brigada de incendio silvana2013

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    PREVENO E COMBATE A INCNDIO

    1 INTRODUO

    Um dos grandes marcos da histria da civilizao humana foi o domnio do fogopelo homem. A partir da, foi possvel aquecer e coser alimentos, fundir metais para

    fabricao de utenslios e mquinas. Essa conquista possibilitou o desenvolvimento eprogresso da sociedade, ainda que associado a essa descoberta tenha surgido o riscode incndio.

    Mas esse mesmo fogo que tanto constri, pode destruir. E quando o fogoameaa o homem, hoje, a sua reao igual a do homem primitivo: ele FOGE.

    Para tanto, de acordo com a norma regulamentadora do Ministrio do Trabalho,a NR 23, as organizaes devem possuir em seus quadros pessoas capacitadas parautilizar seus equipamentos de proteo contra incndio. Essas pessoas tm papelfundamental, pois atravs de suas atuaes teremos aes rpidas de combate ao

    princpio de incndio e a salvaguarda das pessoas e equipamentos.

    Quando esse grupo de pessoas capacitadas organizado com funes pr-determinadas, tem-se uma brigada de incndio.

    Quanto mais eficiente se tornar a preveno, menores sero as probabilidadesda ocorrncia de incndio e, consequentemente, menores sero as oportunidades de ofogo causar danos s pessoas e ao patrimnio.

    2 BRIGADA DE INCNDIO

    A Brigada de Incndio possui regulamentao prpria, relatada NT07/CAT/BMES (formao), datada de 18 de fevereiro de 2010, e na NBR 14.276(composio, atribuio, organizao), nas quais descrevem definies ecaractersticas que envolvem a natureza da atividade exercida pelos brigadistas.

    Segundo a NT 07/ CAT/CBMES, brigadas de Incndio todo grupo organizadode pessoas voluntrias ou indicadas, pertencente a populao fxa de uma edificao,que so treinadas e capacitadas para atuarm, sem exclusividade, na preveno e no

    combate a incndio, no abandono de rea e prestar primeiros socorros.Aps a capacitao dos funcionrios, cabe ao profissional da rea de segurana

    do trabalho ou da CIPA (Comisso interna de Preveno de Acidentes) da organizaoestruturar a brigada de incndio.

    Apenas possuir brigadistas em seu quadro de funcionrios, no caracteriza quea organizao ou edificao possui brigada de incndio. Para se considerar umabrigada, os brigadistas devero pertencer a um grupo ORGANIZADO, com funes eaes pr-estabelecidas.

    A seguir, o organograma de uma brigada de incndio, de acordo com a NBR14.276:

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    Nesse organograma representada a estrutura hierrquica da brigada,consequentemente, o nvel de responsabilidades e cadeia de comando do grupo. Esseorganograma deve ficar em locais visveis em locais com grande circulao com nome,foto, funo na empresa dos brigadistas, telefone de contato, para facilitar oacionamento por qualquer funcionrio da edificao, em caso de emergncia.

    2.1 MEMBROS DA EQUIPE DE BRIGADA E SUAS FUNES

    2.1.1 Brigadista

    Membro da equipe de brigada, que estar subordinado a um chefe deequipe/lder, em um determinado setor, compartimento ou pavimento da edificao.

    2.1.2 Lder

    Responsvel pela coordenao e execuo das aes de emergncia em sua

    rea de atuao (pavimento/compartimento/setor).

    2.1.3 Chefe da Brigada

    Responsvel por uma edificao com mais de um pavimento, compartimento ousetor.

    2.1.4 Coordenador-Geral

    Responsvel por todas as edificaes que compem a organizao.

    Coordenador-Geral

    Chefe da Brigada1 Edificao

    Lder1 Pavimento

    Lder2 Pavimento

    Chefe da Brigada2 Edificao

    Brigadista

    Lder1 Pavimento

    Lder2 Pavimento

    Brigadista Brigadista Brigadista

    Brigadista

    Brigadista

    BrigadistaBrigadistaBrigadista

    Brigadista

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    2.2 ATRIBUIES DOS BRIGADISTAS

    2.2.1 Aes de Preveno

    Conhecer o plano de emergncia contra incndio da planta; Conhecer todos os setores e instalaes da edificao;

    Avaliar os riscos existentes; Inspecionar os sistemas de proteo contra incndio e pnico da edificao

    (extintores, hidrantes, sinalizaes de escape, luzes de emergncia, outros); Inspecionar o livre acesso s rotas de fuga e s escadas de emergncia; Elaborar o relatrio de irregularidades e encaminha-lo ao setor responsvel; Orientar a populao fixa quanto ao procedimento em caso de abandono de

    rea; Participar dos exerccios simulados.

    2.2.2 Aes de Emergncia

    Atender com presteza ao brado do alarme de incndio, deslocando-se para olocal de reunio;

    Sempre que acionado, investigar possveis sinais de princpio de incndio; Combater o fogo no seu incio, usando os recursos apropriados (extintores ou

    hidrantes de parede); Retirar as pessoas rapidamente da edificao, quando em caso de incndio

    ou pnico; Prestar aes de primeiros socorros aos necessitados (vtimas de casos

    traumticos ou clnicos); Relatar imediatamente as irregularidades e os riscos encontrados nas

    inspees; Acionar o Corpo de Bombeiros quando necessrio e prestar todo apoio.

    2.2.3 Informaes importantes para o Corpo de Bombeiros

    Se existe algum confinado ou preso em algum compartimento do local; Onde se desliga a energia parcial ou total da edificao; Qual a capacidade da Reserva Tcnica de Incndio RTI, e onde se localiza; Onde se localiza o hidrante urbano mais prximo; Se a edificao possui instalao de Gs Liquefeito de Petrleo GLP, Gs

    Natural GN ou produtos qumicos armazenados; e Relao de telefones que devem ser acionados em caso de emergncia.

    2.3 PROCEDIMENTOS DIVERSOS

    Os brigadistas devem utilizar constantemente em local visvel umaidentificao que o indique como membro da brigada de incndio;

    Devero ser realizadas reunies ordinrias, extraordinrias e exercciossimulados pelos membros da brigada de incndio;

    Devero ser definidos os sistemas de comunicao entre os brigadistas parafacilitar a atuao nas emergncias.

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    3 QUMICA DO FOGO

    Fogo uma reao qumica, na qual o material combustvel combina-se com ocomburente (normalmente o oxignio do ar atmosfrico), produzindo luz e calor. Essareao qumica chama-se combusto, sendo necessria a unio de trs elementos:

    Combustvel; Comburente; Fonte de calor.

    3.1 COMBUSTVEL

    todo corpo capaz de queimar e alimentar o fogo. Quanto ao seu estado fsico,os combustveis classificam-se em:

    Slido (exemplo: madeira, papel, tecido, carvo, plvora etc.).

    Madeira em combusto Papel

    A unio desses trs elementos forma otringulo do fogo, que uma forma didtica de serepresentar o surgimento do fogo.

    Com a incluso de um quarto elemento,tem-se o quadrado ou tetraedro do fogo,uma vez que estudos recentesdescobriram mais um elemento, areao em cadeia.

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    Lquido (exemplo: gasolina, lcool, querosene, leos, tintas etc.).

    Gasolina gua raz

    Gasoso (exemplo: metano, etileno, gs liquefeito de petrleo, gs naturaletc.).

    Gs natural veicular Gs liquefeito de petrleo

    3.2 COMBURENTE

    o elemento qumico que se combina com o combustvel, possibilitando o

    surgimento do fogo. O comburente mais comum o oxignio, encontrado no aratmosfrico em uma concentrao de aproximadamente 21% (no existir chama emambientes na faixa de 8% a 16% de O2 e no haver combusto abaixo de 8%).

    3.3 CALOR

    o elemento responsvel pelo incio da combusto, que representa a energiamnima necessria para o incio do fogo. Esta energia pode ser produzida por choque,frico, presso, fasca, por um ponto quente ou por chama viva.

    Vale ressaltar que o calor uma fonte de energia trmica que pode ocorrer emreaes qumicas ou fsicas.

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    3.4 REAO EM CADEIA

    A reao em cadeia torna a queima auto-sustentvel. O calor irradiado daschamas atinge o combustvel e este decomposto em partculas menores, que secombina com o oxignio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustvel,

    formando um ciclo constante.

    4 MTODOS DE TRANSMISSO DO CALOR

    O calor de objetos com maior temperatura transferido para aqueles comtemperatura mais baixa, levando ao equilbrio trmico e podendo causar o surgimentodo fogo nos materiais que esto recebendo a quantidade suficiente de calor para entrarem combusto.

    O calor pode se transmitir de trs formas diferentes: conduo, conveco e

    irradiao.

    4.1 CONDUO

    a transmisso de calor que ocorre de molcula para molcula, atravs doaumento do seu movimento vibratrio, acarretando, tambm em um aumento detemperatura em todo o corpo.

    Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro prxima a umafonte de calor, as molculas desta extremidade absorvero calor; elas vibraro maisvigorosamente e se chocaro com as molculas vizinhas, transferindo-lhes calor.Quando dois ou mais corpos estiverem em contato, o calor transmitido atravs delescomo se fosse um s corpo.

    4.2 CONVECO

    Quando a gua aquecida num recipiente de vidro, pode-se observar ummovimento, dentro do prprio lquido, de baixo para cima. medida que a gua aquecida, ela se expande e fica menos densa (mais leve) provocando um movimentopara cima. Da mesma forma, o ar aquecido se expande e tende a subir para as partesmais altas do ambiente, enquanto o ar frio toma lugar nos nveis mais baixos.

    As massas de ar aquecidas podem levar calor suficiente para iniciar o fogo emcorpos combustveis com os quais entrem em contato.

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    4.3 IRRADIAO

    a transmisso de calor por meio de ondas e raios que se processa atravs doespao vazio, no necessitando de continuidade molecular entre a fonte e o corpo querecebe o calor.

    As ondas de calor propagam-se em todas as direes, e a intensidade com queos corpos so atingidos aumenta ou diminui medida que esto mais prximos oumais afastados da fonte de calor. Isso deve ao fato de que as molculas do arabsorvem parte do calor irradiado fazendo com que a propagao perca fora com adistncia.

    5 CLASSES DE INCNDIO

    Quase todos os materiais so combustveis, no entanto, devido diferena decomposio, queimam de formas diferentes e exigem maneiras diversas de extino.Por este motivo, convencionou-se dividir os incndios em quatro classes: A, B, C e D.

    5.1 CLASSE A

    o incndio que ocorre em materiais slidos ou fibrosos comuns, que ao se

    queimarem deixam resduos. Esses materiais queimam tanto em superfcie, quanto emprofundidade. Exemplo: madeira, papel, tecido, espuma etc.

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    5.2 CLASSE B

    o incndio que ocorre em materiais lquidos inflamveis. Esses materiaisqueimam somente em sua superfcie e no deixam resduos. Exemplos: gasolina,querosene, lcool, tinta etc.

    5.3 CLASSE C

    o incndio que ocorre em equipamentos eltricos energizados (equipamentosque se encontram conectados corrente eltrica). Exemplos: mquinas e motores em

    geral, painis eltricos etc.

    Quando o equipamento desconectado da corrente eltrica, o incndio passa aser Classe A.

    5.4 CLASSE D

    o fogo que ocorre em metais pirofricos, tambm chamado de ligas metlicas.Exemplos: magnsio, potssio, alumnio em p, zinco, antimnio, etc.

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    6 MTODOS DE EXTINO DO FOGO

    A condio imprescindvel para ocorrer o surgimento do fogo a unio doselementos, combustvel, comburente, fonte de calor e reao em cadeia. A extino sed quando eliminamos um dos lados do quadrado do fogo, e por isso temos quatromtodos bsicos de extino, so eles: resfriamento, abafamento e isolamento,

    tambm chamado de retirada do material, e extino qumica.

    6.1 RESFRIAMENTO

    Consiste em retirar ou diminuir o calor do material incendiado at umdeterminado ponto em que no libere vapores que reajam com o oxignio, impedindo oavano do fogo.

    6.2 ABAFAMENTO

    Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxignio com o materialcombustvel. No havendo comburente para reagir com o combustvel, no haver

    fogo. Como excees esto os materiais que tm oxignio em sua composio equeimam sem necessidade do oxignio do ar, como os perxidos orgnicos e aplvora.

    O abafamento pode ser praticado, seguindo os procedimentos a seguir:

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    Cobertura ou envolvimento total do corpo em chamas; Fechamento hermtico do local onde ocorre queima; Emprego de substncias no combustveis, como: areia, terra e outros.

    6.3 ISOLAMENTO OU RETIRADA DO MATERIAL

    Consiste na retirada, diminuio ou interrupo do material no atingido pelofogo, com suficiente margem de segurana, para fora do campo de propagao dofogo.

    H tcnicas que se encaixam nesse mtodo de atuao, pois h outras formasde atuar no combustvel que no apenas a retirada do que ainda est intacto. Ex.:fechamento de vlvula ou interrupo de vazamento de combustvel lquido ou gasoso,retirada de materiais combustveis do ambiente em chamas, realizao de aceiro, etc.6.4 EXTINO QUMICA

    A extino qumica se d quando oshidrocarbonetos halogenados e sais inorgnicosatuam como agentes extintores e interferem na cadeiade reaes, que se realizam durante a combusto.Como exemplo, temos o P Qumico Seco (PQS).

    7 AGENTES EXTINTORES

    So substncias que empregadas contra o fogo, atuaro cancelando a ao deum dos elementos do quadrado do fogo. Trataremos apenas dos agentes extintoresmais comuns, que so utilizados em aparelhos extintores.

    7.1 GUA

    agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por

    resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atuatambm por abafamento (dependendo da forma como utilizada, podendo ser aplicadaem diversos tipos de jato como: neblinado, neblina e compacto).

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    Em razo da existncia de sais minerais em sua composio qumica, a guaconduz eletricidade e seu usurio, em presena de materiais energizados, pode sofrerchoque eltrico. Quando a gua utilizada no combate ao fogo em lquidosinflamveis, h o risco de ocorrer transbordamento do lquido que est queimando,aumentando, assim, a rea do incndio.

    o agente extintor "universal". A sua abundncia e as suas caractersticas deemprego, sob diversas formas, possibilitam a sua aplicao em inmeros materiaiscombustveis.

    7.2 ESPUMA

    A espuma pode ser qumica ou mecnica conforme o seu processo de formao.A espuma qumica resulta da reao entre as solues aquosas de sulfato de alumnioe bicarbonato de sdio, e a mecnica produzida pelo batimento da gua, LGE (lquido

    gerador de espuma) e ar.

    A rigor, a espuma mais uma das formas de aplicao da gua, pois se constituide aglomerado de bolhas de ar envoltas por pelcula de gua. Mais leve que todos oslquidos inflamveis, utilizada para extinguir incndios por abafamento e, por contergua, possui uma ao secundria de resfriamento.

    7.3 P QUMICO SECO (PQS)

    Os Ps Qumicos Secos so substncias constitudas de bicarbonato de sdio,bicarbonato de potssio ou cloreto de potssio, que, pulverizadas, formam uma nuvemde p sobre o fogo, extinguindo-o por quebra da reao em cadeia e por abafamento.O p deve receber um tratamento anti-higroscpico para no umedecer, evitandoassim a solidificao no interior do extintor.

    Os ps so classificados conforme a sua correspondncia com as classes deincndios, a que se destinam a combater, conforme as seguintes categorias:

    P ABC composto a base de fosfato de amnio ou fosfatomonoamnico, sendo

    chamado de triclssico, pois atua nas classes A, B e C.P BC Nesta categoria est o tipo de p mais comum e conhecido, o PQS ou PQumico Seco. Os extintores de PQS para classe B e C utilizam os agentes extintoresbicarbonato de sdio, bicarbonato de potssio, cloreto de potssio, tratados com umestearato a fim de torn-los antihigroscpios e de fcil descarga.

    P D usado especificamente na classe D de incndio, sendo a sua composiovariada, pois cada metal pirofrico ter um agente especifico, tendo por base a grafitamisturada com cloretos e carbonetos. So tambm denominados de Ps QumicosEspeciais ou PQEs.

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    7.4 GS CARBNICO (CO2)

    Tambm conhecido como dixido de carbono ou CO2, um gs mais denso(mais pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro. um agente extintor limpo, no condutorde eletricidade, no txico, mas asfixiante. Age principalmente por abafamento, tendo

    secundariamente ao de resfriamento.

    Por no deixar resduos, nem ser corrosivo, um agente extintor apropriadopara combater incndios em equipamentos eltricos e eletrnicos sensveis (centraistelefnicas e computadores). O grande inconveniente deste tipo de agente extintor orisco de queimaduras por parte do operador, pois ao ser liberado para a atmosfera, aexpanso do gs pode gerar temperaturas da ordem de 40 C na proximidade dodifusor do extintor.

    7.5 COMPOSTOS HALOGENADOS

    So compostos qumicos formados por elementos halognios (flor, cloro, bromoe iodo). Esses compostos atuam na quebra da reao em cadeia devido s suaspropriedades especficas e, de forma secundria, por abafamento.

    Assim como o CO2, os compostos halogenados se dissipam com facilidade emlocais abertos, perdendo seu poder de extino. No entanto, apesar da suacomprovada eficincia, a comercializao deste produto proibida por razes deordem ambiental (destri a camada de oznio).

    7.6 GASES INERTES

    Os gases inertes contm elementos qumicos como o Argnio, Hlio, Nenio edixido de carbono. Este tipo de agente extintor no normalmente utilizado emextintores portteis de incndio, mas sim em instalaes fixas para proteger, porexemplo, salas de computadores e outros riscos semelhantes.

    A sua eficincia relativamente baixa porque geralmente so necessriasgrandes quantidades de gs para proteo de espaos relativamente pequenos, quedevem ser estanques para no permitir a disperso do agente extintor para o exterior.

    8 SISTEMAS DE PROTEO CONTRA INCNDIO E PNICO - SPCIP

    Os sistemas de proteo contra incndio e pnico so dispositivos instaladose/ou construdos em uma edificao para evitar o surgimento do fogo descontrolado oupelo menos retardar a sua propagao, como tambm facilitar a evacuao de pessoasdestas edificaes em caso de algum sinistro. Os sistemas que sero objetos deestudo no curso so:

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    - Sistema de proteo por extintores- Sistema hidrulico preventivo (SHP)- Sadas de emergncia- Iluminao de emergncia- Sistema de proteo contra descargas atmosfricas (SPDA)

    - Sistema de deteco e alarme- Sistema de sprinklers.

    8.1 SISTEMA DE PROTEO POR EXTINTORES - SPE

    Extintores so recipientes que contm em seu interior agente extintor para ocombate imediato e rpido a PRINCPIOS DE INCNDIO, isto , incndio em suaFASE INICIAL. Podem ser portteis ou sobre rodas, conforme o tamanho. Classificam-se conforme a classe de incndio a que se destinam: A, B, C e D. Para cadaclasse de incndio h um ou mais extintores adequados.

    Seus componentes bsicos so:

    O xito no emprego dos extintores depender da:

    Fabricao de acordo com as normas tcnicas (ABNT); Distribuio apropriada dos aparelhos; Inspeo peridica da rea a proteger; Manuteno adequada e eficiente;

    Pessoal habilitado, ou seja, que saiba ESCOLHER o extintor adequado,conhecendo a sua LOCALIZAO e tenha condies de MANUSE-LO.

    8.1.1 Extintores Portteis

    So aparelhos de fcil manuseio, destinados a combater princpios de incndio.Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por exemplo:extintor de gua, porque contm gua em seu interior).

    Recipiente, vasilhameou corpo do extintor

    Rtulo

    Ala de Transporte

    GatilhoManmetro

    Etiqueta de validade

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    Os extintores, em relao capacidade de carga do agente extintor, podem serportteis ou sobre rodas. O extintor deve ser utilizado na classe de incndio compatvelao seu agente extintor.

    Extintor porttil Extintor sobre-rodas

    8.1.1.1 Extintor de gua indicado para classes de incndio tipo "A". Dentro do cilindro existe gs junto

    com gua sobre presso, quando acionado o gatilho, a gua expelida resfriando omaterial, tornando a temperatura inferior ao ponto de ignio.

    No deve ser utilizado em classes de incndio tipo "C", pois pode acarretarchoque eltrico e curto-circuito no equipamento.

    Como o objetivo de usar gua conseguir um resfriamento do material, oextintor de gua deve ser usado buscando a mxima disperso da gua possvel,

    podendo se colocar o dedo na frente do esguicho, a fim de aumentar a rea atingidapela gua.

    gua pressurizada gua a pressurizar

    8.1.1.2 Extintor de p qumico seco

    indicado para classe de incndio tipo "B" mas pode ser utilizado em incndio

    tipo "C". Dentro do cilindro existe um composto qumico em p, normalmentebicarbonato de sdio, com um gs propulsor, normalmente dixido de carbono ouNitrognio. Ao entrar em contato com as chamas, o p impede a reao em cadeia e

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    isola o oxignio da superfcie do lquido inflamvel, indispensvel combusto,extinguindo tambm o fogo por abafamento.

    O p no se dissipa to facilmente como o gs e tem tambm maior alcance dojato, ento sua utilizao diferente. O jato no deve ser dirigido base do fogo,

    devem ser aplicados jatos curtos de modo que a nuvem expelida perca velocidade eassente sobre o foco.

    P qumico seco pressurizado P qumico seco a pressurizar

    8.1.1.3 Extintor de espuma

    A espuma um agente indicado para aplicao em incndios de Classe A eB. O extintor de espuma qumica no mais fabricado, os existentes tm prazo de atcinco anos (validade do teste hidrosttico do recipiente).

    Para sua utilizao, empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jatopara um anteparo, de forma que a espuma gerada escorra cobrindo o lquido emchamas. No se deve jogar a espuma diretamente sobre o lquido

    Com o objetivo de melhorar o manuseio da espuma para o combate a princpiosde incndio, foi desenvolvida a espuma mecnica, onde o manuseio do aparelhoextintor similar ao de gua.

    Espuma mecnica pressurizado Espuma qumica Espuma mecnica a pressurizar

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    8.1.1.4 Extintor de gs carbnico

    indicado para classes de incndio tipo "C" mas pode tambm ser utilizado emincndio tipo "B", considerando a rea e o local (ambiente aberto ou confinado). Dentrodo cilindro contm dixido de carbono, um agente extintor no txico, mas asfixiante,

    no condutor de eletricidade, limpo, que recobre o fogo em forma de uma camadagasosa, isolando o oxignio, indispensvel combusto, extinguindo o fogo porabafamento.

    Como esse extintor funciona a altapresso, quando o gs liberado ele se resfriaviolentamente. Para que no ocorramqueimaduras pela baixa temperatura, ooperador deve segurar a mangueira pelo punhoou manopla e nunca pelo difusor. Como o CO2

    age principalmente por abafamento, suautilizao deve visar substituir o ar atmosfricono espao sobre o combustvel, para tanto ogatilho deve ser apertado constantemente ouem rpidas sucesses para que se forme umanuvem de gs sobre o combustvel e aschamas se apaguem pela ausncia de O2.

    Gs Carbnico

    8.1.2 Utilizao dos Extintores Portteis

    Os aparelhos extintores possuem operaes de manejo semelhantes, cabendoobservar a distncia em relao base do fogo (local onde as chamas se originam).

    Os procedimentos gerais em relao ao manuseio dos aparelhos extintores so:

    4 - Teste o extintor, acionando o gatilho

    5 - Desloque-se para o local do sinistro

    1 -Identifique a classe do incndio

    2 - Retire o extintor adequado do seu suporte3 - Rompa o lacre e retire o pino de segurana

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    Erros comuns na utilizao dos extintores:

    Observaes:

    Nos extintores pressurizados diretamente, basta retirar a trava de segurana eacionar o gatilho. Nos extintores a pressurizar, necessrio abrir a vlvula do cilindrode pressurizao, para que o gs propelente entre no corpo do extintor e pressurize o

    agente extintor, acionando o gatilho em seguida.

    Aps o uso dos extintores em uma situao de incndio, depois de utilizado oudepois de testado e constatada a falha, o extintor deve ser deixado deitado para queoutros no percam tempo tentando us-lo.

    8.1.3 Manuteno e Inspeo

    A manuteno comea com o exame peridico e completo dos extintores etermina com a correo dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguroe eficaz. realizada atravs de inspees, onde so verificados: localizao, acesso,visibilidade, rtulo de identificao, sinalizao, lacre e selo da ABNT, peso, danosfsicos, obstruo do esguicho e presso dos manmetros (nos que possuem).

    6 - No local, observar a direo do vento, uma vezque o extintor de incndio deve sempre ser utilizadoa favor do vento;

    7 - Apontar o esguicho (extintores de AP e PQS) edifusor (extintor de CO2) para o foco e acionar ogatilho, dirigindo o jato a base do fogo, a umadistncia de aproximadamente 01 metro.

    - Utilizar o extintor de forma inadequada

    - No saber utilizar o extintor

    - Utilizar o extintor errado

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    8.1.3.1 Inspees

    a) Semanais: nas inspees semanais devem ser verificados se o acesso, avisibilidade e a sinalizao dos extintores esto desobstrudos, alm de observar se osaparelhos esto de fato nos lugares determinados pelo memorial descritivo dos

    extintores.

    b) Mensais: verificar se o esguicho est desobstrudo, se a presso nosmanmetros est na marcao recomendada (nos extintores que possuammanmetro), e se o lacre e a trava de segurana esto em perfeitas condies.

    c) Semestrais: observar o peso dos aparelhos extintores, principalmente noextintor de CO2. Caso o peso tenha diminudo de 90% do peso de trabalho, prudenterecarregar o aparelho.

    d) Anuais: verificar se no existem danos fsicos no corpo do aparelho extintor, erecarreg-lo.

    e) Qinqenais: efetuar o teste hidrosttico, que a prova a que se submete oaparelho extintor a cada 5 anos, ou todas as vezes que o aparelho sofrer acidente, taiscomo: batidas, exposio a temperaturas altas, ataques qumicos (corroso) etc.

    8.1.3.2 Recarga

    Os aparelhos extintores devem ser recarregados aps o uso em princpios deincndio, quando tiverem o lacre de segurana rompido (mesmo que acidentalmente) etodas as vezes que completarem 1 ano da sua recarga anterior, mesmo que notenham sido utilizados.

    8.1.4 Quadro Informativo de Uso dos Extintores

    Classe deIncndio

    GUA ESPUMA PQS CO2 HALON

    A SIM

    Excelente

    SIM

    Regular

    INEFICAZ

    S superfcie

    INEFICAZ

    S superfcie

    INEFICAZ

    S superfcieB

    NOSIM

    Excelente

    SIM

    Excelente

    SIM

    Bom

    SIM

    ExcelenteC

    NO NOSIM

    Bom

    SIM

    Excelente

    SIM

    ExcelenteD NO NO Psespeciais NO NO

    Alcance do jato 10 m 5 m 5 m 2,5 m 3,5 mTempo dedescarga

    60 seg 60 seg 15 seg 25 seg 15 seg

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    8.2 SISTEMA HIDRULICO PREVENTIVO - SHP

    Sistema composto de dispositivos hidrulicos que possibilitam a captao degua da Reserva Tcnica de Incndio - RTI, para o emprego no combate a incndio.

    8.2.1 Hidrantes

    So dispositivos existentes em redes hidrulicas que possibilitam a captao degua para emprego nos servios de bombeiros, principalmente no combate a incndio.Esse tipo de material hidrulico depende da presena do homem para utilizao finalda gua no combate ao fogo. a principal instalao fixa de gua, de funcionamentomanual.

    8.2.1.1 Hidrante de Coluna Urbano Tipo Barbar

    Esse tipo de hidrante encontrado comumentenas ruas e avenidas. Sua abertura feita atravs de umregistro de gaveta, cujo comando colocado ao lado dohidrante.

    Hidrante de coluna urbano

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    8.2.1.2 Hidrante Industrial

    um dispositivo existente em redes hidrulicasno interior de indstrias. Esse tipo de hidrante

    utilizado com gua da Reserva Tcnica de Incndio(RTI), do Sistema Hidrulico Preventivo (SHP) daempresa.

    Hidrante de coluna industrial

    8.2.1.3 Hidrante de Parede - HP

    Dispositivo que integra o Sistema Hidrulico Preventivo (SHP) das edificaes.Localizado no interior das caixas de incndio ou abrigos, poder ser utilizado nasoperaes de combate a incndio pelo Corpo de Bombeiros, brigada de incndio eocupantes da edificao que possuam treinamento especfico. Obrigatoriamente, ascaixas de incndio devero possuir: 01 esguicho, 01 chave de mangueira e mangueirasde incndio, conforme o projeto da edificao.

    Caixa de incndio ou abrigo Hidrante de parede

    8.2.1.4 Hidrante de Recalque - HR

    Dispositivo do SHP, normalmente encontrado em frente s edificaes. Essehidrante utilizado pelos bombeiros para pressurizar e alimentar o sistema hidrulicopreventivo, possibilitando assim que todos os hidrantes de parede tenham gua compresso suficiente para o combate ao fogo.

    Esse sistema tambm pode ser utilizado para abastecer as viaturas do Corpo deBombeiros, em casos de extrema necessidade onde no existam hidrantes de colunanas proximidades.

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    Hidrante de recalque aberto Tampa do hidrante de recalque

    8.2.2 Mangueiras

    So condutores flexveis, utilizados para conduzir a gua sob presso da fontede suprimento ao lugar onde deve ser lanada. Flexvel, pois permite o seu manuseiopara todos os lados, resistindo a presses elevadas.

    As mangueiras podem ser de 1 ou 38 milmetros, e de 2 ou de 63milmetros, de acordo com a especificao no projeto contra incndio e pnico. Soconstitudas de fibra de tecido vegetal (algodo, linho, etc.) ou de tecido sinttico(polister), dependendo da natureza de ocupao da edificao. Possuem umrevestimento interno de borracha, a fim de suportar a presses hidrostticas ehidrodinmicas, oferecidas pelo SHP.

    Mangueira de 2 Mangueira de 1

    8.2.2.1 Cuidados com as mangueiras

    A mangueira um dos equipamentos mais importantes no combate a incndio e,geralmente, so utilizadas em situaes desfavorveis, por isso deve ser dispensadoum tratamento cuidadoso em seu emprego antes, durante e depois do uso.

    a) Cuidados antes do uso

    Armazenar em local arejado, livre de mofo e umidade, protegida da

    incidncia direta dos raios solares; Periodicamente recondicionar as mangueiras para evitar a formao dequebras;

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    Conservar o forro com talco e as unies com grafite, evitando o uso de leosou graxa.

    b) Cuidados durante o uso

    Evitar arrast-las sobre bordas cortantes, materiais em altas temperaturas oucorrosivos;

    No permitir a passagem de veculos sobre as mangueiras, esteja cheia ouvazia;

    Evitar pancadas e arrastamento das juntas de unio, pois poder danificar oacoplamento.

    c) Cuidados aps o uso

    Fazer rigorosa inspeo visual, separando as danificadas; As mangueiras sujas devero ser lavadas com gua e sabo, utilizando para

    isso vassoura com cerdas macias; Depois de lavadas, as mangueiras devem ser colocadas para secar em local

    de sombra, se possvel, penduradas pelo meio (para escorrer toda a gua doseu interior), e acondicion-la em local adequado (quando possvel, retornarpara o hidrante de parede).

    8.2.3 Esguichos

    So peas metlicas, conectadas nas extremidades das mangueiras, destinadasa dirigir e dar forma ao jato dgua.

    8.2.3.1 Esguicho agulheta

    um tipo de esguicho simples,

    considerado comum, encontrado emalgumas edificaes por conta daaprovao antiga do seu projeto depreveno contra incndio e pnico. Esseesguicho s produz jato compacto, nopossui controle de vazo e est sendosubstitudo pelos esguichos regulveis.

    Agulheta 1 pol

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    8.2.3.2 Esguicho regulvel

    Equipamento que permite aproduo de jato compacto, neblinado,neblina e controle de vazo. Os jatos

    neblinado e neblina so formados pelodesvio da gua, que em sua trajetriachoca-se com um disco que se localiza nasada da gua. Os esguichos regulveispodem ser encontrados para juntas de 1 e 2 e possuem a mesmaconstruo com tamanhos diferentes.

    Esguicho regulvel

    8.2.3.3 Chave de mangueira

    Ferramenta utilizada para facilitar oacoplamento ou desacoplamento dejuntas de unio das mangueiras. Verstil,uma vez que a mesma ferramenta podeser utilizada em juntas de 1 e 2 .

    Chave de mangueira

    8.3 SISTEMA DE DETECO E ALARME

    So equipamentos que tem por objetivo detectar e avisar a todos os ocupantesda edificao, da ocorrncia de um incndio ou de uma situao que possa ocasionarpnico. O alarme deve ser audvel em todos os setores da edificao, abrangidos pelosistema de segurana.

    8.3.1 Funcionamento

    O acionamento do alarme pode ser manual ou automtico. Quando forautomtico, o mesmo estar conectado a detectores de fumaa ou de calor. Aedificao deve contar com um plano de abandono de rea, a fim de aperfeioar autilizao do alarme de incndio.

    8.3.1.1 Alarme de acionamento manual

    So equipamentos que necessitam do acionamento direto, a fim de fazer soar asirene.

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    Acionadores manuais Mdulos de acionamento automticos

    Detectores de fumaa e calor (de cima para baixo) Sirene

    8.3.1.2 Alarme de acionamento automtico

    So equipamentos preparados para enviar ao mdulo de acionamento um sinal,para que o mesmo possa disparar a sirene, assim que detectarem no ambiente quantidade mnima necessria de fumaa ou calor para os quais estejam

    dimensionados.

    Detectores de fumaa

    Detectores de calor

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    8.4 SISTEMA DE ILUMINAO DE EMERGNCIA

    O Sistema de Iluminao de Emergncia o conjunto de componentes que, emfuncionamento, proporciona a iluminao suficiente e adequada para permitir a sadafcil e segura do pblico para o exterior, no caso de interrupo da alimentao normal,

    como tambm proporciona a execuo das manobras de interesse da segurana einterveno de socorro.

    Esse sistema obrigatrio nas reas comuns das edificaes, sendo elas:corredores, escadas, elevadores, sadas de emergncia etc

    Os principais tipos de sistemas, de acordo com a fonte de energia, so: conjuntode blocos autnomos, sistema centralizado com baterias e sistema centralizado comgrupo moto gerador.

    8.4.1 Conjunto de blocos autnomos

    So aparelhos de iluminao de emergncia constitudos de um nico invlucroadequado, contendo lmpadas incandescentes, fluorescentes ou similares, de fonte deenergia com carregador e controles de superviso e de sensor de falha na tensoalternada, dispositivo necessrio para coloc-lo em funcionamento, no caso deinterrupo de alimentao da rede eltrica da concessionria ou na falta de umailuminao adequada.

    8.4.2) Sistema centralizado com baterias

    Circuito carregador com recarga automtica, de modo a garantir a autonomia dosistema de iluminao de emergncia.

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    O sistema centralizado de iluminao de emergncia com baterias no pode serutilizado para alimentar quaisquer outros circuitos ou equipamentos.

    8.4.3) Grupo moto-gerador

    O grupo moto-gerador deve incorporar todos os dispositivos adicionais quegarantam seu arranque automtico aps a falta de energia da concessionria, nomximo, em 12 segundos.

    A quantidade de combustvel armazenada deve assegurar o funcionamento notempo de autonomia do sistema de iluminao de emergncia garantido, incluindo oconsumo nos arranques peridicos essenciais e os testes de manuteno preventivose corretivos e estar distribuda de forma a minimizar o risco existente de inflamaono(s) ambiente(s) onde estejam armazenados, de acordo com as exigncias dosrgos competentes;

    Grupo gerador porttil Grupo gerador estacionrio

    8.5 SADAS DE EMERGNCIA

    So caminhos contnuos, devidamente protegido, a ser percorrido pelo usurio,em caso de sinistro, de qualquer ponto da edificao at atingir a via pblica ou espaoaberto protegido do incndio, permitindo ainda fcil acesso de auxlio externo para ocombate ao fogo e a retirada da populao.

    As Sadas de Emergncia em Edificaes so dimensionadas para o abandonoseguro da populao, em caso de incndio ou pnico e permitir o acesso de guarniesde bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas.

    8.5.1 Componentes das sadas de emergncias

    A sada de emergncia compreende o seguinte:

    a)acesso ou rotas de sadas horizontais, isto , acessos s escadas, quando houver, erespectivas portas ou ao espao livre exterior, nas edificaes trreas;

    b)escadas ou rampas;

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    c)descarga.

    Escadas de emergncia Indicao de acesso a escada de emergncia

    Toda sada de emergncia, corredores, balces, terraos, mezaninos, galerias,patamares, escadas, rampas e outros, devem ser protegidas de ambos os lados por

    paredes ou guardas (guarda-corpos) contnuas, sempre que houver qualquer desnvelmaior de 19 cm, para evitar quedas.

    8.5.2 Porta Corta-fogo (PCF)

    As portas cortafogo so prprias para o isolamento e proteo das vias de fuga,retardando a propagao do incndio e da fumaa na edificao.

    Elas devem resistir ao calor no mnimo por 60 min, devem abrir sempre nosentido de fuga (sada das pessoas), o fechamento deve ser completo, no podero

    estar trancadas por cadeados, no devero estar caladas com nenhum dispositivoque possam mant-las abertas e devero ter o dispositivo de fechamento sempremanutenidos (dobradia por gravidade ou por molas).

    Porta cortafogo Barra antipnico para porta cortafogo

    8.6 EQUIPAMENTOS DE CORTE E ARROMBAMENTO

    Para que o brigadista possa realizar entradas foradas, a fim de acessar locaispara salvar vidas ou extinguir chamas, precisa ter ferramentas que possibilitemexecutar tais servios, bem como conhecer sua nomenclatura e emprego.

    8.6.1 Alavanca

    Barra de ferro rgida que se emprega para mover ou levantar objetos pesados.Apresenta-se em diversos tamanhos ou tipos.

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    Barra de ferro Extremidades da barra de ferro

    8.6.2 Alavanca p-de-cabra

    Possui uma extremidade achatada e

    fendida, semelhana de um p-de-cabra.Muito utilizada no foramento de portas ejanelas, por ter pouca espessura.

    Bombeiro usando o p-de-cabra

    8.6.3 Croque

    constitudo de uma haste,

    normalmente de madeira ou plsticorgido, tendo na sua extremidade umapea metlica com uma ponta e umafisga.

    Croque

    8.6.4 Corta-a-Frio

    Ferramenta para cortar telas, correntes,cadeados e outras peas metlicas.

    Bombeiro usando o corta-a-frio

    8.6.5 Machado

    Ferramenta composta de uma cunha de ferro cortante, fixada em um cabo demadeira, podendo ter na outra extremidade do cabo formatos diferentes.

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    8.6.6 Moto-Abrasivo

    Aparelho com motor que, mediantefrico, faz cortes em estruturas metlicas e de

    alvenaria.Moto-abrasivo

    8.6.7 Malho

    Ferramenta similar a uma marreta degrande tamanho, empregado no trabalho de

    arrombamento e demolio de pequenas partesde alvenaria.

    Bombeiro usando o malho

    8.6.8 Picareta

    Ferramenta de ao com duas pontas,sendo uma pontiaguda e outra achatada,adaptada em um cabo de madeira. empregadanos servios de escavaes, demolies e naabertura de passagem por obstculos dealvenaria.

    Modelos de picareta

    9 ABANDONO DE REA

    Ningum espera o acontecimento de um incndio. Baseado nesta afirmao preciso ter um plano de abandono, para ser utilizado em caso de sinistro, pois oincndio poder ocorrer em qualquer lugar.

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    10.1.1 Cabea

    Os EPIs precisam proteger o crnio, os olhos, a face e a nuca das leses quepodem ser ocasionadas por impactos de materiais, partculas, respingos ou vapores deprodutos qumicos e de radiaes luminosas.

    a) Capacetes de bombeiro e culos de proteo

    Viseira incolor Viseira reflexiva culos de proteo

    10.1.2 Tronco e extenso dos membros

    Os EPIs destinados a proteo do tronco e extenso dos membros, visamproteger o brigadista contra objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes,alm de proteger tambm do calor excessivo, irradiado pelas chamas.

    Roupas de aproximao

    10.1.3 Mos e psa) Mos

    Os EPIs visam proteger contra a ao de objetos cortantes, abrasivos,corrosivos, alergnicos, alm de produtos graxos e derivados de petrleo.

    Luvas de proteo

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    b) Ps

    Os EPIs visam proteger contra leses ocasionadas de origem mecnica(quedas de materiais), agentes qumicos, trmicos e objetos perfurantes ou cortantes.

    Botas para bombeiro Calado industrial

    10.2 Equipamento de Proteo Respiratria EPR

    Estes equipamentos requerem ateno especial, pois sero eles que permitiramao brigadista trabalhar em locais saturados com fumaa, com baixa concentrao deO2 e muitas vezes com temperaturas elevadas. importante ressaltar que a noutilizao destes aparelhos pode ter conseqncias srias e at mesmo levar a morte.

    10.2.1 Aparelhos de proteo respiratria

    Buscam anular o comportamento do ambiente sobre o sistema respiratrio,mediante proteo limitada (quando utilizados aparelhos filtrantes ou autnomos depresso negativa).

    a) Mscara contra gases (aparelho filtrante)

    Consiste em uma mscara de borracha adaptvel ao rosto, contendo um filtroque elimina os agentes nocivos. Vale lembrar que as mscaras possuemespecificaes que precisam ser atendidas, para que a sade do brigadista esteja defato protegida.

    b) Aparelho de respirao com linha de ar

    Equipamento composto de peas facial de borracha, adaptvel ao rosto, querecebe ar fresco de fora do ambiente, atravs de uma mangueira. Este aparelho

    permite permanecer mais tempo no ambiente, mas dificulta a movimentao, por causada mangueira que pode vir a ficar presa nos escombros, entre mquinas etc.

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    Traquia e mscara Unidade purificadora de ar

    c) Equipamento de proteo respiratria autnoma

    As mscaras autnomas so respiradores independentes que fornecem arrespirvel para o usurio atravs de cilindros de ar.

    Mscara autnoma

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    Primeiros Socorros

    1 INTRODUO

    Seja qual for o trabalho desempenhado por um brigadista, possvel que eleseja acionado para atender e socorrer vtimas dos mais variados acidentes. Nessashoras, importante que ele saiba como atuar para realmente ajudar o acidentado, poiso socorro inadequado pode muitas vezes significar o agravamento das leses sofridaspelas vtimas ou mesmo a sua morte.

    importante que o brigadista conhea e saiba colocar em prtica osconhecimentos para fornecer o suporte bsico de vida. Saber fazer o certo, na horacerta, pode significar a diferena entre a vida e a morte de um acidentado. Alm disso,aplicao correta dos primeiros socorros pode minimizar os resultados decorrentes deuma leso, reduzir o sofrimento da vtima e coloc-la em melhores condies parareceber o tratamento definitivo.

    O domnio das tcnicas de suporte bsico de vida permitir ao brigadistaidentificar o que h de errado com a vtima; realizar o tratamento adequado etransport-la, alm de transmitir informaes sobre seu estado ao mdico que seresponsabilizar pela seqncia de seu tratamento.

    As tcnicas de primeiros socorros no requerem equipamentos sofisticadospara seu correto emprego, at porque nem sempre o brigadista ir contar a todo omomento com um estojo/bolsa de emergncia, portanto, importante que ele saiba

    utilizar os meios de fortuna, ou seja, objetos encontrados no prprio local do acidentee improvis-los como meios auxiliares no socorro.

    2 CONCEITOS

    Primeiros Socorros: So os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujoestado fsico coloca em perigo a sua vida ou a sua sade, com o fim de manter as suasfunes vitais e evitar o agravamento de suas condies, at que receba assistnciamdica especializada.

    Atendimento Pr-hospitalar: Conjunto de procedimentos realizados porprofissional capacitado, no local da emergncia e durante o transporte da vtima,visando mant-la com vida e estvel at sua chegada em uma unidade hospitalar.

    Suporte Bsico da Vida: uma medida de emergncia que consiste noreconhecimento e correo da falncia do sistema respiratrio e ou cardiovascular, ouseja, manter a pessoa respirando, com pulso e sem hemorragias.

    Trauma: leso causada ao organismo por um agente externo.

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    3 SOCORRISTA

    a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, com segurana, avaliar eidentificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequadosocorro pr-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as leses j existentes.

    uma atividade regulamentada pelo Ministrio da Sade, segundo a portaria N2048 de 05 de novembro de 2002. O socorrista possui um treinamento mais amplo edetalhado que uma pessoa prestadora de socorro.

    O brigadista, durante a sua formao, recebe um treinamento prtico e terico de08 horas de primeiros socorros, capacitando-o para essa atividade, mas isso no ocaracteriza como socorrista, que recebe uma qualificao para realizar o atendimentopr-hospitalar e atuar em unidades de emergncia mveis.

    Para ser um bom prestador de primeiros socorros, o brigadista deve-se ter bastante

    ateno nas atitudes a serem tomadas para exercer sua funo da melhor formapossvel e para isso ele deve:

    Manter a Calma: antes de atuar o socorrista deve ter calma e autocontrole paratomar decises corretas, pois vai enfrentar situaes de emergncia que envolvapnico e sofrimento.

    Infundir Confiana: deve ter capacidade de liderana para assumir o controle dasituao. Repassar confiana para o paciente. Evitar dvidas e hesitaes, poispodem tomar um tempo maior.

    Fazer o Possvel no Correndo Riscos Desnecessrios: atuar de forma segura paraque o brigadista no se torne em uma nova vtima.

    As responsabilidades do brigadista no local da emergncia incluem o cumprimentodas seguintes atividades:

    a) Ter conhecimento sobre a necessidade de utilizao dos equipamentos de proteoindividual e fazer uso dos mesmos;b) Controlar o local do acidente, identificando e gerenciando os riscos, de modo aproteger a si mesmo, sua equipe, o paciente, e prevenir outros acidentes;

    c) Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os equipamentos necessrios para asituao;d) Fazer o melhor possvel para proporcionar uma assistncia de acordo com seutreinamento, no correndo riscos desnecessrios.e) Decidir quando a situao exige a movimentao e a mudana da posio ou localdo paciente. O procedimento deve ser realizado com tcnicas que evitem ouminimizem os riscos de outras leses;f) Solicitar, se necessrio, auxlio de terceiros presentes no local da emergncia ecoordenar as atividades;g) Fornecer um atendimento humanizado ao paciente, tratando com dignidade erespeito vida humana.

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    4 DIMENSIONAMENTO DA CENA

    Antes de se iniciar o atendimento, de fundamental importncia que o brigadistafaa a correta anlise do local do acidente, a fim de identificar o nmero de vtimas, ospossveis riscos, garantindo a sua segurana e a das vtimas. De forma alguma, o

    brigadista responsvel pelas aes de primeiros socorros deve se expor a riscos comchance de se tornar uma vtima.

    Essas anlises no devem tomar muito tempo e so importantssimas para que oauxlio vtima seja prestado de forma precisa. Analisando a vtima, o brigadistasaber exatamente o que fazer, ganhando, contudo, tempo.

    4.1 GERENCIAMENTO DE RISCOS

    Consistem na avaliao minuciosa por parte do brigadista em toda a cena de

    emergncia, possibilitando eliminar ou minimizar, as situaes de risco existentes:incndio, exploso, choque eltrico, contaminao com produtos qumicos e agentesbiolgicos, intoxicao, asfixia, atropelamento, ocorrncia de novos acidentes etc.

    4.2 EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

    EPIs so equipamentos destinados proteo da integridade fsica do socorristadurante a realizao de atividades onde possam existir riscos potenciais sua pessoa.Especificamente na prestao de primeiros socorros, h a necessidade do brigadistaestar protegido com barreiras, para que no haja contato com secrees ou sangue davtima e, consequentemente, risco de contaminao (HIV, hepatite etc).

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    O EPI adequado para o brigadista na prestao de primeiros socorros compostopor:

    Utilizao de mscara facial, culos de proteo e luvas de ltex.

    Utilizao de barreira (reanimador descartvel) para a respirao artificial

    Utilizao de barreira (pocket mask) para a respirao artificial

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    4 ABORDAGEM DA VTIMA

    A abordagem tem como objetivo determinar a situao atual da vtima.Desenvolve-se uma impresso geral, estabelecem-se valores para os estadosrespiratrios, circulatrio e neurolgico. Em seguida, so rapidamente encontradas e

    tratadas as condies que ameaam a vida. Se o tempo permitir, mais freqentemente,quando o transporte est sendo efetuado, feita uma avaliao detalhada de lesessem risco de vida ou que comprometam membros.

    Todas essas etapas so realizadas com rapidez e eficincia com o intuito deminimizar o tempo gasto na cena. No se pode permitir que vtimas gravespermaneam no local do trauma para outro cuidado, que no o de estabiliz-los paratransporte, a menos que estejam presos ou existam outras complicaes que impeamo transporte imediato.

    O processo de abordagem da vtima divide-se em quatro fases:

    - Avaliao geral da vtima;

    - Exame primrio;

    - Exame secundrio;

    - Monitoramento e reavaliao.

    4.1 AVALIAO GERAL DA VTIMAAntes de iniciar o atendimento propriamente dito, o brigadista desenvolver uma

    impresso geral da vtima (se h e quantidade de sangue, falta de parte do corpo etc)que poder direcionar o seu atendimento e poupar tempo.

    4.2 EXAME PRIMRIO

    Podemos conceitu-lo como sendo um processo ordenado para identificar ecorrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo.

    uma avaliao rpida, dividida em cinco etapas (ABCDE do trauma).A - (Airway) permeabilidade das vias areas e controle da coluna cervical

    B- (Breathing) ventilao.Se respira e como se processa essa respirao

    C- (Circulation) verificar pulso, hemorragia e risco de estado de choque

    D- (Disability) incapacidade neurolgica

    E- (Exposure) exposio de ferimentos

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    4.2.1 Como realizar o exame primrio?

    A - Abertura das vias areas e controle da cervical

    - Posicione-se ao lado da vtima em uma posio estvel.

    - Apie a cabea da vtima com uma das mos, sobre a testa da vtima, com oobjetivo de evitar a movimentao da cabea e do pescoo, at que se coloque o colarcervical.

    - Mantenha a estabilizao da cabea da vtima, e com a outra mo provocarestmulos na lateral de um dos ombros da vtima, no o movimentando.

    - Apresente-se ao paciente e solicite o seu consentimento. Eu sou o... (nome dobrigadista) e estou aqui para te ajudar. O que aconteceu?. Uma resposta adequada

    permite esclarecer que a vtima est consciente, que as vias areas estodesobstrudas e que respira;

    Figura demonstrando o controle dacoluna cervical e verificao do nvelde conscincia.

    Estabilizao da cervical e estmulo verbal

    Se a vtima no responder aos estmulos (paciente inconsciente), devemosrealizar a abertura da cavidade oral e observar se existe algum corpo estranhoimpedindo a passagem do ar. Deve ser feita a varredura digital em adultos e crianas,e pinamento em lactentes.

    Verificao da cavidade oral Varredura digital

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    Utilizando equipamentos de proteo individual, devemos avanar a mandbulada vtima para frente com o polegar de uma das mos e tentar ver se existe algumcorpo estranho, sendo possvel a visualizao do mesmo, retir-lo com o dedoindicador, varrendo a cavidade oral de um canto para o outro.

    - Manobras para abertura de vias areas

    Quando a vtima se encontra inconsciente, o tnus muscular ser insuficiente e alngua e a epiglote podem obstruir a chegada do ar at os pulmes, uma vez que alngua a causa mais freqente de obstruo das vias areas.

    Se no houver evidncia de trauma craniano e nem cervical, poder ser usada amanobra de inclinao da cabea/elevao do queixo (manobra utilizada em casosclnicos angina, infarto, desmaio, etc.). Porm, se a vtima tiver evidncias de trauma(atropelamento, quedas de altura maior do que a sua, acidente automobilstico, etc.), o

    socorrista dever utilizar a manobra de empurre mandibular.

    1) Manobra de inclinao da cabea/elevao do queixo

    Esta manobra deve ser realizada apenas em casos clnicos.

    Coloque a vtima em decbito dorsal eposicione-se ao seu lado, na alturados ombros; eColoque uma das mos na testa davtima e a ponta dos dedos indicador emdio, da outra mo, apoiados namandbula para elevar o queixo, e meconjunto vamos inclinar/rotacionar acabea para trs.

    2) Manobra de empurre mandibular

    Esta manobra deve ser utilizada apenas em casos de trauma, e durante a suaaplicao no eleve ou rotacione a cabea da vtima, pois o seu objetivo abrir as viasareas sem movimentar a cabea e o pescoo.

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    Coloque a vtima em decbito dorsal eajoelhe-se acima da parte superior desua cabea;Com os cotovelos na mesma superfcieque o paciente, ou apoiados em sua coxa

    segure os ngulos da mandbula davtima com os dedos, indicador e mdio;Com os dedos posicionados, empurre amandbula para cima, mantendo a palmadas mos estabilizando a cabea davtima.

    B - Verificar a respirao

    Aps a abertura das vias areas, deve-se verificar se a vtima est respirandoespontaneamente. Para realizar essa avaliao, o socorrista deve aplicar a tcnica dover, ouvir e sentir VOS.

    Caso a vtima no esteja respirando, fazer duas ventilaes de resgate(respirao boca-a-boca, uso de amb, pocket masketc).

    Respirao boca-a-boca Respirao com ambu Respirao com pocket mask

    Observar se houve passagem do ar (elevao do trax e/ou abdome). Em casonegativo, iniciar manobra de desobstruo de vias areas (OVACE). Em caso positivo,checar pulso carotdeo: paciente com pulsoiniciar manobra de reanimao pulmonar(esses procedimentos sero descritos logo adiante);

    Colocando a lateral de sua face bemprximo boca e o nariz da vtima, osocorrista poder ver os movimentostorcicos associados com a respirao,ouvir os rudos caractersticos da inalao e

    exalao do ar e sentir a exalao do aratravs das vias areas superiores.

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    C - Verificar a circulao

    Aps a existncia ou no da respirao, deve-se verificar a circulao da vtimaque nos adultos e crianas deve ser observada na artria cartida, e nos lactentes naartria braquial.

    Aps a verificao do pulso, observar a existncia de grandes hemorragias e,encontrando alguma estanc-la rapidamente, utilizando um dos mtodos que veremos frente.

    1) Verificao na artria cartida

    Localize na vtima o Pomo de Ado e

    coloque o dedo indicador e mdio nesselocal; deslize os dedos no sulco entre atraquia e o msculo lateral do pescoomais prximo a voc; e exera pequenapresso neste ponto, sentindo o pulsar daartria cartida.

    Verificao na artria cartida

    2) Verificao na artria braquial

    Localize o tero mdio da parte interna dobrao, entre o cotovelo e o ombro dolactente; com o polegar na face externado brao, pressione com suavidade osdedos indicador e mdio contra o mero,para sentir o pulsar da artria braquial.

    Verificao na artria braquial

    Consideraes Importantes

    Observar no paciente:

    Se a vtima respira, logo tem pulso; Se no respira e tem pulso, realizar manobra de reanimao pulmonar; Se no respira e no tem pulso, realizar manobra de reanimao

    cardiorrespiratria.

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    D - Incapacidade neurolgica

    Observar as pupilas da vtima, pois em situao normal so do mesmo tamanhoe possuem contornos regulares.

    Pupilas contradas indicativo de m oxigenao no crebro, e em caso detrauma a anormalidade das pupilas se apresentam em lado oposto ao traumatizado.

    Pupilas desiguais traumatismocraniano, acidente vascular

    cerebral.

    Pupilas contradas uso de drogas. Pupilas dilatadas inconscincia,sofrimento do SNC, bito.

    E - Exposio dos ferimentosRetirar vestimentas pesadas que impeam a correta avaliao da existncia de

    ferimentos, expondo somente as partes lesionadas para tratamento, prevenindo ochoque e preservando a intimidade da vtima, sempre que possvel.

    4.3 EXAME SECUNDRIO

    O exame secundrio avaliao da cabea aos ps do doente. O brigadista devecompletar o exame primrio, identificar e tratar as leses que ameaam a vida antes decomear o exame secundrio. Seu objetivo identificar leses ou problemas que noforam identificados durante o exame primrio.

    dividido em trs etapas:

    - Entrevista: Etapa da avaliao onde o socorrista 1 conversa com o pacientebuscando obter informaes dele prprio, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipode leso ou enfermidade existente e outros dados relevantes.

    - Sinais Vitais: Etapa da avaliao onde o socorrista 2 realiza a aferio da respirao,pulso, presso arterial e temperatura relativa da pele do paciente.

    - Exame fsico detalhado: Realizado pelo chefe da equipe em todo o segmentocorporal.

    4.3.1 Guia Para Realizar Uma Entrevista:

    Se o paciente estiver consciente e em condies de respond-lo, questione-outilizando as seguintes perguntas (mnemnico AMPLA):

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    Alergias:principalmente a remdios. Medicaes:drogas prescritas ou no que o paciente toma regularmente. Passado mdico e antecedente cirrgico:problemas mdicos importantes para os

    quais o paciente recebe tratamento. Inclui cirurgias prvias. Lquido e alimentos:muitos traumatizados necessitaro de cirurgia, e alimentao

    recente pode aumentar o risco de vmito e aspirao durante a induo daanestesia.

    Ambiente :Eventos que levaram ao trauma (o que aconteceu?). Pergunte ao paciente sobre sua queixa principal, o local(is) que doem mais.

    4.3.2 Guia para aferir os sinais vitais:

    - Sinal: tudo aquilo que o socorrista pode observar ou sentir no paciente enquanto oexamina.

    Exemplos: pulso, palidez, sudorese, etc.

    - Sintoma: tudo aquilo que o socorrista no consegue identificar sozinho. O pacientenecessita contar sobre si mesmo.

    Exemplos: dor abdominal, tontura, etc.

    - Aferio de Sinais Vitais

    Pulso

    o reflexo do batimento cardaco palpvel nos locais onde as artrias calibrosasesto posicionadas prximas da pele e sobre um plano duro.

    Valores normais:

    Adulto: 60-100 batimentos por minuto (bpm); Criana: 80-140 bpm; Lactentes: 85-190 bpm.

    Respirao

    Processo fisiolgico de troca de gases entre as artrias e o alvolo.

    Valores normais:

    Adulto: 12-20 ventilaes por minuto (vpm); Criana: 20-40 vpm;

    Lactentes: 40-60 vpm.

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    Temperatura

    a diferena entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano.

    Valores normais:

    36,5 a 37,0 C independente da faixa etria.

    Temperatura Relativa da Pele

    Em atendimento pr-hospitalar, o socorrista verifica a temperatura relativa dapele colocando o dorso da sua mo sobre a pele do paciente (na testa, no trax ou noabdmen). O socorrista estima a temperatura relativa da pele pelo tato.

    Convm recordar que a pele a grande responsvel pela regulao datemperatura e poder apresentar-se normal, quente ou fria, mida ou seca.

    Durante o monitoramento, o socorrista dever utilizar o termmetro clnico, parareal certificao da temperatura corporal.

    Com relao colorao, a pele poder estar:

    - Plida,- Ruborizada ou,- Ciantica.

    Nas pessoas negras, a cianose poder ser notada nos lbios, ao redor da fossasnasais e nas unhas.

    Presso arterial (PA)

    a presso exercida pelo sangue no sistema arterial, que depende da fora decontractilidade do corao e a freqncia de contrao (quantidade de sanguecirculante no sistema arterial e da resistncia perifrica das artrias).

    A presso mxima ou sistlica quando o corao est comprimido(bombeando o sangue) geralmente entre 60 e 140 mmHg, e mnima ou diastlicaquando o corao est relaxado (recebendo o sangue) geralmente entre 60 e 90mmHg.

    Para aferirmos a presso arterial necessria a utilizao de um aparelhochamado esfigmomanmetro.

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    4.3.3 Guia para realizar o exame fsico detalhado

    O exame fsico detalhado da cabea aos ps deve ser realizada pelo socorristaem cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo no precisa ser realizado em todos ospacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em pacientes que sofrerampequenos acidentes ou que possuem emergncias mdicas evidentes.

    Ao realizar o exame padronizado da cabea aos ps, o brigadista dever:

    1. Verificar a regio posterior e anterior do pescoo (regio cervical), observando oalinhamento da traquia.

    2. Verificar se no crnio h afundamentos ou escalpes (couro cabeludo e testa).

    3. Verificar a face do paciente, inspecionando olhos, nariz, boca, mandbula e ouvido.

    4. Observar as pupilas, pupilas de tamanhos diferentes ou a no reao luz indicatraumatismo craniano.

    5. Observar a superfcie interior das plpebras. Se estiverem descoloridas ou plidas,indicam a possibilidade de hemorragia grave.

    6. Inspecionar orelhas e nariz (hematoma atrs da orelha, perda de sangue ou lquidocefalorraquidiano pelo ouvido e/ou nariz significa leses graves de crnio).

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    7. Examinar o ombro (clavcula e escpula).

    8. Examinar o trax, procurando por fraturas e ferimentos.

    9. Observar a expanso torcica durante a respirao.

    10. Examinar os quatro quadrantes do abdome, procurando ferimentos, regiesdolorosas e enrijecidas.

    11. Examinar a regio anterior e lateral da pelve e a regio genital.

    12. Examinar os membros inferiores (uma de cada vez), as pernas e os ps (pesquisara presena de pulso distal, motricidade, perfuso e sensibilidade).

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    13. Examinar os membros superiores, procurando por ferimentos, fraturas e reasdolorosas.

    14. Pesquisar a presena de pulso distal, motricidade, perfuso e sensibilidade.

    15. Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar as costas do paciente,juntamente com a posterior da pelve, observando hemorragias e/ou leses bvias.

    4.4 MONITORAMENTO E REAVALIAO

    O monitoramento realizado durante o transporte do paciente, devendo obrigadista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral do paciente.

    5 OBSTRUO DE VIAS AREAS POR CORPO ESTRANHO OVACE

    A OVACE a obstruo sbita das VA superiores, causada por corpo estranho.Em adulto, geralmente, ocorre durante a ingesto de alimentos e, em criana, durantea alimentao ou recreao (sugando objetos pequenos).

    A obstruo de vias areas superiores pode ser causada:

    Pela lngua: sua queda ou relaxamento pode bloquear a faringe; Pela epiglote: inspiraes sucessivas e foradas podem provocar uma

    presso negativa que forar a epiglote para baixo, fechando as VA;

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    Por corpos estranhos: qualquer objeto, lquidos ou vmito, que venha a sedepositar na faringe;

    Por danos aos tecidos: perfuraes no pescoo, esmagamento da face,inspirao de ar quente, venenos e outros danos severos na regio;

    Quando uma pessoa consciente estiver se engasgando, os seguintes sinaispodem indicar uma obstruo grave ou completa das vias areas que exige aoimediata:

    Sinal universal de asfixia: a vtima segura o pescoo com o polegar e o dedoindicador;

    Incapacidade para falar; Tosse fraca e ineficaz; Sons inspiratrios agudos ou ausentes; Dificuldade respiratria crescente;

    Pele ciantica.

    A desobstruo das vias areas deve seguir as manobras:

    Vtima consciente:

    Perguntar vtima se a mesma est engasgada, se afirmativo, iniciar a manobrade Heimlich, que consiste:

    Em p ou sentada:

    Posicionar-se atrs da vtima, abraando-a em torno do abdome;

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    Colocar a raiz do polegar de uma das mos entre a cicatriz umbilical e oapndice xifide;

    Envolver a mo que se encontra sobre o abdome da vtima com a outramo;

    Estando a vtima em p, ampliar sua base de sustentao, afastando aspernas e colocando uma delas entre as pernas da vtima;

    Pressionar o abdome da vtima puxando-o para si e para cima, por 5vezes, forando a sada do corpo estranho;

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    Observar se a vtima expele o corpo estranho e volta a respirarnormalmente;

    Continuar as compresses at que a vtima expila o objeto ou perca aconscincia.

    Obs. 1: caso a compresso abdominal seja invivel, por tratar-se de paciente

    obeso ou gestante, realizar as compresses na poro mdia inferior do osso esterno.

    Obs. 2: se a vtima da obstruo for a prpria pessoa e essa se encontrarsozinha, dever forar a tosse de maneira insistente, ou utilizar-se do espaldar de umacadeira para que seja possvel comprimir o abdome.

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    Deitada:

    Posicionar a vtima em decbito dorsal; Ajoelhar-se ao lado da vtima ou a cavaleiro sobre ela no nvel de suas

    coxas, com seus joelhos tocando-lhe lateralmente o corpo;

    Posicionar a palma da mo sobre o abdome da vtima, entre o apndice

    xifide e a cicatriz umbilical, mantendo as mos sobrepostas;

    Aplicar 5 compresses abdominais no sentido trax; Abrir a cavidade oral e observar se o corpo estranho est visvel e remov-lo; Repetir o processo de compresso e observao da cavidade oral at que o

    objeto seja visualizado e retirado ou a vtima perca a conscincia.

    Vtima Inconsciente:

    Para vtimas sem responsividade, deve ser aplicada a RCP, pois ascompresses torcicas foram a expelio do corpo estranho e mantm a circulaosangnea, aproveitando o oxignio ainda presente no ar dos pulmes.

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    Importante ressaltar que durante a abertura das vias areas para a aplicaodas ventilaes de resgate, o socorrista dever inspecionar a boca e removerquaisquer objetos visveis.

    Manobras de desobstruo de vias areas em crianas e lactentes

    Para crianas maiores de um ano, aplicar a manobra de Heimlich, de formasemelhante do adulto, levando-se em considerao a intensidade das compressesque ser menor; nos lactentes, para realizar a manobra de desobstruo, o socorristadever tomar os seguintes procedimentos, aps falhar a segunda tentativa deventilao de resgate:

    Segurar o beb sobre um dos braos, com o pescoo entre os dedos mdioe polegar e com o dedo indicador segurar o queixo da vtima para manter asvias areas abertas, deixando-o com as costas voltadas para cima e a

    cabea mais baixa que o tronco; Dar 5 pancadas com a palma da mo entre as escpulas do beb;

    Girar o beb de modo que ele fique de frente, ainda mantendo a cabea maisbaixa do que o tronco, e efetuar 5 compresses torcicas atravs dos dedosindicador e mdio sobre a linha dos mamilos (idntica s compressesrealizadas na RCP);

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    Colocar o beb sobre uma superfcie plana e tentar retirar o corpo estranho;

    Realizar 1 insuflao e, caso o ar no passe, reposicionar a abertura das viasareas;

    Abrir as vias areas e efetuar outra insuflao. Caso o ar no passe, retornar

    para as pancadas entre as escpulas e as compresses torcicas, e repetiros procedimentos at que o objeto seja expelido ou a vtima fiqueinconsciente. Nesse caso, proceder a manobras de RCP.

    6. PARADA RESPIRATRIA E CARDIORRESPIRATRIA (PCR)

    Parada respiratria a supresso sbita dos movimentos respiratrios, quepoder ou no, ser acompanhada de parada cardaca.

    So causas de parada respiratria por ordem de incidncia: doenas do pulmo,

    trauma, obstruo de Vias Areas, overdose por drogas, afogamento, inalao defumaa, epiglotite e laringite e choque eltrico;

    A parada cardiorrespiratria o cessar da atividade mecnica do corao. Ao sedetectar uma parada cardaca, o socorrista deve realizar compresses torcicas, deacordo com os passos que veremos a seguir.

    6.1 MANOBRA DE REANIMAO RESPIRATRIA E CARDIORRESPIRATRIA

    A reanimao cardiorrespiratria ou cardiopulmonar requer uma sequencia deprocedimentos parecido com o ABCD da avaliao inicial, com a diferena que o D daRCP se refere desfibrilao:

    1. A - Vias areas: manter as vias areas para a passagem do ar;2. B - Respirao: ventilar os pulmes da vtima com presso positiva;3. C- Circulao: fazer compresses torcicas;4. D - Desfibrilao: aplicao de choque para fibrilao ventricular sem pulso. As

    tcnicas de desfibrilao no sero abordadas nesta apostila.

    Estabelecido que a vtima apresenta os sinais caractersticos de parada

    cardiopulmonar, voc deve iniciar os procedimentos de RCP. Para tanto, antes deve-segarantir que a vtima esteja em decbito dorsal (costas no cho) e em uma superfciergida.

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    1. VIAS AREAS (A)

    1 passo: Na ausncia de suspeita de trauma (vtimas clnicas), realize a manobra deinclinao da cabea-elevao do queixo. Ao suspeitar de eventos traumticosrealizar manobra de empurre mandibular.

    2 passo: inspecione a cavidade oral e certifique-se que no h nenhuma obstruo porprtese, vmito, sangue e outros. Retirar conforme tcnicas j descritas.

    2. RESPIRAO (B)

    3 passo: Fazer o VOS (ver, ouvir e sentir). Se no h nenhuma movimentao dotrax e nenhum ar exalado, a vtima est sem respirar. O ideal que essa avaliaodure de 3 5 segundos. Se constatar que no h respirao, a respirao inadequada ou ainda, voc no tem certeza sobre a situao, inicie as ventilaesartificiais.

    4 passo: Realize 2 (duas) ventilaes de resgate - boca-boca, boca-mscara, boca-nariz, bolsa-vlvula-mscara e observe se houve passagem de ar. As ventilaesdevem ter a durao de 1 segundo e um intervalo de aproximadamente 4 segundosentre elas, permitindo assim a expirao.

    Entretanto, o importante observar se o volume de cada ventilao est sendosuficiente para produzir uma elevao torcica visvel. Devem-se evitar ventilaeslongas ou foradas, pois pode exceder a presso de abertura do esfago, provocandodistenso gstrica, regurgitao e aspirao. Cuidado maior quando se trata decrianas e lactentes, onde o volume de ar insuflado dever ser menor. Se possvel, acnula orofarngea dever ser usada nesse momento;

    5 passo: Se houve passagem de ar e a vtima no respira, mas possui pulso, isto , avtima est em PARADA RESPIRATRIA, deve-se realizar a reanimao pulmonar,que consiste em ciclos de 10 a 12 ventilaes por minuto para um adulto (1 ventilaoa cada 5 segundos) e 12 a 20 ventilaes por minuto para lactentes ou crianas ( 1ventilao a cada 3 segundos).

    Aps cada ciclo, observar se a vtima ainda apresenta pulso carotdeo. Continuar comas ventilaes at que a vtima restabelea a respirao ou entre em parada

    cardiorrespiratria.

    3. CIRCULAO (C)

    6 passo: Checar pulso em artrias centrais, como cartida e femoral; em lactentes,utiliza-se a palpao da artria braquial. Se ausente, a vtima apresenta PARADACARDIORRESPIRATRIA, deve-se iniciar a compresso torcica externa na metadeinferior do osso esterno. Seqncia:

    6.1.1 Manobra de RCP

    a) Localizar o ponto de compresso

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    Adulto e criana: Dois dedos acima do processo xifide.

    Lactente: Um dedo abaixo da linha imaginria, entre os mamilos.

    Aps localizar o ponto correto da compresso cardaca, o socorrista deverealizar as compresses usando o peso do tronco nos adultos, peso do brao emcrianas e peso da mo em lactentes. Os dedos no devem encostar-se ao trax davtima, somente em vtimas lactentes que ao usar o peso da mo, o socorrista usar osdedos em contato com o trax da vitima.

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    Em adulto:

    Em Crianas e Lactentes:

    Criana Lactente

    b) Realizar as compresses e insuflaes

    Quando o socorrista tiver certeza que a vtima no respira e no tem pulso, deveintercalar compresses cardacas com respiraes artificiais (insuflaes), de acordocom a tabela a seguir.

    Adulto Criana Lactente

    Posio dasmos

    Duas mos sobreo esterno

    Uma mo sobre oesterno

    Dois dedosabaixo dos

    mamilos

    Compresso 3,5 a 5,0 cm 2,5 a 3,5 cm 1,3 a 2,5 cm

    Repeties30 compresses e

    02 insuflaes30 compresses e

    02 insuflaes30 compressese 02 insuflaes

    Ciclos 5 vezes 5 vezes 5 vezes

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    Uma vez iniciado o procedimento, o mesmo s pra com a chegada de umaequipe de socorro especializada, com a chegada da vtima em um hospital ou quandoesboar algum sinal de retorno dos sinais vitais. O socorrista deve monitorarconstantemente a vtima.

    O procedimento de reanimao poder ser realizado por dois socorristas, queinvertero suas posies de compresso e insuflao ao final do ciclo.

    IMPORTANTE

    6.1 RCP APLICADA POR SOCORRISTAS LEIGOS

    Entende-se por socorristas leigos, as pessoas que no so profissionais da rea

    de sade ou que na sua atividade profissional no atuam com atendimento pr-hospitalar ou hospitalar. Ex: brigadistas de incndio, pessoas que fizeram cursos deprimeiros socorros e no atuam ROTINEIRAMENTE na rea.

    De acordo com a Associao Americana do Corao (American HeartAssociation, 2005), os socorristas leigos devero seguir os seguintes procedimentos:

    1. Se estiver sozinho com uma criana ou lactente inconsciente, aplicar cerca de 05ciclos de compresso e ventilao (aproximadamente 02 minutos) antes de deixar acriana sozinha e telefonar para a emergncia;

    2. No tentar abrir as vias areas usando a tcnica empurre mandibular, em vtimas detrauma. Utilizar elevao do queixo para todas as vtimas;

    3. Demorar no mximo 10 segundos para verificar a presena de respirao normal,em adulto inconsciente, ou a presena ou ausncia de respirao, em criana oulactente sem responsividade;

    4. respirar normalmente (no profundamente) antes de aplicar uma ventilao deresgate em uma vtima;

    5. aplicar cada ventilao durante 01 segundo. Cada ventilao deve provocar a

    elevao do trax;

    6. Se no houver elevao do trax da vtima quando da aplicao da primeiraventilao de resgate, realize a manobra de inclinao da cabea, elevao do queixonovamente, antes de aplicar a segunda ventilao;

    7. No verifique sinais de circulao. Aps aplicar 02 insuflaes de resgate, se avtima no voltar a respirar, inicie imediatamente as compresses torcicas;

    8. Usar a mesma relao compresso-ventilao de 30:2 para todas as vtimas.

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    7 ESTADO DE CHOQUE

    a falncia hemodinmica (do sistema circulatrio), caracterizada pela falta decirculao e oxigenao dos tecidos do corpo, provocada pela diminuio do volume desangue ou pela deficincia do sistema cardiovascular.

    Em todos os casos de leses graves, hemorragias ou fortes emoes podemsurgir o Estado de Choque.

    7.1 OUTRAS CONDIES CAUSADORAS DO ESTADO DE CHOQUE

    Queimaduras graves; Hemorragias; Acidentes por choque eltrico; Envenenamento por produtos qumicos e intoxicaes; Ataque cardaco; Exposio a extremos de calor ou frio; Dor aguda; Infeco grave; Fraturas.

    7.2 SINAIS DO ESTADO DE CHOQUE

    Pele fria e pegajosa; Suor na testa e na palma das mos; Face plida, com expresso de ansiedade e agitao; Frio, chegando s vezes a ter tremores; Nusea e vmito; Fraqueza; Respirao rpida, curta e irregular; Viso nublada, tontura; Pulso fraco e rpido; Sede; Extremidades frias;

    Queda da presso arterial; Poder est total ou parcialmente inconsciente.

    7.3 TRATAMENTO

    Observar a vtima, pois em caso de vmito deve-se virar a cabea da vtimapara que ela no se asfixie. Caso haja suspeita de leso da coluna cervical acabea no deve ser virada;

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    Afrouxar as roupas da vtima, para facilitar respirao e circulao; Fornecer oxignio; No administrar nada via oral; Cobri-lo com cobertores ou sacos plsticos;

    Reavaliar freqentemente os sinais vitais.

    8 QUEIMADURAS

    Leso do tecido de revestimento do corpo, causada por agentes trmicos,qumicos, radioativos ou eltricos, podendo destruir total ou parcialmente a pele e seusanexos, at atingir camadas mais profundas (msculos, tendes e ossos). Ex: vaporesquentes; substncias qumicas (ex. cidos); Radiaes infravermelhas e ultravioletas;eletricidade.

    8.1 CLASSIFICAO DAS QUEIMADURAS

    8.1.1 Quanto profundidade: 1, 2 e 3 graus.

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    - Queimaduras de 1 grau

    Leso superficial da epiderme; Vermelhido; Dor local suportvel; No h formao de bolhas; Lavar o local com gua fria corrente.

    - Queimaduras de 2 grau

    Leso da epiderme e derme; Formao de bolhas; Desprendimento de camadas da pele; Dor e ardncia locais de intensidade varivel; Lavar o local com gua fria corrente.

    - Queimaduras de 3 grau

    Leso da epiderme, derme e tecido subcutneo; Destruio dos nervos, msculos, ossos, etc.; Retirar anis, pulseiras, tornozeleiras e congneres, pois a vtima provavelmente

    sofrer inchao.

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    8.1.1 Quanto extenso

    Queimaduras graves so as grandes queimaduras que atingem mais de 13% derea corporal queimada.

    O risco de vida est mais relacionado com a extenso (choque, infeco) do quecom a profundidade.

    So consideradas queimaduras graves:

    Em perneo; Queimaduras do 3 Grau, eltricas, por radiao; Com mais de 13% da rea corprea; Com leso das vias areas; Queimaduras em pacientes idosos, infantis, e pacientes com doena

    pulmonar.

    A regra dos nove uma tcnica estimar a rea corporal queimada.

    8.2 PRIMEIROS SOCORROS

    Prevenir o Estado de Choque (cobrir o paciente); Evitar infeces na rea queimada, protegendo-o; Controlar a dor;

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    Umedecer o local com soro fisiolgico; Administrar oxignio; Encaminhar a vtima ao pronto socorro, o mais rpido possvel.

    8.3 PROCEDIMENTOS ESPECFICOS

    8.3.1 Queimaduras Trmicas

    Apagar o fogo da vtima com gua, rolando-a no cho ou cobrindo-a com umcobertor (em direo aos ps).

    Verifique as vias areas, respirao, e nvel de conscincia (especial atenopara VAS em queimadas de face);

    Retirar partes de roupas no queimadas; e as queimadas aderidas ao local,recortar em volta;

    Retirar pulseiras, anis, relgios, etc; Estabelecer extenso e profundidade das queimadas; Quando de 1 grau banhar o local c/ bastante gua fria ou soro fisiolgico; No passar nada no local, no furar bolhas e cuidado com infeco; Cobrir regies queimadas com curativo mido, frouxo, estril ou limpas, para

    aliviar a dor e diminuir o risco de contaminao; Transporte o paciente para um hospital se necessrio;

    8.3.2 Queimaduras Qumicas

    Afaste o produto da vtima ou a vtima do produto; Verificar VAS, respirao, circulao e nvel de conscincia e evitar choque; Retirar as roupas da vtima; Lavar com gua ou soro, sem presso ou frico; Identificar o agente qumico: se for cido lavar por 05 minutos, se for lcali

    lavar por 10 minutos e na dvida lavar por 15 minutos. Se lcali seco no lavar, retirar manualmente (exemplo: soda custica); Cubra a regio com um curativo limpo e seco e previna o choque.

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    8.3.3 Queimadura nos Olhos

    Lavar o olho com gua em abundncia ou, se possvel, com soro fisiolgicopor no mnimo 15 minutos.

    Encaminhar a vtima para um pronto socorro o mais rpido possvel.

    8.3.4 Queimaduras Eltricas

    Desligar a fonte ou afastar a vtima da fonte; Verificar sinais vitais da vtima; Avaliar a queimadura (ponto de entrada e de sada); Aplicar curativo seco; Prevenir o choque.

    9 HEMORRAGIA

    o extravasamento de sangue provocado pelo rompimento de um vasosanguneo: artria, veia ou capilar. Dependendo da gravidade pode provocar a morteem alguns minutos. O controle de grandes hemorragias prioridade.

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    9.1 PRIMEIROS SOCORROS

    Estancar imediatamente a hemorragia, fazendo no local um dos mtodos queveremos mais frente (nos casos de hemorragia externa, poi