catálogo grito

28
CRI DES EXCLUSUS GRITO DE LOS EXCLUIDOS GRITO DOS EXCLUIDOS/AS CRY DES EXCLUS GRITO DOS EXCLUIDOS/AS CRY OF THE EXCLUDED GRITO DE LOS EXCLUIDOS CRY OF THE EXCLUDED

Upload: grito-de-los-excluidos

Post on 27-Mar-2016

275 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Nuestra propuesta a través de imágenes.

TRANSCRIPT

Page 1: Catálogo Grito

CRI DES EXCLUSUS GRITO DE LOS EXCLUIDOS

GRITO DOS EXCLUIDOS/AS CRY DES EXCLUS

GRIT

O DO

S EX

CLUI

DOS/

AS C

RY O

F TH

E EX

CLUD

ED

GRIT

O DE

LOS

EXC

LUID

OS

CRY

OF

THE

EXCL

UDED

Page 2: Catálogo Grito
Page 3: Catálogo Grito
Page 4: Catálogo Grito
Page 5: Catálogo Grito

Iniciado en 1995, año en que la Campaña de la Fraternidad en Brasil había asumido el tema de los excluidos, el Grito de los Excluidos el Grito empezó como una nuevaforma de manifestación popular que tiene una metodología propia, que valoriza y cree en lapedagogía del ejemplo, de los símbolos, de la mística y no en la fuerza de los discursos. Enel Grito se expresan los excluidos y excluidas que lo hacen con símbolos y manifestacionescreativas en las calles. : el protagonismo es de los excluidos.

Consolidada su promoción como momento de expresión conjunta de objetivos comunesde las causas sociales, el Grito de Los Excluidos fue luego percibiendo su vocación universal.Y en poco tiempo se firmo como referencia continental, en el contexto de los países deAmérica Latina, sometidos todos ellos al proceso de globalización excluyente, que se aceleróa partir de la década de los noventa.

En este contexto, el Grito encuentra su justificativa, y su motivación. Él aglutina la resistenciacontra el atropello de los valores culturales, denuncia la dinámica excluyente delneoliberalismo, alerta contra la tentativa de disolución de las identidades nacionales y delas políticas públicas en nombre de una eficiencia económica que solo contempla los interesescorporativos del capital transnacional.

El Grito se revistió de fuerza convocadora de todos los que quieren contraponerse a laaparente inexorabilidad de una globalización excluyente, mostrando que es una “otraglobalización posible”, aquella marcada por la solidaridad y guiada por valores éticos quepostulan la prominencia del valor de la vida, al servicio de la cual debe ser colocada laeconomía.

Además de esto, el Grito tiene una forma artistica de presentacióm muy especial. A travésde la produción de la obra de Pavel Egüez, colaborador y miembro de esta campañacontinental, el movimeniento gaño una fuerza simbólica muy grande. El conjunto de la obradel Grito tiene una importância especial por los varios significados de que se reveste. Expresala lucha de los desempleados, trabajadores del campo y de la ciudad, jovenes y estudiantes,mujeres, indigenas, negros, religiosos, ecologistas, migrantes, enfim los luchadores delpueblo.

Registrar las manifestaciones continentales del Grito através de la arte de Pavel haceparte del esforzo unitario de los movimientos sociales en toda América Latina y Caribe paraconcienciar y animar el pueblo

Luiz Bassegio y Luciane UdovicBrasil - Secrtaria Continental del Grito de los Excluídos

PRESENTACIÓN

Page 6: Catálogo Grito
Page 7: Catálogo Grito
Page 8: Catálogo Grito
Page 9: Catálogo Grito

A obra de Pavel Egüez é umacomovente lição de estética. Opróprio título é a certidão de

nascimento de uma arte que eclodiu noseio dos movimentos sociais . Quer serincluída ela própria entre as formas demanifestação social sem deixar de serarte, quer ser arte sem deixar de ter sen-tido social. Quer mostrar-se e mostrar-nos, incluir-se e incluir-nos nas imagensda luta e do sonho. É comunicação emo-cionada, ato solidário, tarefa de artista.

Esse jovem artista equatoriano inaugu-ra, nesse início de século, o ressurgimen-to da tradição pictórica mais vigorosa daAmérica Latina – o muralismo que asmultinacionais da arte rotulam de ultra-passado e comprometido. Enfim, as pa-lavras-chave para excluir toda uma gamada produção simbólica dos circuitos di-tos internacionais cujo modelo, tantasvezes, não comporta a multiculturalidadeque nos caracteriza. Não queremos ex-cluir nenhuma forma de arte, mas tam-bém não admitimos a exclusão.

O ciclo muralO ciclo muralO ciclo muralO ciclo muralO ciclo mural que o Museu de Arte Con-temporânea – MARCO apresenta ao pú-blico é composto por painéis, emmódulos componíveis de 142X162, for-

GRITO DE LOSEXCLUIDOSLA OBRA

mando um grande mural. Essas pinturasque já foram mostradas em diversos pa-íses da Europa e da América, acompa-nham simbolicamente os movimentossociais do continente em suas deman-das por justiça, trabalho e vida. O artistaenfatiza: “É a criação de um imaginário

O RESSURGIMENTO DO MURALISMONA OBRA DE PAVEL EGÜEZ

Page 10: Catálogo Grito

lares, distribuídos nas portas das fá-bricas ou impressos em revistas sofis-ticadas), convocavam os artistas a olharpara a nossa realidade, sem excluir omodelo europeu, (que já tinha sido “de-glutido”), mas valorizando umavisualidade que se reconhecesse comonossa. Tanto o muralismo quanto osmovimentos modernista (no Brasil) evanguardistas nos países de língua his-pânica, foram luzes reveladoras da nos-sa arte, iluminaram a nossa cara nomapa mundi, e cada vez que esmore-cemos, acendem-se novamente essasluzes. Aqui e ali, como luzes de vaga-lu-mes, criam vagas e lumes no nosso ima-ginário. Assim é a arte de Pavel.

Gustavo Pavel EgüezGustavo Pavel EgüezGustavo Pavel EgüezGustavo Pavel EgüezGustavo Pavel Egüez (Quito – Equador-1959) descobriu-se artista muito joveme aos quatorze anos foi para o Colégiode Artes Plásticas da Universidade Centralde Quito (1974-77). De adolescentetímido que era (como ele mesmo conta)tornou-se líder estudantil. Deu início aoAtelier de Artes Plásticas Rupanac comum grupo de companheiros interessadosno muralismo e, juntos, planejaram erealizaram exposições em praças esindicatos. A obra mais importanteresultante dessa convivência chamou-se,em língua kichua, Jatarushum,Levantemo-nos (1978), desenho a tintasobre papel, que ele mesmo insere noâmbito “do realismo mágico recriado nobarroco latino-americano.”

Page 11: Catálogo Grito

Detalhe do mural inaugurado emGenova - Itália

Os personagens-tipo dasua figuração plásticanasceram dos estudos eretratos realizados durante asviagens que ele fez dos Andesaté a costa norte do Equador,onde se concentram aspopulações indígena e negra .A enciclopédia simbólica do artista foise formando e se definindo, reunindoestudos e impressões de rostos eatitudes, histórias e mitos, paisagens etemperaturas, que iriam povoar o seuimaginário épico e aparecer no ciclomuralista.

Conviveu com grandes mestres dapintura como Osvaldo Guayasamin eEduardo Kingman, e nem mesmo arelação contraditória que havia entre osdois grandes artistas o impediu de teramizade e de colaborar com ambos. Oartista confessa que quando trabalhavano atelier de gráfica de Guayasamin,presenciou a criação do Mural dosMutilados, obra máxima da Idade da Ira,e que essa influência foi decisiva naescolha da sua forma de expressãopreferencial. Em 1988, foi chamado paracolaborar com o mestre no mural Imagende la Patria, no Congresso Nacional doEquador. Em 1996, Guayasamin oconvidou para trabalhar na Capela doHomem, e lhe encomendou ampliar trêsvezes o tamanho do mesmo desenhocuja execução ele havia presenciado,vinte anos antes, e que o havia

impressionado tanto, oMural dos Mutilados.

Havia projetado o seuprimeiro mural aos 22 anos,em1981, em mosaico econcreto, dedicado à suacomunidade - Del Juncal alMonte. Em 1984 trabalhou

em cerâmica, um mural de 130m2,dedicado ao Libertador, cuja cabeçaforma o mapa da América e que, só dezanos depois, foi colocado naUniversidade Andina Simón Bolivar, deQuito.

A mobilidade do símbolo A mobilidade do símbolo A mobilidade do símbolo A mobilidade do símbolo A mobilidade do símbolo na obra dePavel assume a figura do gato. O artistaestá na obra, coloca-se na multidão,desloca-se e envolve seus personagenscom agilidade de um felino. Demonstraplena consciência dessa presençasimbólica na sua obra, anterior ao ciclomural, como ele próprio conta: “Lostemas de referência social seránesporadicos (1982-95), abundaran masuna pintura ligada a lo intimo donde lapareja , la ternura y el amor sontrabajados insistentemente junto comum hallazgo simbólico que desata amultiplicidade de sentidos pictóricos, elgato entra a la pintura de Egüez parainstalarse como el personaje que loronda definitivamente. Los gatos son lostrazos escurridizos que dan forma a lahuella gestual de sus personajes en elsimbolo recurrente de su construcción ydesconstrucción.”

GUSTAVOPAVELEGÜEZ

Quito/Equador1959

Page 12: Catálogo Grito
Page 13: Catálogo Grito

O gato é o animal fêmea por excelên-cia, o animal da noite, ligado à lua e àágua. O lado feminino e noturno da ima-gem cabe na figura do gato, assim comoa banda indecifrável do símbolo, os mis-térios da existência ou a anima do artis-ta. Os gatos têm sido um símbolo re-corrente nas culturas do oriente e doocidente desde a pré-história, mas é nacomplexidade da iconografia paracas(antiga civilização andina) que o gato vaiassumir formas híbridas as mais diver-sas conforme testemunham os tecidosdas vestimentas rituais dessa cultura,que chegaram ao nosso tempo. Outroaspecto, entre tantos, que é ligado àcrença da clarividência desse animal, étestemunhado pelos povos da ÁfricaCentral que confeccionam as suas sa-colas de remédios com peles de gatoselvagem. Outros símbolos, tão densosquanto o gato, marcam esse ciclo mu-ral: os gêmeos primordiais, o sol e a lua,o pássaro homem-de-milho, a roda dotempo, os espíritos da floresta...

Grito dos excluídos põe em confrontoos grandes temas da humanidade, ascosmogonias dos povos ancestrais e asmanifestações sociais vigentes na nos-sa América. O artista sempre esteve mui-to próximo do movimento indígena noEquador, que ele destaca “como o atoremergente e fundamental que amplia a

democracia”. Porém, os temas variamconforme o lugar onde são concebidos.Imagens de esperança e desespero, dedenúncia da injustiça e de estímulo dautopia. Recorrendo à memória-sentidoele vai dos mitos de origem aos mitoshistóricos, destacando a figura da mu-lher, desde a concepção da mãe-Terra,da mãe- Noite, a mãe –Lua, até as Mãesda Praça de Mayo, e as Pietás de todomundo que sofrem com seu filhos famin-tos, com seus ventres ocos como pane-las vazias. Essas imagens da mãe primor-dial já se mostravam nas obras anterio-res. Em Forjando o Amparo (1994) a mãe-Terra envolve seus filhos, num abraçodentro do abraço feito de luz, a redun-dância figurativa intensifica o símbolo.Em As Estações Humanas (1994) o artis-ta mostra o plantio do homem novo, ohomem de milho - “Todos somos maiz”.Mas é em Cotacachi que a humanidadenova preserva as suas “sementes” emuma bolsa de pele de gato. As culturasse sobrepõem e os símbolos se intensi-ficam à medida que se mesclam os mitos.

O primeiro mural da série é o Cotacachi(1999) que tem como símbolos maisexpressivos o grande pássaro branco dapaz e o Pajaromaiz . O artista imagina apomba construída com mãos humanasporque a paz precisa ser conquistada. Apaz não é ausência de luta, mas sinônimo

Os gatostêm sido umsímbolorecorrente nasculturas dooriente

Page 14: Catálogo Grito

de conquista da justiça social. Realidadee utopia se unem através da imagem doanjo da vitória, que é o homem alado,feito de milho, envolvido pelos espíritosda floresta - da sua raiz sai a humanidadenova. A banda do real ainda mostrabarrigas vazias, mas a fatia de melanciana mão da mulher é como um troféu, umalua vermelha, um cálice, a vitória. A obraé uma homenagem ao prefeito e líderindígena Auki Tituaña, eleito por seupovo por três vezes, desde 1996. Suafigura é destacada na obra, vestido deterno e chapéu, com a comenda no peito.A obra pública, em cerâmica, foiinaugurada na cidade andina deCotacachi, na província de Imbabura –Equador, em 2001.

Retratou também o drama socialargentino pós - ditaduras. Las madresde la Plaza de Mayo, que promovem areaparição mítica dos seus filhosdesaparecidos. Como num ato de magia,com as fraldas na cabeça, rondam emtorno do obelisco, todas as quintas feiras,assombrando os repressores que aschamam “as loucas” . Estão retratadasjunto com os ”panelazos”, outramanifestação que identifica os argentinosnesse momento de crise política.

Grito por la Paz e Grito por la Vida sãopainéis cujos murais já foram realizadosem 2004, em Gênova – Itália, no CastelloD´Albertis, acervo do Museu das Culturasdo Mundo. No Grito por la Paz, é a mãe-Lua, envolvida pelo gato negro, e pelapomba da paz que conduz o seu povo àvitória. Um pássaro com a cauda em arco–íris, envolve o povo que marcha,carregando as imagens dos seus líderes

– Chê Guevara é delicadamente envolvidopelo gato preto. Conduzindo a marcha,o gato preto poderia ser o artista. A pazvem vestida com o manto ancestralmulticolorido, adotado como bandeiracontra a guerra e do movimento gay eque, nessa figuração, tem também oapelo pelo respeito às diferenças, pelamulticulturalidade.

Grito por la vida prima pela divisãoclássica do espaço retangular. Afiguração se concentra do meio para aparte superior do painel. Essa construçãodestaca drasticamente os contrários -vida e morte – representados pelacriança-semente brotando de um lado ea e a criança-planta arrancada, morta, dooutro. No centro, no tronco da árvore, avida recém nascida oprimida entre osonho e as contingências, sendoamparada pela mãe e pelo pai. O mundomítico e o fabular em azul profundo, semesclam com o mundo humano empardo e verdejante. Mãos que se tocam,deuses e homens, lembramsolidariedade. Nesse ciclo mural Gritodos Excluídos as cores luminosas,ensolaradas da utopia, o homem novonascido do milho, os espíritos da florestae o pássaro da cauda multicor,prenunciam a marcha vitoriosa pelajustiça social. Essa imagem me lembroua poeta Helena Kolody:

“Para quem viaja ao encontro do sol, ésempre madrugada.”

Junho de 2005MarizaBertoliMarizaBertoliMarizaBertoliMarizaBertoliMarizaBertoliAssociação Brasileira de Críticos de Arte -ABCA - Casa Latino-Americana -CASLA

Page 15: Catálogo Grito
Page 16: Catálogo Grito
Page 17: Catálogo Grito

POR TRABAJOJUSTICIAY VIDA

QUIÉNES SOMOS Y QUÉ DECIMOS

Nos dirigimos a todos y todas ennombre del Grito de los ExcluidosContinental, que es una granmanifestación popular que cada 7 deseptiembre (en Brasil) y cada 12 deoctubre en el resto de América, movilizaa millones de personas bajo el lema “PorTrabajo, Justicia y Vida”. Somos dediferentes países, sectores sociales ytendencias del pensamiento, unidos parahacer escuchar nuestras voces deindignación y de esperanza,considerando que es hora de haceracciones enérgicas que reviertan lasituación vergonzosa de miseria yexclusión que está sometida la mayoríade la humanidad. Por ello, hacemos unllamado urgente para construiralternativas desde la práctica de unademocracia radical, inclusiva,participativa y protagónica de lospueblos, que permita superar laexclusión.

LOS ROSTROS DE LA EXCLUSIÓN

La concentración de riquezas tienecomo consecuencia obligatoria lacreación de excluidos y excluidasalrededor del mundo. El hambre padecida

por millares de personas es una de lasformas más insultantes que asume laexclusión. Esta realidad paradójica nosmuestra el rostro de pocas personas queviven en la opulencia contrastando con

Page 18: Catálogo Grito

los millones de rostros que se debatenentre el hambre y la mendicidad. Elpatrimonio de los tres hombres más ricosdel mundo, representa un valor superioral Producto Nacional Bruto de los 48países más empobrecidos del planeta, enlos cuales viven 600 millones depersonas.

Según las estadísticas oficiales del Ban-co Interamericano de Desarrollo (BID),cuyas estadísticas siempre subestiman lacalamidad social, América Latina tiene laspeores desigualdades en el mundo: 10por ciento de las clases más ricas tieneningresos 84 veces superiores al 20 porciento de los ingresos de los más po-bres. Ochenta y cinco por ciento de losniños latinoamericanos viven en la po-breza, 33 por ciento de los niños sufrende malnutrición. En América Central elhambre crónica acecha la tierra: entre1992 y 2002 el porcentaje de gentehambrienta ha aumentado un 33 porciento, de 5 millones a 6.4 millones.

Los millones de campesinos delmundo sin acceso a la tierra productiva,los millones de hombres y mujeres sinempleo o en empleos precarios, lasmujeres que padecen profundas desi-gualdades e injusticias en todo el plane-ta –pero especialmente en los paísesexcluidos y empobrecidos–, los más de

200 millones de migrantes que sufren lanegación de todos sus derechosfundamentales, los pueblos indígenasexpoliados y masacrados durante siglos,las minorías étnicas, religiosas, sexualesque son violentadas cotidianamente, losmillones de jóvenes que no encuentranempleo ni tienen acceso a la educación,quedando expuestos a la violencia y lasdrogas… Todos y todas nos muestran losrostros múltiples que adopta laexclusión. Èstos rostros, son los rostrosde la lucha y la resistencia social.

ANTE EL PODER DELCAPITAL SE EXTIENDENLA LUCHA LA ESPERANZA

A pesar de la brutalidad de la exclusiónesbozada líneas atrás, por toda AméricaLatina –y en otras regiones del globo–,ante el poder del capital se extienden lalucha y la esperanza. En respuesta alpoder de la opresión, los excluidos sehan rebelado contra la violación de losderechos económicos, sociales,culturales y humanos, contra lacorrupción, por la defensa de los recur-sos naturales, y la ampliación de la de-mocracia, han derrocado gobiernos,creado movimientos autónomos,ciudadanos y pacíficos. El grito de los

Page 19: Catálogo Grito

excluidos, gracias a su lucha, ha pasadode sufriente a combativo, a un gritoliberador en la construcción demovimientos sociales y políticos alter-nativos

La oposición al neoliberalismo se haexpresado de un modo masivo y contun-dente, tanto en el norte como en el surdel planeta. Junto a estas acciones, sehan impulsado varias campañasinternacionales como el Grito do Excluí-dos/as, la Marcha Mundial de Mujeres,la de los campesinos por la ReformaAgraria, las movilizaciones contra ladeuda externa o las privatizaciones, laOrganización Mundial del Comercio y elFondo Monetario Internacional, la luchacontra el ALCA, la Marcha de losInmigrantes Indocumentados, lamultitudinaria oposición mundial a laguerra imperialista en Irak, las cumbresdel G8, para mencionar solo algunas.También se han constituido espaciospermanentes para compartir y reflexionarsobre la acción como el Foro Social Mun-dial y los regionales y temáticos deriva-dos del mismo.

Necesitamos por lo tanto, radicalizarnuestra opción por los excluidos yexcluidas, construir una utopía y unsujeto social (o diversos sujetos sociales)capaz de portarla, de transformar ladesesperanza en capacidad demovilización, acción y organizacion.Muchas de las formas de organizacióntradicionales han perdido legitimidad oeficacia para lograr este objetivo, por locual estamos llamados a reinventar for-mas de organización colectiva, y derepresentación democratica, que amplienla democracia y el protagonismo de lospueblos desde la economía, la política, ylas formas de organizacion social, quenos permitan transformar el estado decosas actuales.

Nuestra utopía debe incluir nosolamente a los millones de seres hu-manos que habitamos el planeta, sinotambién a la naturaleza entera. A lasmillones de especies animales y al pla-neta mismo, sin los cuales nuestraexistencia sería imposible o absoluta-mente miserable. Es urgente terminar deuna vez con todas con la visión queasigna a la naturaleza el papel de fuente

inagotable de recursos para elenriquecimiento voraz de la industria yla reproducción del capital.

Asimismo, la superación de laexclusión se impone como tareaprioritaria y permanente, para lo cualdebemos desmontar los mecanismos quela generan. No bastará con crear fuentesde trabajo mientras las relaciones depoder dentro de la sociedad sigan siendopor definición asimétricas: superar la

Page 20: Catálogo Grito

exclusión significa transformar lasestructuras y el ejercicio del poder ennuestras sociedades.

Una sociedad como la que queremostampoco puede reducirse a los límitesestrechos de cada uno de nuestros paí-ses, coto cerrado en el que las oligarquíascriollas han confinado la explotación delas riquezas naturales y del trabajo hu-mano, confinando asimismo lasresistencias al nivel puramente nacional.En otras palabras, debemos avanzar haciauna globalización de la resistencia, de lasolidaridad y del esfuerzo por superar lamiseria que nos han dejado los variossiglos de sujeción y expoliación por partede las grandes potencias capitalistas. Esteesfuerzo por globalizar la resistencia yla solidaridad, apunta a crear unasociedad mundial capaz de distribuir deforma equitativa la riqueza creada portoda la humanidad.

Es urgente también trabajar para latransformación de la exclusión de géneroy étnica. La transformación de la sociedadno solo exige cambios económicos, sinotambién sociales y culturalespara desdenuestro ser poder reconocer la memoriacolectiva en toda su inmensidad.

Finalmente, son necesarios cambiosprofundos en la forma en queproducimos la riqueza material.Actualmente, el sistema es básicamentedepredador y en pocas décadas, de se-guir este camino, puede llevar al planetaa una quiebra ecológica de incalculables

e inimaginables consecuencias. Debemosrevisar profundamente los paradigmas do-minantes y la forma en que está organiza-da la producción en el sistema capitalistamundial, apuntando hacia formas deproducción no solo más equitativas, sinocapaces de integrarse en el flujo de lanaturaleza, preservándola como fuente denuestra vida. Debemos desarrollar formasde organización de la producción y nuevastecnologías pensadas no solo desdenuestras necesidades, sino del planeta y dela preservación de los equilibrios ecológi-cos a largo plazo.

El 12 de octubre, el Grito de los ExcluidosContinental reafirma su vocación política deluchar por un mundo sin exclusión y sinexcluidos, contribuyendo a transformar deforma estructural las profundascontradicciones que nos aquejan. Para esto,invitamos a todos nuestros hermanos yhermanas en el continente americano, y enel mundo entero, a profundizar su luchapolítica, sus ideales, a mejorar sus formasde organización y a alentar un debate so-bre la construcción de alternativas, que nospermitan de forma colectiva alcanzar losprofundos cambios que demandan, desdelo profundo de la historia, los millones deexcluidos y excluidas que alientan y hanalentado el largo camino de la humanidad.El Grito de los Excluidos/as es “El verbo delinfinito” como diría Vinícius de Morais (com-positor y músico brasileño) cuando serefiere a la lucha incansable del amor,nuestra lucha además es, por la dignidad.

Page 21: Catálogo Grito

19991999199919991999GRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOS

Page 22: Catálogo Grito

20002000200020002000 GRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOS

Page 23: Catálogo Grito

20012001200120012001GRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOS

Page 24: Catálogo Grito

20022002200220022002 GRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOS

Page 25: Catálogo Grito

20032003200320032003GRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOS

Page 26: Catálogo Grito

20042004200420042004 GRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOS

Page 27: Catálogo Grito

20052005200520052005GRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOSGRITO DE LOS EXCLUIDOS

Page 28: Catálogo Grito

Secretaria Continental del Grito de los Excluídoswww.gritodosexcluidos.com.br | www.movimientos.org.br/grito

correo: [email protected]

Site do Artista - www.paveleguez.com.br