carta geologica bacia do kwanza

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  • 8/12/2019 Carta Geologica Bacia Do Kwanza

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    GEOKWANZA:

    Desenvolvimento de um WebSIG para aGeologia Sedimentar da Bacia Sedimentardo Kwanza

    Amrico da Mata Loureno Victorino

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    GEOKWANZA:Desenvolvimento de um WebSIG para a

    Geologia Sedimentar da Bacia Sedimentar do Kwanza

    Trabalho de Projecto orientado por

    Professor Doutor Pedro da Costa Brito Cabral

    Outubro de 2011

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    AGRADECIMENTOS

    Expresso os meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que de forma

    directa e indirecta, foram determinantes para a concluso desta monografia, pois sem o

    empenho das mesmas no seria possvel a obteno destes resultados. Especialmente:

    A Deus que iluminou o meu caminho durante esta longa caminhada. A

    minha esposa Juelma Victorino que de forma especial apoiou-me durante a formao e

    as minhas filhas, Gracielma e Flvia, que iluminaram de forma especial os meus

    pensamentos.

    Um sentido especial de agradecimento a minha me que sem o amor,

    carinho, educao e todo o apoio que sempre me deu ao longo dos anos possivelmente

    no estaria aqui, a toda minha famlia um beijo do tamanho do universo.

    Ao Professor Doutor Pedro Cabralpela competncia com que orientou

    este trabalho de Graduao e o tempo que generosamente me dedicou transmitindo os

    melhores e hbeis ensinamentos, com pacincia, transparncia e confiana. Pelas suas

    crticas sempre atempadas e construtivas desde o primeiro momento que solicitei a

    orientao. Agradeo desde j todo o tempo que gastou incondicionalmente comigo a

    rever e discutir detalhes do trabalho at nos pormenores de impresso.

    No posso deixar passar em clara a minha famlia residente em Lisboa

    (Rosa Cristvo Victorino e o meu cunhado ngelo Panda e aos meus sobrinhos e a

    Jlia) que muito me apoiou durante as minhas viagens de Luanda Lisboa.

    Aos meus colegas de curso e viagens (especialmente Dr. Agostinho

    Secuma) que embarcaram no mesmo cais, reservo uma passagem para a outra margem

    no canto do corao e da memria.

    Ao Professor Doutor Csar Alaminus Ibarria (Faculdade de Cincias da

    Universidade Agostinho Neto), o meu muito obrigado por todos os concelhosgeocientficos que me tem transmitido nos ltimos quinqunios. Ao Geovanni Manghi,

    muito obrigado pela ajuda.

    A todos meus amigos de longa data que sempre me acompanharam e

    conviveram comigo nas ltimas dcadas, o meu muito obrigado.

    A todas as Instituies que de forma Directa me apoiaram com subsdios

    financeiros (ACREP Angolan E&P Company; Faculdade de Cincias da

    Universidade Agostinho Neto; Instituto Geolgico de Angola Ministrio daGeologia e Minas e Indstria), que continuem com o gesto que Angola agradece.

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    GEOKWANZA:

    Desenvolvimento de um WebSIG para a Geologia Sedimentar daBacia Sedimentar do Kwanza

    RESUMO:

    Com o impressionante crescimento da Internet nos ltimos anos a comunicao

    de dados multimdia tornou-se uma realidade devido facilidade de navegao que este

    recurso apresenta. Este trabalho visa abordar um tema actual e com bastante

    aplicabilidade no que concerne a publicao de informao espacial na Internet, usando

    ferramentas livres, tendo em vista as vantagens e potencialidades desta tecnologia para

    as instituies que lidam com informao geogrfica. A divulgao de dados espaciais

    na Web, servio baseado em hipertexto que permite a navegao entre as informaes

    disponveis nos computadores da rede, vem apresentando um crescimento significativo

    nos ltimos anos, atravs do surgimento de uma nova era de Sistemas de Informao

    Geogrfica (SIG), cujas arquitecturas tm na Internet um componente fundamental,

    trazendo desta forma, novas possibilidades para o conhecimento geolgico. Os recursos

    geolgicos da bacia sedimentar do Kwanza no so conhecidos na sua totalidade e no

    possvel antever-se ainda quanto tempo ser necessrio completar o seu estudo; porm

    j muito se conhece sobre este gigante sedimentar mas, infelizmente, grande parte desta

    informao ainda se encontra em meios pouco acessveis para a vasta comunidade de

    geocientistas que muito delas dependem para tomadas de deciso. A proposta deste

    trabalho, visa desenvolver um SIG na Internet, vulgo WebSIG denominado Geokwanza

    dirigido a todos interessados em adquirir conhecimentos sobre o estado da arte

    geolgica da bacia sedimentar do Kwanza, sem necessariamente possuir conhecimentos

    SIG. Os dados de cartografia geolgica foram obtidos essencialmente por compilao,

    anlise crtica e integrao das informaes bibliogrficas publicada e no publicada,

    alm de trabalhos adicionais de geologia de campo, interpretaes de imagens satlites,

    amostragem, anlises petrogrficas e geocronolgicas. A criao de um WebSIG, um

    primeiro passo para dar dimenso pblica a estes dados, afirmando o interessante

    potencial que representam.

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    GEOKWANZA:

    Development of a WebGIS for the Kwanza Sedimentary basingeology

    ABSTRACT:

    With the impressive growth of the Internet in recent years the communication of

    multimedia data has become a reality due to the ease of navigation. This work aims to

    address a very actual and high applicable issue regarding the publication of spatial

    information on the Internet using free tools, considering the potential advantages of this

    technology for the institutions that deal with geographic information. The disseminationof spatial data on the Web, which is an hypertext-based service that allows the

    navigation between the information available on network computers, is showing a

    significant growth in recent years through the emergence of a new era of Geographic

    Information Systems (GIS) whose architectures are a key component of the Internet,

    bringing new possibilities for geological knowledge. The geological features of the

    sedimentary basin of the Kwanza are not fully known and it is impossible to predict

    how long it will take to complete its study. Nowadays, much is known about this giantsediment but, unfortunately, a great part of this information is still inaccessible to the

    vast community of geoscientists for decision making. Our proposal aims to develop a

    WebGIS, called Geokwanza to provide knowledge about the geology of the sedimentary

    basin of the Kwanza, without necessarily having knowledge about GIS. Geological

    mapping data were obtained primarily by building, critical analysis and integration of

    information published and unpublished literature, plus additional work of field geology,

    interpretation of satellite images, sampling, petrographic and geochronological analysis.

    The creation of this WebGIS is the step towards the public dimension that this data

    represent.

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    PALAVRAS CHAVES:

    Bacia Sedimentar do Kwanza

    Geologia

    Internet

    Sistemas de Informao Geogrfica

    WebSIG

    KEYWORDS:

    Kwanza Sedimentary Basin

    Geology

    Internet

    Geographic Information Systems

    WebGIS

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    ACRNIMOS:

    CGI Common Gateway InterfaceIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatsticaIGCA Instituto geogrfico e Cadastral de AngolaIGEO Instituto Geolgico de AngolaOGC Open Geospatial ConsortiumPHP Hypertext PreprocessorSGBD Sistema Gestor de Bases de DadosURL Uniform Resource LocatorWCS Web Coverage Service

    WFS Web feature serviceXML Extensible Markup Language

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    NDICE DO TEXTO

    AGRADECIMENTOS ...................................................................................................................................

    RESUMO ......................................................................................................................................................ABSTRACT ...................................................................................................................................................

    PALAVRAS-CHAVE ................................................................ .................................................................. ..

    KEYWORDS .................................................................................................................................................

    ACRNIMOS ................................................................................................................................................

    NDICEDOTEXTO ......................................................................................................................................

    NDICEDETABELA ...................................................................................................................................

    NDICEDEFIGURAS ..................................................................................................................................

    1 CAPTULO - INTRODUO .................................................................. .............................................. 11.1. ENQUADRAMENTO........................................................................................................................ 1

    1.2. OBJECTIVOS.................................................................................................................................. 1

    1.3. MOTIVAOPARAAREALIZAODOTRABALHO ........................................................ 3

    1.4. METODOLOGIA........................................................... ................................................................... 3

    1.4.1. ORGANIZAO DO TRABALHO DE PROJECTO................................................................................. 4

    2 CAPTULO - SIG NA INTERNET .......................................................... .............................................. 5

    2.1. INTRODUO.............................................................. ................................................................... 5

    2.2. SISTEMA DE INFORMAO GEOGRFICA (SIG) ............................................................................. 5

    2.3. APLICAES SIG........................................................................................................................... 5

    2.3.1. - Modelos de Dados .................................................................................................................. 6

    2.3.2. - Arquitectura da Internet ............................................................. ............................................ 7

    2.3.3. - Estrutura e funes de uma aplicao na Internet ................................................................. 9

    2.3.3.1 - Web Servers .................................................................. ....................................................... 9

    2.3.3.2 - Pginas Web ................................................................. ..................................................... 10

    2.3.3.3 - Web Browsers ................................................................ .................................................... 10

    2.3.3.4 - HTML ................................................................. ............................................................... 10

    2.3.3.5 - URLS ......... .................................................................. .................................................... 10

    2.3.4. - Servidor Web ............................................................... ...................................................... 11

    2.3.5. - Programas a utilizar ............................................................... ........................................... 11

    2.3.5.1 - PHP:Hypertext Preprocessor ........................................................... ................................ 12

    2.3.5.2 - Apache ....................................... ................................................................... .................... 13

    2.3.5.3 - MapServer. 13

    2.3.5.4 - P. mapper .......................................................... ................................................................ 14

    2.3.5.5 - Quantum GIS ................................................................ ..................................................... 14

    2.3.6 - Critrios de desenvolvimento de um SIG na Internet ........................................................ 14

    iii

    ivvviviviiviiixi

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    2.3.7 - Informao Gerencial relevante (exemplos) ........................................................................ 15

    2.3.8 - Concluso ............................................................. ................................................................ 16

    3 CAPTULO - GEOLOGIA DA BACA SEDIMENTAR DO KWANZA E MODELO

    CONCEPTUAL DE GESTO DE DADOS GEOLGICOS ................................................................ 18

    3.1. INTRODUO.............................................................. ................................................................. 18

    3.2. PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES DE ANGOLA................................................................ .......... 18

    3.2.1.- Evoluo tectnica da Bacia Sedimentar do Kwanza ........................................................... 20

    2.2.2. - Estratigrafia da Bacia do Kwanza....................................................................................... 22

    3.3. ANLISE DOS BENEFICIOS E FUNCIONALIDADES DE UM WEBSIGNO MBITO DO CONHECIMENTO

    GEOLGICO................................................................................................................................................. 24

    3.4. ESPECIFICAES ESSENCIAIS E TCNICAS PARA A IMPLEMENTAO DE UM SIG EM AMBIENTE

    INTERNET25

    3.4.1. - Definio de um modelo de dados ........................................................ ............................... 25

    3.4.2. - Especificao da informao necessria............................................................................. 26

    3.4.3 - Tipos de dados .................................................................. .................................................... 26

    3.4.4 - concluso ................................................................ .............................................................. 27

    4 CAPTULO - DESENVOLVIMENTO DA APLICAO WEBGIS E IMPLEMENTAO EM

    AMBIENTE INTERNET .......................................................................................................................... 28

    4.1. INTRODUO.............................................................. ................................................................. 28

    4.2. SOFTWARE ABERTO E GRATUTO................................................................................................. 28

    4.3. ESCOLHA DOS SOFTWARES............................................................... ........................................... 29

    4.3.1.- Soluo implementada ............................................................ ........................................... 29

    4.3.1.1.- carregamento e disponibilizao dos dados a partir do PostGIS ..................................... 30

    4.3.1.2 - Sistema gerenciador do Banco PostgreeSQL e Mdulo PostGIS ...................................... 32

    4.3.1.3 - Configurao do PostgreeSQL/PostGIS............................................................................ 32

    4.4.1.4 - Configurao do MapServer ............................................................................................. 32

    4.4.1.5 - Framework de desenvolvimento P.mapper ......................................... .............................. 33

    4.4.1.6 - Sistema Operacional e Servidor Apache para a Internet .................................................. 33

    4.5. PADRONIZAO E MODELAO DO SISTEMA.......................................................... ..................... 35

    4.5.1 - Soluo implementada ............................................................... ........................................... 35

    4.5.2 - Desenvolvimento do Sistema ................................................................................................ 40

    4.6. DESENHO DA INTERFACE.................................................................. ........................................... 42

    4.7. VALIDAO,TESTES E RESULTADOS............................................................ ................................ 45

    4.8. ANLISE DOS RESULTADOS............................................................... ........................................... 46

    4.9. CONCLUSES..................................................................................................................... .......... 50

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    5 CAPTULO - CONSIDERAES FINAIS ................................................................. ....................... 51

    5.1 DISCUSO................................................................................................................................... 51

    5.2 LIMITAES........................................................................................................... ..................... 51

    5.3 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS.................................................................................................. 52

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...................................................................................................... 53

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    NDICE DE TABELAS

    Tabela 1. Descrio das diferentes partes de uma URL (Kobben, B.; Lemmens, R.-Department of GeoInformation Processing, Setembro 2006) ..................................... 10

    Tabela 2. Descrio com o nome da Instituio e seu respectivo stio na Internet . 16

    Tabela 3. Estrutura de directrios do Apache (Geovanni Manghi, 2011) ................ 34

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    NDICE DE FIGURAS

    Figura 1. Carta Geolgica da Bacia do Kwanza Total & Sonangol (1968-1972) ...... 2

    Figura 2. Estrutura geral de uma aplicao SIG segundo (IBGE, 2000) ..................... 6

    Figura 3. Representao do mundo real em modelos de dados vectorial e rastersegundo (GIS Lincoln, 2010) ........................................................................................ 7

    Figura 4. Local Area Network (adaptado de Medeiros, 2000/04) ................................. 8

    Figura 5. WAN Wide Area Network, composta por vrias LAN segundo (Michelee,2010) ................................................................................................................................. 8

    Figura 6. Funcionamento de aplicaes Web (http://proxy.servidor.googlepages.com/)

    ........................................................................................................................................ 11

    Figura 7. Principais bacias sedimentaresde Angola (Tavares, 2000) ......................... 19

    Figura 8. Incio da diviso da Pangeia (Leonor Guerra/teoria da derivao continental,2010) ............................................................................................................................... 20

    Figura 9. Separao dos continentes Africano e Sul-Americano (Leonor Guerra/teoriada derivao continental, 2010) ...................................................................................... 21

    Figura 10. Estratigrafia da bacia do Kwanza (GeoLuanda 2000 Int. Conf., Guide BookLuanda Benguela - Dombe Grande, 2000) ...................................................................... 22

    Figura 11. Painel de actualizao do Quantum-GIS (QuantumGis, 2011) .............. 29

    Figura 12. Conexo Quantum GIS PostGIS ............................................................. 30

    Figura 13. Conexo base de dados kuanza no Postgis ............................................... 30

    Figura 14. Exportao da camada de informao do PostgreSQL ............................... 31

    Figura 15. Disponibilizao da informao classificada em ambiente Quantum Gis . 31Figura 16. Pgina de internet do MapTools (http://www.maptools.org/ms4w/index;acesso em 12/05/2011. ..................................................................................................35

    Figura 17. Fases de instalao do ms4w...................................................................... 36

    Figura 18. Organizao dos ficheiros do ms4w .......................................................... 37

    Figura 19. Sistema organizacional do MapServer for Windows ................................. 38

    Figura 20. Reiniciar o servidor para actualizar as mudanas ...................................... 39

    http://j/TESE_FINAL_MESTRADO/tese_corregida/enviada_para_defesa/Figura%2016.%20%E6%A0%90%E1%A7%A9na%20de%20internet%20do%20MapTools%20(http:/www.maptools.org/ms4w/index%20;acesso%20em%2012/05/2011.http://j/TESE_FINAL_MESTRADO/tese_corregida/enviada_para_defesa/Figura%2016.%20%E6%A0%90%E1%A7%A9na%20de%20internet%20do%20MapTools%20(http:/www.maptools.org/ms4w/index%20;acesso%20em%2012/05/2011.http://j/TESE_FINAL_MESTRADO/tese_corregida/enviada_para_defesa/Figura%2016.%20%E6%A0%90%E1%A7%A9na%20de%20internet%20do%20MapTools%20(http:/www.maptools.org/ms4w/index%20;acesso%20em%2012/05/2011.http://j/TESE_FINAL_MESTRADO/tese_corregida/enviada_para_defesa/Figura%2016.%20%E6%A0%90%E1%A7%A9na%20de%20internet%20do%20MapTools%20(http:/www.maptools.org/ms4w/index%20;acesso%20em%2012/05/2011.
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    Figura 21. Pgina inicial do MapServer for Windows ................................................ 39

    Figura 22. Pgina inicial do MapServer for Windows verso 3.0.1 com Frameworkp.mapper ......................................................................................................................... 40

    Figura 23. Janela de configurao de impresso ......................................................... 45

    Figura 24. Janela de configurao para salvar o mapa ................................................ 45

    Figura 25. Pgina inicial do Geokwanza ..................................................................... 47

    Figura 26. Resultado da pesquisa seleccionando os objectos que representam aformao Luanda ............................................................................................................ 48

    Figura 27. Tabela de atributos resultante da pesquisa realizada.................................. 48

    Figura 28. Imagem parcial de algumas camadas de informao habilitadas ............... 49

    Figura 29. Geologia da bacia do kwanza sobreposta diviso administrativa ........... 50

    Figura 30. Sistema de coordenadas ............................................................................. 50

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    CAPTULO I INTRODUO

    O conhecimento geolgico constitui, hoje, uma prioridade para a Repblica deAngola, face s exigncias de desenvolvimento em curso. A bacia sedimentar doKwanza oferece reas potenciais de petrleo e gs da plataforma continental. Muitos

    trabalhos de campo tm sido realizados pelas vrias companhias de petrleo que operamno pas, assim como por universidades e institutos de investigao. Porm, todas asinformaes obtidas no tm sido disponibilizadas convenientemente por vriosmotivos: sigilo de dados, falta de um Sistema Gestor de Bases de Dados alfanumrico eespacial capaz de armazenar, inquirir e disponibilizar informao. Esta situao temcondicionado a realizao de actividades como a elaborao de cartas geolgicas da

    bacia a pequenas escalas.A bacia sedimentar do Kwanza possui uma histria explorativa de

    hidrocarbonetos (Onshore1/Offshore2) cujo incio data de 1910. Em 1955 foi descobertoo primeiro poo comercial de petrleo denominado Benfica. Conhecida pela suadimenso geolgica, a bacia do kwanza est subdividida em interna e externa.

    1.1- Enquadramento:

    A Bacia do Kwanza situa-se entre o 8 e 11 Sul e entre 12 e 15 Este,englobando vrias concesses angolanas numa rea total aproximada de 50.000 km2

    (Figura 1).Neste trabalho so apresentados os vinte e trs (23 Blocos Onshore) e cinco (5

    Blocos Offshore) de explorao que compem a bacia sedimentar do Kwanza. Asuperfcie geolgica e estratigrfica foi obtida por tratamento digital do mapa geolgico escala 1/250 000 produzido em conjunto pelas empresas petrolferas da Total

    (Francesa) e Sonangol (Angolana), a partir da informao gerada durante olevantamento ssmico de 1968 1972. Pelo facto de os dados de perfuraoestratigrfica serem confidencias e de dificil acesso no foi objectivo desta dissertaoapresentar as possveis correlaes litoestratigrficas entre os poos apresentados. Noentanto esforos continuaro sendo feitos para disponibilizao futuras.

    O acervo de dados foi compilado a partir de arquivos em diversas escalas eformatos que foram posteriormente submetidos a procedimentos de generalizao,filtragem e fuses digitais com adequao a escala 1/100 000.

    1.2- Objectivos:

    O principal objectivo deste trabalho o de desenvolver e promover umaaplicao WebSIG com enfoque na disponibilizao de informaes geolgicas, quepermita a realizao de tarefas de manipulao dos arquivos com diferentes atributos, deforma gratuita, e sem a necessidade de nenhum outro software ou de bibliotecasadicionais. Pretende-se num futuro prximo alojar o WebSIG no site oficial daUniversidade Agostinho Neto (Faculdade de Cincias) para permitir aos interessados oacesso fcil, de forma cmoda e actualizada das informaes. Para a execuo deste

    projecto foram identificados os factores humanos e tecnolgicos necessrios, assimcomo a realidade estrutural e financeira que o desenvolvimento deste sistema acarreta.

    1Onshore: a explorao de hidrocarbonetos realizada em terra.2Offshore: a explorao de hidrocarbonetos realizada em mar.

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    Figura 1 Carta Geolgica da Bacia do Kwanza Total & Sonangol (1968 1972)

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    1.3 Motivao para a realizao do trabalho:

    Os factores fundamentais foram: O aparecimento da cartografia digital 2 & 3D, impulsionado pela Google com a

    disponibilizao online e de acesso e insero de dados gratuita com cobertura

    mundial; A proliferao dos GPS Sistemas de Posicionamento Global, derivados da

    baixa dos preos dos chips,permitiu o surgimento de aparelhos acessveis comcapacidade de posicionamento integrados (telefones mveis, cmarasfotogrficas e tablets, facilitando enormemente a captura de informaogeogrfica.

    O desenvolvimento da Internet e o surgimento da Web 2.0, a web dos blogs,wikis, Youtube e as poderosas redes sociais Facebook, Tuenti e o Twitter. Acrescente ligao entre o social e o meio geogrfico est a produzir grandesavanos tais como faceta espacial de Twitter, FourSquares, Facebook Places,etc.

    1.4- Metodologia

    O projecto vai ser desenvolvido para ser implementado no Departamento deGeologia da Faculdade de Cincias da Universidade Agostinho Neto na qual omestrando funcionrio e contribuir para a divulgao e planificao de trabalhos delevantamento cartogrfico e de prospeco geolgica; na elaborao de cartas decarcter geolgico (recursos minerais, tectnico-estrutural) da rea que, partindo de uma

    base geolgica cientificamente estabelecida, vo fundamentar as potencialidades emrecursos minerais da bacia do kwanza e a definio das prioridades para o estudo dos

    problemas geolgicos visando a confirmao da informao bsica da geologia. possvel enumerar as etapas que vo dar forma metodologia adoptada:

    Percepo do problema e proceder identificao dos requisitos dosistema, que serviro para elaborar as suas especificaes. Serimportante definir os objectivos versus prazos, recursos, tecnologiasdisponveis para o xito do Geokwanza. Engloba pesquisa bibliogrfica eentrevistas aos futuros beneficiadores do projecto;

    Fase do diagnstico, identificao das tecnologias e ferramentas paraavaliar e optimizar a aplicao WebSIG;

    Com as tecnologias e o ambiente de desenvolvimento preparados,desenvolve-se o modelo de dados conceptual; Utilizao do software Quantum Gis 1.5.0 para criao e edio dos

    dados shapefiles e raster, assim como eventuais anlises espaciais einterpolaes;

    Exportao dos dados anteriormente tratados para o postgresql-postgis3; Integrao dos dados georreferenciados na aplicao WebSIG; Programao Internet; Validao e Testes.

    3O PostGIS uma extenso para o PostgreSQL que adiciona a este SGDB o suporte de dados espaciais. A utilizaodo PostgreSQL/PostGIS permite o armazenamento e gesto de grandes volumes de dados espaciais.

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    1.4.1 - Organizao do Trabalho de Projecto:

    A dinmica da dissertao tem como ponto de partida a explanao de questes

    de cunho epistemolgico, nas quais se enfatizam os objectivos e pressupostos demotivao para a realizao deste trabalho.

    Neste sentido, apresenta-se no segundo captulo uma abordagem de formaampla, integrando os conhecimentos necessrios para a realizao do projecto.Introduzem-se consideraes quanto a estrutura, funes e critrios a se ter em conta

    para desenvolver um SIG na Internet.

    Aps tais discusses, apresentado um embasamento de informaes comcunho geolgico, mostrando a sua importncia no contexto econmico e dedesenvolvimento da regio. A possibilidade da sobreposio da informao dos poos,

    linhas ssmicas, estratigrafia, geologia com recursos minerais, aliados aos seusambientes tectnicos, evidencia-se como uma ferramentas de grande utilidade, tanto

    para pesquisadores acadmicos, quanto para usurios interessados na seleco de reaspropcias para investimentos e/ou estudos em pesquisa mineral.

    No quarto captulo, introduzem-se questes metodolgicas, especificaestcnicas e essenciais para a implementao de uma base de dados espacial geolgica emambiente Internet. aberto espao para o desenvolvimento da aplicao. TalCAPTULO mereceu destaque especial em funo da crescente popularizao dessatcnica, alm da sua estreita vinculao com uso de geotecnologias. Apresenta ainda deforma explicativa os procedimentos e critrios utilizados, para a elaborao doaplicativo WebSIG que visa disponibilizar camadas de informao e permitir acomposio de mapas interactivos na Internet, atravs do tratamento e padronizao dedados e informaes recolhidas.

    No quinto captulo, a dissertao termina com a discusso, limitaes edesenvolvimentos futuros.

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    CAPTULO II SIG NA INTERNET

    2.1 Introduo

    A arquitectura OpenGis para disponibilizao do WebSIG segue umaabordagem relativa sobre os diferentes tipos e formatos de dados, protocolos de internet,especificaes disponveis. Ao nvel de software aberto (Open Source / Free Software)existe j um bom conjunto de programas de boa qualidade, cujo desenvolvimentocooperativo promovido pela Osgeo4 (Open Source Geoespacial Fundation), umaorganizao sem fins lucrativos que providencia apoio financeiro, organizacional elegal, comunidade de utilizadores e desenvolvedores de software livres para sistemasde informao geogrfica.

    Para a implementao da soluo proposta foram seleccionados softwaresespecficos, dotados de funcionalidades para edio e anlise de dados, produo demapas e publicao da informao via internet, tais como: Quantum-Gis, Grass, Php,Apache, Mapserver, e P.mmaper.

    2.2 Sistema de Informao Geogrfica (SIG)

    A aquisio de dados representa propriedades significativas da superfcie daTerra uma parte importante da actividade das sociedades organizadas e modernas. Nosltimos anos tem-se verificado uma crescente abordagem e interesse pela informaogeogrfica, sendo esta cada vez mais utilizada para diversos fins e domnios deaplicao, em reas to distintas como as geocincias, economia e gesto, sociologia e

    sade, engenharias, entre outras (Cmara, G.;Casanova, M.A. 1996)O facto de ser possvel utilizar informao georreferenciada, permite acorrelao de variveis distintas, justificando o interesse pela rea dos Sistemas deInformao Geogrfica como instrumentos de modelao de problemas, anlise esimulao de cenrios.

    Por outro lado, os SIG atingiram j um certo nvel de maturidade, estandopresentes em grande parte dos servios do sector pblico e privado, e sendo cada vezmais, uma ferramenta acessvel a todos e no apenas a sectores especializados.

    2.3 - Aplicaes SIG

    A maioria das aplicaes SIG apresenta uma estrutura geral com uma interfacepara comunicao com o utilizador, uma base de dados, uma unidade de gesto dessabase de dados, e um conjunto de funcionalidades para entrada e edio de dados, suaanlise e produo e impresso de mapas (Figura 2). Com os avanos da Internet,desenvolveram-se nos ltimos anos tcnicas que possibilitam a publicao e acesso a

    bases de dados geogrficas remotas, cuja estrutura interna dos programas, permiteaceder e publicar dados remotamente atravs de servios WMS (Web Map Service)5,WFS (Web Feature Service)6 e WCS (Web Coverage Service)7, de acordo com as

    4http://www.osgeo.org/5

    Http://en.wikipedia.org/wiki/Web_Map_Service6Http://en.wikipedia.org/wiki/Web_Feature_Service

    7Http://en.wikipedia.org/wiki/Web_Coverage_Service

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    especificaes do OGC Open Geospatial Consortium8. A interface do utilizadorinclui um conjunto de ferramentas para visualizao e navegao atravs de informaoespacial, sendo capaz de visualizar os tipos de ficheiros mais comuns em formatosmatriciais e vectoriais, aceder a bases de dados espaciais e aos standards de serviosremotos do OGC. As ferramentas bsicas das aplicaes permitem ainda explorar

    registos e compor mapas.

    Figura 2 Estrutura geral de uma Aplicao SIGsegundo (IBGE, 2000)

    As aplicaes SIG suportam diversos formatos / modelos de dados graas abibliotecas de interpretao, tais como a GDAL9/OGR10 que a base de muitossoftwares SIG.

    2.3.1 Modelos de dados

    A informao do mundo real codificada e representada atravs de modelos dedados com localizao espacial, georreferenciao e um conjunto de descritoresquantitativos e qualitativos tambm conhecidos por atributos. Esta representao doselementos geogrficos pode ter um formato vectorial ou matricial (Mitasova, H &Mitas, L., 1993).

    No modelo de dados vectorial o espao ocupado por uma srie de entidades(pontos, linhas e polgonos), descritas pelas suas propriedades e cartografadas segundoum sistema de coordenadas geomtricas. Neste tipo de modelo existe uma estreitarelao com os conceitos associados cartografia tradicional impressa, qual associada uma base de dados.

    Num modelo vectorial os objectos so estticos e tm fronteiras bem definidas,sendo possvel a utilizao de objectos compostos e associao de tipologia. Nummodelo de dados matricial ou raster, o espao composto por clulas ou pixis, s quaisest associado um valor representando uma superfcie contnua de variao de um dado

    8

    Http://www.opengeospatial.org/9Http://www.gdal.org/10Http://www.gdal.org/ogr/

    IInntteerrffaaccee

    AAnnll iissee

    GGeessttoorrddaa

    BBaasseeddeeDDaaddooss

    BBAASSEE

    DDEE

    DDAADDOOSS

    EEnnttrraaddaaddee

    DDaaddooss

    SSaaddaaddeeDDaaddooss

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    atributo de interesse. As dimenses da clula, medidas no terreno, correspondem resoluo espacial, com que o tema est representado. Os sistemas raster so o resultadodos desenvolvimentos tecnolgicos das ltimas dcadas, e surgem como um

    prolongamento da aquisio de informao atravs de imagem. Neste tipo de modelosas clulas so dispostas de uma forma regular e a sua posio identificvel atravs do

    ndice de linha e coluna, em conjunto com a coordenada da primeira clula e com adimenso da mesma, pelo que a topologia est implcita.Os formatos vectoriais so mais indicados para representaes de entidades com

    distribuio espacial exacta (localizao de pontos de captao de gua, estradas, usosdo solo, etc.), tm uma estrutura de dados compacta e a topologia pode ser descritaexplicitamente (aconselhvel por exemplo em anlises de redes).

    Os formatos matriciais ou raster (Figura 3) so indicados para representaes degrandezas com distribuio espacial contnua (presso atmosfrica, temperatura, etc.),tm uma estrutura de dados simples, permitem a incorporao imediata de dados desensores remotos e so adequados anlise espacial, face facilidade de implementaodos algoritmos computacionais necessrios a este tipo de anlise.

    A resoluo de um raster medida em pixis, que representam neste caso umaunidade de medida de distncias. Sendo a resoluo nos rasters uma forma de escala,

    podemos depreender que quanto maior a resoluo maior o detalhe, mas uma vez queno modelo matricial no se consegue medir facilmente o terreno em pixis, perde-se anoo tradicional da relao de escala, e em vez disso fala-se de Ground SampleDistance (Neteler, M., 2005).

    Figura 3 Representao do mundo real em modelos de dados vectorial e raster (GIS@Lincoln, 2010)

    2.3.2 Arquitectura da Internet

    O World Wide Web construdo sobre um protocolo chamado HypertextTransport Protocol (HTTP), projectado para ser um pequeno e rpido protocolo bemadaptado para sistemas de distribuio e informao multimdia e hypertext jumps entre

    pginas.A Internet pode ser definida de forma simples, como a maior rede de trabalho

    existente no mundo. As redes encontradas na maior parte dos locais de trabalho hoje em

    dia so chamadas (LAN - rea Local), que consistem num grupo de computadoresrelativamente perto uns dos outros, e ligados entre si atravs de hardware especfico ou

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    cabos (Figura 4). Alguns computadores so clientes, muitas vezes designados porworkstations, e outros so servidores, tambm designados file servers. Todos estescomputadores podem comunicar entre si para partilha de informao.

    Figura 4 -LAN Local Area Network

    Uma rede de trabalho maior que alcance localizaes geogrficas mltiplas

    (como so os casos das grandes empresas com escritrios em diversos locais) poder terdiversas LAN, cada uma que junte todos os computadores de uma determinadalocalizao geogrfica, ligadas entre si atravs de um sistema de comunicao. Aligao pode ser feita atravs de simples ligaes banda larga, ADSL, conexes de

    banda mais rpida ou mesmo fibra ptica. A este grupo completo de LAN'sinterconectadas (Figura 5) d-se o nome de Wide Area Network (WAN).

    Figura 5 WAN Wide Area Network, composta por vrias LAN (Local Area Network).

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    Para que os computadores possam comunicar entre si existe uma linguagem decomunicao comum que permite identificar cada computador ligado rede, e garantirque a informao enviada para um determinado computador realmente chegue ao seudestino. Esta linguagem de comunicao o Internet Protocol (IP), mas na verdade muito mais que uma simples linguagem.

    O IP um sistema de regras que regem o comportamento da Internet emdeterminadas situaes, garantindo que no haja falhas de comunicao ou mal-entendidos graves, que os computadores comuniquem entre si de forma correcta e queos dados sejam trocados de forma correctos. Desta forma todo o computador ligado Internet deve correr uma cpia do IP.

    Os endereos IP so identificadores nicos. Cada mquina (computador ouservidor) conectada Internettem um endereo de IP nico. Este endereo composto

    por 4 conjuntos de nmeros separados, por exemplo: 208.193.16.200. Alguns hosts temum endereo de IP fixo (ou esttico), enquanto outros tm endereos designados deforma dinmica (atribudos cada vez que efectuada uma conexo). Independentementeda forma como os endereos de IP so obtidos, no existem dois computadores com o

    mesmo nmero a funcionar ao mesmo tempo.

    2.3.3 - Estrutura e funes de uma Aplicao na Internet

    As aplicaes na internetconsistem em pginas de informao georreferenciadasem mquinas (hosts) que executam o web-server software. Normalmente quando umutilizador num endereo IP especfico faz um determinado pedido de um ficheiro, oservidor Web tenta recuperar o ficheiro e envi-lo para o utilizador. O ficheirosolicitado pode ser o cdigo HTML de uma pgina Web, uma imagem GIF, um ficheiroFlash, um documento XML, etc. o browser que determina o que deve ser solicitado, eno o servidor Web, o servidor simplesmente processa o pedido, como mostrado nafigura 6.

    2.3.3.1 - Web Servers

    Um Web server um programa que serve pginas Web, mediante solicitao importante salientar que os servidores Web, normalmente, no se preocupam com ocontedo desses ficheiros. O cdigo HTML de uma pgina Web, por exemplo, ser

    processado pelo browser e no pelo Web server. O Web server devolve a pginasolicitada como est, independentemente do que a pgina e do que ela contm. Seexistirem erros de sintaxe HTML no ficheiro, os erros sero devolvidos juntamente como restante da pgina.

    As ligaes/conexes com servidores Web so feitas quando necessrias. Se forsolicitada uma pgina de um Web server, ser feita atravs da internet uma conexo IPentre o computador que faz o pedido e a mquina que est a executar o servidor. A

    pgina Web solicitada enviada atravs dessa conexo, que interrompida logo que apgina recebida. A maioria dos servidores Web utiliza o porto 80, mas se for deinteresse, o servidor Web pode ser instalado em portas no standard, por exemplo paraesconder o servidor Web, bem como para permitir vrios servidores Web num nicocomputador.

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    2.3.3.2 - Pginas Web

    A informao na World Wide Web armazenada em pginas, que podemconter: texto, ttulos e cabealhos, listas, menus, tabelas, formulrios, imagens, scripts,folhas de estilo e multimdia. As pginas Web so construdas usando uma srie de

    tecnologias que so processadas e exibidas pelos navegadores Web (Browsers).

    2.3.3.3 - Web Browsers

    Os browsers so programas client usados para aceder a sites e pginas Web. Obrowser tem a tarefa de processar as pginas Web recebidas e exibi-las ao utilizador,com tudo aquilo que elas contm.

    2.3.3.4 HTML

    As pginas Web so ficheiros de texto construdos atravs de Hypertext Markup

    Language (HTML), que implementado como uma srie de tags fceis de aprender. Oautor de pginas Web ou WebSIG usa essas etiquetas para formatar uma pgina detexto. Em seguida os browsers, iro usar essas etiquetas para processar e exibir asinformaes a visualizar.

    2.3.3.5 - URL's

    Cada pgina na World Wide Web tem um endereo, aquele que habitualmentedigitamos no browser para instru-lo a carregar uma pgina Web em particular. Estesendereos so chamados Uniform Resource Locator (URLs), e no so apenas

    utilizados para identificar pginas ou objectos da World Wide Web. Por exemplo osficheiros num servidor FTP tambm tm identificadores URL.

    Tabela 1 Descrio das diferentes partes de uma URL (Kobben, B.; Lemmens, R.- Department of

    GeoInformation Processing, Setembro 2006)

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    2.3.4 Servidores Web

    Os servidores Web so realmente muito simples e permitem interagir com umabase de dados, personalizar as pginas Web, processar os resultados enviados por umutilizador atravs de um formulrio, ou qualquer outra coisa. Tudo o que faz um

    servidor Web servir pginas.Quando um servidor Web recebe uma solicitao de um browser, analisa o

    pedido para determinar se trata de uma simples pgina Web ou uma pgina que precisade tratamento por um servidor de aplicaes Web, passa para o servidor de aplicaoWeb apropriado e devolve os resultados que recebe, de volta ao browser (Figura 6).

    Figura 6 Funcionamento de aplicaes Web

    Por outras palavras, os servidores de aplicaes Webso pr-processadores de

    pginas. Processam a pgina solicitada antes de esta ser enviada de volta para o cliente(browser), e ao faz-lo abrem a porta para que os desenvolvedores faam todo tipo decoisas interessantes no servidor, tais como:

    Realizar pesquisas; Alterar as suas pginas on-the-fly com base na data, hora, primeira visita,

    e o que mais se possa pensar; Personalizao de pginas para os visitantes.

    2.3.5 Programas a utilizar

    Para atingir os objectivos propostos no presente trabalho foi utilizado SoftwaresOpen Source excepto o Sistema Operativo. Em particular foi usado o Windows Xpcomo sistema operativo, Mapserver como servidor de mapas, Pmapper comoFramework para a realizao de WebSIG, PostgreSQL/Postgis como base de dadosgeogrfica e o Notpad++para a edio dos ficheiros da aplicao.

    O conceito de softwares livres e livres foi adoptado por uma populao deprogramadores ao redor do mundo e a cada dia surgem mais adeptos a esta novamaneira de se desenvolver programas de computadores. O software passa a ser livres

    para que todos que assim desejarem venham a colaborar com o seu desenvolvimento,manuteno e aperfeioamento. Como seu aparecimento na dcada de 80, os softwares

    livres surgem pela necessidade de existncia de programas que no dependessem tantodas formalidades legais e imposies dadas pelos conhecidos programas prioritrios.

    http://mapserver.org/http://www.pmapper.net/http://www.postgresql.org/http://postgis.refractions.net/http://postgis.refractions.net/http://www.postgresql.org/http://www.pmapper.net/http://mapserver.org/
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    Os softwares abertos e livres possuem algumas caractersticas prprias: Qualquer pessoa interessada no seu uso pode obt-lo sem a necessidade

    de paga-lo; permitida a sua cpia e distribuio, seja na sua forma original ou com

    modificaes; Possui o seu cdigo fonte sempre alterado para que possa sermodificado.

    importante no confundir software livres com software com software grtisporque a liberdade associada ao software livres de copiar, modificar e redistribuir,independente de gratuidade. Existem programas que podem ser obtidos gratuitamente,mas que no podem ser modificados, nem redistribudos. Os softwares abertos e livres,so uma realidade no mercado e a cada dia vm sendo incorporados nas organizaes(estatais e privadas) em substituio aos softwares proprietrios, diminuindoconsideravelmente os custos da sua implementao, pois tm na sua gratuidade umgrande trunfo, alm de estarem munidos praticamente das mesmas funcionalidades dossoftwares proprietrios. Os softwares abertos e livres so hoje uma realidade ocupando

    um espao no cenrio tecnolgico mundial. O desenvolvimento do software livre colaborativo e compartilhado por todos os usurios, assim como a transmisso dedireitos sobre ele.

    Alguns dos factores que influenciam o uso dos softwares abertos e livres so:compatibilidade com outros programas comerciais; facilidade no manuseio; rpido

    processo de evoluo e correco de problemas; o facto de dispensar pagamentos delicenas para o uso dos programas; possibilidade de disseminao e popularizao;

    2.3.5.1 PHP11: Hypertext Preprocessor

    uma linguagem de scripting de servidor (server-side) (os scripts PHP soexecutados no servido) de cdigo aberto, que suporta vrias bases de dadosPostgreSQL, MySQL, Informix, Oracle, Sybase, Solid, Generic ODBC, etc.). O PHP relativamente fcil de aprender e bastante eficiente ao nvel do servidor. Para garantiracesso a um servidor Web com suporte PHP, pode-se instalar o Apache (ou IIS) nonosso prprio servidor, instalar PHP e PostgreSQL (ou MySQL). Outra alternativa adquirir um plano de alojamento Web com suporte PHP e PostgreSQL (ou MySQL).

    Se o seu servidor suportar PHP no necessita instalar o programa, basta criarficheiros. php na sua directoria Web e o servidor ir process-los.

    Sendo um software livres e gratuito, a maior parte da Web hosts oferece suportePHP, no entanto se no for o caso ser necessrio instal-lo.

    11Http://php.net/; http://www.php.net/docs.php; http://www.zend.com/en/

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    2.3.5.2 - Apache12

    O servidor Apache o mais bem sucedido servidor Web Open Source. Esteservidor compatvel com o protocolo HTTP e as suas funcionalidades so mantidasatravs de uma estrutura de mdulos, possibilitando inclusive que o utilizador escreva

    os seus prprios mdulos (utilizando a API do software) assim como a publicao detextos, arquivos HTML, imagens e hyperlinks em uma conexo web; disponibilizado em verses para os sistemas Windows, Novell NetWare, OS/2

    e diversos outros do padro POSIX (Unix, Linux, FreeBSD, etc.).

    2.3.5.3 - Mapserver13

    Neste trabalho optou-se por empregar o servidor de mapas MapServer por serum software livre e permitir o desenvolvimento de solues SIG para Internet. Deacordo com Amarante (2007), o MapServer uma ferramenta para desenvolvimento,elaborada de acordo com as especificaes OGC para construo de solues espaciais

    para Internet. Esta tecnologia foi desenvolvida inicialmente no projecto ForNet naUniversidade de Minnesota (UMN) em conjunto com a National Aeronautics andSpacie Administration (NASA) e o Departamento de Recursos Naturais de Minnesota(MNDNR) com cdigo aberto (GLP). Actualmente, o MapServer mantido pelo

    projecto TerraSIP (LIME, 2006).O MapServer pode ser definido como Servidor de Mapas, sendo uma das

    principais aplicaes de cdigo aberto mais usadas para a rea de publicao de mapasna Internet. Uchoa e Ferreira (2004) afirmam que, apesar de ser livres, supera ossoftwares proprietrios no que se refere flexibilidade e ao desenvolvimento de SIG

    para Web.O MapServer compatvel com vrios sistemas operacionais Linux, Windows,

    Unix, Solaris, etc., possibilitando a flexibilidade na instalao em qualquer sistemaoperacional. Para que os dados sejam compreendidos, integrados e exibidos, o software necessita que esses dados tenham uma componente espacial em comum, como porexemplo, coordenadas longitudinais e latitudinais. Sua utilizao pode ser combinadacom diversas tecnologias de desenvolvimento, bibliotecas de programao, Sistemas deGerenciamento de Banco de Dados, linguagens de programao (PHP, Java, C#, Perl),

    biblioteca GDAL/OGR, Proj4 (Biblioteca de Projeces e Transformaes decoordenadas). Dessa forma, o software capaz de integrar um determinado banco dedados a mapas, de acordo com as caractersticas espaciais em comum. Como resultadoobtm-se a visualizao dos dados do SIG, como tambm a criao de mapas temticos.Dentre as caractersticas principais so destacadas as vantagens de desempenho naapresentao de resultados, compatibilidade com diversas bibliotecas de programao ealta capacidade de personalizao. So gerados resultados de fcil utilizao para osusurios finais, porm a elaborao de solues depende de conhecimentos delinguagens de programao, bem como um conhecimento mnimo de configurao e

    publicao de home pagespara Internet. uma plataforma para publicao de dados espaciais e aplicaes interactivas

    de mapeamento. O principal objectivo desta ferramenta a disponibilizao deinformao espacial atravs da Internet.

    12Http://www.apache.org/; http://httpd.apache.org/docs-project/

    13Http://mapserver.org/; http://mapserver.org/documentation.html;

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    2.3.5.4 - P.mapper14

    um Framework15 que oferece uma ampla funcionalidade e mltiplasconfiguraes, de forma a facilitar a configurao de uma aplicaoMapserverbaseadaem PHP / Mapscript.

    Algumas das funes que aparecem includas so: DHTML (DOM) interface zoom/pan (sem uso dos frames); Funes de query (identify, select, search); Configurao de funes, comportamento e layout bastante flexveis; Interface de utilizador multilingue; Plug-in API para adicionar funcionalidades personalizadas.

    O p.mapper foi j testado com as verses de 4.0 a 5.2 do MapServer emambiente Windows, Linux, e Mac OS X.

    2.3.5.5 - Quantum GIS16

    O projecto nasceu oficialmente em Maio de 2002, quando comeou a ser escritoo seu cdigo. A ideia foi concebida em Fevereiro desse ano quando o seu autor GarySherman procurava um visualizador SIG para Linux que fosse rpido e suportasseuma vasta gama de formatos de dados. Isso, associado ao interesse em programar umaaplicao SIG levou criao do projecto. A primeira verso, quase no funcional, saiuem Julho de 2002 e suportava apenas layers PostGIS.

    Hoje em dia, o Quantum GIS (QGIS) uma aplicao SIG de fcil utilizaoque pode funcionar em sistemas operativos Linux, Unix, Mac OSX e Windows. Suportadados vectoriais (shapefiles ESRI, GRASS, PostGIS, MapINFO, SDTS, GML e amaioria dos formatos suportados pela biblioteca OGR), raster (TIFF, ArcINFO, rasterde GRASS, ERDAS, e a maioria dos formatos suportados pela biblioteca GDAL) e

    bases de dados. QGIS distribudo com licena GNU Public Licence e possui umaarquitectura que permite extensibilidade atravs de plug-in.

    2.3.6 - Critrios de desenvolvimento de um SIG na Internet

    A Web no apenas o equivalente electrnico de um jornal ou revista, ummeio de comunicao que s limitado pela inovao e criatividade dos programadores.A Internet oferece maneiras de melhorar essas publicaes utilizando animaes, udio,aplicao multimdia, bases de dados, entre outros. Na verdade, as pginas dinmicas

    (com contedo dinmico) so o que d vida Internet.Existem dois tipos de pginas que podem ser disponibilizados por via daInternet: as pginas estticas e as pginas dinmicas ou interactivas. As estticas soaquelas cujo formato de dados no permite ao utilizador obter mais informaes almdaquelas mostradas no prprio mapa e na legenda (GIF, JPEG, PDF, BMP e etc.)limitando desta forma que se realizem pesquisas com maiores detalhes. O outro tipo de

    pginas dinmicas ou interactivas que objecto de estudo neste presente trabalho,

    14Http://www.pmapper.net/; http://svn.pmapper.net/trac/wiki

    15 uma abstraco que une cdigos comuns entre vrios projectos de software provendo uma

    funcionalidade genrica16Http://qgis.org/

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    permite que os mapas possam ser visualizados com mudanas de escala, navegao econsultas sobre seus atributos geogrficos, conectados a uma base de dados(PostgreSQL/PostGIS), podem ser realizadas. Alm da vantagem dos usurios poderemformar cenrios com os mapas disponveis na rede, atravs da mudana de parmetros.Ou seja, novos temas podem ser criados.

    As pginas Web dinmicas esto a tornar-se a norma, por boas razes.Consideram-se neste trabalho o seguinte: as pginas Web dinmicas contm muitopouco texto. Em vez disso, elas vo buscar as informaes solicitadas a partir de outrasaplicaes. As pginas Web dinmicas comunicam com as bases de dados para, porexemplo, extrair informaes das formaes geolgicas, tipos de solos, etc.

    A internet, deixa de ser somente um meio visualizar a informao, tornando-secada vez mais, uma ferramenta da edio remota, que adiciona, modifica e remove asinformaes nela contida. Elas tornaram-se verdadeiras aplicaes, permitindo efectuaractualmente todos os tipos de tarefas de forma remota usando o padro HTTP.

    2.3.7 - Informao gerencialrelevante (exemplos)

    Ao contrrio de outro tipo de programas e aplicaes, em que a maioria dosdados gerada pela prpria aplicao, no mundo do WebSIG quase sempre necessriocomplement-las com alguns dados pr-existentes. Na Internet existe uma grandevariedade de mapas e dados geogrficos, o problema que esto espalhados por toda aWeb, sem que existam motores de busca vocacionados para dados geogrficos. Assim,encontrar os dados georreferenciados que necessitamos para a nossa aplicao podetornar-se num grande despique e muitas vezes maior do que utiliz-los assim que ostenhamos.

    Outro problema que muito aflige ao descarregar dados na Internet e/ou obter deoutras formas, embora livres, que estes no so providos de quaisquer tipos demetadados geoespaciais, tornando praticamente impossvel a sua incorporao numaaplicao WebSIG. Depois de encontrados, os dados que possam ser usados, surgeento o problema de no haver um padro internacional para formatos de ficheiro, peloque os dados podem estar em diversos formatos binrios. Nestas situaes, recorremos aalgumas aplicaes que nos permitam converter os dados de um formato para outro,como ogr2org ou GPSBabel.

    Um dos formatos mais comuns para dados vectorais o ESRI shapefile, queapesar de no ser um standard aberto, est bem documentado e amplamente utilizado(formato empregado neste trabalho). semelhana do Adobe PDF, muitas aplicaes,tanto comerciais como open source, podem facilmente ler e escrever este tipo de

    ficheiros.Bons exemplos de dados livres contidos em WebSIG a recomendar-se para aprocura em bases de dados criadas e mantidas por entidades governamentais e/ouprivadas podem citar-se:

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    Descrio Instituio LinkDisponibiliza produtos dePortugal via WFS

    InstitutoGeogrficoPortugus

    Http://mapas.igeo.pt/igp/wfs_sig.html

    Bases Cartogrficas (nos

    formatos vectorial e raster)

    Sapo.pt Http://mapas.no.sapo.pt/html/car

    tografia.htmlSistema Nacional de Informaode Recursos Hdricos - Portugal

    SNIRH Http://snirh.pt/

    Disponibiliza dados para autilizao em SIGs

    Igeoe Http://www.igeoe.pt/mapas/html/AplicacoesClientes.htm

    Portal da gua (Portugal) INAG Http://intersig-web.inag.pt/intersig/mapas.aspx?map=106

    Disponibiliza informaogeogrfica dos EstadosAmericanos

    Data.Gov Http://www.data.gov/

    Global Administrative Areas InternacionalResearch Institute

    Http://www.gadm.org/country

    Disponibiliza informaogeorreferenciada Mundial

    gfoss Http://download.gfoss.it /

    Disponibiliza informaogeorreferenciada em vriosformatos

    osgeo Http://download.osgeo.org/gdal/data/

    um motor de buscaespecializada em servios Web(implementao de normas

    publicadas pelo OGC

    OWS SearchEngine Http://ows-search-engine.appspot.com/

    Disponibiliza imagensgeorreferenciadas em vriosformatos e resolues.

    NASA Http://www2.jpl.nasa.gov/srtm/

    Tabela 2 tabela descritiva com o nome da Instituio e seu respectivo stio na internet

    2.3.8 - Concluso

    Inicialmente definiu-se quais os tipos de dados, seus atributos, no espaciaisassim como as representaes geomtricas e cartogrficas que sero associadas. Os

    procedimentos necessrios para construo do banco de dados. O referencialgeogrfico que permitir delimitar a regio de observao das entidades que seroincorporadas no Geokwanza.

    O banco de dados possuir um conjunto de arquivos, que se transformaro eminformaes a medida que manipulados. Os programas solucionados para a construodo aplicativo sero capazes de garantir o armazenamento, gerenciamento edisponibilidade dos dados. Eles possuem estruturas que permitem armazenar grandesquantidades de dados e esto munidos de mecanismos de controlo de entrada e sada de

    informaes.

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    A implementao do Geokwanza vai gerar conhecimento, a sua utilizaopermitir ultrapassar questes especficas de conhecimentos avanados de sistemas deinformao geogrfica para o conhecimento geolgico da bacia sedimentar do kwanza

    por parte dos interessados.Uma das grandes vantagens que o geokwanza oferecer a impresso de mapas,

    a pesquisa e a sobreposio de informao geolgica.

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    CAPTULO III GEOLOGIA DA BACIA SEDIMENTAR DO KWANZAE MODELO CONCEPTUAL DE GESTO DE DADOS GEOLGICOS

    3.1 Introduo

    descrita neste captulo a constituio geolgica da bacia sedimentar do kwanzacom base na carta geolgica escala 1:250000 elaborada pela Total EP e Sonangol.Procura-se caracterizar o nvel de conhecimento geolgico da Regio. Esteembasamento de informaes resume-se na anlise profunda da documentao existentee disponvel sobre estratigrafia, tectnica, geomorfologia, histria geolgica e geologiaeconmica.

    Este o primeiro WebSIG sobre a geologia da bacia do kwanza; e foi elaboradocom base na compilao e anlise de toda a informao publicada e no publicada dostrabalhos realizados naquela parcela do territrio nacional no perodo antes daindependncia e ps-independncia, de realar que 90% desta informao foi adquiridaem papel e posteriormente digitalizada, georreferenciada e vectorizada. Posteriormente,os dados foram reinterpretados de acordo com os novos conhecimentos, metodologias eferramentas. Deste conjunto de documentos destaca-se os levantamentos geolgicosrealizados pelos Servios de Geologia e minas de Angola (IGEO), Instituto deInvestigao Cientfica de Angola, Sonangol, Cabinda Gulf Oil, Total, e as CartasGeolgicas de Angola (Carvalho, H. 1983)

    Atendendo ao interesse econmico que a bacia oferece (reas potenciais depetrleo e gs da plataforma continental), achou-se por bem representarem-se os poosperfurados de algumas reas do fundo ocenico adjacentes ao Continente.

    Na elaborao deste trabalho foram utilizadas todas as fontes de dados queserviram de base para a elaborao da Carta Geolgica assim como outra informao

    publicada e manuscritos que se encontram nos arquivos do Instituto Nacional deGeologia. Os poos no apresentam dados de profundidade (geolgica, estratigrfica essmica), por possuir carcter sigiloso mas no entanto estes dados esto disponveis no

    banco de dados das empresas de pesquisa e explorao que operam na plataformaAngolana, podendo os interessados adquiri-las atravs da Sonangol (Empresa Angolanade Pesquisa e Explorao Petrolfera) proprietria dos dados.

    3.2 Principais Bacias Sedimentares de Angola

    O pacote sedimentar angolano subdividido em cinco (5) sectores (Figura 7), os

    quais se resumem a trs bacias costeiras, nomeadamente a Bacia do Congo (limitadaentre o rio Zaire e a Ponta da Musserra), a bacia do Kwanza (entre Musserra e o paralelo12 00) e, por fim, a Bacia do Namibe (entre o paralelo 13 45S e o limite sul representado pela Nambia), tal como representado na Figura1 (WEC 1991).

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    Figura 7 Principais bacias sedimentares de Angola (Arajo, A.G., Prevalov et al)

    A Regio da Bacia do Cuanza est relacionada com um fenmeno deimportncia regional a evoluo da margem Continental angolana, ou seja, a aberturado Atlntico Sul. Neste contexto, torna-se relevante apresentar uma breve sntese daevoluo da margem angolana, a fim de melhor compreender e enquadrar os processosgeolgicos estruturais locais no espao / tempo.

    Com base nos conceitos de tectnica de placas e da migrao dos continentes, ede acordo com o estilo estrutural e caractersticas litolgicas presentes, vrios autores(Cunha Baptista, 1991, Marcelino & Kaziluque, 2000) definiram os diferentes eventosevidentes nas bacias sedimentares costeiras e na plataforma continental que reflectem asdiversas fases de evoluo das bacias que compem a margem angolana.

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    3.2.1 - Evoluo Tectnica da bacia sedimentar do Kwanza

    A evoluo tectnica e sedimentar da bacia do Kwanza resultou, numa faseinicial, da movimentao das placas tectnicas que provocaram a fracturao do supercontinenteGondwana (figura 8).

    Figura 8 Incio da diviso da Pangeia (Leonor Guerra/teoria da derivao continental, 2010)

    Estes movimentos estiveram, ento, na base da separao dos continentesAfricano e Sul-americano (Figura 9) e que ainda se reconhecem nos dias de hoje,devido ao aumento progressivo do afastamento dessas placas continentais. Assim sendo,a abertura do Oceano Atlntico teve incio no Jurssico tardio / Cretcico inferior,

    perodo em que a placa africana foi submetida a esforos distensveis que levaram abertura do Rift,ao longo das zonas crustais estruturalmente mais frgeis. A evoluo

    desta bacia ocorreu segundo vrios episdios tectnicos distintos, cada um delesevidenciando uma estratigrafia e um estilo estrutural prprio. Esses movimentostectnicos so divididos em 5 (cinco) episdios, nomeadamente:

    Pr-Rift, que caracterizado por um tectonismo suave;

    Sin-RiftI e II, caracterizados por um forte tectonismo;

    Ps-Rift, caracterizado por um tectonismo moderado;

    Subsidncia regional, que caracterizada pelo forte basculamento dabacia (tectonismo activo).

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    Figura 9 Separao dos continentes Africano e Sul-Americano (Leonor Guerra/teoriada derivao continental, 2010)

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    3.2.2 Estratigrafia da Bacia do Kwuanza

    As formaes da Bacia do Kwanza foram depositadas discordantemente sobre oSoco cristalino e em diferentes ambientes (Figura 10). Elas compreendem sedimentosde idade ps Pr-cmbrico ao Quaternrio na seguinte sequncia:

    Figura 10 - Estratigrafia da bacia do Kwanza (GeoLuanda 2000 Int. Conf., Guide BookLuanda Benguela - Dombe Grande, 2000)

    1) Rochas intrusivas, granito - 2) rochas efusivas, basalto - 3) rochas metamrficas - 4)conglomerados - 5) areias - 6) shales - 7) evaporitos - 8) gesso - 9) carbonatos - 10) carbonatose dolomites silicificados 11) Calcilutitos 12) marls - LC Cuvo - SL Formao Chela - MSFormao sal macio - DGG Formao Dombe Grande - TZ Formao Tuenza - CTFormao Catumbela - QS Formao Quissonde - CL Formao Cabo Ledo - ITB FormaoItombe - NGL Formao N Golome TB Formao Teba - TS Tchipupa Shales - RDFormao Rio Dande - GT Formao Gratido - CG Formao Cunga QF FormaoQuifangondo - CC Formao Cacuaco - LD Formao Luanda - AC Formao Areia

    Cinzentas - QL Formao Quelo.

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    1) I Formao Cuvo: Pode-se distinguir em trabalhos de campo e depois derealizadas as anlises laboratoriais que a formao cuvo encontra-se subdivididaem duas partes (o que no se verifica na coluna estratigrfica publicada Figura10);

    Cuvo inferior ou vermelho: Formado por conglomerados, queapresentam fragmentos de rochas gnaisscas e outras metamrficas dosoco cristalino, bem como arenitos (possivelmente de cor vermelho), deidade Neocomaniano a Barreniano, de ambiente fluvial ou lacustre;

    Cuvo superior ou cinzento: Constitudo por arenitos (grossos ou finos)com intercalaes de calcrios conquifros normalmente rico emostracodos, de idade Barreniano ou Ante Apciano, de ambiente lagunarcom uma evoluo para fcies marinhos. De potencial enquanto rochareservatrio Play do pr-sal bem como rocha reservatrio;

    2) II Formao Sal Macio: Constituda por dolomite, anidrite dolomtica, e

    anidrite ou Halite. Esta sequncia evaportica de idade Apciana e foidepositada num ambiente lagunar ao marinho nertico;

    3) III Formao Binga: Formada por calcrios oolticos e bioclastos, calcriossublitogrficos com dolomia microcristalina e anidrite; esta formao de idadeApciano-Albiano foi depositada num ambiente lagunar plataforma;

    4) IV Formao Tuenza: Representada por dolomias muito anidritizadas porvezes com intercalaes de evaportos. Esta formao depositada num ambientelagunar foi definida como sendo de idade Albiana;

    5) V Formao Catumbela: Composta por calcarenitos e calcrios marinhos comalgas e corais, bioclsticos, pisoolitos, fragmentos arredondados e calcarenitosconquifros. De idade Albiana Superior e depositada num ambiente marinho

    pouco profundo (plataforma);6) VI Formao Quissonde: Depositada num ambiente de plataforma externa

    constituda por calcrios margosos com fragmentos de conchas na base, lagemase fragmentos de conchas na parte mdia e lagemas no topo;

    7) VII Formao Cabo Ledo: Caracteriza-se pela dominncia das margas sobreos calcrios conquifros. Depositada num ambiente marinho de grande

    profundidade (Batial-Nertico), e de idade Cenomaniana;8) VIII Formao Itombe: Constituda por margas calcrias com amonites e

    intercalaes arenosas. Esta formao foi depositada num ambiente de mar

    pouco profundo, de idade Turoniana;9) IX Formao Ngolome: De idade Turoniano-Campaniana, constituda pormargas pelgicas caracterizada pelo seu contedo em micro-fosseis(Globotrucana);

    10)X Formao Teba: Margas com calcrios lumachelicos e restos deInoceramus com nveis fosfatados. Depositou-se num ambiente de plataforma deidade Maestrichtiana;

    11)XI Formao Cunga-Gratido: Constituda por margas gresosas comlentilhas e concrees calcrias e calcrios silicificados. Depositadas numambiente pelgico de idade Eocnica;

    12)XII Formao Quifangondo: Representada por argilas com intercalaes

    siltosas, calcrios gresosos lumachlicas; e ricas em foraminferos, de idadeOligocenico-Mioceninica, depositada em ambientes de plataforma externa

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    batial;XIII Formao Cacuaco: Constituda por calcrios com algas,equinoderme e bivalves, com calcarenitos; depositados num ambiente litoral acirco litoral, de idade Oligocnica;

    13)XIV Formao Luanda: Composta por margas castanhas com foraminferos,areias litorais e grs com conchas. De idade Pliocnica e depositada num

    ambiente litoral;14)XV Formao Areias Cinzentas So sedimentos constitudos por areiasheteromtricas com abundante matriz siltosa-arenosa no seio dos quais seencontram imensos seixos sub-arredondados de dimenses de centmetros. Esteconjunto litolgico, que apresenta uma posio estratigrfica e caractersticaslitolgicas bem definidas e uma extenso areal significativa, foi designada porFormao Areias Cinzentas. Pela presena de fragmentos de quartzo e de calhautrabalhados pelo homem tal formao poder ser considerada como de idade

    pleistocnica (Duarte-Morais, M.L et al, 2004).

    15)XVI Formao Quelo: Constituda por areias ferruginosas e grs de cor

    vermelha. Depositou-se num ambiente continental, de idade Plio-Quaternria.

    3.3 - Anlise dos benefcios e funcionalidades do WebSIG no mbito doconhecimento geolgico.

    A necessidade da implementao de um WebSIG no mbito do Geokwanzatorna-se evidente pela necessidade premente da integrao, padronizao e consolidaode uma estrutura de dados georreferenciados da bacia sedimentar do Cuanza.

    O Geokwanza foi desenhado para catalogar e dispor toda a informao espacial

    disponvel e possvel que, com frequncia, desconhecida ou no tem canais adequadospara dar-se a conhecer. Este esforo implica respeitar os padres universais deapresentao de dados, definir referncias espaciais comuns, promover os padres deinteroperabilidade para garantir o intercmbio de informao e proporcionar asferramentas e conhecimentos para que, sobretudo, fiquem ao alcance dasAdministraes e do pblico em geral.

    Por outro lado, os avanos tecnolgicos no foram acompanhados de outrasmelhorias relacionadas com os canais de distribuio e acesso do pblico aos dados. A

    problemtica variada e resumidamente apresentada a seguir:

    1. Disperso dos dados e inacessibilidade na sua aquisio;

    2. Documentao incompleta dos dados produzidos pelos produtoresindependentes;

    3. Desconhecimento por parte dos produtores dos pormenores dos dadosque possuem;

    4. Problemas de atitude: secretismo ou desconfiana para dar a conhecer oucompartilhar os dados;

    5. Pouca predisposio dos produtores para actuar em equipa;

    6. Impasses administrativos ou preos especulativos para a aquisio dosdados produzidos;

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    Em geral, pode-se afirmar que h uma forte demanda de dados espaciais, maisainda, insuficiente a produo que no tem sido suficientemente rentabilizada. Ainformao isolada sobre um problema tem sempre um preo maior que a informao

    bem documentada e completa sobre o mesmo problema.

    Num pas de dimenso continental como Angola, com grande carncia deinformaes adequadas para a tomada de decises sobre problemas ligados

    prospeco de jazigos minerais, impactos ambientais, etc. Todas as iniciativas cujoobjectivo o de promover a partilha de informaes geocientificas, so e sero sempre

    bem-vindas para o conhecimento e entendimento dos fenmenos espaciais e, a baciasedimentar do kwanza no foge a esta regra.

    3.4 - Especificaes essenciais e tcnicas para a implementao de um SIG emambiente Internet

    Essencialmente a implementao do sistema comea tendo como premissas

    bsicas as recomendaes e lies aprendidas durante as conferncias das mais variadasunidades curriculares do mestrado. Tecnicamente e procurando-se conformidade natroca de informaes, foi adoptado o padro OpenGIS, cujo objectivo o dedesenvolver especificaes de geoprocessamento publicamente disponveis e definir

    padres para interfaces e protocolos do tipo aberto e livres, que suportem solues deinteroperabilidade na Internet.

    O cronograma de implementao obedeceu as seguintes fases de trabalho:1. Pesquisa bibliogrfica e abordagens sobre os novos levantamentos;2. Recomendao corporativa para padronizao e consolidao da base de dados

    georreferenciada;3. Estudo da viabilidade da implementao do projecto;

    4. Definio dos softwares a utilizar;5. Treinamento para o aprendizado dos softwares seleccionados;6. Treinamento em Bancos de Dados;7. Elaborao da base cartogrfica, na escala 1:100 000;8. Inicio da implementao do WebSIG;9. Concluso da implementao;10.Testes de funcionamento;11.Disponibilizao via Intranet.

    3.4.1 - Definio de um modelo de dados

    Utilizando a terminologia de Burrough e McDonnell (1998), um modelo dedados resume-se num esquema formal que replica os processos do mundo real que tentamodelar. Definem-se modelos de dados como a enumerao geral de um conjuntoespecfico de elementos e das afinidades entre estes conjuntos de entidades. Em termosgeolgicos uma entidade pode ser um poo, uma formao ou uma falha. Uma entidadedeve ser identificvel e distinguvel. O essencial na abordagem do modelo entidades erelaes espaciais o facto de ambos possurem atributos que lhe so associados.

    praticamente conceitual que a construo de um modelo reside naconceptualizao de um problema de formas a responder a questes de interessecientfico ou social. Uma concepo bem sucedida de um modelo de dados espaciais em

    Sistemas de Informao Geogrfica deve considerar as seguintes condies:

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    Cenrio geogrfico e descries espaciais de fenmenos so necessrios paracorrectamente representar o sistema em estudo.

    A aproximao (modelo de dados espaciais) deve ser usada para gerir erepresentar estas entidades espaciais.

    O conjunto particular de instrues e informao (estrutura de dados) ir ser

    necessria em termos computacionais para reconstruir o modelo de dados em formatodigital.

    3.4.2 - Especificao da informao necessria

    Todos os fenmenos geogrficos, pelo menos no que se refere a um ambientebidimensional, podem ser representados por 3 (trs) tipos de entidades (Pontos17,linhas18, reas ou polgonos19). O Geokwanza composto por vrias categorias deinformao, organizadas pelos seguintes nveis: hidrografia, sistema virio, falhas,geologia, poos, blocos administrativos, curva de nvel e limites de localidades.

    A seguir apresentam-se os atributos de cada uma delas:

    1. Hidrografia Linhas; (Id; Nome;Tipo)2. Sistema Virio Linhas; (Id; Nome; Classificao)3. Falhas Linhas; (Id; Tipo)4. Geologia Polgonos; (Id; litologia)5. Estratigrafia Polgonos; (Id; Idade)6. Poos Pontos; (Id; Nome; Tipo; Classe)7. Diviso Administrativo Polgonos; (Id: Nome: Capital; Municpios; Distritos)8. Curva de nvel Linhas; (Id; Valor cotado)9. Diviso da Bacia Onshore Polgonos; (Id; Bloco; Data_Furo; Empresa)10.Diviso da Bacia Offshore Polgonos; (Id; Bloco; Data_Furo; Empresa)11.Modelo Digital de Elevao Raster.

    As trs primitivas geomtricas acima descritas no so todavia suficientementeconvenientes para descrever a complexidade de certos fenmenos ou entidadesgeogrficas de forma. Os conceitos de rea e linha podem ser alargados para produzirdois outros tipos de entidades, nomeadamente superfcies e redes.

    3.4.3 - Tipos de dados

    Para padronizar a criao da aplicao Geokwanza, estipulou-se uma estrutura

    bsica de directrios no servidor de mapas (MapServer), os quais foram os responsveispelo armazenamento dos arquivos necessrios para o seu funcionamento. Na referidaestrutura, existe uma separao dos dados geogrficos (rasters e shapefiles) dos arquivosde aplicativo (mapfiles e templates).

    Os dados so representados por smbolos, ou seja, por, formas, linhas, cores etexto para representar os elementos do mundo real. Trata-se de uma abstraco darealidade uma vez que somente alguns aspectos ou entidades so mostrados, porexemplo, estradas, acidentes tectnicos, cortes geolgicos, poos perfurados, rios, etc.Todos os aspectos apresentados atravs do visualizador constituem uma aproximao ao

    17Ponto: constitudo por um nico par de coordenadas xy.18

    Linhas: Unio de dois ou mais pontos utilizadas para descrever elementos numa dimenso.19Uma rea utilizada para representar a extenso e forma de uma entidade espacial.

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    que se pode encontrar no terreno. Alguns dos elementos apresentados tais como asestradas, se encontram correctamente localizados, mas encontram-se exagerados emtermos da sua espessura. Este exagero visa facilitar a sua observao. Para o uso doaplicativo exige-se sensibilidade visual e habilidade, para se poder interpretar toda ainformao disponvel luz do conhecimento geolgico da regio.

    3.4.4 - Concluso

    A informao geolgica joga um papel importante na promoo das actividadesde pesquisa geolgicas e no desenvolvimento do sector. O geokwanza visadisponibilizar importante informao geolgica da regio tal como (litoestratigrficas,diviso dos blocos de explorao em offshore e onshore, etc.

    O tipo de dados objectivados a apresentar abarcar toda a regio da baciasedimentar do kwanza e classificar-se-o em:

    Geologia (regional incluindo mapas administrativos); Geofsica (magntica, radiometrica e ssmicos); Geoqumicos (rochas e sedimentos) Poos perfurados Concesses Outras fotografias

    Os dados sero arquivados em formato shapefiles, e raster, possibilitando destaforma a sua projeco e exportao dos mapas resultantes.

    O geokwanza possui a sua concepo com base em informaes padronizadas eorganizadas de forma a permitir a crtica dos dados, segundo regras universalmente

    predefinidas. Para poder atingir o objectivo proposto pelo WebSIG houve a necessidadede preparar-se os dados e a modelao e estes obedeceram alguns princpios tais como:

    Compilao e pr-processamento da informao (maioritariamenteanalgica);

    Georreferenciao; Organizao dos dados e inventrio; Seleco da informao de maior interesse geolgico; Padronizao da informao; Organizao dos dados em diferentes graus de importncia e qualidade.

    O geokwanza dever ser permanentemente actualizado e aperfeioado, deverigualmente apresentar uma interface grfica amigvel e escrito em portugus.

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    CAPTULO IV Desenvolvimento da aplicao WebSIG e Implementao emAmbiente Internet.

    4.1 Introduo

    Neste captulo descrito as fazes que antecederam e permitiram odesenvolvimento deste trabalho utilizando as aplicaes distribudas para informaogeogrfica. Descrevem-se os procedimentos que permitiram a publicao da informaoatravs do servidor de dados geogrficosMapServere o Framework Pmapper; faz seapresentao dos softwares e pacotes utilizados a publicao de dados detalhado ocarregamento dos shapfiles a base de dados PostgreSQL/PostGIS e posteriormentedisponibilizar os dados a partir de um Directrio raiz ou do Postgre/PostGIS.Posteriormente com todas as configuraes feitas far-se- preparao do ficheiro

    Mapfileo que permitir finalmente realizar a configurao das camadas no Framework.

    4.2 - Software Aberto e gratuito

    O conceito de softwares livre foi adoptado por uma populao de programadoresao redor do mundo e a cada dia surgem mais adeptos a esta nova maneira de sedesenvolver programas de computadores. O software passa a ser livre para que todosque assim desejarem venham a colaborar com o seu desenvolvimento, manuteno eaperfeioamento. Como seu aparecimento na dcada de 80, os softwares livres surgem

    pela necessidade de existncia de programas que no dependessem tanto dasformalidades legais e imposies dadas pelos conhecidos programas prioritrios(Giovanni Manghi, 2011)

    Os softwares abertos e livres possuem algumas caractersticas prprias: Qualquer pessoa interessada no seu uso pode obt-lo sem a necessidade

    de paga-lo; permitida a sua cpia e distribuio, seja na sua forma original ou com

    modificaes; Possui o seu cdigo fonte sempre alterado para que possa ser

    modificado; importante no confundir software livres com software gratuito porque a

    liberdade associada ao software livres de copiar, modificar e redistribuir, independentede gratuidade. Existem programas que podem ser obtidos gratuitamente, mas que no

    podem ser modificados, nem redistribudos. Os softwares abertos e livres, so umarealidade no mercado e a cada dia vm sendo incorporados nas organizaes (estatais eprivadas) em substituio aos softwares proprietrios, diminuindo consideravelmente oscustos da sua implementao, pois tm na sua gratuidade um grande trunfo, alm deestarem munidos praticamente das mesmas funcionalidades dos softwares proprietrios(Os softwares abertos e livres so hoje uma realidade ocupando um espao no cenriotecnolgico mundial). O desenvolvimento do software livre colaborativo ecompartilhado por todos os usurios, assim como a transmisso de direitos sobre ele.

    Alguns dos factores que influenciam o uso dos softwares abertos e livres so:compatibilidade com outros programas comerciais; facilidade no manuseio; rpido

    processo de evoluo e correco de problemas; o facto de dispensar pagamentos de

    licenas para o uso dos programas; possibilidade de disseminao e popularizao;

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    4.3 - Escolha dos Softwares

    Das etapas mais complexas que antecederam o desenvolvimento do sistema, a

    sua aprendizagem exigiu do autor uma formao especfica em diverso software aberto,o que permitiu compreender no s os benefcios que cadaumdeles nos proporciona,mas tambm os custos da sua implementao, personalizao e manuteno. Na escolhado software utilizado neste trabalho teve maior peso o facto de ser grande adisponibilidade de material de apoio atravs da Internet e internautas, a facilidade deinstalao e manuseamento dos mesmos, a crescente comunidade de utilizadores desoftware livres que mundialmente reconhecida como sendo comunicativa, activa,assim como a velocidade de actualizao dos aplicativos (praticamente diria). Existemalgumas empresas que se destacam e podem ser encontradas na figura 11.

    Figura 11 - Painel de actualizao do Quantum-GIS (Quantum Gis, 2011)

    Foram seleccionados para a realizao deste trabalho os aplicativos seguintes: Quantum GIS 1.6;

    MapServer 3.0.1;

    Framework Pmapper 4.0.0;

    PostgreSQL/PostGIS e posteriormente 8.4

    4.3.1 - Soluo Implementada

    Quantum GIS/Grass

    Este aplicativo atendeu s necessidades do trabalho, e foi utilizado para a edio etratamento dos dados geolgicos. Permitiu atravs da ferramenta Georeferencer ogeorreferenciamento dos mapas necessrios, tornando as suas coordenadas conhecidasnum dado sistema de referncia. Este processo iniciou-se com a obteno dascoordenadas de pontos do mapa a serem georreferenciados, conhecidos como pontos decontrolo. Estes pontos foram seleccionados atravs dos locais que ofereceram feiesfsicas perfeitamente identificveis. Posteriormente georreferenciao, foramvectorizados os referidos pontos, linhas e polgonos, que sero utilizados na

    representao das feies apresentadas no aplicativo Web, usando as coordenadascartogrficas UTM WGS84 ZONA 33S.

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    4.3.1.1 - Carregamento e disponibilizao dos dados a partir do PostGIS

    Foi atravs da extenso Spit que se fez a conexo com o sistema gerenciadorde banco de dados PostgreSQL + PostGIS (Figura 12) com um grau elevado desegurana dos dados nele armazenados.

    Figura 12 Conexo Quantum GIS PostGIS (Post Gis, 2011)

    Uma vez carregada, a camada de informao proveniente doPostGIS comporta-se como qualquer outra camada vectorial (Figura 13) com permisses para ser editada,

    exportada, etc.

    Figura 13 Conexo base de dados kuanza no Postgis

    Podem-se criar ainda subconjuntos de dados a partir de uma camada PostGIS,especificando-se uma determinada query de forma a limitar as features que so

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    carregadas (Figura 14) e serem visualizados posteriormente em ambiente de edio(Figura 15)

    Figura 14 Query e Exportao da camada de informao do PostgreSQL (PostGis, 2011)

    Figura 15 Disponibilizao da informao classificada em ambiente Quantum Gis

    De acordo com (IBGE, 1998) as operaes realizadas o Quantum GIS permitiu-nos:a) Realizar a conexo com dados espaciais, atravs de tabelas do sistema

    gerenciador de banco de dados PostgreSQL utilizando o mdulo PostGIS;b) Conexo com arquivos shapefile (shp) com o auxlio da biblioteca

    GDAL/OGR (Geospatial Data Abstraction Library/ Simple Feature Library), incluindo;

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    c) Integrao com o SIG-GRASS (Geographic Resources Analysis SupportSystem), permitindo a visualizao, edio e analises dos dados vectoriais e rasters;

    d) Rpido acesso a camadas vectoriais de diversas projeces;e) Criao de Mapas Temticos;f) Exibio do contedo dos atributos de uma tabela;

    g) Preparao e exportao do arquivo. map;

    4.3.1.2 - Sistema Gerenciador de Banco PostgreSQL e Mdulo PostGis

    De entre os produtos existentes no mercado e compatveis com o MapServer,como Oracle, Oracle Spatial, MySQL, PostgreSQL+PostGIS, o escolhido foi o Postgree

    por ser um SGBD em constante actualizao e aperfeioamento, possibilita oarmazenamento tanto de dados alfanumricos quanto geogrficos, possuir uma grandecomunidade mundial actuando no seu desenvolvimento e, pela robustez noarmazenamento de grandes quantidades de informaes se comparado por exemplocomo o MySQL, e alm de ser um software livres, o que lhe atribui uma grande

    vantagem com relao ao Oracle no que se refere aos custos (Giovanni Manghi, 2011)

    4.3.1.3 - Configurao do Postgre SQL/PostGIS

    Aps a instalao, e de acordo com o sistema operativo, que possumos foramseguidos os passos apresentados:

    Configurao das conexes para aceder base de dados; Optimizao da configurao de PostgreSQL; Criao dos elementos necessrios (Base de Dados e utilizadores)

    essenciais para comear a trabalhar.Todos estes parmetros de configurao podem ser editados nos ficheiros deconfigurao da base de dados. No MS Windows encontram-se em: C: \ProgramFiles\postgresql\8.4\data e foi criado ao longo do processo de instalao uma palavra-chavepara a segurana do mesmo.

    O PostgreSQL demonstrou ser um sistema de bases de dados muito verstil,capaz de funcionar em ambientes de muitos baixos recursos e ambientes compartilhadoscom uma grande variedade de outras aplicaes.

    4.3.1.4 Configurao do MapServer

    A configurao do MapServer por defeito necessita para o seu pleno

    funcionamento de alguns softwares tais como: Servidor HTTP com suporte pa