carta de brasília - resumo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – 5º PERÍODO Professora: Milena D’Ayala Acadêmicas: Nariel de Souza Araújo / Renata de Moraes Goulart Carta de Brasília – 1995 Documento Regional do Cone Sul sobre autenticidade A Carta aborda a autenticidade dos países do Cone Sul, a partir da peculiaridade regional que sofreu mudanças em seu processo cultural. A cada intervenção que fazemos, seja ela na natureza ou na sociedade, atribuímos um significado e um valor à ela e isso molda nossa cultura, faz com que venhamos guardando nosso patrimônio cultural. Os povos latino-americanos, principalmente os do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai) possuem várias heranças culturais: pré-colombiana, europeia, crioula e mestiça, indígena, e das diferentes migrações do século XX. Portanto nenhuma é mais verossímil, todas em conjunto contribuem para a riqueza da diversidade cultural. Existe um vínculo natural que liga as pessoas de mesma cultura, e isso leva a busca de uma identidade histórica e a valorização da tradição cultural em particular de cada povo. Essa busca passa a ser também pela autenticidade, que, pelo contrário, é mutável e adaptável. O significado da palavra autenticidade está ligado à verdade, sobre o qual não se tem dúvidas. Um objeto é classificado como autêntico quando possui correspondência com o seu significado. A mensagem original deve ser conservada assim como a mensagem das novas circunstâncias, isso tornará o bem autêntico. É preciso conscientizar as comunidades para a autenticidade do patrimônio cultural por meio do fornecimento de modelos para seu conhecimento adequado e sua valorização, para a sua conservação e proteção, fomentando seu desfrute artístico, espiritual e seu uso educacional. O equilíbrio com o entorno garante a conservação da autenticidade. As normas asseguram a manutenção do entorno primitivo ou que gerem relações harmônicas. O vernacular pode ser substituído por elementos através de técnicas tradicionais, o que resultará em uma resposta autêntica.

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Page 1: Carta de Brasília - Resumo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – 5º PERÍODO

Professora: Milena D’Ayala

Acadêmicas: Nariel de Souza Araújo / Renata de Moraes Goulart

Carta de Brasília – 1995

Documento Regional do Cone Sul sobre autenticidade

A Carta aborda a autenticidade dos países do Cone Sul, a partir da peculiaridade regional que sofreu mudanças em seu processo cultural. A cada intervenção que fazemos, seja ela na natureza ou na sociedade, atribuímos um significado e um valor à ela e isso molda nossa cultura, faz com que venhamos guardando nosso patrimônio cultural.

Os povos latino-americanos, principalmente os do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai) possuem várias heranças culturais: pré-colombiana, europeia, crioula e mestiça, indígena, e das diferentes migrações do século XX. Portanto nenhuma é mais verossímil, todas em conjunto contribuem para a riqueza da diversidade cultural. Existe um vínculo natural que liga as pessoas de mesma cultura, e isso leva a busca de uma identidade histórica e a valorização da tradição cultural em particular de cada povo. Essa busca passa a ser também pela autenticidade, que, pelo contrário, é mutável e adaptável.

O significado da palavra autenticidade está ligado à verdade, sobre o qual não se tem dúvidas. Um objeto é classificado como autêntico quando possui correspondência com o seu significado. A mensagem original deve ser conservada assim como a mensagem das novas circunstâncias, isso tornará o bem autêntico. É preciso conscientizar as comunidades para a autenticidade do patrimônio cultural por meio do fornecimento de modelos para seu conhecimento adequado e sua valorização, para a sua conservação e proteção, fomentando seu desfrute artístico, espiritual e seu uso educacional.

O equilíbrio com o entorno garante a conservação da autenticidade. As normas asseguram a manutenção do entorno primitivo ou que gerem relações harmônicas. O vernacular pode ser substituído por elementos através de técnicas tradicionais, o que resultará em uma resposta autêntica.

Os diferentes graus de autenticidade podem ser descobertos por meio da interpretação correta do bem, da investigação, consulta e discussão. É preciso considerar a identificação das tradições culturais locais: o reconhecimento e valorização. A qualidade da intervenção, e que os novos elementos a serem introduzidos sejam de caráter reversível e se harmonizem com o conjunto.