campo futuro projeto gera informações sobre os mercados de...
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EDIÇÃO Nº 40 OUTUBRO DE 2016
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL/SC
AGRICULTURA SC
Página 3
REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016 12
CAMPOFUTURO
Projeto gera informações sobre os mercados de arroz e ostra em Santa Catarina
liar a capacitação do produ-tor rural à geração de infor-mação para a administra-
ção de riscos de preços, de custos e de produção na propriedade rural. Esse é um dos objetivos do projeto Campo Futuro, desenvolvido pelo Senar/SC na esfera estadual. A inicia-tiva é promovida nacionalmente pela Confederação Nacional da Agricul-tura e Pecuária do Brasil (CNA).
Florianópolis sediou o primeiro painel sobre ostras do País. Até o momento, foram promovidos 27 pai-néis em todo o Brasil. Em setembro também ocorreu painel com foco na produção de arroz, em Tubarão.
O Campo Futuro disponibiliza informações estratégicas para facili-tar a tomada de decisões do produtor rural, mediante o acesso a um com-pleto banco de dados do setor agro-pecuário, com a evolução sistemática dos custos de produção e da rentabili-dade das principais atividades agríco-las e pecuárias e da publicação Ativos do Campo.
Segundo o presidente da Faesc, José Zeferino Pedro, a geração de informações compreende quatro ações: realização de painéis com ins-trumentos metodológicos para identi-ficar os sistemas e coeficientes de produção de cada atividade rural em uma região específica; desenvolvi-mento de indicadores com informa-ções de custo de produção e rentabili-dade das culturas agrícolas e da pecuária nos estados; criação de um sistema de informação e consolida-ção das informações geradas pelo projeto de forma acessível ao produ-tor rural e ao público em geral; divul-gação de publicações a partir de aná-lises e relatórios setoriais de desem-penho da agropecuária brasileira.
A metodologia dos painéis con-siste na definição da propriedade típica de produção em cada região de estudo. A propriedade típica se refere à realidade mais comum da região e de um determinado produto conside-rado no estudo. Um grupo formado por técnicos e produtores conhecedo-res da realidade local se reúne para
construir um sistema de produção mediante um debate aberto. “Juntos, eles montam uma planilha de custos de insumos e receita da faixa mais
representativa da produção naquele município”, observou o superinten-dente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi.
O município de Florianópolis sediou o primeiro painel sobre ostras do projeto Campo Futuro
Em Tubarão o painel abordou os custos da produção de arroz no Estado
A
OSTRADurante o painel foi
desenvolvido o levanta-mento de custos de produ-ção de ostras com base no preenchimento de uma planilha em conjunto com produtores, professores e técnicos da área. A meto-dologia utilizada foi a de custo operacional efetivo, operacional total e custo total. “Com essas informa-ções, a CNA consegue levantar os principais aspectos que pesam na rentabilidade do produtor e realizar ações junto ao Legislativo e Executivo em Brasília, tentando sanar os problemas identificados”, esclareceu a assessora técnica da Comissão Nacional de Pesca da CNA, Lilian Figueiredo.
ARROZEm Tubarão os trabalhos foram executados
pelos pesquisadores do Cepea, Luiz Henrique de Almeida e Fernando Perez Capello, e acompanha-dos pela supervisora do Senar/SC na região sul, Sueli Silveira Rosa. A iniciativa contou com a partici-pação de produtores de arroz de municípios da região. Também participaram desse esforço institu-cional a Embrapa, a Epagri e os Sindicatos Rurais, bem como as cooperativas.
O rizicultor Rogério Pessi, presidente do Sindicato Rural de Araranguá, avaliou positiva-mente o projeto. Segundo ele, a iniciativa é de suma importância para o levantamento do custo de produ-ção de arroz, colaborando de forma real para a situa-ção vivenciada na atividade.
De acordo com o produtor Rui Geraldinho, outro aspecto importante do painel foi a participa-ção dos municípios da região, favorecendo a inte-gração e a troca de experiências entre os produtores do setor. Também participaram da iniciativa e con-cordam com a metodologia o presidente do Sindicato Rural de Turvo, Donato Favarin, e o presi-dente do Sindicato Rural de Tubarão, José Antônio De Pieri.
VIOLÊNCIA NO MEIO RURAL PREOCUPA FAESC E SENAR/SC
GESTORES RURAISTransformação nas
relações de trabalho nas propriedades rurais
Páginas 06 e 07
SINDICATO EM DESTAQUE
Mafra: organização e
defesa do agronegócioPágina 09
CAMPO FUTUROProjeto gera dados sobre o mercado de arroz e ostra em SC
Página 12
Orecém-encerrado processo de
afastamento da presidente
Dilma Rousseff, agora em
caráter permanente, exige uma avalia-
ção isenta e escoimada de apegos ideo-
lógicos. De um lado, é necessário reco-
nhecer que as instituições republicanas
revelaram-se suficientemente fortes e
maduras para cumprir rigorosamente os
preceitos constitucionais e o rito defi-
nido pelo Superior Tribunal Federal.
Apesar disso, cidadãos engajados
nos partidos políticos a favor ou contra o
impeachment levarão décadas discu-
tindo essa matéria, mantendo férreas
posições doutrinárias – uns conside-
rando o episódio um golpe, outros acei-
tando a plena normalidade do estado de
direito.
Nesse período pós-impeachment,
mesmo que perdurem manifestações
públicas nas ruas, ações na Suprema
Corte e a pregação do golpe e não-golpe,
é urgente iniciar um esforço de pacifica-
ção. Obviamente não estamos em luta
armada, mas, não é exagero falar em
pacificação porque a exacerbação pode
chegar a níveis perigosos.
O caminho é acreditar nas institui-
ções e renovar a fé no regime democráti-
co. Levamos séculos para concluir que,
embora imperfeita, a democracia ainda
é o melhor caminho por basear-se nos
princípios da soberania popular e da dis-
tribuição equitativa do poder, na liber-
dade do ato eleitoral, na divisão dos
poderes e no controle da autoridade.
Nesse estágio é necessário desar-
mar os ânimos, abandonar o radica-
lismo das posições ideológicas e esten-
der uma ponte para o diálogo com o obje-
tivo de manter a normalidade institucio-
nal. Não colherão paz nem harmonia
aqueles que, agora, apostam no confron-
to, na violência, na desordem, na disse-
minação do medo e na pregação do
caos.
Nunca antes foi tão essencial o bor-
dão do pavilhão nacional – Ordem e
Progresso – como nessa fase particular-
mente sensível da história brasileira
para a retomada da normalidade da vida
brasileira. Precisamos de paz para resti-
tuir a fé no futuro, a confiança no merca-
do, a coragem de iniciar as reformas, a
ousadia de empreender e a vontade de
acertar.
O País tem pressa. Perdemos muito
tempo com essa crise. Grande parcela
dos avanços sociais dos últimos anos foi
impiedosamente neutralizada pela pre-
sente crise econômica e política.
Necessitamos barrar o rolo compressor
dessa conjuntura e iniciar um gradual e
incessante processo de retomada do
crescimento.
Tudo isso inicia com a pacificação
que deve dominar a mente e os corações
de todos, especialmente daqueles que
detém algum nível de liderança. O pri-
meiro compromisso do líder é com a
paz, a justiça e o futuro.
EDITORIAL
02 REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016
AgriculturaSC é um informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina
e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural � Administração Regional de Santa Catarina
DIRETORIA DA FAESC 2015/2019Presidente: José Zeferino Pedrozo1º Vice-Presidente: Enori Barbieri
2º Vice-Presidente: Milton Graciano Peron1º Vice-Presidente de Secretaria:
João Francisco de Mattos2º Vice-Presidente de Secretaria:
João Romário Carvalho1º Vice-Presidente de Finanças:
Antônio Marcos Pagani de Souza 2º Vice-presidente de Finanças:
José Antônio de Pieri
VICE-PRESIDENTES REGIONAISAdelar Maximiliano Zimmer (Extremo-Oeste), Américo do Nascimento (Oeste), Vilson Antônio Verona (Meio Oeste),
Mauro Kazmierczak (Planalto Norte), Lindolfo Hoepers (Vale do Itajaí), Márcio Cícero Neves Pamplona (Planalto Serrano)
e Vilibaldo Michels (Sul).
CONSELHO FISCAL EFETIVOFernando Sérgio Rosar, Gilmar Antônio Zanluchi e
Donato FavarinCONSELHO FISCAL SUPLENTES
Nilton Goedert, Fabrício Luiz Stefani e Dionício Scharf
CONSELHO ADMINISTRATIVO DO SENAR/SCPresidente do Conselho Administrativo - Gestão
2015/2018 - José Zeferino Pedrozo
CONSELHEIROS: Walter Dresch (Titular)Luis Sartor (Suplente)
Representantes: Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (FETAESC)
Marcos Antônio Zordan (Titular)Neivo Luiz Panho (Suplente)
Representantes: Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
Ricardo de Gouvêia (Titular)Cinthya Monica da Silva Zanuzzi (Suplente)
Representantes: Agroindústria
Daniel Klüppel Carrara (Titular)Adilcio Pedro Pazetto (Suplente)
Representantes: Senar Administração Central
CONSELHO FISCALRita Marisa Alves (Titular)
Pedro Cavalheiro de Almeida (Suplente)Representantes: Senar Administração Central
Tatiane Mecabô Cupello (Titular)Gilberto Modesto da Silva (Suplente)
Representantes: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc)
Joãozinho Althoff (Titular)Acir Veiga (Suplente)
Representantes: Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc)
DIRETORIA:Superintendente: Gilmar Antônio Zanluchi
Edição: Caroline da Costa FigueiredoRedação: Caroline da Costa Figueiredo, Marcos A. Bedin,
Aline Thais Gunsett, Kaehryan Fauth, Lisiane Kerbes e Silvania Cuochinski
Diagramação: Multi Design
Tiragem: 4.300 exemplares
Impressão: Grá�ca Arcus
José Zeferino Pedrozo: Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc)
SEM PACIFICAÇÃO NÃO VAMOS A LUGAR NENHUM
REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016 03
SEGURANÇA RURAL
Violência no campo preocupa entidades do agronegócio
ssaltos, furtos, sequestros,
tiroteios já fazem parte do
cotidiano da população da
zona rural há algum tempo e isso tem
provocado uma mudança nos hábi-
tos e costumes dos moradores do
interior de Santa Catarina. Agora, os
itens de segurança que são comuns
na área urbana, passaram a fazer
parte do cenário das propriedades
rurais. Alarmes, câmeras, cercas elé-
tricas, entre outros itens dividem o
espaço com equipamentos agrícolas
em sítios, chácaras e fazendas.
Preocupados com a violência
na área rural, representantes da
Federação da Agricultura e Pecuária
do Estado de Santa Catarina (FAESC)
e do Serviço Nacional de Aprendiza-
gem Rural (SENAR/SC) participa-
ram, em setembro, de reunião no
Centro Administrativo do Governo
do Estado.
A FAESC e o SENAR propuse-
ram uma parceria com o Governo do
Estado de Santa Catarina, visando a
elaboração de uma cartilha de segu-
rança voltada para áreas e atividades
rurais, baseada em estatísticas, em
entrevistas com detentos e nas
observações realizadas nas proprie-
dades rurais. Defenderam, também,
um programa de monitoramento pre-
ventivo por câmeras, como as que
hoje estão presentes no meio urbano,
para diminuir as ocorrências ilícitas
no campo, além de reivindicar uma
presença mais ostensiva do policia-
mento no meio rural.
O presidente do sistema FAESC
e SENAR/SC José Zeferino Pedrozo
observa que, embora apenas 16% da
população de Santa Catarina resida
em áreas rurais, o agronegócio conti-
nua sendo o maior gerador de divi-
dendos para o Estado. Ele enfatiza,
no entanto, que o policiamento, em
razão da densidade demográfica,
privilegia as áreas urbanas em detri-
mento das rurais.
O dirigente ressalta as medidas
de segurança que podem advir dos
próprios produtores rurais e aumen-
tar o nível de segurança no campo,
tais como evitar o plantio de vegeta-
ções que impeçam a visão da área
externa, a utilização de cães de guar-
da, anotar a placas de carros estra-
nhos que não possuem o costume de
passar pelo local, conhecer bem os
funcionários da propriedade, dificul-
tar o acesso à propriedade colocando
cadeados nas porteiras, entre outras
medidas que podem ser eficientes no
combate à bandidagem. Importante
ressaltar a necessidade de fazer o
registro de Boletim de Ocorrência
sempre que houver furtos nas pro-
priedades rurais. "Foi-se a época em
que no campo podia-se confiar em
todos, em que se dormia de portas e
janelas abertas", diz o dirigente.
Pedrozo defende que a Polícia
Militar Ambiental receba a missão
adicional de reprimir a criminalidade
e investigar bandidos e organizações
criminosas que agem no campo. “A
PM Ambiental é a força policial de
maior presença no campo, onde famí-
lias rurais estão sendo atacadas de
dia e de noite por bandidos que agem
em dupla ou em bando, roubam valo-
res financeiros, máquinas, gado, insu-
mos agrícolas e equipamentos”, jus-
tifica.
“Nós, produtores, nos sentimos
inseguros e vulneráveis às ações de
quadrilhas que atuam no meio rural,
uma vez que as propriedades, na
maioria das vezes, são afastadas da
cidade. Além do prejuízo material,
fica o trauma, pois muitos relatos dão
conta de que os assaltantes agem
com violência e usam armamento
pesado. De nossa parte, estamos sem-
pre em contato com o governo e acre-
ditamos que, atuando de forma cole-
tiva, juntamente com a inteligência
da nossa eficiente polícia, vamos des-
manchar essas organizações crimi-
nosas que atuam na zona rural de
nosso Estado".
ENCONTROParticiparam da reunião o
secretário da Casa Civil Nelson
Serpa, o secretário de Segurança
Pública Cesar Augusto Grubba, o
secretário da Agricultura Moacir
Sopelsa, o delegado geral da Polícia
Civil Artur Nitz, o coronel da Polícia
Militar Paulo Henrique Hemm, os
diretores da FAESC Enori Barbieri
(vice-presidente), Clemerson José
Argenton Pedrozo (assessor jurídi-
co), Márcio Cícero Neves Pamplona
(vice-presidente regional e presi-
dente do Sindicato Rural de Lages),
Fernando Sérgio Rosar (presidente
do Sindicato dos Produtores Rurais
de Campos Novos), Donato Favarin
(presidente do Sindicato Rural de
Turvo), Gilmar Antônio Zanluchi (su-
perintendente do SENAR e represen-
tante da Associação de Produtores
de Água Doce).
ARepresentantes da Faesc e do Senar/SC estiveram presentes durante reunião no Centro Admnistrativo do Governo do Estado para debater a violência no campo
SITUAÇÃO DA MAÇA
04 REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016
Faesc acompanha audiência pública do Senado Federal em São Joaquim
Questões mercadológicas e fitossanitárias relaciona-das à cultura da maçã esti-
veram em pauta no mês de setembro, em São Joaquim, durante audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura do Senado Federal. A sessão foi presidida pela senadora Ana Amélia Lemos e teve a participa-ção da Faesc.
O presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo e o vice-presidente Antônio Marcos Pagani de Souza defenderam reivindicações. Uma delas é o subsídio de juros no financi-amento da cobertura (proteção dos pomares) de tela antigranizo e outras intempéries climáticas. A segunda reivindicação é o apoio para o seguro dos pomares contra o granizo.
O terceiro pedido é um pro-grama para erradicação do cancro europeu, uma doença que devastou pomares do Rio Grande do Sul (com 70% de infestação) e já atinge a pro-dução catarinense, infestando 40% dos pomares de Fraiburgo e 1% dos pomares de São Joaquim.
Os dois dirigentes elogiaram a iniciativa da senadora gaúcha Ana Amélia, que tem defendido com com-petência o agronegócio brasileiro. No
início do ano, Pedrozo e Pagani atua-r a m j u n t o a o M i n i s t é r i o d a Agricultura, em Brasília, para impe-dir o ingresso da maçã chinesa no mercado brasileiro. A questão era de natureza comercial e fitossanitária porque a China convive com pragas que já foram erradicadas no Brasil e pratica preços muito baixos porque mantém subsídios ao produtor – o que é condenado pela Organização Mundial do Comércio.
Por isso, a Faesc alertou que a abertura do mercado brasileiro para a fruta da China prejudicaria as con-dições de competitividade dos pro-dutores catarinenses. “O Ministério da Agricultura entendeu a gravidade da situação e proibiu a importação, salvaguardando a sanidade do mer-cado interno brasileiro”, assinalam.
Pedrozo e Pagani destacaram que a Faesc trabalha para que o pomi-cultor catarinense produza frutas de alta qualidade, empregando tecnolo-gias que respeitem o meio ambiente e a saúde do produtor e do consumi-dor, praticando uma fruticultura sus-tentável que legará às futuras gera-ções um ambiente preservado e equi-librado. Lembram que o desenvolvi-mento comercial da cultura da
macieira deu-se no início da década de 1970 e, até então, o mercado bra-sileiro era abastecido totalmente por maçã importada principalmente da Argentina. O Brasil começou a apare-cer nas estatísticas internacionais na década de 1980, sendo que em 2001 atingiu a autossuficiência.
STATUS
O Brasil é o único país livre de pragas conhecidas como traça-da-maçã ou cyndia pomonella. Santa Catarina responde por mais da metade da safra brasileira de maçã e 75% dos produtores do País. Cerca de 1.700 produtores geram 650 mil toneladas por ano, movimentando mais de 2,3 bilhões de reais e susten-tando 40 mil empregos durante a colheita.
Os principais importadores da maçã in natura do Brasil são Holanda, Reino Unido, Bangladesch, Alemanha, Irlanda, França, Portugal e Espanha. Os principais comprado-res do suco de maçã são Estados Uni-dos, Japão, África do Sul, Trinidad e Tobago, Holanda, Alemanha, México e Porto Rico. As receitas cambiais totalizaram 54 milhões de dólares no ano passado.
O presidente da Faesc e do Conselho de Administração do Senar/SC José Zeferino Pedrozo rece-beu, em setembro, o título de cidadão honorário de Fraiburgo e a proclamação de presidente de honra do Sindicato Rural do município. A homenagem foi proposta pelo vereador Gerson de Matia. A sessão solene ocorreu na Câmara de Vereadores de Fraiburgo.
A frente do Sistema Faesc e Senar/SC, Pedrozo auxilia na defesa dos direitos dos produtores rurais cata-rinenses e promove o acesso gratuito à capacitação ao homem do meio rural. O reconhecimento como cidadão honorário veio em agradecimento aos serviços prestados em prol do desenvolvimento do agronegócio do muni-cípio.
Pedrozo dedicou o reconhecimento a equipe do Sistema Faesc e Senar/SC. Segundo ele, os resultados alcançados são o reflexo da dedicação diária de todos. “É gratificante receber essa homenagem. Isso nos incentiva a continuarmos trabalhando em defesa dos produtores rurais”, agradeceu Pedrozo.
Pedrozo agradeceu as homenagens e dedicou o reconhecimento aos colegas de equipe do Sistema Faesc e Senar/SC
José Zeferino Pedrozo recebe o título de cidadão honorário de Fraiburgo Santa Catarina é o único Estado brasileiro livre de febre
aftosa sem vacinação e também de peste suína clássica. O Estado destaca-se como maior produtor e exportador nacional da carne suína no País. Diante desse cenário positivo, constantemente, novas empresas interessadas em exportar a carne suína visitam o Estado catarinense a fim de conhecer a produção e iniciar novas negociações.
Em setembro, uma comitiva com sócios de uma distribui-dora do norte da China visitaram três frigoríficos no Estado: A Cooperativa Central Aurora Alimentos e o Frigorífico Ecofrigo, em Chapecó, e o Frigorífico Catarinense, em Braço do Norte.
O primeiro contato com os potenciais exportadores foi efetu-ado por meio do Sindicato Rural de Braço do Norte. “Contamos com o total apoio da Faesc para facilitar a vinda dos empresários a fim de apresentar a produção de carne suína de Santa Catarina e, possivelmente, alcançar novos clientes na China”, comentou o pre-sidente do Sindicato, Edemar Della Giustina.
De acordo com o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, a Federação intermediou a vinda dos empresários para o Estado com o intuito de facilitar a expansão da exportação da carne suína.
REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016 05
DESTAQUE NO ESTADO
Viveiro Florestal Duffatto ganha Prêmio SC pela educação
empresa Viveiro Florestal Duffatto, de Maicon Diego Duffecky, de Monte Castelo,
foi a vencedora do Prêmio Santa Catarina pela Educação, na categoria Programa de Educação Corportativa – Microempresa/Pequeno porte. Além do Viveiro, mais seis empresas do setor econômico representado pelo Sistema Faesc e Senar/SC parti-ciparam do Prêmio.
A iniciativa é da Fiesc, por meio do Movimento Santa Catarina pela
Educação, com o objetivo de reco-nhecer as empresas por suas práticas educacionais de elevação da escolari-dade e de melhoria da qualificação profissional, bem como programas de estágio.
Para Duffecky, ganhar o prêmio consolidou um trabalho que iniciou em 2005 em parceria com o Projeto Micro Bacias 2, da Epagri, e foi apri-morado em 2008 com o Programa Empreendedor Rural (PER) do Senar/SC. “A motivação da equipe de
trabalho, com colaboradores capaci-tados, nos torna uma empresa com-petitiva no mercado. Estamos evi-tando o êxodo rural, capacitando os jovens para o trabalho profissional, além de preservarmos o meio ambi-ente”, relatou.
De acordo com o presidente do Sistema Faesc e Senar/SC, José Zeferino Pedrozo e o superinten-dente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, o Sistema apoia iniciativas que promovam a educação, principal-mente a fim de ampliar a qualificação no meio rural, garantindo a perma-nência no campo.
A Faesc e o Senar/SC integram o Movimento Santa Catarina pela Educação, com assento no Conselho de Governança e no Comitê Técnico Estadual, representados, respectiva-mente, pelo presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo e o superin-tendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi. O Senar/SC tam-bém tem assento nas Câmaras Re-gionais de Educação do Movimento das sete regiões em que tem repre-sentação.
AO superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, durante reunião do Comitê Técnico Estadual
A visita realizada no Frigorífico Aurora Chapecó (FACH I),foi acompanhada pelo gerente da unidade, Antônio Wanzuit
Comitiva em visita no Frigorífico Ecofrigo, em Chapecó
Comitiva de empresários visita frigoríficos catarinenses
tem dificuldades. O Senar/SC pre-
tende auxiliar na melhora dessa con-
dição por meio da capacitação”,
explicou.
Ramthum destacou que o pro-
grama motiva os empresários rurais
a implantar soluções tanto na parte
técnica como operacional a partir da
elaboração de um novo modelo de
gestão de pessoas. “Eles saem do
treinamento com uma nova cultura
organizacional, muito mais profissi-
onal e organizada”.
O supervisor de agropecuária
da BRF de Concórdia, Ricardo Luis
Pierozan, destacou que a mão de
obra externa tornou-se uma neces-
sidade na propriedade rural de mui-
tos integrados. “O programa auxilia
na gestão rural e na organização.
Estamos muito felizes com o resul-
tado”, explanou Pierozan.
NA PRÁTICA Elisandra Renosto De Carli, de
33 anos, possui uma propriedade
rural ao lado do marido há cerca de
um ano na Linha Tateto, interior de
Concórdia. O casal possui quatro
aviários e aloja 144 mil aves por
lote. Elisandra foi convidada a parti-
cipar do curso e relatou satisfação
com os conhecimentos adquiridos.
Segundo ela, três pontos fundamen-
tais foram melhorados após ade-
quar as técnicas indicadas durante o
programa. “Tivemos uma evolução
na comunicação, conseguimos dimi-
nuir os atritos ocasionados pelo cho-
que de gerações e o meu marido
aprendeu a dele-
gar as funções e
dividir as tare-
fas. Tudo isso
tornou o ambi-
ente de trabalho
mais harmonio-
so. Com certeza
os re-sultados
virão na produ-
ção também”,
c o n s i d e r o u
Elisandra.
O produtor rural Jones Paulo
Gasparetto produz aves e gado de
leite em Sede Figueira, interior de
Chapecó. Segundo ele, há 60 anos o
avô iniciou a produção, passando de
pai para filho. A família é integrada
da BRF há 40 anos. Gasparetto
explicou que o Programa Gestores
Rurais está possibilitando na
melhor visualização das escolhas
tomadas no dia a dia. “É uma exce-
lente troca de experiências. Apren-
demos como escolher a pessoa ade-
quada para cada função e isso dimi-
nui a rotatividade de colaboradores.
Está sendo muito produtivo. Tenho
certeza que sairemos daqui muito
mais esclarecidos”, afirmou.
REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016 07
Programa qualifica para transformar as relações de trabalho nas propriedades rurais
Os empresários rurais receberam orientações sobre como executar a gestão de pessoas em suas propriedades
Turma de Chapecó iniciou o programa no mês de setembro
Encerramento da turma de Palmitos ocorreu no final do mês de setembro
Os participantes de Concórdia apresentaram os resultados obtidos
Em Palmitos os participantes apresentaram os avanços que obtiveram em suas propriedades
GESTORES RURAIS
06 REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016
Com o objetivo de aperfei-
çoar os gestores rurais
para administrar a proprie-
dade adotando princípios da ges-
tão democrática e participativa de
forma sustentável, diminuindo a
rotatividade de funcionários e auxi-
liando no aumento dos indicadores
de resultados, o Senar/SC desen-
volve o Programa Gestores Rurais
(GR).
A iniciativa tem como foco capa-
citar os gestores rurais para gerir
pessoas. A estrutura do programa
compreende 80 horas/aula, dividi-
das em 10 encontros, com duração
de oito horas. Segundo o superin-
tendente do Senar/SC, Gilmar
Antônio Zanluchi, o GR foi criado
em 2015 pelo Senar/PR para aten-
der a demanda solicitada pela
empresa BRF Brasil Foods, inicial-
mente para as cadeias de suínos e
aves. “Atualmente é aplicável em
todas as cadeias produtivas”, expli-
cou.
Em Santa Catarina, as primei-
ras turmas foram nos
municípios de Concór-
dia, Palmitos e Chape-
có, executadas em par-
ceria com os Sindica-
tos Rurais e as empre-
sas do setor agrope-
cuário. Outras turmas
iniciarão nos próximos
meses no Estado.
A iniciativa aborda
a gestão de pessoas na
propriedade rural; co-
mo conhecer a equipe
de trabalho; relaciona-
mento de equipe e comunicação;
processo de feedback; provisão de
recursos humanos; integração e
aprendizagem; rotinas de trabalho;
geração e análise de informações;
planejamento estratégico e plano
de ação.
Para o prestador de serviço em
instrutoria, Lorival Zanluchi, cui-
dar da postura profissional e da
maneira como se expressa são fun-
damentais no processo de auxílio
ao funcionário, pois as pessoas
devem ser treinadas para que pos-
sam obter o maior prazer possível
em um trabalho bem feito e se
desenvolver como indivíduos.
O supervisor do Senar/SC na
região Oeste, Helder Barbosa,
explicou que a entidade custeou
todas as despesas com material
instrucional, serviços de instrutoria
e alimentação. “O Senar/SC fica
imensamente satisfeito ao ver que
iniciativas como essa surtem efei-
tos positivos no dia a dia das pro-
priedades rurais”, complementou.
De acordo com o prestador de
serviço em instrutoria Valdir Airton
Ramthum, a área de recursos huma-
nos é muito vasta. “Os profissio-
nais têm domínio da parte operaci-
onal com conhecimento técnico de
altíssimo padrão, mas no relacio-
namento com as pessoas ainda exis-
O programa iniciou em Santa Catarina com a turma de Concórdia
ARTIGO
08 REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016
Ocenário para a safra
2016/17, em termos de
clima, é mais favorável ao
produtor catarinense. A tendên-
cia de ocorrência do fenômeno
La Niña nos próximos meses, que
embora represente irregularida-
des na precipitação, que pode tra-
zer prejuízos caso ocorra seca em
fases decisivas do desenvolvi-
mento da cultura, como a flora-
ção, gira ainda em um cenário de
normalidade e não cria expecta-
tiva de grandes perdas no Estado.
Entre as principais causas
desse aumento de área estão os
preços de milho que, em Santa
Catarina, como no resto do país,
tiveram comportamento atípico
na safra 2015/16, haja vista que
as cotações internacionais, prin-
cipalmente da Bolsa de Chica-
go, vinham influenciando siste-
maticamente o comportamento
dos preços internos, e não o
desempenho da safra, como
ocorreu neste ano. Outro as-
pecto relevante foi a forte que-
bra da safra brasileira e a inten-
sificação das exportações, o que
provocou a diminuição da oferta
interna do grão e consequente
elevação dos preços no país. A
elevação dos preços trouxe
alento aos produtores de milho,
que há tempos vinham obser-
vando sua margem reduzir, ao
mesmo tempo em que ocasio-
nou problemas à produção de
proteína animal, especialmente
suínos e aves, via elevação dos
custos de produção.
O milho silagem também
deverá aumentar sua área plan-
tada na safra 2016/17. Espera-se
que cerca de 211 mil hectares
sejam plantados, cerca de 1,83%
mais do que em relação 2015/16.
A produção deverá ser de 8,3
milhões de toneladas, 2,45%
maior do que a do ano safra ante-
rior. A dinâmica de crescimento
dessa cultura no Estado tem se
dado de forma a atender a
demanda da produção leiteira,
aumentando e concorrendo em
área com o milho grão, fumo e
feijão nas regiões onde a produ-
ção leiteira tem apresentado cres-
cimento nos últimos anos.
Para a cultura da soja tam-
bém é esperado aumento da área,
cerca de 1,65% em relação à safra
anterior, totalizando cerca de 646
mil hectares. O aumento da pro-
dutividade em 4%, deverá resul-
tar em uma produção de 2,2
milhões de toneladas. As regiões
onde são esperados os maiores
incrementos de área são Concór-
dia, Curitibanos, Ituporanga e
Campos de Lages. Nas regiões
de Concórdia e Curitibanos há
predominância de terras de pri-
meira, de fácil mecanização e
expansão da produção de soja. Já
na região de Campos de Lages,
há uma tendência de abertura de
novas áreas com estabeleci-
mento do plantio de soja.
Para o arroz irrigado na safra
2016/17 espera-se um aumento
de 0,45% da área plantada. Isso
porque para a cultura do arroz as
áreas já estão consolidadas, não
havendo grandes alterações,
mesmo que o mercado esteja
favorável ao produtor. O clima
propício tenderá a promover pro-
dutividades superiores às obser-
vadas no ano passado, resul-
tando em produção de 1,1
milhões de toneladas no ano que
se inicia.
Para o feijão 1ª safra as esti-
mativas iniciais indicam que a
área da safra 2016/2017 deverá
ser de 46.328ha, isso é cerca de
4,5% menor do que na safra pas-
sada. Essa expectativa confirma
o comportamento histórico da
cultura em nosso estado que, a
cada ano vem perdendo espaço
para outras culturas. Em produ-
ção, é previsto aumento de
6,46%, passando das 83.601 tone-
ladas em 2015/16, para cerca de
88.999 toneladas em 2016/17.
Em rendimento também é espe-
rado incremento de 11,28%. Nos
últimos anos, boa parte dos pro-
dutores têm optado por substituir
os cultivos de feijão por soja ou
milho, com menor risco de per-
das de rentabilidade pela volatili-
dade dos preços.
Estimativa Inicial da safra de verão 2016/17 dos principais grãos de SC
Glaucia de Almeida Padrão: Economista, Dra. – Epagri/Cepa - [email protected]
João Rogério Alves: Engenheiro-agrônomo, MSc. – Epagri/Cepa - [email protected]
Para a safra 2016/17 de
milho, é esperado um
incremento de 1,57% na
área plantada de milho grão,
que combinado ao aumento
da produtividade em 7,96%,
deverá resultar em uma
produção 9,65% maior que o
ano safra anterior. A área
total destinada ao plantio
desta cultura deverá ser
equivalente à 374,5 mil
hectares e uma produção de
2,9 milhões de toneladas.
om forte presença na comu-
nidade desde 1968, o Sindi-
cato Rural de Mafra conta
com uma diretoria dinâmica. Seus
associados se dedicam para - cada
vez mais - aprimorar conhecimentos
e competências nas atividades de
pecuária de corte e leite, suinocultu-
ra, avicultura, ovinocultura e agricul-
tura em geral.
O primeiro presidente da enti-
dade foi Waldir Reusing que, em
1973, entregou o cargo para o
segundo presidente, José Waldemar
Ruthes, o qual permaneceu na presi-
dência até 2010, ano em que faleceu
e foi substituído pelo atual presiden-
te, João Romário Carvalho, médico
veterinário e produtor rural que já
atuou como vereador, prefeito e depu-
tado estadual.
“Nossa instituição tem uma dire-
toria e um conselho fiscal coesos e
atuantes. Isso nos deixa à vontade
para trabalhar e permite que as deci-
sões sejam do colegiado”, relatou
Carvalho. De acordo com o presiden-
te, grande parte dos associados têm
colaboradores em suas propriedades
e eles, certamente, se beneficiam do
Sindicato com os serviços de asses-
soria para o registro dos emprega-
dos, recolhimentos de taxas e tribu-
tos, entre outros.
“A população de Mafra sabe da
nossa luta: dedicamos todas as for-
ças no objetivo de firmar a importân-
cia do agronegócio para o município
e todos reconhecem que a nossa enti-
dade é a grande responsável por sua
organização, assistência e defesa”,
atestou Carvalho.
EVENTOS E PROJETOS
Tendo como principais parceiros
a Faesc, o Senar/SC, a Associação
Comercial e Industrial de Mafra
(ACIM), a Associação Riomafrense
de Criadores de Caprinos e Ovinos
(ARCCO), a Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural de
Santa Catarina (Epagri) e a Compa-
nhia Integrada de Desenvolvimento
Agrícola de Santa Catarina (Cidasc),
o Sindicato Rural de Mafra promove
a Exposição Feira Agropecuária –
nos meses de maio e setembro – e,
anualmente, realiza o Leilão Gené-
tica, viagem de estudos para a
Expointer e conta também com tur-
mas do Pronatec com foco na Horti-
cultura Orgânica e Bovinocultura de
Leite.
Em sua programação anual, inclui
os programas Com Licença Vou à
Luta, Sol Rural, Saúde da Mulher
Rural, Cidadania Rural e os seminá-
rios Pecuária de Corte, Previdência
Social Rural e Produção e Manejo de
Ovinos.
Mantém convênios com plano de
saúde, clínica médica, laboratório,
ótica, dentista, academia de ginásti-
ca, despachante, advogada e psicó-
loga que concedem descontos e pres-
tam atendimento aos associados. No
planejamento da atual diretoria figu-
ram projetos de ampliação do nú-
mero de integrantes ligados à institu-
ição, aumento da gama de serviços
prestados, acréscimo de novos con-
vênios aos já existentes e promoção
de melhorias constantes na estrutura
do Parque de Exposições José
Waldemar Ruthes, espaço que orgu-
lha a entidade e toda a população
mafrense.
SINDICATO EM DESTAQUE
Mafra: organização e defesa do agronegócio
REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016 0909
CDinâmica e dedicada, a diretoria do Sindicato Rural de Mafra tem atuação marcante
A sede da entidade está instalada na RuaDr. Mathias Piechnick, no Centro de Mafra
O atual presidente da instituição,João Romário Carvalho, assumiu o cargo em 2010
- Presidente: João Romário Carvalho
- Vice-presidente: Rogério Gislon
- Secretário: Antonio Cidral da Costa
- Segunda Secretária: Claudia Ruthes
- Tesoureiro: Domingos Cesar Herbst - Segundo Tesoureiro:
Sadi Evers
CONSELHO FISCALEfetivos:
José Antonio Raldi Sobrinho, Leôncio Puchalski e Celso Albrecht
Suplentes: Adilson Antonio Baumgartner,
Lidvina Becker e Claudio Puchalski
DIRETORIA
Foto
s: A
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APRENDENDO NA PRÁTICA
10 REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016
Com o objetivo de habilitar as mulheres rurais a empreen-derem, além de desenvolver
competência de gestão para aplica-ção no seu próprio negócio, conside-rando as oportunidades existentes, o Senar/SC, em parceria com os Sindicatos dos Produtores Rurais dos municípios, desenvolve o programa Com Licença Vou a Luta (CLVL).
Sandra Pagnoncelli, de 40 anos, produtora rural na linha Ervalzinho, em Ouro Verde, é uma das participan-tes do programa. Segundo ela, a inici-ativa possibilitou aprofundar conhe-cimentos. “pensamos que estamos fazendo tudo certo, mas quando pro-cura qualificação, percebe que há muito para aprender”, relatou.
“O programa aborda temas co-mo empreendedorismo, gestão fi-nanceira, planejamento do negócio, legislação e liderança. É dividido em cinco encontros com módulos de oito horas por semana e os temas são tra-balhados para serem aplicados obje-tivamente à realidade vivenciada na propriedade pelas produtoras”, des-tacou o supervisor do Senar/SC na região Oeste, Helder Jorge Barbosa.
De acordo com a prestadora de serviço em instrutoria, Rosa Marina Seghetto, o CLVL possibilita um novo olhar para as atividades de cada propriedade. “Elas identificam outras possibilidades de renda, reco-nhecendo o real valor da atividade atual. Exploram potenciais antes des-percebidos e conseguem auxiliar com melhores resultados na adminis-tração da propriedade”, descreveu.
Para o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, a presença do trabalho feminino nas propriedades rurais é realidade. Diante disso, o Senar/SC promove, constante-
mente, programas de aprimora-mento profissional buscando incen-tivar a gestão nas mulheres do campo.
O superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, ressaltou que a intenção é elevar a autoestima das mulheres para despertar o poten-cial pessoal e profissional, além de proporcionar atividades que pos-sibilitem a independência finan- ceira, construindo a autoconfian- ça com reflexos na qualidade de vida. “Tudo isso contribui para o aumento da renda familiar com melhorias na eficiência da gestão”.
Com Licença Vou à Luta estimula o empreendedorismo em produtoras
Turmas do Programa Empreendedor Rural visitam propriedadesOsni Roberto de Souza, de 42
anos, é produtor rural na localidade de Barreiros, em Palmeira, na região serrana de Santa Catarina. Há aproxi-madamente dois meses aderiu ao Programa Empreendedor Rural (PER), desenvolvido pelo Senar/SC. “Aprendi a elaborar planejamento estratégico para cada atividade. Isso possibilita analisar a viabilidade e efetividade das ações e decisões rela-cionadas a minha propriedade”, con-tou.
Assim como Souza, outros 20 produtores rurais de Palmeira e 25 de Campo Belo do Sul participam de turmas do PER e, em setembro, visi-taram propriedades de referência na produção de gado de corte e olericul-tura, nos municípios de Lages e Bom Retiro. De acordo com a supervisora do Senar/SC na região do planalto serrano, Stephanye Fanton, a visita
teve como objetivo apresentar proje-tos inovadores implantados em pro-priedades rurais.
Conforme a facilitadora da tur-ma de Palmeira, Marlinde Hoepers, foi observado os pontos fortes e fra-cos de cada propriedade. “A visita possibilita a visualização das oportu-nidades de organização e gestão dos negócios, além de contribuir para a definição e elaboração de planos de negócio”, reforçou.
O PER é oferecido para produto-res rurais de Santa Catarina de ma-neira totalmente gratuita. A estrutura do programa compreende encontros semanais com duração de 8 horas cada, totalizando 136 horas com dura-ção aproximada de quatro meses. Segundo o presidente da Faesc, José Zefereno Pedrozo, o programa tem contribuído para que sejam feitas melhorias significativas nas proprie-dades.
Turma de Palmeira durante visita em propriedades no município de Bom Retiro
A turma de Campo Belo do Sul visitou propriedades em Lages
Atuando na prevenção de doen-ças das mulheres do meio rural o Senar/SC, em parceria com os
Sindicatos Rurais e as Secretarias de Saúde dos municípios, promove o pro-grama especial “Saúde da Mulher Rural”. A iniciativa tem como objetivo orientar as mulheres do campo sobre a importância em cuidar da saúde e preve-nir doenças de colo de útero. No mês de setembro cerca de 300 mulheres de Bela Vista do Toldo e Itaiópolis participaram do programa.
As produtoras tiveram acesso a exames Papanicolau, atendimento no espaço beleza, palestras educativas e kits saúde. “Todas as atividades são vol-tadas à conscientização sobre os hábi- tos saudáveis que possam contribuir com a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar das mulheres”, explicou a coordenadora do programa no Estado, Estela Macedo.
“A intenção é gerar oportunidades de educação, prevenção e diagnóstico do câncer do colo do útero nas comunida-des, levando conhecimentos que possibi-litem a mudança de atitude favorecendo para uma melhor qualidade de vida”, res-saltou o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi.
Programa promove acesso a exames preventivos para mulheres do meio rural
SAÚDE DA MULHER RURAL
REVISTA AGRICULTURASC | OUTUBRO DE 2016 11
Senar/SC, Sindpesca e Capitania dos Portos iniciam curso de Aquaviário
Iniciativa estimula o autocuidado em produtoras rurais
Habilitar pescadores com as competências para a inscrição de Aquaviário na categoria de pescador profissional (POP), no nível de habilitação 1, para o exercício da capacidade exclusiva na função de pescador em embarcação de pesca de qualquer porte e tipo de navegação. Esse é um dos objetivos do primeiro curso de formação de Aquaviários (CFAQ-III-CM/N1) desenvol-vido pelo Senar/SC em parceria com o Sindicato dos Pescadores do Estado de Santa Catarina (Sindipesca), de Joinville, e a Delegacia da Capitania dos Portos, em São Francisco do Sul.
A qualificação iniciou em setembro e encerra no mês de novembro. “O treinamento qualificará os pescadores para que, durante um ano de embarque, consolidem o conhecimento, o entendimento e a proficiência necessária para exercer a função de patrão de embarcações de pesca com AB menor ou igual a 10 e de potência propulsora até 170 kW, empregadas na nave-gação interior e na navegação costeira, conforme definido pela Capitania dos Portos de sua jurisdição”, esclareceu o instrutor Lúcio Cavalcante.
Com o objetivo de levar as produtoras rurais a reconhecer os comportamentos que fortalecem e enfraquecem o sistema imunológico, a fim de estimular a mudança de atitude para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o Senar/SC promove o programa “Plantando Saúde”. Em setembro os municípios de Irineópolis e Itaiópolis tiveram ações do progra-ma.
Durante o evento foram abordadas as princi-pais doenças crônicas não transmissíveis, causas e consequências. De acordo com o superinten-dente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, as atividades relacionadas à saúde têm caráter edu-cativo e preventivo e são consideradas prioritá-rias, por possibilitar a aquisição de conhecimen-tos, o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais e mudanças de atitudes que favorecem uma melhor qualidade de vida nas comunidades rurais.
Mais de 150 mulheres participaram da iniciativa em Itaiópolis
As produtoras rurais de Bela Vista do Toldo tiveram acesso a palestras
As mulheres são incentivadas a desenvolver o espírito de liderança e gestão em suas propriedades