captação plano generico 301008

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ORGANIZAÇÃO X Plano Estratégico de Mobilização de Recursos- PEMR Outubro de 2008

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Page 1: Captação plano generico 301008

ORGANIZAÇÃO X

Plano Estratégico de Mobilização

de Recursos- PEMR

Outubro de 2008

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ÍNDICE

OBJETIVO DO TRABALHO Pág. 01

ASPECTOS GERAIS DA ORGANIZAÇÃO X Pág. 03

GRANDES METAS DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Pág. 11

A ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO X Pág. 15

JUSTIFICATIVAS PARA A ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO X Pág. 19

ASPECTOS JURÍDICOS PARA MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS Pág. 21

DIRETORIA E CAPTAÇÃO DE RECURSOS Pág. 26

COMUNICAÇÃO INTERNA Pág. 28

SUSTENTAÇÃO FINANCEIRA Pág. 30

GRUPOS DE INTERESSE (STAKEHOLDERS) 32

AS ESTRATÉGIAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS

POLÍTICA DE PARCERIAS 86

Pág. 38

COMUNICAÇÃO DE SUPORTE À MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS Pág. 88

ASPECTOS FINANCEIROS Pág. 92

PLANO DE AÇÃO Pág. 97

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OBJETIVO DO TRABALHO

Captação ou mobilização de recursos é o termo utilizado para descrever

diferentes atividades, planejadas e coordenadas, realizadas para geração de

valores necessários à viabilização da missão de empreendimentos sem fins

lucrativos. Ou seja, captar recursos é uma das atividades de apoio

fundamentais para toda atividade organizada do Terceiro Setor.

Nesse sentido, os objetivos do “Plano de Captação de Recursos e

Sustentabilidade”, elaborado pela Consultoria Criando para a ORGANIZAÇÃO

X são:

Organizar de forma clara e objetiva os atrativos da organização para

solicitação e obtenção de recursos da sociedade

Recomendar práticas de comunicação de suporte para a mobilização de

fundos, conferindo legitimidade à organização perante os diversos públicos

influenciados – stakeholders

Apontar desafios a serem enfrentados

Apresentar estratégias eficientes para a manutenção financeira da

ORGANIZAÇÃO X, bem como para sua sustentabilidade

Definir prioridades e sugerir o ordenamento das ações para

implementação do plano

Potencializar a atração das fontes de recursos, levando em conta a

necessidade da diversificação das mesmas

Vale ressaltar que o presente documento servirá como “GUIA” para as

atividades de mobilização de recursos que serão realizadas daqui para frente,

tanto para esclarecer as questões estratégicas envolvidas, quanto para

oferecer suporte a toda atividade de comunicação necessária à obtenção

de resultados nessas atividades.

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ASPECTOS GERAIS DA ORGANIZAÇÃO X

Breve Histórico

A Identidade da ORGANIZAÇÃO X

Analisado o material de divulgação e comunicação interna e externa da

ORGANIZAÇÃO X, verificamos certa falta de identidade visual e de

comunicação. Dessa forma, recomendamos a consolidação da identidade

visual e de comunicação da organização, serviço que deverá ser

desenvolvido por empresa especializada.

Ressalte-se, que para facilitar a fixação da imagem da entidade pelos

públicos interessados em seus serviços, a identidade visual e de comunicação

deve ser clara e bem definida. Além disso, quanto melhor fixada a imagem da

ORGANIZAÇÃO X pelas fontes de recursos, mais chances a organização terá

de mobilizar recursos, visto que sua atuação e resultados serão sempre

notados, o que facilita o reconhecimento de sua legitimidade e necessidade

social.

Alguns elementos básicos de identidade visual:

Logotipo, cores padrão, regras de uso e aplicações

Assinaturas (slogan), jingles

Papelaria: papel de carta, cartão de visita, envelopes, etiquetas,

formulários, memorandos, folhetos, pastas e folder

Complementos: uniforme, crachás, brindes (camisetas, canetas, etc.)

Comunicação virtual: e-mail marketing, newsletter, site, assinaturas de e-

mail

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Vale observar que a marca ORGANIZAÇÃO X é uma sigla que sintetiza o nome

“ORGANIZAÇÃO X”. Recomenda-se que a sigla da organização seja revista

antes da produção do novo material de comunicação, visto que um dos

objetivos desse material será solidificar o nome e a marca da organização

junto aos seus diferentes públicos.

A Missão da ORGANIZAÇÃO X

“MISSÃO DA ORGANIZAÇÃO”.

Educar, prestar atendimento e tratamento a pessoas com......... e realizar

pesquisas, para que todos os envolvidos nas atividades institucionais possam

assumir o papel de agentes transformadores no processo de participação na

sociedade

A palavra missão tem como origem o vocábulo latino mitere, que significa “a

que foi enviado”. Assim, a missão adquire fundamental importância por

representar a razão de ser da ORGANIZAÇÃO X. Uma missão tecnicamente

bem construída torna claro o trabalho realizado no dia-a-dia, fortalecendo a

identidade da organização e facilitando a realização de alianças

estratégicas.

Reflexos da missão na Captação de Recursos

A missão da ORGANIZAÇÃO X deve ser tratada como fonte de

direcionamento para o trabalho diário, requisito essencial para captação de

recursos. Ou seja, conforme já observado, a declaração precisa espelhar o

dia a dia da entidade, tanto para o público interno quanto para o externo,

inclusive para as fontes de recursos.

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Doadores e patrocinadores comprometem-se, normalmente, com

organizações que conseguem descrever claramente suas atividades e seu

direcionamento em poucas palavras.

A forma como foi construída coletivamente e consolidada a missão da

ORGANIZAÇÃO X reflete a clareza das finalidades e objetivos propostos pela

organização, aumentando o potencial de mobilização em torno da causa

proposta.

Em resumo, quem desenvolve a atividade de captação recursos no dia a dia

deve sempre se lembrar da seguinte relação:

Uma missão clara é importante para a organização

Para executá-la, é preciso recursos

É necessário ter uma base de doadores comprometidos com a causa

É preciso permitir que os doadores compreendam claramente as

atividades da organização, dando-lhes oportunidade de investir

Existirá sempre uma relação de troca entre o doador e a ORGANIZAÇÃO X

Três grupos de pessoas têm igual importância para o sucesso do programa:

os funcionários, os voluntários e os doadores.

A Visão da ORGANIZAÇÃO X

“VISÃO DA ORGANIZAÇÃO”.

“Ser modelo nacional na educação do xxxx, no tratamento de pessoas com

alterações de ........ na pesquisa científica e na formação de agentes

transformadores no processo de participação na sociedade”.

Conforme já observamos ao longo de nossos serviços de consultoria, a

declaração de visão institucional é elemento de direcionamento importante

para o futuro da ORGANIZAÇÃO X, pois tem o papel de motivar voluntários e

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profissionais, funcionando como estímulo à vontade de se fazer algo

socialmente relevante e positivo.

A declaração de visão não precisa ser descrita, necessariamente, no material

de comunicação para captação de recursos. A função motivacional da

declaração está relacionada ao público interno da organização e para ele

deve ser disseminada.

Os Valores da ORGANIZAÇÃO X

No campo organizacional, valores são regras morais que devem representar os

princípios éticos que norteiam todas as ações da entidade e principalmente a

tomada de decisões.

Dessa forma, verifica-se a necessidade de que os valores que permeiam a

atividade organizacional fiquem bem claros. Tais valores servem como suporte,

como base para a escolha das atitudes a serem tomadas pelos colaboradores

da organização, e precisam ser reconhecidos positivamente pelo público

externo, principalmente pelas fontes de recursos.

Nesse contexto, recomenda-se a consolidação dos valores fundamentais

para a ORGANIZAÇÃO X. Ou seja, a realização de construção em grupo

desses elementos fundamentais para a tomada de decisão.

Apenas como exercício para a inspiração, abaixo relacionamos alguns valores

que consideramos relacionados à ORGANIZAÇÃO X:

• Humanização do atendimento

• Busca de excelência nos diversos campos de atuação

• Profissionalismo

• Ética na prática das ações

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• Respeito às diferenças e crença no potencial do público atendido e dos

profissionais da organização

É essencial ressaltar, novamente, que os valores da entidade serão

imediatamente percebidos pelos doadores e patrocinadores, o que os torna

elementos fundamentais para a captação de recursos.

Integração das Declarações: Missão, Visão e Valores

Na medida em que a atividade da ORGANIZAÇÃO X esteja organizada com

os conceitos de visão, missão e valores claros, bem definidos, realistas e

disseminados a entidade será capaz de adquirir potencial cada vez maior de

mobilização em torno da causa. Além disso, a organização sentirá maior

facilidade de atrair maior número de pessoas físicas e jurídicas para colaborar

com seus objetivos, inclusive doando recursos.

Cuidado. Missão, visão e valores serão apenas “um quadro na parede”, a

menos que VIDA seja dada a essas declarações e todos os colaboradores

conheçam claramente seus papéis. Recomendamos a realização de

trabalho periódico com os membros da ORGANIZAÇÃO X para que

voluntários e profissionais recordem e fixem o direcionamento da entidade.

Deve ficar sempre muito claro que existe estreita ligação entre missão, visão,

valores e todas as atividades realizadas no dia-a-dia, bem como com o

futuro da organização. Pode ser essencial para a realização do trabalho

aqui recomendado a participação de facilitador externo à instituição.

Análise SWOT

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A Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) ou (Forças,

Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) é uma ferramenta de gestão

adaptada do setor empresarial para verificar-se o ambiente externo e interno

de uma instituição. Pode ser aplicada como ferramenta de apoio ao

planejamento de captação de recursos, visto que serve como base para a

escolha das melhores estratégias de acesso às fontes de recursos. Ou seja, a

análise SWOT demonstra a sua importância por servir de fundamento para a

formulação de estratégias e linhas de ação prioritárias para a organização.

Em janeiro de 2008, foi realizada a análise SWOT da ORGANIZAÇÃO X,

exercício do qual participaram diretores e colaboradores, com o objetivo de

detectar os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades da organização.

Em agosto, foram definidas as prioridades dentre os pontos fortes e fracos. A

finalidade do estabelecimento das prioridades foi estabelecer objetivos e

metas de melhoria dos itens que tenham sido considerados prioritários e de

baixo desempenho, assim como utilizar os itens de alto desempenho de forma

benéfica à mobilização de recursos.

Adiante, estão relacionadas as prioridades dos pontos fortes e fracos,

ameaças e oportunidades.

Principais pontos fortes

História e marca da ORGANIZAÇÃO X, ressaltando a ligação com a

organização Y, além da formação e qualificação dos profissionais

Abrangência, diversidade e interdisciplinaridade dos serviços

Promoção de acessibilidade e inclusão do público alvo no mercado de

trabalho

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Principais pontos Fracos (ordem de prioridade)

Falta de definição e clareza dos objetivos, metas e indicadores de

monitoramento e avaliação, o que dificulta, dentre outros aspectos, a

clareza das relações estratégicas entre Universidade Y, Fundação Z e

ORGANIZAÇÃO X

Falta de um sistema de gestão eficiente (plano de cargos e salários,

software e gestão integrada)

Deficiência na comunicação interna e externa

Estrutura física e equipamentos inadequados

Ameaças

Instabilidade das políticas públicas (SUS, filantropia, mudanças

governamentais, inclusão)

Proliferação de ONGs – credibilidade e imagem das entidades

Menor apelo dos distúrbios (não letal ou “curável”)

Oportunidades

Leis de incentivo – cultura, cotas, esporte, CMDCA

Investimento social privado em entidades sérias/transparentes

(responsabilidade social)

Quantidade de políticas e recursos públicos afins

Possibilidade de participação relevante em fóruns da área

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GRANDES METAS DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Sustentabilidade

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado à continuidade dos

aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais para a atividade de uma

iniciativa organizada, ou mesmo de toda atividade humana.

Para atingir a sustentabilidade, a ORGANIZAÇÃO X deve destinar cuidado

sistemático e contínuo a vários níveis de atividades, tais como:

Necessidade social da existência de suas ações da forma como são

realizadas

Profissionalismo e eficiência das atividades de gestão

Qualidade dos serviços

Transparência e legitimidade social

Equilíbrio e continuidade do trabalho diário

Estabelecimento e manutenção das parcerias

Viabilidade econômica (economia de gastos e eficiência, mobilização de

recursos externos e geração de renda própria)

Aspectos relacionados ao meio ambiente (reciclagem de pilhas e outros

materiais, economia de materiais e energia, utilização de equipamentos,

materiais de escritório e higiene “amigos do meio ambiente”, dentre muitos

outros

Diante dos elementos acima relacionados, ressalte-se que ponto de partida

para a sustentabilidade é a viabilidade econômica da ORGANIZAÇÃO X,

objeto deste trabalho.

Em primeiro lugar, para ser economicamente viável, a ORGANIZAÇÃO X

deverá acessar diferentes fontes de recursos, de forma planejada e

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diversificada. A recomendação inicial, e principal, é obterem-se recursos de

fontes diferentes (diversificar as fontes de recursos). Na realidade, sempre que

a ORGANIZAÇÃO X depender de uma fonte que represente mais de 50% de

toda a arrecadação, torna-se necessário rever as estratégias de captação de

recursos.

Além disso, a diversificação das fontes de recursos proporcionará maior

reconhecimento da ORGANIZAÇÃO X perante públicos diferentes, tais como

empresas, pessoas físicas, governo, fundações, agências internacionais,

organizações de fomento, etc. Quanto mais diversificados forem os públicos

que apóiam o trabalho da ORGANIZAÇÃO X, mais legítima será sua atuação e

ainda mais necessária sua existência.

Exemplo de diversificação de fontes de recursos:

MUITO CONCENTRADO UMA FONTE MUITO IMPORTANTE

BEM DIVERSIFICADO E

EQUILIBRADODIVERSIFICADO E REALISTA

A partir da priorização de pontos fortes e fracos, foram definidos os principais

aspectos que demandam recursos para a sustentabilidade da ORGANIZAÇÃO

X. Dessa forma, tais aspectos passam a representar as prioridades para a

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atividade diária de mobilização de recursos para a organização. Observe-se

quais são eles:

• Criação de meios de avaliação adequados e indicadores

• Aperfeiçoamento do sistema de gestão

• Aprimoramento da comunicação interna e externa

Melhora da Infra-estrutura e da comunicação (consolidar valores financeiros)

Para a melhora da qualidade do ambiente de trabalho para seus

colaboradores, bem como para proporcionar recursos que facilitem o

aumento da eficiência na prestação de seus serviços, a ORGANIZAÇÃO X

necessita atualmente:

Melhorar sua infra-estrutura mediante a realização de benfeitorias e

reformas

Adquirir equipamentos adequados (hardware e equipamentos específicos

para a prestação dos serviços)

Quanto à melhora da infra-estrutura, recentemente foram levantadas duas

hipóteses que receberam considerações e valorizações de arquiteto parceiro

e voluntário. Adiante estão descritas as opções.

Hipótese 1 - Ampliação do prédio-sede e reforma da estrutura existente

• Condições preliminares:

Aprovação, na prefeitura, de projeto de reforma, implicando em

novo processo de análise integral do conjunto e de submissão à

nova legislação

Possibilidade de perda de coeficiente ou de haver a necessidade

de outorga onerosa (remuneração à prefeitura)

Solução complexa, arriscada, onerosa e demorada

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• Necessidades técnicas:

Reforço estrutural para adaptação de novo pavimento

Instalação de elevador para deficientes

Materiais com proteção acústica, na face da Avenida NNN

Reforma interna integral das áreas ocupadas: hidráulica, elétrica,

segurança, revestimentos e forros em geral

Contratação de projetos de arquitetura, estrutura e instalações

• Conclusão (opinião técnica do arquiteto)

Opção inviável. Custo estimado R$ 3.500.000,00

Hipótese 2- Construção de uma nova etapa do projeto “ORGANIZAÇÃO X

Futuro” e reforma do prédio atual

• Condições preliminares:

Projeto aprovado pela prefeitura

Averiguar os procedimentos referentes à obtenção do habite-se

parcial do ginásio. Existem prazos para a continuidade das obras

• Necessidades técnicas:

Ajustar projetos existentes para construção em etapas

• Conclusão:

Solução viável sem pré-condições complexas para dar início à

etapa planejada de desenvolvimento

Custo estimado R$ 4.000.000,00

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A ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO X

Abrangência Geográfica

As ações da ORGANIZAÇÃO X são desenvolvidas em sua sede, na Rua

_________, no bairro _________, em _______. Além disso, a ORGANIZAÇÃO X

desenvolve ações e projetos, nas áreas de educação e difusão de

conhecimento das alterações da audição, voz e linguagem, na região de ___.

É importante salientar que a ORGANIZAÇÃO X recebe em sua clínica

pacientes de todo o Estado. Além disso, no âmbito do serviço de assessoria a

abrangência é nacional.

Público Alvo

O público-alvo da ORGANIZAÇÃO X são surdos e pessoas com alterações da

audição, voz e linguagem, majoritariamente oriundos de famílias

economicamente desfavorecidas.

Objetivos da ORGANIZAÇÃO X

Os objetivos determinam o que será feito para beneficiar o público-alvo da

ORGANIZAÇÃO X. Cada objetivo está relacionado a uma área de atuação

da organização, de acordo com sua arquitetura institucional (verificar

documento específico). São objetivos da ORGANIZAÇÃO X:

Clínica de Audição, Voz e Linguagem XXX

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Objetivo: proporcionar atendimento interdisciplinar de qualidade a surdos e

pessoas com alterações de audição, voz e linguagem, realizar pesquisas e

formar profissionais da área.

Centro Audição XXX

Objetivo: desenvolver pesquisa, promover a formação de graduandos e pós-

graduandos e prestar atendimento na área de audiologia pediátrica,

incluindo promoção, prevenção, diagnóstico e intervenção.

Escola Especial de Educação Básica da ORGANIZAÇÃO X

Objetivo: oferecer atendimento nas áreas de educação, acessibilidade,

orientação, qualificação e colocação profissional para surdos (crianças,

adolescentes, jovens e adultos), e contribuir para a formação de profissionais e

para a realização de pesquisas na área.

Área de Desenvolvimento Institucional

Objetivo: implementar o Plano de Sustentabilidade, por meio da coordenação

de atividades de mobilização de recursos, para a promoção do

desenvolvimento institucional da ORGANIZAÇÃO X.

Serviço Social

Objetivo: apoiar as atividades da ORGANIZAÇÃO X, por meio de atendimento

individual e em grupo, e de assessoria aos profissionais e estagiários, para a

promoção do exercício da cidadania.

Biblioteca Técnica

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Objetivo: atender e orientar, por meio de acervo catalogado em banco de

dados, para o auxílio à pesquisa.

Brinquedoteca

Objetivo: atender a ORGANIZAÇÃO X, disponibilizando materiais lúdicos,

pedagógicos e terapêuticos, para melhor desempenho das atividades

interdisciplinares.

Comitê de Cultura e Relações Institucionais

Objetivo: Desenvolver uma diplomacia empresarial incisiva que consiga, por

meio da cultura e do esporte, a inclusão social do surdo e das pessoas com

alterações da audição, voz e linguagem.

Atuação e Serviços

A ORGANIZAÇÃO X, para o cumprimento de seus objetivos junto ao seu

público-alvo, presta os serviços adiante relacionados.

Clínica

A Clínica desenvolve, por intermédio de seus profissionais (fonoaudiólogos,

psicólogos, médicos e assistentes sociais), atividades na área das alterações

da audição, voz e linguagem, de acordo com os três eixos de ação

institucional, ou seja, atendimento, formação e pesquisa:

Atendimento à comunidade

Formação de profissionais das áreas da Fonoaudiologia, da Psicologia, da

Medicina, do Serviço Social e da Pedagogia, por intermédio,

principalmente, de cursos de aprimoramento e estágios optativos

Page 18: Captação plano generico 301008

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Desenvolvimento de conhecimentos nas áreas mencionadas, por meio da

realização de pesquisas, da organização de eventos científicos,

publicações, assessorias a instituições, dentre outras

Informações detalhadas podem ser encontradas no documento Arquitetura

Institucional.

Escola Especial de Educação Básica da ORGANIZAÇÃO X

A Escola apresenta uma estrutura de funcionamento voltada à educação de

surdos e à prestação de serviços na área da educação, acessibilidade e

empregabilidade da comunidade surda. Para isso, utiliza estratégias que

contribuem para as transformações sociais necessárias ao processo de

inclusão e permitem ao surdo a conquista de sua cidadania.

Em todos os atendimentos realizados, a Escola adota a Língua Brasileira de

Sinais (LIBRAS) e a Língua Portuguesa, respeitando a cultura das pessoas surdas

e elegendo como prioridade a construção de espaços educativos onde esses

aspectos sejam trabalhados com os alunos e suas famílias.

A Escola também contribui para a formação de profissionais da área e para a

realização de pesquisas.

Os cursos oferecidos pela Escola são os seguintes:

Educação infantil

Ensino fundamental

— Educação de Jovens e Adultos (EJA)

— Primeiro ao nono ano

Além dos cursos regulares, a Escola desenvolve Programas Educacionais

Complementares (POOE, Acessibilidade e Apoio à Ação Educativa).

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Da mesma forma que com relação à Clínica, informações detalhadas podem

ser encontradas no documento Arquitetura Institucional.

JUSTIFICATIVAS PARA A ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO X

30% da comunidade de surdos é analfabeta (IBGE, 2003)

Dentre os 6 tipos de deficiência classificados pelo IBGE (2000), a surdez é o

terceiro maior quadro de deficiência do país, depois das deficiências visual

e motora (Brasil - 5,7 milhões de pessoas com problemas relacionados à

audição, Estado X: 480 mil e Capital - 150 mil).

Os índices de analfabetismo e semi-analfabetismo são elevados entre os

surdos e pessoas com alterações de audição, voz e linguagem.

O Brasil necessita de formação especializada e qualificação para o

atendimento clínico e educacional de surdos e de pessoas com alterações

de audição, voz e linguagem, áreas em que a ORGANIZAÇÃO X atua

como modelo.

A importância do cumprimento pelo país das normatizações nacionais e

internacionais sobre a pessoa com deficiência e a obrigação interna de

enquadramento das empresas à Lei de Cotas, diploma legal que impõe a

contratação de 2% a 5% de funcionários com deficiência.

A importância da promoção de acessibilidade, fomentando novas

propostas de políticas públicas e proporcionando o protagonismo dos

surdos e demais pessoas com alterações de audição, voz e linguagem.

O pioneirismo, a história e a marca ORGANIZAÇÃO X.

A ORGANIZAÇÃO X é referência na utilização de tecnologia de última

geração em exames diagnósticos e também prima pela humanização do

atendimento, estabelecendo com o participante, sua família e

comunidade, a co-responsabilidade e o exercício da cidadania.

O atendimento clínico proporcionado pela ORGANIZAÇÃO X é qualificado

e abrangente, chegando a realizar, por ano, mais de 34.000

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procedimentos. Além disso, a equipe de profissionais especializados da

ORGANIZAÇÃO X desenvolve e aplica metodologia de

interdisciplinaridade, o que possibilita melhores resultados e impactos nos

seus atendimentos.

A ORGANIZAÇÃO X possui vasta experiência na orientação e colocação

do surdo no mercado de trabalho.

Vale ressaltar que as justificativas para a criação e manutenção da

ORGANIZAÇÃO X configuram-se, também, nos principais motivos pelos quais

as fontes de recursos investem na organização.

ASPECTOS JURÍDICOS PARA MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS

Embora uma das maiores necessidades das organizações do Terceiro Setor

seja a mobilização de recursos, recomenda-se cuidado especial com a

segurança jurídica dessa atividade, a qual pode ficar enfraquecida ou

abalada, seja pelo desconhecimento da legislação e dos instrumentos legais

aplicáveis, seja pela falta de profissionais especializados assessorando a

organização.

Ou seja, na implementação desse plano de mobilização de recursos, a não

observação dos aspectos jurídicos, principalmente tributários e contratuais,

das relações entre fontes de recursos e a ORGANIZAÇÃO X pode resultar no

descumprimento da lei e na impossibilidade de exigência das promessas e

contrapartidas previamente acordadas. Além disso, falhas jurídicas,

normalmente, prejudicam a credibilidade e a transparência da organização.

Inicialmente, ponto relevante do Código Civil de 2002 é que, sob pena de

nulidade, o estatuto da organização sem fins lucrativos deverá conter “as

fontes de recursos para sua manutenção” (art. 54, IV, Código Civil). Dessa

Page 21: Captação plano generico 301008

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forma, consolidada a idéia de que a ASSOCIAÇÃO N será a entidade de

apoio à mobilização de recursos para a ORGANIZAÇÃO X, deve-se rever o

estatuto daquela entidade, principalmente no que diz respeito à definição

clara das fontes de recursos que serão utilizadas. Vale alertar que as ações de

captação de recursos não previstas no estatuto serão realizadas em

desconformidade às determinações da lei civil.

Estrutura Jurídica

A Universidade Y tem como mantenedora a Fundação Z, entidade sem fins

lucrativos, de Utilidade Pública federal, estadual e municipal, inscrita no

Conselho Nacional de Assistência Social.

ORGANIZAÇÃO X

A ORGANIZAÇÃO X - Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da

Comunicação - é um órgão suplementar, de natureza técnica, nos termos do

estatuto social da Universidade Y e é regida por aquele e por seu Regimento

Geral.

A ORGANIZAÇÃO X é considerada no Brasil como um centro de referência em

distúrbios da audição, voz e linguagem e, nos termos de seu Regimento Geral,

deve atuar nas seguintes áreas:

• Atendimento clínico a pessoas com alterações da audição, voz e

linguagem

• Atendimento a bebês

• Educação infantil e ensino fundamental para crianças e adolescentes

surdos

• Programas de capacitação profissional para jovens surdos

• Formação de profissionais nas áreas de Fonoaudiologia, Pedagogia e

Psicologia

• Projetos de pesquisa na área da comunicação humana e seus distúrbios

Page 22: Captação plano generico 301008

21

Associação N da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da

Comunicação

Conforme seu estatuto, a Associação N é uma organização sem fins lucrativos

que tem por finalidade colaborar no aprimoramento do processo

educacional, na orientação profissional, no atendimento clínico de crianças,

adolescentes e adultos com distúrbios da audição, voz e linguagem e na

integração Família-Escola-Comunidade.

Também, de acordo com seu estatuto, a Associação N, para a consecução

de sua finalidade, se propõe a:

• Colaborar com a Direção para atingir os objetivos propostos pela

Instituição

• Representar as aspirações da comunidade, dos pais, dos alunos da Escola

Especial de Educação Básica da ORGANIZAÇÃO X, doravante designada

Escola e dos assistidos junto á Instituição

• Participar da organização das comemorações cívicas, das campanhas

comunitárias, das promoções de natureza cultural, esportiva e assistencial e

outras atividades em que se empenhe a Instituição

• Realizar campanhas de fundos destinados a melhorar as condições de

funcionamento da Instituição

• Fixar as contribuições dos associados para o fundo financeiro e a época de

sua cobrança

• Assistir a Instituição no tocante à conservação do prédio, do equipamento,

do material didático e da limpeza de suas instalações

• Promover e colaborar com cursos, seções de estudo, seminários,

conferências e outras atividades que sirvam para melhorar a eficiência

operacional da Instituição

• Auxiliar a Direção quanto ao uso específico do espaço físico da Instituição,

pela comunidade nos períodos ociosos de fins de semana, período noturno

Page 23: Captação plano generico 301008

22

e de férias, ampliando-se o conceito de Instituição, para centro de

atividades comunitárias

• Manter contatos com autoridades em educação, habilitação,

reabilitação, com entidades culturais ou congêneres

• Reconhecer os melhores alunos dos cursos, bem como os que se

destaquem em torneios intelectuais e esportivos durante o ano letivo

Com relação à mobilização de recursos, na prática, a Associação N arrecada

por meio de:

• Bingos

• Bazar

• Percentual (20%) do valor pago a intérpretes de LIBRAS que acompanham

alunos da Universidade Y em seus respectivos cursos

• Festa junina

• Rifas.

Observe-se que a Associação N funciona como organização de apoio à

atuação da ORGANIZAÇÃO X, representando as aspirações da comunidade,

dos pais e dos alunos da Escola Especial de Educação Básica da organização.

Dessa forma, sugere-se que a Associação N receba os recursos resultantes das

estratégias de mobilização descritas nesse plano. Ou seja, recomenda-se que

as campanhas de mobilização de recursos estejam relacionadas

juridicamente com a Associação N, medida que facilitaria a aplicação dos

recursos mobilizados integralmente nos objetivos definidos para a

ORGANIZAÇÃO X.

Incentivos Fiscais

Incentivos fiscais são importantes ferramentas para a consolidação da

sustentação-financeira das entidades sem fins lucrativos, como a

ORGANIZAÇÃO X/ Associação N. Por meio dos incentivos fiscais, o Estado

promove renúncia fiscal a favor do desenvolvimento das entidades ou áreas

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específicas classificadas como de Terceiro Setor, com o objetivo de atrair

recursos para fortalecer o tecido social do País.

A ORGANIZAÇÃO X pode utilizar incentivos fiscais como importante ferramenta

para facilitação da captação de recursos, principalmente no que diz respeito

aos projetos culturais que pode desenvolver em sua área de assistência social,

ou naqueles que já desenvolve para criança e adolescentes. Além disso, o

próprio título de Utilidade Pública Federal que a entidade possui já lhe

possibilita oferecer incentivo fiscal para doadores.

Adiante trataremos brevemente dos incentivos federais que a ORGANIZAÇÃO

X poderá utilizar nas campanhas, ressaltando novamente a importância

dessas ferramentas para a atração de doadores que podem abater parte ou

o total da doação dos impostos federais devidos.

Doações de Pessoa Física

Indivíduos que realizam a declaração de renda pelo modelo completo,

podem aproveitar os incentivos fiscais para doação à ORGANIZAÇÃO X nos

seguintes casos:

• Doações para projetos aprovados pelo CMDCA, por meio da FUNDAÇÃO

z; hoje a organização tem aprovado o projeto “ORGANIZAÇÃO X VIVER”

• Doações a operações de caráter cultural e artístico (projetos aprovados

segundo a lei Rouanet)

Vale ressaltar que, no caso de optar-se pela utilização da Lei Rouanet, o

estatuto e o registro no CNPJ do proponente (FUNDAÇÃO Z ou a Associação

N) deverão prever que a entidade produza e desenvolva projetos e atividades

culturais para o cumprimento de suas finalidades.

Doações de Pessoa Jurídica

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Pessoas jurídicas, tributadas pelo lucro real, podem aproveitar os incentivos

fiscais para doação à ORGANIZAÇÃO X e seus projetos nas seguintes

hipóteses:

• Em virtude do título de Utilidade Pública Federal da FUNDAÇÃO Z

• Doações destinadas a operações de caráter cultural e artístico realizadas

pela entidade (necessária a adaptação jurídico-institucional do

proponente, seja a FUNDAÇÃO Z ou a Associação N)

• Doações para projetos aprovados pelo CMDCA, por meio da FUNDAÇÃO Z

Não são beneficiadas as pessoas jurídicas tributadas pelo Simples ou pelos

regimes de lucro presumido ou arbitrado, conforme estabelece o Ato

Declaratório no 26/97 da Secretaria da Receita Federal.

Observe-se que a utilização dos incentivos fiscais, principalmente para o

financiamento de projetos, é oportunidade indispensável para o apoio ao

cumprimento da missão institucional da ORGANIZAÇÃO X.

DIRETORIA E CAPTAÇÃO DE RECURSOS

A ORGANIZAÇÃO X possui uma diretoria que delibera e dá a palavra final

sobre diversos assuntos. O órgão é responsável pelo estabelecimento das

estratégias e políticas operacionais da organização, deixando a maior parte

da operação de dia a dia para profissionais contratados.

Consideramos essencial que a equipe profissional de captação de recursos,

que compõe a Área de Desenvolvimento Institucional, tenha estreita relação

com a diretoria da ORGANIZAÇÃO X, a qual deve conhecer detalhadamente

as atividades desenvolvidas nessa área. Aliás, o sucesso da implementação

Page 26: Captação plano generico 301008

25

desse plano de mobilização de recursos dependerá em grande parte do

apoio da diretoria.

De maneira geral, observamos que membros da diretoria podem, até mesmo

inconscientemente, dificultar a atividade de captação de recursos. Isso

ocorre, normalmente, pelos seguintes fatores:

Desconhecimento do assunto

Idéia de conhecimento profundo do assunto pela prática cotidiana, mas

com desconhecimento técnico

Falta de comprometimento com o assunto

Oposição ao investimento de dinheiro ou recursos humanos significativos

nessa área

Expectativa de resultado imediato

Uma armadilha freqüente em organizações do terceiro setor é o grupo gestor

considerar que a equipe de captação de recursos pode realizar, sozinha, as

atividades de desenvolvimento institucional. Isso pode funcionar mais, ou

menos bem, no início. Entretanto, à medida as atividades profissionais de

mobilização de fundos passarem a ser cada vez mais diversificadas, com o

acesso a uma quantidade considerável de fontes de recursos diferentes ao

mesmo tempo, a falta de participação da diretoria pode também se tornar

um obstáculo grave para a obtenção de resultados.

Vale ressaltar, que a confiança dos doadores em potencial implica na

necessidade de envolvimento, principalmente da diretoria, com doadores

importantes.

Além disso, chegará o momento em que esses possíveis doadores irão querer

saber mais sobre a diretoria: quem são os diretores? Eles estão conscientes das

necessidades financeiras e prioridades? Estão comprometidos com a

Page 27: Captação plano generico 301008

26

totalidade das atividades da entidade? Atuam com transparência e

legitimidade?

Recomendamos que Diretoria mantenha reuniões semanais de

acompanhamento ao desenvolvimento institucional. Recomendamos,

também, a participação do coordenador de desenvolvimento institucional

em todas as reuniões de diretoria que se fizerem necessárias.

Tais recomendações levam em consideração a necessidade de atuação

harmônica entre o DI e a diretoria, sempre com o objetivo de resultados

transparentes e legítimos, tanto para a organização, quanto para a

sociedade.

Abaixo estão descritos alguns aspectos fundamentais relacionados à

participação da diretoria na mobilização de recursos:

• Responsabilização pelas questões financeiras, inclusive com a participação

no planejamento e monitoração do orçamento

• Compreensão da atividade de mobilização de fundos, inclusive no que se

refere ao longo prazo

• Ajuda para identificação dos possíveis doadores e facilitação do contato,

se for o caso

• Liderança e envolvimento

• Desenvolvimento de relações mais estreitas com grandes doadores

• Participação em eventos, entrevistas e demais atividades para divulgação

da organização

• Agradecimento sistemático aos doadores

COMUNICAÇÃO INTERNA

Ao longo das reuniões realizadas com os diferentes colaboradores da

ORGANIZAÇÃO X, observou-se a necessidade do aprimoramento da

Page 28: Captação plano generico 301008

27

comunicação interna da organização, inclusive com a utilização de novos

veículos adequados ao momento. Nesse contexto, verifica-se a intenção de

fortalecer o diálogo entre a organização e colaboradores, o relacionamento

entre a direção e o corpo funcional, entre as áreas, e entre os próprios

funcionários individualmente. Vale ressaltar que a questão da acessibilidade é

considerada aspecto fundamental na comunicação interna.

Para facilitar o procedimento de comunicação interna, a ORGANIZAÇÃO X

poderá adotar uma diversidade de ferramentas de comunicação, que

deverão se tornar mais sofisticados ao longo do tempo. Além disso, a equipe

precisará destinar especiais cuidados à freqüência, qualidade e quantidade

da comunicação interna.

Atualmente, os principais objetivos relacionados ao aperfeiçoamento da

comunicação interna da ORGANIZAÇÃO X são:

Implementação de medidas para facilitar a comunicação entre os

profissionais, como por exemplo: lista de telefones internos e externos

(Universidade Y e utilidade pública em geral), lista de e-mails, boletins

informativos via e-mail e intranet

Medidas para facilitar o trânsito interno de todos os que freqüentam a

ORGANIZAÇÃO X (indicações, figuras, cores e nomes das salas)

Recomendamos a escolha de assessoria especializada em comunicação

para a criação e implementação dos procedimentos e ferramentas mais

adequadas à ORGANIZAÇÃO X.

O aprimoramento contínuo da comunicação interna da ORGANIZAÇÃO X é

essencial ao desenvolvimento das mais diversas atividades planejadas para

captação de recursos. Vale ressaltar que a comunicação interna, quando

bem realizada, encoraja o aprendizado e o crescimento contínuo dos

Page 29: Captação plano generico 301008

28

colaboradores. Além disso, esse tipo de comunicação é ferramenta

organizacional indispensável e deve informar, inspirar, entusiasmar e motivar,

fatores fundamentais para a mobilização de recursos.

SUSTENTAÇÃO FINANCEIRA

Para que possamos captar recursos para a sustentabilidade da

ORGANIZAÇÃO X e as melhorias previstas nesse documento, devemos

estabelecer uma fórmula levando em consideração, principalmente, dois

fatores:

Definição de prioridades e do montante de recursos necessários para curto

e médio prazo (orçamento)

As principais fontes de recursos, sempre levando em consideração a

diversificação

Recursos Necessários e Prioridades

Conforme já mencionado anteriormente, os gestores da ORGANIZAÇÃO X

precisam estar seguros quanto aos valores necessários para a manutenção e o

progresso da organização, inclusive levando em consideração custos

embutidos dos serviços demandados para as atividades de gestão e

captação de recursos.

Por outro lado, as fontes de recursos precisam conhecer claramente esses

valores, requisito essencial para uma atuação transparente e legítima nas

atividades de mobilização de fundos.

Em seguida, de maneira geral, estão descritos alguns detalhes que atraem a

atenção, principalmente dos doadores de valores elevados, quando

apresentamos o orçamento de uma organização (operacional e atividades),

em campanha para a captação de recursos:

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• A porção do orçamento solicitada ao investidor social;

• As fontes de onde virão os outros recursos (diversificação de fontes de

recursos)

• Como a organização levará os projetos adiante se não obtiver tudo que

pretende

• A parcela representada pelo orçamento de cada projeto no contexto do

orçamento global da organização

• O montante gasto com recursos humanos

• A estruturação do orçamento, que deve ser utilizado como ferramenta de

gestão, com indicação da natureza das despesas e a evolução ao longo

do tempo

Fontes de Recursos Acessíveis

Antes de serem abordadas as estratégias consideradas adequadas para a

ORGANIZAÇÃO X obter recursos, foram relacionadas abaixo as principais

fontes de financiamento que poderão ser acionadas:

Iniciativa privada

Empresas

Institutos empresariais

Pessoas físicas

Organizações religiosas

Fundações

Empresariais

Familiares

Pela causa

Fontes Institucionais

Governos dentro do próprio país (governos nacional, regional ou

local)

Agências internacionais de financiamento

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30

Instituições que representam um grupo de países, assim como o

Banco Mundial, as agências das Nações Unidas e a União Européia

ONGs nacionais e internacionais

Projetos de geração de renda

Venda de produtos e serviços

Aluguéis

Taxas de associados e rendimentos

Conforme já observado, e sempre ressaltado, regra geral é que não se devem

esperar recursos de um número muito reduzido de fontes de recursos. Ainda

que a ORGANIZAÇÃO X tenha maior afinidade ou identidade com um tipo de

fonte de recursos – Universidade Y e Fundação Z, por exemplo-, é altamente

recomendável que se desenvolvam campanhas e solicitações aos diversos

tipos de fontes mencionados acima. Primeiramente, porque envolve a

sustentação financeira da organização e fica arriscado depender

demasiadamente de poucas fontes de recursos. Outro fator primordial é que,

para expandir as possibilidades de arrecadação, a ORGANIZAÇÃO X deverá

desenvolver contato com diferentes públicos, ampliando seu reconhecimento

em vários setores da sociedade, contribuindo para sua legitimidade social.

Uma iniciativa social que obtém recursos de pessoas físicas, empresas,

fundações, organismos internacionais, do governo e da comunidade em

geral é, com certeza, uma iniciativa representativa, legítima e útil à

sociedade.

Observe-se, também, que algumas fontes fornecem recursos rapidamente,

enquanto, diante de outras, pode-se levar mais tempo para obter resultados.

Por isso, ressaltamos que a diversificação das fontes de recursos é atividade de

longo prazo e deve ser realizada de forma planejada, por meio de diferentes

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31

estratégias, sempre levando em consideração a redução dos riscos para a

sustentabilidade da ORGANIZAÇÃO X.

GRUPOS DE INTERESSE (STAKEHOLDERS)

Normalmente o público de uma organização é visto, de maneira simplificada,

apenas como o consumidor de seus serviços. Porém, dentro do conceito

moderno de Responsabilidade Social, o público de interesse da deixa de ser

apenas o beneficiário direto (primário) e passa a englobar um número muito

maior de pessoas físicas e jurídicas que, de alguma forma, se relacionam com

determinada atividade organizada da ORGANIZAÇÃO X.

Nesse diapasão, foi criado o termo stakeholders, que refere-se a todas as

pessoas físicas e jurídicas que influenciam as ações de uma organização, ou

são influenciadas por ela.

A ORGANIZAÇÃO X relaciona-se com diversos stakeholders que, em maior ou

menor grau, são fundamentais para a mobilização de recursos. Todos eles

devem ser levados em consideração no desenvolvimento e implementação

desse plano estratégico.

A comunicação com todos os stakeholders é essencial, seja ela institucional,

para captação de recursos, prestação de contas ou fidelização. Porém,

deve-se ressaltar que linguagem, ferramenta e mensagem adotadas para

comunicação com diferentes grupos de interesse precisam ser planejadas e

adequadas. Quanto mais uma organização conhece seus stakeholders,

melhor será sua comunicação com esses grupos.

Stakeholders Fundamentais

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Beneficiários, colaboradores e familiares

A comunicação com beneficiários e seus familiares normalmente é feita com

foco na informação institucional, ou com objetivo de suporte ao atendimento,

tratamento ou processo educacional. Com relação aos colaboradores,

profissionais e voluntários, verifica-se a necessidade da melhora da

comunicação institucional, o que já foi objeto de abordagem nesse

documento. Já para a mobilização de recursos, deve-se verificar a

possibilidade dos familiares, colaboradores e ex-alunos, principalmente,

comporem o quadro de mantenedores ou atuarem como “abridores de

portas”. Tais oportunidades precisam ser verificadas caso a caso pela Área de

Desenvolvimento Institucional da ORGANIZAÇÃO X e também podem ser

veiculadas por comunicação elaborada especialmente para esse público.

Exemplos de membros dessa categoria:

Ex-beneficiário da ORGANIZAÇÃO X

Pacientes Clínica e Centro

Alunos

Surdos atendidos pelo POOE

Graduandos e Pós-graduandos da Universidade Y realizando estágios e

cursos de formação na ORGANIZAÇÃO X

Familiares dos atendidos, dos profissionais, dos graduandos e dos

voluntários

Diretoria e demais órgãos

Colaboradores profissionais: médicos, fonoaudiólogos, psicólogas,

assistentes sociais e profissionais de gestão

Voluntários em geral

Membros da Fundação Z e da Universidade Y: administradores, professores,

alunos, funcionários

Comunidade da área de saúde e educação

Page 34: Captação plano generico 301008

33

Recomenda-se a elaboração de comunicação específica para a

comunidade médica e educacional, com conteúdo muito bem selecionado e

direcionado. O motivo é a especificidade desse público, que também poderá

atuar como facilitador para a mobilização de recursos para a organização

(credibilidade e divulgação espontânea). Veículo que poderia ser interessante

seria uma newsletter destinada ao pessoal da área de saúde e outra para a

área de educação ( associações médicas, hospitais, escolas, lingüistas,

orientadores educacionais, etc.). Outra medida válida é a realização de

eventos científicos destinados a atração da comunidade de saúde e

educação, proporcionando relacionamento mais estreito com a

ORGANIZAÇÃO X.

Vale ressaltar que, dentre as escolas, é fundamental a comunicação

direcionada e planejada com:

Escolas do Projeto ORGANIZAÇÃO X Viver

Escola do Projeto MAIS

Escolas da ORGANIZAÇÃO X

Escolas para surdos em geral

Fornecedores

A ORGANIZAÇÃO X conta com fornecedores em diversos segmentos, tais

como fabricantes de equipamentos para deficientes auditivos, serviços de

comunicação (publicidade, assessoria de imprensa, etc.), construção,

consultoria, entre outros.

Em primeiro lugar, recomenda-se que a seleção desses fornecedores não leve

em conta somente a apresentação de propostas ou oportunidades

financeiramente competitivas. Na medida em que a ORGANIZAÇÃO X atua

em prol da sociedade, com recursos da sociedade, outros critérios precisam

Page 35: Captação plano generico 301008

34

ser levados em consideração na escolha dos fornecedores e parceiros, tais

com missão, valores, comprometimento social e ambiental.

Construir relações de transparência e confiança com toda a cadeia de

fornecedores é medida que pode auxiliar bastante a captação de recursos,

principalmente humanos e materiais.

Imprensa

Como é notório, a imprensa possui grande influência sobre a população.

Trata-se de importante veículo para a divulgação da marca da

ORGANIZAÇÃO X. Quando bem direcionadas e claras, as informações

recebidas e veiculadas pela imprensa podem reforçar a credibilidade da

entidade.

Ressaltamos que o contínuo fortalecimento da imagem da ORGANIZAÇÃO X,

por meio da imprensa, é estratégia eficaz de suporte para a captação de

recursos. Conforme já observado, a entidade deve buscar assessoria de

comunicação especializada.

Governo

Conforme já foi detalhado nesse documento, a Fundação Z possui títulos e

registros concedidos pelo poder público que atestam a credibilidade da

entidade, mas que também a obrigam a prestar contas para os órgãos

governamentais. Trata-se de um tipo de comunicação específica e que

obedece a critérios legais. Dessa forma, a principal comunicação da

ORGANIZAÇÃO X para com o poder público, atualmente, deve ser aquela

destinada a prestação de contas, via Fundação.

Page 36: Captação plano generico 301008

35

Por outro lado, vale recomendar que, com o tempo, a ORGANIZAÇÃO X

participe sistematicamente de fóruns em sua área de atuação e passe a

fomentar políticas públicas cada vez mais eficientes para a qualidade de vida

de seus beneficiários.

Fontes de recursos

A comunicação com as fontes de recursos é fundamental para as atividades

de captação. É importante destacar que esse tipo de comunicação não

deve estar pautado apenas na solicitação de recursos, mas também na

prestação de contas e fidelização desse público de especial interesse.

Ao longo desse plano de mobilização de recursos estão destacados diversos

aspectos sobre a comunicação com as fontes de recursos.

Adiante, estão relacionados alguns stakeholders específicos dessa categoria:

Empresas

patrocinadoras de eventos científicos e eventos em geral

doadoras de recursos para reformas

doadoras de recursos para programas ou projetos

doadoras via CMDCA/FUMCAD

interessadas em serviços Acessibilidade

interessadas em pessoas deficientes qualificadas

locadores de espaços (quadras, ginásio, estacionamento, cantina e

livraria)

Pessoas físicas

Banco de dados (house file) que a ORGANIZAÇÃO X já possui

Alunos pagantes

Pacientes pagantes

Ex-alunos (de fonoaudiologia, por exemplo)

Stakeholders relacionados à venda de produtos

Page 37: Captação plano generico 301008

36

consumidores e possíveis consumidores de produtos do bazar

garçons surdos

pessoas relacionadas ao serviço de Buffet

Fontes Internacionais

Fundações

Associações

Órgãos públicos

Prefeitura

Secretarias estatuais e municipais (saúde, educação e assistência

social

Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência

Outros

Cúria Metropolitana

Comunidade e sociedade

A comunicação com a comunidade e toda a sociedade deve objetivar o

reforço da marca da ORGANIZAÇÃO X, mas também ser pautada pela

transparência e servir como veículo de legitimidade.

Estratégias de captação de recursos no entorno da organização e também

aquelas direcionadas à criação e manutenção de um quadro de

mantenedores da entidade demandam comunicação planejada e específica

de apoio à captação de recursos. A assessoria de comunicação será

essencial no desenvolvimento das mensagens e escolha dos veículos a serem

utilizados.

AS ESTRATÉGIAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Estratégias para captação de recursos são “caminhos” ou soluções para

Page 38: Captação plano generico 301008

37

superar desafios, chegar às fontes de recursos, e mobilizar os investimentos

sociais necessários a uma iniciativa social.

Nesse contexto, ressalta-se novamente, que o planejamento e a previsão

orçamentária (valores exatos a captar) são essenciais. Quando a quantidade

de recursos necessários e a prioridade do investimento são relacionados com

acuidade, facilita-se a escolha das alternativas mais adequadas e exeqüíveis

para a mobilização de fundos.

É necessário levar-se em consideração um horizonte temporal definido,

considerar a experiência dos envolvidos na organização – tanto em

captação, quanto na gestão financeira -, além do grau de esforços

demandados.

A rigor, a escolha de estratégias adequadas à ORGANIZAÇÃO X não deve

recair sobre uma ou duas opções. Por outro lado, também não deve tender,

inicialmente, para um número grande de alternativas, todas realizadas ao

mesmo tempo, pois cada uma delas exigirá investimento próprio (algumas

vezes oneroso) de tempo e de outros recursos para ser implementada. Devem-

se estabelecer prioridades, além de um cronograma de implementação das

estratégias (plano de ação).

Dois são os aspectos mais importantes na escolha das estratégias:

• Buscar, entre as alternativas escolhidas, o equilíbrio entre o custo e o

benefício para implementá-las

• Estabelecer metas factíveis (o que significa dimensionar valores e fixar

períodos de tempo adequados)

É preciso deixar claro que existem DIREITOS DOS DOADORES, sejam pessoas

físicas ou jurídicas, reconhecidos por organizações de captação de recursos

Page 39: Captação plano generico 301008

38

de todo o mundo (no Brasil, a ABCR – Associação Brasileira dos Captadores de

Recursos), que devem ser respeitados por qualquer iniciativa social solicitante

de recursos. Dentre os principais, podemos destacar:

• Ser informado sobre a missão da organização e objetivos de seus

programas, sobre como ela pretende usar os recursos doados e sua

capacidade de usar as doações de forma eficaz para os objetivos

pretendidos

• Receber informações completas sobre os integrantes do Conselho Diretor e

da Diretoria da organização que requisita os recursos

• Ter acesso às demonstrações financeiras das campanhas e da instituição

• Ter assegurado que as doações serão utilizadas para os propósitos para os

quais foram feitas

• Receber reconhecimento apropriado

• Ter a garantia de que qualquer informação sobre sua doação será tratada

com respeito e confidencialidade, não podendo ser divulgada sem prévia

aprovação

• Poder retirar seu nome, se assim desejar, de qualquer lista de endereços

que a organização pretenda compartilhar com terceiros

Independentemente das estratégias adotadas, recomendamos a criação de

um banco de dados e relacionamentos específico para as atividades de

captação de recursos. O objetivo deste banco é auxiliar na identificação e no

contato com potenciais financiadores, assim como no acompanhamento das

interações realizadas. Além disso, o banco de dados irá subsidiar a avaliação

dos resultados alcançados ou das tendências observadas, a correção de

estratégias, etc.

Adiante estão detalhadas as estratégias para a obtenção de recursos para a

ORGANIZAÇÃO X, com o objetivo de subsidiar seu funcionamento e direcionar

a organização à conquista da sustentação financeira.

Page 40: Captação plano generico 301008

39

Mobilização de Recursos de Empresas e Pessoas Físicas com Grande

Capacidade Contributiva (Grandes Investidores Sociais)

Definimos como grandes doadores empresas e indivíduos com potencial de

investir valores elevados, seja na sustentabilidade da ORGANIZAÇÃO X, como

também nos esforços para a melhora da infra-estrutura da organização

(investimento acima de 15 mil reais que serão divididos em categorias com

abordagens e contrapartidas específicas).

A solicitação de recursos de grandes doadores deve estar baseada na

qualidade dos serviços que a organização destina a seus beneficiários diretos

e indiretos. Além disso, especialmente quando solicitamos recursos de

empresas, deve-se levar em conta o foco de investimento social, bem como

as contrapartidas proporcionadas a essas empresas (reciprocidades). Hoje em

dia, outra característica bastante exigida por doadores de quantias elevadas

é o oferecimento de incentivos fiscais por parte da organização.

Dessa forma, é bem comum que grandes doadores, pessoas físicas e jurídicas,

apóiem entidades em troca de alguns benefícios, sendo necessário, então,

que a entidade tenha um estudo prévio de quais benefícios irá oferecer aos

doadores. Isso inclui, muitas vezes, custos que não estavam previamente

orçados (espaços na mídia, placas, coquetéis de lançamento, serviços,

palestras, produtos institucionais, solicitações de incentivos fiscais, etc.).

Porém, independentemente de benefícios, um grande doador poderá apoiar

financeiramente a ORGANIZAÇÃO X se perceber que a entidade e seus

projetos têm credibilidade, transparência e identificar-se com a causa

proposta.

Deve-se ressaltar também que, mesmo quando os recursos são solicitados de

uma empresa, os membros da entidade estarão, na verdade, falando e

Page 41: Captação plano generico 301008

40

tratando com pessoas. Ou seja, são pessoas físicas que vão ou não se

identificar e se entusiasmar com a atuação da ORGANIZAÇÃO X.

Outro aspecto que se deve levar em consideração é quem solicita os recursos.

Pode ocorrer de não haver empatia entre quem solicita os recursos, por parte

da ORGANIZAÇÃO X, e o grande doador pessoa física ou profissional da

empresa. Por isso, recomendamos especial cuidado quanto à escolha de

quem participará das reuniões de solicitação de fundos.

Poderá ocorrer que doadores considerados “grandes doadores” doem um

valor menor que o previsto, principalmente quando abordados de maneira

pouco profissional. Ressaltamos que atitudes revestidas de profissionalismo,

bem como a produção de peças de captação sucintas, criativas e

adequadas podem ser – e normalmente são – indispensáveis para a

conquista de investidores sociais de valores grandes. Além disso, pessoas

consideradas diferenciadas pela organização no quesito possibilidade de

investimento merecem atenção diferenciada dos diretores da

ORGANIZAÇÃO X, bem como podem demandar peças de comunicação

específicas.

A prospecção de grandes doadores pessoas físicas e jurídicas

“De dentro para fora”. As chances de um grande doador, pessoa física ou

jurídica - normalmente bastante ocupado com seus afazeres do dia a dia -,

receber alguém da ORGANIZAÇÃO X aumentam muito, se quem indicou essa

pessoa for um membro da entidade, amigo ou familiar de colaboradores.

Dessa forma, a definição dos potenciais doadores para uma campanha com

grandes doadores deve ser feita “de dentro para fora”. Isso significa que, na

seleção desses doadores, a ORGANIZAÇÃO X deverá começar a pesquisa e a

Page 42: Captação plano generico 301008

41

definição dos potenciais doadores pelas pessoas que são próximas à

entidade. Depois, paulatinamente, partir para a busca de possíveis doadores

estranhos à entidade. A maioria dos grandes doadores aparecerá por meio

da indicação de admiradores da ORGANIZAÇÃO X e de sua causa.

Para que a seleção dos possíveis grandes investidores sociais seja feita da

forma tecnicamente adequada, recomendamos a utilização da ferramenta

VIC (vínculo, interesse e capacidade). Conforme o detalhamento abaixo,

quando todos os elementos VIC forem favoráveis, pode-se realmente

considerar um nome identificado como potencial doador.

O princípio VIC

Vínculo, interesse e Capacidade

Princípio utilizado para determinar prováveis doadores. Veja o significado de

cada item:

V = Vínculo

Qual é o vínculo existente com o doador? Quem seria a melhor pessoa na

organização para solicitar a doação?

I = Interesse

São focos do investimento social da empresa as áreas de saúde, educação

e assistência social? Existe alguém na empresa interessado na causa em

geral e na organização em particular? Qual é o histórico de doações da

empresa?

C = Capacidade

Qual é o valor da doação que se avalia que a empresa tem condição de

fazer?

Especificidades das empresas

Page 43: Captação plano generico 301008

42

Quando uma organização desenvolve ações de mobilização de recursos com

foco em empresas necessita encontrar “defensores” dentro dessas empresas

selecionadas. Caso a entidade tenha a capacidade de atrair esse “defensor”,

fazendo com que ele participe e fique, de alguma forma, ligado à

campanha, ela terá um aliado. Esse aliado, quando envolvido, auxiliará na

apresentação da instituição e suas necessidades, da melhor forma, dentro da

empresa. Por isso, embora isso já não seja novidade nenhuma, recomenda-se

a valorização dos contatos na estratégia de busca de grandes doadores.

I - Captação de recursos de organizações socialmente responsáveis

Cada vez mais existem empresas com política de responsabilidade social bem

definida, com o investimento social direcionado a causas específicas, como a

área de saúde, criança e adolescente, empregabilidade, etc. Normalmente,

esse tipo de organização não faz doação pura e simples, mas prefere

colaborar com o programa em parceria, definindo metas e avaliando

resultados. É o denominado investimento social privado.

Conforme define o GIFE (Grupo de Institutos e Fundações Empresariais),

investimento social privado é o repasse voluntário de recursos privados de

forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e

culturais de interesse público”. Ou seja, mais que simples doação, trata-se de

um trabalho conjunto com a entidade em prol do desenvolvimento social,

ambiental ou cultural.

Assim, ao solicitarem-se recursos de empresas com política de

responsabilidade social bem definida, devem-se levar em consideração os

seguintes fatores relacionados ao investimento social privado:

• Normalmente realizado por empresas, fundações e Institutos de origem

empresarial

Page 44: Captação plano generico 301008

43

• Tem natureza distinta do marketing, promoção de vendas, patrocínios,

políticas e benefícios de RH que objetivam apenas os interesses da

empresa e seus funcionários

• Os investidores sociais privados estão preocupados com a causa, mas

também com os resultados obtidos, as transformações geradas e a

cumplicidade da comunidade para com o desenvolvimento da ação

• Existe forte preocupação com o monitoramento dos projetos e a avaliação

de resultados

Essas empresas, com foco definido, estruturadas em suas atividades de

responsabilidade social, são alvos extremamente importantes para as

atividades de mobilização de recursos da ORGANIZAÇÃO X. Porém, muitas

vezes exigem formas específicas para a solicitação de recursos, tais como a

apresentação de projetos de acordo com suas diretrizes e a observação de

editais. Deve-se observar caso a caso.

A implementação da estratégia

Em seguida, estão relacionadas as etapas práticas e essenciais para

implementação da campanha de mobilização de recursos de empresas e

pessoas físicas com grande capacidade contributiva (grandes doadores):

1. Selecionar as empresas e pessoas físicas, possíveis doadores, através de uma

análise de conveniência, harmonia com a causa da ORGANIZAÇÃO X e os

relacionamentos pessoais dos colaboradores (utilizar ferramenta VIC);

2. No caso de reformas e melhora da infra-estrutura, definir principais grandes

doadores, os quais poderão contribuir com quantias mais relevantes

(prioritários); ressalta-se que esse passo é fundamental para o início dessa

estratégia;

3. Desenvolver um banco de dados e relacionamentos;

Page 45: Captação plano generico 301008

44

4. Priorizar toda a lista de doadores obtida com a aplicação da ferramenta

VIC, em ordem de doadores com os quais teremos maiores chances de

sucesso ao fazer uma solicitação;

5. Verificar detalhadamente as especificidades dos possíveis doadores (se

existem editais, maneiras diferenciadas para solicitação dos recursos, etc.);

6. Definir papéis nos contatos (quem telefona para agendar reunião, quem

participa da solicitação pessoal, etc.);

7. Criar uma escala de valores das doações a serem solicitadas (cotas), bem

como os benefícios e as contrapartidas aos doadores;

8. Desenvolver estratégias para divulgação conjunta da iniciativa de maneira

a prestigiar a ORGANIZAÇÃO X e os doadores;

9. Desenvolver o material de comunicação de suporte para captação – KIT de

captação;

10. Criar os termos de doação e contratos de patrocínio;

11. Efetuar o treinamento dos diretores envolvidos nos encontros pessoais, com

o objetivo de que todos tenham o discurso alinhado, facilitando a captação;

12. Marcar as datas das reuniões de solicitação e visitar os doadores;

13. Desenvolver as atividades de follow up e monitoramento da solicitação;

14. Promover a manutenção dos doadores: comunicação dirigida para

cultivo, valorização e fidelização dos financiadores e prestação de contas;

15. Agradecer, agradecer e agradecer.

Captação de Recursos Materiais e Serviços

Para a manutenção da sustentação financeira da ORGANIZAÇÃO X e a

realização das melhorias de infra-estrutura e comunicação são necessários

diversos materiais e serviços. Recomendamos que seja feito um levantamento

minucioso do material e dos serviços necessários, para que se proceda à

solicitação da doação dos mesmos antes da organização adquiri-los através

de compra.

Page 46: Captação plano generico 301008

45

Em seguida, estão relacionados alguns exemplos de recursos materiais e

serviços:

• Serviços de arquitetura e construção

• Materiais de construção

• Agências de comunicação, publicidade, propaganda, assessoria de

imprensa; serviços fotográficos e fornecedores de material gráfico;

• Materiais para o uso diário (manutenção, limpeza, etc.)

Vale ressaltar, que no desenvolvimento da estratégia de captação de recursos

materiais e de serviços cabem algumas observações e recomendações:

• A solicitação do bem material ou serviço deverá ser acompanhada de um

termo de doação, contendo:

A descrição do material ou serviço

O valor de mercado do material ou serviço

As condições ou contrapartidas para a doação

• Nos casos de doações materiais e de serviços é importante que a

ORGANIZAÇÃO X utilize a mesma política de retribuição ou agradecimento

aplicada às doações financeiras, levando em conta o valor de mercado

dos bens e serviços

Campanha de Membros Mantenedores – Amigos da ORGANIZAÇÃO X

Membros mantenedores são pessoas físicas e jurídicas que contribuem com

a ORGANIZAÇÃO X, regularmente, por se identificarem com a organização e

seus serviços (valor menor que R$ 15.000,00 por ano).

A justificativa para a existência de mantenedores está relacionada à

coerência de se esperar colaboração do público relacionado (família de

beneficiários, profissionais da área de saúde, educação, amigos e familiares

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46

de profissionais, pessoas do entorno, ex-alunos, voluntários, etc.), de alguma

forma, com a ORGANIZAÇÃO X.

Ao desenvolver-se essa prática, será composto um quadro planejado e

organizado de membros da ORGANIZAÇÃO X, contribuintes com valores ou

serviços, para os quais poderemos oferecer a oportunidade de apoiar a

causa, acompanhar o processo, receber relatórios de resultados, participar de

eventos específicos e outras contrapartidas.

Vantagens da atração de membros mantenedores

• Os recursos advindos dos mantenedores não são vinculados a atividades

específicas. Portanto, podem ser destinados com maior liberalidade pela

ORGANIZAÇÃO X. Ressalta-se a importância desse fator para a

sustentabilidade, na medida em que tais recursos podem ser utilizados para

financiar o custo operacional da organização

Os mantenedores irão ajudar a compor a base de sustentação financeira da

organização. Vale pensar que a solidez da entidade pode ser comparada

com a construção de uma casa: esta será muito mais estável quanto melhor

forem seus alicerces e sua estrutura.

• Mantenedores trarão ainda maior confiabilidade e legitimidade ao

trabalho desenvolvido pela ORGANIZAÇÃO X. Na medida em que a

organização conquista um número cada vez maior de mantenedores,

pode-se dizer que está encontrando maior ressonância na sociedade

• Mantenedores funcionam, também, como canais diretos e naturais de

difusão positiva e gratuita do trabalho desenvolvido pela organização

• Entre os mantenedores pode haver jornalistas, empresários, profissionais

liberais, funcionários de órgãos governamentais e empresas... ou seja, uma

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grande variedade de pessoas predispostas a colaborar de alguma

maneira

Desafios para atração e manutenção de membros mantenedores

• Criar uma estrutura jurídica capaz de absorver mantenedores (adaptar

estatuto)

• Divulgar a causa de forma que os indivíduos queiram se juntar a ela

(clareza)

• Criar mecanismos - ferramentas de comunicação e interatividade, banco

de dados, etc. - capazes de atender a demanda por informações

• Garantir a continuidade das doações – fidelizar os mantenedores é uma

tarefa que requer investimentos de tempo e recursos

Primeiros passos para criação de um quadro de mantenedores

Em seguida, relacionamos aspectos fundamentais para a implementação da

campanha planejada de membros mantenedores para a ORGANIZAÇÃO X.

Passos:

• Fazer um levantamento das pessoas que mantêm relação com

colaboradores da organização

• Criar um banco de relacionamentos com os dados dos mantenedores e

segmentá-lo (médicos, fonoaudiólogos, outros profissionais de saúde,

educadores, ONGs, escolas públicas, escolas particulares, pais de alunos,

jornalistas, outros públicos de interesse); atualizar, periodicamente, o banco

de dados e relacionamentos

• A partir daí, definir a forma e as circunstâncias através das quais será

disponibilizada a cada tipo de pessoa, principalmente de acordo com sua

capacidade contributiva, a maneira mais adequada de adesão ao

quadro de mantenedores da ORGANIZAÇÃO X

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48

• Estabelecer constante comunicação adequada e dirigida à captação de

recursos por meio de mantenedores (cartas, folders com ficha de adesão,

site com ficha de inscrição na internet, formulário para ser preenchido em

eventos, etc.)

• Na medida do possível, através da mídia em geral, divulgar a campanha

de mantenedores da ORGANIZAÇÃO X (rádio, jornal, mídia local em geral,

revistas etc)

• Desenvolver atividades de comunicação específica para retenção e

ativação (aumento dos valores) dos mantenedores

Benefícios aos mantenedores

É necessário que a ORGANIZAÇÃO X defina os benefícios que serão oferecidos

aos mantenedores, como por exemplo:

• Brindes institucionais relacionados à causa, como camisetas, marcadores

de livro, etc.

• Relatório de atividades

• Jornal ou boletim

• Newsletter

• Convite para eventos

• Outros

Os benefícios aos mantenedores podem ser padronizados ou diferenciados,

segundo faixas de valores de contribuições anuais.

Cobrança

A manutenção do quadro de mantenedores exige a criação de um sistema

de cobrança de contribuições. Recomendamos uma avaliação prévia para

equação dos seguintes fatores:

• A periodicidade da cobrança (mensal, semestral ou anual)

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49

• A forma (depósito ou boleto bancário, cartão de crédito e débito, cheque

nominal, recolhimento na residência, etc.)

• Os valores (abertos ou fechados)

• Sistema de acompanhamento dos pagamentos

Princípios para fidelização dos mantenedores e ampliação dos valores

doados

• Envolva os doadores no processo de manutenção desde a primeira

doação. Isso significa criar e enviar mensagens de agradecimento –

quanto mais personalizadas melhor

• Alterne o envio de mensagens para os doadores. Em geral, de cada três

vezes que se faz contato com o doador, apenas uma é para pedir doação

de valores ou serviços

• É preciso identificar e avaliar constantemente o que os mantenedores

podem almejar como reconhecimento e valorização

• Crie eventos de manutenção de mantenedores, de modo que aqueles

que sempre contribuem tenham a oportunidade de comunicar seu

entusiasmo para novos mantenedores em potencial

• Crie eventos específicos para mantenedores de segmentos diferentes

• A manutenção deve ser um processo de longo prazo, mesmo quando o

mantenedor der sinais de que não tem condições de doar. Pode ser que

ele esteja passando por um período de dificuldades financeiras.

• Não se deve concentrar apenas no valor da doação e sim, também

verificar as alternativas possíveis ao mantenedor. Algumas pessoas fazem

doações que para elas são viáveis, embora menores que o previsto pela

ORGANIZAÇÃO X

• Sempre que possível, deve-se estabelecer uma relação entre alguém da

ORGANIZAÇÃO X e um determinado número de mantenedores. As pessoas

doam para outras pessoas. É uma boa prática de captação de recursos

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50

humanizar a relação entre a atividade social e o doador, sobretudo com

aqueles que doam mais

• Criar ferramentas tipo cartas, mensagens, abordagens que facilitem a

fidelização ou a recuperação do mantenedor

Sugestão de campanha para iniciar um quadro de mantenedores

Objetivo: conseguir a adesão de mantenedores por meio do envio do material

impresso (com ficha de adesão) para pessoas indicadas por colaboradores da

ORGANIZAÇÃO X.

Ações:

• Solicitar aos membros da organização (principalmente diretores e

colaboradores próximos/selecionados) a indicação de possíveis doadores

• Criar uma segmentação específica no banco de relacionamentos para a

campanha, armazenando os dados obtidos

• Enviar carta nominal aos indicados expondo a causa da ORGANIZAÇÃO X,

o trabalho realizado, e o objetivo do quadro de mantenedores; indicar os

valores de contribuição possíveis, ou “outros”; se for o caso, anexar boleto

• Colocar tanto no envelope, quanto na carta, um destaque personalizado

indicando o nome do membro da ORGANIZAÇÃO X que o indicou

• Contatar o destinatário por telefone ou e-mail, alguns dias após o envio da

carta, esclarecendo dúvidas e estimulando sua participação e

contribuição

Geração de Renda Própria

Projetos de geração de renda são empreendimentos capazes de gerar

receita para a ORGANIZAÇÃO X, principalmente por meio da prestação de

serviços e a venda de produtos relacionados à causa. Sua principal e mais

benéfica característica, além da inovação, é o auxílio à sustentação

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51

financeira da ORGANIZAÇÃO X através da geração de recursos desvinculados

de projetos, os quais podem ser aplicados livremente no operacional da

entidade.

A ORGANIZAÇÃO X já reconhece a necessidade do desenvolvimento de

projetos para geração de renda própria, visto que já delineou e implementou

alguns serviços dessa natureza desenvolvidos pela escola, pela clínica e tem a

venda de produtos sendo organizada com auxílio de seu voluntariado.

Nesse contexto, além do notório benefício citado acima, adiante listamos

alguns desafios e riscos para a implementação de uma estratégia de renda

própria para a organização:

• Desafios:

Viabilidade

Planejamento

Capital inicial e de giro

Adequação legal

Cálculo de custos e preços

Previsão de resultados

Conhecimento da necessidade do mercado e do público

• Riscos:

Os projetos de geração de renda, podem tomar proporções que

extrapolem sua condição de atividade meio, desviando a missão da

ORGANIZAÇÃO X, acarretando problemas jurídicos e de legitimidade

social.

Adiante estão relacionadas as informações que obtivemos, até o momento,

sobre os projetos de geração de renda da ORGANIZAÇÃO X. Os projetos estão

divididos por áreas de atuação da entidade e foram descritos de maneira o

mais uniforme possível, diante das informações obtidas.

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52

Ressalte-se que a implementação dos projetos descritos (principalmente dos

serviços) é, atualmente, uma grande oportunidade, em virtude da exigência

governamental consolidada pela “Lei de Cotas”. Porém, a implementação

dos projetos de geração de renda adiante descritos exigirá a priorização dos

mesmos, levando-se em consideração a construção de um verdadeiro

“plano de negócios”, que possa tornar mais claros os custos, metas,

benefícios, esforços e riscos envolvidos. Ou seja, o desenvolvimento do

“plano de negócios” específico para os projetos de geração de renda deve

ser detalhado, criterioso e profissional.

Produtos

Recomenda-se que a ORGANIZAÇÃO X produza diferentes produtos

institucionais, os quais devem manter a identidade visual da organização, que

está sendo consolidada. Tais produtos têm como objetivo a divulgação da

organização e a fixação da marca. Além disso, produtos como pins,

camisetas, bonés, bijuterias, chaveiros, adesivos, etc., além da venda direta,

podem ser utilizados como benefícios aos membros mantenedores e parceiros

– o que, por si só, justificaria sua confecção. É fundamental que os produtos

sejam inovadores, de boa qualidade e esteticamente atrativos.

Em seguida, listamos algumas recomendações para a produção dos materiais

institucionais da ORGANIZAÇÃO X:

• Decisão sobre o tipo de produto a ser confeccionado: embora deveria

acontecer antes da produção propriamente dita, esta decisão poderá

ocorrer após um estudo preliminar sobre a oferta e demanda existente no

mercado, as vias de distribuição, os custos para confeccioná-los etc. É

importante lembrar que um mesmo produto – camisetas, por exemplo –

pode ter mercados distintos conforme a modelagem, a qualidade da

malha, o tipo de estampas, as cores e, até mesmo, a griffe do fabricante; e

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53

que, conseqüentemente, as decisões relacionadas com estes fatores irão

determinar o preço e as formas ou locais de venda do produto. Esta

observação é válida para quase todo tipo de produto.

• Estabelecimento de contato com empresas de confecção dos produtos

definidos para o possível estabelecimento de parcerias. Várias

modalidades de parceria podem ser exploradas; entre elas, o

financiamento conjunto da produção ou apenas a cessão pela

ORGANIZAÇÃO X dos originais que serão impressos ou produzidos. Em

qualquer um dos casos, se o produto for para venda, os percentuais de

ganho sobre o preço de venda do produto (no atacado ou varejo)

deverão ser previamente acordados entre as partes envolvidas;

• Desenvolvimento do plano de distribuição: também nesta etapa várias são

as alternativas a serem examinadas. Uma parte dos produtos pode ser

distribuída diretamente pela ORGANIZAÇÃO X como benefícios aos

membros mantenedores. Outra será vendida. Contudo, se for o caso,

pode-se adotar formas indiretas de distribuição, tais como espaços em

feiras de negócios, quiosques em shoppings, etc.

I - Produtos desenvolvidos pelo voluntariado da ORGANIZAÇÃO X

Conforme já observamos, produtos ofertados pela ORGANIZAÇÃO X podem

transformar-se em importante fonte de geração de renda institucional. Nesse

contexto, o voluntariado da organização já iniciou o desenvolvimento e a

produção de produtos para geração de renda. Adiante, estão relacionados

exemplos de iniciativas já realizadas, além de outras que poderiam vir a ser

implementadas no futuro. Ressaltamos a necessidade de plano de “negócios”

e ação específica para a venda de produtos.

1) Produtos já desenvolvidos

a) Artesanato (Espaço Solidário)

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A ORGANIZAÇÃO X desenvolve oficinas de artesanato promovidas por artesã

voluntária, com grupos de voluntários, objetivando a qualificação de afásicos,

alunos surdos e voluntários, além da mobilização de recursos para a

organização. A atividade é realizada uma vez por semana, com duração de 3

horas. Os produtos são vendidos no “Espaço Solidário”, localizado à entrada

da instituição, e em feiras e bazares diversos. Os vendedores também são

voluntários. Não há tabela de custos e preços.

O público que freqüenta o “Espaço Solidário” é a Comunidade

ORGANIZAÇÃO X, ou seja, funcionários, terceirizados, pacientes, voluntários,

alunos surdos, pais, alunos da fonoaudiologia, estagiários e visitantes da

ORGANIZAÇÃO X.

Pretende-se desenvolver uma série denominada “Arte ORGANIZAÇÃO X”

(cadernos, camisetas, canecas e outros a partir de desenhos das crianças e

jovens da escola), linha de produtos que tem como foco, além da geração de

renda, a sedimentação da marca da organização.

Pretende-se, também, estudar a viabilidade de se levar o “Espaço Solidário”

para as dependências da ORGANIZAÇÃO X voltadas para a Rua MM, bem

como para o campus AAA, potencializando as vendas e atingindo um público

externo à instituição.

b) Produtos Alimentícios

Produtos criados para toda a comunidade ORGANIZAÇÃO X, tendo sua

produção como atividade de apoio para a qualificação de alunos surdos e

geração de renda.

Page 56: Captação plano generico 301008

55

Na prática, são realizadas oficinas esporádicas, quando são produzidos

salgados e doces em geral. A venda é feita na ORGANIZAÇÃO X e sob

encomendas, sendo o valor cobrado variável. Ou seja, não há tabela de

custos e preços.

c) Coffee-break e coquetel

Produtos oferecidos para eventos científicos, culturais, esportivos e sociais. O

desenvolvimento do produto tem como funções:

Gerar renda

Qualificar os surdos como garçons e copeiros

Os cofee-breaks e coquetéis são preparados com a colaboração de

voluntários que se encarregam da coordenação da atividade, confecção dos

produtos finais, e do fornecimento da matéria prima. O serviço de garçons é

feito pelos surdos, alunos da escola. O custo e o valor cobrado ainda não

estão consolidados

d) Brechó

O brechó é realizado a partir de doações esporádicas de pessoas e empresas,

sendo disponibilizado para toda a comunidade ORGANIZAÇÃO X no “Espaço

Solidário”. Hoje, esta atividade é desenvolvida informalmente, de forma

assistemática e sem local próprio. Pretende-se implantar o brechó em local

anexo ao “Espaço Solidário” e torná-lo mais efetivo enquanto gerador de

recursos.

2) Produtos com potencial para serem desenvolvidos

a) Buffet

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56

A partir da produção de produtos alimentícios e da experiência do serviço de

garçons surdos, pretende-se estudar a criação de um serviço de buffet

estruturado e profissionalizado, capaz de atender as demandas de coqueteis

e coffee-breaks, especialmente as do Terceiro Setor e as de empresas e

pessoas socialmente responsáveis. A geração de renda e a qualificação de

garçons surdos são os objetivos da implantação do buffet.

b) Café ORGANIZAÇÃO X

Pretende-se estudar a viabilidade da implantação de um Café

ORGANIZAÇÃO X que possa atender a Comunidade ORGANIZAÇÃO X, a

comunidade surda e o público externo em geral. Para isso, o Café seria aberto

nas dependências da ORGANIZAÇÃO X voltadas para a Rua MM. Pensa-se na

possibilidade de criação de um local único que abrigue o Café e o “Espaço

Solidário” e onde, também, possam ser disponibilizadas informações sobre

acessibilidade, comunidade surda, interação surdo/ouvinte e outros temas de

interesse à causa da ORGANIZAÇÃO X.

A geração de renda, a qualificação de garçons surdos, a divulgação

institucional e a sensibilização do público para as questões relacionadas à

surdez e à comunidade surda são os objetivos da implantação do Café

ORGANIZAÇÃO X. Uma visita de pesquisa ao Café Aprendiz já está agendada.

II - Produtos institucionais da ORGANIZAÇÃO X

Hoje, a ORGANIZAÇÃO X desenvolve, como produto institucional, um

Cadastro de Recursos Comunitários da cidade. A instituição tem como

objetivo o desenvolvimento de outros produtos como os relacionados a seguir.

1) Produtos já desenvolvidos

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57

a) Cadastro de Recursos Comunitários da Cidade

O Cadastro de Recursos Comunitários da ORGANIZAÇÃO X disponibiliza

informações sobre 261 organizações de natureza governamental, filantrópica

e empresarial que prestam atendimento público nas áreas de saúde,

educação e lazer. As informações compreendem: nome da organização,

endereço, público-alvo do serviço oferecido, tipo de serviço, profissionais

envolvidos na prestação de serviços e observações gerais.

A ORGANIZAÇÃO X disponibiliza o cadastro para profissionais de organizações

que lidam com a prática do encaminhamento, tais como: consultórios

particulares, organizações não governamentais, recursos humanos de

empresas, prestadores de serviços na área da educação e saúde, pais e

responsáveis por crianças com necessidades especiais.

O objetivo desse produto é oferecer, ao público interessado, dados

sistematizados sobre serviços comunitários, a fim de facilitar o

encaminhamento de pessoas que deles necessitam.

O valor cobrado é de R$ 35,00, mas o custo ainda não está consolidado.

b) Aluguel de quadras esportivas (uma de tênis e duas poliesportivas)

O principal objetivo do aluguel das quadras é geração de renda para a

ORGANIZAÇÃO X / Universidade Y.

Um contrato de exclusividade entre a Fundação Z e a Academia BMQ permite

que a empresa alugue as quadras esportivas da ORGANIZAÇÃO X nos

períodos em que não são utilizadas pela Escola Especial de Educação Básica.

Despesas como iluminação, telefonia e outras são pagas pela academia.

Page 59: Captação plano generico 301008

58

O custo da locação é determinado pela academia (em média, R$200,00 /

hora), sendo que a Fundação Z recebe 30% do valor cobrado, além de 30%

em caso de patrocínio ou publicidade. O valor médio recebido pela

Fundação no período de agosto de 2007 a julho de 2008 é de R$ 3.030,82/mês.

2) Outros produtos com potencial para serem desenvolvidos

Desenvolvimento de uma série de produtos institucionais com a marca

ORGANIZAÇÃO X.

Aluguel de salas de atendimento, auditório e estacionamento.

Edição de livros científicos – “Série ORGANIZAÇÃO X”: coletânea de

trabalhos apresentados em eventos científicos promovidos pela

ORGANIZAÇÃO X / Universidade Y.

Serviços

A prestação de serviços para a geração de renda pode ser considerada uma

alternativa fundamental para que a ORGANIZAÇÃO X diminua a sua

dependência de doações e adquira, paulatinamente, um maior potencial de

auto-sustentação financeira.

Recomenda-se fortemente a consolidação dos serviços adiante

relacionados, sempre levando em consideração, como já observado, o

desenvolvimento de um “plano de negócios” específico e extremamente

profissional para a priorização e implementação das atividades.

I - Serviços da Escola Especial de Educação Básica da ORGANIZAÇÃO X

1) Programa de Acessibilidade

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59

Conforme as informações disponibilizadas pela ORGANIZAÇÃO X, as empresas

procuram a organização em busca dos serviços. Ou seja, atualmente não há

divulgação ou outra medida pró-ativa na busca de clientes. O primeiro

contato é feito com a secretaria da “Acessibilidade”, que encaminha o

assunto à coordenação. Então, são avaliadas as necessidades do possível

cliente e a direção da escola sugere um valor de venda do serviço, caso o

formato escolhido não esteja dentro de um padrão.

Havendo real interesse do cliente, uma proposta é enviada por e-mail e o

retorno aguardado, não havendo um contato posterior da ORGANIZAÇÃO X

solicitando uma resposta. Havendo interesse por parte de uma empresa, um

contrato é assinado.

Os principais concorrentes do Programa de Acessibilidade são: FENEIS -

Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, SENAC, SENAI,

SINPRO – Sindicato dos Professores, Instituto A, Instituto B, C e D, Pesquisas e

Inclusão de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais.

a) Oficina de LIBRAS

Público-alvo: Empresas e Diretorias de Ensino (professores e profissionais de

escolas que incluem alunos surdos, profissionais de empresas em geral que se

relacionam com o funcionários surdos e profissionais que realizam atendimento

a clientes surdos).

Objetivos: Proporcionar conhecimento de LIBRAS e de aspectos importantes

relacionados à surdez; abordar características particulares da comunicação

do surdo; reforçar as bases do relacionamento interpessoal entre profissionais

ouvintes e alunos surdos, entre profissionais surdos e ouvintes no ambiente de

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60

trabalho, entre profissionais ouvintes e clientes surdos e promover a inclusão do

surdo.

Descrição: As oficinas, oferecidas por um professor surdo assessorado por

profissional especializado, são fundamentadas nas situações do cotidiano,

com enfoque nas relações estabelecidas no ambiente escolar ou no

ambiente de trabalho. Com duração de 30 hs em 2 encontros semanais, o

trabalho dá-se por meio de palestras, depoimentos, dinâmicas, atividades

discursivas, narrativas e descritivas.

Custo:

• Novo cliente - com estudo do cliente e elaboração das oficinas com foco

no contexto específico da empresa - R$ 3.174,60

• Cliente antigo: trabalho já contextualizado = R$ 1.961,37

Valor cobrado pelo serviço:

• Novo cliente - R$ 5.500,00

• Cliente antigo - R$ 5.000,00

b) Workshop de LIBRAS

Público alvo: Empresas - Profissionais que realizam atendimento ao cliente

surdos e profissionais que se relacionam com o funcionário surdo.

Objetivos: Proporcionar conhecimento básico de LIBRAS; abordar

características relacionadas à surdez e ao sujeito surdo; proporcionar ao

participante a oportunidade de familiarizar-se com os aspectos culturais das

comunidades surdas; apresentar recursos que permitam aos participantes lidar

com as diversas situações específicas do contexto de trabalho; abordar

aspectos particulares da comunicação do surdo; reforçar as bases do

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61

relacionamento interpessoal entre profissionais ouvintes e surdos e entre

profissionais ouvintes e cliente surdo; e promover a inclusão social do surdo.

Descrição: Os Workshops, oferecidos por um professor surdo assessorado por

profissional especializado, são fundamentados nas situações do cotidiano da

empresa, com enfoque no atendimento direto ao cliente surdo e nas relações

estabelecidas no ambiente de trabalho. Com duração de 40 hs distribuídas

em uma semana, o trabalho dá-se por meio de palestras, depoimentos,

dinâmicas, atividades discursivas, narrativas e descritivas.

Custo:

• Novo cliente: R$ 4.232,80

• Cliente antigo: R$ 2.594,93

Valor cobrado pelo serviço: R$ 10.000,00

Duração: 16 hrs de aula prática e 4 hrs de aula teórica.

Custo:

• Novo cliente: R$ 2.116,40

• Cliente antigo: R$ 1.267,14

Valor cobrado pelo serviço: R$ 5.000,00

(b) Workshop Reduzido de LIBRAS – 16hs (serviço ainda em experiência)

Duração: 14 horas de aula prática e 2 hrs de aula teórica.

Custo:

Novo cliente: R$ 1.693,12

Cliente antigo: R$ 965,18

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62

Valor cobrado pelo serviço: R$ 4.000,00

c) Treinamento em LIBRAS – Nível Inicial (I) e Nível Intermediário (II)

Público alvo: surdos, familiares, educadores e interessados em aprender uma

nova língua.

Objetivos: Proporcionar conhecimento inicial e intermediário de LIBRAS;

abordar características relacionadas à surdez e ao sujeito surdo; proporcionar

ao participante a oportunidade de familiarizar-se com os aspectos culturais

das comunidades surdas; apresentar recursos que permitam aos participantes

lidarem com as diversas situações do cotidiano; abordar aspectos particulares

da comunicação do surdo; reforçar as bases do relacionamento interpessoal

entre ouvintes e surdos; e promover a inclusão social, educacional e

profissional do cidadão surdo.

Descrição: Os cursos, oferecidos por professores surdos assessorados por

especialista na área, abordam temas relacionados a diferentes perdas

auditivas, implicações sociais da surdez, questões culturais e lingüísticas da

LIBRAS. O trabalho dá-se por meio de palestras, depoimentos, dinâmicas,

atividades discursivas, narrativas e descritivas; filmes que promovem o

conhecimento e o contato com as comunidade surdas brasileiras e mundiais e

com cultura surda. Cada nível conta com 120 horas distribuídas em 2 módulos

de 60 horas por semestre, sendo 50 horas de Língua de Sinais e 10 horas de

estágio.

Custo por semestre

Nível I – R$ 3.863,62 (50 horas – 5 professores – 5 turmas – 25 alunos)

Nível II – R$ 4.288,25 (50 horas – 3 professores – 3 turmas – 25 alunos)

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Valor cobrado por semestre:

R$ 320,00 e R$ 240,00 (estudantes) + R$100,00 (matrícula)

Valor total por turma:

R$ 6.720,00 (12 alunos pagando R$ 80,00/mês e 12 alunos pagando R$

60,00/mês)

d) Interpretação

(a) Para eventos

Público-alvo: Empresas, universidades, eventos científicos e outros eventos.

Objetivo: Promover a intermediação entre surdo e ouvinte.

Custo: R$ 35,00 / hora / intérprete

Valor cobrado: R$ 80,00 por hora

(b) Janela de Interpretação em TV

Público-alvo: canais de TV abertos e fechados

Objetivo: Promover o acesso à TV ao espectador surdo.

Custo:

Canal Fechado: R$ 150,00 / hora / intérprete

Canal Aberto: R$ 350,00 / hora / intérprete

Canal a Cabo: R$ 500,00 / hora / intérprete

Valor cobrado pelo serviço:

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Canal Fechado: R$ 350,00 / hora

Canal Aberto: R$ 700,00 / hora

Canal a Cabo: R$ 1.000,00 / hora

e) Sensibilização

Público alvo: empresas - Profissionais que realizam atendimento ao cliente

surdo e profissionais que se relacionam com o funcionário surdo.

Objetivos: sensibilizar os funcionários da empresa para eventuais oficinas a

serem contratadas.

Descrição: palestra realizada pela coordenação da “Acessibilidade” e 1 a 2

professores surdos. Duração de 2 a 3 horas.

Custo: R$ 452,93

Valor cobrado pelo serviço: R$ 2.000,00

f) Assessorias (serviço em construção)

Exemplo: Desenvolvimento de Material Didático

2) POOE – Orientação, Qualificação e Colocação Profissional

Conforme as informações disponibilizadas, as empresas procuram a

ORGANIZAÇÃO X, não havendo um trabalho coordenado para divulgação

dos produtos e captação de clientes. O primeiro contato é feito com a

secretaria do “POOE”, que encaminha o assunto à equipe. Avaliam-se as

necessidades e uma proposta é enviada por e-mail. A partir daí, aguarda-se

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65

um novo contato da empresa. As empresas interessadas comunicam o

interesse e um contrato é assinado.

Público-alvo: empresas.

Equipe: 2 Analistas ocupacionais (20hs e 25hs), 2 professores orientadores

educacionais (15hs e 5 hs) e fonoaudióloga escolar (10 h/s)

Custo: Definido caso a caso, conforme a atuação nas empresas.

Valor cobrado por todos os produtos: R$ 100,00 / hora / profisisonal.

O valor é calculado de acordo com as necessidades da empresa e do

número de profissionais envolvidos nas tarefas. A exceção é o serviço

denominado “Processo de Colocação”, quando o valor cobrado é

correspondente a um salário do surdo contratado.

Os principais concorrentes do POOE são: instituição F em parceria com a

instituição G, cursinho H, I e Prefeitura, por meio de seus CATs (Centro de

Apoio ao Trabalho); K Consultoria; Programa de Apoio à Pessoa Portadora de

Deficiência no Mercado de Trabalho e demais consultorias em RH e

Colocação Profissional.

Ressalte-se, também, que existe potencial para o desenvolvimento de cursos

de informática para surdos, funcionários de empresas, a serem oferecidos por

professores surdos da ORGANIZAÇÃO X.

a) Assessoria para Empresas

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66

Objetivos: atender as demandas e especificidades das empresas nos

processos de seleção, integração e treinamentos voltados para o

desenvolvimento profissional do colaborador surdo.

Descrição: avaliação das condições da empresa para a inclusão de surdos e

formulação de propostas customizadas para a empresa.

b) Sensibilização

Objetivos: atuar com profissionais dos diversos escalões da empresa no intuito

de diminuir os preconceitos a respeito da contratação de profissionais surdos e

prestar esclarecimentos quanto às questões específicas da surdez e suas

implicações práticas, de forma a desmistificar preconceitos e eliminar tabus.

Descrição: levantamento de expectativas, necessidades e aspectos

relevantes para a preparação, a inclusão e a permanência do surdo na

empresa e realização de palestras direcionadas aos diversos profissionais da

empresa.

c) Recrutamento e Seleção

Objetivos: Identificar candidatos surdos cadastrados no POOE conforme o

perfil e os requisitos das vagas, visando atender às demandas de cada

empresa para a realização dos processos de orientação e qualificação ou

efetuar o encaminhamento de surdos para colocação nas vagas

disponibilizadas pela empresa.

Descrição: realização de avaliações técnicas e comportamentais, visando o

encaminhamento do surdo selecionado para os Processos de Orientação e

Qualificação, ou procedendo a seleção de candidatos já qualificados para

encaminhamento aos processos de seleção da empresa.

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67

d) Mapeamento e Análise Ocupacional

Objetivos: analisar postos de trabalho nas empresa visando identificar suas

características gerais e eleger os postos que ofereçam melhores condições

para atuação do surdo, de acordo com sua formação e competências, bem

como a ampliação do leque de possibilidades de atuação dos surdos dentro

da empresa.

Descrição: Análise dos postos de trabalho por meio de visitas aos setores,

observação das tarefas, entrevistas com responsáveis pelas áreas para

identificação dos perfis das ocupações.

e) Avaliação de desempenho

Objetivos: avaliar o desempenho do profissional surdo incluído no trabalho,

identificando sua competência na execução das tarefas, sua motivação, e

seu relacionamento interpessoal.

Descrição: levantamento de dados sobre o desempenho do funcionário surdo

nas atividades de trabalho por meio de avaliação, obtida por informações das

chefias, visando sua produtividade e suas condições para responder às

demandas e expectativas da empresa em relação as suas competências.

f) Processo de Orientação e Qualificação Profissional

Objetivos: preparar os candidatos surdos para colocação profissional a partir

da identificação e do desenvolvimento das suas habilidades comportamentais

e técnicas para o desempenho de atividades profissionais.

Descrição: realização de processos de treinamento, centrados no

desenvolvimento de competências para o trabalho, competências para as

Page 69: Captação plano generico 301008

68

relações inter pessoais e para o desenvolvimento de hábitos e atitudes

positivas para o ingresso e permanência no trabalho.

g) Processo de Colocação

Objetivos: realizar o processo de recrutamento e seleção, bem como

promover a inclusão no trabalho, com acompanhamento ou não nos

processos seletivos das empresas e integração do novo funcionário, bem

como acompanhamento do desempenho e adequação do surdo ao

cargo/ocupação posterior a sua contratação.

Descrição: Selecionar e encaminhar candidatos qualificados para as

empresas solicitantes, de acordo com os perfis exigidos.

h) Acompanhamento de Surdos

Objetivos: solucionar problemas de adequação de surdos já pertencentes ao

quadro funcional da empresa.

Descrição: avaliação da postura e da compreensão que o surdo tem da sua

função e das expectativas em relação ao seu desempenho, diagnóstico de

possíveis problemas que possam estar interferindo na atuação do surdo na

função desempenhada e indicação de ações a serem implantadas pela

empresa com objetivo de oferecer melhores condições de inclusão do surdo.

i) Treinamento e Desenvolvimento

Objetivos: planejar e executar processos de treinamento "in company" visando

o aprimoramento, reciclagem, atualização, desenvolvimento de

competências dos profissionais surdos da empresa.

Page 70: Captação plano generico 301008

69

Descrição: a partir de demanda da empresa para uma atuação com os

trabalhadores surdos já contratados ou que estejam sendo contratados, o

POOE oferecerá alternativas que privilegiem o conhecimento da empresa e as

expectativas em relação aos Surdos, bem como, ações voltadas para o

aumento da produtividade e da aderência às metas da empresa.

II - Serviços da Clínica

A divulgação e a venda dos serviços da Clínica são realizadas com apoio da

área de projetos e de comunicação da ORGANIZAÇÃO X (elaboração de e-

mail marketing e envio de divulgação a potenciais clientes).

1) Serviços já desenvolvidos

a) Aprimoramentos

Público-alvo: Graduados em fonoaudiologia, psicologia, pedagogia e

medicina.

Objetivos: A partir da prática clínica, contribuir para que o aluno possa se

aprofundar nas alterações de audição, voz e linguagem específicas de cada

curso.

Descrição: curso teórico com atendimento e supervisão. A partir do

atendimento, faz-se a reflexão teórica e a supervisão. Atualmente, são

oferecidos os aprimoramentos em fonoaudiologia, psicologia e medicina. O

tempo máximo de permanência no aprimoramento é de dois anos.

Custo: em construção.

Valor cobrado pelo serviço:

Page 71: Captação plano generico 301008

70

Psicólogos e fonoaudiólogos: 11 x R$ 250,00

Médicos – 11 X R$ 400,00

b) Formação Complementar Especializada

Público-alvo: ex-alunos de aprimoramento que desejam continuar sua

formação na ORGANIZAÇÃO X.

Objetivos: dar continuidade ao aprimoramento com ênfase no atendimento e

discussões clínicas.

Descrição: atendimento e supervisão. Não há parte teórica.

Custo: em construção.

Valor cobrado pelo serviço: R$308,00 por ano, divididos em 6 parcelas.

c) Supervisão Clínica a Psicólogos do Cadastro

Público-alvo: psicólogos que fizeram formação na ORGANIZAÇÃO X e

atendem com desconto pacientes encaminhados pela instituição.

Objetivos: dar supervisão clínica aos casos acompanhados pela

ORGANIZAÇÃO X.

Descrição: supervisão em grupo. Grupo de no mínimo 5 psicólogos.

Custo: em construção.

Page 72: Captação plano generico 301008

71

Valor cobrado: R$ 55,00 por mês, por pessoa.

d) Supervisão Clínica Individual

Público-alvo: qualquer profissional formado que deseje discutir questões

clínicas ou teóricas com um profissional da ORGANIZAÇÃO X.

Objetivos: dar subsídios que propiciem melhores condições de atendimento

para pacientes atendidos fora da ORGANIZAÇÃO X.

Custo: Variável.

Valor cobrado pelo serviço: R$ 105,00 por sessão de uma hora.

e) Cursos Personalizados

Público-alvo: profissionais das áreas de audição, voz e linguagem

Objetivos: capacitar profissionais a desenvolver atividades em determinada

área de interesse pessoal.

Descrição: curso de atualização em eletrofisiologia (nivel I e II) e curso de

seleção de AASI.

Custo: em construção.

Valor cobrado pelo serviço:

Atualização em eletrofisiologia: Nivel I (um mês, quatro períodos, uma vez

por semana) - R$ 308,00; Nível II (três meses, doze períodos, uma vez por

semana) - R$ 770,00

Page 73: Captação plano generico 301008

72

Seleção em AASI: 1 período - R$ 165,00; uma semana (10 períodos) = R$

820,00; assessoria ao SUS (um dia) - R$ 615,00

f) Estudos Teóricos

Público-alvo: profissionais das áreas de audição, voz e linguagem

Objetivos: capacitar profissionais a desenvolver atividades em determinada

área de interesse pessoal.

Descrição: Ciclo de Estudos “Dislexia, processo de aquisição ou sintoma na

escrita?”

Custo: R$ 8.277,68 (de agosto a novembro de 2008)

Valor cobrado pelo serviço: Estudantes - R$ 340,00 ou 4x R$ 85,00, Profissionais

R$ 540,00 ou 4x R$ 135,00

2) Serviços com potencial para serem desenvolvidos

a) Cursos de curta duração

Aconselhamento a pais de crianças surdas; promoção e prevenção na área

de voz; aconselhamento a familiares ou cuidadores de idosos com problemas

neurológicos e/ou demência; qualificação em audiologia clínica (crianças,

adultos, EOA, BERA, ocupacional); trabalho com o bebê (parte auditiva –

Está em andamento o estabelecimento de uma parceria entre a

ORGANIZAÇÃO X / Universidade Y, por meio do Centro C, e a organização P,

Page 74: Captação plano generico 301008

73

organização ligada à empresa S, que visa a capacitação de profissionais para

a realização da TANU (Triagem Auditiva Neonatal Universal). A estrutura do

treinamento e as condições da parceria estão neste momento em fase de

estudos.

O mesmo ocorre com um curso de treinamento solicitado ao Centro por um

órgão de Saúde de Brasília.

b) Assessoria a Prefeituras (capital e outros municípios)

Inclusão escolar e qualificação de profissionais para o trabalho com surdos e

crianças com Distúrbio Global do Desenvolvimento.

c) Curso de Formação de Acompanhante Terapêutico

Psicologia. Possivelmente fonoaudiologia e terapeuta ocupacional.

d) Pesquisa

Existe a possibilidades nas áreas médica, psicológica, fonoaudiológica, de

audiologia educacional e clínica. Outros serviços devem ter a ajuda do

Comitê de Pesquisa, visto não terem doutores para assinar diretamente.

e) Cursos para fonoaudiólogos

Ação para profissionais contratados pelo Estado e pelo município na área do

trabalho com a criança e o jovem surdo (abordagem aural-oral e abordagem

com língua de sinais). Existe também a possibilidade de trabalhos para

promoção de voz.

Page 75: Captação plano generico 301008

74

f) Oficinas mais variadas para afásicos - pacientes e externos à

ORGANIZAÇÃO X

Associação da marca ORGANIZAÇÃO X com produtos e serviços (marketing

relacionado à causa)

O marketing de relação com uma causa é uma atividade por meio da qual

empresas e organizações da sociedade civil formam uma parceria para

comercializar uma imagem, produto ou serviço, em benefício dos dois lados. É

uma ferramenta interessante para promoção de organizações sem fins

lucrativos e sua captação de recursos. Ao mesmo tempo, atinge objetivos de

marketing das empresas.

Aspectos importantes para implementação desse tipo de ação conjunta:

O contrato firmado entre as organizações deve prever que determinado

percentual da receita líquida das vendas dos produtos será destinado à

livre utilização pela ORGANIZAÇÃO X. Ou seja, o destino dos recursos é

determinado pela ORGANIZAÇÃO X, de acordo com sua missão, sem

influência da empresa

A propaganda do produto destaca a parceria, o que dá visibilidade para

a empresa e para a ORGANIZAÇÃO X, potencializando a atração de

novos mantenedores e parceiros para a organização, etc

Pode-se destacar, também, seis momentos-chave para o desenvolvimento e

implementação de uma boa ação de marketing relacionado a uma causa:

Planejamento e preparação: inclui a busca de um parceiro, a definição do

escopo da parceria e a conquista do envolvimento e compromisso desse

parceiro

Page 76: Captação plano generico 301008

75

Negociação da parceria: inclui o alinhamento de objetivos, o exame das

vantagens financeiras, a definição da natureza da atividade a ser

desenvolvida em parceria e avaliação dos riscos existentes na operação

Formalização do acordo: corresponde à fase de comprometimento formal,

com o estabelecimento de direitos e deveres de ambas as partes e

assinatura de contrato

Administração da iniciativa: corresponde à administração da

implementação da parceria

Divulgação da parceria: inclui atividades de comunicação através,

normalmente, da mídia paga (televisão, rádio, jornais, revistas, etc). Os

custos desta divulgação são normalmente pagos pelas empresas que

estão comercializando o produto ou serviço

Monitoramento: mensuração e avaliação da parceria e revisão de seus

termos, se necessário

Recomendamos que a ORGANIZAÇÃO X estabeleça critérios bem definidos

para identificação de empresas para esse tipo de ação. Vale analisar a

missão da empresa, seus valores e verificar se existe sinergia entre as duas

organizações. Ilustrativamente, alguns critérios podem ser observados:

Empresas especializadas no público com deficiência de comunicação, voz

e linguagem (priorizar)

Empresas com sede ou filial na região da ORGANIZAÇÃO X (entorno)

Empresas concorrentes de outras que já tenham feito alianças desse tipo

com outras entidades da sociedade civil;

Empresas que estejam iniciando vendas ou em fase de ampliação de

mercados na região;

Produtos recomendados ao público surdo e com alterações de audição,

voz e linguagem

Empresas que tem em sua política de responsabilidade social voltada às

áreas de saúde e educação

Page 77: Captação plano generico 301008

76

Critérios éticos relacionados com a natureza da atividade da empresa (o

histórico da atitude da empresa com relação à comunidade, funcionários,

meio ambiente, governo e demais stakeholders, etc.)

Um grupo interessante para a ORGANIZAÇÃO X iniciar a pesquisa e seleção de

parceiros em ações de marketing relacionado à causa são os fabricantes e

distribuidores de aparelhos auditivos, além de outros de interesse do público

alvo da ORGANIZAÇÃO X. Exemplos:

Grupo Phonak / CAS

Danavox – Grupo GN

Bernafon / Oto-Sonic

Beltone / Audibel

Telex / Oticon A/S

Unitron / Microsom

Widex

Siemens

Licenciamento da Marca ORGANIZAÇÃO X

O licenciamento da marca ORGANIZAÇÃO X, inclusive com a criação de

personagens, é outra fonte de recursos que pode ser explorada. Para

ilustrarmos esse tipo de atividade, adiante transcrevemos um caso concreto

referente ao assunto:

Uma forma de captação interessante desenvolvida pela Casa Hope e que

tem apresentado bons resultados, é o do Licenciamento, que é o

desenvolvimento de produtos com a "marca" da instituição. A Hope mantém

esse tipo de parceira com pelo menos 15 empresas. Um exemplo é a rede de

supermercados Carrefour que vende, entre seus itens, uma linha têxtil (como

meias e camisetas) com a estampa do Hopinho, o personagem da

organização. A fabricante de lancheiras e garrafas térmicas infantis, M.

Agostini Aladdin, a fabricante de triciclos Magic Toys, a loja de brinquedos

Page 78: Captação plano generico 301008

77

RiHappy, entre outras também usam em alguns produtos a estampa do

personagem. "As pessoas se sentem parte do projeto quando adquirem

produtos com a marca de uma entidade, além der ser também uma forma de

divulgar o trabalho social da instituição; além de ser ótimo para a imagem da

empresa", destaca o departamento de marketing da Casa Hope. Ele lembra

que só no primeiro ano de parceria com a indústria de cadernos

Sulamericana, 70% dos pedidos incluíam pelo menos um produtos com a

marca Hopinho: "Assim, não só a empresa, como também as lojas puderam

fazer parte desse processo e permitiram aos consumidores também

colaborarem com a instituição".

Recomendamos que a implementação desse tipo de estratégia seja iniciada

após a definição e consolidação da marca, da identidade visual e do

posicionamento da ORGANIZAÇÃO X.

Captação de recursos de fundações e organismos internacionais

Normalmente, a captação de recursos de fundações nacionais e

internacionais, agências internacionais de financiamento e instituições que

representam um grupo de países (Banco Mundial, agências das Nações

Unidas, União Européia, por exemplo) tem como principal característica a

seriedade dos programas e a exigência de conhecimento técnico para

apresentação das propostas de solicitação de fundos.

Porém, embora seja bastante trabalhoso o procedimento para obter sucesso

com esse tipo de fonte de recursos, ele permite a captação de quantias

consideráveis e, seguramente, no futuro irá agregar ainda mais valor

institucional à ORGANIZAÇÃO X.

Na prática, selecionadores de programas e projetos dessas fontes são

profissionais que compreendem muito bem o sentido do terceiro setor. Além

disso, os processos de solicitação são padronizados.

Page 79: Captação plano generico 301008

78

Regra geral, o contato com fundações e organismos internacionais é feito em

períodos pré-determinados e por escrito. O contato pessoal é pouco utilizado.

Essas organizações possuem modelos de formulários de solicitação de recursos

que pedem a apresentação de justificativas, objetivos, avaliação de

resultados, etc.

Outro detalhe é que fundações e organismos internacionais, normalmente,

não estão preocupadas com a divulgação de sua marca como investidores

sociais. Os programas e projetos apoiados costumam ser de médio e longo

prazos, e os recursos visam a contribuir para a busca da auto-sustentação

financeira.

A seguir, destacamos algumas recomendações e observações práticas

essenciais para o contato e solicitação dos recursos de fundações e

organismos internacionais.

Antes de entrar em contato...

Tente se informar o máximo possível sobre a fundação ou organização

internacional, dedicando tempo à pesquisa

Localize publicações da organização com orientações para envio de

projetos. Visite a página na Internet

Confira as áreas programáticas da fundação ou organização internacional

Verifique se a causa da ORGANIZAÇÃO X está incluída nas prioridades e se

atende aos critérios da entidade financiadora

Veja a relação (se disponível) de projetos que eles já apoiaram e compare

com o tipo de atividade da ORGANIZAÇÃO X desenvolverá

Cheque os procedimentos apontados pela fundação ou organização

internacional sobre como fazer contato. Algumas pedem uma carta inicial,

curta e objetiva. Outras só estabelecem contato a partir do recebimento

Page 80: Captação plano generico 301008

79

de projetos apresentados segundo roteiros, formulários e listas de

documentos necessários, fornecidos pela entidade

Verifique se existe alguma exigência quanto ao projeto ter sido concebido

e estruturado segundo algum método de planejamento específico

Quais as características de uma proposta para solicitação de recursos bem

sucedida?

Possibilita aos doadores ver como seu investimento resultará num impacto

de longo prazo, indicando os planos para a sustentação no futuro

Demonstra que o solicitante refletiu claramente sobre o seu papel e suas

políticas no contexto em que opera

Aponta com clareza o problema e os objetivos para enfrentá-lo

Comprova que a ORGANIZAÇÃO X tem capacidade para fazer um

trabalho sólido, contando com líderes capazes, comprometidos,

perseverantes e efetivos

Apresenta maneiras inovadoras e consistentes para resolver problemas;

Está em sintonia com as prioridades da instituição doadora

Quais são algumas das razões pelas quais uma proposta pode ser rejeitada?

Não estar em sintonia com os objetivos e prioridades da fundação ou

organização internacional

Ser genérica a ponto de poder ser atribuída a qualquer outra instituição

Não demonstrar a capacidade da ORGANIZAÇÃO X e de seu pessoal de

levar adiante os projetos e atividades

Recomenda-se trabalho específico para a utilização de organizações

internacionais especializadas em transferência de recursos incentivados para

programas e projetos brasileiros (CAFAmerica e Brazil Foundation).

Page 81: Captação plano generico 301008

80

Recomenda-se, também, a atenção aos editais provenientes de entidades

de fomento à pesquisa (FAPESP, CNPq, entre outras)

Captação de recursos por meio de eventos

A ORGANIZAÇÃO X desenvolve eventos organizados, inclusive com o auxílio

de seu Comitê de Cultura e Relações Institucionais e voluntariado. Os objetivos

dos eventos são captar recursos e obter maior reconhecimento e contato com

a sociedade (jantares, exposição, OLIORGANIZAÇÃO X, bingo da Associação,

etc.). Como já é de conhecimento dos membros da entidade, a realização de

eventos também pode ser atividade estressante. Ou seja, os eventos podem,

muitas vezes, exigir um esforço que o resultado final não compensa.

Em tese, os eventos podem mesmo ter várias funções: divulgar a causa, captar

recursos, divulgar a missão e as atividades da ORGANIZAÇÃO X, bem como

dar reconhecimento a doadores, médicos de renome, diretores e voluntários

(homenagens). Também é possível aproveitar a oportunidade de um evento

para abastecer o banco de dados com as informações dos presentes e

enviar, em seguida, uma carta de agradecimento e um convite para compor

o quadro de mantenedores.

Eventos específicos para captação de recursos exigem planejamento de

longo prazo, principalmente quando são definidas metas e resultados

arrojados. Na maioria das vezes, também, exigem a busca de patrocínio, a

venda de convites, etc.

Para mobilização de recursos por meio de eventos recomenda-se:

• Definir minuciosamente se o evento tem como objetivo a captação de

recursos ou seu objetivo é puramente institucional

Page 82: Captação plano generico 301008

81

• Planejar o evento com a antecedência necessária, levando em

consideração o valor a ser arrecadado, o tamanho do evento, o quadro

de pessoas envolvidas na organização e o esforço necessário em relação

ao resultado esperado

• Realizar, pelo menos, um grande evento de captação de recursos por ano

(em regra, um grande evento por ano)

• Utilizar planejamento e comunicação de apoio adequada aos eventos a

serem realizados

Vantagens da captação por meio de eventos

• Obtenção de recursos desvinculados de projetos específicos, com a

possibilidade de serem utilizados para o financiamento do custo

operacional da ORGANIZAÇÃO X

• Divulgação e visibilidade da ORGANIZAÇÃO X

• Maior aproximação com a comunidade

• O evento é atividade marcante, fonte de banco de relacionamentos com

potenciais financiadores

• Oportunidade para fortalecer o vínculo com doadores (divulgá-los,

homenageá-los, agradecê-los)

Desafios

• Planejamento adequado

• Clareza da equipe e dos esforços destinados a eventos institucionais e para

mobilização de recursos

• Obtenção de recursos materiais, humanos e financeiros para a realização

dos eventos

• Consciência institucional da necessidade de tempo para a organização

• Coordenação de um número, muitas vezes, extenso de pessoas e

organizações envolvidas

Page 83: Captação plano generico 301008

82

• Previsão de receitas e despesas

• Riscos e possibilidade de prejuízos

Vale ressaltar a necessidade de se planejar construir um calendário

integrado de eventos para a ORGANIZAÇÃO X, integrando as ações

desenvolvidas pelas diferentes áreas da organização e deixando claros os

objetivos e as metas que se deseja alcançar com a realização de cada

evento.

Mobilização de Recursos Humanos Voluntários

Voluntários são o coração de uma organização sem fins lucrativos.

A ORGANIZAÇÃO X recebe voluntários e fomenta a atuação voluntária,

inclusive na atividade de mobilização de recursos. Porém, a entidade não

dispõe de um planejamento para a atuação do voluntariado que determine

claramente as funções, competências e resultados esperados desses

colaboradores indispensáveis.

Quanto aos resultados, são notórios os êxitos alcançados pela atuação

voluntária de apoio à ORGANIZAÇÃO X. E para que esses resultados sejam

potencializados, recomenda-se a construção participativa – com os

voluntários já atuantes – de um plano de voluntariado que facilite, ainda mais,

o trabalho já realizado e proporcione uma atuação mais coordenada,

colaborativa e reconhecida em diferentes áreas da organização.

Embora o objetivo desse trabalho não seja compor um plano de voluntariado,

pode-se sugerir que, ao iniciar a construção do plano, a ORGANIZAÇÃO X

observe e relacione as necessidades prioritárias da organização e dos

voluntários quanto ao plano. Assim, a partir desse diagnóstico, a entidade terá

Page 84: Captação plano generico 301008

83

clareza e capacidade para iniciar um planejamento de atuação voluntária

que seja gratificante para todos os envolvidos.

Recomenda-se a assessoria de organização especializada na construção de

um plano de voluntariado. O plano deve ter regras claras e documentadas e

prever a participação de colaboradores capacitados para a coordenação.

Recomenda-se, também, a utilização de instrumento jurídico próprio para

regular a relação do trabalho voluntário (termo de voluntariado), o que

preserva os direitos e deveres tanto do voluntário, quanto da ORGANIZAÇÃO

X.

Captação de Recursos Governamentais

Indiretamente, as organizações sem fins lucrativos recebem financiamento do

Estado, por meio de imunidades e isenções de tributos, como é o caso da

Fundação Z, conseqüentemente Universidade Y e ORGANIZAÇÃO X.

Já o financiamento direto de projetos das entidades do terceiro setor pelo

governo tem como foco principal a escolha dos projetos para o atendimento

de prioridades da política governamental em determinada área - o que

funciona como uma espécie de terceirização. Em outros casos, o objetivo do

governo é a criação de fundos ou de programas voltados especificamente

para o financiamento de projetos.

A ORGANIZAÇÃO X já mantém convênios com o Sistema Único de Saúde (SUS)

e tem potencial, devido à área de atuação, para receber recursos de fundos

governamentais específicos. Porém, diante do esforço necessário para a

obtenção desses recursos, inclusive demandando recursos humanos

especializados, além da necessária adequação jurídica e contábil, é

recomendável que a estratégia em questão comece a ser implementada no

Page 85: Captação plano generico 301008

84

futuro. Ressalte-se que tal recomendação pode ser revista, de acordo com

oportunidades que possam surgir e serem aproveitadas, de fato.

Porém, independentemente do momento de implementação dessa

estratégia, para potencialização desse tipo de atividade de arrecadação de

fundos, a seguir enumeramos algumas particularidades da captação de

recursos governamentais a serem observadas pela ORGANIZAÇÃO X:

Vantagens

• Possibilidade de se obter somas relevantes e por longo período

• Legitimação da organização no que diz respeito ao poder público

Desafios

• Descontinuidade dos programas governamentais que determinam a

transferência de recursos dos fundos

• Encontrar profissionais especializados e influentes na esfera governamental;

• Vencer a burocracia tanto para apresentação do projeto, quanto para

prestação de contas

• Atual imagem da transferência de recursos governamentais para

entidades do terceiro setor, o que pode abalar o posicionamento legítimo

da ORGANIZAÇÃO X perante a sociedade

• Manter a ética e o respeito à integridade da ORGANIZAÇÃO X

Esforços necessários

• Planejamento e regularidade jurídica

• Administração organizada

Page 86: Captação plano generico 301008

85

• Observação dos diferentes e diversos mecanismos de prestação de contas

governamentais

POLÍTICA DE PARCERIAS

Conforme já observado na estratégia sobre geração de renda própria, a

ORGANIZAÇÃO X atua em área de interesse político e empresarial em virtude

da chamada “Lei de Cotas”. Dessa forma, uma oportunidade levantada ao

longo da construção desse plano de captação de recursos é a possibilidade

de parcerias para o desenvolvimento e oferecimento de serviços para

empresas que desejam adequação legal.

Embora o tema em questão ainda seja apenas uma idéia a ser desenvolvida,

vale ressaltar que para o bom andamento de uma parceria institucional é

necessária uma política bem definida e clara, com responsabilidades e

contrapartidas consolidadas juridicamente em termo de cooperação.

No contexto atual, o termo “parceiro” é utilizado, principalmente pelas

associações e fundações, de forma ampla, o que pode resultar em significado

vago e impreciso. Então, verifica-se a necessidade do estabelecimento de

princípios e regulações de possíveis parcerias construídas pela ORGANIZAÇÃO

X, se esse for o caso. Ou seja, devem ser criados critérios claros para o

estabelecimento de uma, ou diversas relações de cooperação.

Para que a ORGANIZAÇÃO X possa adotar parâmetros mais concretos na

formação de parcerias, abaixo estão detalhados alguns pontos que podem

ser considerados fundamentais para a evolução de uma parceria.

Planejamento, Preparação e Estabelecimento da Parceria

Investir tempo e esforço no início da parceria é ponto crítico. É preciso definir

claramente o que a ORGANIZAÇÃO X deseja atingir e os motivos que

Page 87: Captação plano generico 301008

86

legitimem essas premissas. Uma apresentação clara da organização, com

informações mais relevantes é necessária: histórico e a natureza da

organização e do projeto; a visão, os valores e os objetivos da organização; as

justificativas para sua atuação; os objetivos específicos; os detalhes do

público; o orçamento relativo ao tema da parceria e o cronograma de

implementação da ação; o que se espera como resposta e quando; o nome

de contato para informações que se impuserem como fundamentais.

Negociação da Parceria

Quando definidos os parceiros, o próximo passo é negociar e aprovar os

detalhes da parceria. As partes devem trabalhar com espírito cooperativo e

transparência, levando-se em consideração a necessidade de satisfação de

todos com os benefícios que serão proporcionados. Além disso, não deve

existir nenhum sentimento de exploração. Os objetivos devem ser claros,

mensuráveis, atingíveis, realistas.

O Acordo Formal

Alguns instrumentos legais precisam ser elaborados para que a cooperação

fique claramente documentada. Segurança jurídica é fundamental.

Page 88: Captação plano generico 301008

87

Gerenciamento da Parceria

É importante que fiquem claros os papéis e responsabilidades das partes.

Definir um plano de trabalho e comunicar-se regulamente durante todo o

processo ajudará a assegurar que o processo funcione com eficiência.

Monitoramento e Avaliação dos Resultados da Parceria

Estabelecer indicadores de desempenho é a forma mais concreta para a

construção de um sistema de avaliação de resultados e impacto. Avaliar a

parceria é importante, também, para que a ORGANIZAÇÃO X possa refinar os

detalhes da cooperação e saber se deve ou não continuar.

COMUNICAÇÃO DE SUPORTE À MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS

A ORGANIZAÇÃO X necessita de assessoria de comunicação para a definição

da identidade visual e das ferramentas adequadas para a realização de uma

comunicação eficiente (institucional e para mobilização de recursos).

Em harmonia com o foco desse trabalho, vale ressaltar, que para o sucesso na

mobilização de recursos, a comunicação de apoio é fundamental.

Adiante estão descritas breves considerações e sugestões a respeito do tema,

as quais não excluem a necessidade da colaboração do setor de

comunicação da Universidade Y, bem como de agências de comunicação

voluntárias ou contratadas, se for o caso.

Dicas gerais:

• Criar e manter uma identidade visual

Page 89: Captação plano generico 301008

88

• Utilizar uma combinação de ferramentas de comunicação que se

complementam, integram e facilitam a comunicação com as fontes de

recursos

• Produzir mensagens claras, curtas e bem específicas

• Comunicar-se sistematicamente com os diferentes públicos, para informar

e fidelizar

• Planejar a comunicação para mobilização de recursos e fidelização das

fontes, com comandos claros

Vale ressaltar, que na busca por ampliar e diversificar as fontes de recursos, os

meios de comunicação são fundamentais para:

• Dar transparência às atividades da ORGANIZAÇÃO X junto a todos os

públicos interessados, através da prestação de contas do trabalho

• Manter o contato sistemático com o público, principalmente fontes de

recursos

• Dar visibilidade à ORGANIZAÇÃO X, suas atividades e serviços

• Beneficiar os parceiros e financiadores, com divulgação e visibilidade

Peças de captação

Peças de captação são materiais de comunicação criados de acordo com as

estratégias adotadas para captação de recursos. Elaboradas em mídias

complementares (impressas e eletrônicas), as peças de captação devem

explicar, de forma sucinta, os objetivos e necessidades da ORGANIZAÇÃO X,

suas justificativas, os resultados almejados, as pessoas envolvidas, dentre outras

possibilidades. Em resumo, o material deve demonstrar as razões que levam os

a ORGANIZAÇÃO X a buscar apoios financeiros, materiais ou humanos.

Características das peças de mobilização de recursos:

• Impactantes e, se possível, capazes de causar envolvimento emocional

• Textos sucintos e formato prático

Page 90: Captação plano generico 301008

89

• Peças elaboradas de acordo com cada estratégia adotada

• As informações contidas devem

Ser facilmente compreendidas

Criar identificação entre o possível doador e a ORGANIZAÇÃO X

• Combinação de diferentes mídias (impressa, cd, e-mail, vídeo, etc.)

• Devem conter:

Dados convincentes

Um plano de benefícios ao doador, ou seja, “o que a ORGANIZAÇÃO X

pode oferecer ao investidor social”

Missão institucional, metas e objetivos

Resultados alcançados

Faixas de valores para contribuição bem definidas

ORGANIZAÇÃO X na Internet

Ao longo do trabalho de planejamento de mobilização de recursos para a

ORGANIZAÇÃO X, foi verificada a necessidade do aprimoramento do site da

organização, tanto para a comunicação institucional, quanto para a

mobilização de recursos.

Ao longo da prestação dos serviços, uma reunião foi realizada com a

assessoria de comunicação da Universidade Y, quando foi vislumbrada a

possibilidade do apoio dessa instituição para a reforma e manutenção do site

da ORGANIZAÇÃO X.

Independentemente dos apoios conquistados, recomenda-se que sejam

implementadas no site da organização ferramentas para comunicação de

suporte à mobilização de fundos via internet, tais como:

• Local específico para tornar-se mantenedor, com esclarecimento dos

benefícios para a entidade e ao doador

• Calendário de eventos específicos para mobilização de recursos

Page 91: Captação plano generico 301008

90

• Espaço para logotipos de fontes de recursos

• Forma de contribuição via internet

• Espaço exclusivamente destinado à venda de produtos e serviços

• Comunicação dirigida à captação, facilitando a doação em casos

específicos

Embora o trabalho para a manutenção do site possa ser consideravelmente

aumentado, vale também implementar na página da ORGANIZAÇÃO X outras

ferramentas para estimular a interatividade, tais como fóruns, grupos de

discussão, etc. Esses elementos são ótimos para a atração do público e

fidelização, atividades que facilitam a mobilização de recursos.

Boletim informativo e newsletter virtual

São meios de comunicação “rápida”, para veiculação de notícias curtas e

manutenção de relacionamento com os diversos públicos de interesse. Além

disso, configuram-se como excelentes veículos para promoção de

campanhas de mobilização de recursos, prestação de contas e fidelização

dos doadores de recursos. O diferencial são o formato simples, de fácil leitura e

a interatividade proporcionada, principalmente quando virtual (newsletter).

Características:

• Caráter informal, com formato simples

• Com nome que identifique a organização e o programa

• De leitura rápida, com notas breves e informativas

• Fortalece o vínculo com os mantenedores e demais investidores sociais

• Estimula o intercâmbio de experiências

• “Gancho” para remeter o leitor ao site da ORGANIZAÇÃO X e suas

ferramentas interativas

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Assessoria de imprensa

Uma assessoria de imprensa bem feita e planejada seguramente irá manter o

trabalho da ORGANIZAÇÃO X em evidência, facilitando a busca de recursos.

Além de uma assessoria e/ou agência contratada em ocasiões relevantes, a

ORGANIZAÇÃO X poderia manter uma newsletter específica para profissionais

da área de comunicação, com conteúdo específico e o objetivo de tornar a

organização e suas realizações conhecidas.

Vale lembrar que contato sistemático com a mídia adequada facilita a

presença da ORGANIZAÇÃO X nos veículos de comunicação, estimulando a

geração de mídia espontânea, sem custo e com maior impacto.

Apresentação audiovisual

Recomenda-se a confecção de apresentação audiovisual específica para as

campanhas de captação de recursos. Mas deve ser ressaltada a necessidade

de cada apresentação adotar a linguagem específica para a fonte de

recurso acionada, de acordo com as estratégias definidas nesse trabalho.

Normalmente as apresentações audiovisuais são feitas em PowerPoint,

ferramenta de grande valia, principalmente para dar suporte às reuniões de

solicitações. Dessa maneira, a apresentação dá a idéia de profissionalismo.

Podem ser utilizados diversos recursos de ilustração, animação e áudio,

inclusive vídeos institucionais (recomendável).

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ASPECTOS FINANCEIROS

Análise e recomendações

Analisados os dados financeiros da ORGANIZAÇÃO X dos dois últimos anos,

avalia-se o seguinte:

Existe uma necessidade de caixa de 5 milhões para equilibrar receitas e

despesas, valor que hoje é financiado pela Fundação Z;

Foi acordado com a Fundação Z, que 50% dos valores captados pela

ORGANIZAÇÃO X serão utilizados para investimentos; os outros 50%

deverão ajudar a equilibrar as receitas e despesas;

O equilíbrio do caixa também poderá ser obtido com a mobilização de

mais recursos, bem como pela redução de despesas;

O investimento em gestão, comunicação e captação de recursos está

previsto em 200 mil reais, em dois anos;

Quanto menor a equipe de desenvolvimento institucional – hoje com uma

pessoa-, maior o tempo necessário para a implementação das ações

previstas no plano; caso exista a possibilidade, ao longo do tempo, da

contratação ou alocação de novas pessoas para essa equipe, os

resultados das ações poderão ser potencializados.

Adiante relacionamos algumas recomendações que devem ser observadas

ao longo da implementação desse plano de captação de recursos e

sustentabilidade:

Os valores a captar, necessários aos investimentos, ainda precisam ser

calculados com maior precisão, pois não sabemos com exatidão a

quantidade de metros quadrados a serem reformados ou construídos. Além

disso, necessita-se de uma descrição mais detalhada dos equipamentos

necessários

A ORGANIZAÇÃO X nunca desenvolveu atividades planejadas e

coordenadas de mobilização de recursos. Ou seja, não tem histórico nessa

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área que possa servir como base para previsões e projeções demasiado

precisas; nesse contexto, ressalta-se que o andamento da implementação

deverá ser constantemente monitorado, para correção dos possíveis

desvios quanto as metas de captação estabelecidas (metas tentativas) e

as ações realizadas

Percentual da receita adicional por estratégica

2009 – R$ 1.000.000,00

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94

2010 – R$ 2.500.000,00

2011 – R$ 4.000.000,00

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95

1 - Geração de renda (liquido)

50%

2 - Grandes doadores

15%

3 - Mantenedores7%

4 - Campanha capital

15%

5 - Médios investidores

2%

6 - Outros materiais e serviços

1% 7 - Eventos5%

8 -Fundação

2%

9 - Governo2%

10 - CRM1%

2012 – R$ 5.000.000,00

1 - Geração de renda

(liquido)50%

2 - Grandes doadores

15%

3 - Mantenedores7%

4 - Campanha capital

16%

5 - Médios investidores

2%

6 - Outros materiais e serviços

1%7 - Eventos

4%

8 - Fundação3%

9 -Governo

3%

10 - CRM2%

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