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Brrooooarrr!
Nessa manhã corria tudo às mil maravilhas.
Levantei-me cedo, fresco e bem-disposto como
um grilo. Como pequeno-almoço, devorei
uma saborosa fatiade bolo, com requeijão e
bagas pré-históricas.
Antes de sair, ainda gravei
algumas lajes de apontamen-
tos para dois artigos que tinha de escrever mais
tarde, no Diário da Pedra.
Aliás, não sei se já sabem, mas eu sou o
DIRETOR do mais famoso (até porque é
ah, que delícia!
o único) jornal da PRÉ-HISTÓRIA!Saí da minha caverna e apressei-me a caminho
do meu pensatório no Diário da Pedra.
A manhã estava esplêndida, o céu límpido,
o sol luminoso. Não tinha chovido nem um
único pozinho de meteorito e, quanto a
sacudidelas de terremotos, não houvera
uma sequer!ah, que diaextrarrático!
Brrooooarrr!
Pelo caminho, os roedores da cidade de Pe-drópolis saudaram-me cordialmente,
com grandes sorrisos e entusiasmo pré-históricos!
Até quando cheguei à redação, os meus colegas
estavam todos tão simpáticos e descontraídos
que tornei a pensar…
ah, que dia
extrarrático!
Brrooooarrr!
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Pus-me a gravar com fervor,
aproveitando um momento de ins-
piração.
A meio da manhã, ofereci-me até
uma boa taça da nossa bebida na-
cional, a RAITIRINHA..
E pronto, não tive sequer tempo de pensar pela
centésima vez «que dia extrarrático», quando
um cataclismo inesperado desfez a calma
daquela manhã.
Sem tirar nem pôr, um autêntico furacao!
ah, que di...…
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De pé, fóssilmolengão!
Alguém entrou no meu pensatório como um
tornado, levantando uma nuvem de
pó, entornando a minha raitirinha, lançando
pelos ares a laje que eu estava a gravar,
atirando para o chão com escopro, martelo e
tapa-orelhas que DESPEDA« ARAM a secretária…
Em resumo, foi um verdadeiro DESASTRE!E o pior de tudo é que eu, com a miúfa, não
era capaz de mexer nem um músculo e até os
bigodes me tremiam de medo!
Estava já a improvisar um testamento de urgên-
cia, quando uma voz imperiosa me fez parar.
De pé, fóssil molengão!
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– DE PE, FoSSIL MoLENGao!Pode saber-se o que estás para aí a fazer todo
pasmado? Uma sestazinha, não é? Ah, és sem-
pre o mesmo mandrião!
Estremeci. Mandrião, eu? Eu sou o Geronimo Stiltonuto, o diretor do Diário da Pedra!
Trabalho todo o dia e todos os dias! E quan-
do não trabalho, penso no trabalho! E quando
durmo, sonho que estou a trabalhar!
Firmei a vista. Quando a enorme nuvem de
pó se dissipou, surgiu a figura maciça e
TONITRUANTE de uma idosa roedora, com os
cabelos cinzentos presos no cimo da cabeça e
uma valente clava nas mãos… Não havia dúvi-
da, era mesmo ela, a avó Torcata!A mais cabeçuda, dinâmica e rija roedora da
pré-história!
Não era um tornado… ERA MUITO PIOR!