ccaappiittuulloo ii oo mmeessssiiaass ee aass … - o messias e as tribos... · 1 o judaísmo...
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2 Em Busca das Tribos Perdidas de Israel – Capitulo I OO MMeessssiiaass ee aass TTrriibbooss PPeerrddiiddaass
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O Messias e as Tribos Perdidas
Judaísmo sempre viu na restauração das tribos perdidas
um sinal identificador do Messias, uma condição sem a
qual nenhum
homem pode ser
proclamado como tal.
Estudassem os cristãos
todas as profecias relativas
ao Messias e descobririam
que a maior parte dos
crentes são israelitas.
Estudassem melhor os
judeus o exílio das tribos
perdidas e descobririam que
Yeshua é de fato o Messias
prometido que trouxe Israel
de volta a Adonay.
Afinal o que faz com
que tantas centenas de
milhões de “gentios” hoje
leiam a Bíblia, tenham se
voltado de seus ídolos
mudos para contemplar o
Elohim de Israel? O que faz
com que tantos milhares de
“gentios” busquem hoje
aprender hebraico, guardar
o shabat, celebrar as festas
bíblicas, amar o Estado de
Israel orando por ele
protegendo sua existência?
O Estudassem os cristãos todas
as profecias relativas ao
Messias e descobririam que
a maior parte dos crentes
são israelitas. Estudassem
melhor os judeus o exílio
das tribos perdidas e
descobririam que Yeshua é
de fato o Messias prometido
que trouxe Israel de volta a
Adonay.
.
Mosaico das 12 tribos de Israel. De uma parede de sinagoga em Jerusalém. linha superior, direita para a esquerda: Rúben, Judá, Dan, Asher Médio: Simeão, Issacar, Naftali, José inferior: Levi, Zebulom, Gade, Benjamin). Autor: Ori229 Fonte: Wikimedia Commons – Wikipedia. http://en.wikipedia.org/wiki/File:Mosaic_Tribes.jpg
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Infelizmente os crentes tanto judeus como não judeus tem
trabalhado na contramão da história. Os cristãos apesar de lerem
que Yeshua foi enviado “somente às ovelhas perdidas da casa de
Israel,” (Matytyahu/Mt 15:24) ensinam que ele veio de fato salvar os
judeus, mas que estes não quiseram ser salvos e então ele decidiu
salvar os gentios.
Os judeus por seu turno dizem que uma vez que Yeshua não
acabou com o exílio das dez tribos, mas pelo contrário depois de
seu nascimento também as duas tribos de Yehudah e Binyamin
(Judá e Benjamim) foram levadas ao cativeiro isso prova que ele não
é o Messias prometido. Em ambos os casos prevalece, porém a
ignorância.
Os cristãos deveriam saber que a missão do Servo de Adonay
é primeiramente restaurar as tribos de Yakov, logo trazer os
desterrados de Israel e só então se voltar para a massa dos gentios
para quem foi constituído luz. Yeshua não pode em momento algum
ir além de sua missão. As Escrituras em lugar algum dizem que
Yeshua veio com a missão de salvar os judeus, mas não podendo
cumprir sua missão por que o coração deles era mais duro que seu
desejo, se voltou então para salvar os gentios que tinham melhor
coração. Isso é absurdo e contraria tudo o que os profetas
declararam acerca do Servo de Adonay:1
1 O judaísmo rabínico bem como o judaísmo caraita afirmam que o Servo mencionado em Yeshayahú é Israel e não o Messias e que os crentes messiânicos ignoram essa realidade para fazerem de Yeshua o Servo Sofredor. Isso é enganoso, e só pode ser crido por quem nunca leu todo o Sefer Yeshayahú ou por quem voluntariamente ignora seu conteúdo. Na verdade o Eterno se refere a cinco servos diferentes. O primeiro deles é o evediy Yeshayahú ou meu servo Yeshayahú (Yeshayahú/Isaías 20:3). O segundo mencionado é o Evediy l´Eliaquim Ben Hilquiahu ou “meu servo ELiaquim filho de Hilquias. (22:20). O terceiro é o David Evediy ou Meu servo David (37:55). O quarto é o Israel evediy ou meu servo Israel (40:8) O quinto é chamado simplesmente de evediy ou meu servo, (42:1) e não se refere a Israel. Isso se desprende claramente de sua própria missão. “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele. Ele trará justiça às nações. ... as ilhas aguardarão a sua lei. ... Eu Yah te chamei em justiça; tomei-te pela mão, e te guardei; e te dei por pacto ao povo, e para luz das nações.” Yeshayahú/Is 42:1-6. O servo em quem a alma de Adonay se compraz não é Israel por que Israel é uma nação pecadora que lhe não deu o prazer da obediência Adonay (1:1-6). O servo que trás justiça as nações não pode ser Israel pois esse pelas suas maldades foi vendido (50:1). Por último o servo não pode ser Israel, por que o próprio servo, foi dado como aliança ao povo (de Israel) e como luz dos gentios. Finalmente deve ser claro que o servo é o Maschiach a partir do próprio texto de Yeshayahú 49 que declara que ele deve restaurar as tribos de Yakov, tornar a trazer os preservados de Israel e ser luz para as nações. Ora, Israel não pode restaurar-se a si mesmo. O Servo deve proceder com prudência, o que contrasta com Israel que é o servo cego (incapaz de ver a luz) e surdo (incapaz de ouvir a verdade) como se vê em Yeshayahú/Is 42:19. Já o servo que trará luz as nações é o tsadik avediy ou Meu servo justo, um claro contraste com Israel como já foi visto.
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“Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó,
e tornares a trazer os preservados de Israel; também te porei para luz das
nações, para seres a minha salvação até a extremidade da terra.”
Yeshayahú/IS 49:2.
Ai está a missão do
servo enviado pelo Pai
com um poder
extraordinário. Ele veio
para cumprir não a sua
limitada vontade, mas a
ilimitada vontade daquele
que o enviou. Ele deve
restaurar as tribos de
Yakov. Portanto, nada
poderia ser tão tonto
como afirmar que ser
descendente do povo
eleito, que possuir o DNA
Avraham, Ytzchak e Yakov
e que ter como pai a um
dos doze patriarcas é
coisa insignificante.
Yeshua nasceu da
semente de Avraham para
salvar a semente de
Avraham. “Pois, na
verdade, não presta
auxílio aos anjos, mas sim
à descendência de
Avraham.” Ivrim/Hb 2:16.
Ainda que como seu Pai
Avraham acolha em seu
seio tanto os nascidos em
sua casa como aos que
comprou por seu sangue,
sua missão prioritária é
salvar Israel.
Yeshua Veio Para Redimir a Descendência de Avraham Segundo a Promessa, o que Inclui as Doze Tribos de Israel.
“Pouco é que sejas o meu servo,
para restaurares as tribos de Jacó,
e tornares a trazer os preservados
de Israel; também te porei para luz
das nações, para seres a minha
salvação até a extremidade da
terra.” Yeshayahú/IS 49:2.
“Pois, na verdade, não presta
auxílio aos anjos, mas sim à
descendência de Avraham.”
Ivrim/Hb 2:16.
Avraham Sacrifica Ytzchak.
Laurent de La Hyre 1650 (1606–1656).
Wikimedia Commons 3.0
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Claro que através do profeta foi dito que restaurar as tribos de
Israel era uma missão pequena, que ele deveria fazer uma ainda
maior que era trazer de volta os desterrados de Yakov. E então, para
suplantar tudo isso ele viria a se tornar luz para os gentios. Nada faz
supor que o Messias não dando conta de cumprir o que era pouco
pudesse cumprir o que era muito. Se ele não desse conta de sua
missão, não seria o Ungido de Adonay. Logo a premissa equivocada
de que Yeshua não pode salvar seu próprio povo e então partiu para
salvar os gentios é enganosa do princípio ao fim. Ele mesmo negou
tal coisa quando disse:
“Depois de assim falar, Yeshua, levantando os olhos ao céu, disse:
Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te
glorifique; assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que
dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é
esta: que te conheçam a ti, como o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua
há Maschiach, aquele que tu enviaste. Eu te glorifiquei na terra,
completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me
tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo
antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do
mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra.”
Yochanan/Jo 17:1-6.
Yeshua antes de iniciar a sua missão recebeu autoridade sobre
toda a carne para dar vida eterna a todos aqueles que o Pai lhe deu.
Ele louva a seu pai ao proclamar que cumpriu tão plena e
cabalmente sua missão que aqueles do mundo que lhe haviam sido
dados viram o nome do Pai e guardaram a sua palavra. Logo não é
verdade que Yeshua não tendo podido salvar seu próprio povo se
dedicou a salvar os que não eram seu povo, ainda que o Israel
desterrado viesse a ser chamado de não povo, isso se devia apenas
ao fato de haver perdido não só sua terra, mas também sua
identidade. De uma vez por todas deveria ser claro que o Messias
salvar gentios em lugar de judeus seria um desvio grave de sua
missão, um fracasso em seu objetivo pessoal e em ultima instância
uma derrota no próprio propósito daquele que o enviou. Yeshua só
podia salvar os gentios, como de fato o fez, por que essa era sua
missão adicional, não por que se tornou mais fácil fazer essa obra
que salvar o seu próprio povo.
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Ora um soldado não pode depois de fracassar na missão para
a qual foi enviado e criar uma missão para reparar seu próprio
fracasso. Da mesma forma, um pai que se lança em águas agitadas
para salvar seu filho jamais voltaria contente para a margem com
outra criança enquanto filho é arrastado para o abismo pelas ondas
encapeladas. Nossa resposta aos que imaginam que Yeshua foi
enviado para fazer uma coisa e acabou se contentando em fazer
outra não pode ser outra senão a sua própria palavra:
“Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para
fazer.” Yochanan/Jo 17:4.
Portanto fora com a infâmia de que o Messias não dando
conta de cumprir a missão de salvar a seus próprios irmãos, filhos de
Avraham como ele, criou para si outra missão salvando gentios em
seu lugar. Que fique pois claro que gentios não foram salvos no
lugar de Israel mas junto com Israel. Desde longa data o Maschiach
era esperado para salvar a Israel e então revelar sua luz aos gentios.
A redenção envolve dois aspectos de uma mesma obra,
primeiro o resgate de Israel e logo a salvação dos gentios. Mas
infelizmente a agenda de Roma faz com que muitos cristãos
raciocinem assim: “O Messias veio na verdade para salvar os judeus
que eram seu próprio povo, mas eles não o receberam e ele
assegura o triunfo de sua missão salvando os que não eram seu
povo, os gentios.”
Roma tão sutil como enganosa empurrou esse conceito goela
abaixo dos crentes supondo que inclusive essa seja uma cândida
revelação das Escrituras. Como a maioria das igrejas tem ainda fortes
elos teológicos amarrados à Sé de Roma eu gostaria de corrigir esse
equívoco antes de prosseguir. É importante ressaltar que os grandes
reformadores e seus colaboradores Martin Lutero (1483-1546) e
Felipe Melanchton (1497-1560), Ulrico Zuinglio (1484-1531) e João
Oecolampadius (1482-1531), João Calvino (1509-1564) e Theodore
de Beza (1519-1605) tiveram êxito em conduzir o povo para fora das
catedrais, para um lugar onde pudessem se sentir salvos por graça e
livres da idolatria, mas não em conduzi-los para fora do romanismo.
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Sua missão designada
pelo Todo-Poderoso não era a
de levar o povo de volta para
suas raízes, mas para a Bíblia
como passo preparatório para
a Reforma Radical que se
supõe ter começado com
Menno Simons (1496-1561), e
que deveria avançar não só
com o batismo de adultos,
mas com o batismo por
imersão como mais tarde
propuseram os anabatistas,
com a guarda do shabat como
propuseram os batistas do
sétimo Dia, com a celebração
das festas como propôs a
Igreja de Deus Universal e
finalmente com a adoção de
uma vida plenamente israelita
como propõe o movimento
das Duas Casas.
Reconhecemos que no
que diz respeito à restauração
de Israel a luz é progressiva e
que cada progresso deve ser
saudado, mas isso nos leva a
admitir que os reformadores
eram aquilo que proclamaram,
católicos renovados. Uma
reforma é sempre a melhora
de alguma coisa deteriorada, e
os reformadores modificaram
a Igreja Cristã com a adição de
alguns elementos originais,
mas não a restauraram.
Lutero, Zuinglio e Calvino
conduziram o povo para
fora da idolatria e do
legalismo das catedrais
para uma adoração sem
imagens e a salvação
somente pela graça, mas
não à restauração da
primitiva fé.
Martin Lutero, Wikimedia Commons, Domínio Público.
Retrato de Zuinglio, Hans Asper (1499–1571), Wikimedia Commons, Domínio Publico.
João Calvino, Flemish school, Wikimedia Commons, Domínio Público
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Embora os reformadores admitissem que haviam sido feitas
promessas incondicionais a Israel eles permaneceram com os
mesmos conceitos de Roma de que a Igreja Cristã substituiu Israel.
Lutero cria, porém que antes da volta de Yeshua, Israel se converterá
uma nação cristã, uma vez que o próprio Maschiach profetizou que
os filhos de Yerushalaim não o veriam mais até que
dissessem:”Bendito o que vem em nome do Senhor.” Matytyahú/Mt
23:39 Esta declaração era vista por ele como sinal positivo dessa
conversão final ao cristianismo pregado na época.2 Já o reformador
de Genebra repudiava essa interpretação dizendo que em
Matytyahú Yeshua se referiu não à salvação dos habitantes de
Yerushalaim que o haviam rejeitado, mas à sua condenação final
junto com todos os que recusam sua graça.3
No entanto, apesar de errar grosseiramente na interpretação
de Mateus 23:39, negando que ali esteja configurada uma promessa
e entendendo a profecia como um juízo, Calvino parece ir além de
Lutero ao admitir com base em Romanos 11 que Israel se converterá
de tal sorte que terá proeminência sobre outros povos quando se
estabeleça o reino do Messias. 4 Ele se baseia na firme declaração:
“Não quero irmãos que ignoreis esse mistério que o endurecimento
veio em parte a Israel até que o tempo dos gentios se complete, e
logo todo o Israel será salvo.” Romanos 11:25-26
2 “Como disse nosso Senhor (Mt 23:39): “Declaro-vos, pois, que desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito
o que vem em nome do Senhor.`- portanto é certo que, quando Jesus vier, o que será visível a todo o mundo, como o raio sai do oriente e brilha no ocidente, a quem todos os olhos, mesmo daqueles que o transpassaram e todas as famílias da terra verão (AP 1:7, Zac 12:10) -, que os judeus terão sido convertidos e se tornarão numa nação cristã... E além do mais, quando Pedro (at 3:19-21) exorta ao arrependimento e à conversão até aos tempos do refrigério vindos da persença do Senhor, assim parece-me fora de toda a dúvida que a conversão de Israel há de preceder a segunda vinda de Cristo.” Martin Luther in Lehre Von letzien Dingen, PP 71,72 citado por Charles Hodge na sua Teologia Sistemática, a Conversão dos Judeus, Editora Hagnos, São Paulo, 2001. página 1614. 3 "Em resumo, ele declara que Ele não virá a eles até que, tremendo à vista de Sua terrível majestade, devem exclamar: - quando for tarde demais - que verdadeiramente Ele é o Filho de Deus! E esta ameaça é dirigida todos os inimigos do Evangelho- mais especialmente para aqueles que falsamente professam Seu nome, enquanto rejeitam Sua doutrina ...” João Calvino, Comentário a Mateus 28:39.
4 “Muitos entendem isto como se referindo especificamente ao povo judeu, como se Paulo houvera dito que a religião lhes seria
novamente restaurada como nos tempos de outrora. Todavia, entendo a palavra Israel para incluir e abranger todo o povo de Deus, da seguinte maneira: “Quando os gentios tiverem entrado, os judeus ao mesmo tempo, se converterão de sua apostasia à obediência da fé. A salvação de todo o Israel de Deus, o qual deve ser compreendido de ambos,( judeus e gentios), será então completada, mas isso se dará de tal forma que os judeus, o primogênito da família de Deus, ocupem o lugar de proeminência.” João Calvino, Romanos, Edições Paracletos, São Bernardo do Campo, SP – Brasil, 1997, pág, 409.
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Erra, porém Calvino ao ensinar que todo o Israel ali
mencionado se refere não só a Israel, mas também aos gentios, bem
como ao negar que o judaísmo, ou melhor, que o israelismo alguma
vez será restaurado. Isso é em parte decorrente dos mesmos
conceitos romanos de que Israel perdeu sua posição como nação,
que foi substituído por um Israel espiritual chamado Igreja Cristã.
Este conceito supõe sua base nas Escrituras e por isso vamos
analisá-lo agora.
O texto a que o anti-semitismo faz referência é a introdução
da do Sefer há-bessorat Yochanan (Livro do Evangelho de João). A
base para tal disparate é a seguinte declaração:
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos
quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de
se tornarem filhos de Elohim.”
O Problema aqui não é o texto em si, mas o fato de que o
texto primeiro foi retirado do contexto para logo ser corrompido e
interpretado fora do contexto, contrariamente a todas as
antecipações proféticas, à revelia das promessas do Eterno e
ignorando o próprio testemunho de Yeshua.
Quando a Bíblia é lida de acordo com uma agenda que leva
em conta as promessas dos profetas e o contexto geral da narrativa
de Yochanan ela revela coisa muito diferente da comum
compreensão, daquela que Roma impôs a um mundo cristão guiado
por caminhos antijudaicos.
Ela nos fala que Yeshua estava entre os homens do mundo,
que o mundo inteiro com todos os seus homens foi feito por
intermédio dele ou por causa dele, que os perdidos do mundo não
o conheceram e que aqueles que o Pai lhe deu abraçaram a sua
palavra e foram salvos por ele. Claro que a leitura segundo a agenda
romana indica que Yeshua veio para seus irmãos judeus e que estes
o rejeitaram e então ele abandonou Israel como nação. Leiamos
então o texto em seu contexto e logo nos deteremos na sua
revelação a partir das Escrituras:
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12 Em Busca das Tribos Perdidas de Israel – Capitulo I OO MMeessssiiaass ee aass TTrriibbooss PPeerrddiiddaass
“Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava
chegando ao mundo. Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por
intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e
os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que
crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Elohim;
os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do varão, mas de Elohim.” Yochanan/Jo 1:9-13.
Somos informados que o Maschiach é a verdadeira luz que
alumia a todo o homem. Ele mesmo disse: “Eu sou a luz do mundo;
quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da
vida.” Yochanan/Jo 8:12. E declarou ainda: “Enquanto estou no
mundo, sou a luz do mundo.” Yochanan/Jo 9:5. Hoje, quando ele
não está mais no mundo, as pequenas luzes que somos nós e cujo
brilho aumenta ou diminui em virtude da nossa aproximação ou
distanciamento da fonte de toda a luz continuam a brilhar para que
o mundo não mergulhe em trevas espessas. Por essa razão Yeshua
nos diz: “Vós sois a luz do mundo.” Matytyahú/Mt 5:14.
Bem, agora já sabemos que Yeshua é a luz do mundo, e que
ligados a ele podemos ser luminares para inundar o mundo com os
mesmos raios do sol da justiça, da bondade e da misericórdia que
emanam do Criador. É evidente que nenhum de nós brilha como ele.
Somos a luz do mundo apenas na medida em que o
Maschiach esteja em nós e que seu espírito opere em nós, pois se a
comunhão dele com o Pai era plena e perfeita a nossa é relativa e
imperfeita. No entanto já podemos nos aperceber de uma coisa, o
contexto fala do mundo em geral e não de Israel em particular.
Em segundo lugar não podemos supor que as Escrituras
estejam afirmando que todo o homem iluminado aqui referido seja
cada ser humano da face da terra, homem ou mulher, justo ou
ímpio, religioso ou pagão, crente ou ateu. Nesse caso ele teria de
salvar a todos universalmente ou fracassaria na sua missão. Na
verdade o termo todos pode significar o todo ou pode significar uma
parte. Como veremos a seguir, todos, o mundo todo e todo o mundo
são termos que se definem pelo contexto, e não pela expressão em
si.
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13 Em Busca das Tribos Perdidas de Israel – Capitulo I OO MMeessssiiaass ee aass TTrriibbooss PPeerrddiiddaass
Em Lucas 2:1 lemos que saiu um decreto de Cesar Augusto
para que todo o mundo se alistasse, no entanto chineses e árabes,
maias e astecas, incas e guaranis jamais se alistaram sob ordens de
Cesar. O contexto é claro, a ordem para que todo o mundo se
alistasse era referente aos habitantes das terras e países sob o
domínio do Império Romano.
Em Yochanan Alef (1 João 5:19) lemos que o mundo inteiro jaz
no maligno, e no entanto sabemos que não fazemos parte desse
mundo por que somos de Elohim, e de seu filho Yeshua e que seu
espírito habita em nós. Logo o mundo que jaz no maligno é o
mundo daqueles que ainda não foram chamados à graça.
Em Yochanan Alef/1 João 2:2 lemos que Yeshua é a
propiciação não só pelos nossos pecados, mas também de todo o
mundo, e apesar disso sabemos que só o pecado dos crentes é
expiado, pois Yeshua deu a sua vida pelas ovelhas, e não pelos que
não são ovelhas. Isso nos leva a concluir que ele é a expiação dos
pecados de todo o mundo que virá a ser chamado à graça, ainda que
no presente isso este chamado ainda não tenha sido feito.
Ora o que ocorre com a palavra todos ocorre igualmente com
a palavra mundo, onde pelo menos três sentidos diferentes podem
ser dados ao mesmo vocábulo. Yeshua estava no mundo, o que
significa que estava entre as pessoas que povoam o planeta. Logo é
dito que o Mundo foi feito por meio dele, o que significa não apenas
as pessoas, mas todo o planeta com seu conteúdo populacional. A
seguir é dito que o mundo não o conheceu, mas uma vez que nós o
conhecemos, segue-se que não somos parte desse mundo que o
ignora.
Então o mundo que não o conheceu significa aquelas pessoas
que não são o objeto da eleição ou escolha do Pai como o próprio
Yeshua nos ensina ao orar: “Pai justo, o mundo não te conheceu,
mas eu te conheço; e eles conheceram que tu me enviaste.”
Yochanan/Jo 17:25. É por isso mesmo que Yeshua disse: “Pai não
rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste.” Yochanan/Jo
17:9.
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Donde se conclui que o mundo que é objeto do amor de
Elohim e pelo qual Yeshua morreu a fim de pagar sua culpa
apagando seus pecados é um, e o mundo que não é objeto do amor
do Pai nem da intercessão de seu filho Yeshua. Evidentemente que
existe um mundo pelo qual Yeshua não morreu e cujos pecados não
foram condenados nele a fim de que possa ser salvo. É justamente
desse mundo pelo qual ele não morreu e que por conseguinte ainda
é réus eterno de sua ira e justiça que Yochanan fala ao dizer: “O
mundo inteiro jaz no maligno,” (Yochanan Alef/1 Jo 5:19).
Esse mundo que não foi amado pelo Eterno e nunca o será
também não deve ser objeto de nosso amor razão pela qual
recebemos a exortação: “Não ameis o mundo, nem o que há no
mundo.” Yochanan Alef/1 Jo 2:15. Podemos estar seguros de que
venceremos sobre esse conjunto de homens, mulheres e crianças
com seu ódio, maldade contumaz e rebeldia eterna, como está
escrito: “Todo aquele que nasce de Elohim vence o mundo.”
Yochanan Alef/1 Jo 5:4.
Não pode haver dúvidas. Estes que nasceram de Elohim,
formam um mundo aparte, um mundo de pessoas salvas que vive
em meio a um mundo perdido que jaz no maligno. Este mundo
eleito por graça em contraste com o mundo preterido pela mesma
graça é alvo da obra do Messias sendo salvo para a glória eterna.
“Porque Elohim enviou o seu Filho ao mundo, não para que
julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”
Yochanan/Jo 3:17.
“Porque o pão de Elohim é aquele que desce do céu e dá vida ao
mundo.” Yochanan/Jo 6:33.
Logo mundo pode se referir ao nosso planeta como quando
é declarado que “o mundo foi feito por ele,” ou quando é dito: “o
campo é o mundo.” Mundo também pode ser o conjunto de
pessoas e coisas perversas que existem nesse planeta pelas quais
o Maschiach jamais intercedeu como fica evidente da declaração:
“o mundo inteiro jaz no maligno.”
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15 Em Busca das Tribos Perdidas de Israel – Capitulo I OO MMeessssiiaass ee aass TTrriibbooss PPeerrddiiddaass
E mundo pode significar
o conjunto das pessoas
salvas que foram dadas ao
filho do homem e de quem
ele tira o seu pecado como
fica fácil se perceber da
declaração do profeta
precursor, ”eis o cordeiro de
Elohim que tira o pecado do
mundo,” (Yochanan/Jo 1:29).
Bem, a partir daí fica fácil se
aperceber que a declaração
“o mundo não o conheceu”
não se refere a Israel, cujos
profetas anteciparam sua
vinda e a almejaram e de
onde Yeshua tomou seus
discípulos e os enviou ao
mundo para buscarem as
ovelhas perdidas. O mundo
que não o conheceu é o
conjunto de homens israelitas
ou não, que vivendo nesse
mundo feito através dele, não
reconhecerão jamais sua
soberania sobre eles. 5
É Roma que leva as pessoas a lerem uma coisa e a entender
outra. O fato de que alguns judeus, edomitas e romanos tenham se
ajuntado aos demais gentios em Yerushalaim contra o Maschiach
não significa que Israel tenha sido rejeitado juntamente com os
edomitas (jordanianos) ou os romanos que o executaram.
5 Ora Yeshua não esteve apenas entre os judeus. Esteve no mundo, passeou entre os Shomronim (samarintanos) que descendiam de Yakov, mas se haviam misturado com os gentios e não se consideravam e até hoje não se consideram judeus. Yeshua também esteve entre os fenícios ou libaneses de Tiro e Sidon. Yochanan/Jo 4 e Mateus 15:21. Sua mensagem atingiu não só os filhos de Israel, mas também os descendentes de Esav ou edomitas (Marcos 3:8), aos romanos (Matytyahú/Mt 8:13-15) gregos prosélitos (Yochanan/Jo 12:20). Assim como não só os judeus foram criados por intermédio dele, os seus que não o receberam eram o mundo.
A missão de Yeshua era
salvar “o seu povo dos
pecados deles,”
(Matytyahú 1:21) pois
“conforme a promessa,
levantou Elohim a Yeshua
como Salvador de Israel.”
(Atos 13:23) e tendo ele
sido morto por comum
conselho entre judeus e
gentios o Pai o ressuscitou
“para dar a Israel
arrependimento e remissão
de pecado.” Atos 5:31.
Judeus Franceses da Idade Média Jewish Encyclopedia 1901-1906: Wikimedia Commons 3.0
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Quem afirma isso definitivamente não conhece as Escrituras,
ignora o poder de Elohim para salvar e a sua imensa capacidade de
amar. Desconhece o próprio espírito de Maschiach e incorpora antes
o espírito de anti-Maschiach. Yeshua não fracassou por que o Judeu
Caifás se uniu ao edomita Herodes para pedir ao romano Pilatos que
o enviasse ao madeiro para ser morto pelos gentios. Pelo contrário,
foi através dessa maquiavélica aliança que resultou no seu
julgamento no qual foi achado inocente, e apesar disso entregue
para ser executado que o imaculado filho de Elohim cumpre não
somente as profecias que diziam isso a respeito dele, mas
principalmente o plano da redenção que incluía a morte do inocente
no lugar o culpado.
O antijudaísmo que considera os judeus malditos e Israel
rejeitado por ter morto o Maschiach pela mão dos gentios é pois o
fruto direto a ignorância de tudo o que as Escrituras dizem a
respeito do Messias e de como o povo de Israel seria salvo por ele.
Na verdade, as profecias antecipavam que os que finalmente seriam
salvos pela obra do servo sofredor, primeiro o desprezariam e o
veriam apenas como um homem ferido de Elohim antes de
reconhecer que por seu sofrimento obtiveram a paz.
“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de
dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens
escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas
dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Elohim, e
oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído
por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas
YHWH fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. (Yeshayahú/Is 53:3-6)
Este será o cântico final de Israel que em sua cegueira primária
rejeitou o Maschiach como o homem desprezado, o leproso, o
ferido de Elohim. Eles finalmente se aperceberão que o castigo que
lhes trouxe a paz esteve sobre ele. Reconhecerão então que os seus
pecados foram postos sobre ele, que por causa de suas feridas eles
foram sarados de seu pecado.
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A missão de Yeshua era salvar “o seu povo dos pecados deles,”
(Matytyahú 1:21) e isso jamais poderia ser feito a menos que os
filhos de Israel se ajuntassem com os gentios e o condenassem à
morte. E esta morte não foi o instrumento final da rejeição de Israel
como Roma e sua afiliadas afirmam erroneamente. Ao contrário,
tendo ele sido morto por comum conselho entre judeus e gentios o
Pai o ressuscitou “para dar a Israel arrependimento e remissão de
pecado,” (Atos 5:31) e isso ocorreu exatamente “conforme a
promessa,” pela qual “levantou Elohim Yeshua como Salvador de
Israel.” (Atos 13:23)
Assim, judeus, edomitas, romanos e gentios em geral
propiciaram o cumprimento das profecias que diziam que ele seria
levado como ovelha para o matadouro e que o castigo de nossa paz
estaria sobre ele para que pelas suas pisaduras Israel fosse sarado.
“Ao ouvirem isto, levantaram unanimemente a voz a Elohim e
disseram: Adonay, tu que fizeste o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles
há; que pela ruach há kodesh, por boca de nosso pai David, teu servo,
disseste: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram
coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se
à uma, contra Adonay e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente se
ajuntaram, nesta cidade, contra o teu santo Servo Yeshua , ao qual
ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os
povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho
predeterminaram que se fizesse.” Atos 4:24-28.
Não Yeshua não fracassou pelo fato de que nem todos os
judeus creram em sua palavra, ou por que 2/3 da humanidade ainda
perece em seus pecados adorando deuses segundo sua própria
imaginação, prostrando-se diante dos altares da idolatria ou
simplesmente negando que exista um Elohim Criador e Rei do
Universo. Sim ele estava nesse planeta que com todos os seus
homens foram feitos por meio dele, mas não foi conhecido por
muitos. No entanto, aqueles que o receberam deu-lhes o poder de
ser chamados filhos de Elohim não tendo nascido da vontade da
carne (de seus pais), nem pela vontade do sangue (propensão
genética para a obediência e nem pela vontade do varão (sua
própria vontade), mas de Elohim.
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Yeshua tampouco fracassou por que judeus o entregaram aos
gentios para ser executado, pelo contrário, ao fazer isso (judeus e
gentios) estavam sem o saber propiciando sua própria redenção.
Tanto é assim que ao expirar Yeshua diz: “Pai, perdoa-lhes por que
não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34) É de se perguntar: que
relação mantém com Yeshua aquela parte da Igreja que acredita que
por terem enviado Yeshua para ser morto pelos romanos os judeus
foram rejeitados quando o próprio Yeshua pediu ao Pai que os
perdoasse? Também não deveria nos surpreender que parte dos
judeus não aceitassem a Yeshua quando a profecia dizia isso.
“E Shimeon os abençoou, e disse a Miryam, mãe do menino: Eis
que este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e
para ser alvo de contradição, sim, e uma espada traspassará a tua própria
alma, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.”
Lucas 1:34-35.
As pessoas não se dão por conta das implicações de lerem as
Escrituras pela agenda de Roma afirmando que hoje já não diferença
alguma ser ou não ser judeu. Quando os crentes não atuavam
movidos por essa agenda detestável a convicção era outra.
“Porque não me envergonho da bessorat (boas novas), pois é o
poder de Elohim a para salvação de todo aquele que crê; primeiro do
yehudi (judeu), e também do yevany (grego).” Romanos 8:16.
Por outro lado, antes de terminar esse tópico gostaria de
dirigir umas palavras a nossos irmãos judeus, messiânicos ou não. É
preciso que se leve em conta que Yah depois de perguntar ao Servo
Sofredor se era pouco resgatar as tribos de Yakov o desafiou a pedir
os gentios como herança.
Os judeus deveriam saber que esses gentios erguidos das
trevas do paganismo, dos tempos em que sacrificavam seus filhos
aos demônios para um tempo em que a cidade santa é amada por
tantos povos e os profetas de Israel são lidos em 2300 línguas
indicam um passado israelita e a presença da semente de Avraham
espalhada entre as nações. Via de regra a maioria dos que amam a
Israel procedem de Israel, ainda que não o saibam.
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Sobretudo os judeus deveriam saber que se o nome do
homem por cujo meio tantos povos foram transformados e viram
uma grande luz brotando de Israel através de seus profetas é Yeshua
e graças seu poderoso nome descendentes de Israel e gentios estão
deixando para trás o paganismo isso evidencia sua messianidade. Se
o mundo hoje se ergue, inclusive para amar e proteger o Estado de
Israel é por que a alma adormecida entre aqueles que até então são
considerados apenas gentios tem estado a despertar. Sim, Yeshua
cumpriu cabalmente sua missão, ergueu povos e mais povos da
profundidade do paganismo onde estavam para uma maior
proximidade da pureza e da palavra sagrada que declara que Israel é
seu povo.
Ele veio para remir Yakov, para buscar as ovelhas perdidas da
Casa de Israel e não seria o Maschiach se não o fizesse. O desafio
aos crentes é descobrir: Somos israelitas ou gentios? Dezenas de
igrejas procuraram responder essa questão à luz das promessas
feitas nas Escrituras. A que mais se destacou foi a Igreja de Deus
Universal fundada em 1934 por Herbert Armstrong (1892-1986) e
que divulgou através de centenas de milhões de cópias de folhetos,
livros e revistas periódicas que ingleses e outros povos da Europa do
norte descendem das tribos perdidas.
O Kol Yisrael está em todo o mundo e sua busca
não pode ser limitada a uma raça, branca, negra
ou amarela ou a uma região específica do globo.
A Terra Vista da Apollo 17, Nasa, Mapa da Distribuição das Raças Pelo tom da pele, Wikimedia Commons 1.2. Domínio
Público.
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Ora, Este grupo via a presença israelita nas nações europeias
com ênfase na Inglaterra, daí uma de suas principais doutrinas é
chamada de Israelismo Britânico. Armstrong muito contribuiu para
que o povo britânico presente na Inglaterra e em suas vastas
colônias onde o sol jamais se punha resgatasse a identidade perdida
à séculos desde que Israel foi para o exílio e ao mesmo tempo de
aproximasse da Torah cumprindo mandamentos tão evidentes como
a perpetuidade das festas bíblicas.
No entanto havia uma limitação. Outros povos foram quase
esquecidos pelo movimento israelita britânico limitando a extensão
do êxito do grupo e a necessidade de resgatar a identidade de
muitos outros povos. Armstrong parecia ignorar que o Kol Yisrael
(todo o Israel) que será salvo se espalha entre todas as nações e
procede de todos os povos, noutras palavras, o Kol Yisrael está em
todo o mundo e sua busca não pode ser limitada a uma raça,
branca, negra ou amarela ou a uma região específica do globo.
Apesar disso o movimento teve seu saldo positivo e a partir
dele, veio a surgir o Movimento das Duas Casas bem como diversas
congregações e ministérios herdeiros que passaram a ver a
restauração de um Israel multinacional. Uma dessas herdeiras, a
Igreja Cristã de Deus de New Acte, Austrália reformulou a posição
concluindo que as tribos perdidas de Israel podem ser encontradas
em qualquer parte da terra, entre qualquer povo,
independentemente de sua origem e não somente da Grã Bretanha
e colônias por ela criadas.
Segundo eles, não raro elas já estavam lá, muito antes dos
ingleses as conquistarem, pois as tribos de Israel se espalharam pela
terra de todo o mundo. Esse é um ponto que merece nossa atenção,
pois de fato foi dito a Avraham que nele seriam benditas todas as
nações da terra. Para Wad Cox, fundador da Igreja Cristã de Deus,
herdeira do israelismo britânico como atrás foi dito, os sinais da
herança abrahamica e de sua abençoada semente devem ser
buscados muito além dos povos europeus onde se supõe estar Israel
como Inglaterra, França ou Dinamarca,
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De fato há indicações de que a semente de Israel pode ser
encontrada por todos os continentes independentemente da
expansão e da presença britânica. Isso não desmerece o fato de que
essa presença se fez sentir na Inglaterra ou mesmo em Portugal,
ainda que nesse último caso se fale mais de judeus, benjamitas e
levitas. Nosso Messias, Bendito seja seu nome desde agora e para
sempre indicou claramente a que veio, buscar as ovelhas perdidas
da Casa de Israel. Estas ovelhas não estavam de fato unidas ao
judaísmo por ocasião de sua vinda, não estavam ligadas ao redil de
Israel, antes viviam no mundo sem esperança e sem Elohim. Estavam
perdidas em sua identidade, sem Torah, sem santidade. Estas
pessoas foram designadas por Yeshua de as outras ovelhas a quem
ele viria a buscá-las.
"E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas
também tenho de trazer, (“reunir”,Biblia Sagrada - Edições Paulinas) e elas
escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor."
Yochanan 10:16.
Passados apenas alguns anos Yakov Tsadik (Tiago o Justo)
iniciou sua epístola dirigindo-se às doze tribos dispersas
(Yakov/Tiago 1:1), uma demonstração de que os enviados de Yeshua
cumpriram cabalmente sua missão em buscar as ovelhas perdidas.
Pouco tempo mais tarde, dando clara evidencia de que estas tribos
seriam finalmente localizadas para que cada uma delas aportasse
12.000 de seus filhos para comporem os 144.000, a elite governante
de Maschiach, Yochanan os vê reunidos sobre o Monte Tzion.
(Apocalipse 7:4-8, 14:1). Não há pois a menor dúvida, as tribos
dispersas de Israel voltarão a unir-se a Yehudáh e a Byniamin e o
Maschiach governará sobre todas elas dando a seus doze apóstolos
a autoridade de exercer o juízo sobre elas.
“E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou,
Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis
sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel. Lucas 22:29-30
Assim, aguardamos o tempo da reunião dessas tribos pela
mão potente do Messias. Que esse dia venha logo. Amén.
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