castelo de montemor-ve

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CASTELO DE MONTEMOR-O-VELHO VISITA DE ESTUDO Data: 23 de Março de2009 Local a visitar: Castelo Localização geográfica: Montemor-o-Velho Aspectos a visitar: Porta da Peste (1ª gravura ), Ruínas do Paço das Infantas, Igreja de Santa Mª da Alcáçova (2ª grav.), Castelejo, Torre de Menagem, Ruínas da Capela de S. João, Porta de N.ª Sr.ª do Rosário, Torre do Relógio (3ª grav.) Itinerário (da escola ao local a visitar):

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Page 1: Castelo de Montemor-VE

CASTELO DE MONTEMOR-O-VELHO

VISITA DE ESTUDO

Data: 23 de Março de2009

Local a visitar: Castelo

Localização geográfica: Montemor-o-Velho

Aspectos a visitar: Porta da Peste (1ª gravura ), Ruínas do Paço das Infantas,

Igreja de Santa Mª da Alcáçova (2ª grav.), Castelejo, Torre de Menagem, Ruínas

da Capela de S. João, Porta de N.ª Sr.ª do Rosário, Torre do Relógio (3ª grav.)

Itinerário (da escola ao local a visitar):

Page 2: Castelo de Montemor-VE

Desafio A partir da planta do castelo, tentar identificar na foto da vista aérea:

a Torre de Menagem, o Castelejo, a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, as ruínas

do Paço das Infantas, a Torre do Relógio e a Porta de Nossa Senhora do Rosário

Page 3: Castelo de Montemor-VE

Montemor-o-Velho(1)

A vila de Montemor, cuja origem remonta à Idade do Bronze (há 5000 anos), teve

ocupação romana (2000 anos), visigótica (500 anos depois dos romanos) e, até ao século XI, esteve

por largos períodos sob domínio árabe. Nesta época, a vila chamava-se “Munt Mallur”. Depois,

foi chamada pelos cristãos “ Monte Maior” e no tempo de D. Sancho I acrescentou-se a esse

nome, O Velho, porque uma nova vila com o mesmo nome tinha sido conquistada aos mouros;

Montemor-o-Novo (Alentejo).

A vila de Montemor-o-Velho desempenhou um importante papel na história nacional,

especialmente durante a Reconquista Cristã, que ocorreu nestas terras desde o século VIII até

ao século XI. A respeito desses tempos existem algumas lendas que ilustram as dificuldades

desses tempos e dessas guerras que tiveram lugar em Montemor-o-Velho.

A sua importância estratégica sob o ponto de vista militar e

económico, tornaram esta Vila um pólo de grande atracção, de tal forma

que, recebe o seu primeiro foral (documento do rei que dava autonomia –

privilégios/obrigações – às povoações) em 1212.

Em 1516, D. Manuel I, atribui novo foral a Montemor-o-Velho

(gravura ao lado).

O Castelo(1)

O Castelo é a maior fortificação do Mondego e uma das maiores do país, tendo

desempenhado um importante nas lutas pela reconquista do território aos mouros. Foi foco de

povoamento do baixo Mondego nos primeiros tempos da Nacionalidade. As partes mais

antigas são as duas fortes torres junto à Porta de Nª Srª do Rosário, do século XIII e a base da

Torre de Menagem que inclui silhares (pedra aparelhada) romanos, talvez da Alta Idade Média

(séc. V a X). Esta, fica a nascente do castelo sendo a sua estrutura quadrada, com dois pisos e

aberturas ogivais. O Castelo actual resulta de uma reforma geral operada no século XIV.

Actualmente é constituído por cinco partes: castelejo (a parte mais elevada do castelo), cerca

(muralha) principal, barbacã (muralha mais baixa exterior) envolvente, cercado (terreno murado) do

lado norte e o reduto (fortificação construída dentro de outra maior) inferior; encontrando-se no

cercado norte as ruínas da Capela de São João. Podem ser observadas as ruínas do Palácio,

ou Paço das Infantas, cuja construção se atribui a D. Urraca, sec. XI/XII. Segue-se a Torre do

Relógio da Vila, construída em 1877.

Foi no castelo de Montemor-o-Velho, que a 6 de Janeiro de 1355, D. Afonso IV, reunido

com os seus ministros, ordenou a morte de D. Inês de Castro.

Nota: Sobre o castelo existe também uma interessante lenda – Lenda das Arcas – que podes consultar em htpp://alhadas.com.sapo.pt/índex.html (consulta em “Lenda das arcas” no menu “Lendas da zona”).

Page 4: Castelo de Montemor-VE

Igreja de Santa Maria da Alcáçova(1)

A igreja foi fundada em 1090, tendo sofrido reformas no

séc. XII e XIII. Foi reedificada definitivamente no primeiro

quartel (período de 25 anos) do séc. XVI. A igreja actual é do

estilo manuelino sendo constituída por três capelas absidais

(ábside - espaço abobadado semicircular, normalmente colocado no

topo oriental de uma igreja) de abóboda (cobertura em arco). O

retábulo (obra de arte, colocada atrás do altar de uma igreja) do lado

da epístola (o lado do altar à direita do celebrante) é dedicado ao

Sacramento e pertence ao séc. XVI, estando representados:

Santa Ana, S. João Evangelista, Última Ceia; Aparição de

Cristo à Virgem e a Madalena e os bustos (escultura da cabeça e

parte dos ombros) de David e Melquisedec.

O retábulo da capela-mor em talha (madeira esculpida)

dourada do séc. XVII, apresentando uma escultura de Nª Srª

da Vitória do séc. XIV. O retábulo do Evangelho, do séc. XVI,

tem nos nichos (cavidade para guardar uma estátua) laterais as

imagens de Santa Apolónia e de Santa Luzia. Ao centro encontra-se Nª Srª do Ó, do séc. XIV,

estando numa mísula (saliência saída da parede) em frente o Anjo da Anunciação. Existem alguns

restos de pinturas murais do séc. XVIII, representando S. Jorge em luta com o Dragão.

Merecem ainda referência: uma imagem de S. Brás do séc. XV, o púlpito (lugar, na nave, de onde

o padre fala aos fiéis) do séc. XVIII, os azulejos sevilhanos de arestas e a pia baptismal do séc.

XVI.

Encontram-se várias lápides (placas fúnebres de pedra com inscrições) e letreiros que vão

desde o séc. XI ao séc. XIX.

(1)Texto (sem as observações entre parêntesis) e imagens da Igreja de Santa Maria da Alcáçova retirados do desdobrável “montemorovelho/PORTUGAL” da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho 07