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  • CONCURSO PBLICO

    C A D E R N O D E P R O V A S

    CADERNO

    21CARGO: Tc. Judicirio / Tc. Judicirio

    PROVAS: Lngua Portuguesa Noes de Informtica Conhecimentos Especficos Redao

    LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUES ABAIXO:1 - Este caderno de provas contm um total de 60 (Sessenta) questes objetivas, sendo 25 de

    Lngua Portuguesa, 5 de Noes de Informtica, 30 de Conhecimentos Especficos e Redao. Confira-o.

    2 - Confira se este caderno corresponde ao cargo para o qual voc est concorrendo.

    3 - Esta prova ter, no mximo, 5h (Cinco horas) de durao, includo o tempo destinado transcrio de suas respostas no gabarito oficial.

    4 - No perca tempo em questes, cujas respostas lhe paream difceis, volte a elas se lhe sobrar tempo.

    5 - Respondidas as questes, voc dever passar o gabarito para a sua folha de respostas, usando caneta esferogrfica azul ou preta.

    6 - Em nenhuma hiptese haver substituio da Folha de Respostas por erro do candidato.

    7 - Este caderno dever ser devolvido ao fiscal, juntamente, com sua folha de respostas, devidamente preenchidos e assinados.

    8 - O candidato s poder se ausentar do recinto das provas aps 1 (uma) hora contada a partir do efetivo incio das mesmas.

    9 - Voc pode transcrever suas respostas na ltima folha deste caderno e a mesma poder ser destacada.

    10 - O gabarito oficial da prova objetiva ser publicado no Dirio do Judicirio e nos endereos www.ejef.tjmg.jus.br e www.fumarc.org.br, dois dias depois da realizao da prova.

    11 - A comisso organizadora da FUMARC Concursos lhe deseja uma boa prova!

    15 / ABRIL / 2012

    TJMG/MG

    TARDE

  • 3

    [ Caderno 21 ]

    Prezado (a) candidato (a)Coloque seu nmero de inscrio e nome no quadro abaixo:

    N de Inscrio Nome

    LNGUA PORTUGUESA

    Leia, atentamente, os textos I e II para responder s questes de 01 a 08.

    TEXTO I

    Cidadezinha qualquer

    Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras Pomar amor cantar.

    Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar.

    Devagar... as janelas olham.

    Eta vida besta, meu Deus.(ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia potica. 2. ed. So Paulo: Abril, 1982, p. 37.)

    TEXTO II

    Cidadezinha Qualquer versus Nadpolis

    1. Cidadezinha Qualquer, os leitores fiquem sabendo logo, uma cidade comum localizada em uma regio distante de um longnquo pas. O que os leitores no sabiam ainda, pois eu ainda no lhes contei, e agora conto, que existe uma cidade chamada Nadpolis, sede de um municpio fronteirio com Cidadezinha Qualquer. (...) Nadpolis era uma cidade meio antiptica mesmo. No, no era birra dos cidados cidadequalquerianos: Nadpolis tinha um ar arrogante e antiptico! A comear pelo nome pomposo. Esse polis grego e sofisticado no final do nome, essa pose forada que destoa do ambiente natural da regio, renega a histria... Isso para no falar da mania que tinham os nadopolenses de apregoar as vantagens de viver em um municpio como o seu. Era comum ouvi-los dizer:

    2. - Nadpolis a cidade mais porreta da regio; l todo mundo veve bem e nis no tem os pobrema qui as outra cidade de perto tudo tem...

    3. Para que os leitores no julguem o autor muito parcial bom que se diga: realmente Nadpolis era mais prspera do que Cidadezinha Qualquer. Graas ao incremento de sua agricultura e grande soma de recursos e trabalho que isto envolve, Nadpolis, quela poca, vivia o seu perodo de esplendor. Grandes e suntuosas construes erguiam-se por toda parte, o comrcio local atraa compradores de toda a proximidade, a vida noturna era agitadssima. Grupos de visitantes eram levados para pontos estratgicos para serem orientados por um agente turstico sobre as maravilhas da cidade. Como no podia deixar de ser, a arrecadao da Prefeitura local tambm era das melhores. (COTRIM, Fabiano. http://www.faroldacidade.com.br. Postado em 01/04/2008. Texto adaptado)

  • 4

    [ Caderno 21 ]

    QUESTO 01

    Compare o Texto I com o Texto II e avalie as afirmativas.

    I. No Texto I, o ltimo verso funciona como elemento surpresa, pois introduz um comentrio que muda totalmente a pro-posta do poema.

    II. No Texto II, o narrador confere um tom irnico e bem-humorado narrativa e faz uso da gria para caracterizar a fala dos habitantes do lugar.

    III. Nos dois textos, as cidades s quais os autores se referem so reais, embora apresentem tambm caractersticas fantasmagricas.

    IV. No Texto II, em alguns momentos, o narrador dialoga com o leitor, na tentativa de torn-lo cmplice do que pretende relatar.

    Est de acordo com os textos o que se afirma SOMENTE em

    a) I.b) II e III.c) I e IV.d) I, II e IV.

    QUESTO 02

    Considere as afirmaes seguintes e assinale a CORRETA.

    a) Os termos cidadequalquerianos e nadopolenses (Texto II) constituem neologismos, entendendo-os como aquelas unidade lexicais que so sentidas como novas na comunidade lingustica.

    b) O ttulo do Texto II tem uma conotao negativa expressa pela noo de insuficincia contida na palavra versusc) Uma das diferenas entre os textos I e II que o Texto II apresenta uma redao que no exige tanta inferncia e no

    carrega tanto contedo pressuposto no Texto I.d) No Texto II h alternncia de traos narrativos e dissertativos ao longo dos pargrafos, com ausncia de traos descri-

    tivos mesclados a comentrios interpretativos.

    QUESTO 03

    Transpondo corretamente para a voz ativa a orao para serem orientados por um agente turstico (Texto II, 3), obtm-se:

    a) para que fossem orientados por um agente turstico.b) para um agente turstico os orientarem.c) para que um agente turstico lhes orientassem.d) para um agente turstico instru-los.

    QUESTO 04

    Sobre o Texto I, possvel afirmar que o poema

    a) mostra, com sentimento piedoso e comiserao, o desajuste existencial do homem diante da vida.b) aborda, com uma linguagem sinttica, a monotonia e o tdio que predominam em pequenas cidades do interior.c) enfoca uma preocupao de ordem poltica e social que sintetiza o sentimento do mundo do sujeito lrico.d) enfatiza uma viso nostlgica do passado, por meio de uma linguagem simples e pouco elaborada.

    QUESTO 05

    No texto I, constitui um ingrediente discursivo utilizado pelo poeta

    a) o uso tambm da linguagem coloquial, que se desvia do padro culto da lngua.b) a exposio argumentativa de ideias, que se efetiva pela ausncia de linguagem figurada.c) a linguagem verbal articulada com situaes imagticas, para dar mais veracidade aos fatos.d) os recursos de natureza narrativa que visam a estabelecer um constante dilogo com o leitor.

  • 5

    [ Caderno 21 ]

    QUESTO 06

    Observe o trecho a seguir, transcrito do Texto II.

    Nadpolis era uma cidade meio antiptica mesmo. No, no era birra dos cidados cidadequalquerianos. Nadpolis tinha um ar arrogante e antiptico! A comear pelo nome pomposo. (...)

    Considere as seguintes afirmaes:

    I. Ocorre nesse fragmento uma personificao da cidade de Nadpolis.II. O adjetivo pomposo aufere Nadpolis uma expresso de nobreza.III. O advrbio negativo vem trazer a recusa da pompa destinada a Nadpolis.IV. A expresso mesmo assume funo adverbial de intensidade em relao ao adjetivo antiptica.

    Est correto APENAS o que se afirma em:

    a) I e II.b) II,III e IV.c) I,II e IV.d) I,II,IV.

    QUESTO 07

    Leia com ateno os dois textos a seguir:

    TEXTO I

    DOMINGO, 26 DE AbRIL DE 2009

    Um Puxo de Orelha

    Duas cidades do interior paulista adotaram uma espcie de toque de recolher para crianas e adolescentes sob a justificativa de tentar reduzir a criminalidade. Em Ilha Solteira e Itapura, no noroeste do Estado, menores de 13 anos podem ficar na rua at as 20h30. Adolescentes de 13 e 14 anos, at as 22h. Para quem tem 16 e 17 anos, o limite 23h. Menores de 15 anos esto proibidos de frequentar lan houses. (...) A medida foi baseada em atitude parecida determinada por um juiz de Fernandpolis (553 km de SP).FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u554311.shtml

  • 6

    [ Caderno 21 ]

    Nesta semana veio mdia uma polmica envolvendo o tal toque de recolher imposto pelas prefeituras de Fernandpolis e Ilha Solteira. O que era de se esperar, muitos adolescentes abominaram a deciso do juiz, enquanto seus pais adoraram a ideia. - Ah, mas a minha filha no me escuta, cabea dura! - Tem que fazer isso mesmo. Essa molecada no tem juzo! Do outro lado, uma adolescente questiona, conforme mostrado no Fantstico: - Se pra reduzir a criminalidade, e os jovens que no esto fazendo nada de errado, tem que pagar pelos outros? Ricardo Cabezon, presidente da comisso de direitos da criana e do adolescente da OAb de So Paulo, diz, no mesmo programa: - Isso fere a constituio. (...) Liberdade de ir e vir, liberdade de educar, liberdade de poder escolher entre o que certo e o que errado. (...) Viver na democracia tambm oferecer s pessoas a oportunidade de elas entenderem o peso dos seus atos. Se o jovem quis ficar acordado noite e ele passar o outro dia com sono, ele tem que entender que isso no bom para ele. Opinies contra ou a favor fazem parte de medidas polmicas da justia, como essa. A questo , chegamos a um ponto em que a justia precisa determinar as horas que os adolescentes voltam para casa, tarefa que normalmente caberia aos pais. Antigamente, mesmo um garoto de 17 anos tremia todo s de perceber que seu pai o olhava com um ar mais severo. Hoje, vemos casos cada vez mais grotescos de filhos que at matam seus pais por motivos banais. (Danilo Moreira)FOTO: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2009/04/278_1135-charge11042009.jpg

    TEXTO II

    Cidadezinha qualquer

    Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras Pomar amor cantar.

    Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar.

    Devagar... as janelas olham.

    Eta vida besta, meu Deus.

    O Texto I apresenta a realidade poltica vivida hoje, no sculo XXI, em que a ideologia de dias pacificados pela mesmice se quebra a partir da imagem apresentada.

    O Texto II apresenta, de forma lrica, a realidade de uma vida pacata, o que faz com que a ideologia de vida evidenciada se desenvolva pelos elementos morfolgicos presentes.

    Os dois textos edificam um modelo de sociedade que rompe com os padres de vida em social, apresentando distines ideolgicas . A partir das relaes entre os textos, leia as afirmativas abaixo:

    I. Em ambos os textos, os autores apresentam as cidades sob olhares distintos, de forma diversa, o que proporciona a cada um estilos tambm distintos de formas de escrever;

    II. Em ambos os textos, o conceito da ideia de liberdade dado de forma distinta: no Texto I, a liberdade vista como parte fundamental dos direitos do homem, encontrada,inclusive como parte integrante da Constituio Federal de 1988; j no Texto II, a liberdade vista de forma potica e conotativa, o que vem configurar a diferena entre as socie-dades de pocas diferentes.

    III. O Texto I apresenta o valor reverencial do jovem em relao aos pais, como elemento negativo na conduta da deciso judicial;

    IV. O Texto II apresenta a distino temporal existente em relao ao Texto I, demonstrando a sequncia das aes atra-vs da ideia expressa pelo verbo devagar, garantindo ao Texto II uma sequncia de fatos diversos.

    Marque a alternativa CORRETA:

    a) As afirmativas I e IV esto corretas;b) As afirmativas I e II esto corretas;c) As afirmativas II e III esto corretas;d) As afirmativas III e IV esto corretas.

  • 7

    [ Caderno 21 ]

    QUESTO 08

    Leia as informaes abaixo:I. O nome da cidade Nadpolis.II. A populao da cidade a respeita muito.

    O elemento de ligao MAIS adequado para reunir, na mesma sequncia, os pensamentos, :a) onde.b) que.c) cuja.d) quanto.

    Leia atentamente as charges para responder as questes 09, 10 e 11.

    CHARGE I

    http://ver.blog.br/tag/ficha-limpa/

    CHARGE II

    CHARGE III

    http://elsonsouto.blogspot.com.br/2012/02/lei-ficha-limpa-aprovada.html

  • 8

    [ Caderno 21 ]

    QUESTO 09

    Assinale a afirmativa FALSA.

    a) A frase Espelho, espelho meu, existe no brasil algum mais sujo do que eu? (Charge I) se justifica pelo processo intertextual da pardia.

    b) Considerando as diferenas entre lngua oral e escrita, a fala do personagem no segundo balo da Charge III repre-senta uma inadequao da linguagem usada no contexto.

    c) A palavra sano (balo 1 da Charge II) admite como variante lingustica sanso, que pode substituir a primeira sem alterar o sentido da frase

    d) No 2 balo da Charge I, o termo limpinhos est entre aspas por trazer ao contexto uma conotao irnica.

    QUESTO 10

    Est CORRETO o que se afirma em

    a) Na Charge II, unanimidade um adjetivo que possui relao sinonmica com o vocbulo idiossincrasia.b) Expresses como um laranja e empresa de fachada (Charge III) caracterizam aes adversas s propostas do

    projeto Ficha Limpa.c) No segundo e terceiro bales da Charge II h verbos de primeira conjugao empregados no modo indicativo.d) Na frase ... existe no brasil algum mais sujo do que eu? (Charge I), mais uma conjuno coordenativa que ex-

    pressa oposio.

    QUESTO 11

    Assinale a alternativa que NO apresenta um exemplo de coloquialismo.

    a) E, a, nobre colega?!b) Toda unanimidade burra.c) To procurando trabalho.d) Mande flores para Dilma.

    Leia, atentamente, o texto abaixo para responder s questes de 12 a 15.

    Congresso fixa lei

    1. Com o advento da Lei Complementar n 135, de 4 de junho de 2010, que alterou a Lei Complementar n 64, de 18 de maio de 1990, o pas celebrou a aprovao da figura que foi denominada de ficha limpa, porque lutou muito para isso.

    2. No se discute - e j vem tarde, a necessidade de lei que permita o aperfeioamento do processo democrtico, afastando das urnas os condenados por crimes e outras irregularidades graves contra direitos fundamentais e princpios republicanos. O povo respira aliviado. o desejo, e no j da cidade, seno de toda a populao.

    3. Mas algumas reflexes se impem para esclarecer e equacionar com serenidade e equilbrio alguns postulados que devem nortear o aprimoramento da sociedade, permitindo-nos legar s geraes futuras um cenrio melhor, pois a nao que briga por seus direitos progride.(http://jus.com.br/revista/texto/21281/lei-da-ficha-limpa-opiniao Texto adaptado)

    QUESTO 12

    A frase que encabea o ttulo est

    a) inteligvel, porque a ordem de colocao das palavras permite identificar-lhes a funo sinttica.b) incorreta, porque no traz determinante junto do substantivo.c) ambgua, porque nela ocorrem simultaneamente dois verbos.d) correta, porque as trs palavras que a compem pertencem mesma classe gramatical.

  • 9

    [ Caderno 21 ]

    QUESTO 13

    Leia o trecho transcrito:

    O povo respira aliviado.

    A predicao do verbo negritado na frase acima se repete em

    a) Mesmo com os meus conselhos, ele continua ansioso.b) O presidente nomeou Catarina primeira secretria.c) S ficaro acesas as lmpadas da sala e do corredor.d) O filho dependia da me para as atividades dirias.

    QUESTO 14

    Em o desejo, e no j da cidade, seno de toda a populao, a palavra assinalada pode ser substituda, sem que haja alterao de sentido, por:

    a) Excetob) Mas simc) Portantod) At porque

    QUESTO 15

    Assinale a nica alternativa CORRETA.

    a) Na frase permitindo-nos legar s geraes futuras um cenrio melhor, o sinal de crase foi usado inadequadamente antes de palavras femininas no plural.

    b) Em No se discute, ocorre a prclise, mas admite-se tambm o uso do pronome posposto ao verbo, como em No discute-se.c) A orao relativa que briga por seus direitos ( 3) restringe o significado do vocbulo nao.d) A palavra porque na frase porque lutou muito para isso ( 1) pode ser utilizada com a mesma grafia na introduo

    de uma frase interrogativa.

    QUESTO 16

    Observe atentamente a charge a seguir:

    Leia com ateno o perodo retirado da Charge: Resolva esta pendncia com meu advogado.

    A relao entre a passagem do texto imagtico para o texto escrito, no que tange ao pronome MEU, proposto pela ideia do texto inicial, emite ao receptor da mensagem uma percepo morfolgica de:a) Arrogncia.b) Insensatez.c) Posse.d) Conhecimento.

  • 10

    [ Caderno 21 ]

    Observe o trecho do conto O Alienista, de Machado de Assis. As questes de 17 a 21 se referem a este texto.

    (...) Uma vez desonerado da administrao, o alienista procedeu a uma vasta classificao dos seus enfermos. Dividiu-os primeiramente em duas classes principais: os furiosos e os mansos; da passou s subclasses, monomanias, delrios, alucinaes diversas. Isto feito, comeou um estudo acurado e contnuo; analisava os hbitos de cada louco, as horas de acesso, as averses, as simpatias, as palavras, os gestos, as tendncias; inquiria da vida dos enfermos, profisses, costumes, circunstncias da revelao mrbida, acidentes da infncia e da mocidade, doenas de outra espcie, antecedentes na famlia, uma devassa, enfim, como a no faria o mais atilado corregedor.

    Mal dormia e mal comia; e ainda comendo, era como se trabalhasse, porque ora interrogava um texto antigo, ora ruminava uma questo, e ia muitas vezes de um cabo a outro do jantar sem dizer uma s palavra a D. Evarista.

    - A Casa Verde um crcere privado, disse um mdico sem clnica.Nunca uma opinio pegou e grassou to rapidamente. Crcere privado: eis o que se repetia de norte a sul e

    de leste a oeste de Itagua, a medo, verdade, porque durante a semana que se seguiu captura do pobre Mateus, vinte e tantas pessoas, duas ou trs de considerao foram recolhidas Casa Verde. O alienista dizia que s eram admitidos os casos patolgicos, mas pouca gente lhe dava crdito. Sucediam-se as verses populares. Vingana, cobia de dinheiro, castigo de Deus, monomania do prprio mdico, plano secreto do Rio de Janeiro com o fim de destruir em Itagua qualquer germe de prosperidade que viesse a brotar, arvorecer, florir, com desdouro e mngua daquela cidade, mil outras explicaes, que no explicavam nada, tal era o produto dirio da imaginao pblica.

    Da em diante foi uma coleta desenfreada. Um homem no podia dar nascena ou curso mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, que no fosse logo metido na Casa Verde. Tudo era loucura. Os cultores de enigmas, os fabricantes de charadas, de anagramas, os maldizentes, os curiosos da vida alheia, os que pem todo o seu cuidado na tafularia, um ou outro almotac enfunado, ningum escapava aos emissrios do alienista. Ele respeitava as namoradas e no poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vcio. Se um homem era avaro ou prdigo, ia do mesmo modo para a Casa Verde; da a alegao de que no havia regra para a completa sanidade mental. (...)

    QUESTO 17

    Em : Se um homem era avaro ou prdigo, ia do mesmo modo para a Casa Verde; da a alegao de que no havia regra para a completa sanidade mental.(...), a semntica do lxico PRDIGO est CORRETAMENTE identificada em

    a) bbado.b) Esbanjador.c) Sovina.d) Dogmtico.

    QUESTO 18

    De acordo com a apresentao temtica feita por Machado de Assis , no Conto O Alienista, o pensamento que define a ideia de loucura, conforme o autor a trabalha no texto :

    a) A Loucura leva o homem a se destacar como animal irracional, tornando-o ser pensante na priso carcerria de seus pensamentos;

    b) O homem animal racional e por isso torna-se louco diante das mazelas da sociedade , retratando o que o sistema social em que vive lho impes;

    c) O homem uma besta sadia , cadver adiado que procria na sociedade que ele mesmo cria e que dela ,tambm, sofre os reflexos por ele criados;

    d) H no homem um pensamento subjetivo que trabalha em sua mente a loucura como mola compulsora de vida.

    QUESTO 19

    CORRETO afirmar que o tom que o autor imprime a seu texto

    a) Reflexivo.b) Irnico.c) Ambguo.d) Pattico.

  • 11

    [ Caderno 21 ]

    QUESTO 20

    Assinale a alternativa que faz um comentrio equivocado sobre o texto de Machado de Assis.

    a) A linguagem do texto marcada, predominantemente, pela informalidade.b) A linguagem do texto marcada, predominantemente, por expresses metafricas.c) A linguagem do texto marcada, predominantemente, pela oralidade.d) A linguagem do texto marcada, no segundo pargrafo, predominantemente por oraes coordenadas.

    QUESTO 21

    Com relao ao texto,julgue como VERDADEIRO(V) ou FALSA(F) cada uma das assertivas.

    ( ) Em: (...) foram recolhidas Casa Verde(...), a crase utilizada refere-se clnica , determinando a transitividade do nome recolhidas.

    ( ) Em : (...) O alienista dizia que s eram admitidos os casos patolgicos, mas pouca gente lhe dava crdito. (...), o pronome Oblquo tono LHE refere-se expressogente.

    ( ) Em : (...) Um homem no podia dar nascena ou curso mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, que no fosse logo metido na Casa Verde(...), o pronome QUE tem funo relativa.

    ( ) Em : Ele respeitava as namoradas e no poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vcio(...), ocorre uma elipse do verbo no 4 perodo.

    A sequncia CORRETA :

    a) V-F-V-Fb) V-F-V-Vc) V-V-F-Fd) V-F-F-F

    QUESTO 22

    Assinale a alternativa em que a classificao da conjuno empregada no perodo do texto imagtico da Charge est INCORRETA:

    a) Mudou a embalagem, MAS o efeito colateral ainda o mesmo! ( MAS= aditivo)b) Mudou a embalagem, MAS o efeito colateral ainda o mesmo! ( MAS= adversativo)c) Mudou a embalagem, MAS o efeito colateral ainda o mesmo!( MAS= conclusivo)d) Mudou a embalagem , MAS, o efeito colateral ainda o mesmo!( MAS= explicativo)