brutalismo e paulo mendes da rocha

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ESTÉTICA DO PROJETO BRUTALISMO PROFª FABIANA PADILHA MONTANHEIRO

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Page 1: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

ESTÉTICA DO PROJETO

BRUTALISMO

PROFª FABIANA PADILHA MONTANHEIRO

Page 2: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

BRUTALISMO

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A tendência surge pela primeira vez com o arquiteto franco-suíço Le Corbusier (1887-1965), com uma acepção original associada à expressão francesa béton brut (concreto aparente). São os projetos de Le Corbusier posteriores à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tendo como marco inicial a Unidade de Habitação de Marselha (1947-1952).

Unidade de Habitação de Marselha (1947-1952)

Le Corbusier (1887-1965)

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O segundo momento brutalista, denominado por "novo brutalismo", surgiu na Inglaterra, nos anos 1950, com a produção da família Smithson para um concurso de uma escola em Hunstanton-Norfolk, na qual foi empregada a solução pela "honesta manifestação de estrutura de materiais”. No Brasil inicia – se a Escola Paulista.

Smithdon High School, Hunstanton, Norfolk (1949–1954)

Alison e Peter Smithson

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DEFINIÇÃO: ESCOLA PAULISTA

Escola Paulista é o termo pelo qual uma parcela

importante da produção moderna da arquitetura

brasileira é comumente reconhecida pela historiografia,

mas não identifica toda a produção arquitetônica do

estado de São Paulo. Trata-se originalmente da

arquitetura produzida por um grupo radicado em São

Paulo, que, com a liderança de Vilanova Artigas, foi

realizada uma arquitetura marcada pela ênfase na

técnica construtiva, pela adoção do concreto armado

aparente e valorização da estrutura.

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O que é, ou o que foi, a arquitetura da Escola Paulista Brutalista?

Trata-se talvez, dentro do panorama recente de debates sobre a arquitetura brasileira moderna e contemporânea, de um dos assuntos mais ventilados e menos conhecidos, mais citados e menos bem estudados de que se tem notícia. Trata-se, também, de um tema que deixou subitamente, há cerca de uma década, de ser um assunto tabu, problemático e enfaticamente negado por seus criadores, para ganhar uma afirmação corriqueira, banalizada e vagamente inconsistente, mas assumida também por uma nova geração de arquitetos que busca se identificar com essa arquitetura; tendo essa reviravolta ocorrido sem que nunca se tenha chegado a claramente definir ou corretamente estudar essa arquitetura. Deve - se vagamente saber do que é que se trata quando se faz referência à Escola Paulista Brutalista e, no entanto, não há quaisquer estudos amplos e sistemáticos que a definam de maneira clara, tal situação dando vazão a confusas, apressadas e levianas afirmações sobre o tema.

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CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS BRUTALISTAS

“franca exposição dos materiais; vigas e detalhes como brises em concreto aparente, combinados com fechamentos em concreto aparente ou com fechamentos em tijolos deixados expostos; mesma exposição de materiais nos interiores; geralmente a secção do edifício dita a sua aparência externa; em alguns casos, uso de elementos pré-fabricados em concreto para os fechamentos/ revestimentos; em outros, uso de lajes de concreto em forma abóbada “catalã””. (Reyner Banham)

A abóbada catalã ou arco catalão é um tipo de arco de tijolo frequentemente usado estruturalmente de forma a ficar quase plano.

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BRUTALISMO BRASILEIRO

No Brasil iniciou nos anos 50, em obras no Rio de Janeiro e São Paulo. E veio a se destacar nos anos 60, não foi, como a maioria dos movimentos, unido por ideais comuns, mas mostrava em todas as construções a radicalização de alguns conceitos de moderno.

A ideia era que a “verdade estrutural” dos edifícios não podia ser escondida.

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Dentre as diversas obras e grandes arquitetos do brutalismo, Edifício São Vito – início 1954, término entre 1955 e 1959.

A cidade de São Paulo já teve aquele que foi considerado o maior cortiço vertical do Brasil: o edifício São Vito ou, mais conhecido como, Treme-Treme. Foi projetado pelos arquitetos Kogan & Zarzur. Na época da inauguração do edifício São Vito, foi considerado a solução para o problema da moradia popular.

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O prédio, com forte influência da escola de arquitetura de São Paulo, sempre se destacou na paisagem da cidade. Quando inaugurado, contava com 25 pavimentos residenciais totalizando mais de 600 quitinetes.

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A estrutura do edifício era de concreto armado, com brises horizontais. Ele possuía três elevadores originais do prédio e o último andar era uma área livre de 800 metros quadrados que chegou a ser usada para eventos em 1960.

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Os corredores dos andares tinham cerca de oitenta centímetros de largura e as escadas internas 1,20 metro. O prédio não recebeu reformas durante muito tempo e, aos poucos, foi sofrendo irreversível processo de deterioração, acabando por ficar ocupado apenas por famílias de baixa renda. Sua situação o transformou em uma ilha urbana, cercado pelo alto tráfego de carros e elevado índice de poluição sonora e do ar.

Foram por esses motivos, aliás, que surgiu o apelido de “Treme-Treme”: devido à grande bagunça e problemas que ocorriam dentro do edifício. Além disso, por atrasos no pagamento das contas, a Sabesp interrompeu o serviço de abastecimento de água no edifício em 1973. E em 2002, apenas um dos três elevadores originais estava em funcionamento, o que gerava filas de até meia hora para os moradores em horário de pico.

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Essa degradação foi acentuada pela divisão de diversas quitinetes em duas, pela instalação de diversas “gambiarras” na rede elétrica (80% dos pontos de ligação do prédio eram clandestinos em 2002) e até pela suspensão da coleta de lixo, o que levou muita gente a atirar sacos de lixo das janelas, além de água suja e restos de comida.

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INFELIZMENTE A OBRA FOI DEMOLIDA EM 2010.

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CENÁRIO POLÍTICO

O Brasil na década de 1970 encontrava-se na época do chamado "milagre econômico", na qual o Governo Federal investia em obras "faraônicas", que eram construídas através de empréstimos internacionais, aumentando a dívida externa brasileira, e optando por construções monumentais em prol de melhorias básicas para a população.

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Estação Armênia, originalmente conhecida como Estação Ponte Pequena é uma estação da Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo. arquiteto Marcelo Accioly Fragelly.

Edifício Penthouse – Morumbi – Favela Paraisópolis.

Praça das Artes, São Paulo

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PAULO MENDES DA ROCHA

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Paulo Archias Mendes da Rocha, nascido em Vitória, ES em 25 de outubro de 1928, costuma dizer que foi criado vendo a engenhosidade do mundo. Em sua casa sempre lhe dizia, que ele poderia fazer um porto e até um navio. Seu avô era dos serviços navais, seu pai engenheiro e Mendes formou – se acreditando que o homem poderia intervir na natureza de forma criteriosa.

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Formou – se pela Mackenzie de São Paulo, em 1954 e em 1960 a pedido de Artigas que encabeçou a chamada Escola Paulista da arquitetura brasileira. Ambos elevaram a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) com seus pontos de vista sociais e humanistas, influenciando gerações e gerações de arquitetos e artistas. Em 1969 os dois foram afastados de seus postos pela ditadura militar, sendo reintegrados somente em 1980. Pouco depois Vilanova Artigas faleceu e Mendes seguiu lecionando com o mesmo entusiasmo até 1999 quando se aposentou.

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Sua Arquitetura era “crua, limpa, clara e socialmente responsável”, influenciada pelo Brutalismo europeu, apresentava soluções formais embora criticadas nas últimas décadas por seu alto custo social e econômico. Suas obras caracterizam – se por atitudes rígidas, certeira sobre o território, ele acredita que o domínio do terreno, seja através da mudança topográfica ou do entorno, deve – se considerar como elementos fundamentais para expressar o domínio da integração homem e natureza.

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A obra de Paulo Mendes da Rocha exibe a clara intenção de superar a concepção naturalista, com vistas a alcançar a dimensão absoluta de expressão racional.

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Ele também provou sua maestria na restauração e renovação, reafirmando seu entendimento e respeito pelo legado de seu país e sua própria crença na relevância da arquitetura de seu tempo. Mendes da Rocha olha para a história como se ela se relacionasse com o futuro. Ele tem se dedicado a uma busca pela síntese do design e forma, que é tão bonita quanto sua perfeição técnica.

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Teve a honra de receber o mais importante prêmio da arquitetura mundial, o Prêmio Pritzker, o júri julgou que sua obra modifica a paisagem e o espaço, procurando atender às necessidades sociais quanto estéticas do homem. Um grande senso de responsabilidade para os usuários de seus projetos e com a sociedade em geral.

Prêmio Pritzker, em 2006.

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OBRAS

1958 – Vence o concurso para o Ginásio do Clube Atlético Paulistano

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OBRAS

Croqui e planta baixa - Ginásio do Clube Atlético Paulistano - 1958

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OBRAS

Cortes - Ginásio do Clube Atlético Paulistano - 1958

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1958 –Ginásio do Clube Atlético Paulistano

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Atualmente –Ginásio do Clube Atlético Paulistano

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OBRAS

Edifício Guaimbê – 1965

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OBRAS

Corte e planta baixa - Edifício Guaimbê – 1965

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OBRAS

CASA BUTANTÃ- RESIDÊNCIA DE PAULO MENDES DA ROCHA 1966

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CASA BUTANTÃ- RESIDÊNCIA DE PAULO MENDES DA ROCHA 1966

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CASA BUTANTÃ- RESIDÊNCIA DE PAULO MENDES DA ROCHA 1966

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OBRAS

Estádio Serra Dourada em Goiânia – 1975

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OBRAS

MuBE - Museu Brasileiro da Escultura – 1986

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OBRAS

MuBE - Museu Brasileiro da Escultura – 1986

Page 37: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

OBRAS

Croqui - MuBE - Museu Brasileiro da Escultura – 1986

Page 38: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

OBRAS

Capela de São Pedro Apóstolo – 1987 (Campos do Jordão)

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OBRAS

Capela de São Pedro Apóstolo – 1987 (Campos do Jordão)

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OBRAS

Museu de Arte de Campinas – 1989

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OBRAS

CASA GERASSI - 1990

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CASA GERASSI - 1990

Page 43: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

CASA GERASSI - 1990

Page 44: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

CASA GERASSI - 1990

Page 45: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

CASA GERASSI - 1990

Page 46: Brutalismo e Paulo Mendes da Rocha

OBRAS

Croqui e vistas - CASA GERASSI - 1990

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BRUTALISMO DE PAULO MENDES DA ROCHA

ANDRÉ LUIZ MUNUEIRA PIRES ID – 306838

ELDA AMARAL MADURO DA SILVA ID – 306986

ÉLEN VANESSA DA SILVA ID – 306009

ROSILDA C. FOSCHI DE OLIVEIRA ID – 301113

Assista - https://vimeo.com/76133810