capítulo 9 - odontologia estética

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Sistema de cerâmica prensada VICTOR HUGO BARROS DO (ARMO HUMBERTO VICENTlNI MARCELO VIEIRA DE ARAÚJO F===== 1. A EXPERIÊNCIA LEVA AO CONHECIMENTO FIG.9.1 Cada um de nós nasce curioso.

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Odontologia estética

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  • Sistema decermica prensada

    VICTOR HUGO BARROS DO (ARMO

    HUMBERTO VICENTlNI

    MARCELO VIEIRA DE ARAJO

    F===== 1. A EXPERINCIA LEVAAO CONHECIMENTO

    FIG.9.1

    Cada um de ns nasce curioso.

  • f J f

    Cada um de ns nasce curioso.Uma das caractersticas do homem sua in-

    crvel sede de conhecimento" que, uma vez desper-tada, pode no ter mais fim.

    Essa sede de conhecimento torna-se o objetivode nossas vidas, e o melhor de ns mesmos nosimpulsiona eterna questo do saber e das apti-des das quais ns nos beneficiamos.

    FIGS. 9.2 E 9.3

    Assim, ns desejamos avidamente a perfeio.Atingir a estabilidade o incio do declnio.Ns somos eternos pesquisadores. A busca

    pelo fio condutor o objetivo dessa procura. medida que o tempo passa, ns aguamos

    nossos sentidos, aprendemos a observar, e a maio-ria dentre ns comea a ver a compreender.

    93

    A perfeio dos nossos prprios sentidos o chove poro o experincia, e esta torno-se o fonte de nosso conhecimento.

    Os detalhes at ento ocultos revelam-se emtoda sua beleza e significao, abrindo novas pers-pectivas.

    A perfeio dos nossos prprios sentidos achave para a experincia, e esta torna-se a fontede nosso conhecimento.

    Nosso conhecimento dos materiais e da ana-tomia humana, combinado com a agilidade dasnossas mos e nossa inspirao criativa, faz de nsos mestres de nossa arte.

    Mas a verdadeira maestria est na simplicida-de das nossas criaes e no respeito ao modeloinspirado pela natureza.

    1.1 Sistemas tm sido propostos para a confecode restauraes "metal free" ou "all ceramics"so representados por dois grupos distintos:cermicas aluminizadas e vidros injetados. Osistema. de cermica pura uma realidadeincontestvel.

    O campo de suas indicaes no cessa decrescer...

    1.2 O sistema EMPRESS (I&D Ivoclar VivadentAG, Schaan, Liechtenstein) caracteriza-se pelaprensagem de pastilhas de vidro ceramizadoindustrialmente, utilizando o processo da"cera perdida".

    O sistema ideal no existe. A aplicao corre-ta de um determinado sistema J sem dvida, maisimportante que a escolha do prprio sistema.

    A cermica o material mais biolgico parasubstituio de quantidades significativas de estru-tura dental, provavelmente devido sua capacidadede simular e restaurar a rigidez coronria.

    O xito da tcnica consiste.essencialmente, naadeso obtida entre a cermica e o compsito decolagem por um lado, e entre o composto de cola-gem e os tecidos dentrios por outro lado. Por este

  • motivo, primordial utilizar uma cermica quepossa ser condicionada por cido.

    Este captulo trata de uma avaliao da se-gunda gerao do sistema de cermica IPS Em-press 2 Ivoclar, para restauraes de cermicapura e do novo material de estratificao de apatitaIPS ERIS for E2.

    2. INTRODUO

    o material de estratificao IPS Eris for E2 uma cermica dental sem metal, cujo desenvolvi-mento se baseia no material de estratificao IPSEmpress 2, o qual est disponvel desde 1998 eque foi testado clinicamente durante vrios anos. utilizado, principalmente, para o material de es-truturas IPS Empress 2 e suas indicaes.

    IPS Empress 2 um sistema de cermica semmetal para a realizao de coroas e pontes de trspeas na zona anterior e at o primeiro pr-molar.O material uma cermica de vidro, que possuium alto contedo (superior a 60% em volume) departcu Ias cristalinas '.

    Os cristais de disilicato de ltio em forma debastes de 0,5 a 5 um so homogeneamente oblon-

    FIG.9-4

    Infra-estrutura do Empress 2 com 5000x onde podem ser verifi-cados os bastonetes de Disi/icato de Ltio - superfcie obtido porfratura do amostra.

    gos, em forma de agulha, e com uma distribuioengrenada entre si. Esta estrutura impede a propa-gao das fissuras no rnaterial+', aumentando as-sim a resistncia ruptura, assim como a resistn-cia ruptura por flexo. Ensaios de trs pontosde flexo mostraram resistncias ruptura de339 20 MPa.

    A cermica de vidro se elabora num processode vidro prensado.

    Para o recobrimento da estrutura altamenteresistente.se utiliza uma cermica de vidro sinte-rizvel. Originariamente, se utilizava para issouma cermica de vidro em base a fluorapatita.IPS Eris for E2 a alternativa mais recente nomercado, um material de estratificao que pos-sui uma maior tolerncia na temperatura de ma-nipulao e, portanto, menos sensvel no caso deuma elaborao mais imprecisa. Como fica com-provado, temperaturas muito elevadas ou muitoreduzidas provocam fraturas ou rupturas dentrodo material de estratificao. Por esta razo, foirealizado um material com a mesma composioque tem a matriz de vidro de IPS Empress 2.Desta forma, a transio estrutural entre a estru-tura e a cramica de estratificao , microscopi-camente indetectvel.

    FIG.9.5

    Interface entre o infra-estrutura do Empress 2 (direito) e o ca-mada de Liner (esquerdo) com menor aumento de 500x ondepode ser verificado uma boa integrao.

  • ODONTOLOGIA ESTTICA - O estado da arte

    ~ cermica de estratificao est compostapor um componente vtreo transparente lcali-cincsilicato (Sistema: Si02-Li20-K20-ZnO), e umacermica de vidro com fluorapatita (Sistema:Si02-Li20-K20-ZnO-CaO-P20s-F) e outros oxi-dos vitrificantes (6,LA) e endurece dores (Li,Zr). Aapatita um componente do dente natural, res-.ponsvel pela sua translucidez, seu brilho e suaspropriedades de disperso da luz.

    2.1. BIOCOMPATIBllIDADE

    Sabe-se que os materiais de cermica sem me-tal possuem uma excelente biocornpatibilidadet-'.Como o material de estratificao IPS Eris for E2no difere significativamente de outras cermicasdentais", pode partir-se da premissa de que os es-tudos gerais sobre a biocompatibilidade das cer-micas dentais tambm se aplicam ao material"ERIS".

    2.2. ClTOTOXIClDADE IN VITRO

    Mediante um teste de contato celular direto,analisou-se a citotoxicidade in vitro dos materiaisIPS Empress 2, no podendo detectar potencialcitotxico em nenhuma das cermicas de vidroestudadas em combinao com as condies doensaio escolhido". Baseando-se na similar compo-sio qumica da cermica de vidro IPS Eris for E2,pode-se deduzir que os ensaios sobre toxicidade sedesenvolveram de forma similar. Sero realizadasanlises comparativas neste sentido.

    2.3. ESTABILIDADE QUMICA

    Segundo ANUSAVICE (1992), as cerarnicasso os materiais dentais mais estveis? A resistn-cia qumica uma condio muito importantepara os materiais dentais, devido ao amplo espec-tro de valores pH e temperaturas na boca. material da tcnica de estratificao IPSEris for E2 uma cermica de vidro como o mate-rial de recobrimento IPS Empress 2, o quaIS~esta-ca por uma boa resistncia qumica. Estudos mos-tram que a solubilidade da cermica de vidro derecobrimento IPS Eris for E2 est claramente abai-xo do valor limite de 100 ug/cm- estipulado pelanorma ISO 68728 (IPS Eris for E2: 255 ug/cm-).

    *Componentes principais: SiO" K,O, ZnO, ZrO" Li,O, CaO, Na,O, AI,O,"

    2-4. SENSIBILIDADE, IRRITAO

    Diversas pesquisas mostraram que a cermicadental, diferentemente de outros materiais dentais,no provoca nenhuma reao negativa em contatocom a mucosa/". Alm disso, as cermicas den-tais possuem, em comparao com outros mate-riais dentais, um menor potencial de irritao ousensibilidade, posto que, praticamente, pode des-cartar-se uma irritao direta das clulas da muco-sa pela cermica. As possveis irritaes sero de-vidas a uma irritao mecnica, que normalmentepodero ser evitadas seguindo as instrues deuso.

    Se so respeitadas as indicaes dadas nas ins-trues de uso (evitar a inalao de p durante omanuseio), no existe um maior risco para os tc-lllCOS.

    2.5. RADIOATIVIDADE

    No Centro de Pesquisa Jlich (1997) forammedidos mediante espectrometra- glas radioativi-dades para as cermicas de vidro IPS Empress 2,as quais se encontravam em torno do fator 20abaixo do valor limite estipulado pela norma ISO68728 de 0.2 Bq/g", pelo que, devido similarcomposio, cabe pressupor que as cermicas devidro IPS Eris for E2 tambm satisfazem os requi-sitos da norma ISO com relao mxima radio-atividade permitida.

    2.6. CONCLUSO

    Os conhecimentos cientficos atuais e os pre-sentes dados fazem ver que a utilizao do IPSEris for E2 como se indica nas instrues de uso,pode excluir qualquer risco para sade de todas aspessoas que entram em contato com o produto,excluindo-se tanto as afeces crnicas como asagudas.

    3. PROPRIEDADES FSICAS

    No quadro seguinte se mostram as proprieda-des mecnicas e qumicas do material de recobri-mento IPS Eris for E2 em comparao com as deIPS Empress 2 (I&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan,Liech tenstein) .

  • , .

    IPS EMPRESS2 IPS ERIS FOR E2ESTRUTURA ESTRATIFICAO

    9.7 0.5*10" - 6K" - 1 9.75 0.25*10" - 6K" - 1CET (100-400 C)

    Resitncla torso

    3 pontos conforme anorma ISO 6872

    100 25 Mpa 85 25 Mpa

    Componente solvelconforme a norma

    ISO 6872

    FIG.9.6

    4. MICROESTRUTURA

    As fotografias seguintes MEV (Prof. AntnioCarlos Guastaldi e Dr. Sergio Yasuda - So Paulo -Brasil) mostram o material de recobrimento IPS Erisfor E2 em combinao com IPS Empress 2. Aprecia-se a interfase entre uma subestrutura homognea e omaterial de estratificao. A porosidade de IPS Erisfor E2 depois da sinterizao mnima.

    Interfase numa coroa IPS Eris for E2jlPSEmpress 2

    Zona escura: IPS Eris for E2; CD Zona clara: IPS Empress 2. (I)

    FIG.9.7

    Amostra Empress 2 com 750x de aumento com a infra-estruturade disilicato de Ltio direita (zona clara) a cermicalfS&isaplicado esquerda (zona escura).

    Interfase IPS Eris for E2 camada de conexo(liner)jIPS Empress 2

    Zona escura: IPS Eris for E2; CD Zona clara: IPS Empress 2. (I)

    FIG.9.8

    Na parte superior temos o Uner eJ na parte inferio~ a infra-estrutura. Pode ser verificado uma trinca que se inicia no liner( direita da foto) e vai se propagando at "entrar" na infra-estrutura. Supondo que a unio entre a infra-estrutura e o linerno seja boa, esta regio de interface seria a mais frgil e)conseqentemente.o trinca deveria se propagar pela interface.No foi o que ocorreu e, portanto, um indcio que a unio nainterface muito boa.

  • ODONTOLOGIA ESTTICA - O

    A fotografia seguinte MEV (Prof. AntnioCarlos Guastaldi e Dr. Sergio Yasuda - So Paulo -Brasil). mostra os cristais de fluorapatita (agulhasbrancas) na cermica de vidro IPS Eris for E2, osquais se formaram no cristal base, mediante umacristalizao controlada. Para poder mostrar estescristais.foi utilizada uma tcnica para gravar a ma-triz a uma profundidade de escassas micras. Destaforma, os cristais se elevam da matriz vtrea.

    Com base nos presentes dados, pode-se afir-mar que a combinao de IPS Eris for E2/IPSEmpress 2 apresenta uma excelente compatibilida-de.inclusive com estruturas de espessura reduzida.

    5. TESTE IN VITRO

    5.1. COMPATIBILIDADE DO SISTEMA IPSERIS FOR E2 SOBRE IPS EMPRESS 2

    No estudo do Dr. Kelly, University of Connec-ticut, USA, comparou-se, baseando-se em mediesdilatomtricas, a compatibilidade da cermicaEmpress 2 com o material de recobrimento Eris.As quotas de aquecimento e esfriamento de ambosos materiais so muito similares.

    Num estudo realizado com coroas modelo fo-ram cozidos 4 vezes quatro grupos com diferenteespessura de estruturas e material de recobrimen-to. IPS Eris for E2 sobre IPS Empress 2 superouestes ensaios em todos os grupos sem nenhumafalha. Foram testados 4 modelos por grupo.

    FIG.9.9

    Cristais de fluorapatita (brancos) no material de recobrimento IPSEris for E2 mediante cristalizao controlada do cristal inicial.

    IPS EMPRESS2/ IPS EMPRESS2/IPS EMPRESS2 IPS ERIS FOR E2

    Estratificao: 0,5 mm OEstrutura: 0,5 mm

    Estratificao: 1,5 mm 2 OEstrutura: 0,5 mm

    Estratificao: 1,5 mm O OEstrutura: 0,5 mm

    Estratificao: 1,5 mm O OEstrutura: 1,5 mm

    FIG.9.1O

  • , . , . 'I'

    ~.2.DUREZA VICKERS

    A dureza Vickers de IPS Eris for E2 foi medi-a e comparada com Allceram DB 3 e Duceram,FC DC 2 (F I&D Ivoclar Vivadent AG Schaan,.iechtenstein). Ambas as verses de IPS Eris for:2 mostraram valores superiores ou comparveisFigura 9.11).

    i.3. ABRASO

    o comportamento abraso dos materiaisle recobrimento de IPS Eris for E2 e IPS Em-.ress 2 se caracterizou por experimentos reali-ados com aparelhos mastigatrios (I&D Ivo-lar Vivadent AG, Schaan, Liechtenstein). Oomportamento abraso comparvel ao de

    700

    600

    500

    ~E 400EO~cs: 300I

    200

    100

    ERI5 A3 ET0304

    FIG. 9.11

    , I

    IPS Empress 2, qualificando-se como bom (Figu-ra 9.12).

    5-4. ABRASO E ABRASODO DENTE ANTAGONISTA

    LOHBAUER et al., determin,mediante o si-mulador mastigatrio a abraso, assim como, aabraso do dente de cermicas de blindagem emcomparao com amlgama, resinas compostas eouro. As amostras, assim como os dentes antago-nistas de vaca foram medidos e se valorizaram esta-tisticamente mediante Laser-Scanning-Mikroskop.

    As cermicas estudadas no mostraram dife-renas significativas tanto na auto-abraso comona abraso do dente antagonista, isto , que estesnovos materiais devem ser capazes de sofrer enve-lhecimento de forma similar ao esmalte.

    ERI5 52 ET0281 Allceram DB3

    535

    Duceram LFC DO

    IPS EMPRESS2 IPS ERIS FOR E2INCISAL INCISAL

    Perda verticalPerda em volume

    FIG.9.12

    231_m51.8*1Q1"'7_m_

    228_m

    54.6*10"7 _m_

  • Valorizao segundo os critrios do Departa-mento de Sanidade de USA [Romeo (+); Sierra (o);Tango (-); Victor (-)].

    ODONTOLOGIA EST~ " _ __ ~. ,~_ -I;~

    6. ESTUDOS ClNICOS

    A nova cermica de vidro de recobrimentoIPS Eris for E2 est sendo testada clinicamentedesde Dezembro 2000 de forma muito intensiva:

    Dr. Sorensen, USA 40 Coroas; Dr. Mufioz, USA 60 Coroas; Dr. Bning, Alemanha 40 Coroas + 20 Pontes; Dr. Edelhoff, Alemanha 40 Coroas + 20

    Pontes; Dr. Felton, USA 40 Coroas; Mahidol University, Sudfrica 60 Coroas.

    At a data no houve fracassos clnicos, querdizer, nem fraturas de recobrimento, nem despren-dimentos do material de estruturas.

    6.1. RESULTADOS DEPOIS DE 12 MESES DODR. MUNOZ (LOMA LINDA)

    Realizao clnica

    62 Coroas, delas 17% Molares superiores; 32% Molares inferiores; 43 % Incisivos superiores; 8% Caninos superiores.

    913

    FIGS. 9.13 E 9.14

    6.1.1 Resultados depois de 1 ms(Diagnstico por 2 odontlogos):

    Superfcie e cor % Anatomia % Borda % Romeo 51 82 60 97 60 97 Sierra 11 18 2 3 2 3 Tango O O O O O O Vctor O O O O O

    7. J,\BORDAGEM DIAGNSTICACLlNICA E LABORATORIAL

    o desenvolvimento de tcnicas em metal freepara restauraes estticas. envolve cada vez maisuma ntima colaborao com o tcnico.

    O sistema Empress 2 um elemento-chavepara ter sucesso na confeco de facetas lamina-das, elementos unitrios, e pontes anteriores at 3elementos (1 pntico intercalar).

    Pontes posteriores podem ser confeccionadasem casos de aumento de dimenso vertical e consi-deraes de ocluso.

    o paciente apresentava dentes anteriores com inmeras restauraes adesivas e desejava redefinir uma harmonia global no seu sorriso.

  • ,. I PRENSADA)

    8. CONSIDERACES DE PREPAROS EPRINCIPiaS FUNDAMENTAIS PARA IPSEMPRESS 2

    Q:; desenhos de preparo para restauraes emIPS Ernpress, so pouco diferenciados das coroastradicionais cimentadas, especialmente em relao morfologia e forma de resistncia.

    Um guia de silicone proveniente do encera-mento diagnstico importante para podercontrolar o espao livre suficiente para a cra-nuca.

    Os preparos dos dentes pilares devem ter, nomnimo.-l mm de altura na re~io anterior e 5 mmna regio posterior, reduo': ts'pessura mnima de1 mm (de 2 mm nas cspides) e chanfro cervical

    FIG.9.15

    Preparos com ombros circulares apropriados a receber restaura-es de cramica.

    com no mximo 30 graus ou ombro puro.iessen-cial produzir preparos sem ngulos agudos.

    Uma quantidade mnima de geometria de pre-paro, ainda necessria para facilitar a colocaoe o posicionamento do Empress 2 durante a cola-gem definitiva.

    A escala Chromascop a referncia cromticapara a escolha precisa da cor no consultrio dentrio.

    Com a escala Chromascop Cfvoclar) torna-sefcil e segura a escolha da cor, graas. ordenaolgica das diferentes cores. As 20 cores so dividi-das em 5 grupos removveis. Alm disso, com oChromascop Bleach 1valores de cores claras es-to disponveis. Depois de selecionada a cor dabase, a melhor cor pode ser escolhida dentro dogrupo. A cermica IPS EMPRESS 2 est disponveltambm nas cores A-D da escala Vita.

    I PS E ris' !fi Guiac1inicoAnterioresi-------------

    Coroa Ponte de 3 elementos

    Preparos para dentes anteriores Preparos para ponte de 3 elementos

    A B

    Posteriore>2.S _Ponte de 3 elementosPreparo para ponte de 3 elementos

    o

    Preparo para dente unitario posteriore

    F F

    FIGS. 9.15A-F

    Guia de preparao clnica.

  • no momento da realizao das restauraes pren-sadas IPS EMPRESS 2.

    O cirurgio-dentista pode transmitir ao tcnicoa cor do preparos dentinrios, Ibtos podem ser reti-radas/de forma a poder identificar estes detalhes. Ospigmentos correspondentes esto no quadro de com-binaes. Esta informao ser muito til para que oceramista obtenha a saturao esperada.

    9. MATERIAL PARA SIMUlACO DEPREPAROS '

    O material fotopolimerizvel IPS EMPRESSserve para simular os preparos e aproximar da colora-

    o do dentes preparados. Esta a base para re-produzir, de maneira natural, a cor dos preparos

    916

    9.18

    F1GS. 9.16 A 9.19

    919

    Stumpfmaterial Die Material

    o material fotopolimerizante IPS EMPRESSpara simular os preparos retm a colorao do dentes preparados.

  • IPS Empress 2/Eris for E2Tabela de combinao/tcnica de estratificao

    Escala Chromascop 110 120 130 140 210 220 230 240 310 320 330 340 410 420 430 440 510 520 530 540

    IPS Empress 2 pastilha para tec.stratificao 100 100 100 200 200 200 300 300 400 400 400 300 500 500 500 500 500 500 300 300

    Incisal SI SI SI SI S2 S2 S2 S3 S3 S3 S3 S3 S3 S2 S3 S3 S3 S3 S3 S3

    Material para troqueI ST9 ST9 ST9 ST9 STI STI STl ST2 ST3 ST3 ST3 ST3 ST8 ST8 ST8 ST8 ST5 ST5 ST5 ST5

    11

    Escala VITAA-O AI Al A3 A3.5 A4 BI B2 B3 B4 CI Cl C3 C4 02 03 04

    IPS Empress 2 pastilha para tecstratificao 100 100 200 300 300 100 100 400 400 500 500 500 500 500 200 400

    Incisal SI St S2 S2 S3 SI SI S2 S3 S2 S2 S3 S3 S2 S3 S3

    Material para troquei ST9 ST9 STt ST2 ST5 ST9 ST9 ST3 ST3 ST9 ST8 ST8 ST8 ST8 ST9 STI

    FIG.9.20

    10. MOLDAGEM E MODELOS MESTRES

    Materiais de moldagem com siloconas poradio Figura 9.21 (polivinilsiloxanos) so reco-mendados, devido elasticidade e resistncia aorasgarnento, Eles tambm proporcionam precisoem vazamentos mltiplos, que so essenciais naconfeco de modelos mestre tipo "geller" (Figura9.22). Este tipo de modelo preserva os tecidos

    gengivais, dando uma anlise na emergncia dascoroas, dos contornos e das ameias. O modelo"geller" tambm til para construir os conecto-res de prteses fixas.

    De uma maneira geral, a aplicao de um en-durecedor de gesso necessria para a proteodos limites da preparao, ~ara os restauraesunitrias,o espaador aplicado em 2 camadas.at1,5 mm acima dos limites da preparao (Figura9.23).

    FIG.9.21

    Materiais de moldagem com siloconas por adio (polivinil-siloxanos) so recomendados devido elasticidade e resistnciaao rasgamento, eles tambm proporcionam preciso em vaza-mentos mltiplos.

  • ODONTOLOGIA ESTTICA - O estado da arte

    FIG.9.22

    o modelo "Celle" preserva os tecidos gengivais dando umaanlise na emergncia das coroas, os contornos e das ameias.O modelo "qeller" tambm til para construir os conedores.

    11. ELABORAO DOS COPINGSEM IPS EMPRESS 2 E ESCOLHADAS PASTILHAS

    A infra-estrutura base de disilicato de ltio destinada ao suporte, pela resistncia ~ flexo ele-vada (350 MfJa), Ha maior parte das vezes, a estru-tura deve corresponder a uma por!f2/3 da es-pessura total da restaurao. Para atingir umaresistncia perfeita da superfcie para a utilizaode compresso, fundamental respeitar os parme-tros de realizao e as regras de confeco dasestruturas IPS EMPRESS 2.

    De modo geral, deve ser mais espesso que omaterial de estratificao. A estrutura deve sertambm volumosa, com um design anatmico, e omaterial de estratificao deve ter apenas os com-plementos estticos.

    A cera v

  • :cA!,!f&T~r9';: SISTEMA DE CERMtCA PRENSADA

    Espessura total emmm1,5 0,8

    .... 1,8 1,02,0 11

    '~F"i:' 2,2 1,22,4 1,3

    1\;/ 2,6 14, " 2,8 111

    3,0 1 Fiici, ., ,7' 3,2 17

    3,4 183,6 19

    3,8 20; 4,0 71

    4,2 22". 4,4 23

    4,6 244,8 711

    5,0 /Fi'CI 5,2 77", 7RJ 29,(

    07 08 09 10 11 12 13 14 15 . iEspessura do material de estratificao em

    I . , . 1 .. . .... . I .. ... . .mm

    FIG.9.24

    A regra a espessura da estrutura deve ser superior do material de ezratliicao. A espessura na ltima deve ser de 0,8 mm. O quadroacima serve de base para referncia.

    1.25

    FIGS.9.25 E 9.26

    9.26

    A tcnica da cera perdida utilizada, escultura em cera das futuras restauraes, diretamente sobre o troquei do mestre modelo e includaem revestimento prprio, sobre uma base formadora de conduto de alimentao padrozinada.

  • ODONTOLOGIA ESTTICA - O estado da arte

    !IIIIIIIIIII~~~~~1\111111111

    FIG.9.27

    Forno de prensagem EMPRESSEP60..

    FIG. 9.29

    Copings aps a prensagem da cermica.

    12. IPS EMPRESS 2 E ERISFOR E 2TCNICA DE ESTRATIFICAO

    Mtodos de estratificao elaborados pelosfabricantes ou pelos distintos ceramistas tm sidopropostos.

    FIG.9.28Pastilhas Empress 2. 0.50.,10.0.,20.0.,30.0.,40.0.,50.0.

    FIG.9.30

    Ponte de 3 elementos, observar as dimenses necessrias nosconexes. "k'cf.l"

    Para os clnicos, o entendimento dos princ-pios da estratificao resultar em uma melhoravalio e apreciao da restaurao em cermica.

  • ~c~r:ii(F9'1( SISTEMA DE CERMICA PREN~,

    931

    933

    935

    937

    932

    934

    FIGS. 9.31 A 9.37

    A elaborao dos copings em Empress 2 tanto para casos sim-ples quanto nos complexos utiliza-se um mtodo didtico levan-do em conta a quantidade de denino/esmohe a serestratificada em relao ao enceramento diagnstico previa-mente definido ao volume dental final (Figuras 9.31 o 9.37).

  • I I I I.,

    9-40

    9-42

    o mtodo apresentado aqui e uma adapata-o didtica e racional da estratificao esmlt/dentina encontrada na natureza. A estratificaosobre a infra-estrutura de disilicato de ltio feitacom outro vidro ceramizado, base de fluorapatita

    939

    FIG. 9.38 A 9.42

    Os copings em Empress 2 foram realizados pelo conceito didtico.Conservao das surfaces de contato mesial e distal, usando oenceramento diagnstico como referncia para o volume final.

    (Cas(Po4)3F), com CET especialmente ajustado. fornecido em ps para serem sinterizados a 800Cem camadas (dentina, esmalte, transparentes, efeitos).

    Ela baseada sobre o uso e o conhecimentodo material ~ ERIS for E2.

  • ~ . ~ ~ / SISTEMA DE CERMICA PRENSADA

    ~Eris for E2Dentin I BodyA2 51

    FIG.9-43Dentina Eris for E2.

    FIGS. 9-45 E 9-46

    ,.

    FIG.9-44

    Utilizao dos universal shade.

    9-46

    Como o estrutura influencio o cor final, o queimo do conexo (Iiner) possui um parmetro fundamental no processo de adeso e tambmno estabelecimento ou no modificao do saturao.

  • III I I t t

    9-47

    9-49

    A estratificao pode ser feita em vrias quei-mas, num forno de porcelana tradicional, em ci-clos de temperatura especficos.

    A temperatura de queima sobre a coroa estentre 730C a 760C, quer dizer, encontra-se clara-mente por debaixo da temperatura crtica de800C, sem provocar alteraes substancials daspropriedades estruturais do material JB;Empress 2.Por outro lado, a possvel margem de temperatura mais ampla que nos materiais predecessores, o quefaz a manipulao tecnicamente menos sensvel.

    A massa de glaseado ou a massa de correoesto compostas tambm de um cristal de lcali-cinc-silicato (Sistema: Si02-Li20-K20-ZnO).

    13. PROVA E CIMENTACODOS EMPRESS 2 '

    A cimentao definitiva do EMPRESS 2 ge-ralmente precedida de uma sesso de prova emcurso de elaborao. Os negativos fotogrficosrealizados durante esta sesso permitiram ao cera-

    FIGS. 9.47 A 9.49

    Seqncia didtica de estratiticao com ajuda do enceramentodiagnstico.

    mista ajustar certos detalhes de forma e de cor.Depois da remoo do provisrio, a resina adesivade fixao localmente removida da superfcie dodente que tinha sido condicionado para a fixaoprovisria. Isto no impede a colocao doEMPRESS para a prova. O material provisriopode) assim) ser colado de novo sem condiciona-mento prvio, unicamente mediante resina adesiva.

    O xito da cimentao definitiva depende devrias manobras e etapas, nos quais o operadordever dispensar igual importncia e ateno. Nonos cabe aqui descrever todas estas manobras eetapas, mas to-somente relembrar alguns pontosimportantes.

    Cabe ao operador observar alguns procedi-mentos prvios:

    Uma vez provadas as restauraes, elas retor-nam ao laboratrio para o Glaze e acabamentofinal. Ao receber do laboratrio as restauraes"essas so verificadas no modelo de gesso e troquelpara conferir todos os ajustes realizados. Toda aateno dever ser dada superfcie interna dascoroas, elas foram jateadas com xido de alum-

  • o SISTEMA DE CERMICA PRENSADA."

    nio, mas mesmo assim podem conter restos dematerial glazeador, que poder impedir o perfeitocondicionamento com cido hidro-fluordrico.

    13.1. PREPARO Dj\S COROASPARA CIMENTAAO

    A estrutura de IPS Empress 2, restaurao,dever ser condicionada com cido hidro-fluor-drico de 5% a 10% por 20 segundos, aps isto ascoroas devero ser lavadas e colocadas em ultra-som por 5 min., com lcool ou acetona, em segui-da aplica-se Silano. O adesivo dever ser aplicadoimediatamente antes da cimentao.

    13.2. PREPARO QO DENTEPARA CIMENTAAO

    Aps a prova e aprovao pelo paciente, osdentes devero receber uma boa profilaxia, umisolamento do campo operatrio mandatrio efios de afastamento so recomendados. Em segui-da J um cido condicionador (do sistema adesivoselecionado) dever ser aplicado sobre toda a su-perfcie do preparo e margens por 15 segundos.Lave com spray de gua e ar e seque com ar, emseguida proceda com a aplicao e polimerizaodo sistema adesivo.

    A adeso dentinria no pra de progredir. Asua aplicao no campo das restauraes indiretasde cermica no est muito bem fundamentadacomo no caso das restauraes adesivas diretas.Uma adeso eficaz pela tcnica indireta apresenta

    50

    FIGS. 9.50 E 9.51

    muitas variaes e problemas especficos, taiscomo: o pH do adesivo dentinrio e o nmero depassos cada vez menores para aplicao dos siste-mas adesivos parece no trazer nenhuma vanta-gem. Quando uma superfcie importante e acess-vel de dentina exposta, devido ao fato dos siste-mas adesivos terem um potencial superior de ade-so quando aplicados 'a dentina recm cortada, suaaplicao recomendada imediatamente aps afinalizao do preparo, antes da moldagem final.Esta precauo permitir proteger o complexodentina/polpa e prevenir a sensibilidade ps-ope-ratria e infiltrao bacteriana durante a fase darestaurao provisria.

    13.3. ClMENTAO

    Na maior parte dos casos, a cimentao podeser realizada com a ajuda de um composto foto-polimerisvel, porque o Empress 2 oferece umatransparncia suficiente. Alm disso, quando ummaterial de tipo incisal utilizado, no se constatanenhuma diferena com os compostos de polime-rizao dual (qumica e luminosa) quanto ao seugrau de converso. As propriedades fsico-qumi-cas dos produtos do tipo dual ainda no so clini-camente bem documentadas. Os materiais fotopo-limerizveis apresentam vantagens considerveisno que diz respeito sua manipulao (tempo detrabalho, consistncia). necessrio selecionarcuidadosamente um composto neutro, que seja aomesmo tempo translcido e fluorescente, que per-mita distribuir a luz e garantir a luminosidade darestaurao (por exemplo: CALIBRA GC).

    951

    Translcido e fluorescente calibra CC

  • 952

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    957

  • ~ SISTEMA DE CERMICA PRENSADA

    9.58

    9.60

    FIGS. 9.52 A 9.61

    959

    961

    Prodecimentos seqenciais de cimentao.

    -

  • I f f I .

    9.62

    9.64

    9.66

    968

    9.63

    967

    FIGS. 9.62 A 9.68Restauraes em EMPRESS 2.

  • CONCLUSO

    o Empress 2) em conjunto com o material deestratificao ips ERIS for E2) oferecem uma novadimenso na confeco de restauraes estticasem cermica pura.

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    5. ROULET, J.F.; HERDER, S. Seitenzahnversorgungenmit adhsiv befestigten Keramik-inlays, QuintessenzVerlags GmbH, Berlin, 1985.

    o sucesso clnico dos Empress2 est, sem d-vida alguma, relacionado mxima preservaodo esmalte e dentina e tambm depende direta-mente da cimentao adesiva para atingir os ndi-ces de resistncia mnima para sua boa integrao.

    6. CCR Projeet 5711 01102/04 In vitro Cytotoxieitytest evaluation of material for medieal deviees (direeteell eontaet assay); RCC report(s} June, 1997.

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