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ANNO 23 CAPITAL FEDERAL, 1898 NS 730 CAPITAL Anno25S000 Semestre 15»0O0 Avulso1800Q FUNDADA EM 1876 A correspondência e reclamações devem ser dirigidas Á RUA DA ASSEMBLÉA, 61 (IS ANDAR) ESTADOS Anno25S000| Semestre 15SOOOI Avulso1SOOOI ¦ „AM>.., ;.,/'¦¦¦ '- '*'..,-.--¦¦-.-----'-" í c,*5,VM ( ^í,-,>-.*.- - •*--..¦ .. 1 Ç>L- . CDril, Spiriil il t- Converson-Pem çtwmmtlmmtntt solte a, 6urojt», pis viet-ptens, o/s mwifttUçies, o ssÍpl- pio Sftnitptrto, etc. Sondo trdíwetm din. potdicH ¦ ¦. Muito km.

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ANNO 23 CAPITAL FEDERAL, 1898 NS 730

CAPITALAnno 25S000Semestre 15»0O0Avulso 1800Q

FUNDADA EM 1876A correspondência e reclamações devem ser dirigidas

Á RUA DA ASSEMBLÉA, 61 (IS ANDAR)

ESTADOSAnno 25S000 |Semestre 15SOOO IAvulso 1SOOO I

¦ „AM>..,

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Ç>L- .CDril, Spiriil il t-

Converson-Pem çtwmmtlmmtntt solte a, 6urojt», pis viet-ptens, o/s mwifttUçies, o ssÍpl-

pio Sftnitptrto, etc. Sondo trdíwetm din. potdicH ¦ ¦. Muito km.

REVISTA ILLUSTRADA

PIJ»™^r.tfir.íi. F/:nt:it.iL-.i!i.»t<.

ESCRIPT0R10 E REDACÇAO

Rua da Assemhléa n 61, sobrado

ASSIGNATURASESTADO!

Anno 2;

PAGAMENTO ADIAXTADO

(APITAI.

Anno 25S0O0

AVISOAos nossos assignautes que se acham

em atraio rogamos a fineza de mandaremsatisfazer a importância elas suas assigna-turas, podendo fa^el-o em vale do correioou carta registrada com valor declarado.

Desde já lhes agradecemos mais esleobséquio.

DR. CAMPOS SÁLLES«cha-se, ha alguns dias já, entre

nòs, o illustre Sr. Dr. Campos. >Salles, presidente eleito da Repu-

blica, e que assumirá o poder a 1; denovembro próximo.

Bem recebido por todas as classessociaes, e saudado com effusão pelos seuscorreligionários de honteni e de hoje,gratas devem ter sido as impressões dopresidente, no seu regresso à pátria, quen'elle se mostra tão esperançada.

Incontestavelmente, o paiz reani-ma-se e recupera a confiança, acredi-tando que o governo de S. Ex. vae serde benéficos resultados para a naçãobrasileira, que vê em S. Ex. um repu-blicano provecto, já experimentado nogoverno, e professando idéas e opiniões,que todos desejam vêr lealmente postasem pratica na administração.

Com a vinda de S, Ex. ao governo,já se nota um verdadeiro armistício emtodos os arraiaes políticos, sendo de notarque é muito sympathica a espectativa,com que são esperados os seus actos.

Grande é, sem duvida, a responsa-bilidade que peza sobre o novo eleito,mas, em verdade, sobram-lhe qualidades,

ara vêr com lucidez, quaes as necessi-ades do Brasil, que, como S. Ex. jáisse, no dia em que tiver governo e

administração, abrirá uma era nova aoseu progresso e desenvolvimento.

Fazendo votos pela felicidade danova situação, prestes a inaugurar-se, eacreditando mesmo nos bons' auspíciosque, com o novo governo, presagiamdias melhores para nossa pátria, A Re-vista lllustrada, d'estas coluoinas.envia oseu cartão de visita ao novo presidente,desejando ardentemente que essa espe-ctativa sympathica, que c hoje a notadominante, se torne, dentro cm pouco,n'um coro unisono de applausos, peloacerto das suas medidas de governo.

Taes são os nossos votos.L. DE A.

PELA POLÍTICA•=¦\ Jv*-A p<^z :ls iustas censuras da*~-^-iÉ&~~ m:Prensíl- Por nSo ter °zf-W^ift'- Congresso, em 3 mezesfep!c|p-V'de sessão, votado um sóffifM^A v orçamento, as maiorias (?)|||g|5í3l~ que dirigem as duas casasdo parlamento, acharam que o melhor,era discutir... os actos do sitio.

Confessamos que essa discussão éexcellente, edificante e muito bôa paraa gente saber em que lei vive e não sesurprehender quando se vir a bordo deum navio de guerra, com carta de prego,sem garantias e rumo desconhecido, amenos que não seja para o... outro mun-do.não o velho, o outro.para onde não seestabeleceram ainda as passagens de ida evolta.

Essa discussão é bôa inquestiona-velmente, mas é como as taes victoriasmoraes, que sp não traduzem por íactos;e, se não houvesse mais que fazer, vá,seria uma bôa distracçãp, mas tendo tan-tos orçamentos a discutir e votar, pa-rece-nos que é perder tempo à tôa.

Verdade é, que isto de orçamento,na opinião do Dr. Prudente de Moraes,expressa em discurso pronunciado em1878, em S. Paulo, éa coisa mais inu-til do mundo e tanto que, n'essa época,elle pensava que o orçamento só deviater dois artigos eque eram os seguintes:

«Art. 1". Fica o piesidente da pro-vincia auetorisado a recolher a receita damesma província;

Art. 2". Fica o mesmo presidenteauetorisado a gastar essa receita comomuito hem entender.

O Sr. Martinho Prado Júnior :Apoiado».

Eis ahi um programma da opposi-ção, d'essa época, e que foi cumprido á

risca, annos depois, quando o seu auctorfoi governo.

Tem havido orçamentos, e verdade,n'estes últimos annos, mas também temhavido tantos créditos extraordinários,que ninguém sabe a quantas anda.

Agora, passados quatro mezes desessão, quando se suppõe, que, afinal, osmíseros orçamentos vão entrar em dis-cussão, vem o governo e diz:

—Vamos ver-nos livre d'esta cace-tcação do sitio...

E, zás! começa um a dizer que estegoverno é o diabo, que tem leito isto eaquillo, que nos está desgraçando, etc.Em seguida vem outro e diz que não,que o governo é uma cecem, que se lhemetlcrem o dedo na bocca não morde eassim por diante, ninguém sabe atéquando.

H n'este dize tu direi eu, o cambiona mesma e sempre teimoso em pintar o7, pelo menos tanto como o Sr. Seabra,em não retirar a expressão, como quemdiz :

J'y suis, j'y reste.E assim vamos.Mas.o que nos vale èque, apezar de

annualmente irmos á Gloria, sempre ascousas vão-se arrumando depois, e qttemvier atraz que feche a porta.

Como Bocagt, vamos ver em queparam as modas.

ÍCUX/tK^y Cs^c* l>

Ao Sapliael Pinheiro, meu Irmão em Arte.

ORAÇÃO DO DIAUO

Grande Deus Satanas, vermelho Deus maldito,liei do Inferno, Senhor absoluto da Treva,Espirito </ite o Mal domina e que o Ódio leraArrastado após Si. pelo eterno Infinito,

Grande Deus Salaiui:. minha alma ãeprecilo,Branca de Mysticismo á, tua alma se deva,E reza esta Oração cheia de fé, coevaDa antiga Crença azul do boi Apis, no Ee/ypto.

Dizem c/ue se a alma tens de qualquer desgraçado.Em troca tu lhe dás das fortunas o açoiteE de outros não sei eu que a seu Eleito .eeuçam

Se tanto for mister para que enseja, amadoPor A dos risos bons. A. dos olheis de noite,Grande Deus Salanaz, lança-me tua liençum.

ORLAXDO TEIXEIRA.

REVISTA II.LUSTRADA

QUINTINO DE LACERDAa grande lucta abolicionista, amaior que resa a nossa historia c

$$& sobre a qual o futuro muito teráque dizer, engrandecendo os nomes dosheróes que a elle se dedicaram—o nomede Quintino de Lacerda não ha de seesquecido, porque elle foi, em Santos, aprópria alma do movimento libertador,que arrancou nossa'patria das mãos dosmaiores algozes, dos mercadores decarne humana.

A geração actual é bastante degene-rada e myope, para se não interessar pelomaior acontecimento da nossa historia;mas os que tudo sacrificarampor essa cauía santa e que cor-reram os mais sérios riscosde vida, teem consciência doserviço prestado e olham comdesdém,para esses filhos de ad-ministradores de fazendas,quea ironia da sorte collocou noslugares dirigentes, só paramostrarem a sua nullidade.

Seria bem estranho, quena quadra actual os pygmeusque por ahi vegetam à caça deum lugar de amanuense, avis-tassem o que de grandiosohouve n'essa lucta entre o in-teresse selvagem e bárbaro dosenhor de escravos, um po-tentado rico e omnipotente ea consciência de um punhadode homens, de intemerato va-lor, que os reduziu a nada.

Quintino de Lacerda foi,em Santos, um d'esses héroes.Luctando com um meio com-mercial poderosíssimo e ven-dido aos senhores de escravos,tudo affrontou, construindouma verdadeira fortaleza, umquilombo, d'onde só o pode-ria desalojar o exercito.

E, este, quando appellaram para elle,afim de pegar negros fugidos, comosempre, bateu o pé com altivez e digni-dade,escrevendouma pagina tão gloriosa,como nenhum outro conta igual em suahistoria.

Houve militares que se prestarama pegar negros fugidos — homens quesob o império tinham dois e tres galõesnas fardas que envergonhavam, e nós lhesstibemos os nomes. Mas esses foram aexcepção, confirmando a regra do amorincondicional do exercito brazileiro áliberdade, fazendo a independência, fa-

zendo a abolição, fazendo a Republica ceque é mais—defendendo-a.

Muito se ha de escrever no futurosobre o héroc, cujo passamento recentecommemoramos.

Quando o nivel moral da nossapopulação subir mais, Quintino de La-cerda e outros hão de ter a sua apo-theose.

L.

NUNCA *E

SEMPRE]if.m como aquelle espirito videnteQue. buscava Quevedo ea Deus bemdiz,—Sempre st: ha de sentir o que se diz,Nunca se lia de dizer oquesc sente...

(Do hespanhol)

Poucas novidades, espectativa sym-patica para o dia de amanhã, eis tudo oque ha.

Mesmo a política parece estar defogos abafados... e nós também.

Os incêndios em vez de ficaremcircumscriptos, como antigamente, teemse espalhado por ahi fora, havendo ai-guns de certa importância, em S. Paulo,Campos e outros lugares.

Também, lá se foi pelos ares ocynematographo da rua do Ouvidor, nãohavendo, felizmente, como em Paris,victimas a lamentar.

Nós, cá por estas bandasainda temos tido esta felici-dade. Os incêndios repetem-se, dando lugar a construcçõesnovas, um pouco melhoresque as antigas—pouco—masemfim mais bonitinhas, nãohavendo quasi nunca a lamen-tar perdas de vidas. As únicasvictimas são as companhias deseguros. Também, parece queellas foram creadas para isso.

1 :W-m ^^^W^.?'

aUINTINO DE LACERDA

y NEITOR

gmmamigo : quizera dar-te boas

-renovas e até soltar uma girandola, porterem melhorado o estado de coisas e...a política. Mas, ainda não è possivel.

Jà está entre nós o Campos Salles,que teve uma recepção de truz tantoá sua chegada a esta Capital, como naBahia, fazendo convergir para si as at-tenções geraes.

O jogo dos bichos con-tinua a fazer das suas, dandolugar a episódios, divertidosou phantasticos.

Hontem, era uma donade casa, que tendo recebido domarido cem mil réis para pa-gar a cisa, foi joga!-os nos bi-chos e... ganhou.

Muito lampreira, correa dar a grande noticia ao ma-rido, mas este, um excêntricode força, não se impressio-nou com o facto consumado elembrando-se só de que amulher, assim como tinha ga-nho, podia ter perdido, assen-

tou-lhe uma sova que por si sò bastariapara justificar o projecto do Dr. EricoColho, sobre o divorcio.

Agora, è uma tal Ignez de Castro,da Cancella de S. Christovão, que encar-regada pelo marido de guardar as eco-nomias, foi atacando-as no bicho,até queum dia a coisa descobre-se, e ella batea linda plumagem, indo a outra carametade queixar-se à policia.

Seria para tremer da sorte da fugi-tiva, se houvesse alguma probabilidade deque a policia a prendesse—facto virgem—porque a infeliz ainda passaria pela

Jfo fi«A teu-,

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Iptrtt receber o Sm-. CptiiiposÒc*uestporem,(Às más [ma pi pí s referem-se d SetUipt. como "h recorreu ao seu todtíle, t, oít! poder dpi etrtt!

J- I r. / . r P -r <* h-pti-isíipturplcêto Sol Combletn.. Çj Ut-iixVipfnnet, um ipixeriPtue dei cor do ceife com íeile e sempre . ,' a . ' I. J -, "«"«•»J í^upistples-netHiot... dt coriTenleiiiieriTo.

M 7'-eopiesleidpL -hor irnturtieros tudiitirçtdoi-es

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C> /o^o aiooie pihresentei-se peera receber o hresteUntt ettilo, Com pt-rii chie enrpiordmPtt¦ÇpítcniepitTe, ctrreppttpipídi-,. Co-iicfuisleirielo o recerrt-ChepfPtUo, etue Çicpí -mesmo pe*o bCLcn-iho.

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«os wwts concMÍoCos, »tuit*s ês/*r*itfMS no f Juro de* liepJLtí. (jM, Mselt çfmtmlm

fovsTno e etdmiritstretçMO hnele h-tmetndecer o conlmertle.idviji,utJ3, liurrotVtf

REVISTA ILLUSTRADA

tortura de ser multada em 200 mil réis.Mas, não. Viria o mundo abaixo de es-panto, se tal se desse e a policia preen-chesse os fins para que foi creada. Issonunca. E a infeliz, tendo batido a lindaplumagem, que arranje um companheirode viagem e sejam por lá muito felizes.

O esposo abandonado, provável-mento procurará também consolar-se,pondo a testa d.\ sua quitanda outradona, mais solicita com as mais obri-gações e menos dada ao jogo do b;eho.

Choveu! eis a grande novidadedos últimos dias, constituindo uma no-ticia, que todos receberam com satisfa-ção e tamanha alegria, como se estives-semos, todos, na chuva.

A secca, realmente era terrível.Não havia água para apagar os in-

cendios e as reclamações dos jornaes,tendo esgotado toda a prosa, já se faziamem verso. Do Dr. Floresta de Mirandanão havia noticias e do precioso liquidoainda menos.

A coisa chegara a tal ponto, queos criados dos cafés, para se pouparemao trabalho de dar um copo d'agua _ ágente, diziam com toda a semcerimonia:— não ha.

E punham-se a bolir nas torneirasdo balcão, com um soriso de mofa e...nada.

Mais uma vez a divina providen-cia veio ao nosso auxilio, cumprindoà risca o programma que. lhe traçava oZé Bento, em tudo quanto dizia õufazia.

Foi pena que a nossa Constituição,em vez de três poderes, não estabele-cesse logo este outro, para a gente dizercomo nas obras de misericórdia, que to-das se resumem em duas.amar a Deus so-bre todas as cousas e tudo esperar dadivina providencia.

Evitava-se assim muitas questões einnumeras descomposturas nos gover-nos.

Era uma boa medida.

Grande sarilho é o que vae porahi com o augmento dos preços daspassagens nos bonds.

A companhia de Santa Therezajá segurou um tostão a mais e as outras,fundadas n'esse precedente, agarram-secom as unhas que teem para consegui-rem o mesmo.

A questão é,'deveras, complicada,e, francamente, se as companhias nosdessem um bom serviço a troco de

mais um tostão, nós fecharíamos osolhos, mormente depois de lembrarmo-nos que os portes do correio duplicaramassim como os preços das passagens naCentral.

Para quem appellar?* +

Os jornaes noticiaram um diad'estes:

Faz hoje annos o Dr. Amaro Ca-valcanti.

E logo a pequena distancia:Faz hoje annos o general Glycerio.Coincidência!E' a lei das compensações.Ou agora ou nunca, é o caso de

parabéns.

única companhia nacionalSL, que actualmente funeciona

snesta cidade é a do Apollo,JBque com um stoicismo in-

Ivejavel lucta contra a indif- Iferença do publico.

Ainda não se pôde comprehenderqual a causa de tanta ingratidão.

A empreza Faria, Sampaio & C. temuma companhia composta dós melhoresartistas que aqui residem, tem um re-pertorio novo e interessante, monta assuas peças com luxo no vestuário e naenscenação e além disso capricha nosensaios e no desempenho; no emtanto, opublico abandona-a e força-a, talvez afechar as portas!

* *Se os emprezarios do Apollo, em

vez de operetas bem montadas, de come-dias e vaudevilles, de dramas, como oComboio n. tf, que actualmente represen-tam, se mettessem a contractar umacompanhia de çavallinhos, talvez a estahora estivessem nadando em dinheiro.

Quem nasce para dez réis, nãochega a tostão— é provérbio antigo.

Das companhias estrangeiras, sa-lienta-se em primeiro logar, a Lyricaitaliana, que, valha a verdade, tem cum-prido fielmente o seu programma.

O publico, que a freqüenta, exi-gente como c, não tem feito reclamaçãoalguma, o que prova que tudo correbem.

Também, não admira, além dosbons cantores dalli, estão à testa da com-panhia Sansone, Polaco e Rotoli, umtrio que recommenda a empreza.

O Éden Lavradio é que tem absor-vido quasi toda a população do Rio deJaneiro.

A companhia, bem dirigida comotem sido, tem variado constantementeo seu repertório e este tem sido desem-penhado a contento geral.

Actualmente canta-se no ÉdenLas tentaciones de S. Antônio, La C^arina,e El Diabo Rojo.

*No Recreio estreou ultimamente

a Companhia Holden's Fantoches, queagradou bastante.

De todas as que teem vindo, destegênero, è esta inquestionavelmente amelhor, jà pela limpeza com que sãomovidos os bonecos, já pelo tamanhodestes, já, finalmente, pelas deslumbramtes scenographias apresentadas.

O publico tem gostado immensa-mente dos Holden' s Fantoches.

Estreou também no S. Pedro aCompanhia de novidades excêntricas docav. Watry.

Os trabalhos são feitos com muitalimpeza e graça.

A companhia agradou e a vistadisto promette demorar-se entre nós.Vale a pena vêr os trabalhos apresen-tados.

Trabalha no Variedades a emprezaMachado & C, que não tem regateadoesforços edespezaspara attrahiro publico.

Regularmente aos sabbados e do-mingos apresenta ella uma peça ao gostoda platéa, que applaude os principaesartistas.

Nesta epocha representa-se alli Osmilagres de N. S. da Gloria, drama sacro,bem montado e bem desempenhado.

Não tem tido a concurrencia de ou-tr'ora as touradas. Também, a emprezalevou para a arena uns bois de carro epretende impingir ao publico este contodo vigário.

REVISTA ILLUSTRADA

Eis em resumo o movimento thea-trai da semana finda, ü que houver denovo nesta, será liei narrador o

¦-y •* -mi»—

f(

CASOS E COUSASem sido um soíTrivel escândalo o

... . chamado caso do Amazonas, irmãomais moço do chamado caso de Sergipe.

O capitão Eduardo Ribeiro fizeragovernador—por eleição popular—no te-nente Fileto.

Por isso, provavelmente, contavacom a sua submissão, e, como o Filetonão esteve pelos autos, considerou-sefilado.

Inventou-se então ..ma attrahenteviagem para a Europa.

Filão pegou na isca e lá se foi;e, emquanto gozava as dilicias de Capua,tramava em Maiiaos o Pensador a tallei dos quinze dias.

—Com esta filo-o, pensou o Pcn-sador.

.Mas Fileto, prevenido em tempo,por algum anjo que lhe murmurou noouvido o histórico — va, cours, vole etnous venge, veiu a toda desfilada a seapresentar dentre dos quinze dias.

Momentos terríveis de decepção edesespero passaram os que pensavamcom o Pensador.

Era preciso atravessar o Rubicon datimidez.

E appareceu a renuncia.De uma renuncia a uma denuncia

a distancia não é grande...E eis que o tenente Fileto cahe

com todo o pezo da gravitação do altodo poder ao banco dos réos.

#Edificantes casos esses de Sergipe

e Amazonas para o stahi quo do art. 6°da Constituição!

Em Sergipe cogitou-se em idênticarenuncia do vice-presidente Lobo, tam-bem capitão...

A mexeriqueira imprensa do Ara-caju adiantou-se contando a cousa e go-rou a renuncia, mas appareceu a de-nuncia.

E o pobre capitão Lobo passou afazer de cordeiro, immolado na ara deAbrahão, isto é, do Sr. Valladão.

¦5Í-

Felizmente, em Sergipe está o vi-gario Olympio de Campos, pastor das

almas, com vista segura para devassaros recônditos da psychologia.

E o resultado é que Sergipe estáem vésperas de ter um governo sério,de accôrdo com a geral opinião do Es-tado. *

A'parte porém esta luta de capitãese tenentes, na qual o coronel Valladãofez um pape1 de cabo de esquadra, temoso divorcio, isto é, a batina do Sr. Mou-rão a lutar como um mouro com ablusa revolucionaria do Sr. EricoCoelho.

Ü Dr. Erico expõe argumentos eo Sr. Mourão arranja com a padrariarepresentação de orphãs e viuvas.

# -X-

Curioso esse caso das representa-ções de mulheres contra o divorcio limi-tado!

Toda a gente sabe que a vantagemé quasi só para ellas, porque, em casode rompimento no lar, o homem actual-mente fica o mesmo, com franca facul-dade de concubinato sem perda do seuconceito; ao passo que ellas passam àvida de sacrifícios, condemnadas á cas-tidade perpetua, espreitadas desalmada-mente pelo malicioso olho da suspei-cão,

Pois bem, é dessas victimas que aperfídia dos impugnadores obtém pro-testos e representações!...

Faz-me lembrar o que se deu,quando a intendencia Municipal decre-tou que os vendedores de pão ambulan-tes, levassem comsigo uma balança, afimde que o consumidor exigisse a pesa-gem do pão que comprava e verificassepor esse meio que não estava sendo rou-bado nas grammas.

Os padeiros torceram a questão;tomaram a offensiva e começaram aexigir que o consumidor pezasse, por-que a lei lhes impunha isso e a popu-lação ignorante oppozse a tal oppressão.

—Nunca se viu isso, disse-me umavelha certa vez ; fizeram a Republicacom cantigas de que era em beneficio doPovo; mas o Imperador nunca obrigouninguém a andar pezando pão na rua !

E' o caso das representações dasmulheres.

Dizem-lhes que se vae acabar como casamento; que ellas vão ficar emabandono, casando-se os homens hojecom uma e amanhã com outra; e ellas

se apavoram deante dessa debacle e sa-hem da modéstia do lar para tomarparte na elaboração das leis, ellas, timi-das como são, e que nem teem a func-ção do voto!

* *O curioso é que os advogados da

indissolubilidade appellam para o espi-rito catholico da população,

E essa!A lei não obriga ; faculta.Si a população é toda catholica,

apostólica, romana, não se utilisará dodivorcio, que a lei faculta!

H. M.

B\/2%/jrK

WwÊÈÊm

ESTUDO OU DIVERTIMENTO

MA aquisição valiosíssimapara qualquer bibliotheca,publica ou particular, con-siste na collecção da RevistaIllustrada. que, abrangendoum período de 22 annos, da

3§;.'poca mais movimentada dodo nosso paiz, offerece larg-o campo aoestudo desses acontecimentos, assim comoprolongadas horas de agradável diversão.

Para bem se avaliar cTesse interessebasta recapitular os seguintes acontecimen-tos, a que ella se refere, em múltiplos dese-nhos: discussão e luetas da lei de 28 de Se-tembro, subida dos liberaes em 1878. propa-ganda abolicionista, lei de 13 de M io, mo-vimento republicano, últimos ministérios damonarchia. Republica, governo provisório,golpe de Estado, 23 de Novembro, Revoltae acontecimentos da actual situação.

Tem contos muito divertidos, taes comoAs Aventuras do '/.,' Caipora (24 capitules),Tiaoe 111 em hálito e muitos outros de irresisti-

vel humorismo.Essas colleçOes completas vendem-se, a

preços reduzidos, a 2008000 cada uma. res-tando poucas e havendo ja encommendasde algumas.

São remettidas para fora, bem acondi-cionadas e com toda a segurança.

Dirigir-se ao nosso escriptorio.

MVBWMA nossa escolhida collecção musical

foi enriquecida com mais uma brilhantecomposição .do Sr. Bento Adindo Car-doso da Silva, que tanto tem de modestoquanto de musico.

«Estrella scintillante», chama-se otrabalho, que é uma provocante valsa,offerecida ao seu amigo Henrique Melloe editada na casa Buschmann, Guima-rães & Irmãos,

A Revista agradece.

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O caso oUXXwctxorias. , ,S,-/r ,/* £*#«, Jtrtrlíminh pof^Ur, tento *,*i tomo nos c.nfens-do morre.

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