ceasm - francisco overlande - história “temos o direito a ... · império romano do ocidente....

12
CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.” (Boaventura de Sousa Santos) FEUDALISMO Modos de Produção

Upload: others

Post on 28-May-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

FEUDALISMO

Modos de Produção

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

O Feudalismo e o Período Medieval

O período medieval caracterizou-se pela preponderância do feudalismo, estrutura econômica, política e cultural que se edificou progressivamente na Europa centro-ocidental em substituição à estrutura escravista da Antiguidade romana. As expressões Idade Média e Moderna foram criadas durante o Renascimento no século XV. Demonstrando repúdio ao mundo feudal, os renascentistas forjaram tendenciosamente a concepção de que a Idade Média fora “uma longa noite de mil anos”, a “Idade das Trevas”, em que mergulhara a cultura clássica, após a queda de Roma.

O feudalismo europeu foi sendo estruturado gradativamente no decorrer da Alta Idade Média (séculos V ao XI) e atingiu sua configuração efetiva por volta do nono século. Esse modo de produção estruturou toda a sociedade, política, economia, e cultura européia sob valores e tradições que determinaram as características do mundo europeu.

Estrutura Econômica - Características Gerais do *Modo de Produção

Os homens, com o trabalho, transformam a natureza da qual extraem

bens necessários à sobrevivência. Ao mesmo tempo estabeleceram relações entre si, originando vínculos econômicos, sociais, políticos e ideológicos. Na Idade Média, o processo de produção dominante – o feudal – teve relações sociais e uma ordem política e cultural específicas. A essa estrutura econômico-social com os adequados componentes político-culturais chamamos de modo de produção feudal. Um conceito que abrange uma totalidade social.

Este modo de produção predominou na Europa durante a Idade Média

(séculos V ao XV). Estava centrado na produção do setor primário (agricultura) predominante em relação a qualquer outra atividade. Era claramente uma sociedade agrícola e esta atividade envolvia a grande maioria da população. É preciso considerar a presença de artesãos ambulantes e a realização de um comércio, apesar de irregular e de intensidade que variava de região para região. A Economia Feudal se caracterizava por:

Ser voltada para a subsistência; cada feudo (grande propriedade rural dominada por um nobre, unidade de produção básica da economia feudal) procurava produzir o que consumia.

Ter escasso uso de moedas; as trocas eram poucas e de caráter local, geralmente feitas de forma natural, isto é, produto por produto. Quase não havia moeda e as que existiam eram entesouradas;

* Modo de Produção: Conceito marxista que designa uma articulação dada historicamente entre um determinado nível e formas de desenvolvimento das forças produtivas, e as relações de produção que lhes correspondem.

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

Pouca produtividade; as técnicas eram rudimentares, resultando em uma produção muito baixa emn relação ao trabalho empregado e a terra ocupada;

Baseada na agricultura; as atividades urbanas praticamente desapareceram na Europa com o fim do Império Romano do Ocidente.

SOCIEDADE FEUDAL – ESTRUTURA SOCIAL

Socialmente o feudalismo era uma sociedade de ordens,

ou seja, estratificada em grupos com pouquíssima possibilidade de mobilidade social, de base Estamental. A posse da terra era o critério de diferenciação dos grupos sociais

Os Oratores (Os que Oram / Clero)

Encarregados de serem os intermediários na união de Deus com os homens, eram os membros da Igreja Católica, a grande instituição da Idade Média. Os clérigos exerciam poderoso controle sobre a conduta dos homens, elaborando o código de comportamento moral de ação social, e de valores culturais.

Os Bellatores (Os que combatem / Nobreza)

Tinham a obrigação de garantir a proteção dos outros grupos perante as ameaças. Eram os nobres

guerreiros, senhores feudais e senhores da guerra, praticada pelos mais diversos no mundo feudal. Os Nobres estavam vinculados por uma Suserano Nobre mais poderoso / Vassalo Nobre menos poderoso

Fundamental

entender as

relações de poder

na organização da

sociedade feudal,

blza?

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

Os Laboratores (Os que trabalham / Servos)

Exerciam sua função na lavoura e na pecuária garantindo o

sustento dos outros grupos sociais; estavam submetidos a uma série de obrigações para com seu senhor:

Corveia: durante parte da semana o servo trabalhava nas plantações do seu senhor produzindo diretamente para ele.

Talha: parte da produção pessoal do servo deveria ser dada ao seu senhor.

Banalidades: tributos pagos pelo uso das ferramentas e instrumentos dos senhores.

Capitação: imposto pago por pessoa da família dos servos. Mão-Morta: imposto pago pela morte dos familiares dos

servos.

Estrutura Política

Fragmentação política, não havia um poder central. Com a crescente importância da terra na vida

econômico-social, os detentores de terra passaram a exercer maior poder político. O Rei era o Suserano dos suseranos.

Estrutura Militar

O feudalismo baseava-se na superioridade de um guerreiro altamente

especializado, o cavaleiro. A condição de guerreiro era intrínseca ao aristocrata feudal, pois o poder militar desempenhou papel fundamental no feudalismo.

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

BAIXA IDADE MÉDIA / TRANSIÇÃO FEUDO CAPITALISTA

Cruzadas

Inegavelmente a religiosidade do

homem medieval foi um fator determinante para a organização das Cruzadas. Entretanto, outros fatores, como a marginalização decorrente do crescimento demográfico e a persistência do direito de primogenitura. As cruzadas apesar de uma motivação espiritual pregada pelo papa Urbano II veio atender aos anseios de boa parte da população européia da época, pois carregavam para o Oriente o excedente populacional da Europa, enquanto acenavam com a possibilidade de novos feudos para os grandes senhores e trabalho para a pequena nobreza marginalizada. A principal consequência das Cruzadas foi o enriquecimento das cidades italianas. Vale ressaltar, que mesmo não tendo alcançado seu objetivo, as cruzadas deram um estímulo à atividade comercial Européia no Mar Mediterrâneo, fator fundamental para acelerar a transição para o capitalismo.

Renascimento Comercial e Urbano

Com a retomada do Mediterrâneo pelas cidades

italianas, o comércio ressurgiu na Europa através das rotas que atravessavam todo o continente. Nos cruzamentos dessas rotas terrestres, surgiram as feiras, que atraíam grandes contingentes populacionais. As novas rotas comerciais limparam as estradas e fizeram ressurgir as transações em moeda, enriquecendo os comerciantes. Esse novo grupamento, os burgueses, expandiu as transações comerciais e enfraqueceu os nobres. A vida urbana renasceu com as Hansas ou Ligas, que eram associações de mercadores de diversas cidades, principalmente no norte da Europa.

RENASCIMENTO COMERCIAL

Camponeses fugiam dos feudos em busca de melhores oportunidades nas cidades

Servos que ficaram nos feudos passaram a lutar por seus direitos

Obrigou os nobres a disporem de parte da riqueza acumulada

Mercadores passaram a enriquecer cada vez mais

Fim da sociedade estamental

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos) EXPANSÃO DO COMÉRCIO Necessidade de novos espaços para negócios Áreas descampadas dos feudos Pontos de parada de caravanas Abrigos de comerciantes na estradas Antigas cidades do final do Império Romano

Capitalismo e renascimento comercial A partir dos séculos XV e XVI, a expansão da rede comercial incorporou e provocou o desenvolvimento tecnológico. As invenções da caravela, da bússola e do astrolábio criaram novas possibilidades de navegação a longa distância. Foi o momento da transição do feudalismo para o capitalismo. O feudalismo apoiava-se numa relação social definida pela dependência entre senhores e vassalos, no trabalho servil, numa economia rural que tendia à auto-suficiência e num sistema político descentralizado. No capitalismo, as empresas especializam-se na produção de um determinado produto, possibilitando o intercâmbio de diferentes mercadorias. O Capitalismo comercial inaugurou, assim, o comércio em larga escala e intercontinental, integrando América, África, Europa e Ásia. O uso da pólvora foi fundamental para a submissão dos povos que compulsoriamente se viram integrados à nova ordem econômica européia. O Mercantilismo, doutrina econômica e política do capitalismo comercial, criou as bases de uma nova geografia européia e mundial. Fortaleceu a unificação territorial a partir de um governo centralizado, dando origem aos Estados Nacionais europeus. Ao mesmo tempo em que se desenvolvia o comércio em larga escala, ocorria o desenvolvimento da manufatura, em substituição às corporações de ofício remanescentes do período feudal

Crise do Feudalismo – A Crise do século XV.

A crise do Feudalismo é consequência direta do desgaste da estrutura Feudal, ou seja, a crise resultava das

características do próprio feudalismo. A convivência do feudalismo com o desenvolvimento urbano e comercial resultou no final da Idade Média, em diversas crises decorrentes da incompatibilidade dos dois sistemas.

RENASCIMENTO URBANO

PARA CONSTRUIR NOVAS CIDADES, OS COMERCIANTES TINHAM QUE PAGAR IMPOSTOS AOS NOBRES

PARA PROTEGER AS CIDADES OS COMERCIANTES CONSTRUIAM MURALHAS – BURGOS (FORTALEZAS)

OS HABITANTES DOS BURGOS ERAM CHAMADOS BURGUESES

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

Crise Econômica – derivava da exploração agrícola predatória e extensiva;

Crise Demográfica – diminuição do ritmo de crescimento (agravada drasticamente pela Peste Negra);

Crise Social – alteração na composição das camadas sociais e nas relações entre elas;

Crise Política – decorrente da centralização monárquica

Crise Clerical – decorrente da insatisfação em relação ao papel desempenhado pela Igreja,

Crise Espiritual – decorrentes do surgimento de um misticismo e da angústia coletiva que perturbava os homens dos séculos XIV e XV.

A grande Fome: alguns autores apontam como uma crise de produção A Peste Negra: Epidemia de peste bubônica, causada por uma bactéria transmitida pela pulga do rato. Fala-

se em uma pandemia que pode ter matado 75 milhões de de pessoas, um terço da população européia da época.

Guerra dos Cem Anos: Disputa entre franceses e ingleses por questões dinásticas e influência sobre territórios na Europa Continent al

Revolta Camponesas Diante de tantas crises, bem como, da crise agrária fazia-se necessária a conquista de novas áreas produtoras.

Diante da crise demográfica fazia-se necessário o domínio sobre as populações não-européias. Diante da crise monetária fazia-se necessária a descoberta de novas fontes de minérios. Diante da crise social fazia-se necessário um monarca forte, controlador das tensões e das lutas sociais. Diante da crise político-miilitar fazia-se necessária uma força centralizadora e defensora de toda a nação. Diante da crise clerical fazia-se necessária uma nova Igreja. Diante da crise espiritual fazia-se necessária uma nova visão de Deus e do homem. Começava novos tempos

Igreja Medieval

A Idade Média foi marcada por intensa religiosidade, tratava-se de uma sociedade eminentemente cristã. A Igreja Católica, instituição que sobreviveu à queda do Império Romano do Ocidente, era a portadora da verdade e detentora de enorme poder espiritual. Intermediária entre Deus e os homens, promovia a conversão dos pagãos, zelava pela difusão dos princípios cristãos e combatia as heresias, o clero interpretava a realidade social e pregava a subordinação dos camponeses, pois divulgava que cada setor social devia cumprir suas funções: aos membros do clero cabia rezar, aos nobres, guerrear, e aos servos trabalhar. Além do poder espiritual, a Igreja também tinha poder temporal, pois detinha amplos domínios territoriais – era a maior proprietária de terras da Europa – e acumulava riquezas por meios de doações que recebia e tmabéma a cobrança do dízimo, imposto equivalente a 10% dos rendimentos dos fiéis. Em 1054, divergências dogmáticas e disputas políticas entre o Papa e o imperador bizantino culminaram com a divisão da cristandade em duas Igrejas: a Católica Romana, com sede em Roma, e a Católica Ortodoxa com sede em Constantinopla. Esse episódio foi denominado Cisma do Ocidente

Formação das Monarquias Nacionais

As rígidas estruturas do sistema feudal, entretanto, constituíam verdadeiros entraves ao desenvolvimento da principal atividade dos burgueses, o comércio. A existência de diferentes moedas, tributos, pesos, medidas e leis, que variavam de feudo para feudo, dificultava a expansão da atividade comercial. Havia portanto, um grande interesse por parte da burguesia em instituir um poder forte e centralizado, que pudesse suplantar a autoridade da nobreza, eliminando o particularismo feudal. Ao mesmo tempo, havia o interesse dos reis, que desejavam fortalecer-se politicamente, submetendo a nobreza e limitando a atuação da Igreja. Assim a partir do séc. XI a união dos reis e da burguesia pelos mesmos interesses levou ao processo de formação das monarquias nacionais. A centralização do poder, embora progressiva permitiu que se instituíssem em diversos países impostos, moedas, exércitos e justiça de abrangência nacional. Ex.: Monarquia Francesa, Monarquia Inglesa, Monarquias Nacionais Ibéricas :Espanha e Portugal.

Sociedade Teocêntrica

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

01. (UECE - 2015) A primeira maneira de integrar-se é tornar-se cristão. Assim, no início do século X, o chefe normando Rollon aceita ser batizado. Ele muda de nome, adotando o de seu padrinho, Robert. Com ele, todos os guerreiros que o cercam mergulham nas águas do batismo. Por volta do ano 1000, o duque da Normandia chama um homem que sabia escrever bem o latim, formado nas melhores escolas \u2013 o portador da cultura carolíngia mais pura. Encomenda-lhe uma história dos normandos. Nela vemos como se deu a integração, ao menos, entre os aristocratas. Eles firmaram com as famílias dos países francos, casamentos que foram, com o cristianismo, o fator essencial do enfraquecimento das disparidades étnicas e culturais. Tornavam-se realmente participantes da comunidade do povo de Deus assim que começassem a compreender alguns rudimentos de latim e se pusessem a construir igrejas na tradição carolíngia.

DUBY, G. Ano 1000, Ano 2000. Na pista de nossos medos. Trad. Eugênio Michel da Silva e Maria Regina L. Borges-Osório. São Paulo:Editora UNESP, 1998.

Segundo o texto de G. Duby, o batismo de Rollon é nitidamente a) um ato político. b) uma necessidade para o casamento. c) uma reivindicação de nacionalidade. d) um aprendizado da língua latina.

02) Observemos apenas que o sistema dos feudos, a feudalidade, não é, como se tem dito frequentemente, um fermento de destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário, para responder aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda reorganização dos sistemas de autoridade […]. (Jacques Le Goff. Em busca da Idade Média, 2008.) Segundo o texto, o sistema de feudos a) representa a unificação nacional e assegura a imediata centralização do poder político. b) deriva da falência dos grandes impérios da Antiguidade e oferece uma alternativa viável para a destruição dos poderes políticos. c) impede a manifestação do poder real e elimina os resquícios autoritários herdados das monarquias antigas. d) constitui um novo quadro de alianças e jogos políticos e assegura a formação de Estados unificados. e) ocupa o espaço aberto pela ausência de poderes centralizados e permite a construção de uma nova ordem política.

ACADEMIA DAS SINAPSES

EXERCITANDO PARA NÃO ESQUECER

“Não deixa o sambar morrer... nem esse

neurônio....”

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos) 03) Eis dois homens a frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece “o homem” de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se na boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes – muito simples e, por isso mesmo, eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às coisas – os gestos que serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.

(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.) O texto e a imagem referem-se à cerimônia que (A) consagra bispos e cardeais. (B) estabelece as relações de vassalagem. (C) estabelece as relações de servidão. (D) consagra o poder municipal. (E) estabelece as relações de realeza.

04) Sobre o sistema feudal na Idade Média, é correto afirmar que

A) a economia é agrícola e pastoril, descentralizada e voltada para o mercado externo. B) a sociedade estrutura-se como uma pirâmide, cuja base é formada pelos servos; o meio, pela nobreza; e a parte superior, pelo clero. C) a burguesia é a classe social econômica e politicamente mais poderosa. D) a Igreja Católica consolida seu poder após o declínio do feudalismo. E) a suserania e a vassalagem constituem-se em relações políticas entre os servos e os membros do clero. 05) (UEL-PR) “[...] o aumento demográfico, ocorrido do século XI ao XVI, permitiu a multiplicação da nobreza cada vez mais parasitária. Seus hábitos de consumo tornaram-se mais exigentes e maiores, o que determinava uma necessidade de renda cada vez mais elevada. Segue-se, pois, uma superexploração do trabalho dos servos, exigindo-se destes um maior tempo de trabalho [...]”. O texto descreve uma das causas, na Europa, da: a) formação do modo de produção asiático. b) consolidação do despotismo esclarecido. c) decadência do comércio que produziu a ruralização. d) crise que levou à desintegração do feudalismo. e)prosperidade que provocou o processo de industrialização. 06) A crise do feudalismo na Europa ocidental marcou o fim da Idade Média. Dentre as causas que são atribuídas à crise, NÃO podemos incluir:

A) A Guerra dos Cem Anos.

Miniatura do Liber feudorum

Ceritaniae, século XIII

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos) B) A Jacquerie. C) A Revolução Industrial. D) A Peste Negra. E) A insalubridade das cidades. 07) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto… Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz.

ALDALBERON DE LAON, In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em: a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponestas. b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica. c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas. d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária. e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica. 08) 1- Leia o texto abaixo e responda às questões. O texto explica o sentido do termo vilão na Idade Média.

O termo vilão, que de início não é pejorativo, é sem dúvida o mais adequado, em primeiro lugar porque a noção

moderna de "camponês" não tem equivalente nas concepções medievais. Nelas, os homens rurais não eram

definidos por suas atividades (o trabalho na terra), mas pelo termo vilão, que abrange todos os aldeãos, seja qual for

sua atividade (aí incluídos os artesãos), e que indica essencialmente residência local. Ele também não designa um

estatuto jurídico (livre/não livre), questão que parece relativamente secundária. A base fundamental dessa relação

social é antes de tudo de ordem espacial: ela designa todos os habitantes de um senhorio, os vilãos (ou, se

quisermos, aldeãos) que sofrem a dominação do senhor do lugar.

BASCHET, Jérôme. A civilização feudal: do ano 1000 à colonização da América. São Paulo: Globo, 2006. p. 128.

a) Qual o sentido do termo vilão na Idade Média? b) Por que, segundo o texto, o termo camponês não era corretamente empregado no contexto da Idade Média? c) Atualmente, qual o sentido cotidiano da palavra vilão? d) Reflita sobre a condição social dos vilões na Idade Média e procure levantar uma hipótese para explicar por que o termo vilão adquiriu o significado atual. 09) Escreva um pequeno texto explicando a frase: "Na Idade Média, a religião tinha primazia sobre a economia" (Kurz, R). 10) Sociedade feudo-burguesa No texto, o historiador Hilário Franco Jr. Afirma que a sociedade feudo-burguesa se originou do interior da sociedade feudal. [...] a própria essência do feudalismo (sociedade fortemente estratificada, fechada, agrária, fragmentada politicamente) foi atingida. De dentro dela, e em concorrência com ela, desenvolvia-se um argumento urbano, mercantil, que buscava outros valores [...] Assim , desta sociedade feudo-burguesa [...] emergiam as cidades, as universidades, a literatura laica [...] as monarquias nacionais. FRANCO JR., Hilário. A Idade Média: o nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 1999. P.14

1) De acordo com o autor, quais são as características da sociedade feudal? 2)Segundo o texto, quais são as características da sociedade feudo-burguesa que se originou da sociedade feudal?

GABARITO 1A – 2E – 3B – 4 B - 5D – 6C – 7A

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos)

FEUDOS

Feudo (palavra de

origem germânica

que significa “bem

de importância”.

Senhor Feudal

Servo

CEASM - Francisco Overlande - História “...temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;

temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.”

(Boaventura de Sousa Santos) CIDADES MEDIEVAIS

Cidade de Carcassonne - França

VIDEO SOBRE A CIDADE DE CARCASSONNE

https://www.youtube.com/watch?v=DTneVLS2v-Y

Jah Bless!

Filmes para entender o Medievo

O Nome da Rosa

O Incrível Exército de Brancaleone

Em busca do Cálice Sagrado

Elizabeth

Os contos de Canterbury

Livros

O Nome da Rosa – Humberto Eco