carbunculo hemático (1)

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CARBÚNCULO HEMÁTICO OBJETIVOS Construir a cadeia epidemiológica do carbúnculo hemático, identificando a principal via de transmissão do agente e valorizar as medidas transmissão do agente e valorizar as medidas profiláticas de ordem inespecíficas na prevenção da infecção pelo Bacillus anthracis na população animal e humana.

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MEDICINA VETERINÁRIA

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  • CARBNCULO HEMTICO

    OBJETIVOS

    Construir a cadeia epidemiolgica do carbnculohemtico, identificando a principal via detransmisso do agente e valorizar as medidastransmisso do agente e valorizar as medidasprofilticas de ordem inespecficas na prevenoda infeco pelo Bacillus anthracis na populaoanimal e humana.

  • CARBNCULO HEMTICO

  • CARBNCULO HEMTICO

    CONCEITUAOA denominao carbnculo (carvo) provm do aspecto enegrecido

    da cavidade abdominal dos animais mortos.

    uma doena que acomete com maior freqncia os ruminantes(ovinos e bovinos), manifestando-se na maioria das vezes na forma aguda,produzindo septicemia fatal. A infeco ocorre, na maioria das vezes, pelaingesto de esporos presentes no solo.

    Acidentalmente pode ser transmitida ao homem, ocorrendo trstipos de infeco: cutnea, inalatria e gastrointestinal. Em condiesnaturais, a mais comum a leso cutnea conhecida como PstulaMaligna, sendo as demais rarssimas.

  • CARBNCULO HEMTICO

    AGENTE ETIOLGICO

    (anthrakis carvo)

    gnero Bacillus > 90 espcies (grupo Cereus)

    Bacillus anthracis

    Famlia: Bacillaceae

    gnero Bacillus > 90 espcies (grupo Cereus)bacilos gram+ extremidade em forma de ngulo retoformas isoladas ou em cadeia3,8 x 1,2 mimveiscapsuladosesporuladosaerbios estritos

  • CARBNCULO HEMTICO

    Bacillus anthracis ESTRUTURA ANTIGNICA

    Polissacardeo somtico comum aos demais bacilosPolissacardeo somtico comum aos demais bacilos(D-galactose e D-glicosamina)

    Polipeptdeo capsular cido glutmicovirulncia

  • CARBNCULO HEMTICO

    Bacillus anthracis Toxina

    Exotoxina termolbil

    Frao I: produo de edemaFrao I: produo de edemaFrao II: induo de anticorposFrao III: fator letal

    Isoladamente: incuasConjunto: disturbios eletrolticos

    hemoconcentraoinsuficincia renal aguda

  • Bacillus anthracis RESISTNCIA (1)Formas vegetativas facilmente

    destrudas por putrefao, pasteurizao epela maioria dos desinfetantes comuns.

    Formas esporuladas altamenteresistentesresistentes

    s condies naturais de dissecaofrio

    calor

    Nunca necropsiar animal comsuspeita de carbnculo hemtico

  • Bacillus anthracis RESISTNCIA (2)

    Carcaas 12 anosMerchant cultura de Bacillus anthracis em ambiente 38 anos(Merchant & Packer)Ao do calor : fervura (100o C) 5 minutosAo do calor : fervura (100o C) 5 minutos

    autoclave (120O C) 5 minutoscalor seco 140-150o C 3 hs

    180O C 2 hs

  • Bacillus anthracis RESISTNCIA (3)

    AGENTES QUMICOS

    FORMOL PLES - LS - CERDASPLES mnimo 30 minutos em imersoLS e CERDAS fumigao (sala de expurgo)LS e CERDAS fumigao (sala de expurgo)

    COURO

    bissulfito de sdio 2,5% 48 hs

    cido clordrico 8% com NaCl 12% 30 hs

  • CARBNCULO HEMTICO

    CULTIVO

    MEIOS ARTIFICIAISCrescem bem em meios comuns decrescimento, slidos ou lquidos, emtemperatura de 37o C e pH ligeiramentealcalino (7,2 pH 7,8).

    ANIMAIS de LABORATRIO

    > >

  • CULTIVO MEIOS ARTIFICIAIS

    FORMAS VIRULENTAS = CAPSULADAS

    Colnias rugosas

    CABELEIRA de MEDUSA

    NO-VIRULENTAS lisas

    Bacillus anthracis grupo Cereus

    imveis mveisno fundem gelatina fundem a gelatinano produzem hemlise hemlise

  • CULTIVO ANIMAIS de LABORATRIO

    Morte em 24 96 horas

    Edema gelatinoso no local de inoculaoCongesto generalizada do peritnio, bao, fgado e rins Gnglios aumentados de volume Gnglios aumentados de volume Colorao vinhosa escura

    Esfregao bacilos gram+ em forma de cadeia

  • CULTIVO ANIMAIS de LABORATRIOVACINA PASTEUR

    Tipo I + + -

    Tipo II + - -Tipo II + - -

    VACINA STERNBacillus anthracis

    Cultivo 5 a 10% de CO2COLNIAS LISAS

    NO-CAPSULADAS SEM VIRULNCIA

  • CARBNCULO HEMTICO

    EPIZOOTIOLOGIA (1)

  • CARBNCULO HEMTICO

    EPIZOOTIOLOGIA (2)HERBVOROS mais suscetveisCARNVOROS pouco suscetveisAVES (GALINHA) estresse (gelo) Pasteur

    P. E. Trato digestivo (Trato respiratrio e pele)- germinao dos esporos multiplicao na forma vegetativa- relao hospedeiro/parasita -disseminao por via sangnea e linftica

    (maior comprometimento: fgado, bao, rins e medula ssea)- PRODUO DE EXOTOXINA choque irreversvel(comprometimento eletroltico, hemoconcentrao e insuficincia renal)

  • CARBNCULO HEMTICO

    EPIZOOTIOLOGIA (3)BOVINOS

    Perodo de incubao: 2 a 9 diasInfeco assintomtica ou inaparente

    Forma supra aguda (APOPLTICA) Forma aguda e sub-aguda SINTOMATOLOGIA NO CARACTERSTICA SINTOMATOLOGIA NO CARACTERSTICA

    MORTE: eliminao de sangue pelos orifcios naturais rigidez cadavrica incompleta.

    V. E. (antes da morte) fezes, urina, descargas nasais e sangue

    NUNCA NECROPSIAR ANIMAL COM SUSPEITA DE CARBNCULOCARCAA MILIONRIA em B. anthracis

    SUNOS forma cutneaforma cutnea

  • CARBNCULO HEMTICO

    HOMEM Hospedeiro acidental

    INALATRIA GASTROINTESTINAL CUTNEAANTRAZ INALATRIO febre dos tosquiadores Robert Koch - 1876

    FORMA CUTNEA PSTULA MALIGNA

    Zoonose ocupacional maiores vtimas: operrios das indstrias de l, pele, couro e cerdas.

    Atualidade: profissionais de jardinagem e paisagismo

    FORMA CUTNEA PSTULA MALIGNA(aspecto enegrecido)

  • CARBNCULO HEMTICO

    DIAGNSTICO BOVINOSSINTOMATOLOGIA INCONCLUSIVA

    Envenenamento (carrapaticidas, bernicidas ou herbicidas)Plantas txicas (erva-de-rato)Picada de cobra (Bothrops) NUNCA NECROPSIARPicada de cobra (Bothrops)Clostridioses

    MATERIALsangue recm-eliminado das narinas (papel de filtro ou zaragatoa)

    fragmento de orelhaosso de canela desarticulado.

    NUNCA NECROPSIAR

  • CARBNCULO HEMTICO

    DIAGNSTICO LABORATORIAL

    ISOLAMENTO

    INOCULAO EM ANIMAIS DE LABORATRIO

    REAO DE ASCOLI

  • CARBNCULO HEMTICO

    EPIDEMIOLOGIA (1)

  • CARBNCULO HEMTICO

    EPIDEMIOLOGIA (2)AGENTE -- HOSPEDEIRO -- AMBIENTE

  • CARBNCULO HEMTICO

    PROFILAXIA (1)VIAS DE TRANSMISSO

    Vala de no mnimo 1,60 m de profundidadeCobrir totalmente as carcaas com cal virgemCremao: no-recomendada Cremao: no-recomendada

    (somente fornos crematrios)

    FARINHA DE CARNE, DE OSSOS E DE SANGUE boa procedncia

    SUCETVEISDiagnstico rpido e tratamento dos contactantes

    Vacinao em reas endmicas

    Vacina Sterne

  • CARBNCULO HEMTICO

    PROFILAXIA (2) HOMEM

    VIAS DE TRANSMISSOControle adequado de ventilao e poeira nas fabricas que trabalham com produtos de origem animal

    LS e CERDAS sala de expurgo LS e CERDAS sala de expurgo (fumigao= formoldeido + permanganato de potssio)

    PELES duas lavagens com gua e sabo e banho de imerso em formoldeido 15% / 30 minutos

    COUROS banhos de imerso: bissulfito de sdio 2,5% / 48 horascido clordrico 8% em cloreto de sdio 12% / 30 horas

    (o volume de gua o volume/peso dos couros).

  • CARBNCULO HEMTICO

    PROFILAXIA (3) HOMEMSUSCETVEIS

    - Roupas adequadas para operrios de estabelecimentos quemanipulam produtos de origem animal

    - Uso de luvas na prtica de jardinagem e paisagismo

    - Uso de luvas palpao e necropsia

    VACINA : amostra no capsulada (no virulenta)inativadabaixa imunogenicidade (mnimo 3 doses)

  • BIOTERRORISMO

  • BIOTERRORISMO

  • BIOTERRORISMO

    ARMA BIOLGICA - (meu conceito) baixssimo risco

    a) Inalao de grande nmero de esporos (condies excepcionais)

    b) Transmisso inter-humanos rarssima

    c) No doena incurvel (penicilina, doxiciclina, ciprofloxacina, etc)

  • REFERNCIAS

    ACHA, P.N.; SZYFRES, B. Carbunculo. In: ACHA, P.N. (Ed.). Zoonosis yenfermidades transmissibles comunes al hombre y a los animales. Washington:Organizacin Panamericana de la Salud, 2003. v. 1, p.68-75 (PublicacinCientfica y Tcnica 580).

    CDC Centers for Disease Control and Prevention -http://www.bt.cdc.gov/agent/anthrax/index.asphttp://www.bt.cdc.gov/agent/anthrax/index.asp< acesso em 22/05/12

    MENDES, C.M.; SAMPAIO, J.L.M. ArtigosTcnicos: Antraz ou Carbnculo.http://www.institutofleury.org.br/site/calandra.nsf/0/AF56905B06< acesso em 22/05/12