caju - a.g.a. gastronomía

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CAJU Por Selma Cristina Rosal Oliveira Prof. Grasiela S. Muryn Institución: A.G.A. Gastronomía 1° C 2014

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Caju

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CAJUPorSelma Cristina Rosal OliveiraProf. Grasiela S. Muryn

Institucin: A.G.A. Gastronoma

1 C2014CAJU (Anacardium occidentale L.)

1. Presentacin y origen

II. Caractersticas anatmicas, nutricionales y sensoriales del alimento.

III. Informe de produccin y comercializacin en Argentina (datos estadsticos, zonas de produccin, etc.)

IV. Procesos de produccin agrcola o fabricacin industrial

V. Sub productos obtenidos a partir de la materia prima base.

1. Castaa

1. Detalles de la informacin

Detalles de la informacin

B. Pednculo

1. Detalles de la informacin

Detalles de la informacin

VI. Clasificacin de calidad, variables nutricionales, peso, origen.

VII. Formas de presentacin en el comercio.

VIII. Mtodos de conservacin

IX. Recomendaciones de uso y manejo culinario puede incluir una receta

X. Bibliografa consultada.

Presentacin y origen

Anacardium occidentale, conocido vulgarmente comoanacardo,castaa de caj,maraonomereyes un cultivo originario del nordestebrasileocon excelentes propiedades medicinales y nutricionales.

La castaa de caj, como es ms conocido en Argentina, es, en realidad, formado por la castaa y por el pednculo, o falso fruto. Del pednculo se puede obtener una gran cantidad de productos, a partir de procesamiento industrial o de forma artesanal, como la produccin de jugos, dulce y deshidratados. Tambin es utilizado en gastronoma, en la elaboracin de platos calientes y fros. Se destaca tambm el aproveitamiento del pednculo in natura.

De la castaa, adems de la amndoa, que se constituye el principal producto de la industrializacin del caju, son obtenidos el lquido de la cscara de la castaa, materia-prima bsica para la fabricacin de barnices, tintas, plsticos, lubricantes, insecticidas, e el tanino, que se obtiene de la pelcula de la amndoa.

El caju formado por 10% de castanha e 90% de pednculo. De estas dos partes, el pednculo presenta el menor porcentaje de industrializacin, sendo el procesamiento del jugo integral el ms representativo en el aprovetamiento industrial de la materia-prima.

El pednculo contiene de tres a cinco veces ms vitamina C que la naranja, adems de clcio, fforo y otros nutrientes.

Em la industrializacion del caju, sus productos pueden ser agrupados en las siguientes categoras: jugos, bebidas destiladas e fermentadas, dulces, condimentados e deshidratados. Actualmente, en Brasil, varias fbricas industrializan productos de caju, pero solamente una minora lo aprovecha de modo integral, o sea, procesa el pednculo y la castaa.

La agroindustria del caju tiene un gran impacto socio-econmico al generar gran nmero de empleos en las actividades agrcolas, industriales y comerciales, promoviendo una mejor calidad de vida al hombre del campo.

CARACTERSTICAS DEL CAJU SEGN EL CDIGO ALIMENTARIO ARGENTINO

El caju no se encuentra en el Cdigo alimentario argentino como fruta fresca. Aparece solamente la castaa de cay como fruta seca comestible que presenta, en su estado natural de maduracin un contenido de humedad tal, que permite su conservacin sin necesidad de un tratamiento especial. Por lo tanto con los nombres de castaas de cay, caj, nueces de ancar o maran, se entienden las semillas secas y limpias del Anacardium occidentale L.

2.CARACTERSTICAS QUMICAS E FSICO-QUMICAS DO PEDNCULO DO CAJU

O pednculo de caju (Anacardium occidentale L.) apresenta uma grande variabilidade com relao s suas caractersticas qumicas e fsico-qumicas, tendo como principais fatores que as influenciam o tipo de solo, o clima, o tipo de cajueiro (nativo ou clone de ano precoce), o estdio de maturao e as condies de plantio (sequeiro ou irrigado).

TABELA 1 - Composio qumica e fsico-qumica do pednculo do caju

Determinaes Valores mdios

Acares redutores (%) 8,00

Vitamina C (mg/100mL) 261,00

Acidez Total (em cido ctrico %) 0,35

Slidos solveis (Brix) 10,70

Tanino (%) 0,35

Clcio (mg/100g) 14,70

Fsforo (P2O5) (mg/100g) 32,55

Umidade (%) 86,33

pH 3,90

FONTE: SOARES (1986)

SUBPRODUCTOS OBTENIDOS A PARTIR DE LA MATERIA PRIMA BASE

Los principales productos obtenidos de la fraccin lquida del pednculo son:

1. Jugo integral: s el principal producto del pednculo, tiene una buena aceptacin en el mercado interno brasilero, especialmente en la Regin Nordeste.

2. Nctar: con la popularizacin del envase tetra pak, el nctar tiene obtenido gran aceptacin, por la facilidad y forma de consumo.

3. Cajuna: producto basicamente de consumo regional, obtenido del jugo clarificado.

4. Bebidas fermentadas e destiladas: producidas en pequea escala, son practicamente caseras y los procesos de obtencin necesita ser estudiados y padronizados.

Los principales productos obtenidos de la fraccin fibrosa del caju son:

1. Pulpa: producto obtenido de la desintegracin del pednculo, visando a su estocagem para posterior utilizacin. La denominacin tambin puede ser utilizada para la pulpa congelada, sendo su uso para la obtencin de jugos.

2. Dulces: productos bastante conocidos y de fcil obtencin, se constituye la forma mas rentable del aprovechamiento de la fraccin fibrosa. En esa denominacin se encuadran los delces pastosos, en calda e los deshidratados.

La castaa que representa 10% del peso total del caju, presenta dos porciones distintas: la amndoa y la cascara.

La amndoa puede ser consumida con o sin sal, en forma de caramelo, con cobertura de chocolate en forma de harina, grnulo ou xerm. La amndoa contiene una pelcula envolvente, que s removida durante el procesamiento, de lo cual son extrados alcalides y taninos. De la cascara, se obtiene un lquido - LCC, usado em diversas aplicaciones industriais, como obtencin de tintas, barnices, resinas, inseticidas, fungicidas, materiales elctricos, isolantes, adesivos y vrios otros productos.

COMPONENTES DO CAJU E SEUS SUBPRODUTOS

O caju compe-se de castanha - o verdadeiro fruto - e de um pednculo hipertrofiado - o pseudofruto. O peso de uma castanha pode variar desde 2g at 30g. A maioria das castanhas que chegam s indstrias apresenta um peso mdio em torno de 7,0g.

A castanha constituda de trs partes: casca, pelcula e amndoa.

1) A casca, que representa de 65% a 70% do peso da castanha, contm um lquido custico e inflamvel - o LCC (lquido da casca da castanha).

2) A pelcula da amndoa, que representa cerca de 3% do peso da castanha, rica em tanino.

3) A amndoa, que a parte comestvel da castanha, representa cerca de 28% a 30% do seu peso, porm no processo industrial o rendimento mdio de apenas 21%.

A amndoa da castanha de caju apresenta grande valor nutritivo. considerada fonte de protena de alta qualidade, rica em cidos graxos poliinsaturados e altamente energticos, rica em gorduras e carboidratos, apresentando ainda elevados teores de clcio, ferro e fsforo. A Tabela 1 apresenta suas principais caractersticas qumicas.

Como o caju apresenta variao na sua composio qumica de acordo com o seu tipo, clone e regio produtora, so apresentados dados mdios do pednculo (Tabela 2), no havendo, portanto, diferenciao entre os tipos de caju amarelo e vermelho.

Produtos Obtidos da Frao Lquida

Produtos Obtidos da Frao Fibrosa

Pratos Obtidos da Fibra do Caju

Produtos derivados da castanha

A industrializao do caju visa, basicamente, ao aproveitamento da amndoa da castanha e, em menor escala, a extrao do lquido da casca da castanha, existindo, ainda, grande possibilidade de aproveitamento do pednculo. Da castanha, pode-se obter grande quantidade de produtos e subprodutos como amndoa, tintas, vernizes, isolantes, colas fenlicas, inseticidas dentre outros (Fig. 3).

2. Beneficiamento da castanha de caju

2.1 Descrio das operaes

Secagem da castanha

As castanhas devem ser secas at obter umidade de 7% a 9%, para que no haja problemas de deteriorao, principalmente por fungos, durante a estocagem. A secagem feita espalhando-se as castanhas em terreiros ou quadra de cimento, por um perodo que pode alcanar at cinco dias, dependendo da regio. As castanhas devem ser amontoadas, em camadas de at 30 cm do solo, com revolvimentos pelo menos duas vezes por dia, sendo, no perodo da noite, cobertas com lonas ou plstico, com o objetivo de evitar chuvas e agentes externos.

Limpeza

conveniente manter as castanhas limpas, livre de folhas, pedras, areia, pedaos de pednculo e outras impurezas, que so fonte de contaminao e aceleram a deteriorao das castanhas durante a armazenagem.

Classificao

Essa operao, tambm chamada de calibragem, consiste em separar as castanhas por tamanho, em chapas perfuradas de calibres diversos.

Armazenagem

A castanha, depois de seca, limpa e classificada, pode ser armazenada por mais de um ano. O armazenamento em sacos mais recomendvel, devendo estes ser empilhados sobre estrados, em local arejado, limpo e seco, sem perigo de contato das castanhas com a gua. As pilhas de sacos devem ficar afastadas uma das outras, para permitir a circulao do ar.

Pesagem

A pesagem permite melhorar o controle do estoque e a qualidade da matria-prima armazenada, uma vez que pode indicar processo de reumidificao da castanha, evitando perdas do produto estocado.

Cozimento

Como preparao para o corte, as castanhas devem ser submetidas a uma etapa de cozimento por aproximadamente 30 minutos.

Resfriamento e secagem

Aps cozidas, as castanhas so colocadas em local arejado, para o seu resfriamento e para que sequem, facilitando a quebra durante o corte.

Decorticao

Depois de resfriadas, as castanhas so levadas operao de corte. Esta operao realiza-se em mquinas de corte, ajustadas aos tipos classificados anteriormente e montadas em mesas apropriadas.

Estufagem da amndoa

A secagem visa reduzir a umidade da amndoa at 2,5%-3,0%, para que a pelcula, at ento firmemente aderida amndoa, torne-se quebradia, facilitando a sua soltura. A secagem realiza-se em estufas com circulao de ar quente (60 C a 70 C), por um perodo de 6h a 8h.

Resfriamento

O resfriamento da amndoa pode ser feito sobre mesas ou nas prprias bandejas, em suportes apropriados, por cerca de duas horas temperatura ambiente, com o objetivo de preparar o produto para a retirada da pelcula.

Despeliculagem

Os operrios, com simples toro de dedos, conseguem separar a pelcula da amndoa.

Seleo e classificao

As amndoas devem ser classificadas basicamente pelo tamanho, integridade e cor. A amndoa deve ser classificada em sete classes, de acordo com o tamanho, podendo tambm ser classificada por bandas, batoques, pedaos, grnulos, xerm e farinha. A operao realizada em mesas com bancadas revestidas de frmica ou de tecido grosso, de cor clara. Desta maneira, as amndoas so manuseadas em superfcie macia que atua como filtro, retendo a poeira existente nas amndoas.

Fritura

Se for de interesse comercializar as amndoas fritas, deve-se proceder fritura das amndoas j separadas por tamanho, para permitir uma fritura uniforme.

Embalagem

As embalagens utilizadas no acondicionamento das amndoas de castanha de caju devem ser novas, limpas, secas, impermeveis, isentas de chumbo, fechadas hermeticamente e sem qualquer revestimento de papel.

Produto beneficiado - As amndoas devero ser acondicionadas em sacos aluminizados, com capacidade de 22,68 kg, em peso lquido do produto ou em dois sacos aluminizados com capacidade cada de 11,34 kg, em peso lquido do produto. Recomenda-se tambm o uso de latas de flandes com capacidade para 11,43 kg em peso lquido. Em ambos os casos, o produto deve ser colocado em caixas de papelo novas e devidamente fechadas.

Produto processado - Aps a fritura e salga, as amndoas podem ser embaladas em latas de flandes, alumnio ou fibrolatas, com peso variando de 100 a 400 gramas. Outro tipo muito utilizado para acondicionamento a embalagem em saco plstico, ou ainda em embalagens cartonadas e metalizadas.

3. Processamento do pednculo do caju

3.1 Descrio das operaes

A seguir ser apresentado o conjunto de operaes, que vai desde a colheita at a seleo dos frutos, deixando-os prontos para qualquer tipo de processamento que se deseja utilizar (Fig. 11).

Colheita

O pednculo do caju deve ser colhido destacando-se da planta aqueles em altura ao alcance das mos e apanhando-se do cho aqueles cados dos galhos mais altos, que estejam em bom estado de conservao, sem apresentar bolores ou sinais de fermentao. Como o pednculo torna-se imprprio para consumo aps 48 h de sua queda ao solo, a colheita deve ser feita diariamente. Por ser uma fruta no climatrica, isto , que no amadurece fora do p, o pednculo no pode ser colhido de vez. A colheita tem incio 60 a 70 dias aps o incio da florao.

Descastanhamento

No caso de o descastanhamento ser feito no campo, essa operao deve ser efetuada aps a lavagem, para no ocorrer contaminao do interior da fruta. Pode ser feito manualmente, pela toro da castanha ou, preferencialmente, por estrangulamento com fio de nylon. Deve-se tomar cuidado para evitar que o fruto se rompa.

Transporte

Os pednculos devem ser transportados em caixas de pouca altura, para evitar a sua superposio demasiada, o que acarretaria o amassamento das frutas e perda do suco. De preferncia, deve-se usar caixas com o fundo perfurado, para permitir uma eventual drenagem do suco. Enquanto esperam o transporte, as caixas devem ser empilhadas sombra.

Recepo/pesagem

A recepo efetua-se em local prximo aos pr-lavadores, sendo feita a pesagem em balana tipo plataforma, para fins de pagamento e para clculo do rendimento do produto final.

1 Lavagem

Realiza-se em tanque, por imerso e passagem sob gua corrente, quando possvel, para remoo das sujeiras grosseiras aderidas ao fruto.

Seleo

A seleo realiza-se manualmente em esteiras ou mesas amplas.

2 Lavagem

Remoo da sujeira fina e reduo da quantidade de microrganismos presentes na superfcie dos pednculos.

Deve-se utilizar imerso em gua clorada com 20 ppm, ou seja, para cada 100 litros de gua, usam-se 100 ml de gua sanitria (meio copo). Deixar 2 a 3 minutos na gua clorada e transferir para outro tanque, para lavagem com gua corrente de boa qualidade, para remoo do cloro. Aps a 2a lavagem, os frutos esto prontos para o processamento.

4. Suco integral de caju

O suco integral com alto teor de polpa extrado do caju, com aproveitamento da sua parte slida mediante processamento tecnolgico adequado, no gaseificado, no fermentado, de cor, sabor e aroma caractersticos, submetido a tratamento trmico, que assegura a sua apresentao e conservao at o momento do consumo. A preservao exige ao mista: tratamento trmico + aditivo.

4.1 Descrio das operaes

Desintegrao

Extrao

Rendimento da operao: 65% a 70%.

Pr-aquecimento

Efetua-se a uma temperatura de 60 C, por 2 a 3 minutos, visando inativar enzimas, melhorar a cor do suco e retirar o ar.

Desaerao

Operao que visa reduzir ao mnimo o teor de oxignio dissolvido no suco.

Homogeneizao

Operao que visa reduzir o tamanho das partculas dos slidos em suspenso. Realiza-se num circuito fechado em cilindro rotativo.

Formulao

Aps a extrao do suco, procede-se ao ajuste de certas caractersticas fsico-qumicas (pH, teor de polpa, etc.), mediante a incorporao de acidulantes e preservativos, sendo os mais comuns o benzoato de sdio e o metabissulfito de sdio, nas quantidades regulamentadas pela legislao em vigor.

Tratamento trmico

O processo recomendado para suco a pasteurizao.

No caso do suco de caju, que possui pH em torno de 4,2 a 4,4, aconselha- se a adio de cido ctrico, para baixar o pH e garantir a eficcia da pasteurizao. O processo consiste em elevar a temperatura a 85C - 90 C, por 15 segundos.

Enchimento

O suco embalado em garrafas de 500 ml, de cor branca ou branco esverdeada. O enchimento no assptico, embora a contaminao seja bastante reduzida nesta operao. Efetua-se com o produto quente, visando promover um vcuo no recipiente.

Fechamento

Realizado com tampas metlicas por uma mquina manual de capsular, quando o produto ainda estiver quente.

Resfriamento

Operao realizada com gua potvel e clorada, para evitar o super cozimento do suco e posterior caramelizao, alterando cor, sabor e odor do suco, e ainda inativar as bactrias termfilas.

Armazenamento

O produto rotulado e acondicionado em caixas de 12 ou 24 unidades.

5. Nctar de caju

Nctar de caju o produto no fermentado, no gaseificado, destinado ao consumo direto, obtido pela dissoluo, em gua potvel, de 50%, no mnimo, de polpa mais suco integral, adicionado de cido e acar.

5.1 Descrio das operaes

Desintegrao

Extrao

O rendimento desta operao situa-se entre 65% a 70%.

Formulao

A adio polpa dos componentes xarope e cido feita em tanques providos de agitadores homogeneizadores, de modo a evitar a incorporao de ar ao produto.

Pr-aquecimento

Realizado a uma temperatura de 60 C, por 2 a 3 minutos, visando inativar enzimas, melhorar a cor do suco e retirar o ar.

Desaerao

Tem por finalidade eliminar o ar.

Homogeneizao

Operao que visa homogeneizar o tamanho das partculas dos slidos em suspenso.

Tratamento trmico

No tratamento trmico, a relao tempo/temperatura depende da funo do processo a que foi submetida a polpa anteriormente. Se a polpa j sofreu inativao enzimtica, suficiente um tratamento de 80 C durante 20 segundos, ou 85 C durante 10 segundos. Se a polpa no sofreu inativao enzimtica, o tratamento trmico dever ser efetuado com temperatura de 90 C a 95 C, por tempo de 30 segundos.

Resfriamento

O processo que envolve o resfriamento do nctar efetua-se por troca de calor, at a temperatura de 23 C a 25 C em circuito fechado.

Enchimento assptico

O produto colocado em embalagem hermeticamente fechada no sistema Tetrapack (1917).

Fechamento

A operao de fechamento realizada pelo equipamento da embalagem Tetrapack, por meio de uma selagem longitudinal e fechamento transversal, de modo a no permitir espao livre.

Armazenamento

O produto armazenado em local fresco e ventilado e acondicionado em caixas de 24 unidades. Deve ser consumido no perodo de seis meses aps a data de fabricao.

6. Cajuna

Cajuna uma bebida elaborada a partir do suco de caju clarificado e esterilizado no interior do recipiente, apresentando uma cor amarela mbar, resultante da caramelizao dos acares do prprio suco.

6.1 Descrio das operaes

Desintegrao/extrao

Aps o pr-tratamento, a extrao do suco feita em uma prensa contnua tipo parafuso, provida de tela com perfurao de 0,5 mm, pois importante obter um suco com menor teor de polpa possvel. Porm, alguns produtores usam a desintegrao antes da prensa, para aumentar o rendimento, passando o pednculo por um rasgador, que dilacera a fruta sem cortar suas fibras. Esta operao recomendada para produtores que no dispem de prensa contnua e realizam a prensagem em prensas de madeira, tipo prensa de mandioca. O suco extrado deve ser colocado em recipientes limpos, de plstico, vidro, alumnio ou ao inox, mas nunca de ferro.

Clarificao/sedimentao

Para clarificar o suco de caju, utiliza-se, em mdia, 2,5 ml de uma soluo de gelatina a 10% p/p para cada litro de suco, o qual deve estar todo acondicionado num recipiente grande ou tanque, que contenha a produo do dia. A adio deve ser vagarosa e com agitao do suco at a formao de flculos de polpa. O produto deve ficar em repouso por 20 a 30 minutos, para que o material em suspenso sedimente. Porm, cada batelada de suco apresenta uma composio diferente, principalmente em relao ao teor de tanino. Assim, para melhor controle de qualidade, evitando que ocorra excesso de gelatina ou clarificao insuficiente (defeitos que acarretam a formao de precipitao nas garrafas durante o armazenamento), recomenda-se que seja feito um teste de dosagem para cada lote de suco.

Filtrao

Realizada em filtros de tecido de algodo, instalados em srie (de trs a quatro filtros superpostos), em estrutura de ferro ou madeira, com calhas para coleta de suco clarificado. O suco coletado inicialmente deve retornar aos filtros, at que a clarificao seja adequada.

Enchimento/fechamento

O suco clarificado embalado em garrafas de 500 ml, por enchimento manual, no assptico e fechado com tampa metlica, atravs de uma capsuladeira de mesa.

Tratamento trmico

As garrafas fechadas so colocadas em cestos e imersas em gua fervente, em tanques providos de serpentina de aquecimento a vapor, ou tambores de leos, colocados sobre fogareiros, durante uma hora a uma hora e meia, no mximo, para no destruir a vitamina C pelo calor. importante no empilhar as garrafas em altura demasiada e cuidar para que todas fiquem submersas na gua quente, para evitar o problema da quebra das garrafas.

Resfriamento

O resfriamento das garrafas realiza-se no mesmo recipiente destinado ao tratamento trmico. No incio, deve-se misturar gua fria com gua quente. As garrafas no podem ser resfriadas bruscamente, pois o choque trmico acarretar sua quebra. A temperatura final do produto dever ser de 37 C ou at a temperatura ambiente.

Rotulagem, encaixotamento e armazenagem

A rotulagem efetuada manualmente, aplicando-se cola nos rtulos e afixando-os nas garrafas. Em seguida, estas so acondicionadas em caixa de papelo ondulado. A armazenagem realiza-se temperatura ambiente.

Preparo da soluo de gelatina a 10% p/p

Colocar 100 g de gelatina para 900 ml de gua fria e aquecer com agitao at dissoluo. Se for necessrio guardar, colocar em geladeira.

7. Vinho de caju

Vinho de caju a bebida cujo teor alcolico pode variar de 10 a14GL e obtm-se pela fermentao do suco clarificado e corrigido, de pednculos doces, frescos e sos.

7.1 Descrio das operaes

Extrao do suco

O suco extrado por despolpadeira, prensa de mandioca ou parafuso Expeller, sendo imediatamente filtrado, para a reduo do teor de polpa.

Clarificao

Para clarificar o suco, utiliza-se uma soluo de gelatina a 10%, na proporo de 3 ml/litro de suco. A gelatina reage com a frao de tanino, eliminando boa parte da adstringncia do suco.

Filtrao

Realizada em filtros de tecido de algodo, instalados em srie, em estrutura de ferro ou madeira, com calhas para a coleta de suco clarificado.

Preparo do mosto

Antes da fermentao, so feitas algumas correes no suco, de modo a facilitar a sua converso ao vinho. Assim, adiciona-se cerca de 30 g de acar por litro. Corrige-se a acidez com a adio de 0,5 g de cido ctrico por litro. Os nutrientes mais importantes so as fontes de nitrognio (sulfato de amnia) e o fsforo (fosfato de sdio), que devem ser usados na razo de 1 g para cada 100 litros de mosto.

Sulfitao

Para proteger o mosto, deve-se fazer uma sulfitao com a adio de 3 g de metabissulfito de sdio para cada 10 litros, com o objetivo de evitar o escurecimento do vinho, bem como a proliferao de microrganismos indesejveis.

Fermentao

A fermentao a principal etapa da elaborao do vinho. Como agente de fermentao utiliza-se o fermento de panificao, sendo os vinhos elaborados a partir deste componente muito agradveis e apreciados. A quantidade de fermento utilizada por litro de mosto de 20 g, que se dissolve por cerca de 48 horas, temperatura ambiente.

Correo com acar

Realizada a fermentao, faz-se nova correo do acar, com a adio de 100 g de acar comum por cada litro de mosto. A fermentao reiniciada e est concluda quando no mais se observa a liberao de gs carbnico.

Clarificao

Aps a fermentao, o fermento decanta e pode ser eliminado de cada dorna por meio de sifonao. Uma melhor clarificao pode ser obtida com carvo ativo.

Acondicionamento

Isento de resduos, o vinho lmpido pode ser engarrafado e consumido como vinho branco ainda fresco, sem envelhecimento. Se a opo for para o vinho envelhecido, recomenda-se a utilizao de um tonel, j devidamente bem usado com bebida alcolica ou com gua, de modo a no impregnar a bebida fortemente com essncias de madeira, taninos e outros compostos que venham a alterar o aroma caracterstico do vinho de caju.

VIII. Mtodos de conservacin

Destaca-se tambm o aproveitamento do pednculo in natura para o consumo de mesa, com tecnologia que permite a sua conservao refrigerada em embalagens de poliuretano, recoberta com pelcula, por at quinze dias sem alteraes significativas nas suas caractersticas sensoriais.

Obras citadas

Pgina Web: http://es.wikipedia.org/wiki/Anacardium_occidentale

PAIVA, F.F. de A.; GARRUTI, D. dos S.; SILVA NETO, R.M. da. Aproveitamento Industrial

do caju. Fortaleza: Embrapa-CNPAT/SEBRAE/CE, 2000. 88p. (Embrapa-CNPAT.

Documentos, 38).

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