buda prega o quanto devemos aos pais

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Pensamentos morais de Buda sobre o quanto os filhos devem reconhecer nos pais

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Sermo do Filho Ingrato - Trecho de Musashi de Eiji YoshikawaTexto retirado do site no dia 07/07/2015: http://www.fotolog.com/madger/94820861/

Buda prega o quanto devemos aos paisOuvi todos, pois em verdade assim aconteceu:

Estava Buda certo dia na montanhaem companhia de seus santos eleitose de discpulos iluminados quandouma multido composta de monges e monjas,fiis de ambos os sexos,seres celestiais, drages e espritos demonacos,juntou-se querendo ouvir sua pregao,e ao redor do tronco de ltus em que Buda se sentava,respeitosos reuniam-se todos,seu santo rosto contemplando sem ao menos piscar.

Foi ento que Buda pregando disse:Devotos do mundo inteiro ouvi-me:Deveis muito bondade do pai,Deveis muito compaixo da me.Pois se o homem est neste mundotem por causa do carma,e por agentes do carma os pais

No fosse pelo pai no nascereis,No fosse pela me no crescereis,Eis porqueDa semente paterna recebeis o esprito,Ao ventre materno deveis a forma.

E por causa dessa relao crmica,Nada nesse mundo se comparaao misericordioso amor de uma me;a ela devais eterna gratido

Desde o momento em que a meo filho recebe no ventre,dez meses ela passa sofrendoem cada ato cotidianono andar, no parar, no sentar e no dormir.E o sofrimento no he dando trgua,perde a me a vontadede satisfazer a fome e a sede. e tambm de ataviar-se,apenas pensando em dar luz o filho com seguranaos meses se completamo dia do nascimento chega,e os ventos crmicos o acontecimento apressam.sente dores a me em cada osso e cada junta.treme o pai de ansiedade pela me e pelo filho,parentes e conhecidos com ele sofremnasce o filho sobre a relvainfinita a alegria dos paissemelhante da mulher pobre que de sbito ganha,mgica prola que todos os desejos realiza.ao ouvir o primeiro choro do filho,sente a me tambm ela renascera partir deste dia o filhono colo da me dormeem seus jelhos brincado seu leite se alimentae em sua misericrdia vive.sem a me o filho no se veste nem se despe,a me mesmo faminta, tira da prpria bocapara o filho alimentarsem a me um filho no se criaconsiderai todos,quanto leite dsorvestes ao seio materno:- oitenta medidas repletas por dia!e o tamanho do dbito para com vossos pais:- infinito como o cu!

A me sai a trabalhar na aldeia vizinhatira a gua, acende o fogomi o trigo e a farinha peneiraa caminho de volta, findo o dia,antes ainda de chegar casa,imagina o filho sua espera,a chorar e a gritar por ela ansiando,peito confrangido, corao disparado,leite vertendo e incapaz de mais suportar,corre e da casa se aproxima,de longe o filho v a me chegando,o crebro usa, a cabea agita,e me se dirige entre gritos e soluos,curva-se a me estente os braosos lbios aos do filho junta,duas emoes unificadas.nada no mundo supera este amor arrebatadodois anos: o filho ao colo se desprendee pela primeira vez sozinho anda,e agora,sem o pai no sabeira que o fogo queima,sem a me, que a lmina corta o dedo,trs anos: o filho recusa o leite materno,e pela primeira vez de outras coisas se alimenta,sem o pai no saberia que o veneno mata,sem a me, que as ervas curam,se os pais a uma festa so convidados,e guloseimas e delicadas iguarias lhe so oferecidas,nada comem e tudo guardam,ao retornar, o filho chamam e tudo lhe do,felizes apenas de ver o filho feliz.

O filho crescee ao iniciar o convvio com amigosroupas de seda o pai lhe compraseus cabelos e me com capricho penteiaesquecidos de si mesmos ao filho tudo dedicameles prprios vestindo roupas velhas e rasgadaspassa o tempo e o filho se casae uma estranha ao lar conduzmais e mais os pais ele passa a ignorarmais e mais o novo casal ntimo se tornatrancado no quarto em animada conversa

envelhecem os paisanimo quebrantado, foras lhe faltandoo filho apenas tm para recorrere a nora para ajud-losmas a manh se vai, a noite chegasem que lhes vejam os rostoscerrada est a porta na glida madrugadaseu quarto frio, semelhante ao da estalagemque d pouso por uma noite ao solitrio viajanteno h mais repouso nem risose eis que em momento de criseo filho chamam para lhe pedir ajudamas nove em dez vezes ele no os atendee quando enfim chega, raivoso os atendee ofende aos gritos dizendo que melhor lhes seriamorrer a continuar vivos, velhos e imprestveis

Peito repleto de mgoa, atordoadosos pais vertem lgrimas sentidas- Ah, quando eras pequeno.sem nossa ajuda no terias te alimentado,sem nossa ajuda no terias crescido- Ah, nos a ti...