carobernardo sempre

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  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    1/211

    BERNARDO CARO

    SEMPRE

    0 repensar de um

    percurso

    artfstico

    Tese apresen tada como exigenc ia

    pa rc i a l pa ra obten9ao do

    grau

    de Doutor na Area de Artes

    Plas t i cas

    sob

    or ien ta9ao

    do

    Prof .Dr . Joaquim

    Bras i l

    Fontes

    Jun ior .

    UNIVERSIDADE

    ESTADUAL

    DE CAMPINAS

    INSTITUTO

    DE

    ARTES 1985

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    2/211

    COMISS O

    JULG DOR

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    3/211

    Dedico es t e t r aba lho todos

    que mesmo no

    anonimato

    me

    t ransmit i ram

    energ ias necessa

    r i a s para movimentar

    meus

    formoes goivas ,

    formas e cores .

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    4/211

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    5/211

    Durante rea l iza9ao des te t raba lho

    fo i muito importante

    o

    acompanhamento

    c r i a t i v o express ive

    e

    c r f t i c o

    do

    or i en tador

    Prof .

    Dr

    Joaquim Bras i l

    Fontes

    Jun ior

    quem admiro

    e

    agrade9o

    Regis tro em minha t e se

    u de

    seus

    desenhos

    que guardei dentre

    os

    diversos pape is

    que se rascunham

    as pa lavras

    e

    os pensamentos

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    6/211

    1NDICE

    INTRODU

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    7/211

    6

    Espa9os ocupados

    com

    t raba1ho

    no predio

    da Biena1

    CAP TULO

    I I

    -

    S MPR

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    1 Ref1exoes

    sobre

    a obra "SEMPRE" e meca

    nismos

    acionados para

    a t i ng i r

    os ob je t i

    127

    vos

    propostos para a

    experimenta9ao

    e

    in te rpre ta9ao das

    r espos tas . • . • . • • • . • .

    131

    2 A arte e a cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    6

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    8/211

    INTRODU

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    9/211

    t e r r e spos t a s para todos o s

    seus

    ques t ionamentos .

    0 t r aba lho apresen ta

    t r e s

    grandes momentos:

    al

    Meu

    posicionamento

    peran te a a r t e , ins

    t i tui

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    10/211

    No

    momento

    es tou atuando

    com a

    temat: tca: Metamorfo

    se

    g r a f i c a -

    Natureza ca l ig ra f i ca , onde t r aba lho p l a s t i c a -

    mente

    com a ss i na t u r a s .

    Esta

    s e r i e j a u l

    t rapassa

    o

    numero

    de

    s e s s e n t a

    obras .

    Por i l l t imo, es tou dando

    i n f c i o

    a

    novo

    t r aba -

    lho

    de

    pesqu:tsa

    denominado: A

    luz de uma

    Hi:mpada de

    60

    wat t s e : tgual luz

    de

    60 ve l as acesas .

    t

    a abordagem de

    uma

    q u e s t a o

    provocada

    pe l a

    r e f l exao en t re

    o mit ico e a

    t e c -

    nologi .a .

    3

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    11/211

     

    C PITULO

    I

    TRAJET RIA

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    12/211

    GR VUR

    EXPERIMENTAL

    0 ca ra te r i nqu ie t a n t e que come90U

    a

    a f l o r a r

    den-

    t r o

    de

    rnim

    surge primeiramente

    em

    1964,

    com

    apresenta9ao na

    I

    Exposi9ao Experimental do

    Grupo

    Vanguarda

    de Campinas,

    na

    Ga l e r i a do

    Centro de

    Cienc ias Le t ras

    e

    Artes

    em

    Campinas,

    quando,

    aprovei tando

    a

    l i be rdade de a9ao que

    a

    a r t e moderna

    o f e r e c i a , apresen te i propos tas que denominei

    a n t i -g ra vu ra ,

    pe lo

    f a t o

    de c on t r a r i a r

    a t r ad i9ao

    da

    gravura ,no meu

    caso

    a

    x i l og ra vu ra , que

    c ons i s t e

    na grava9ao

    de uma

    m atr iz (en ta lhe)

    de

    made i ra

    e

    at raves do processo

    de

    reprodu9ao,

    o

    a r t i s t a

    faz urna

    t i ragem de

    t an ta s capias que achar

    conveniente , ou

    se j a , nurnera cada

    prova

    de

    0/1

    a t e

    o

    numero

    da ul t ima, como

    tambern, pode u t i l i z a r as

    provas

    exper imentais denominadas

    prova de ou do a r t i s t a (P/Al. Completada

    a

    t i ragem

    o

    a r t i s t a (gravadorl

    i n u t i l i z a

    a

    mat r i z , para que nao possam

    a c on te c e r novas

    reprodu9oes .

    No caso

    da

    minha proposta , p r ~

    se n t e i

    a propr ia

    matr iz

    (prancha

    de

    madeira

    gravadal f ixada

    a

    un i ca

    reprodu9ao

    na

    pa r t e

    super io r e como a

    temat ica e ra

    de

    uma

    ges ta9ao ,

    f ixe i urn ovo

    como urn

    elemento

    i n t ru so

    e

    ques t i onador na t r ad i9ao das a r t e s

    gra f i c a s .

    Depois

    de

    pesqui sa r dentro das

    t ecn icas da gravura ,

    com novos

    mate r ia i s

    por exemplo: t i j o lo s , pedra ,

    l a c r e ,

    p p ~

    l ao ,

    ass im como no desenho com a t ecn ica

    do furno,

    e t c . , p r ~

    l e lamente , out ros

    exper imentos foram rea l i zados .

    Com

    es t a

    a t i t u d e ,

    prat icamente

    me

    i n t egrava

    ao

    5

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    13/211

    Grupo Vanguarda

    de Carnpinas

    ern

    1964, cu j o man i fe s t o

    propunha

    surg i rnento

    de

    novos

    espac;:os como: propor/rnostrar /dernons

    t r a r fa z e r r e f a z e r r e n o v a r :

    que

    procuro sernpre s egu i r :

    Gravura xperimental

    Xilogravura

    0 50 x 0 90

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    14/211

      ernardo Caro

    Edoardo

    elgrade

    Eneas Dedecca

    Franco Sacchi

    Franc isco io jon i

    Geraldo Jf trgensen

    Geraldo

    de

    Souza

    Maria Helena Motta Paes

    Mario

    ueno

    Raul Porto

    Thomaz Per ina

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    15/211

    Centro

    de

    junho

    l . Jo rna l

    do

    de Campinas

    MAHIFES'ro' GI .UPO

    VA IGUABDA OF;

    CMl'l111\S

    como

    princ pio antes

    1noculado peloa medalhOes

    uu

    conacientea

    fuga

    p e l a

    divulqaQio

    escrever noa

    MIU"OII e andldmea

    ae fo r

    pre c i s e

    arte para o lack> de fora doe ..uaeua e d u g d e r i u f e e ha du

    ccer incia c / et \ la l ea t lq io evolut ivo < a

    c1v111aaqio

    Wll poema i um poema

    Willi tela. # Ulll4 t e l a

    c o i a u

    n:io neceasariamente Uqadaa

    a uma

    i ~ i d.etendnacis.

    de cujo

    eator ;o

    de expreaaio surqi raa

    aobrepor-se aoa falaoa

    e a t e t u

    q

    tall.lll vocabulir lo emp:restado

    a

    trataoioe superadoa

    aoa e s c d b u q pretendea

    que

    \>Ill

    anOOrinha 1110delada

    no bnmae

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    16/211

    KALEIDOSC0PIO

    UM ESPA

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    17/211

    zes

    e

    infrmeras

    pe9as ou fragmentos, que eram pro je t ados e

    re

    produz idos in f in i t amente .

    0 t r aba lho pe rmi t i a ao v i s i t a n t e

    movimentar

    a

    pe9a,

    a t raves de

    rolamentos

    de a9o

    e

    por

    meio

    de ur v i so r , que da-

    va pa ra

    o

    observador co locar

    a

    cabe9a

    e

    acompanhar os obje

    t o s em

    movimento

    no

    seu i n t e r i o r .

    Considero

    o

    Kaleidoscopio,

    o

    pr imeiro passo que

    de i

    em

    d i r e 9a o

    ao

    Realismo Magico, pois t rans formei ur ins t rumen

    to

    t r a d i c i o n a l

    de

    magia

    v i sua l ,

    num

    obje to

    popular

    de f e i r a ,

    devido

    a

    sua

    provoca9ao

    v i sua l

    externa de

    extrema ingenuida

    de , c a r a c t e r i s t i c a de

    parques

    de diversoes

    de

    cidades do i n -

    t e r i o r .

    Es ta

    proposta obteve

    o

    Preml.o: Folha

    de

    Pra ta .

    10

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    18/211

     

    ~

    ;

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    19/211

    Saloes de rte

    Contemporanea

    de Campinas

    2

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    20/211

    0 SALAo DE

    ARTE CONTEMPORANEA

    DE

    CAMPINAS

    CONSTITUINDO-SE NO LABORAT0RIO

    DOS

    ARTISTAS BRASILEIROS PARA PROPOSTAS

    FUTURAS DE BIENAIS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

    J u s t i 9 a

    se

    fa9a : cada vez

    que

    o Museu de Arte ou o

    Salao de Arte Contemporanea

    de Campinas fo r c i t ado

    1

    nao e s

    quecer de mencionar

    a

    f igura

    da

    e x t r a o rd ina r i a Se c re t a r i a

    de

    Educa9ao e Cul tura , da

    Pre fe i t u r a

    Municipal de

    Campinas

    1

    Pro

    fe s sora

    J a c y Milan i , que

    em

    1965,

    numa

    v isao bas t an t e arroj_§

    da, proc u ra

    c onc i l i a r

    o

    progresso a r t i s t i c o

    l oca l

    (Grupo

    Va.

    guardal

    com

    o

    parametro

    p las t i co

    b r a s i l e i r o

    de

    vanguarda

    c r iando

    o

    Museu

    de Arte

    Contemporanea para le lamente

    1

    o

    S.§

    lao de A r t e

    Con

    temporanea de Campinas

    cuj

    as

    ins ta la9oes

    fa

    ram

    f i xa da s

    no pred io

    da

    Avenida Saudade

     

    1004.

    Com as pr imei ras

    edi90es

    do saH o real i :zado, anua l

    mente

    a s propos·tas

    de

    vanguardas

    eram urn

    pouco t imid as

    po-

    rem do SaHi:o

    em

    d i a n t e

    1

    sua repercussao nac iona l f a z i a

    com

    que

    a r t i s t a s e c r f t i c o s de a r t e

    nac iona is

    disputassem

    ac i r r adamente

    urn "espa9o" para sua a tua9ao digo a tua9ao

    a t e em

    t e rmos

    "performat. icos ' ; embora

    a inda

    nao

    fosse

    utili -

    zado e s s e termo

    no

    campo das a r t e s

    p la s t i c a s .

    Foi nesse "espa:9o

    ; tns t i tuci .onal

    que encont re i o

    campo fertil pa r a minhas manifes ta90es juntamente

    com

    ou

    t r o s

    a r t i s t a s bras i : l e t ros l

    que

    hoje

    sao nomes de

    destaque

    nas

    a r t e s

    plas t . i cas nac.ionai:s.

    Em

    1969,

    apresen te i o Tr ip t i co

    I

    onde

    mtnha

    pr o -

    13

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    21/211

      Trfptico I 1970

    Gravura.

    pintura

    e escultura

    Pr6mio Aquisif;io-

    V

    Sahlio de Arte

    o n t e m p o ~ n e a

    de

    Campinas

    Faces: A 8, C: 1,00x2,50m

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    22/211

      5

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    23/211

    pos ta

    c o n s i s t i a

    no embasamento da "a r te o b j e t i s t a "

    1

    no qua l

    se negavam

    as espec i f i ca9oes t ecn icas como:

    p i n t u r a

     

    gravura

    e e sc u l t u r a

     

    fazendo

    com

    que

    meu

    t raba lho r eun i s se

     

    numa

    so

    obra

     

    e s s e s t r e s elementos

    tecn icos

    t ransformando-a no ob

    j e t o - a r t e " 1 ou s e j a urn t r aba l ho volumetr ico

     

    e spa c i a l

     

    cu jas

    su p e r f i c i e s apresentavam

    gravuras

     

    pin turas e elementos e s

    c u l t o r i c o s .

    A

    temat ica

    abordada eram

    as mulheres

     

    apresen ta

    das

    com o enfoque

    da "nova- f igura9ao" .

    m

    1970

     

    v o l t e i

    a

    ap re sen ta r no Salao de Arte

    Con

    t emporanea

    de

    Campinas

     

    t r e s pe9as com a mesma f i l o s o f i a

    da

    " a r t e - o b j e t i s t a "

     

    reunindo

    em

    t r e s t raba lhos

     

    c o m o pr opos i -

    to

    de t r ans f o r mar

    as t r e s t ecn icas t r a d i c iona i s das

    a r t e s

    p l a s t i c a s :

    pin tura

     

    gravura

    e

    desenho

     

    num

    so "ob j e t o - a r t e " .

    Nestes

    t r a ba lhos a tema

    t i c a

    fo r

    am

    as pernas

    1

    au

    se j

    a :

    Pernas

    que

    nos

    levam onde queremos

    ire

    onde nao queremos

    ir

    mas

    somos

    obr igados a

    i r " .

    A c a r a c t e r i s t i c a

    da

    obra cons i s t i a

    nu

    rna

    c a i xa com

    4

    metros de comprimento

     

    1

    3

    de a l t u r a ,

    por

    12

    em

    de

    l a r g u r a e f icava na a l t u r a dos olhos f ixados em duas

    b a r ras de

    fe r ro

    1

    com t raba lhos

    p i c to r i c os

    e

    gra f i c os dos

    do i s

    l a d o s .

    T tu lo

    das

    obras :

    a)

    Elas

    em

    hor i zon ta l

    azul

    b)

    E l as

    em

    hori .zonta l

    verde

    c)

    Elas

    em

    hor i zon ta l vermelho

    6

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    24/211

      7

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    25/211

    1971 - VII

    Salao

    de Arte Contemporanea de

    Campinas

    O

    a r t i s t a

    - premiado

    no salao

    - 5

    Bernardo

    ~ r ~

    examina

    quase quinhentas garra fas . cheia de agua

    co l o r i d a e diz: SAODE

    Esta

    aberto u dos mais

    impor tan tes

    sa loes de arte do Bras i l ; o VII Sa -

    lao de Arte Contemporanea de Campinas. Esse

    ar

    -

    t i ' s t a -

    premiado no

    sa

    lao

    -

    5

    Bernardo

    Caro. Sua

    obra procura

    exa l tar as bebidas alcool icas . mas

    com i ronia .

    Dai

    o

    t t u lo :

    "Al tar"

    para

    o seu t ra

    ba lho . f e i t o s

    com

    copos de papel . garrafas con =

    t endo l lqu idos azu i s .

    vermelhos

    e amarelos. Dian

    t e do "Al tar" f icam

    as

    capos e algumas

    bebidas

    =

    u sque

    e

    l icores .

    que

    Bernardo

    vai o ferecer

    aos

    v i s i t a n t e s

    do Museu de Arte Contemporanea

    (Aveni

    da da

    Saudade.

    10041. Colocada logo

    na en trada

    do Museu. a obra de Bernardo tern alguma l igagao

    com o celebre conjunto pop de Andy Warhol. a r-

    tist

    norte-americana que empilhou

    milhares de

    garra fas de Coca-Cola

    e depois fotografou-as.Mas,

    o

    t raba lho

    de

    Caro

    bern pessoaZ e consegue i r o -

    n i z a r

    a bebida e os barzinhos

    f e i t o s

    para duas

    p esso a s . " 2

    Neste

    Salao ,

    alem

    do

    Alta r

    ap r e s en t e i

    mais

    do

    i s

    t r a ba lhos ambien ta i s -conce i tua i s : Quem fo i que consis -

    t i a de inumeras

    gar ra fas co lor idas , como

    se fossem p r a t e l e i

    ras de urn super-mercado, ou em dispos i9ao de ur a n f i t e a t r o ,

    onde a

    prop r i a v isao das

    gar ra fas

    fund ia - se

    numa s ln t e se

    r e -

    ·novadora ambien ta l e conce i t ua l , e a t e r c e i r a obra f o i Tso.,-

    l ados ,

    onde

    cons t ru i

    ur

    ambiente

    com

    c o r t i na s

    de p l a s t i c o

    ,

    contendo em seu i n t e r i o r , urna mesa com dois bancos e

    ga r ra

    fas

    com bebidas , onde o pUbl ico,

    grada t ivamente , pode r ia

    en -

    t r a r

    e f echa r a c o r t i na ,

    t r anspor t ando-se imediatamente

    a ur

    espa9o que so

    aos do is

    pe r t e nc i a , i so l ando-se

    daquela

    s i -

    2. Olney KrUse - J o r na l da

    Tarde

    - 02/10/71

    18

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    26/211

      9

    tuaqao s a

    ao de a r t e

    numa

    provocaqao i n t enc iona l , que con

    t i nha rninha propos ta de

    ext rapolaqao

    de

    espaqos •

    so

    dos

    conceituaf ambiental

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    27/211

    0 altar

    conceitual ambiental

    Prtmio

    Aquisic;iio V

    Salio

    de Arte Contempor;§nea de

    Campinas

    1971

    20

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    28/211

    1972 -

    VIII Salao de

    Arte

    Contemporanea

    de Campinas

    Apresen te i

    a obra concei tua l -ambienta l :

    Vi t r i n e

    Fan tas i a ,

    onde

    propunha

    novamente

    out ra

    extrapola

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    29/211

    Membros da

    Comissao ju lgadora formada

    pe los

    riti

    cos de a r t e : Ivo Zanini , Jose Geraldo Vie i ra , L i se ta

    Wolfgang P f i f f e r e Walmyr Ayala .

    Levy,

    Novamente, procure i

    provocar

    o

    pUblico presen te

    pa-

    r a

    que

    o

    mesmo se

    i n t eg ras se mais na

    obra

    como j a vinha

    fa

    zendo

    em

    t raba lhos a n t e r i o r e s .

    Na

    inaugura9ao, presen tee i

    t r i n t a mo<

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    30/211

    B ~ s A L A o

    DE RTE

    CONTEMPOR NE

    E

    C MPIN S

    NO

    NO

    O

    SESQUICENTEN RIO D INDEPENDENCI

    7 3 DE OUTUBRO

    DE

    972

    COMISSAO DE SELE

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    31/211

    BIEN IS

    E X P E R I ~ N C I S

    VIVIDAS

    EM BIENAIS

    NACIONAIS

    E INTERNACIONAIS

    DE

    S O

    PAULO

    4

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    32/211

     B N U ~ u ~ ~ ~

    bienal de sao paulo

    do useu de

    rte

    Mode rna

    95

    5

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    33/211

    APRESENT

    ACAO

    Fundado

    o Museu de

    Arte

    Moderna de Sao Paulo,

    tornava-se um imperative um encontro internadonal

    peril).

    di o de Artes PI:isticas na nossa Capital. A

    I

    Bienal e

    a concretizat;io desse objetivo, e evidencia que

    Sao

    Paulo

    e o Brasil estao a altura de promoverem com e:.tito, de dois

    em

    dois

    anos,

    este Festival Internacional

    de

    Arte. E

    feliz

    coim:idencia o fato

    da

    I Bienal, inaugurada neste ano,

    permitir que a segunda se realize por ()CaSiilo do quarto

    centemirio da f u n d ~ da Cidade.

    Desde

    o primeiro instante

    foi

    pressentida a ousadia

    d empreendimento, a necessidade de uma vasta oolall9'raf;io,

    ;is dificttldades que teriam de set vencidas, eOS enos

    ~

    v tiveis de uma primeira experiencia. Mas, na v e r < h l . d ~ t

    da.da

    a compreens3.o

    dos

    Poderes PUblkos e Privados. por.

    uma grande c o n j u n ~ i i o de e s f o r ~ o s por p rte de tot7oS os j

    que

    o r g n ~ m

    a exposir;io, por uma entusiasta

    ~ l a b o r a -

    \

    ~ i i o dos

    artistas,

    intekctuais e jornalistas brasileiros, e des:

    governos das n ~ amigas

    que

    se fizeram · repre entar,

    a efetivac;ao

    da

    I Bienal foi alem: e qualquer expectativa.

    Devenios, pois, em primeiro lugar, agradecer muito

    •inceramente o trabalho e a dedicada c o l b o r ~ o de todos

    i:ique es que, . desde o iuicio, deram

    i. ]

    Bieual o melhor

    de

    seus e s f o r ~ o i · e de ~ S u a

    bo

    vontade. Do t r a l > a l h o ~ C ~ ~ - - ~ ~ ~

    todos paderao verificar o resultado. "Assinl, tudo ~ C i m f r i ·

    buiu para que, nesta primeira grande m a n i f e s t ~ o artfstica

    no Brasil, pudessemos ter uma consci&tcia maior

    Cmail

    explicita

    dos valo1 s artisticos nacionais _em oonfronto

    com as

    grandes

    r e a l l i : a ~ i i e s

    artislicas de outros pa ses.

    U a l a e x P r e S s ~ O

    do

    espirito huniano So atitlic seu pollto

    -de

    plenitude - e para a arte, isto

    e

    Cia mixima impcrtincia

    -

    ~

    enc

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    34/211

    P a ~ a que, no futuro, melho:r se compreenda poqu.,. em

    Sao Paulo se

    plancjou

    uma

    exposido

    internado:1al de

    arte destinada a realizar-se cada dois ;:;,nos, talvez se pre

    cise come

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    35/211

    problemas, pois foram numeroso e

    irduos:

    1uase todos,

    contudo, devidOs exclusivamente

    s u p e . r a ~ a o

    ctas p r e v i ~

    sOes iniciais.

    Transportado na crista da onda sempre crescente, de

    trabalho e entusiasmo, o Museu de

    Arte

    lfoderna nunca

    se permitiu a ilusao de cumprir obra deffutiva. A I Bienal

    de sao

    PaulO planejou-se como uma e.>tperiinda

    e.

    hoje,

    C ainda como simples experiCnda que se oferece ao j ~ 1 i 7 o do

    pUblico. 0 que se quer e aprender, a fim

    de

    tra lsmitir

    a litao a quantos,

    no

    futuro, boa vontade, queiram fa

    zer mais e melhor.

    Nio i

    experiblcia sem

    p e r c a l ~ o s

    Primeiro, vieram

    os

    p e r c a l ~ o s materiais. Projetada

    para abrigar-se em locais

    j

    existentes

    na

    cidade, antes

    mcsmo que se definissem perfeitamente as representac;5es

    estr31ngeiras e quando apenas chegavam as reservas iniciais

    de salas, a txposi(jiio exigiu

    i n s t a l a ~ O e s

    pr6prias. Depois,

    i.oiciada

    _a constrllll';iio dum paviihao de nstas dimer.sOes e

    que de provisOrio s6 possui as

    condif;Oes

    de o c u p ~ o

    do

    s.itio, novas adesOes revelaram,

    outra

    Jez

    a impcriosa

    nece sidade de renovarem·se os projetos. Agora

    at.endiOas

    as solicitaf;Oes apresentadas,. sem

    os

    confortos do

    luxo

    mas por certo com a decetlcia d

    boa

    vontade, se nada

    se -mostra demasiadQ grande. Cste fato coustitu. , para o

    MU ell

    de Arte Moderna, um motivo de

    s a t i s f a ~ a o

    embora

    jti e$boce- futuros problemas. Que se perca a expe

    ritncia e, cle

    futuro

    melhor aimla se agasalhem as expo

    s i ~ 5 e s inrernacionais de

    arte

    em Sao Paulo.

    J:lepois, vieram os percai;;os da escolha das obras que,

    apresentadas espont

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    36/211

    sentar urn panorama da arte moJerna. brasileira, algo quase

    impossh·el num conjunto provindo da apresenta\a:J rspon·

    tilnea de trabalhos em ntimero limitado, rdio se lhe

    negari

    o

    cad ter

    de amostra representativa do que se produz hoje

    no Brasil. E bastaria isso

    para

    dizer Wem aito tanto

    do

    interesse suscitado pela Bienal, quanta do equilibrio

    com

    que buscou manter-se, em suas espinhosas

    f u n ~ O e s

    o nri.

    Ao

    lado dos artistas que passaram

    pe1o

    Juri

    Se1e-

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    37/211

    que. sabendo niio contar com as vantag-ens e facilidades

    gozadas peios Org[os gnvernam,entais

     

    ainda a ~ s i n ; 1o

    quiseram

    pennitir

    Hcassem seus paises sem r e p r e s e n t a ~ d . C \ .

    G r a ~ a s i tenacidade e dediCJ.t5.o de organismos

    dcs:-;a

    espC·

    cie, g r a ~ s

    ao severo espirito de

    s e l e ~ . i i o

    dos dep.1rtamentos

    governamentais especializados de outros Estados, tem-se

    hoje, em Sao Paulo frente

    3.s

    glOrias consagratlas e aos

    joveus va.lores

    da

    arte

    do

    ocidenle

    emoptn

    as

    exprcssOes

    artisticas da AmCrica que se orientam (sem limitar-se a

    etes) pelo prodigioso esfOr

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    38/211

    JoS a

    arte

    moden1a.

    Parte

    cof}stitutva, embora autOnorna, da. I

    Bi,,_nal

    do

    Museu de

    Arte

    }...f00crna de Sao Paulo a E x p o s i ~ _ ; : i c I n t e r ~

    n::tcional de Arquitetura nao temeu obedecer

    A

    natureza

    experimental do conjunto em que se integra. Desde a ado

    ~ 5 o

    de uma

    s o l u ~ o

    muito simples

    para

    a

    a p r e s c n t a ~ ~ a ~

    dos

    projetos, o objetivo dominante

    foi

    o de medirem-se as

    po5' '

    sibilidadcs de

    r e u n i r ~ s e

    periOdicamente, em Slio Paulo, as·

    expressC Cs

    da arquitetura moderna do mundo inteiro _ Va-

    lendo-.se dum processo direto de c o n v o c a ~ , a d i r ~ o ar

    tistica da E.I.A. cameguira apresentar

    um

    conjunto digno

    de

    a d m i r a ~ i i o

    e estudo onde

    sO os

    fatores de tempo repre

    senthram dificuldades insohiveis. 0 fato e terem os

    brasileiros acorrido

    de

    forma

    4ualitativa

    e quantitativa

    mente apreci3.vel, a[lelUs veio coniirmar a pujan.;a da nossa

    .arquitetura, que, cada dia,

    ma.is

    consolida sua p o s i ~ a o ver

    da.deiramente singular.

    Ainda se efetuarao no decorrer da atividade da. Bienal,

    alguns concursos comptementares.

    0 Festival Internacionai de Cinerrm, conquanto l i m i ~

    tado em sua primeira

    r e a l i z a ~ a o aos

    filmes sOOrc artes,

    desde j3. se

    destina

    a

    atrair

    o numeroso pUblico formado

    pelos

    estlldios

    da dnematografia e, tambem, pelos q_ue de

    sejam conhecer, em t6da a amplitude, as possibilid:-tdes do

    filme aplicado

    cls artes. 0

    Concurso de Composi

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    39/211

    obra iniciada. Nelas encontradio estimulo os que, p i o n e i ~

    ros da I Biena do Museu

    de

    Arte Moderna

    de

    S5.u Paulo,

    o b r i g a r a m ~ s e por isso mesmo a

    e p e t i ~ o

    regular do co

    metimento, pois n:io

    e

    de va

    grandiloqiiencia 0

    nome com

    ' Ue o batizaram. no desejo de exprimir o melhor

    t c

    seus

    mais generosos ideais

    Inaugurada a I Bienal

    e

    Sao

    Paulo, instab.-sf',

    por

    is so mesmo, o seu

    j

    ulgamento. Deverao depor todos quan

    tos, material ou espiritualmente, concorreram, de qualquer

    forma e em qualquer medida, para sua realizai;.io. m

    ltltima

    inst3nda,

    decidid. o pUblico. ,Seja qual

    for

    t.J resul

    tad

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    40/211

      O

    cc

    9 BienaldeS Paulo

    9

    bienal de sao paulo

    67

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    41/211

    REGULAMENTO

    REGULAMENTO

    DA

    EXPOSit;AO

    DE

    ARTES PLASTICAS

    CAPiTULO I

    DA

    DENOMINAc;AO

    E

    FINALIDADES

    Art. 1.

    0

    -

    A X

    Bienal

    de Sio

    Paulo,

    exposi;io

    internaciona1

    organizada

    e

    dirigida pela

    Fundasio

    Bienal de

    Siio

    Paulo,

    realizar-se-i de

    22

    de

    setembro

    de

    1967 a 8

    de janeiro

    de 1968,

    destinando-se a reunir trabalhos

    representativos

    da arte

    modema.

    CAP1TULO II

    E X P O S I ~ O DE ARTES PLASTICAS

    Art. 2.

    0

    A e s p o s i ~ o

    de Artes

    Plisticas

    compor-se-i

    de:

    a) representa9io brasileira

    b) r e p r e s e n t a ~ o estrangeira

    e) salas especiais, brasileiras

    e

    estrangeiras

    I - DA

    REPRESENTAt;AO

    BRASii.EIRA

    Art

    3.

    0

      Para

    participar

    da representasio brasileira, deverli

    o

    intereuado:

    a) ser brasileiro, ou estrangeiro residente no pais

    b i

    2 anos

    no minimo.

    no

    memento

    da

    inscrisiio:

    b) apresentar a Bienal, ate o

    dia

    30 de abril de 1967,

    ficha

    de

    i n s ~ i i o integralmente preencbida (as fichas

    de

    i n a c r i ~ o

    deverio ser solicitadaa

    i

    Funda jio

    Bienal

    de

    Sio

    Paulo

    -

    C. P. 7832 -

    Sio Paulo).

    I

    No

    ato

    da

    i n s c r i ~ o receberio os interessados papeletas

    correspondentes

    aos

    trabalhos inscritos que. preenchidas

    com as

    mesmas i n f o r m a ~ O e s constantes

    da ficba

    de i n s c r i ~ J : i i o

    devem ser

    anexadas aos

    trabalhos ;

    as declara iOes

    consignadas

    nas

    papeletas

    nio

    poderi.o

    ser

    posteriormente

    alteradas;

    III

    - as inscri.;i5es poderio ser feitas

    pelc

    correio em carta

    registrada.

    valendo a data do earimbo;

    IV

    - o

    ntimero

    de obras

    nio

    poderi

    exceder de

    8 para desenho

    e gravura e

    de

    5 para

    as outras t«:nicas

    ;

    V - os

    trabalhos

    inscritos nio aceitos pela Comissio

    de

    S e l ~ o .

    deverio

    ser

    retirados impreterlvelmente ate o

    dia

    15

    de

    agOsto

    de 1967, nio se responsabilizando

    a

    Bienal e o Museu de Arte

    Moderna

    do

    Rio

    de Janeiro pela sua guarda a parti.T dessa data.

    As obras

    nio retiradas

    ate

    um

    ano apils o encerramento

    da

    Bienal serio

    consideradas

    abandonadas, podendo

    a Fundat;io

    Bienal de

    Sio Paulo

    delas dispor livremente:

    c) fazer

    chegar

    ate o dia 30 de maio de 1967, a sede

    da

    Bienal,

    os trabalhos

    inscritos

    em perfeito

    estado

    de conservat;ao,

    convenientementc preparados para

    e x p o s i ~ o .

    Os inscritos

    residentes no Rio

    de Janeiro enviario

    suas obras,

    nas

    mesmaa

    condisOes, ao

    Museu

    de Arte

    Moderna do

    Rio

    de

    Janeiro

    (Av.

    Beira

    Mar - Aterro -

    Rio

    de

    Janeiro).

    d) os inscritos residentes no exterior deverio providenciar o

    despacho

    de

    seus trabalhos de

    modo

    a que estejam na Bienal

    de

    Sio Paulo, impreterivelmente,

    ate o

    dia 30 de

    junho de 1967:

    e) e n c a r r e g a r ~ s c

    das

    despesas de embalagem

    e

    de

    transporte

    das

    obras.

    A cargo da Bienal, ficaril e : ~ ~ : c l u s i v a m e n t e a

    reembalagem

    para

    d e v o l u ~ o

    f) retirar

    os

    trabalhos

    expostos

    ate um ano

    ap6s

    o

    encerramento

    da mostta. Se os

    expositores desejarem,

    a

    Bienal

    providenciaril. a devolusio,

    com frete

    a pagar,

    dos

    trabalhos

    pertencentes

    aos nio

    residentes

    em

    Sio Paulo.

    A

    Bienal nio

    se

    responsabllizaril pelos trabalhos nio procurados no

    prazo

    assinalado,

    nem

    pelos

    que se

    extraviarem em trinsito.

    Art.

    4.

    0

    - Os

    trabalhos inscritos serio

    submetidos

    ao

    julgamento da Cotnissio

    de

    S e l e ~ o composta de cinco criticos

    de arte:

    dois eleitos pelos inscritos que tiveram trabalhos

    aceitos

    em, pelo menos,

    uma das

    bienais, anteriores; do s

    designados pela

    Diretoria

    Executiva

    da

    F u n d a ~ o

    Bienal

    de

    Sio

    Paulo

    e o

    quinto

    escolhido

    pelos

    quatro. No

    momenta da

    inscrisio,

    o

    participante com

    direito a

    voto indicani dois

    names

    de criticos de arte, em cedula

    fomecida

    pela

    Bienal,

    depositandg..a em uma fecbada,

    que sera

    aberta no dia da

    apurajiio

    pUblica.

    em data

    a

    ser divulgada pela

    imprensa.

    §

    0

    - Nos casos de vaga, renUncia

    ou

    impedimenta, seci

    eonvocado para

    a

    comissio, sucessivamente,

    o

    mais

    votado;

    § 2.

    0

    -

    Os

    inscritos que tiverem obtido premios

    regulamentares

    em qualquer

    Bienal, estio isentos

    da apresentasio

    de

    seus

    trabalhos a Comissio

    de Sele£i,o,

    devendo

    entreg:i-Ios a Bienal

    ate 10 de julho de 1967.

    II - DA REPRESENTA

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    43/211

    1967 -

    IX

    BIENAL INTERNACIONAL

    DE S O

    P ULO

    OBJETOS E

    GR VUR S

    Procurando dar vazao ao

    meu e sp i r i t o

    de pesquisa

    depois d e

    e s t r e i a r na o p - a r t o b j e t i v i s t a

    com o Kaleidoscopic ,

    e , 1966,

    vo l to a

    provocar novos espac;:os ,

    confeccionando

    qua tro c a ixa s obje tos ,

    que

    apresente i

    na

    IX Biena l In t e rna

    c iona l d e

    Sao

    Paulo ,

    pa r t i c i pando des ta

    forma do movimento

    1

    que

    ja comec;:ava a ganhar corpo. As caixas

    mediam

    aproxirnada-

    mente 0 , 80

    X 0,80 X

    0,80 m., r eves t idas

    de

    espe lhos , algumas

    vezes com forma de pr isma, para

    e fe i t o s

    opt icos e molas que

    cont inham i nc r i ve i s

    rnovimentos,

    vibrac;:oes e

    que se r e p r o d u

    ziam i n f in i t a me n te quando acionadas

    pelo

    observador , cr iando

    imagens

    que

    se

    moviam numa

    dinarnica,

    que

    chegavam

    rnuito

    pr o

    xirnas d a a r t e

    c i ne t i c a . Urn dos

    pontos que rnuito me s a t i s f e z

    fo i

    a

    part ic ipac; :ao do

    publ ico ,

    pois

    o

    t raba lho possu ia rnui-

    to da a r t e

    l ud ica e

    t i nha

    o poder

    de abstrac;:ao

    do

    espec tado r

    para

    o par t i c ipa r

    que, pa r a

    rnirn e ra

    urn dos r eg i s t ro s

    mais

    impor tan tes que minha propos ta

    cont inha .

    As

    caixas

    externarnente

    -

    cubos

    -

    forarn

    p i n t adas

    com

    f a ixas c o l o r i da s , dando urn sen t ido bas t an te pop

    ao

    t r aba -

    lho .

    Uma

    das ca ixas cont inha , inc lus ive , o rnornento s u r

    presa quando

    a

    mola,

    rnesmo presa

    nas extremidades , devido

    1

    ao r i tmo rap ido do rnovimento quando acionada, c a i a fo ra

    da

    ca ixa

    e

    se

    esparramava

    pe lo

    chao,

    acornpanhada

    de

    enorme

    r u i -

    36

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      9

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    X bienal

    de

    sao

    p ulo

    969

    4

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    1969 - X

    Bienal In te rnac iona l

    de Sao Paulo

    Propus m

    t r aba lho

    ambiental in t i tu lado :

    VARAL

    que

    c o n s i s t i a

    m enorme vara l de roupas

    de

    dois lances , me-

    dindo aproximadamente

    20 metros cada cuja dispos i9ao t e r i a

    que f i c a r na

    passagem

    do publ ico , para que

    o

    mesmo t anto na

    ida qua n to na vo l t a ,

    t ive sse

    que a t ravessa r pelo meio

    das

    roupas t entando dessa forma

    provocar as sensa9oes

    que se n t i

    mos ao

    a t r avessa r urn va ra l

    de

    roupas

    molhadas

    que

    tocam o

    nosso

    corpo .

    No mesmo

    memento

    a proposta t entava

    recuperar ,

    num

    espa9o a r t e a

    beleza

    p la s t i c a dos vara i s de roup as , com

    suas fo rmas ,

    cores

    e

    dimensoes

    envol tas no

    sen t ido

    ex i s t en -

    c i a , p e lo fa to do nosso relacionamento com

    as

    mesmas.

    0

    t raba lho

    nao

    fo i

    acei to

    por

    razoes

    obvias , pois

    nao a t e n d i a os in te r e sse s do c i r cu i to .

    Apresente i a obra

    m Campinas m duas

    opor tunidades

    e pos te r io rmente desenvolv i a temat ica na t ecn ica de g r v u r ~

    /

    ~

    t J ~ L o ~

    1; .

    41

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    4

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    1970

    -

    Pre-Biena l Nacional

    de

    Sao Paulo

    Apresente i uma se r i e de x i log ravura s de pernas: pe_::::

    nas que

    nos

    levam onde queremos

    r

    e

    tambem

    onde nao

    quere

    -

    mos

    r

    e somos obr igados a i r .

    Ti tu los das xi logravuras : l l

    Vamos

    com e l a s

    2

    Depende

    de las

    3)

    Amor

    com e l a s

    4 Elas

    em des f i l e

    5) Caminhar

    com e l a s

    6) Sempre

    com e l a s

    7 Parado

    com

    e l a s

    8) Se n t i r com e l a s

    Dimensao:

    0,92

    x 0,62

    m.

    Elas em

    d e s f i l e

    43

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    XI

    bienal

    intern cion l

    de sao paulo

    87

    5

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    1971

    -

    XI Biena l I n t e r nac i ona l de Sao Paulo

    P a r t i c i p e i

    da S a l a Espec ia l de Gravura Bras i le . i ra

    onde a p r e s e n t e i

    uma

    s e r i e

    de

    gravuras denominadas: Mulheres

    X Ga r ra fa s , onde

    e l a s sao produtos das pesquisas , que ja v i

    nha

    r e a l i z a ndo

    com

    t r a b a l h o s ambientais-concei tuai .s com g a r

    r a fa s , apresen tadas no Sa lao de Arte Contemporanea de

    Campi-

    nas .

    46

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    brasil plastica

    7

    pre bien l de

    s o

    p ulo

    do sesquicentenario

    d

    independenci

    7

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    Regulamento

    Cap. I - OA llF.NO:\TINA(MI F,

    OI JRTIVO

    Sob o pntrodnio do Governo do

    Eslado

    de Siio Paulo, Seete·

    tnria de

    Cultura, B ~ p o r t l '

    e Turismo, supervisii.o da Comlssiio

    Exe

    ~ u t i v a C ~ . > n t r n do S e , ; q u i e ~ n h · n l i r i o da Independincia do Bruil,

    d i r e ~ i i o e o r i a n i z a ~ i i o da

    F u n d a ~ i o

    Bienal de

    Silo Paulo,

    11e>rA

    realizada

    de

    25

    de agosto a 30 de set..?mbro, no P.e;vilhio Armando

    de Arruda Pert>ira, a .. l-1ostm cl n t e

    para a

    F u n d a ~ i o

    Bhmal

    de Sio Paulo,

    Parque Ibinpuera,

    Sio Paulo

    - Braa\1, responqbi·

    lb:ando- e pelo rete e tran8pt>rte, ~

    t • x p o ~ l o ~ ate

    " dia

    Jfi ole

    novembro

    dt'

    1 '172

    niio se respnnsabiH:r.ando R RinRl pPia sun gunrdn dl.'pois de t>xpi

    rndo esse pra:r.o.

    Cnp.

    tV - l'IA .AS El'II'F.CL\11'1

    Art. 4.

    0

    -

    Serio

    npresenladas na E x p o ~ i o ; i i o B r a ~ i l -

    Phlstlca

    70:, as seguintes salas especial :

    a - Arte Conee'itual

    b) - Art o < Ternologia

    c)

    -

    Sa a

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    56/211

    Cap.

    V - JURIS

    DE

    SELF.i

    na

    pJ.ma

    aceita\ii'

    das

    c tiusu as e c o n d i ~ O e s deste ltegu amt'nto.

    Art. 10.o - As i n a t a l a ~ O e s eapedais

    eorrerio

    por

    conta do

    artists

    partieipante'.

    Art.. 11.

    0

    - Emlmn tonumdo ""' cautelas necessiriu, a Bil nal

    niic ae responsabllisa per e v e n t u a l ~

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

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    1972

    - BRASIL-PLASTICA

    1972 ( P R ~ - B I E N A L )

    Quando saiu de

    Campinas com seu cavalo

    de dois

    m e t ~ o s de oi ten ta de

    a l t u ~ a . B e ~ n a r d o C a ~ o

    es t a -

    va com medo

    de

    um

    in imigo

    natural: a garoa

    que

    costuma

    cair

    todas as noi t es .

    de

    Jundia{

    ate

    Sao

    Paulo. Mas

    no

    dia 10 de julho de 19?2

    -

    o dia da

    viagem - o enorme e pesado cavalo des l i zou

    pela

    c a ~ r o c e r i a do caminhao da P ~ e f e i t u r a . Pesando

    300

    qui los

    de

    m a d e i ~ a .

    papelao.

    massa

    de

    gesso.

    cao l in e

    cola

    de madeira. o cavalo

    necess i tou

    de

    o i t o homens

    para

    s u b i ~ -

    d u ~ o

    e

    r{gido

    -

    no

    cami

    nhao.

    Era preciso p ~ o t e g e ~ a

    f ragi l idade

    do

    mate

    r i a l

    e

    Bernardo

    Caro

    envolveu

    toda

    sua

    o b ~ a

    em

    p la s t i co

    ~ o s a . v e ~ d e e

    amarelo. Na estrada. alem

    do medo

    da

    garoa. uma s u ~ p ~ e s a

    m i s t u ~ a d a

    com ale

    gr ia :

    todos os automoveis ~ e d u z i a m sua v e l o c i d a ~

    de (100/120

    q u i l o m e t ~ o s )

    p a ~ a v e ~ e

    e n t e n d e ~

    aqui lo :

    um

    cavalo

    meio fantas t ico . meio s u ~ ~ e a

    -

    Zis ta .

    ja sem

    os

    plas t i cos coloridos que o

    vento

    t inha

    d e s t ~ u - i d o .

    Quando passou p o ~ Jundia{; o u t ~ a

    a l e g ~ i a .

    o u t ~ a

    s u ~ p ~ e s a :

    nao

    havia mais

    garoa

    naquele dia 10

    de

    ju lho de

    1972. E o cavalo chegou

    a

    Bienal

    impo

    -

    nen te . d u ~ o . ~ { g i d o . E seco.

    - Nao e o

    cavalo

    de

    T ~ o i a .

    mas

    o

    cavalinho

    de

    nossa in fancia . f e i to de

    papelao

    e massa: um

    brinquedo es ta t i co

    que

    movimentava

    a nossa imagi

    naqao. Os b ~ i n q u e d o s

    atua i s

    sao s u p e ~ - d i n a m i z a =

    dos. cheios de movimentos mecanicos. luzes e

    som

    A crianqa p ~ e c i s a d e s t ~ u i r um b ~ i n q u e d o p a ~ a t e ~

    um m-inimo

    de p ~ a z e ~

    e c ~ i a t i v i d a d e .

    t p ~ o t e s t o

    aberto e d e c l a ~ a d o c o n t ~ a a

    mecanizaqao

    lud ica

    0 imenso

    cavalo de

    B e ~ n a r d o C a ~ o . alem

    de pesado

    e

    g ~ a n d e

    custou C ~

    1 8oo.oo

    e

    levou pouco

    mais

    de duas h o ~ a s p a ~ a s e ~ t ~ a n s p o ~ t a d o

    de Campinas'

    a Sao Paulo. Ace i to

    pelo

    j u ~ i

    de

    seleqao e quase

    f o i premiado

    Co t ex to exp l i ca t i ve

    do

    autor

    fo i

    c o n s i d e ~ a d o

    d e s n e c e s s a ~ i o

    pelo

    j u r i de p ~ e m i a -

    qaol

    o cavalo

    de B e ~ n a ~ d o tem

    uma funqao extra:

    Quero dar a cada adul to

    que

    v i s i t a r a P ~ e - I r i e

    nal deste ano. a o p o ~ t u n i d a d e de v i v e ~ momentos '

    de

    fantas ia .

    vol tando a sua

    in fancia .

    Eu mesmo

    nao

    consigo m a t a ~

    0

    menino que ~ e s i s t e

    la

    d e n t ~ o

    de

    mim.

    JJ t en te i mas nao deu cer t o .

    0

    cavalo de B e ~ n a ~ d o nao

    e a unica o b ~ a

    polemica

    que

    mais

    uma

    vez .

    a

    Bienal de Sao

    Paulo vai

    apre

    s e n t a ~ .

    A

    tradiqao de

    polemica e

    de

    escandalo

    nao pode

    seP

    s e p a ~ a d a

    ao

    que

    p a ~ e c e .

    nem

    da

    a ~ t e

    5

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    58/211

    51

    contempor6nea nem das Biena is l .

    8

    8 Olney Krtl se

    J o r na l da Tarde 25 /08 /72

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    59/211

      0

    Cavalinho de Pau fo i cont inu idade

    de minhas

    p r ~

    pos tas den t r o do conce i tua l i smo, onde fa9o ur

    pro t e s to

    abe r

    to c o n t r a

    a

    mecaniza9ao

    dos brinquedos

    a t ua i s , obra

    que tern

    ur

    c a r a t e r ludico no

    pr imeiro conta to .

    Porem, urna ana l i se

    mais pro funda , podera s e n t i r

    uma

    grande conota9ao p o l i t i c a

    con t i da

    e denunciadora

    no per iodo

    de grande repressao .

    Este t r aba lho

    que

    fo i censurado

    pe la

    i n s t i t u i9ao ,

    devido

    a

    repressao

    p o l i t i c a

    que estavamos vivendo, como

    tam

    bern

    por va r i a s c i r c uns t a nc i a s

    que

    o

    cercavam,

    to rnou-se para

    mim, daque le momento

    em

    dian te ,

    o

    simbolo de

    lu ta , desaf io

    e

    de coragem para serem nor teados

    em

    meus fu tu ros

    t raba lhos .

    Si tua9oes i n t e r e s sa n t e s que envolveram

    a

    obra :

    ll

    Depois de

    i n s t a l a da no 39 piso

    da Bienal

    e

    an tes

    de

    p a s

    sa r pe l o

    cr ivo

    da comissao de se le9ao

    e premia9ao, recebi ur

    te le fonema do Guimar (montador

    das

    Bienais l dizendo

    que

    d e v ~

    r i a

    r urgente

    Biena l , pois

    havia acontec ido ur

    problema

    com

    minha

    obra .

    Segui

    para

    l a

    e entrando ,

    comecei

    a ver

    pequenos

    f locos de l a de carne i ro

    se

    movimentando

    por

    toda Biena l . En

    contrando o

    Guimar,

    fu i

    informado

    que

    in fe l i zmen te ur cachor

    ro , sem saber por onde,

    e n t r a r a

    no rec in to e havia es t ra9a -

    lhado todos cava l inhos .

    Trouxe-os

    para casa

    e

    os

    r e f o r m e i r ~

    colocando-os

    no l ugar .

    2) Depois

    de aprovado pe l o j u r i ,

    desc i a

    obra

    pe la

    rampa,

    do

    39

    p a r a

    o 29 piso , e

    novamente

    fu i chamado pa ra r e s t a u r a r os

    cava l inhos ,

    pois

    o

    cachor ro havia re tornado; porem,

    de s t a

    vez

    um

    buraco

    no

    v id ro

    fo ra

    loca l izado

    na

    rampa

    ex te rna ,

    que

    52

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    60/211

    dava

    a c e s s o

    pa r a

    o

    39

    p i s o

    (MAC)

    .

    3) e p o ~ s de

    aprovado pe lo j u r i

    de

    se le9ao

    e

    premia9ao,

    no

    domingo s egu i n t e f u i

    Biena l

    pa ra f aze r

    uma

    l impeza na obra ,

    po is

    urn

    t a n t o

    preocupado

    com

    o

    cachorro ;

    l a

    encont re i

    a

    c r i -

    t i c a de a r t e Dra. L i ze t a Levy,

    que f i z e r a

    pa r t e do j u r i ,

    e a

    mesma

    me in formou que poder: ia

    comemorar, poi s o j u r i

    havia

    dado

    o

    p r i m e i r o prem:io

    pa ra

    minha

    obra .

    S a t i s f e i

    t o ,

    f i que i

    aguardando

    a

    publ ica9ao dos premiados na imprensa

    e

    depois

    de uma

    sernana,

    na re la9ao cons t a t e i surpreso ,

    que

    meu nome

    nao

    cons t ava

    e n t r e

    O S

    pr imeiros

    1

    COinO

    tambem

    nao

    es tava

    nas

    r e f e r e n c i a s e spe c i a i s .

    Soube depois , que

    minha

    obra

    t i nha sofr: ido

    censu-

    ra , p r ~ n c i p a l r n e n t e pe lo t ex to por m:tm af ixado no pa i ne l l a -

    t e r a l , que c o n s i s t i a

    no

    segu in te manifes to :

    O

    C V LINHO

    D E

    P

    U"

    "Nao

    e

    o "cava

    o de Troia . t

    o cava Zinho

    de

    nos

    sa i n fanc ia , de

    papelao

    e

    massa; brinquedo es ta=

    t i c o ,

    que

    movimenta a

    imaginaqao.

    Os

    bri ·nquedos

    a - tuais s io super-dinamizados,

    fazem tudo,

    des

    t roem

    a c r ia t i v idade . o

    pro tes to

    contra a meca

    ni 'zaqao

    Zudica.

    Dando a cri 'anqa

    um

    pedaqo de pau,

    e l a o t rans formara em cavalos , -trens, soldados,

    e- tc . , com cores e formas

    f ru tos

    de sua fan tas ia .

    Dando ao adu l to a oportunidade de

    vi 'ver mementos

    de

    f an t a s i a ,

    e le vo l ta ra

    a

    ser

    cri 'anqa

    em

    qua l

    quer i 'dade:

    0

    CAVALO DE NOSSA INDEPENDf NCIA

    B. Caro 72

     

    E s t a Ult ima f r a se fo i

    a

    que causou i . r r i t a9ao , po is

    e s t a

    Pre-Bi .enal t i nha como t . l ' tulo: BRASIL-PLJ\STICA 72 ou

    se j a ,

    e r a

    a

    Biena l

    Nacional

    comernorativa

    do

    Se.squicentenar io

    53

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    61/211

    da Independenc ia .

    De f a to i s so provocou grande polemica, e no dia da

    inauguraqao,

    fa l tando 20

    minutos

    para

    a

    so len idade , tao logo

    fu i

    l oca l i zado

    pelos responsaveis

    da

    Bienal ,

    fu i

    press iona

    do

    p a r a r e t i r a r

    o t ex to ,

    mas, levado dian te

    do t raba lho ,

    f .

    quei

    i r r e d u t i v e l e

    depois

    de muitos aconselhamentos

    por

    par te

    do

    pessoa l da

    Bienal ,

    para nao

    so f re r

    consequencias

    piores , poi s

    e r a

    urn a r t i s t a que

    nao

    per tenc ia ao

    c i r c u i t o

    nao f a z i a

    0 jogo

    da i n s t i t u i9 a o ,

    por tan to

    nao

    t inha

    nenhum

    re spa ldo ,

    concedi

    em

    r e t i r a r

    somente

    a

    f ra se

    f i n a l e

    mais

    de

    nunciadora : to

    Cavalo de nossa Independencia .

    Imaginem

    uma das pessoas que

    es tava

    presen te , que nao se i 0 nome,

    mas

    pe lo

    seu

    procedimento dian te do

    pessoal

    da Bienal ,

    e ra

    quem

    es tava

    li especialmente para que

    eu

    re t i r a s se

    o texto,di.§_

    se :

    -

    S e voce t i vesse colocado da

    m vez

    de nos sa

    Indepen -

    dencia , nao

    t e r i a

    problema nenhum. n

    A

    preocupa9ao e ra t an ta pe lo que a l i

    es tava aconte

    cendo, l onge de

    publ ico

    e de a r t i s t a s , por conseguin te ,

    lon

    ge de te s temunhas , c o m o

    fim de

    nada

    t ransparece r ,

    conforme

    me aconselharam. Nao a c e i t e i a t e soura que mandaram

    buscar

    na S e c r e t a r i a da

    Bienal , e

    d i s se que meu a to se r i a ra sga r '

    a par t e f i n a l do

    ca r t az ,

    molestando

    tremendamente os

    respon-

    sa ve i s , po i s f i c a r i a

    uma

    denuncia daquela viola9ao numa obra

    a r t i s t i c a .

    Depois

    de muita discussao, garan t i que f a r i a o

    cor te

    manualmente e

    que pouco ves t ig i a

    de ixa r ia

    daquele a to

    dep lorave l . Assim o f i z , e cometido de ra iva rasgue i em t r e s

    peda9os

    a

    f r a se ,

    e

    correndo desc i

    a

    rampa

    com os peda9os

    na

    54

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    62/211

    mao,

    escondendo-os . Logo

    fu i

    alcanqado pelos que quer iam a

    f ra se ,

    a f i rme i

    que l a sa b i a

    eu onde

    a mesma fo ra

    pa ra r , poi s

    nao t i n h a es tado de e s p i r i t o

    para saber

    t a l co i sa .

    Hoje, tenho

    e ssa

    prova

    que nao

    serve

    pa ra

    nada,

    mas

    que pa ra mime um monumento , que um d i a v o l t a r i a de o u t r a

    forma

    p a r a

    contes t a r

    a i n s t i t u i q a o

    que me v io l e n t a ra .

    Porem, sab ia que todo contexto da obra era

    muito

    mais

    p o l i t i c o do

    que a

    prop r i a f r a s e , pois

    nada mais

    t i nha

    f e i t o do

    que

    uma r e l e i t u r a do quadro de Pedro

    America:

    O

    Gri to

    do Ip i ranga ,

    e

    em cujos

    t i t u l o s da obra

    j a

    se podia '

    s e n t i r

    a ext rapolaqao p o l i t i c a de f a tos e epocas .

    T i tu lo s das

    obras :

    l )

    2)

    3)

    4

    5)

    Rompimento

    Decisao

    Comemorando 16,30 hs .

    Comit iva

    Tudo ao

    chao

    A arte conceitUal ambiental

    tend

    n

    cia atuaf das artes '

    plcisticas, conquistou os

    pr m os

    principais da Pre·Bienal e

    tem

    o m ior n mero de obras

    ---- -·

    .na " : ' l ~ ~ t r l · Pcl:gfn_a 39

    Reproduqao f o t og r a f i ca : J o r na l da Tarde . 25-08-1972

    55

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    63/211

    ~ ~ ~ ~ -- ---,

    I

    / . ,

    £

    t

    et¥Y ¥fo

    \_ c c • ~ = ~ · · . · · l

    o't

    /JtiS 11

    J

    I

    : m t h p w ~ i H 1 ~

    Fra s e

    r ecor t ada e rasgada do

    manifes to

    Caval:t.nho de

    l?au

    -

    72 .

    I

    56

    l •

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    64/211

    JORNAL

    DO

    BRASIL

    RIO

    DE

    JANEIRO 1972

    Infelizmente, com o esvazia

    mento da pre-bienal

    d€

    todos os

    artistas importantes, mesmo os

    cta

    nova

    geral;3.o; o

    panorama.

    resultant.e pede uma orientaQ3.o

    quase escolar,

    em

    sua

    grande

    maioria.

    Esta

    vasante, dos no- '

    ·

    mes

    curricularniente mais cate

    gorizados, das pre-bienais, traz

    suas

    vantagens. Possibilita o

    aparecimento de. novaS valores,

    que em outras circunstancias se

    absteriam de vir a .tona, por ti-

    midez ou desinteresse numa de

    sigual medigfio de , o r ~ S : s

    E

    o caso, neste

    Sallio

    Brasil

    Pl3.stica

    72.

    recem-selecionado

    ?m Silo Paulo, do aparecimen.to

    de

    urn

    artista de

    20

    anos,-

    cha

    mado

    Luis GregOrio Novais Cor

    reia que, com um conjunto de

    15 obras do

    mais

    autEmtico e

    correto hiper-realismo, entusias

    mou o jUri e imp6s a

    p r e s e n ~ a

    de um -novo valor. · Niio

    foram

    ·

    poucas as participac;Oes entusi

    asmantes neste Salao de.

    sao

    .

    Paulo, que teve· Selecionados pelo

    jUri (Walmir Ayala,

    Ivo

    Zaninl

    e

    Jose Geraldo Vieira) 106 artlstas.

    Citemos, ~ n t r e outros, I sa

    Leal

    Ferreira, Odila Mestriner,

    Bernardo

    Cid, Jose Carlos Mou-

    ,

    ra. l\1arcos Concilio, Takashi Fu

    kushima n§.o confundir. com o

    Fukushima

    pai),

    Bernardo

    Caro,

    etc. Este Ultimo C il Ullia t l-

    plendida proposta de protesto·

    o n t ~

    a mecanizagao llidiea,

    uma

    volta aos bririquedos anti

    gos,'

    a restaurac;ilp da. infancia

    criativa

    num temp(}

    em

    que os

    brinquedos eram praticamente ·:

    tiva

    alhos e bugalhos

    1

    mas-

    Q

    sufici,..

    ente saldo pl;tra · justifiear o es

    f o ~ o . o suor e

    as

    lagrlmas

    dos

    ·que

    lutam,

    em- todas.as. esferas,

    por

    uma

    integrac;ao

    da arte'

    na- , ;

    vida,

    para

    a maio; dignidade do '

    ser

    humano. tf:

    j

    WALMIR AYALA ,

    ·

    , j

    /. ._, .···:./:- \--t;_:\ ),>

    artes plasticas ·

    Pen ultimo· passo

    da

    Pre Bienal

    avalo

    4

    Massa de

    Bernardo

    [Caro ,i-

    Jorna l

    do

    Bras i l

    Rio de J ane i ro

    1

    04/0 8 72

    57

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    65/211

    Na

    mostra

    tendencias

    as futuras

    da Bi.enal

    - Exemplos da

    arte

    ludica e couceitual que caracteriza Brasil, Ph\stica 72 .

    1-...

    ___

    :.:;::_

    :.:.:.-;._;;.; :;

    -- ..._

    - - -

    - - ~ . . , -

     

    M IS EXPRESSIV e

    J

    pliem:

    0

    campo da-- n i a i f e s t ~ ·

    entretanto

    com OSPiirtic1Pan--

    . t-iari-o Witches, assessOr tee- 1cao e dil

    frequencia>

    popuhit.··· tes da mostra Brasil, Plastica 72.

    mea

    da Funda ;ilO Bienal, diz : . .

    0

    URl . . : : , - ~ A l l ~ m

    dos

    trabalhos ~ l e c i o n a ·

    que

    a mostra, no conjunto se-: · - - ,,. dos

    em

    varios Estados, . cerca

    ra mais expre:ssiva do ·qtle a ; No. dia 21, reUD.e.se o _ · j ~ r ) ; ~ ~ de' 40

    artistas foram convida·--

    ~ r e · B i e n a l · realiz _ . ,-; .,":;- ::."':'::::

    Paula Becker, Yutaka 'l'oyota,

    f

    nai.s, a fim de que exp:tessem ' Humb erto Spindola, P-aulO Ro·

    de modo muito mais atuante a : berto Leal, Gerty Sat:ue, M a ~

    arte de nossa epoca. . rio cravo Jose Tarcisio;

    Essa reformulacao, que foi

    : ;_

    Sulamita, ~ ~ ~ ~ ~ e ~ r : ~ t l

    sugerlda pela 'mesa-redonda in

    ternacional.

    de

    criticos de ·

    arte

    realizada

    na

    vespera

    da

    Bienal

    do

    ano passado, v:sa tambem

    e s t u . d ~ r novos meios que in

    tensiflquem a

    c o m u n i e a ~ : a o

    com

    os d i f e r e n t e ~ publicos, a exem-

    PlO

    .de _todas as. outras-_,bienaiSt.

    e

    quatetnais

    internaciOiiais

    tambem empenhadas em esta: ,

    belt::cer

    n.ovas

    bases

    que _ai l-'

    ·· · - - - - ~ - ~ ~ ' ' • - ~ - - - ' · ' " " ' . J

    Credi to o Estado de Sao Paulo

    20/08/72

    58

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    66/211

    A Bosch procurava urn tema para

    o seu Calendri.rio de 1975. Como,

    significativamente, o b i c e n t e n ~ i o

    da

    cidade de

    Campinas

    coincidlll,

    no

    ano

    passado,

    com

    os 20 anos

    da

    Bosch no Brasil, resolveu-se que

    o tema

    deveria

    ligar-se de alguma

    forma a cidade que acolheu a em

    presa.

    Par

    fim,

    a decisi'io:

    mostrar

    a todo o pais (o Calend

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    67/211

    6

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    68/211

    Bra z i l

    Hera ld

    Last Tuesday

    evening

    a

    gala

    -cocktail party inaugurated

    the

    Exposition

    of

    "Ten

    Years

    of

    Contemporary Art"

    of

    Bernardo Caro

    a t

    the

    Tennis Club.

    The show

    is

    open

    to the public for

    15

    days at the

    "Salao:

    de Fes ta of the Tennis Club. - 1

    On display

    are

    8

    varied works

    y

    the Campineiro

    artist

    Bernardo:

    Caro and 90works y

    students· and

    ex-students

    of

    the artist who have

    alii

    part icipated

    in official ·_·Saleos De Arte." l

    One of the patrons

    of

    the art

    show is Edda

    Lungershausen,

    well-known:

    to

    ma lY of the

    merilbers

    of

    the foreign community-in c,,m,pi.nas.

    and husband J

    oachirr{,-

    in

    Campinas With Robert

    Bosch do

    lived

    in

    -Campinas

    for

    seven

    years

    and _are

    active in m a n y · ~ ~ ; ; ; ; ; . ~ ; r l t ~ i

    affairs.

    Edda is one of Bernardo'-s students and has her 3.rt- work

    display at

    the

    show.-

    Other patrons

    of

    the s h o w ~ r e · Marilucia Nucci Vacchiano (one of

    Dire·ctors

    of.

    the Tennis Clubl,

    Nicole

    Van Parys Naday

    One

    o

    nardb

    Caro's studentS) and Maria

    Luizit Straus

    (owner

    of

    the Gl>le>ri,a\

    Girassol).

    The art exposition is being sponsored

    by

    the Cultural Departplent

    UW

    Tenrus

    Club

    and

    the

    Galeria

    Girassol.

    ·

    BERNARDO CARO.SCULPTURE . : . . • . .. .

    Artist Be-rna

    do

    Caro-seated

    by his sculpture located

    at-the

    entrance

    ,

    · z _ ~ [ ~ ~ ~ ~ g ; ; : ~ : . : - ~ ~ ~ ; ; ~ ~ ; ~ ~ ~ ~ ~ : : : ~ : ~ . ~ ~ : : ~ : ~ : r : ; J

    30 /06 /74

    61

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    69/211

     

    _ ;_ :

    · _ - -

    · ·

    ~ t i o

    ·

    · · · • · · · •

    ·

    ··o.

    ~

    •-.-

    ·

    XII

    bienal

    internacional

    de

    sao paulo

    1973

    6

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    70/211

    1973 - XII Biena l In t e rnac iona l de Sao Paulo

    Fiz a

    inscric;;ao

    da

    obra

    conce i tua l -ambien ta l deno

    minada Menino

    de

    Papelao .

    0 t rabalho

    fo i

    montado para a fa

    se de selec;;ao

    no

    39 p i s o e , depois de aprovado,

    t r a ns f e r i do '

    pa ra

    o

    19 p i so , ocupando toda a rea de f ron te

    o i n i c io

    da ram

    pa que d a acesso ao 29

    p i so .

    A

    propos ta procurava envolver t r e s grandes momentos

    a) Crianc;;as X

    Caval inhos ,

    i n s t a l a do no

    pa ine l

    f ronte i r ic ; ;o a rampa

    e que s e rv i a de parede

    pa ra

    as

    out ras

    duas

    propos t a s , e cons i s t i a em uma p r a t e l e i r a , onde

    cada

    lan

    ce da

    mesrna

    cont inha cava l inhos de

    pau

    (papelao) , em d ive r

    sas

    f a s e s

    de execuc;;ao e u

    menino

    de

    pape lao ,

    ou se j a , mode

    lado corn o mesmo ma te r i a l dos

    caval inhos

    e

    que ten tava apa

    nhar

    os cava l inhos

    que

    es tavam

    mais

    no a l to ,

    pe lo

    fa to

    de

    se

    iden t i f i ca re rn

    no

    mesmo mate r i a l , desprezando inc lus ive aque

    l e s

    j a pron tos ,

    p in tados

    e

    com

    rodas , porque j a haviam s o f r i

    do

    u

    processo

    a r t i f i c i a l de

    pin tura .

    b l

    Crianc;;as

    X Garrafas ,

    cont inha conotac;;ao

    corn as

    propos tas ambien ta i s -conce i tua i s das ga r ra fa s ,

    onde

    o menino

    de

    pape lao

    envolvido

    pe lo

    processo

    da

    sociedade

    de

    consurno

    r epresen tado pe las

    ga r r a f a s , depos i tadas suger indo

    uma

    p r t ~

    l e i r a de super-mercado , l adeada no chao por

    gar ra fas

    forman

    do b a r r e i r a s , ao mesmo

    tempo pe r f i l a da s

    em

    r i g i da d i sc i p l i na

    m i l i t a r ;

    no cen t ro ga r ra fa s

    dispos tas

    desordenadamente, qua

    se que

    arnontoadas

    e ou t r a s sugerindo o dese jo

    de

    l i be rdade .

    c l

    Crianc;;as

    X

    Presep io ,

    cont inha

    urn

    sen t ido

    on i r i

    63

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    71/211

    co,

    onde

    o menino de

    pape lao ,

    junto a uma

    mesa,

    manipulava

    ba ta t a s e pa l i t o s de fos foro const ru indo pequenos animaiS,CQ

    roo

    os

    de nossa i n fanc ia . 0 ato

    que

    executava, mostrava a in -

    tenqao

    de cons t ru i r

    um

    presep io

    com

    aqueles

    mate r i a i s . Ja

    ha

    via

    confeccionado

    a vaquinha e o burr inho, que

    se

    reprodu

    ziam

    de

    rnaneira f an ta s t i ca , em

    enormes dimensoes

    como

    que

    re

    presen tando o

    processo

    de uma fan tas ia gerada dent ro da ex

    t r a o rd i n a r i a

    c r i a t iv idade da cr ianqa .

    As paredes do

    ambiente

    foram forradas por

    madeiras '

    p r e t a s ,

    no

    sen t ido

    ver t i ca l , l adeadas

    por

    mantas de

    algodao

    branco (de

    farmacia) de um

    lado,

    e de outro ,

    por

    mantas de

    algodao pardo

    (de t apeqa r i a l . 0 chao dos ambientes

    fo i

    cobeE

    to de gesso m po,

    alvejando

    o s i l enc io do espaqo , levando

    o observador a um mundo a l ienado daquele que a i n s t i t u iqao

    Bienal

    propunha como

    manifes taqao.

    Devido a grande dimensao

    des ta propos ta , fu i

    ajudado

    na

    confecqao

    e

    montagem

    por

    pro

    f e s so re s

    e

    alunos

    do In s t i t u t o de

    Artes

    e Comunicaqoes da

    P o n t i f l c i a Univers idade Cato l i ca de Campinas, onde e ra pro-

    fe ssor r esponsave l das d i sc ip l inas de

    Pin tura

    e Artes Indus-

    t r i a i s .

    64

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    72/211

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    73/211

     

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    Rio

    de Janeiro

    2

    de outubro

    de·1973

    N o

    1.122 Ano 21

    67

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    75/211

    111·

    BIBlllL

    Um dos brln:ileiros mais

    d m i ~ foi ema«lo

    Caro,

    de

    Carnpinas.

    Suas

    cna ;aes

    agradenun

    pela simplicidade,

    eomo a de foto acima,

    feita e m : _ ~ - ~ lll llie.

    0 CRUZEIRO

    AnoXLV-31

    deoutubrode

    973

    8

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    76/211

      9

    bien l

    nacional 1974

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

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    1974

    OBR

    BIENAL N CION L 74

    "MULHER TOT.t MI

    C

    7 4 "

    Quando

    inscrevemos e s t a

    obra ,

    sabiamos

    que es t ava -

    mos con t ra r i ando o I tem dl do a r t i go 89 do Regulamento

    des ta

    Biena l de

    Sao Paulo ,

    especi f icando

    que as obras deveriam

    o c ~

    par 0 maximo de

    15

    (quinze)

    metros

    l inea res

    ou

    area

    maxima

    de

    25

    (v in t e

    e

    cinco) metros quadrados,

    pois

    o

    e s p a ~ o

    que

    nosso

    t r a b a l h o

    ex ig ia

    uma area de 6,0 X 10,0

    metros ,

    devido '

    o

    mesmo

    s e r

    composto

    de uma p e ~ a

    cen t ra l comprida (Mulher

    To

    temica) e ba lcoes

    l a t e r a i s

    (pro to t ipos ) .

    E s t a

    s i t u a ~ a o e s p a ~ o j a t inha sen t ido

    nas obras

    Caval inho de Pau e Menino de Papelao , onde o

    e s p a ~ o

    lim. _

    ta

    a

    atua

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    78/211

    d i r e t a

    e

    mis te r iosa no

    ambiente .

    Devido

    a a l tu ra da escu l tu

    ra c e n t r a l , que se fundia com as

    jane las

    do

    pred io ,

    as

    quais

    aparec iam acima da obra , prejudicando to ta lmente

    sua

    visao

    c r i e i ,

    pa ra so luc ionar o problema e dar urn

    sen t ido

    de monu

    menta l idade um pa ine l , tambem

    com

    t ec ido ,

    com

    forma t r p e z o ~

    d le

    que

    ul t r apassava a

    a l t u r a

    dos pa ine i s , serv indo

    de

    fug

    do pa ra a Mulher Totemica ,

    eliminando

    a

    i n t e r f e r e nc i a ja

    ne la .

    Mas,

    segundo o

    responsave l da

    montagem, o

    a r t i s t a

    Da-

    n i lo Di P re t e , pre jud icava

    o visua l t o t a l

    (comportadol

    do

    con jun to da

    mostra . I s t o

    porque

    o

    t r aba lho havia

    s ido

    se l e

    -

    cionado pe lo j u r i

    em

    out ro

    loca l

    da propr i a Biena l ,

    onde

    nao

    e x i s t i a m problemas de

    i . n t e r fe renc ias .

    Como

    a r t i s t a , nao

    p o d ~

    r i a diminui r

    a

    a l t u r a do r e f e r ido

    pa ine l ,

    porque senao e s t a

    r i a novamente sofrendo

    ou t r a agressao,

    muti lando a obra . Man

    t i v e f i rme minha posi9ao

    e a

    obra permaneceu i n t ac t a .

    MULHER

    TOTf;MICA ,

    fo i

    uma obra onde de i con t inu ida

    de prob lema t ica , na

    qua l

    publ ico s e r i a pa r t e da propr i a

    o

    bra ,

    p o i s , p o r t e r o s e n t ido

    lud ico , es t imulava

    to ta lmente

    a

    pa r t i c ipa 9a o

    de

    todos .

    A

    Mulher

    Totemica

    consis t i .a numa e s c u l tu ra de ma-

    d e i r a ,

    represen tando

    um

    to tem feminine,

    cu jas

    pa r t e s

    do

    cor

    po

    eram separadas

    uma das out ras e

    l igadas

    por cabos de a9o

    que sa iam

    do

    i n t e r i o r da cabe9a , passando por todas pa r t e s

    '

    do corpo

    a t raves de ro ldanas , f ixadas

    na

    grande

    base

    abaixo

    da mulher

    e

    camufladas por um tab lado de

    madeira com 4

    me-

    t r o s de

    comprimento,

    r ecober to com

    palha

    de ca fe , a te chegar

    a

    o u t r a s ro ldanas den t ro de

    uma

    ca ixa menor;

    com

    suas e x t r e -

    71

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    79/211

    midades pr e s a s

    em

    duas a lavancas ,

    o pUblico

    acionava,

    provo

    cando movimentos di ve r sos na enorme Mulher Totemica , em to

    dos s e n t i d o s .

    Latera lmente

    apresentamos doi s balcoes

    de

    madeira

    ,

    sendo que em cada urn, estavam

    o i to ca ixas de vidros medindo'

    0,25 X

    0,35

    X 0,40 m. que protegiam protot ipos e que, a c i ~

    nados por corde i s ,

    movirnentavam-se

    como a

    propr i a

    Mulher

    T ~

    t emica .

    Cada pro to t ipo fo i cri.ado por urn membro

    da

    Equi

    pe

    Convlv io , que des ta forma pode par t i c ipa r

    de

    urn pro je to '

    a r t i s t i c o , de forma c r i a t i v a .

    Este t r aba lho obteve

    o

    P R ~ M O

    BIENAL

    NACIONAL

    74

    que dava

    o

    d i r e i t o

    automat ico

    de par t ic iparmos

    da

    r e p r e s e n t ~

    t;:ao

    b r a s i l e i r a na XIII

    Biena l

    In te rnac iona l de

    Sao

    Paulo,

    em

    1975,

    juntamente

    com ou t ro s

    a r t i s t a s ,

    conforme o r e g u l a m e n t ~

    A r t i s t a s premiados:

    Bernardo

    Caro e

    Equipe

    Convlvio - Sao Paulo

    (Escu l tu ras

    e

    Mii l t ip los l

    Mario

    Cespede e Maria M.Moura - Sao Paulo (Quadro

    sensor i a l )

    Gess i ron

    Franco -

    Goias O?inturasl

    Ivan

    F r e i t a s - Guanabara CArte

    cioneticaL

    Bea t r i z Lemos

    e Paulo

    Emil io

    Lemos

    . .

    Minas

    Gera is

    CAudio-vi

    s u a l l

    Edison Benlcio da Luz

    e Equipe

    Etsedron

    -

    Para/Bahia CArte

    Cont inual

    Aderson Medeiros

    -

    Sao Paulo (Esculturas l

    Aurisnede

    P i re s Stephan -

    Sao

    Paulo CArte

    Ambiental l

    recebendo

    cada

    urn o

    va lor

    de

    Cr$

    7.000,00

    e

    mais:

    7

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    80/211

    Jose Alves de Olive i ra

    -

    Piaui

    (Escul turas)

    Jose Va l e n t i n Rosas - Minas Gerais (Escul turas l

    Iaz id Thame

    -

    Guanabara Ser ig ra f ia s )

    no

    va lor

    de Cr

    3,000,00

    cada.

    J u r i

    de

    premia9ao: cons t i tu ido

    por

    cinco c r i t i cos

    de a r t e : Lise ta Levy que recebeu o maior nGmero de ind ica

    90es

    nas f i chas preenchidas pelos

    a r t i s t a s

    insc r i tos ; Morgan

    Motta e Olney KrUse, esco lh idos

    pela

    Funda9ao Bienal de Sao

    Paulo,

    Antonio Bento

    e

    Jose Teixe i ra

    Lei te , designados

    pe la

    ABCA-

    Associa9ao

    Bras i l e i ra

    de

    Cri t i cos

    de.Ar te .

    Cabega en ta lhada da MULHER T O T ~ I C A

    73

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    81/211

    PRIOMIO

    BIENAL

    NACIONAL MULHER

    TOTeMICA

    7 BERNARDO CARO E EOUIPE CONVI\110

    I· Enc:onlro • - •

    2-

    lntetfertnc:la .

    V e k ~ r o

    4 Fantuq.

    S. ~ i o

    6>

    M < m ~ e n t o

    7- Suttnu.

    8-

    Monugem •

    C o n s t ~

    Slo COIUS

    EQUIP£ CONV(VIO

    ~ T ~ : L m c t c • ~

    biea

    e

    W o o ~

    £ - - a-co

    Z.O

    FnuMo J. u

    mN.JUNTO DE

    PROltmPOS MOLTIPLOS

    J••A.dn.an. Dd Ptl.W

    8'-W

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    82/211

      ro j e to s que

    deram

    origem "MULHER

    TOT ;:MICA

    74

    75

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    83/211

      ro je tos que deram

    origem

    a

    MULHER

    T O T ~ I C

    74

    76

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    84/211

     

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    85/211

    Regulamento

    Blenal Nacional - 74

    CAP.

    1 DA OENOMINA(::AO E

    OBJETJVO

    Art. 1. - A

    Blenal

    Naclonal 1974 sera prcmovlda pels

    Fundao;:lo

    Blenal de Slo Paulo, com o patroclnlo de Prefeltura Munlclpsl de

    Slo Paulo, a111amlo sua real zao;; o prevlsta para outubro prOximo.

    no Pav lhllo "Ar msndo de Arruda Pereira" no Parque lblrapuara, S4o

    Paulo.

    Art.

    2.

    0

    - Todos os Estados e Te'rritOrioa brasllelros silo con

    v'dados a reall::ar

    Moslras de

    saua arti$IM

    naa

    reapect1va1 Capitals.

    Aa relerldas Mostras serAo etetuadu. pelos Govemoe localt ou pelos

    Entldadas que

    as

    Autorldadea d ~ ~ S i g n a r o m para tal empraendlmento.

    a) As Mostras Esladuals devarlo aer reallzadu. no

    mea de

    agosto,

    a lim de segulrem calendl\rlo Unlco em todo a Brasil.

    Art.

    3,o

    - Dur ante a e x p o s ~ daa referldae Mosttas Estaduela

    da Blenal Naclonal 1974,

    de

    1.o a

    31

    de agosto prOximo, com data

    prevlamenta llxade, um

    crltlco

    lndlcsdo pelas Autorldadea locais, um

    erltlco lndicedo pale F u n d a ~ l l o Blenal da Slo Paulo e urn crl lco In•

    dlcado pela ABCA ( A . s e o c l a ~ i l o BrMllelra de Crltlcos de Aria), sele

    clcnario os attlstae no local des Mostras Estaduals, qua represents

    rio o prOprio Eatado na B enal Naclonal dtt 1974, am outubro a no·

    vembro deale ana. no Pavilhllo "Armando de Arruda Pereira''. no

    Parque Jbirepuera, em SAo Paulo.

    Art. 4.o Os artlstas premlados na Btansl Nac onal de 1974,

    lario

    parte, autcmat:camente, da r e p r e s e n t a ~ o brasllelre na prOxima

    Siena lntemaclonal de 1975, com outrea obras.

    a)

    0s

    artistes brasllelros premlados nas Slenals anterlorea qua

    se apresantarlo

    "Hors

    Concourn", deverio envlar,

    no mblmo

    cinco

    obras, dlretamante a

    Fundavilo

    B enel de

    Slo

    Paulo - PavllhAo

    Ar·

    mando de Arruda Pereira - Parque lb lrapuera,

    Slo

    Paulo. ate o

    dla

    30

    de setembro. lmpreterlvelmente, com dlrello a uma area de

    15 metros Jlneares, au area m&xlma de

    25

    metros quadrados:

    b) Os attlstas braeltelros premlados am B ena s anterlorea que

    desejam concorrer aoe pr&mlos da Blenel Neclonal 1974, daverlo

    obedecer o regulamento vlgente

    de

    Btanat Naclonal

    1974,

    envlando aa

    l n s c r ~ O G a at6 o dla

    31

    da Julho a

    as

    obtas para salao;lo,

    atf 15

    de

    agosto;

    C)

    Envier uma

    r e l a ~ . i o

    dlscrimlnada, mancionando as tltulos dee

    obras, dlmens68$,

    tknlcas,

    Pf89o da venda, e nd cando os qua nao

    estlo a venda, para a eomplla'

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    86/211

    CAP. Ill - DA SELEYAO E DO JURI

    Art.

    11." -

    Uma comissAo formada par

    tro s

    c:r tlcos:

    al

    1

    criUCO

    lndlcado

    pela

    Enllclade organlzadon de Mo.tra E

    ..

    tadual:

    bl 1 cr Ueo lndlcado

    pe_fa

    u n d ~ l o BJ.nal de Slo Paulo:

    c)

    1 l:l'illco lndlcado pe1a ABCA.

    Seleclonanl. nas M m ~ t r a a Eataduala as arllstaa que comparacerao a

    Slana Nac onal

    de

    1974 no Pav hao "Armando da Arruda Pereira",

    no lblrapuara, em SAo Paulo.

    Art. 12-" -

    Cada

    Estado se reserve o plena dlrelto

    de

    organ ·

    u.r

    e apresantar

    as

    Mostras Estaduala,

    da

    forma qua julgar mals

    convanlente.

    Art.

    13." - Os organlzadores das Mostras Estaduals deverlo

    manter contato

    pennanente c:om

    a u n d a ~ Slana

    de

    Slo

    PllUIO,

    a lfm de que os trabalhoe occrram dantro de p anlf cayao comum

    quanta ll flxaylo de data para o Juri de Be eyi o daa obras a do

    transporte das mesmas Fundao;:ao Siena

    de

    sao Paulo para a Sla

    na Naclonal de 1974, no Pavllhlo "Armando

    de

    Arruda Pereira", no

    lblrapuera, am

    Slo

    Paulo.

    ArL 1, . .. - 0 Juri

    de Pramlao;:lo da Siena Naclonal de 1974

    sera consutuldo por cinco membros:

    a) 1 crillc:o, lndlcado

    n.a fichu

    cte lnsctio;:Jo.

    peJos artlsta daa

    Moab'a

    Ealaduata:

    bl 2 cfllk:Q, lnd:lcadoa pals

    u n d ~

    Blenal de Slo PlltAto,

    po..

    dendo ser,

    urn

    estrangeiro;

    . c) 2 criUcoa, ~ pela ABCA.

    CAP. fY - MOSTRA DA GAAVURA BRASILEIRA

    Art. 15.

    0

    - A Mostra da Gravura Brasllelra :ser• con:st lylda da

    dues

    partes:

    a)

    Hlst6rlca e dld4tlca

    b) Atelier vivo.

    Art. 16." - A Mostra

    da

    Gravura BrasHe ra sera programada

    e montada pela ComissAo Nac onal de Crl lcos da Arte da Slana Na

    clona da 1974.

    Art.

    17." - A

    comissao

    Nac onal

    da r i t i c ~

    de Atta

    da

    B'ena

    Nac onal da 1974

    lndlcar

    oe artlstaa qua comporlo a Mo•tra d• Gra

    vura BrasUelra, ou seja. a Mo:stra HlatOrlca e O dli lca e o Ataler vivo.

    f llnlco - A Moslra da Gravure BrasiJe ra terf. urn ragu amento

    eapaclflco. a sar dlvulgedo OJ)Orlunamanta.

    9 .B iena l

    Nacional

    74

    · Funda9ao Biena l

    sao

    1974,

    Paulo

    p.37

    CAP. V - DA PREMIAJ;AO

    An. 1S." -

    Serlo atr buldoa olio pn\m'oa de Cr$

    7.000,00

    (Seta

    Mil Cruzeiros) e ma s de

    trls

    da

    Cr$ 3.000,00

    (Trls

    Mil

    Cruzeiros)

    fl

    cando a dlstribui9l0 dessas prlmlos a crltlirio

    do

    Juri de Pramiao;:lo.

    Todas as manUestay6es pl,sticas, expostas na Slana Nacional 74,

    concorram aos prlmlos.

    Art. 19.

    0

    -

    Os prlmlos de aqulslo;:lo ser4o doados a entldades

    pUbllcas e culturals, lndlcadas palos doadores, em comum acOtdo

    com a

    Olreo;:io

    da Funda9lo Blenal

    de

    Sic Paulo.

    a) Todos os prl mlos ser4o anunc ados ol clalmenle e entraguea

    no

    die. do ancarramanto da Mostra, e diplomas de partlc"pa9 o

    serio

    coneedldos a Iadas os arl stas parliclpantas da Blanal da 1974;

    b) A aqulsiQiio de obras expostas em Sic Paulo senfl felta exclu

    slvamante atrave:s

    da

    sao;:ilo

    de

    Vendaa da Fundao;:i o Blenal de

    Slo

    Paulo, ratando 'eata, para atendar a despasaa, uma percentagem de

    15%

    do valor do trabalho, atem de taxa

    de 6%,

    referante ao Impasto

    de

    Renda,

    bam como qualsquar outros

    lmposto:s

    ou Taxas que venham

    a lncldlr sabre a operao;:lo.

    OBS.:

    Nlo serlo colocados ll vends,

    as

    obras que recebarem

    prtmlca aqulslllvos.

    CAP. VI - OISPOSII;OES GERAIS

    Art.

    20. - A slmplea nscrlo;:lo do lntarasaado mpllcarli . na plena

    aceltao;:lo das clllusulas e condi96es deste Regulamento.

    Ali. 21." -

    As

    lnstalao;:oea

    espeola s correrlo

    po

    conta do ar

    llsla pattlolpanta.

    Art. 22." - Embora tomando as cautelas. necass.trlas, a B enal

    nio sa responsabU za

    par

    eventuais danos sofrtdos palos trabalhos

    envladcs, cabando ao axpQ.SIIor.

    se

    o deaejar, alatuar aeguro da

    suas obras contra qualsquer rlscos.

    Alt. 23. - Sampre que /louver doac;lo

    de

    obras a p a r t ~ c u l a r a l ,

    o artlsta au o beneflc li.rlo terll de pagar a com sslo da

    15%

    a Fun

    d&9IO Blenal da

    Slo

    Paulo &

    6%

    de Impasto de Renda, a em da

    quaisquer oulro.s Impastos

    ou

    Taxas que

    vanham

    a lncldlr sabre a

    operaQlo, consldarado para sto o pfe9o estabe ecido para o trabalho.

    Art. 24.

    0

    - £

    vedado ao axpos or retirar qualquer trabalho anles

    do encerramento da exposi9Ao.

    AI'L 25." - Os

    casas

    nlo pravlstos neste Regulamento serlo r a ~

    solvldos

    pats

    Olretorla

    da Funde

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    87/211

    X bienal

    internacional e

    sao paulo

    975

    8

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    88/211

    1975

    -

    XIII

    BIENAL INTERNACIONAL

    DE S O P ULO

    TfTULO D OBRA:

    S E M P R E - 1 9 7

    5

    Urn dos envolvimentos

    mais

    profundos des t a p r opos t a

    a r t i s t i c a

    compreendia

    o

    quest ionamento espac;:o

    e

    tempo , ou

    se j a , a

    representac;:ao

    mate r ica

    na

    escu l tu ra , com a

    intenc;:ao'

    de s e r efemera ,

    e

    as consequenc ias

    em

    termos de

    reac;:oes,

    pr£

    ve n ie n t e s

    dessa

    a t i t ude .

    Como o

    sempre

    ja

    nao

    e x i s t e

    em

    t e r -

    mos f i s i c o s , agora tenho dados que provam

    que

    o

    mesmo e x i s t e

    que r ,

    dent ro

    de

    cada urn que

    vivenciaram

    a

    obra

    em todos

    mo

    -

    mentos , situac;:oes,

    como

    tambem pe las reproduc;:oes

    em

    j o rna i s

    e r e v i s t a s , pois , mesmo

    j a

    se tendo passado

    10 anos ,

    a inda

    r e s su rge , provocando novas relac;:oes

    e

    quest ionamentos

    em

    t e r

    mos

    de

    espac;:o

    Novamente

    tenho a

    colaborac;:ao

    da

    Equipe

    CONVfVIO

    c o n s t i t u i d a

    dos

    seguin tes membros:

    Adriana Del P i l l a r Bianch i , Berenice

    Renrique

    Vasco de

    Tole -

    do,

    Edda Lungershausen,

    Edison Delber ,

    Edison

    Renata Zago,

    Lucia

    de

    Vasconcelos Affonso , Luiz Carlos de Carvalho, Mar-

    c i a Tomasi Novaes,

    Maria S i l v i a

    Mart in i de Barros ,

    Nicole

    Van Parys Naday, Rosa

    Maria

    de Toledo Piza

    Fuza t to ,

    Rosana

    Penteado

    Camargo, Sonia

    Caro l ina Mart ins

    Coutinho,

    Suely

    P i -

    n o t t i e

    Wladimir Fera .

    A

    Equipe

    Convivio deixou no

    Dolmen

    e Menires grava-

    dos seus desenhos, inscric; :oes de sua au· tor ia , r eg i s t r ando

    81

  • 8/17/2019 CaroBernardo SEMPRE

    89/211

    dessa forma

    a

    p a r t i c ip a 9 a o de

    cada

    um, no

    contex to

    da

    obra .

    Dados

    da obra :

    Tecnica :

    E s c u l tu r a com pape l

    cola e

    madei ra

    Dimensoes:

    Largura :

    6

    metros

    Comprimento:

    14

    met ros

    A l tu ra : 5

    metros

    Como a propos t a do "SEMPRE"

    compreendia

    a sua deco

    pos i9ao pe l o tempo, procuramos

    documenta- lo desde

    a sua con

    fecyao a t e seu f i na l no

    Campus

    da

    PUCC,

    a t raves de

    f o t o s d i ~

    p o s i t i v o s

    ou

    f i lme

    Super

    8

    surg indo dessa

    forma

    o

    Documenta

    r i o SEMPRE-1975 , com r e g i s t r o s de camera na f a se de

    execu-

    9ao da ob ra

    na

    Lagoa do Taquara l B i ena l e Hipica ; pa ra a s ~

    gunda

    p a r t e do f i

    lme,

    a t e

    o

    f i n a l t vemos as tomadas f e i t a s

    por

    Renr i que

    de O l iv e i r a J un i o r . Tempo de

    Proje9ao: