castro. leitura e bibliotecas
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Leitura e Bibliotecaspor César Castro
(1999)
Universidade de Brasília - UnBFaculdade de Ciência da Informação – FCIDisciplina: Introdução à Biblioteconomia e Ciência da Informação (182010)
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Práticas de leitura – Castro (1999)
• A produção editorial sobre a teoria da leitura tem aumentado nos últimos anos no Brasil, sendo a pauta de encontros nos últimos anos no Brasil, sendo pauta de encontros... Este fato é resultado de pesquisas desenvolvidas nas mais diferentes áreas do conhecimento, como a Educação, a Biblioteconomia, a Psicologia, a Linguística... (Castro, p. 59).
• Em relação à Biblioteconomia, acredita-se que houve, a partir da década de 70, aumento na produção científica, propiciado principalmente pelos cursos de pós-graduação.
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Introdução à Biblioteconomia e Ciência da Informação (182010)
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O que é necessário para praticar a leitura?
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Após comparar a taxa da alfabetismo entre pessoas de países ricos e pobres, Castro conclui que: “o processo de escolarização atinge níveis mais democráticos em sociedades onde a coletividade alcançou estágio de qualidade de vida e, hipoteticamente, onde há distribuição de renda e de oportunidade sociais equânimes” (p. 61).
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Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/09/0
50907_idhrw.shtml
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Para quê servem as bibliotecas?
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“No entanto, parece ser comum os objetivos pelos quais são criadas as bibliotecas, quer seja nos países considerados desenvolvidos, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento: servir à classe dominante (Maranon, 1990, p. 16)” (p. 62).
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“Os pensamentos da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes. As ideias que predominam, por outras palavras, a classe que é a potencia material dominante da sociedade é, também, a potencia espiritual dominante. Em consequência, a classe que dispõe dos meios de produção material ao mesmo tempo dos meios de produção intelectual (Marx e Engels, 1978, p. 24)” (p. 62).
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“Se as primeiras bibliotecas funcionavam como armazenadoras de livros, produzidos de modo artesanal, e às vezes como uma única peça, tornando-se verdadeiras obras de arte, transformavam-se em templos sagrados das belas letras, para servi uma pequena parcela da população: reis e clero” (p. 62).
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“Mesmo com o aparecimento da imprensa, que propiciou a produção industrial do livro, não se pode afirmar que as bibliotecas e a leitura atingiram a grande massa, pois nesta época as escolas, universidades e bibliotecas eram poucas e para poucos. O ensino somente vais se tornar público, gratuito e laico em 1789, com a Revolução Francesa (Barbosa, 1991, p. 17)” (p. 63)
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“A leitura, se não ganha importância com Gutemberg, com Lutero ela se populariza, com a finalidade de divulgar o seu protesto contra igreja católica. Deste modo, a Reforma atribui ao ato de ler uma função necessária ao acesso à palavra de Deus” (p. 62).
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• “A partir do século XVIII a leitura começa a receber maior estímulo, face às mudanças ocorridas principalmente nos processos educativos, os quais visavam estimular a formação do trabalhador, mediante a utilização da leitura e da escrita...
• A leitura, neste enfoque, assume o papel de adestramento do operário, que a utiliza com fins apenas de treinamento, de receituário para o exercício de sua profissão, mas nunca com possibilidade de reflexão sobre o seu fazer profissional, ou sobre a estrutura de poder envolvida nas relações de produção” (p. 65).
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“A educação esteve sempre a serviço de uma minoria e, quando oferecida às camadas populares, tinha como fim capacitar mão-de-obra, raramente abrangia a leitura e a escrita, posto que para trabalhar no cultivo de cana-de-açúcar, na criação do gado, na mineração não se exigia qualquer preparo profissional específico e nem sequer o domínio das técnicas de leitura e escrita (Paiva, 1986)” (p. 67).
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E a prática de leitura no Brasil?
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• “Quanto às bibliotecas no Brasil, as primeiras foram criadas pelos jesuítas que vieram para cá com a finalidade de catequização dos indígenas, prática esta que prescindia da leitura e da escrita. Assim, pode-se dizer que foi com esta ordem religiosa que se iniciou no país a leitura.
• Assim, os conventos foram os responsáveis pelo ensino das primeiras letras e pela formação da elite intelectual até a segunda metade do século XVIII” (p. 65).
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• “A biblioteca e consequentemente, a leitura, só irão ganhar maior estímulo com a chegada da família real, que trouxe para o Brasil, nos porões dos navios, a Imprensa Régia, a Biblioteca Real da Ajuda, os arquivos das repartições públicas...” (p. 66).
• “Durante o Segundo Reinado proliferaram os chamados
Gabinetes de Leitura e Liceus Literários, que funcionavam junto às sociedades beneficentes. Estes gabinetes eram um ponto de encontro de leitores e escritores, onde discutiam obras, recitavam poesias, dentre outras atividades (Moraes, 1985)” (p. 66).
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“Somente quase meio século mais tarde, na década de 30, a leitura é considerada um mecanismo para instrução da população, em especial a rural, como forma de o homem do campo tomar consciência de seus direitos e deveres. Observa-se pela primeira vez a leitura sendo considerada dentro de um processo mais amplo...” (p. 69).
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• Década de 60 – Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler. Página 70. – Fim com os governos militares.
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Programa MOBRAL – Subprograma de Literatura (SULIT). “Muitas obras do SULIT formaram as bibliotecas do MOBRAL, as chamadas MOBRALTECAS” (p. 72).
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Referências
Castro, César. A leitura de adultos com escolaridade tardia. UFMA, 1999.
Freire, Paulo. A importância de ler: em três artigos que se complementam. Cortez Editora, 1989.
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Obrigada!
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