRAS - exposição, apresentação ou
comercialização de produtos e serviços industriais,
técnicos, científicos, estabelecimento de contatos e
parceria.
• CONVENÇÕES – avaliação de desempenho,
lançamento de novos produtos, discussão de
planejamentos estratégicos. Integração das pessoas dentro
de um objetivo que a empresa ou organização deseja que
seja atingido.
• CONGRESSOS - apresentar e discutir assuntos da
atualidade e de interesse específico de determinada área
ou ramo profissional.
• SEMINÁRIOS - constituído de três etapas:
exposição do tema, discussão e conclusão, sendo que
durante as discussões os participantes são divididos em
grupos menores orientados por um coordenador.
• WORKSHOPS – contatos entre prestadores de
serviços (fornecedores) e contratantes, em uma formatação
semelhante a uma junção entre feira e rodada de negócios.
• CONFERÊNCIAS - apresentação de um tema por
especialista qualificado, para um público numeroso de bom
nível de qualificação, com duração rápida.
• CURSOS - apresentação de determinado tema com
o objetivo de capacitar os participantes por meio da
aquisição de novos conhecimentos, treinamento ou
reciclagem.
• PALESTRA - Narrativa única de duração curta,
admitindo perguntas da plateia ao final.
• PAINEL - Dois ou mais expositores que
apresentam brevemente um assunto e, seguida, discutem
entre si.
• MESA-REDONDA - Reúne vários especialistas
ligados a um tema principal, mas com pontos de vista ou
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• correntes de pensamento diferentes.
• SIMPÓSIO - Derivação da mesa-redonda, com a
participação de profissionais de renome e especialistas,
onde cada um apresenta um aspecto relacionado ao tema
principal.
• PLENÁRIA - Evento similar à assembleia, mas que
aborda somente um assunto.
• DEBATE - Exige um moderador ou mediador, que
propõe perguntas e coordena a discussão entre duas ou
mais pessoas, cada uma defendendo seu ponto de vista
sobre assuntos propostos.
Com essa definição dos tipos de eventos é possível
perceber a variedade de eventos e as diferentes
necessidades de cada um deles. Isso mostra a
necessidade de criação de espaços flexíveis para a
realização de eventos.
De acordo com Melo Neto (apud. GABRIEL E
IKEDA, 2007): Um evento serve para promover entretenimento e lazer, para informar, educar, conscientizar o público, mobilizar, desenvolver o exercício da cidadania,
relembrar fatos, comemorar feitos históricos, datas cívicas, festas religiosas, tradições, assim como divulgar trabalhos e realizações, promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, da cultura e das artes.
A cidade de Sertãozinho é conhecida
nacionalmente pelas indústrias voltadas para produção
sucroenergética, o que a tornou uma cidade com grande
característica de turismo de negócios.
O Ministério do Turismo (2010) define: Turismo de Negócios e Eventos compreende o conjunto de atividades turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social.
O potencial da cidade para o turismo de negócios
traz a necessidade de espaços para receber eventos de
importância, regional, nacional e internacional.
De acordo com o ministério do turismo (2010): As maiores e mais significativas feiras da América do Sul estão sediadas no Brasil, em especial aquelas referentes aos produtos nos quais o país possui liderança.
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Dentre os eventos técnicos e científicos, vários fatores contribuíram para o seu desenvolvimento: a profissionalização do setor, o crescente investimento na infraestrutura turística e de eventos – em especial a construção de centros de eventos e modernização dos aeroportos, proporcionando o aumento do fluxo de voos - , a qualificação da prestação de serviços....
A partir das informações fornecidas pelo Ministério
do Turismo fica clara a necessidade de investimento na
construção de um Centro de Convenções para oferecer
melhor estrutura para os turistas e também para atrair
maior número de eventos para a cidade.
O Ministério do Turismo também apresenta
algumas características do turista de negócios: Escolaridade superior, poder aquisitivo elevado, exige privacidade, comodidades, atendimento e equipamentos de qualidade, representa organizações e empresas, realiza gastos elevados em comparação a outros segmentos, permanência média de quatro a oito dias.
Hoje a cidade conta com um Pavilhão de
Exposições que recebe a Fenasucro (Feira internacional de
tecnologia sucroenergética), e outros eventos de grande
público da cidade, como a Festcana (festividade que
comemora o dia do trabalho, realizada pela prefeitura) e o
Pavilhão Mauro Sponchiado, que está localizado dentro da
área urbana, em uma área predominantemente residencial,
tornando o seu uso bastante limitado, principalmente no
período noturno.
Esses eventos interferem diretamente na vida da
população, já que a cidade recebe um grande numero de
visitantes que movimentam e usufruem de toda a sua
estrutura, sendo que as mais marcantes são: redes
hoteleiras, restaurantes, bares e transporte.
A definição de centro de convenções está ligada
diretamente com o conceito de evento, pois é o espaço
devidamente equipado e que possibilita o acontecimento de
diversas atividades simultaneamente.
Fabris (apud. GABRIEL E IKEDA, 2007): O centro de convenções é um local destinado a grande concentração humana, com a finalidade de debater, reunir e apresentar congressos e eventos culturais de vários meios [...] oferecendo toda uma infraestrutura [...] espaço físico, conforto térmico -acústico, etc.
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As diretrizes para o desenvolvimento do projeto são
arquitetura como marco/monumento urbano e eficiência
energética e de recursos naturais.
Segundo Brandão [s.d.], a monumentalidade estava
ligada com a ideia de salvação. Salvação pelo progresso,
como a Torre Eiffel, ou pela religião, como na catedral
gótica. No século XXI Le Corbusier diz que a casa é o
monumento, trás a monumentalidade para o presente, para
a vida cotidiana, desvincula o monumento da salvação.
Brandão diz ainda que: A arquitetura do monumento não está no monumento– seja ele o palácio, o templo, o museu ou a casa -, mas na aplicação mesma ao ato de construí-lo como o lugar em que o homem presente habita o real (e não o passado ou o futuro) e nele constrói sua verdade e sua salvação enquanto individuo num mundo publico.
Atualmente a questão da sustentabilidade está em
evidência e é impossível desvincular os temas: arquitetura
e sustentabilidade, muitos dos grandes projetos são
idealizados pensando na eficiência energética.
Uma edificação para ser considerada sustentável
tem que solucionar mais que um problema ambiental. Tem
que tratar dos resíduos da construção, usar de forma
eficiente os recursos naturais, consumir pouca energia e
oferecer um ambiente interno agradável.
Um importante determinante para a execução de um
projeto sustentável é projetar considerando as
características climáticas da região e os recursos naturais
que a região oferece com abundância. Eficiência energética pode ser entendida como a obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto um edifício é mais eficiente energicamente que outro quando proporciona as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia. (LAMBERTS R. et al. 1997).
O tema dessa pesquisa foi definido a partir da
observação da estrutura das atuais feiras que acontecem
na cidade. Atualmente elas são realizadas com uso de
estruturas móveis, não possuem áreas de apoio
adequadas, são todas improvisadas e o espaço onde essas
estruturas são montadas, em particular a Fenasucro, não
possui calçamento, os estandes são montados no chão de
terra, sendo necessária a utilização de tablados de madeira
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para oferecer maior conforto na caminhada dos visitantes.
OBJETIVOS
Objetivo geral
O objetivo geral desse trabalho é elaborar um
Centro de Convenções com caráter monumental, com
característica de marco urbano e de referência regional.
Que possa simbolizar a importância da cidade de
Sertãozinho para a região de Ribeirão Preto e para o
estado de São Paulo.
Objetivos específicos
Os objetivos específicos são:
• Projeto de caráter sustentável usando materiais
locais e adaptação ao clima;
• Atração de pessoas e eventos para a cidade;
• Melhorar a estrutura para as feiras e eventos que já
são realizados na cidade;
• Criação de espaços flexíveis;
• Espaço que possibilite a realização de eventos
variados, proporcionando um uso mais intenso da
edificação.
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JUSTIFICATIVA
A cidade de Sertãozinho é hoje um importante polo
agroindustrial, aqui se concentra grandes indústrias de
fabricação de produtos e tecnologias voltada para o
mercado de açúcar e álcool. Esse potencial desenvolvido
pela cidade mudou a principal atividade econômica, que
antes era voltada para a produção de açúcar e álcool e
passou a ser industrial, produzindo equipamentos para
montagem e manutenção de usinas.
A economia de Sertãozinho foi dividida em três
ciclos. Até 1940 girava em torno da cafeicultura e após as
sucessivas crises do café, as áreas de plantação de café
passaram a ser substituídas por plantações de cana-de-
açúcar.
A partir de 1944, a lavoura da cana-de-açúcar teve
extraordinário aumento, atingindo uma crise de
superprodução em 1965. Com o plano do Proálcool em
1975, Sertãozinho se tornou um dos mais importantes
centros sucroalcooleiros do país. Como resultado houve um
grande avanço na indústria metalúrgica.
As diversas crises do Proálcool fizeram Sertãozinho
desenvolver outras vocações, com destaque para a alta
tecnologia.
Hoje Sertãozinho e região são conhecidas pelo
forte potencial econômico ligado à cultura da cana-de-
açúcar, é uma região voltada para o setor sucroenergético,
com grande concentração de tecnologia e conhecimento
para inovação do setor. Com isso a região se tornou um
polo atrativo para o setor de máquinas e equipamento para
as indústrias e plantio de cana.
Por todas essas características, Sertãozinho é
hoje, um polo de turismo de negócios, atraindo empresas
interessadas tanto em vender produtos e tecnologias
quanto em adquirir as que são desenvolvidas na cidade.
A cidade é sede de eventos de abrangência
internacional no segmento do agronegócio. A feira mais
importante que a cidade recebe hoje é a Fenasucro (Feira
internacional de tecnologia sucroenergética), maior evento
mundial de tecnologia e intercâmbio comercial para usinas
e profissionais do setor sucroenergético. Na edição de 2012
a Fenasucro contou com a participação de 530 expositores
em uma área de 60 mil m², recebeu 32.000 visitante de 40
13
países.
A atividade industrial de Sertãozinho é reconhecida
nacionalmente e internacionalmente e por isso atrai
pessoas de diversos lugares para conhecer a estrutura e os
produtos oferecidos pelas indústrias.
O turismo de negócio na cidade é responsável por
vários eventos que acontecem atualmente, como feiras,
palestras, reuniões, congressos. Com essa variedade de
eventos fica clara a carência da cidade em estrutura
adequada e qualificada para receber tanto os eventos,
quanto os turistas de negócio.
Um projeto que atenda as necessidades de
Sertãozinho na estruturação de eventos, atraindo maior
interesse para a realização de eventos locais, que desperte
o interesse de cidades e empresas da região, do país e
multinacionais em realizarem eventos na cidade.
O projeto de pesquisa também objetiva o estudo,
análise e uso de materiais encontrados na região. Algumas
soluções arquitetônicas serão definidas a partir da análise
do clima da região, de forma a otimizar ou minimizar os
efeitos climáticos no interior e no exterior imediato do
edifício.
A seguir é apresentada uma tabela e uma mapa
(Figura 1) com os eventos, locais e público dos eventos que
acontecem anualmente na cidade de Sertãozinho e um
mapa da cidade locando os eventos.
A análise da localização dos eventos na cidade
mostra a descentralização desses eventos. Sendo
necessário a centralização desses eventos para oferecer
melhor estrutura e facilidade de acesso aos usuários.
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CENTRO DE EVENTO ZANINI PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES MAURO SPONCHIADO TEATRO MUNICIPAL DE SERTÃOZINHO CLUBE DE CAMPO VALE DO SOL
EVENTO LOCAL PÚBLICO
Fenasucro Centro de Eventos Zanini 32.000¹ Agronegócios
Copercana Clube de Campo Vale do Sol 3.000² Festcana Centro de Eventos Zanini 40.000³
Palestras diversas Teatro Municipal de
Sertãozinho 404 *
Eventos diversos Pavilhão de exposições
Mauro Sponchiado - 1 - 32.000 VISITANTES EM QUATRO DIAS DE EVENTO . Fonte: http://www.revistacanavieiros.com.br/conteudo/fenasucro-agrocana-terminam-com-volume-de-negocios-acima-do-estimado 2 - 3000 VISITANTES EM TRÊS DIAS DE EVENTO. Fonte: http://www.agronegocioscopercana.com.br/agronegociosfatura100milhoes2008.pdf 3 – 40.000 PESSOAS EM QUATRO DIAS DE EVENTO. Estimativa feita pela Prefeitura municipal de Sertãozinho. Fonte: http://www.sertaozinho.sp.gov.br/2010/index.php/conteudo/visualizar/prefeitura-promove-a-10-festcana-de-10-a-13-de-maio *Capacidade do Teatro. Fonte: http://www.ctac.gov.br/teatro/espcen.asp?ecid=905&qid=4&preqry=1
Figura 1 – Mapa de Sertãozinho com localização dos eventos
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa cientifica é descritiva, pois propõe a
apresentação de um novo edifício, a partir de análise da
história econômica da cidade, da real necessidade do
objeto e dos conceitos que envolvem o objeto.
Para o desenvolvimento do projeto foram usados
alguns procedimentos metodológicos, como:
• Pesquisa bibliográfica, para embasamento teórico
dos assuntos discutidos e para a definição das diretrizes do
projeto.
• Levantamentos – levantar dados sobre o entorno
do terreno escolhido, projetos de referência que abordem o
tema, características do clima, insolação e ventilação para
o desenvolvimento do projeto no sentido da eficiência
energética e conforto térmico.
• Pesquisa iconográfica – para auxiliar na coleta de
dados e referências.
Para o estudo do objeto foram usados programas
de computação gráfica como AutoCAD, Revit, que
permitem desenhos técnicos e tridimensionais bastante
detalhados.
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área de implantação
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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
21°08’33” sul
47°59’09” oeste Linha do Equador
Trópico de Capricórnio
A cidade de Sertãozinho está localizada na região
noroeste do estado de São Paulo (Figura 3) em uma
altitude de 555 metros.
Segundo o CEPAGRI – UNICAMP (Centro de
pesquisas meteorológicas e climáticas aplicadas à
agricultura) o clima nessa região é predominantemente
tropical chuvoso com inverno seco e mês mais frio com
temperatura médias superior a 18°C. O mês mais seco tem
precipitação inferior a 60 mm.
Figura 2 – Localização do Estado de São Paulo no Brasil Figura 3 – Localização da cidade de Sertãozinho no Estado de São Paulo
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SP – 333 Ribeirão Preto – 22,1 Km
SP – 333 Barrinha– 20,8 Km Jaboticabal – 39,4 Km
Rodovia Armando Sales de Oliveira Pitangueiras– 28,3 Km Pontal – 15,8 Km
Figura 5 - Mapa do limite do município, com indicação dos acessos as cidades e distância. Fonte: Google Maps com alterações feitas pelo autor, 2013.
Sertãozinho faz divisa com diversas cidades:
Ribeirão Preto, Barrinha, Pontal, Jardinópolis, Pitangueiras,
Jaboticabal e Dumont. Todas essas cidade estão próximas
à Sertãozinho, não ultrapassando 45 Km de distância
(Figura 4), o que torna possível o uso do Centro de
Convenções em uma escala regional.
Por receber eventos de porte internacional e não
contar com a estrutura de um aeroporto é importante a
distancia e as boas condições das rodovias de acesso à
cidade. As cidades mais próximas com aeroporto
internacional são São Paulo, Belo Horizonte e Brasília
(Figura 5).
Figura 4 – Principais acessos à cidade de Sertãozinho
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O terreno escolhido para a implantação do centro de
convenções está na área industrial de Sertãozinho, no
mesmo local onde é realizada a Fenasucro e onde está
construído um pavilhão de exposições, por ser uma área
onde já ocorrem eventos, o lote já teve a topografia
alterada, não apresentando nenhum desnível considerável.
O terreno está localizado em uma área industrial,
próximo a ele há um condomínio de chácaras e do outro
lado da Rodovia Armando Sales Oliveira (principal ligação
ao centro da cidade de Sertãozinho e às rodovias de
acesso às cidades da região) está o bairro São João, que é
formado basicamente de residências térreas e
assobradadas e de empresas que prestam serviços
principalmente para as usinas e indústrias locais.
Imediatamente ao lado do terreno começa a área rural da
cidade (Figura 6).
Dos dois lados da rodovia há indústrias voltadas para
a fabricação de equipamentos para a montagem de usinas
de cana de açúcar.
Há diversos lotes vazios no entorno próximo ao
terreno.
Figura 6 – Mapa de uso do solo do entorno (raio de 300 metros) do terreno
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A maioria das vias de acesso ao terreno possuem
característica local (Figura 8), em frente ao terreno passa
um vicinal que funciona como via coletora e que permite o
acesso até a Rodovia Armando Sales de Oliveira.
O gabarito varia entre baixo, médio e alto. As
edificações mais altas, que passam de sete metros de
altura, correspondem aos galpões industriais (Figura 7).
O terreno possui toda a infraestrutura necessária:
rede de água, esgoto, energia, transporte e coleta de lixo.
Figura 7 – Mapa de gabarito do entorno (raio de 300 metros) do terreno
Figura 8 – Mapa de hierarquia viária do entorno (raio de 300 metros) do terreno
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TERRENO PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES FENASUCRO
3
4
5
1
Figura 11 – Terreno. Fonte: Google Earth 2013, com alteração com autor
Vista 1 Vista 2 Vista 3 Vista 5 Vista 4
Figura 9 – Mapa com a localização do terreno Fonte: Mapa AutoCad, com alteração do autor.
Figura 10 – Fotos do terreno Fonte: Arquivo pessoal
23
A escolha do terreno foi feita levando-se em conta
todas as analises feitas do entorno da área de
implantação. Com isso foi possível definir algumas
características importantes para o desenvolvimento do
projeto:
• Oferecer melhor estrutura para as feiras que são
realizadas na cidade.;
• Concentrar em um mesmo espaço área para
exposição externa, interna e salas para reuniões, palestras,
congressos;
• Reformar, adequar e otimizar o uso do pavilhão já
existente;
• Desenvolver estudo da implantação considerando o
espaço de exposição necessário para a realização da Feira
Fenasucro (atualmente é o maior evento realizado no
terreno).
Após todas as analises do entrono foi realizado um
estudo de insolação com o auxilio da carta solar da cidade.
Com isso é possível definir qual a melhor direção das
fachadas para a implantação.
A análise do sol (Figura 12) permitiu definir que nas
fachadas nordeste e sudeste há sol no inverno e verão
somente na parte de manhã. Considerando o clima da
cidade, que conta com verões bastante quentes, essas se
tornam as melhores fachadas.
As fachadas sudoeste e noroeste não são muito
adequadas para a iluminação direta porque recebe o sol do
verão e inverno na parte da tarde, quando as temperaturas
estão mais elevadas.
O vento predominante é no sentido sudeste –
noroeste e é úmido e fresco, os ventos vindos do sul, são
frios e ocorrem no inverno é necessário o uso de proteção,
já o vento vindo do noroeste - sudeste é quente e seco.
Trajetória solar Vento úmido e
fresco’ Vento quente e
seco
Figura 12 – Análise insolação e ventilação. Fonte: arq. pessoal
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A partir dos dados de temperatura e precipitação
do CIAAGRO foram desenvolvidas duas tabelas para
analise de temperatura e classificação do clima.
Na tabela a seguir (Tabela 1) foi feita uma análise
das temperaturas máxima e mínima dos últimos quatro
anos (2009 a 2012) na cidade de Sertãozinho.
Foram marcadas as temperaturas máximas e
mínimas de cada mês, comparando os quatro anos. Assim
foi possível definir o ano de 2012 como ano crítico, pois
apresenta maior número de temperaturas máximas e
mínimas.
‘
MESES 2009 2010 2011 2012
T. Mx. A. (°C) T. Mn. A.
(°C) T. Mx. A. (°C)
T. Mn. A. (°C)
T. Mx. A. (°C) T. Mn. A.
(°C) T. Mx. A. (°C)
T. Mn. A. (°C)
JAN 34,5 15,0 34,6 18,5 33,8 16,2 35,0 16,3 FEV 33,5 17,1 35,0 18,1 34,8 16,8 37,8 12,0
MARÇO 36,0 16,0 33,4 15,6 34,0 16,9 36,1 14,5 ABRIL 31,4 11,0 32,9 8,9 32,8 14,0 34,0 12,4 MAIO 31,8 9,4 32,2 4,3 31,0 7,6 30,1 5,0
JUNHO 29,4 1,4 31,1 4,6 30,0 0,7 30,4 9,3 JULHO 32,0 2,7 31,6 6,5 32,3 2,5 31,8 2,8
AGOSTO 33,5 5,4 34,3 4,5 34,2 0,4 33,5 7,8 SET 34,7 11,2 37,1 9,5 36,1 8,0 36,5 5,5 OUT 33,9 13,2 36,3 9,5 37,0 14,0 38,5 12,1 NOV 35,7 17,6 33,6 11,8 35,2 11,8 38,1 14,0 DEZ 33,6 17,5 34,8 17,2 35,2 14,1 36,9 19,1
Tabela 1 - Definição ano crítico. T.Mx.A.: Temperatura máxima absoluta / T.Mn.A.: Temperatura mínima absoluta
Temperaturas críticas mensais dos anos de 2009 a 2012
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Com a definição do ano crítico foi possível
desenvolver uma outra tabela (Tabela 2) com a
classificação climática, segundo Setzer (Figura 13). A partir
da média mensal de temperatura e de precipitação.
Com os valores da média da temperatura e de
precipitação foi calculado o valor do Índice de Efetividade
de Precipitação (Iep). Com os valores encontrados de Iep e
a temperatura média foi possível classificar o clima que
está na tabela abaixo.
Figura 13 – Tabela de classificação climática segundo Setzer. Fonte:PAULINO, R. C. M.
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MESES 2012
T. Mx. A. (°C) T. Mn. A. (°C) T. média (°C) Precipitação (mm) Ipe Classificação
JAN 35,0 16,3 25,65 292,8 49,62 Tórrido/Super-Úmido
FEV 37,8 12,0 24,9 55,9 9,94 Tropical/Semi-Árido
MARÇO 36,1 14,5 25,3 173,5 30,07 Tórrido/Muito Úmido
ABRIL 34,0 12,4 23,2 36,9 7,39 Tropical/Semi-Árido MAIO 30,1 5,0 17,6 84,3 24,94 Temperado/Úmido
JUNHO 30,4 9,3 19,9 130 32,74 Sub-tropical/Muito úmido
JULHO 31,8 2,8 17,3 29,5 8,9 Temperado/Semi-Árido AGOSTO 33,5 7,8 20,7 0 0 Sub-tropical/Super-Árido
SET 36,5 5,5 21,0 92,7 21,65 Sub-tropical/Úmido OUT 38,5 12,1 25,3 61 10,57 Tórrido/Sub-Úmido
NOV 38,1 14,0 26,1 162,2 26,59 Tórrido/Úmido
DEZ 36,9 19,1 28,0 142,1 20,41 Tórrido/Sub-Úmido
Tabela 2 – Classificação climática da cidade. T.Mx.A.: Temperatura máxima absoluta / T.Mn.A.: Temperatura mínima absoluta
Dados para classificação do clima
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CONCLUSÃO ANÁLISE CLIMÁTICA
A partir da analise das tabelas (tabelas 1 e 2) é
possível afirmar que o clima na região é
predominantemente quente.
Segundo a classificação de Setzer (figura 13) o
clima é tórrido com temperaturas acima de 25°C,
predominantemente úmido e com inverno seco.
Essa análise do clima permitiu estabelecer
algumas soluções arquitetônicas para que o edifício tenha
maior conforto térmico interno (Figuar 14).
• Aberturas que permitam ventilação cruzada; • Ventilação por exaustão; • Controle de sol; •Uso de varandas.’
• Proteção para o sol da tarde;’
• Controle de sol
Brise vertical. Fonte: http://www.colegiodearquitetos.com.br
Esquema ventilação cruzada fonte - US.Green Building Figura 14 – Proposta soluções arquitetônicas
28
referências projetuais referências
projetuais
29
Figura 15 – Restaurante Oiticica. Fonte: http://cargocollective.com/rizomaarq/Restaurante-Oiticica
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Restaurante Oiticica, Inhotim – MG. Rizoma Arquitetura
O projeto do restaurante (Figura 15) feito pelos
arquitetos Thomaz Regatos e Maria Paz em Inhotim –
museu e parque a céu aberto em Brumadinho, MG – teve
como conceitos a sustentabilidade e a integração com a
paisagem.
A construção de concreto e linhas retas tem as
paredes das fachadas noroeste e sudoeste compostas por
brises metálicos verticais e com movimento de rotação
individual, que permite o controle de incidência de luz e
ventilação.
30
BRISES VERTICAIS
Figura 16 – Restaurante Oiticica ( brises)Fonte: Henrique Queiroga
Restaurante Oiticica, Inhotim – MG. Rizoma Arquitetura
A sequência de brises na posição vertical se
mistura com os troncos das árvores em volta (Figura 16),
em uma tentativa de quebrar a horizontalidade do volume,
de se misturar com a paisagem.
As grandes aberturas proporcionadas pelos brises
permite, alem de luz e ventilação, a entrada do parque
dentro do salão. Segundo os arquitetos: “A permanência do
visitante torna-se ainda mais agradável com as cores,
texturas e formas variadas do parque.”.
LINHA DE PILARES
PAREDE AUTOPORTANTE BRISES VERTICAIS
Figura 18 – Planta baixa. Fonte: http://cargocollective.com/rizomaarq/Restaurante-Oiticica, com alteração do autor, 2013.
31
Restaurante Oiticica, Inhotim – MG. Rizoma Arquitetura
PORTAS DE VIDRO
Figura 19 – Vista interna. Fonte: http://cargocollective.com/rizomaarq/Restaurante-Oiticica
DETALHE BRISES
Figura 17. Fonte: Henrique Queiroga
O salão retangular é estruturado com pilares, vigas,
lajes e paredes autoportantes de concreto moldado in loco e
fundação de estacas (Figura 18).
Os fechamentos das fachadas com brises é feito por
grandes portas de correr de vidro que ficam à 2 metros da
linha dos brises(Figura19).
32
Figura 22 – Esquema de iluminação. Fonte: http://cargocollective.com/rizomaarq/Restaurante-Oiticica
ESQUEMA DAS ABERTURAS BASCULANTES DOS SHEDS. PERMITE CONTROLAR A INCIDÊNCIA DE LUZ DENTRO DO RESTAURANTE.
Restaurante Oiticica, Inhotim – MG. Rizoma Arquitetura
A cobertura é composta por laje de concreto
impermeabilizada, manta, areia, brita , argila e terra,
formando uma camada naturamente isolante. Essa laje
conta ainda com grandes sheds com aberturas basculantes
que permitem uma ventilação cruzada dentro do
restaurante (Figura 22, 23 e 24).
33
AS ABERTURAS LATERAIS E AS ABERTURAS NOS SHEDS CRIAM UMA VENTILAÇÃO CRUZADA DENTRO DO RESTAURANTE, QUE DIMINUI A TEMPERATURA E PERMITE RENOVAÇÃO DO AR NO INTERIOR.
Figura 24 – Esquema ventilação. Fonte: http://cargocollective.com/rizomaarq/Restaurante-Oiticica, com alteração do autor, 2013.
Figura 23 – Detalhe aberturas. Fonte: Revista AU Arquitetura e Urbanismo Ano 26. Nº 211. Outubro 2011
DETALHE DAS ABERTURAS BASCULANTES
Restaurante Oiticica, Inhotim – MG. Rizoma Arquitetura
Auditório Parque Ibirapuera, São Paulo. Oscar Niemeyer
Figura 25 – Planta baixa subsolo. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005 , com alteração do autor, 2013.
34
O projeto do auditório do Parque do Ibirapuera
concluído em 2005 apresenta volumetria simples. É
formado por um único bloco que em planta tem a forma de
trapézio e em corte de triângulo (Figura 25 e 27).
O auditório é de concreto armado, com pintura
impermeabilizante branca. A marquise de acesso e a porta
dos fundos do palco são pintadas de vermelho (Figura 26 e
31), criando um contraste com o volume todo branco.
A capacidade do auditório é de 800 pessoas, mas
quando a porta dos fundos é aberta e o palco é usado para
apresentações ao ar livre o publico pode chegar à 15.000
pessoas.
No subsolo está concentrada toda
estrutura de apoio para as apresentações. Há
salas de ensaio, camarins e sala de imprensa.
Funciona também no subsolo a Escola do
Auditório, um Centro de ensino de música
(Figura 25).
Auditório Parque Ibirapuera, São Paulo. Oscar Niemeyer
35
MARQUISE DA ENTRADA PRINCIPAL EM VERMELHO CONTRASTA COM O VOLUME BRANCO
Figura 26 – Entrada principal. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005
NESSA ELEVAÇÃO DO VOLUME É POSSÍVEL VER O FORMA TRIANGULAR CITADA ANTERIORMENTE
Figura 27 – Vista lateral. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005
36
Figura 28 – Rampa de acesso. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005
Figura 29 – Planta baixa térreo. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005 , com alteração do autor, 2013.
Auditório Parque Ibirapuera, São Paulo. Oscar Niemeyer
ACESSO AO SUBSOLO
PORTA FUNDO DO PALCO
ACESSO PRINCIPAL
O foyer ganha monumentalidade com a escultura
na parede e no forro de Tomie Ohtake (Figura 33) e com a
rampa de acesso (Figura 28) à plateia, localizada do lado
esquerdo.
Nas imagens a seguir é possível ver o destaque e a
importância que a rampa e a escultura tem no foyer. São os
elementos de maior destaque no projeto.
37
Figura 30 – Planta baixa segundo pavimento. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005
Auditório Parque Ibirapuera, São Paulo. Oscar Niemeyer
A platéia também é destaque no projeto por suas
dimensões incomuns. Ela é larga (28 metros de boca de
palco) e pouco profunda (16 metros da primeira à ultima
fileira) (Figura 32).
O projeto acústico feito por José Nepomuceno
definiu inclinações de parede, forro, revestimentos e
posicionamento do sistema de som.
De acordo com Nepomuceno (PROJETO DESIGN
Edição 309 Novembro de 2005): “As paredes laterais foram
projetadas para ajustar o volume da plateia e promover
reflexões úteis entre plateia e palco. Os lambris de madeira
constituem um sistema de absorção e difusão de som com
réguas de topos diferentes e aberturas irregulares. O
lambril é interrompido nas proximidades do palco para criar
um clima acústico vivo, como os músicos preferem.
A porta que se abre para o parque, e que chama a atenção,
pesa mais de dez toneladas , devido à necessidade
de isolamento acústico”.
38
Figura 32 – Interior auditório. Fonte: http://eye4design.com.br/pedia/auditorio-ibirapuera
Figura 31 – Vista externa do palco. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005
PORTA PARA UTILIZAÇÃO DO PALCO PARA PLATEIA EXTERNA
DETALHE LAMBRIS DE MADEIRA
Auditório Parque Ibirapuera, São Paulo. Oscar Niemeyer
Apesar do volume simples a estrutura conta com
grandes vãos, que é possível pelo fato de a cobertura estar
apoiada nas paredes laterais com são duplas, com vão de
um metro que permite esconder os pilares de
contraventamento. Os únicos pilares situados no sentido
transversal estão na parte central do volume, são duas
estruturas que dividem o foyer e a platéia (Figura 34).
LINHA DE PILARES
Figura 34 – Estrutura. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005 , com alteração do autor, 2013.
39
Figura 33 – Detalhe escultura e ar condicionado.Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-auditorio-sao-14-12-2005
DETALHE GRELHA AR CONDICIONADO ENTRE A PAREDE E O FORRO
Auditório Parque Ibirapuera, São Paulo. Oscar Niemeyer
40
Centro cultural Würth – Cotia/SP
O Centro cultural Würth(Figura 35) foi construído
em 2007 para ser um centro de convenções e de
convivência para os funcionários da empresa, porém um
compromisso mundial que a empresa possui com cultura e
artes fez com que ele fosse adaptado para receber eventos
culturais.
O programa do Centro cultural foi dividido em três
pavimentos. No térreo há cozinha, bar, grêmio, sala de
ginástica, ambulatório, jardim e lago. No segundo
pavimentos estão o refeitório, cozinha e auditório – com
capacidade para receber 350 pessoas e espetáculos
teatrais, musicais e cinema – e no terceiro pavimento há
salas de treinamento, eventos e um mirante.
Acesso pelo térreo
Acesso ao terceiro pavimento
Figura 35 – Centro cultural Würth. Fonte: http://maquinasqueeugosto.blogspot.com.br/2011/10/o-centro-cultural-da-wurthespetacular.html
41
Centro cultural Würth – Cotia/SP
A proposta principal doa autores (ALMATEP e Três
Traços Arquitetura) foi incorporar o edifício aos elementos
naturais existentes no entorno (Figura 37) – o terreno está
localizado em uma área de 15 mil m², com uma lago e um
desnível de 10 metros.
Esse desnível foi explorado na implantação do
edifício. Foi feito um corte no terreno, possibilitando que o
acesso seja feito tanto pelo térreo como pelo terceiro
pavimento (Figura 35).
Foram usados painéis de vidro e grandes janelas
para maior aproveitamento da luz solar. Na parte externa
das janelas foram colocados brises para bloquear a
incidência de luz solar direta, diminuindo o calor e a
necessidade do uso de aparelhos de ar condicionado
(Figura 36).
Figura 37 – Exterior. Fontehttp://estudio4tecnologia.blogspot.com.br/2012/08centro-de-convencoes-wurth-barbara.htm
Figura 36 – Interior. Fonte: http://estudio4tecnologia.blogspot.com.br/2012/08centro-de-convencoes-wurth-barbara.html
Integração do edifício com o entorno
DETALHE DOS BRISES
42
Centro cultural Würth – Cotia/SP
A rampa em forma espiral é o elemento mais
imponente do projeto (Figura38). Com vigas metálicas e
pilares de concreto armado, ela não possui fechamento
laterais, possui apenas uma cobertura com uma abertura
no centro da rampa, garantindo iluminação e ventilação
natural. O fato de não ter fechamentos laterais garante ao
usuário contemplação e integração com a natureza que foi
preservada ao redor do edifício (Figura39).
Figura 39 – Vista geral do edifício. Fonte: http://estudio4tecnologia.blo'gspot.com.br/2012/08centro-de-convencoes-wurth-barbara.html
Figura 38 – Rampa de acesso. Fonte: http://estudio4tecnologia.blogspot.com.br/2012/08centro-de-convencoes-wurth-barbara.html
PILARES DECONCRETO ARMADO
43
CONCLUSÃO LEITURAS PROJETUAIS
A partir das leituras do projetos de referências é
possível estabelecer parâmetros para o desenvolvimento
do projeto no que diz respeito à adequação ao clima e ao
acesso e circulação, que foram os critérios utilizados nas
leitura e usado no desenvolvimento do projeto.
O restaurante Oiticica explora a ventilação e
iluminação natural, através de elementos flexíveis, como os
brises e a cobertura do tipo sheds.
Essa característica analisada no restaurante
Oiticica é utilizada no projeto, através dos brises para
melhor aproveitamento da iluminação e ventilação natural.
O Auditório do Ibirapuera tem como elemento mais
significativo a rampa de acesso, com um formato curvo
permite que o caminho não seja visto como uma simples
ligação entre dois pavimento, mas como um passeio, sendo
possível observar o pavimento inferior e a grande escultura
existente na parede.
O Centro cultural Würth utiliza as duas
características que foram analisadas no projetos anteriores,
que são: uso de brises que controla a incidência direta de
sol e permite ventilação natural; e rampa como acesso
principal e elemento mais imponente do edifício.
A rampa permite que o trajeto seja feito como um
passeio, onde o usuário pode contemplar a natureza
preservada no entrono da edificação.
Esta forma de trajeto é explorado no projeto do
Centro de Convenções de Sertãozinho através de rampas
dentro dos edifícios.
A iluminação e ventilação natural também são
exploradas no projeto. A iluminação é controlada através
de brises verticais na fachada sudeste e com uma parede
de cobogó na fachada nordeste.
.
projeto desenvolvimento do
45
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
O desenvolvimento do projeto é feito a partir das
análises da área de implantação – clima, insolação,
pavilhão existente - e da definição do programa de
necessidade e do fluxograma (Figura 40).
Figura 40 - Fluxograma
Estudo 2 Estudo 1
46
A partir do fluxograma(Figura 40) são definidos
os principais eixos de circulação. Esses eixos são
colocados no terreno para orientar os primeiros estudos de
implantação e volumetria.
São feitos dois estudo para a implantação dos
eixos de circulação. O terreno apresenta forma retangular.
Assim no primeiro estudo (Figura 41) os eixos de circulação
não apresentam compatibilidade com a forma do terreno. O
edifício está implantado com seu lado mais extenso no lado
que o terreno é menor.
No segundo estudo (Figura 42) os eixos de
circulação estão girados em um ângulo de 90° para que o
terreno seja ocupado de forma mais harmoniosa – a
extensão maior de circulação com a maior extensão do
terreno.
Figura 41 – Estudo de implantação 1 Figura 42 – Estudo de implantação 2
e descritivo memorial justificativo
48
MEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVO
A globalização, a facilidade de transporte e de troca
de informações, permitiu o crescimento do turismo de
negócios. Com isso surgiu a necessidade de espaços para
eventos em geral.
A partir disso e da análise dos eventos que
atualmente são realizadas na cidade de Sertãozinho foi
desenvolvido o projeto de um Centro de Convenções na
cidade.
O partido arquitetônico surgiu da premissa de ter
uma edificação adequada ao clima e que proporcionasse
conforto aos usuários explorando ao máximo a ventilação e
iluminação natural. A partir disso, o programa de
necessidades foi distribuído. Áreas de grande permanência
estão locadas na parte sudeste da edificação, que é a face
que recebe o sol da manhã o ano todo e ventos úmidos e
frescos. Na parte noroeste do edifico que é a face que
recebe o sol da tarde o ano todo estão os sanitários e
acessos (escadas e elevadores).
Considerando as informações de ventos e
insolação a cobertura foi desenhada com forma curva para
o melhor aproveitamento da ventilação.
A frente do terreno está voltada para o Rodovia
Armando de Salles Oliveira, que possui grande fluxo.
Considerando isso o estacionamento do edifício está
implantado na parte da frente do terreno, para que os
ruídos oriundos da rodovia não influenciem nas atividades
desenvolvidas no edifício.
O acesso de veículos dos usuários do edifício é
feito pelo lado direito do terreno ao lado do estacionamento
(Figura 43).
O acesso de serviços está situado do lado
esquerdo do estacionamento, passando por trás do
pavilhão existente( Figura 43).
Acesso público
Acesso serviços
Figura 43 – Acessos
Acesso pedestres
49
O projeto conta com a estrutura do pavilhão
existente no terreno e com um novo edifício.
O novo edifício está dividido em três pavimentos,
sendo que o principal acesso vertical é feito através de uma
rampa que corta as duas lajes do edifício, resultando em
uma área livre com pé direito alto.
No térreo está locado o setor administrativo, uma
área de convivência no centro da rampa e os camarins do
auditório.
No segundo pavimento estão as salas de múltiplo
uso, auditório e foyer.
No terceiro pavimento foi colocado o restaurante
que está à 9,80 metros acima do nível térreo, permitindo
uma vista privilegiada da cidade.
Para fazer a ligação entre o edifício e o pavilhão há
uma passarela que sai do nível do restaurante e chega até
um dos dois mezaninos que foram implantados no pavilhão.
Além dos mezaninos, em níveis diferentes, que abrigam
espaços de convivência e cafeteria, a cobertura do pavilhão
também foi alterada.
Com o estudo de insolação e ventilação (Figura 12)
são determinadas algumas soluções arquitetônicas que
são: brises verticais de concreto na fachada sudeste para
controle de insolação, o fechamento interno aos brises são
portas de correr de vidro, desenvolvidas com referencia aos
brises do Restaurante Oiticica em Inhotim, MG (Figura 17).
As brises estão com inclinação de 30°, que foi definida
através da análise da carta solar. Na fachada nordeste usa-
se uma parede de cobogó afastada dois metros do edifício.
Nesse espaço entre o edifício e a parede tem um jardim,
que cria um microclima permitindo que a ventilação que
entra por essa fachada seja mais agradável (Figura 44). Os
elementos vazados permitem controle de iluminação e
passagem de ventilação.
Vento quente
Microclima criado por vegetação
Vento fresco
Figura 44 – Esquema ventilação
50
Os materiais construtivos foram definidos
pensando na redução da produção de entulhos. Os
elementos estruturais são pré fabricados de concreto
(pilares e vigas), exceto no auditório que devido ao grande
vão (17 metros) foi necessário colocar um viga metálica
que permite uma altura menor. Os fechamento são de
placas de concreto pré moldado e as esquadrias em
alumínio.
As paredes do auditório são mais grossas por
possuírem tratamento acústico.
A cobertura será executada com estrutura
metálica e telhas de alumínio com tratamento térmico e
acústico, já que tanto o pavilhão como o edifício não terão
laje nem forro.
A passarela de ligação entre o pavilhão e o
restaurante, será estruturada com viga Vierendeel metálica,
que foi escolhida devido ao grande vão existente entre os
edifícios.
FINANCEIRO
ALMOXARIFADO
COPA
MKT EVENTOS
ELEVADOR ELEVADOR
W.C. MASC. W.C. FEM.
i=8
,10
%
Si=8,10%
S
i=8
,10
%
Si=8,10%
+0,00
8,58
+3,56
+2,50 +1,063
,28
2,55
REC. HUMANOS
3,20
4,4
8
3,04 3,18
3,12
3,12
3,2
05
,20
3,12
3,65
3,5
5
1,4
7
6,33
4,623,00
0 2 4 16 m8
26
,41
3,2
8
3,3
3
S
S
S
S
A A
B
B
C
C
+0,53
6,5
06
,50
8,93
+1,78
+3,03
+4,20
7,19
Si=8,10%
3,6
5
1,65
8,30
1,53
12,60
12,60
2,17
1,67
8,30
+0,00
+0,45
+1,13
+0,00
+0,45
+1,13
DIRETOR 1DIRETOR 2
6,45
W.C. MASC.3,7
0 W.C. FEM.
CIRC.
1,6
2
1,20
6,1
3 3,00
3,3
3
3,00
3,3
3
1,2
8
9,57
1,20
10
,33
1,20
1,0
5
5,77
6,97
2,7
3
S
i=8
,10
%
2,25
2,0
06
,50
6,5
02
,00
2,00 8,83 8,93 2,00
2,0
0
2,00
5,2
4
2,00
Si=8,10%
SS
i=8
,10
%
SS
S
N
planta baixa
3,2
8
2,55
5,15
8,95
9,4
21
,10
5,15
7,85
0,9
3
0,9
1
1,8
3
7,85
2,0
0
0,9
00
,90
7,85
1,1
0
2,0
0
1,8
3
0,9
0
0,9
3
3,3
3
2,55
+0,00
+0,00
N
planta com layout
ELEVADOR ELEVADOR
i=8
,10
%
Si=8,10%
S
i=8
,10
%
Si=8,10%
+0,00
8,58
+3,56
+2,50
+1,06
4,62 3,00
26
,41
+0,53
6,5
06
,50
8,93
+1,78
+3,03
+4,20
7,19
S i=8,10%
3,6
5
1,65
S
i=8
,10
%2,25
2,0
06
,50
6,5
02
,00
2,00 8,83 2,00
2,0
0
2,00
5,2
4
2,00
1,93
Si=8,10%
SS
i=8
,10
%
SS
S
20 4 8
3,2
8
2,55
3,2
83
,33
S
S
S
S
5,15
8,95
9,4
21
,10
5,15
7,85
0,9
3
0,9
1
1,8
3
7,85
2,0
0
0,9
00
,90
7,85
1,1
0
2,0
0
1,8
3
0,9
0
0,9
3
3,3
3
2,55
FINANCEIRO
ALMOXARIFADO
COPA
MKT EVENTOS
W.C. MASC. W.C. FEM.
REC. HUMANOS
3,20
4,4
8
3,04 3,18
3,12
3,12
3,2
05
,20
3,12
3,65
3,5
5
3,70
3,5
51
,47
6,33
DIRETOR 1DIRETOR 2
6,45
W.C. MASC.
3,7
0
W.C. FEM.
CIRC.
1,6
2
1,20
6,1
3 3,00
3,3
3
3,00
3,3
3
1,2
8
9,57
1,20
10
,33
1,20
1,0
5
5,77
6,97
2,7
3
6,0
8
N N
planta com layout
20 4 8
planta com layoutsetor administrativo
20 4 8
ELEVADORELEVADOR
7,32
6,36
7,60
5,0
8
5,0
8
5,0
8
5,0
8
5,0
8
7,41
4,81
3,56
1,53
12,60
12,60
1,50
8,30
3,56
1,66
12,60
12,61
1,53
1,67
4,64
3,5
5
3,70
3,5
5
1,60
3,0
2
1,60
1,63
3,4
1
3,6
71,8
0
1,7
6
1,65
1,65
3,6
7
12,75
2,3
2
12,70
1,9
9
SEGUNDO PAVIMENTO
16 m0 2 4 8
i=8
,33
i=8,33%
i=8
,33
%
i=8,33%
8,58
+8,44
+7,36 +5,88
10
,79
+5,34
6,5
06
,50
8,93
+6,62
+7,90
+9,15
7,19
i=8,33%
2,2
5
2,00
i=8,33%
i=8
,33
%
8,30
A A
B
B
C
C
S
S
S
S
+2,01+1,82
+1,14
+0,46
+0,00
1,5
3
3,06
1,5
3
1,5
3
+2,01
+1,82
+1,14
+0,46
+0,00
S
D
S
S
S
S
S
S
SS
SS
i=8
,33
SS
N
3,0
5
3,1
93
,84
+2,01
1,8
5
2,0
0
+1,00+4,80
+0,00
+1,009,4
2
7,85
0,9
0
0,9
0
7,85
1,1
0
0,9
0
0,9
0
7,85
1,8
3
0,9
3
7,85
0,9
3
7,17
4,53 4,62 3,00
1,3
0
2,0
0
3,73
4,0
0
1,71
3,0
2
3,0
5
3,5
23
,05
SEGUNDO PAVIMENTO - EVENTOS
planta baixa
+4,80
SEGUNDO PAVIMENTO
planta com layoutsalas para eventos em
N
ELEVADORELEVADOR
7,32
6,367,60
5,0
8
5,0
8
5,0
8
5,0
8
5,0
8
4,64
3,5
5
3,70
3,5
5
1,60
3,0
2
1,60
1,63
3,4
1
3,6
71,8
0
1,7
6
1,65
1,65
3,6
5
i=8
,33
i=8,33%
i=8
,33
%
i=8,33%
8,58
+8,44
+7,36 +5,88
10
,79
+5,34
6,5
06
,50
8,93
+6,62
+7,90
+9,15
7,19
i=8,33%
2,2
5
2,00
i=8,33%
i=8
,33
%
A
S
D
S
S
S
S
S
S
SS
SS
i=8
,33
SS
5,65
7,34 7,17
+1,00
4,53
3,0
4
1,71
2,0
0
8,83
6,5
06
,50
4,0
0
20 4 8
4,62 3,00
1,4
5
N
SEGUNDO PAVIMENTO
planta com layout
3,56
1,53
12,60
12,60
1,50
8,30
1,53
3,56
1,66
12,60
12,61
1,53
1,67
1,60
3,0
2
1,60
1,63
3,4
1
3,6
71,8
0
1,7
6
1,65
1,65
3,6
7
12,75
2,3
2
12,70
1,9
9
4,928,30
S
S
S
S
+2,01
+2,01+1,82
+1,14
+0,46
+0,00
1,5
3
3,06
1,5
3
1,5
3+2,01
+1,82
+1,14
+0,46
+0,00
SS
18,02
17,84
1,8
5
2,0
0
+1,00+4,80
+0,00
+1,00
9,4
21
,10
7,85
0,9
0
0,9
0
7,85
1,1
0
0,9
0
0,9
0
7,85
1,8
3
0,9
3
1,8
3
7,85
0,9
3
20 4 8
ELEVADORELEVADOR
14,45
6,0
7
3,50
2,3
7
3,00
2,1
7
3,443,86
2,5
23
,55
3,5
5
5,85
7,75
2,33 4,62 3,00
8,25
22
,74
22
,14
3,7
9
TERCEIRO PAVIMENTO16 m0 2 4 8
A A
B
B
C
C
D
N
4,15
1,60
3,5
5
1,4
52,0
0
2,40
1,3
2
3,68
5,7
9
53,05
2,3
7
26,65
19
,92
TERCEIRO PAVIMENTO -RESTAURANTE
planta baixa
1,60
+9,80
TERCEIRO PAVIMENTO -RESTAURANTE
acessos/varanda/
detalhes brises
planta com layout
3,7
9
53,04
3,3
9
5,7
9
4,623,00
2,0
0
1,4
5
1,90
0,18
20 4 8
3,68
TERCEIRO PAVIMENTO -RESTAURANTE
varanda
6,0
7
3,50
2,3
7
3,00
2,1
7
3,443,86
2,5
23
,55
3,5
5
8,25
14,45
3,443,86
2,5
2
3,5
5
5,85
7,75
8,25
22
,74
4,15
1,60
3,5
5
1,3
2
2,3
7
26,65
19
,92
1,60
20
,00
planta com layout
20 4 8
CORTE CC
0 2 4 8
+9,80
+4,80
+0,00
CORTE BB
0 2 4 8
+9,80
+0,00
+2,01
CORTE AA
0 2 4 8
+9,80
+4,80
+0,00
A A
B C
CB
+9,80
+8,00
0 2 4 8
56,98
cortes
3,7
6
0,6
0
4,6
5
4,0
5
2,9
8
4,2
5
0,6
0
4,8
5
5,0
0
14
,80
+1,008
,65
7,0
3
7,8
3
6,8
0
1,4
0
3,5
0
+1,00
4,0
0
2,1
0
2,1
0
2,1
0
2,5
0
0,8
03
,05
5,0
6
5,2
1
4,3
1
4,7
3
3,8
5
1,0
0
0,3
4
3,6
5
4,0
0
6,6
4
1,0
0
5,6
2
4,0
5
0,6
0
5,0
1
4,0
0
5,2
2
4,3
1
3,6
5
4,8
5
2,4
5
2,3
0
4,2
50
,60
3,0
43
,00
3,0
0
3,7
1
4,8
0
66
,82
16 m0 2 4 8
D D
E
8,45
8,4
58
,45
8,45
8,4
58
,45
8,458,45
8,4
5
8,4
5
8,458,45
+8,00
+6,67
66
,82
261,84
MEZANINO 2
MEZANINO 2
+7,34
35
,56
16,33
+6,00 +5,33 +4,67
+4,00
+3,34 +2,67 +2,00 +1,33
+0,66
0,00
+4,00
planta baixa
8,00
8,0
0
8,00
8,0
08
,00
8,008,00
8,0
0
8,0
0
8,00
8,00
+8,00
+7,34
+6,67 +6,00 +5,33 +4,67
+4,00 +4,00
+3,34 +2,67 +2,00 +1,33
+0,66
MEZANINO 2
MEZANINO 2
17,61
30
,78
15,61
33
,68
16 m0 2 4 8
PLANTA COM LAYOUT MEZANINOS
planta baixa com layout mezaninos
31
,64
7,8
5
3,0
0
CORTE EE
16 m16 m0 2 4 8
cortes
CORTE DD
16 m16 m0 2 4 8
+4,00
+8,00
0,4
0
7,4
5
6,7
8
6,5
1 7,1
8
15
,20
1,3
61
2,9
5
11
,45
0,6
9
12
,13
14
,30
3,0
0
4,1
3
14
,10
8,0
0
4,0
0
+4,00
+8,00
8,0
0
DETALHE B
16 m16 m0 2 4 8
8,0
0
15
,00
65
Vista geral do Centro de Convenções
Pavilhão existente, com alterações Edificação nova
66
Vista geral do Centro de Convenções
Parede de cobogó Passarela de ligação entre o pavilhão e o restaurante
67
Vista interna – espaço convivência
Vista interna – varanda restaurante com brises
finais considerações
69
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desse trabalho foi elaborar um Centro de
Convenções para a cidade de Sertãozinho com
característica de marco urbano, sustentabilidade e melhoria
na estrutura para receber as feiras que já são realizadas na
cidade.
A cobertura com forma orgânica atribuiu destaque
ao edifício e ao pavilhão existente, o que pode ser
entendido como marco urbano para a cidade.
Quanto a sustentabilidade o objetivo foi
parcialmente atingido, devido ao pouco tempo para a
elaboração do projeto não foi possível considerar todos os
aspectos para a execução de um projeto totalmente
sustentável. Para a elaboração do projeto foi feita uma
análise detalhada do clima da cidade, através do estudo da
carta solar e da classificação climática segundo Setzer,
onde foi possível identificar o clima predominante e buscar
soluções arquitetônicas que torna-se o edifício mais
confortável em relação à temperatura e iluminação interna.
A reformulação do pavilhão existente e o projeto do
novo edifício com auditório e salas para múltiplos uso,
possibilita a melhoria de toda a infra estrutura necessária
para as feiras e eventos realizados na cidade e para atrair
novos eventos.
Esse projeto é viável para uma parceria público
privada, pois sua concepção trará benefícios tanto para o
município - movimentação econômica da cidade com
hotéis, restaurantes, entre outros – como para as empresas
- atração de encontros comerciais, feiras de produtos,
entre outros.
bibliográficas referências
71
REFERÊNCIAS
Livros
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Periódicos
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72