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32 - Guitar Class - Julho 2002 Rapidinha 2/ Detroit Rock City / do Ælbum Destroyer 048 - 053 Ace Frehley Rapidinhas COMENT`RIO E TRANSCRI˙ˆO KLEBER K. SHIMA Rapidinha 1/ Detroit Rock City / do Ælbum Destroyer 000 - 005 Nesse grande clÆssico do rock, a in- troduçªo começa com a guitarra 1, e no terceiro compasso, a guitarra 2 entra fa- zendo o mesmo tema, só que em inter- valos de quinta justa, gerando dois power chords (C#5 e B5). Cuidado com a divisªo de tempo, pois Ø feita com swing, ou seja, num grupo de duas colcheias, a primeira nota dura um pouco mais que a segunda. C C por Jota Santana Esse riff marcante Ø feito sobre a escala pentatônica menor de C#m. Trabalhe só com os dedos 1 e 3, começando pelo dedo 3. As duas guitarras fazem a mesma frase em uníssono. Aqui o conceito de swing tambØm Ø vÆlido para as colcheias. Fotos: Juliana Mozart F. 01 F. 02 F. 03 F. 04 F. 05 F. 01 F. 02 F. 03 F. 04 F. 05

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32 - Guitar Class - Julho 2002

Rapidinha 2/ Detroit Rock City / do álbum Destroyer 0�48� - 0�53�

Ace FrehleyRapidinhas

COMENTÁRIO E TRANSCRIÇÃO

KLEBER K. SHIMA

Rapidinha 1/ Detroit Rock City / do álbum Destroyer 0�00� - 0�05�

Nesse grande clássico do rock, a in-trodução começa com a guitarra 1, e noterceiro compasso, a guitarra 2 entra fa-zendo o mesmo tema, só que em inter-valos de quinta justa, gerando dois

power chords (C#5 e B5). Cuidado coma divisão de tempo, pois é feita com�swing�, ou seja, num grupo de duascolcheias, a primeira nota dura umpouco mais que a segunda.

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Esse riff marcante é feito sobre a escalapentatônica menor de C#m. Trabalhe sócom os dedos 1 e 3, começando pelo dedo

3. As duas guitarras fazem a mesma fraseem uníssono. Aqui o conceito de �swing�também é válido para as colcheias.

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Deuce foi a primeira música que AceFrehley tocou com o Kiss, quando ain-da fazia os testes para entrar na banda,e segundo o próprio Ace, é a melhormúsica do grupo. Deuce era da época

Rapidinha 4/ Parasite / do álbum Hotter Than Hell 0�00� - 0�06�

Nesse exemplo são explorados a divi-são rítmica e o cromatismo (seqüência denotas em que se usa a escala cromática,que é feita somente com intervalos de se-gunda menor, ou seja, de ½ em ½ tom).

Rapidinha 3/ Deuce / do álbum Kiss 0�00� - 0�08�

do Wicked Lester, antiga banda deSimmons e Stanley. O riff tem um belotrabalho de double stops (técnica emque se toca a melodia usando duas cor-das simultaneamente).

Rapidinha 5/ Cold Gin / do álbum Kiss 2�55� - 2�58�

Uma das características mais legaisdo Kiss, e que aparece nesse riff, é ouso de acordes completos, diferencian-do-se dos manjados power chords(acordes que possuem somente a tôni-

ca e a quinta). Por isso você não deveexagerar na distorção, para o som nãoficar embolado. Nesse caso, o acordeutilizado é o G, em formato de pestanana terceira casa.

As pausas merecem destaque, pois dãouma �quebrada� no ritmo. Também apa-recem as �ghost notes�, que são notasabafadas. Abafe com mais de um dedopara não soar os harmônicos naturais.

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Rapidinha 8/ Rock And Roll All Nite / do álbum Dressed to Kill 0�03� - 0�06�

Essa música foi o passaporte do Kiss rumoao estrelato e, conseqüentemente, acabouse transformando no hino da banda. Come-ça com um acorde sus (suspenso, não pos-sui a terça, portanto, não é maior nem me-

Rapidinha 7/ Firehouse / do álbum Kiss 0�00� - 0�14�

Nesse riff temos uma grande sacada, queé a inversão de acordes. Note que com obaixo pedal na nota A, Ace Frehley faz osacordes A5 (T, 5J, 8J), A6 (T, 6, 8J) e A7M (9)(T, 7M, 9), mas também podemos pensar em

Rapidinha 6/ Shout It Out Loud / do Destroyer 0�00� - 0�07�

O Kiss aproveitou muito bem as possibi-lidades que uma banda com dois guitarris-tas pode oferecer, fazendo várias frases esolos para duas guitarras. Nessa música te-mos as guitarras 1 e 2 separadas em

pentagramas diferentes. Repare que osincronismo entre as duas guitarras deveser perfeito, pois ambas tocam um vibrato(vibre a corda verticalmente com o pul-so) e feedback (com o volume e ganho

D e E invertidos, com baixo pedal em A.Em seguida ele toca o acorde D, com aquinta no baixo (segunda inversão: D/A)e G com a terceira no baixo (primeira in-versão: G/B)

nor, sendo formado pela T, 4J e 5J), ante-cipado por um hammer partindo da 3Mde D (nota F#), e finalizando no acordeD. Veja as fotos para saber qual é adigitação ideal.

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bem alto, ache um posicionamentoideal entre a guitarra e o amp).

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Rapidinha 9/ She / do álbum Dressedd to Kill 0�00� - 0�06�

A divisão rítmica é bem trabalha-da nesse riff marcante. Se tiver difi-culdades no ritmo, procure ouvir agravação original. Também temosuma �ghost note� (nota abafada), um

Solos: Rock And Roll All NiteEsse solo foi tirado da versão ao

vivo, já que a de estúdio não possuisolo. Começa com um bend unísso-no (veja explicação nos truques), so-bre a pentatônica menor de Am. Façauma minipestana na casa 5 com odedo 1, facilitando a execução dos

três primeiros compassos. No compasso5 Frehley usa um double stop (tocandoduas cordas simultaneamente) com bend.Cuidado, pois cada bend afina em umanota diferente. No compasso 9, temos omesmo bend do solo reapresentado umaoitava acima, seguindo sempre a mesma

Rapidinha 10/ Shock Me / do álbum Love Gun 0�02� - 0�09�

Nessa fantástica composição de AceFrehley (em que ele também canta), o usode acordes invertidos é bem explorado.Mas o que mais chama a atenção são os

bend de ½ tom nas cordas 3 e 4, e tam-bém aparecem alguns power chords (oubicordes, formados pela T e 5J) inverti-dos (com a 5J no baixo e a tônica na notamais aguda) Bb5 e C5.

bends de ½ tom que aparecem nos powerchords G5. Você tem de arquear as duas cor-das para baixo, evitando que elas saiam parafora do braço (veja foto).

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idéia rítmica e melódica. Repare nostrinados que aparecem nos compas-sos 16 e 17 - a nota entre parêntesesdeve ser ligada rapidamente com apróxima nota. No compasso 18 vocêdeve prestar atenção na digitação(veja a foto).

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Solos / Rock And Roll All Nite / do álbum Alive (1975) 2�25� - 2�59�

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Solos:Uma das marcas registradas do Kiss

foram os solos que Frehley e Stanleyfizeram juntos. Outros clássicos comoBlack Diamond e Shout It Out Loudtambém tiveram esse recurso, mas odueto mais famoso foi feito no solo de

Detroit Rock City. Veja que o pentagramaestá dividido em guitarras 1 e 2. Os doiscomeçam solando em intervalos de oita-va, mas a partir do compasso 9, a guitar-ra 2 faz a tônica, e a guitarra 1 faz a terçaacima (variando entre terça maior ou

Detroit Rock City

Solos / Detroit Rock City / do álbum Destroyer (1976) 2�18� - 2�57�

menor, dependendo do grau da escala).Esse solo possui muitos slides; é acon-selhável seguir a digitação que aparecenas fotos. A gravação de estúdio possuimais dobras, mas transcrevemos asprincipais, e que são usadas ao vivo.

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Solos / Deuce / do álbum Kiss (1974) 1�42� - 2�13�

Solos: DeuceTalvez esse solo seja o que mais re-

sume o estilo de Ace Frehley, pois qua-se tudo que ele usou posteriormenteestá nessa música, que faz parte doprimeiro álbum da banda. O bend unís-

sono aparece novamente nesse solo, as-sim como os trinados e os double stops.O maior cuidado deve ser feito na horade tocar os bends, pois eles precisam es-tar bem afinados. No compasso 16 Frehley

faz uma subida de escala pentatônicamenor na casa 5 (Am) em tercinas (trêsnotas por tempo), utilizando a blue note(4# - nota D#) e notas de aproximaçãocromática.

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Solos / Shock Me / do álbum Love Gun (1977) 1�55� - 2�54�

Solos: Shock MeSem dúvida, esse é o melhor solo

que Frehley já fez em toda a sua car-reira (ele mesmo admite que esse foio seu melhor solo). Começa com umaminipestana na casa 12, sobre as no-tas B e E. Veja a sacada que Frehley

faz no compasso 6, tocando sempre napentatônica menor, só que resolvendona terceira maior de A.

Logo em seguida, no compasso 7,Frehley brinca com pequenos motivos rít-micos (técnica que ele repete nos compas-

sos 25 e 26). Falando em ritmo, ele tam-bém é bem valorizado nesse solo, tra-zendo um swing irresistível. No com-passo 29 é acionado um flanger, que foicolocado no processo de mixagem, jáque Frehley sempre foi avesso a efeitos.

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Truque 1/ Harmônicos Artificiais e Pré-Bends / Firehouse / do álbum Kiss (1974) 1�58� - 2�01�

Truques

Esse truque é muito legal, e tornou-semarca registrada de Frehley. Note que assetas dos bends são para cima, indican-do o pré-bend. Para executar, você pre-cisa deixar a corda arqueada antes de dara palhetada. Mas tome cuidado com a afi-

nação, pois o pré-bend começa 1 ½ tomacima e vai diminuindo gradativamenteaté chegar em ¼ de tom. Isso causa umefeito muito legal. Para completar,Frehley faz esse truque usando harmô-nicos artificiais (A.H.). Quando palhetar

para baixo, dê o harmônico, e quan-do palhetar para cima, toque semo harmônico. Alterne esse movi-mento até o final do lick.

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Truque 2/ Alavanca / God of Thunder / do álbum Destroyer (1976) 2�27� - 2�37�

Veja que em 1976 Frehley já tocava o quese tornaria coqueluche na próxima déca-da, que são alavancadas para cima (técni-ca que se tornaria indispensável nos anos80, graças a Eddie Van Halen, guitarristaque o próprio Kiss ajudou a descobrir).

Comece na nota B (casa 2), puxe a alavan-ca para cima, até alcançar a nota D, de-pois abaixe para a nota C#. O truque éusar o ouvido para saber até que pontodeve-se chegar com a alavanca.

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LicksLick 1/ Love Gun / do álbum Love Gun (1976) 2�20� - 2�29�

Esse é um lick muito tradicional norock, feito sobre a escala pentatônicamenor de Em, usando um pattern (pa-drão), em que se tocam três notas da es-cala e volta uma. Normalmente esse lické usado como exercício de técnica, en-

tão é fácil de ser assimilado, e deveestar no repertório de qualquer guitar-rista de rock. O lick termina com umbend de um tom, indo da nota D (casa22) para a nota E. Não esqueça dovibrato que aparece junto com o bend.

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Truque 3/ Bend Uníssono / Black Diamond / do álbum Kiss (1974) 2�47� - 2�51�

Esse artifício também foi utilizado àexaustão por Frehley, e está presente emquase todos os seus solos. O bend unísso-no é um tipo de bend em que se tocam duasnotas diferentes, e uma delas vai de en-contro à outra, até as duas notas alcança-rem o mesmo som. Nesse exemplo, a nota

que está na terceira corda deve ser arque-ada até que se alcance o som da nota queestá na segunda corda. Você deve tocar asduas cordas ao mesmo tempo. O truque éusar toda a sua percepção auditiva parasaber qual é o momento em que as duasnotas se encontram.

Truque 4/ Ghost Notes / She / do álbum Dressed to Kill 3�11� - 3�16�

Ghost Notes são notas abafadas, ou no-tas percussivas. Você deve tirar a pres-são do dedo sobre a corda, mas semdesencostar. Frehley também usa esseefeito com muita freqüência, tanto nas

bases como nos solos. O truque é aba-far a corda com mais de um dedo, poisdependendo do lugar que você abafar acorda, se for com um dedo, acabará to-cando o harmônico natural.

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Lick 2/ Love Gun / do álbum Love Gun 2�33� - 2�36�

Esse lick de característica bem bluesy(Frehley sempre foi influenciado por guitar-ristas desse estilo), começa com um bendde um tom sobre a nota A (casa 14). Use odedo 3 para dar o bend. Faça uma

minipestana na casa 12, facilitando aexecução. Esse lick é feito sobre a escalapentatônica menor de Em, só que Frehleyusa como nota de passagem a nona mai-or (casa 14, primeira corda).

Lick 3/ Strutter / do álbum Kiss (1974) 2�59� - 3�03�

O grande destaque desse lick é o des-locamento de tempo, pois Frehley usauma seqüência repetitiva de três notas,em grupo de semicolcheias (quatro no-tas por tempo), por isso as acentuaçõesmudam de lugar, criando um efeito inte-ressante. O intervalo de sétima maior

(casa 11) é usado como nota de pas-sagem entre a sétima menor (casa 10)e a oitava justa (casa 12), causandoum efeito cromático. O lick terminacom um bend de 1 ½ tom. A notaalcançada deve ser três casas à fren-te da nota original.

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O Kiss foi uma das bandas mais in-fluenciadas de todo o planeta, mas issoveio muito mais pelo lado teatral e vi-sual do que pelo próprio som em si.Nas décadas de 1970 e 1980 era co-mum ver vários produtos relacionadosà banda, como cartões de crédito,fliperamas e até lancheiras escolarescom a foto dos quatro cavaleiros. Di-zem que as máscaras foram uma in-fluência de Alice Cooper, mas também

Árvore de Influênciashá rumores de que Simmons e Stanleyadotaram essa idéia no Brasil, assistindoa um show dos Secos & Molhados. Essafórmula resultou numa genial estratégiade marketing, reforçada pelo grande es-pírito empreendedor de Simmons.

Quanto ao lado musical, o Kiss foiinfluenciado por músicos de vários es-tilos, como Alice Cooper, The Who, en-tre outros e influenciaram músicoscomo Kurt Cobain, Marty Freedman

(Megadeth), Metallica, LennyKravitz, Marilyn Manson, DimebagDarrel (Pantera).

Afinal, eles conseguiram, em meio atanta pirotecnia, mostrar que tambémfaziam músicas de qualidade, mas issose deve muito ao grande potencial deAce Frehley. Atualmente, o futuro deAce no Kiss parece estar incerto, devi-do a vários desentendimentos comGene Simmons e Paul Stanley.

Árvore de Influências

Eric Clapton

Jeff Beck

Alice Cooper

Ant

es

Dep

ois

The Who

Lenny Kravitz

Dimmebag Darrel

Kurt CobainAce Frehley

Lick 4/ Calling Dr. Love / do álbum Rock n� Roll Over (1976) 2�00� - 2�06�

Frehley explora a sonoridade dos li-gados ascendentes (hammer on) e des-cendentes (pull off), acrescentando acorda solta. A barra de ligadura queaparece entre essas notas que estão noúltimo compasso significa que nenhu-

ma dessas notas deve ser palhetada,com exceção da primeira nota dogrupo (casa 5 - nota D). Na hora defazer o pull off, dê uma �beliscada�na nota, evitando que a próxima nãosaia com um som fraco.

Lick 5/ Cold Gin / do álbum Kiss (1974) 2�34� - 2�36�

Outro lick clássico, feito sobre a esca-la pentatônica menor de Em. O padrãout i l izado aqui é um l igado misto(hammer on & pull off), tendo como di-visão r í tmica uma quiál tera desemicolcheias, e uma colcheia, repetin-

do em todos os tempos subseqüentesdo compasso 1. Frehley também uti-liza licks semelhantes em quase to-dos os solos do Kiss, mantendo sem-pre um estilo linear, tornando-os fá-ceis de ser reconhecidos.

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A guitarra predileta de Ace Frehleysempre foi a Gibson Les Paul CherrySunburst Custom, mas no estúdio umaFender Strato também era muito utili-zada para fazer overdubs (gravaçõesfeitas em camadas).

Na época em que esteve fora do Kiss(década de 1980), Ace chegou a ter ummodelo da Washburn feito especial-

Sound Checkmente para ele (fabricada em 1987), masno final da década de 1990 a Gibson lan-çou a Les Paul Ace Frehley Signature, quetinha uma peculiaridade: trêshumbuckings da marca Di Marzio mo-delo Super Distortion e, a partir daí, estapassou a ser a sua guitarra titular.

Os amps sempre foram Marshall eLaney, e quanto aos efeitos, Ace dizia ter

repugnação por pedais e periféricos;quando algum efeito aparecia na músi-ca, ele era colocado posteriormente, poralgum produtor ou técnico de estúdio.

O timbre distorcido de Ace Frehleyera obtido pela saturação das válvulasde pré e de power do próprio amplifi-cador, mas podemos simular esse tim-bre com um bom pedal de overdrive.

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Regulagem Ace Frehley

Overdrive

Regulagem Tungsten OverdriveOnerr / Ace Frehley

LEVEL TONE DRIVE

Volume Treble Middle Bass Reverb

LEVEL TONE DRIVE