brasil rotário - maio de 2010

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BRASIL ROTÁRIO MAIO 2010 Nº 1055 ANO 85 A SOLIDARIEDADE DOS ROTARIANOS NAS CATÁSTROFES PELO MUNDO O socorro às cidades do Rio de Janeiro e Niterói ENCHENTES

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Edição 1.055 da revista Brasil Rotário - Maio de 2010.

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Page 1: Brasil Rotário - Maio de 2010

BRASILR O T Á R I O

MAIO 2010 Nº 1055ANO 85

A solidAriedAde dos rotAriAnos

nAs cAtástrofes pelo mundo

o socorro às cidades do rio de Janeiro e niterói encHentes

Page 2: Brasil Rotário - Maio de 2010
Page 3: Brasil Rotário - Maio de 2010

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

Sumário

Pág. 15

SEÇÕES

NAS CATÁSTROFES, tenham elas ocorrido no Haiti, no Sri Lanka ou no Brasil, o Rotary estendeu o seu braço solidário

04 Cartas e recados Saudades

06 Curtas Brasil

08 Curtas Mundo

38 Cultura

45 Rotarianos que são notícia

46 Interact e Rotaract

48 Distritos em revista

68 Senhoras em ação

69 Novos Companheiros Paul Harris

70 Novos clubes, novos amigos Os 50 mais

71 Aconteceu na Brasil Rotário...

72 Relax

Ca

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Horto

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ck.co

mBRASIL

R O T Á R I O

Saiba em detalhes o que está mudando no formato da sua Brasil Rotário e as novidades que vêm por aí lendo a página 31.

05 Mensagem do presidente John Kenny

10 COLUNA DO DIRETOR DO RI O DNA rotário e sua possível evolução Antonio Hallage

12 VANGUARDA A Geração Y e as questões de tecnologia Judith Crown

14 Conhecendo os rotarianos da Geração Y Herbert Zimath Junior

15 GLOBAL OUTLOOK Quando há um desastre

23 AS ENCHENTES E AS AÇÕES DO ROTARY Solidariedade brasileira Da Redação

25 Busca de novas parcerias marca o início da Regonne Fernando Quintella

26 Juntos contra a pólio Luiz Carlos Ramos

28 COLUNA DA ABTRF Repensando o futuro José Alfredo Pretoni

30 NOSSAS FINANÇAS Crise cada vez mais longe

31 EDITORIAL Sua Brasil Rotário mudou para melhor Carlos Henrique de Carvalho Fróes

32 Tempo para ver e ajudar quem precisa Eliseu Visconti

34 Um novo dia para os pacientes de Alzheimer Eve Neiger

40 COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR Combate à pólio: chegou a hora de agir Altimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos

41 COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA Por que os rotarianos apoiam a nossa Fundação Glenn Estess Sr.

42 XXXIII INSTITUTO ROTARY DO BRASIL Um porto para os amigos

44 Deputados alemães visitam escola mantida pela Fundação Rotária Montreal no tom

47 Australianos levam ajuda médica às Filipinas

Page 4: Brasil Rotário - Maio de 2010

2 Maio de 2010

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais ele vados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

Governadores de distritos no Brasil em 2009-10Conselho diretor 2009-10

Curadores da Fundação rotária 2009-10

PRESIDENTEJohn Kenny

PRESIDENTE-ELEITORay Klinginsmith

VICE-PRESIDENTEEric E. Lacoste Adamson

TESOUREIROMichael Colasurdo Sr.

DIRETORESAntonio HallageCatherine Noyer-RiveauDavid LiddiattEkkehart PandelFrederick Hahn Jr. Jackson San-Lien HsiehJohn BlountJohn LawrenceJosé Alfredo SepúlvedaK. R. RavindranKyu Hang LeeLars-Olof FredrikssonMasahiro KurodaPhilip SilversThomas Thorfinnson

SECRETÁRIO-GERALEdwin Futa

CHAIRGlenn Estess Sr.

CHAIR ELEITOCarl-Wilhelm Stenhammar

VICE-CHAIRJohn Germ

CURADORESAshok MahajanDavid MorganDoh BaeGustavo Gross C.José Antonio Salazar CruzLouis PiconiLynn HammondRon BurtonSakuji TanakaSamuel OkudzetoWilfrid WilkinsonWilliam Boyd

SECRETÁRIO-GERALEdwin Futa

DISTRITO 4310Emilio Carlos Cassano Rotary Club de Piracicaba-Povoador, SP DISTRITO 4390Elder Silveira Sobral Rotary Club de Itaporanga D’Ajuda, SE DISTRITO 4410Almiro Schimidt Rotary Club de Colatina-São Silvano, ES DISTRITO 4420Roberto Luiz Barroso FilhoRotary Club de Santos, SP DISTRITO 4430Juvenal Antonio da Silva Rotary Club de Suzano, SP DISTRITO 4440Nelson Pereira Lopes Rotary Club de Rondonópolis, MT DISTRITO 4470Sergio de Araújo Philbois Rotary Club de Corumbá, MS DISTRITO 4480Sueli Noronha Kaiser Rotary Club de São José do Rio Preto, SP DISTRITO 4490Pedro Augusto Pedreira Martins Rotary Club de Teresina-Piçarra, PI

DISTRITO 4500Francisco Leandro de Araujo Jr. Rotary Club do Recife, PE DISTRITO 4510José Uracy Fontana Rotary Club de Cândido Mota, SP DISTRITO 4520Itamar Duarte Ferreira Rotary Club de Sete Lagoas, MG DISTRITO 4530Adriano Jorge Souto Rotary Club de Brasília-Centenário, DF DISTRITO 4540Osvaldo Pontes Rotary Club de Sertãozinho, SP DISTRITO 4550Luiz Antonio Souza Coelho Rotary Club de Itabuna, BA DISTRITO 4560Luiz de Araújo Filho Rotary Club de Ouro Fino, MG DISTRITO 4570Alcio Augusto Carpes Athayde Rotary Club do Rio de Janeiro-Galeão, RJ DISTRITO 4580José Antonio Cúgula Guedes Rotary Club de Juiz de Fora-Norte, MG DISTRITO 4590Antonio Ademir Bobice Rotary Club de Limeira-Leste, SP

DISTRITO 4600Ettore Dalboni da Cunha Rotary Club de Volta Redonda, RJ DISTRITO 4610Reinaldo Aparecido Domingos Rotary Club de São Paulo-Jabaquara, SP

DISTRITO 4620Clovis Rodrigues FelipeRotary Club de Avaré, SP DISTRITO 4630José Claudiney Rocco Rotary Club de Cianorte, PR DISTRITO 4640César Luis SchererRotary Club de Marechal Cândido Rondon-Beira Lago, PR DISTRITO 4650Ernoe EgerRotary Club de Blumenau-Norte, SC

DISTRITO 4651Paulo Fernando Branco Rotary Club de Balneário Camboriú-Norte, SC DISTRITO 4660Olandino Roberto Rotary Club de Ijuí, RS DISTRITO 4670Paulo MeinhardtRotary Club de Xangri-lá, RS

DISTRITO 4680Carlos Roberto Silveira Borges Rotary Club de Guaíba, RS DISTRITO 4700Evaristo AndreollaRotary Club de Sananduva, RS DISTRITO 4710José Machado Botelho Rotary Club de Londrina-Norte, PR DISTRITO 4720Antônio Lopes LourençoRotary Club de Belém-Norte, PA DISTRITO 4730Alcino de Andrade TigrinhoRotary Club de São José dos Pinhais-Afonso Pena, PR DISTRITO 4740Estanislao Díaz DávalosRotary Club de Chapecó-Oeste, SC DISTRITO 4750Luiz Oscar Spitz Rotary Club de Araruama, RJ DISTRITO 4760Maria Inês Silveira CarlosRotary Club de Francisco Sá-Norte, MG DISTRITO 4770Nelson Marra de OliveiraRotary Club de Ipameri, GO DISTRITO 4780Lia Silvia Souza Pereira Rotary Club de Caçapava do Sul-Sentinela, RS

RotaRy InteRnatIonalOne ROtaRy CenteR 1560 SheRman avenue evanStOn, IllInOIS, uSa

www.rotary.org

Page 5: Brasil Rotário - Maio de 2010

3Brasil rotário

Leia A edição deste mês é quase toda devotada à so-

lidariedade. Mas o que essa palavra significa? No Dicionário Houaiss encontramos a seguinte definição para ela: “compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas”. Na enciclopédia online Wikipédia, por sua vez, nos deparamos com o verbete “soli-dariedade social”: “condição do grupo que resulta da comunhão de atitudes e de sentimentos, de modo a constituir o grupo em apreço uma uni-dade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face de oposição vinda de fora.”

O espantoso é que um conceito universal e ao mesmo tempo tão amplo só foi colocado em prática de forma estruturada apenas no século 20. E o Rotary, na qualidade de primeira organização não governamental da história, participou da ordenação da solidariedade em escala planetária.

Assim foi quando os horrores da Primeira Grande Guerra (1914-18) acionaram os esforços dos Rotary Clubs dos EUA para mitigar o sofri-mento dos soldados nas trincheiras. E concorreu sempre para o desempenho do Rotary Internatio-nal nos momentos dramáticos a sua capilaridade, o seu poder de mobilização e a sua estrutura bem definida. A edição deste mês traz diversos exemplos recentes de tal poder aqui e no resto do mundo. Estamos falando do tsunami que atingiu o Sri Lanka em 2004, do terremoto do Haiti, do Ciclone Sidr que sacudiu Bangladesh em 2007 e das diversas chuvas que vêm castigando o nosso país, de Norte a Sul, nos dois últimos anos.

Mas como poderíamos medir o valor de organizações como a nossa em momentos de cataclismo e tragédia social? Aqui caímos no campo da especulação para tentar encontrar uma resposta. No momento em que O Grande Incên-dio de Chicago, em 1871, fazia 300 vítimas, uma outra cidade, Peshtigo, 320 km ao norte, sofria um incêndio de maiores proporções, que vitimou mais de 1.200 pessoas. A falta de comunicação e de estruturas que promovessem iniciativas nacionais de ajuda, contudo, não permitiu que Peshtigo tivesse a mesma atenção de Chicago. Em outras palavras, uma foi esquecida, a outra não.

Felizmente, o mundo é outro hoje. Como se verá a seguir, o Rotary International tem meios de promover a ajuda emergencial e o desenvolvi-mento a longo prazo nas comunidades atingidas, por mais distantes que elas sejam.

Ano 85 Maio, 2010 nº1055Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 Inscrição Municipal 00.883.425Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própriaRio de Janeiro – RJ Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601

Site: www.brasil-rotario.com.br E-mail: [email protected]

Conselho sUPeRIoR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A)

Conselho De ADMInIsTRAÇÃo 2009-11Diretoria ExecutivaPresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesVice-Presidente de Operações Edson Avellar da SilvaVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasWilmar Garcia BarbosaVice-Presidente de Planejamento e ControleBemvindo Augusto DiasVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de Relações InstitucionaisCarlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente JurídicoJorge Bragança

MeMBRos eFeTIVosAdelia Antonieta VillasFernando Antonio Quintella RibeiroHertz UdermanJosé Luiz FonsecaJosé Moutinho DuarteJosé Ubiracy SilvaNelson Pereira LopesRicardo Vieira Lima Magalhães Gondim

MeMBRos sUPlenTesAntônio VilardoAroldo Mendes de AraújoHerlon Monteiro Fontes

GeRenTe eXeCUTIVoGilberto Geisselmann

AssessoResAlberto de Freitas Brandão Bittencourt Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Eduardo Alvares de Souza Soares Eduardo de Barros PimentelFausto de Oliveira CamposFernando Teixeira Reis de SouzaFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteGeraldo da ConceiçãoIvo Arzua Pereira

Joper Padrão do Espírito Santo Milton Ferreira TitoTaketoshi HiguchiVicente Herculano da Silva

Conselho FIsCAlMembros efetivosRil Moura Sebastião PortoWanderley ChiezaSuplentesJoão Carlos de CarvalhoOrlando Sebastião GraneiroRenato Manuel Azevedo Pereira

Conselho ConsUlTIVo De GoVeRnADoResMembros natos efetivosGovernadores 2009-10RepresentanteNelson Pereira LopesSuplentesGovernadores eleitos 2010-11

CoMIssÃo eDIToRIAl eXeCUTIVA PresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesMembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da Silva José Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoNuno Virgílio NetoSecretárioGilberto Geisselmann

Conselho eDIToRIAl ConsUlTIVoPresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesMembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da Silva Fernando Antonio Quintella RibeiroJosé Alves FortesJosé Ubiracy SilvaMário César de CamargoSecretárioGilberto Geisselmann

Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01

Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05Themístocles A. C. Pinho(Niterói-RJ)EDRI 2007-09Antonio Hallage (Curitiba-PR)DRI 2009-11

eXPeDIenTeEDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. 25583RJREDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio NetoREDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato D. Coutinho, Manoel Magalhães, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata CoréIMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A.DIGITALIZAÇÃO: Alex Mendes e Armando SantosTIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 54.200 exemplaresENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJCEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]: www.brasil-rotario.com.br*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Page 6: Brasil Rotário - Maio de 2010

4 MAIO DE 2010

SaudadesSaudades

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209São Paulo – SP – BrasilCEP: 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h

GerenteCelso [email protected]

Quadro Social (Assistência aos Governado-res de Distrito e aos Clubes)Débora Watanabe<[email protected]>

Supervisor da Fundação RotáriaEdilson M. Gushiken<[email protected]>

Supervisor FinanceiroCarlos A. Afonso<[email protected]>

Encomendas de Publicações, Materiais e Programas AudiovisuaisClarita [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)

A Seu ServiçoA Seu Serviço

Carlos Alberto Dias Coelho, governador 2009-10 do distrito 4560 e associado do RC de Itajubá, MG. Ex-interactiano e filho de rotariano, entrou para o Rotary em 1980. Engenheiro e professor aposentado da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), ele foi ainda chefe do Gabinete da Diretoria-Geral (atual Reitoria) da Unifei e secretário municipal de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio de Itajubá. Carlos Alberto era casado com Zilda, com quem teve três filhas: Ana Luíza, Ana Flávia e Ana Cristina. Para cumprir seu mandato, o Colégio de Governadores indicou o ex-governador e então instrutor distrital Luiz de Araújo Filho, homologado no cargo pelo presidente do Rotary International, John Kenny.

Armando Favaretto, do RC de Sorriso, MT (D. 4440).

Ruy Kooper, associado do RC de Brasília-Lago Sul, DF (D. 4530).

Alberto João Richa, ex-presidente do RC do Rio de Janeiro-Ipanema, RJ (D. 4570).

Cartas & RecadosAlfabetizaçãoParabéns à Brasil Rotário pela reportagem “Fome de ler”, dedicada à alfa-betização em nosso país (edição 1.053, março de 2010). E em razão da defi ni-ção do que o IBGE considera uma pessoa alfabetizada, aquela “capaz de ler e escrever pelo menos um bilhete simples no idioma nativo”, de acordo com a matéria, penso que esta é uma defi nição medíocre, e muito longe daquilo que a metodologia CLE prega. De acordo com o CLE, “alfabetização é, essencialmente, tornar alguém capaz de ler e escrever diversos tipos de textos e utilizá-los de maneira efi caz”. E complementa: “Saber ler e escrever possui um valor não tanto no fato em si, mas naquilo a que dá acesso. Um dos motivos principais para ler e escrever textos é adquirir conhecimentos e/ou habilidades”.Perguntar não ofende: quando vamos tratar a educação como algo sério neste país?Jório Coelho, ex-governador do distrito 4580.

Boas reportagensGostaria de parabenizar a Brasil Rotário pelas reportagens que publica. É muito bom que a revista tenha matérias assim, que informam e ajudam a resgatar a memória dos rotarianos. Lendo os textos da Brasil Rotário, me senti parte da família rotária mais uma vez.Antônio de Lima e Souza, associado do RC de São Paulo-Penha, SP (D. 4430).

Novo olhar sobre o RotaryA Brasil Rotário é nota 1.000. Antes, eu achava que os rotarianos eram pessoas que ajudavam as outras para aparecer na mídia, que iam a festas e apareciam nas colunas sociais. Hoje, depois de ler a revista, vi a ajuda que vocês dão a entidades como a Sociedade São Vicente de Paulo, da qual faço parte aqui em Praia Grande, doando alimentos, cadeiras de rodas e medicamentos. Deus abençoe a todos os rotarianos do Brasil e do mundo.Gilberto da Silva, de Praia Grande, SP.

As correspondências para esta seção devem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ; CEP: 20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

As correspondências para esta seção devem ser enviadas para o e-mail ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ; CEP: 20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

Page 7: Brasil Rotário - Maio de 2010

Na rede

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente

do RI John Kennyacessando o site

www.rotary.org/president

Meus coMpanheiros rotarianos,

Mensagem do Presidente

Mensagem do Presidente

John Kenny

Presidente do Rotary International

5Brasil rotário

ogo após o terremoto que assolou o Haiti, os rotarianos começaram a telefonar e enviar e-mails para verificar como poderiam ajudar. Quando o Rotary International anunciou a imediata necessidade de empenho para a assistência à tragédia, os

rotarianos entraram online para debater o assunto. O primeiro comentário que surgiu era a expressão do que muitos rotarianos estavam pensando: “Se eles começarem a enviar rotarianos para ajudar, por favor, avise-me.”

Este pedido foi multiplicado nos dias seguintes no site do Rotary e na nossa rede social. Os rotarianos também divulgaram estar recolhendo milhares de dólares para custear ShelterBoxes e AquaBoxes, contribuindo para o Fundo de Assistência ao Ter-remoto do Haiti e providenciando formas para transportar alimentos, suprimentos e pessoal médico para o país devastado.

No Haiti, no local da catástrofe e nos arredores, os rotarianos estavam também atarefados. Os rotarianos locais ajudavam a distribuir ShelterBoxes para alguns dos desabrigados. O médico e rotariano Claude Surena levou 100 vítimas do terremoto para sua casa, que foi transformada em um hospital temporário, a despeito dos danos sofridos. O distrito 7020 criou um fundo de assistência, trouxe aviões carregados de suprimentos médicos e estabeleceu uma estratégia para fornecer assistência nas se-manas após o desastre.

E é durante essas semanas – meses e mesmo anos depois – que o Rotary pode dar a sua maior contribuição. O Rotary não é uma agência para assistência em casos de desastres, mas somos muito eficientes na recuperação de longo prazo. Mesmo depois de a atenção da mídia se arrefecer, o Rotary ainda permanecerá – no caso do Haiti, com 17 clubes e milhares de clubes parceiros cheios de disposição.

A exemplo do empenho do Rotary em Bangladesh, Honduras, Indonésia e inúmeros outros países, os rotarianos permanecerão no Haiti ainda muito depois do arrefecimento do interesse público e da retirada da mídia.

No Global Outlook deste mês é possível se informar mais sobre o sucesso do Ro-tary na ajuda a comunidades e países reconstruídos depois de um desastre – que não se limita a repor aquilo que se perdeu, mas também a torná-lo melhor. A dedicação do rotariano em ajudar os necessitados, combinada com a nossa perseverança e presença em todos os níveis, permitirá que a esperança renasça para aqueles cujas vidas foram destruídas por um desastre.

A nossa resposta à tragédia do Haiti demonstra a preocupação e o desejo do Rotary em ajudar os desafortunados e evidencia o que o Rotary pode melhor fazer: prestar serviço. Obrigado a todos por tudo o que estão fazendo.

L

Page 8: Brasil Rotário - Maio de 2010

6 MAIO DE 2010

Curtas Brasil

Estatística recente do Escritório do RI no Brasil aponta que seis dos onze maiores Rotary Clubs

do país em número de associados estão na região Nordeste. Outros quatro pertencem ao Sudeste e um fi ca na região Sul. Juntos, eles reúnem 1.138 dos mais de 53.200 rotarianos brasileiros.

Os onze maiores clubes brasileiros são: RC do Rio de Janeiro, RJ (D. 4570) – 136 associados; RC do Re-cife, PE (D. 4500) – 132 associados; RC de Santos, SP

Kenny pede contribuiçãode Lula contra a

(D. 4420) – 131 associados; RC do Recife-Boa Vista, PE – 121 associados; RC de São Paulo, SP (D. 4610) – 112 associados; RC da Bahia, BA (D. 4550) – 104 associados; RC de Santo André, SP (D. 4420) – 96 associados; RC de Fortaleza, CE (D.4490) – 80 as-sociados; RC de Fortaleza-Centenário, CE (D.4490), – 76 associados; RC de Fortaleza-Oeste, CE (D.4490), e RC de Curitiba, PR (D. 4730) – 75 associados cada.

Os dados são de 5 de abril deste ano.

Os 11 maiores Rotary Clubs do Brasil

Foto: Monika Lozinska-Lee/Rotary Images

O presidente do RI, John Kenny, enviou carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incentivando-o a continuar contribuindo com a

erradicação da pólio. A iniciativa está relacionada ao que Kenny almeja para este 105º ano de atu-ação do Rotary International: a intensifi cação das ações voltadas à erradicação da poliomielite, maior causa da nossa organização. Para tanto, o presidente do RI está em busca do apoio de líderes mundiais e têm feito chegar a eles cartões-postais da campanha, destacando a urgente necessidade de uma ação coletiva para acabar com a doença.

Até o momento, os rotarianos já dedicaram mais de US$ 850 milhões à luta contra a paralisia in-fantil. No Brasil, o montante desti-nado à campanha de saúde pública foi de 7,14 milhões de euros.

Em 1985, ano de lançamento do programa Polio Plus, mais de mil crianças eram infectadas por dia no mundo. Hoje, apenas quatro países – Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão – per-manecem endêmicos e menos de 2.000 casos da doença foram registrados ao longo de 2009.

O PRESIDENTE do RI, John Kenny, quer o apoio

de líderes mundiais na luta contra a pólio

póliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopóliopólio

Page 9: Brasil Rotário - Maio de 2010

7BRASIL ROTÁRIO

Os ex-governadores Alceu Eberhar-dt e José Ubiracy Silva serão os re-presentantes brasileiros no time dos 41 coordenadores que o Rotary terá a partir de 1º de julho. Eberhardt fi cará responsável pelas Zonas 22A e 23A, enquanto José Ubiracy cuidará da Zona 22B.

Na cidade de Chicago, nos Es-tados Unidos, os dois EGDs parti-ciparam do primeiro Instituto de Coordenadores do Rotary, realizado entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março deste ano.

Coordenadores do tomam posse em julhoEm breve os rotarianos contarão

com ajuda para conhecer os diversos programas do Rotary

International. Quarenta e um coorde-nadores do Rotary oferecerão orienta-ção sobre programas pró-juventude, Grupos de Companheirismo e Grupos de Rotarianos em Ação. Eles também ajudarão os clubes e distritos no que diz respeito a planejamento estratégi-co, relações públicas efi cazes, desen-volvimento de liderança e aumento do quadro associativo.

“Queremos que os clubes tenham certeza de que são a coisa mais im-portante para o Rotary”, explica o presidente eleito Ray Klinginsmith. “Se não cuidarmos bem dos clubes, eles não cuidarão bem do Rotary International.”

Os coordenadores do Rotary, cujos mandatos de três anos terão início em 1º de julho, vão ajudar a colocar em prática as prioridades do Plano Estratégico do RI: apoiar e fortalecer os clubes, dar ênfase e aumentar os serviços humanitários

OS EGDs brasileiros José Ubiracy Silva e Alceu Eberhardt integram a equipe de coordenadores do Rotary

e promover o reconhecimento e a imagem pública do Rotary. Os coor-denadores vão ajudar em reuniões zonais e planejar workshops com o apoio de líderes distritais.

Eles servirão as mesmas áreas geográficas que os coordenadores regionais da Fundação Rotária, com

pelo menos um coordenador do Rotary encarregado de cada zona. Os rotarianos ocupando estes dois cargos vão trabalhar com o diretor do RI responsável pela zona.

(Jennifer Lee Atkin, para a The Rotarian.)

OS EGDs brasileiros

Dois coordenadores brasileiros

RotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotaryRotary

ROTARY INTERNATIONAL ganhará 41 coordenadores no próximo ano rotário

Page 10: Brasil Rotário - Maio de 2010

8 MAIO DE 2010

Curtas Mundo

Ajuda às vítimas do terremoto no Chile

Fundação Rotária criou um fundo para ajudar dezenas de milhares de pessoas afetadas pelo forte terremoto que abalou o Chile em fevereiro.

As contribuições serão usadas em esforços de recuperação de longo prazo através de Subsídios Equivalentes e Subsídios Globais da Fundação Rotária. Rotary Clubs nas regiões afetadas vão identifi car as comunidades mais atingidas e qual a melhor maneira de usar a verba para ajudar famílias e empresas a se recuperarem.

Os rotarianos podem contribuir com o fundo para recuperação da mesma maneira que normalmente fazem doações à Fundação, sem deixar de indicar no cheque e no formulário de contribuição que a doação deve ser enca-minhada ao Fundo Rotary para Recuperação do Chile.

Para fazer a sua doação acesse: www.rotary.org.brMais informações pelo telefone 11-3826-2966 ramal 4.

O RC de Berlin International, Alemanha, é o primeiro clube naquela cidade a realizar suas reuniões em inglês, refl etindo as

fi liações internacionais de seus membros e para atrair, propositalmente, associados com vivência e bagagem cosmopolita.

O clube é dirigido à comunidade internacional em Berlim, além dos rotarianos de todo o mundo em visita a seus clientes no exterior. Desde janeiro de 2009, as reuniões semanais do clube, fundado ofi cialmente em novembro último, são realizadas por seus 25 membros de 12 países: Argentina, Austrália, Grécia, Índia, Canadá, Holanda, Po-lônia, Espanha, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

O clube já recebeu diversas visitas internacionais em passagem por Berlim e suas reuniões estão abertas a convidados de todas as nacionalidades.

Clube alemão realiza suas reuniões em inglês

A

Page 11: Brasil Rotário - Maio de 2010

9BRASIL ROTÁRIO

uando a jovem de apenas 12 anos Madison Wilson Walker patinou em torno da pista de

gelo para pegar fl ores e ursos de pe-lúcia nos Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, no Canadá, ninguém poderia imaginar que ela usava pernas protéticas.

“É mágico vê-la entrar no gelo”, diz Tamara McCarron, associada do Rotary Club de Calgary Olympic em Alberta, uma das dez províncias canadenses. “Nunca lhe ocorreu que ela patinou com qualquer desvantagem em relação aos outros. É realmente inspirador.”

Madison Walker foi uma das seis crianças portadoras de defi ciência que tiveram seus desejos realizados nos Jogos de Inverno em Vancouver. O RC de Calgary Olympic, em parceria

Concedendo desejos Concedendo desejos Concedendo desejos olímpicos às criançasolímpicos às criançasolímpicos às crianças

NO MUNDORotarianos: 1.219.427; Clubes: 33.754; Distritos: 534; Países e regiões: 211; Rotaractianos: 186.898; Clubes: 8.126; Países: 167; Interactianos: 288.857; Clubes: 12.559; Países: 133; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.942; Voluntários: 159.666; Países: 81; Número de rotarianas: 199.992.

NO BRASILRotarianos: 53.263; Clubes: 2.326; Distritos: 38; Rotaractianos: 15.134; Clubes: 658; Interactianos: 16.675; Clubes: 725; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 300; Voluntários: 6.900; Número de rotarianas: 10.439.

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de 1º de abril de 2010).

Quantos Somos

com a Children’s Wish Foundation (Fundação Desejo das Crianças, em tradução livre) do Canadá, forneceu as acomodações para que as crianças pudessem participar.

“Ter a oportunidade de contar com seis crianças e suas famílias desejando fazer parte da experiência olímpica, em parte graças ao Rotary, foi absoluta-mente notável”, disse Amber Dyce, dire-tora da Fundação. “As famílias fi caram surpresas com a resposta esmagadora dos atletas e das pessoas em torno de Vancouver, quando foram identifi cadas e cumprimentadas durante os jogos. Seus sorrisos de orelha a orelha eram prova sufi ciente de que o seu desejo mais sincero tinha sido concedido.”

As seis famílias, que vivem em dife-rentes partes do Canadá, participaram

de vários eventos nos Jogos Olímpicos de Inverno, incluindo a aguardada fi nal do hóquei masculino.

As crianças sabiam há mais de um ano que iriam assistir aos jogos. A antecipação foi o ponto alto para as fa-mílias e as manteve fi rmes para passar os dias mais difíceis, diz McCarron, que presidiu o projeto e se juntou às famílias em Vancouver.

“Nós temos um clube muito pe-queno, apenas 28 associados, mas cada um deles colaborou para fazer a vontade de cada criança se tornar realidade”, diz McCarron.

Q

Page 12: Brasil Rotário - Maio de 2010

10 Maio de 2010

Antonio Hallage

Coluna do Diretor do Rotary International

O DNA rotário e sua possível evolução

Se pudéssemos fazer uma análise microgenética do DNA rotário, teríamos aces-so à sua estrutura, que pode

ser detalhada segundo a seguinte composição:1. Participação pessoalA diversidade de experiências pes-soais, proporcionada pelo critério de classificações, é uma componen-te inigualável em termos de qualida-de e garante encontrar em qualquer ente rotário uma enorme riqueza de conhecimentos, resultantes da pro-fissão ou atividade pela qual fomos selecionados. 2. Estrutura simples e descen-tralizada ao agirO Rotary, sabiamente, possui sua estrutura de ação hierarquizada de forma simples, em apenas três níveis (internacional, distrital e de clube), o que nos permite herdar, em nosso nível de atuação, o resul-tado dos feitos dos nossos preceden-tes, criando, consequentemente, um desenrolar que une a experiência do passado às perspectivas de ação futura. De forma única consegui-mos, diferentemente de qualquer empresa multinacional, conviver mundialmente sob um mesmo Es-tatuto e Regimento Interno, criando unidade na diversidade.3. Autonomia dos clubes para de-finir como servir sua comunidade

Tal característica permite que as mais diversas comunidades te-nham suas necessidades atendidas e a imagem pública do Rotary seja divulgada da forma mais eficiente que existe: por meio de projetos efetivamente realizados.

4. Objetivo único e conjunto de valoresIntegram nossa herança genética por serem idênticos em qualquer parte e preservados ao longo dos anos de forma imutável. São uniformemente almeja-dos por todos os rotarianos do mundo. Somados à beleza do princípio ético con-tido na Prova Quádrupla, garantem um comportamento unificado idealístico. 5. Cultura preservada pelas li-derançasA cultura vem sendo resguardada por ações proficientes e ensinamentos transmitidos pelas lideranças aos liderados. Se não forem reciclados e atualizados, esses ensinamentos podem resultar em vícios de com-portamento. Este seria o lado nega-tivo dessa preservação cultural. É a capacidade dessas lideranças de se

adaptar às mudanças da sociedade e do Rotary que dará continuidade à nossa organização e garantirá às próximas gerações um exemplo construtivo a seguir.6. Eventuais mutações genéticasCada vez que ocupamos e viven-ciamos uma nova atividade ou cargo no Rotary, ocorre em nós uma verdadeira mutação genética. Como resultado dessa experiência, nunca seremos mais os mesmos rotarianos e nos transformaremos em seres humanos melhores, ao realizarmos as atividades ou ocu-parmos os cargos com proficiência.

ProgrEdindo com o imPrEvisívElCom todos esses identificadores previsíveis pela herança genética

Foto: stock.xchng

Page 13: Brasil Rotário - Maio de 2010

11BRASIL ROTÁRIO

BR

Para fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected] fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected]

A previsibilidade,

mesmo que confi ável,

pode ser desastrosa.

A imprevisibilidade é

que gera aprendizado

e progresso

do rotariano, poderíamos imaginar que nada de novo possa ser feito e que tudo já foi pensado. Mas, fe-lizmente, há o imprevisível. Aquela luz que surge muitas vezes de um pequeno projeto em uma comuni-dade modesta, ou que pode emergir da ação de um rotariano ou uma rotariana que soube interpretar a ne-cessidade de agir de forma diferente.

A previsibilidade, mesmo que confiável, pode ser desastrosa. A imprevisibilidade é que gera aprendizado e progresso.

Assim, alguns temas devem ser abordados e debatidos para sacudir a anomia de novas ideias, tais como: Redefinição das funções das li-deranças nos três níveis da nossa organização; Difusão e incentivo de um pen-samento estratégico, mais impor-tante, talvez, do que ter um plano estratégico;

Reavaliação das áreas onde são concentrados os recursos e os investimentos organizacionais. Atualmente acumulados nos níveis distrital, regional e internacional, talvez devessem ser redirecionados, para um maior fortalecimento dos clubes; Instituição e nova abordagem

da Avaliação de Desempenho, de forma sistemática, para melho-rar a maneira de atuar, seja dos rotarianos, dos distritos e/ou dos clubes; Descoberta de novas oportuni-dades de servir; Reavaliação da forma, conteúdo, quantidade e periodicidade das nossas reuniões de informação ou capacitação.

A evolução genética dos rotaria-nos somente se dará pela inovação construtiva, já que mudanças nem sempre resultam em melhorias, mas as melhorias sempre necessi-tam de mudanças.

A herança genética que deixa-remos dependerá da forma como evoluirmos nas oportunidades que tivermos para agir e nos desenvol-ver. Dependerá também da nossa contribuição, proporcionada pela conscientização da ação e dos princípios do Rotary.

Page 14: Brasil Rotário - Maio de 2010

12 MAIO DE 2010

Comportamento

Dodie Butler considera-se razoavelmente atuali-zada quando se trata de tecnologia. Mas quando

esta mulher de 50 anos, produto do Baby Boom (veja o boxe), estava à procura de estudantes voluntários para um projeto de aconselhamento à comunidade, jamais imaginou usar o Facebook [trata-se de um site de rela-cionamento social lançado em 2004]. Mas, para o diretor de marketing da sua fi rma, de 21 anos, aquela era a solução óbvia.

“Ele raciocina de modo diverso, por causa das ferramentas existentes lá fora,” conta Butler.

Os membros da Geração Y, tam-bém chamados de milenários – nas-cidos entre 1981 e 2001 – têm mar-cado presença na força de trabalho. Criados em meio a computadores pessoais, telefones celulares e iPods, eles apresentam grandes vantagens e esperam empregá-las no ambiente de trabalho para progredir com rapidez.

Porém, alguns gerentes nascidos na época do Baby Boom afirmam que estes jovens trabalhadores são arrogantes e exigentes, gastam muito tempo comunicando-se online e, além disso, ainda têm que cumprir com suas obrigações.

E A GERAÇÃO X?Simon Fulber, que aos 33 anos de ida-de pertence à Geração X – espremida entre as Gerações Baby Boom e do Mi-lênio – acha que serve, por vezes, de

Va n g u a r d aDeixe por conta do vigor da

Geração Y as questões de tecnologiaJudith Crown*

mediador entre os seus colegas mais velhos e os mais jovens. Os milená-rios, com seu domínio em tecnologia, exigem respeito, observa Fulber, um consultor sênior em desempenho e conhecimento na associação de cré-dito Vancity, em Vancouver, Canadá. Eles repelem a forma metódica de ensinar dos boomers, tais como exigir a presença de todos em sala de aula para aprender sobre os produ-tos da firma. “Eles não querem uma conferência,” revela Fulber. “Eles

dizem: ‘Deixe-me experimentar.’”Em vez de reclamar uns dos ou-

tros, os boomers e os milenários de-veriam tirar vantagem das qualidades de cada um. Os boomers apresentam um valioso conhecimento de como funcionam as coisas na empresa, enquanto que os milenários enxer-gam, com frequência, maneiras mais efi cientes de fazer as mesmas coisas. “Eles querem aprender como é reali-zado o trabalho,” diz Diane Thielfoldt, uma consultora de Seattle especiali-

Page 15: Brasil Rotário - Maio de 2010

13BRASIL ROTÁRIO

zada nas diferenças intergeracionais em ambiente de trabalho. “Eles estão habituados a um ritmo mais corrido e querem que as coisas andem.”

No Rotary, igualmente, os mile-nários especializados em tecnologia estão puxando os mais velhos para o século 21. Heather Jennings, 24 anos, secretária-executiva do Rotary Club de Dallas, EUA, ensinou aos associados a usar mensagens de texto em vez de telefonemas para contactá-la. “Dessa forma, posso responder de imediato,” ela argumenta.

Jennings modernizou as comuni-cações do clube e os rotarianos, em troca, a tem ensinado como os negó-cios funcionam. Agora, diz ela, em vez de enviar toda a correspondência por e-mail, “escrevo notas à mão, porque as pessoas gostam.”

Butler, associada do mesmo clube de Dallas, observa que, de acordo com companheiros de clube com 70 e 80 anos, o serviço de mensagens curtas de texto é “um conceito estranho”.

“Jennings traz esclarecimentos de tecnologia e faz com que as pessoas a usem. E ela tem uma forma especial de fazer com que as pessoas não se sintam estúpidas”, defi ne Butler.

INTUITIVOS E CONFIANTESDave Vilbig, um boomer de 55 anos, proprietário de uma fi rma de enge-nharia civil, credita aos milenários seu aprendizado técnico. Mas Vilbig, outro rotariano do clube de Dallas, afirma que parece até que alguns funcionários mais jovens se julgam possuidores de “direitos divinos” para passar o dia inteiro enviando mensa-gens de texto e surfando na internet.

Ele deplora o fato de ter sido forçado a dispensar mais de um empregado devido ao uso exagerado dos computadores da empresa e de telefones celulares para fi ns sociais.

“Eu tive que demitir um rapaz depois de três meses”, relembra Vilbig. “Ele tinha mais de 5.000 mensagens no celular da empresa.”

As ideias dos boomers quanto à tecnologia, no entanto, podem frus-trar os empregados mais jovens.

Scott Brown, secretário do Rotary Club de Columbus, Ohio, EUA, um representante de 43 anos da Geração X, conta que achou os membros mais velhos do seu clube curiosamente re-sistentes a clicar em anexos ou links em e-mails. “Alguns associados não gostam da ideia de haver um anexo,” diz ele. “Eles querem que tudo esteja contido no corpo do e-mail. Para associados mais jovens, isso não é problema.”

Os milenários tornaram-se con-fi antes – muito confi antes devido à competência técnica.

Fulber, associado do Rotary Club de Vancouver Quadra, Canadá, lem-bra de um empregado que julgou ter aprendido tudo sobre o seu trabalho e começou a procurar tarefas em outras

áreas. Seu superior não gostou, pois precisava que ele se concentrasse na própria obrigação. “Ele não agia de acordo com as regras, e seu patrão hesitava em promovê-lo,” conta Fulber. Finalmente, surgiu a opor-tunidade que a estrela em ascensão desejava, como um gerente de fi lial, mas ele esnobou a chance.

Boomers podem tentar ver as coisas da perspectiva de milenários, se souberem se valer da sua maior maturidade e experiência. Eles também podem aproveitar os jovens como recurso para o autoaperfeiço-amento. Milenários não desejam, e nem necessitam, arcar com todas as tarefas técnicas do local de trabalho. “Eles querem que o seu talento seja aproveitado,” afi rma Thielfoldt. “En-tão, deixe-os ensinar-lhes aquilo que eles intuitivamente já sabem.”

* A autora mora em Chicago e é uma escritora freelance especializada em empresas e negócios. Tradução de Eliseu Visconti Neto.

O que foi o Baby Boom?� A expressão Baby Boom foi

criada para se referir à população

que nasceu entre o fim da Segunda

Guerra Mundial e 1960, quando o

coeficiente de natalidade cresceu

de forma acentuada, excedendo 2% da população. Pessoas

nascidas nessas décadas são chamadas de Baby Boomers.

Convenciona-se que o fenômeno foi resultado de um período de

crescimento econômico e estabilidade social, principalmente nos

EUA. Há uma estimativa de que durante o referido período cerca

de 77 milhões de norte-americanos nasceram.

(Nota da Redação).

A Geração Y e o Rotary

na próxima página

Page 16: Brasil Rotário - Maio de 2010

14 MAIO DE 2010

Herbert Zimath Junior*

A chegada da Geração Y – ou game over – ao Rotary acentua-se a cada dia e deve exigir algu-mas mudanças de postura dos rotarianos mais tradicionais, para melhor aproveitar o potencial desse novo tipo de associado e profi ssional. Essa geração necessita de contexto para perceber o

movimento rotário e se motivar a servir. Eles precisam que as questões no clube sejam claramente levantadas, explicadas, e não simplesmente impostas. Precisam assimilar as razões pelas quais devem fazer certas coisas e não outras. Sem este contexto específi co, eles simples-mente não se envolverão em nossa causa, e o Rotary, por mais atrativo que seja, não adentrará seus corações.

Essa característica da Geração Y origina-se da era da informática, à qual seus representantes pertencem. Essa era os colocou desde cedo em contato com video-games, computadores e outros brinquedos e aparatos eletrônicos. Assim como os revolucionários chips, eles desenvolveram habilidades importantes, com foco na resolução de problemas, além de facilidade no com-partilha mento de informações.

Também possuem o perfi l do game over, ou seja, aquele clique para se desligar de um problema, que nada mais é do que a capacidade de sacrifi car con-quistas por acreditar em recomeço de outra forma. Diante da frustração, o rotariano da geração videogame entrega-se à prática do game over, ou seja, desliga-se do clube para, quem sabe, recomeçar novamente em algum outro lugar ou clube.

O Rotary, por agrupar lideranças multiprofi ssionais, é um exercício perene de tolerância e, assim, não é en-tendido por esse tipo de associado como o caminho ideal

para a prática de servir ao próximo e a si mesmo, pois nem sempre é factível promover as mudanças sugeridas com a rapidez desejada.

As lideranças rotárias necessitam captar essa sutil característica dos rotarianos da Geração Y. Não de-vemos impor nada a eles e, sim, compartilhar conhe-cimentos e ações, envolvendo-os nas decisões, para que se sintam partícipes do processo e realizados na organização.

Esta nova visão do líder do terceiro milênio é algo que precisamos desenvolver, pois a grandeza do Rotary está na união das diversidades. Ademais, se a Geração Y tem como característica a facilidade em trocar informações, isto deve ser bem-visto e entendido, pois por intermédio deles, mais do que antes, haveremos de consolidar a nova e moderna imagem pública do Rotary.

*O autor é ex-governador do distrito 4650.

Comportamentostock.XCHNG

Conhecendo os rotarianos da Geração Y

BR

Page 17: Brasil Rotário - Maio de 2010

15BRASIL ROTÁRIO

GLOBALOUTLOOK

SHELTERBOX NO HAITI

AJUDA DE LONGO PRAZO DEPOIS DO TSUNAMI

ENTREVISTA COM O ESPECIALISTA

EM CATÁSTROFES DA ONU

SUPLEMENTO DO ROTARY WORLD MAGAZINE PRESS

Assistência em casosde catástrofe

Os ventos estavam fortís-simos, chegando a 290 km por hora. Mas isso não era o pior. O pior era a chuva.

O Furacão Mitch, a tempestade devastado-ra que atingiu a Améri-ca Central em outubro de 1998, deixou Tegucigalpa, capital de Honduras, de-baixo de 90 centímetros de água e provocou inúmeros deslizamentos de terra.

David Beyl, um asso-ciado honorário do Rotary Club de Tegucigalpa, Dis-trito Central, lembra-se de ter assitido à terrível tem-pestade de sua casa, localizada a uma distância segura de algumas das comunidades mais brutalmente atingidas.

“Podíamos ver as casas escorregando das montanhas”, relembra Beyl. “E claro, as pessoas mais pobres foram atingidas, já que moravam nos locais de maior risco, em áreas montanhosas.”

Quando a chuva ces-sou, aproximadamente três milhões de pessoas tinham ficado sem teto ou no mínimo arrasadas em Honduras, vizinha da Nicarágua e de outras na-ções da América Central e do Caribe. Carlos Roberto Flores, ex-presidente de Honduras, estimou que o desastre reverteu o pro-gresso local em 50 anos.

O Furacão Mitch foi a tempestade mais fatal deste tipo em mais de dois sécu-los. Mas foi apenas uma das centenas de desastres

naturais que aconteceram no ano de 1998 e somente uma das milhares de catástrofes que vêm acontecendo desde então. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mais de 300 desastres natu-rais ocorreram no mundo em 2008, o ano mais recente que dispõe de estatísticas. Mais de 235.000 pessoas morreram,

Quando há um desastreO Rotary ajuda na transição entre o auxílio imediato e a recuperação de longo prazo

Quando o tsunami de dezembro de 2004 atingiu o Sri Lanka, o Rotary Club de Rockland, Maine, EUA, liderou um projeto com a colaboração da Habitat for Humanity para ajudar a consertar e reconstruir casas ao longo da costa do país

Page 18: Brasil Rotário - Maio de 2010

17Brasil rotário

diata e reabilitação de longo prazo. “O que mais se nota é a perda de ganhos educacionais e de produtividade e, obviamente, o impacto no produto interno bruto.”

Os rotarianos são posicionados estrategicamente para oferecer auxí-lio imediato, seja trabalhando sozi-nhos, com seus clubes ou através de iniciativas de grande escala, como o ShelterBox (veja o boxe na pág. 16) e o Aquabox, que visam suprir necessi-dades básicas, enviando contêineres com suprimentos essencias para as áreas afetadas.

“As pessoas que respondem me-lhor e mais rapidamente às emer-gências são os moradores de cidades próximas ao local atingido. É lá que a maior parte do trabalho de salva-mento de vidas é feito”, afirma David Lynch, um agente sênior de recupe-ração da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

“Igualmente importante é o papel desempenhado por grupos presen-tes na comunidade, como Rotary Clubs, que fazem a conexão entre a ajuda imediata e a recuperação de longo prazo”, diz Lynch. “Pessoas de fora vêm e vão e, obviamente, dei-xam algo para trás. Mas aqueles que mantêm os esforços de recuperação são os moradores e as organizações que lá se desenvolvem.”

Quando o Ciclone Sidr atingiu Bangladesh em 2007, os então 152 Rotary Clubs do país forneceram assistência imediata a todos os mo-dos que puderam, distribuindo itens como água e cobertores em áreas litorâneas de difícil acesso. Mesmo atendendo a necessidades de curto prazo, os rotarianos estavam pensan-do no futuro das vítimas.

“Há muitas outras organizações voluntárias chegando para recons-truir suas casas, e lhes dar comida para sobreviverem”, diz K.M. Zainul Abedin, presidente da Subcomissão de Subsídios do distrito 3280. “Mas isso não é o suficiente. Eles precisam

ter algum tipo de renda para sobrevi-ver.” A solução: rotarianos possibili-taram a pescadores que voltassem ao trabalho, consertando os barcos que tinham sido destruídos pelo ciclone (veja o boxe na pág. 18).

Em Honduras, Tegucigalpa, os rotarianos também começaram a considerar esforços de recuperação de longo prazo dias depois do Fura-cão Mitch.

“Queríamos encontrar um jeito para as pessoas construírem uma vida”, conta Beyl. O projeto que acabaram executando envolvia a construção de uma vila totalmente nova para as vítimas do furacão, a 56 km da capital, em uma região menos vulnerável que locais montanhosos. A nova comunidade dispõe de um centro de computação, uma biblioteca e outros recursos de que muitos resi-dentes não dispunham mesmo antes da tempestade.

“A ideia é que, depois da fase de recuperação, as pessoas estejam menos vulneráveis do que antes do desastre”, diz Lynch.

Às vezes um desastre cria opor-tunidades inesperadas para uma reconstrução mais forte e melhor. Depois que um intenso tornado atin-giu Greensburg, Kansas, nos EUA

em maio de 2007 e destruiu 95% dos prédios da cidade, líderes comuni-tários decidiram usar métodos de construção sustentáveis, fazendo da cidade um exemplo de responsabili-dade ambiental.

Assim como muitas comunida-des rurais dos EUA, Greensburg tinha uma população em constante diminuição mesmo antes da tem-pestade. Concentrar-se na susten-tabilidade ambiental criou opor-

Associados do Rotary Club de Cedar Rapids, Iowa, EUA, examinam um mapa dos danos em sua comunidade após uma enchente em 2008

Impacto econômicoPerdas econômicas médias anuais (bilhões de US$) causadas por desastres naturais no mundo inteiro

Década de 70 80 90

Fonte: UNDP Bureau for Crisis Prevention and Recovery

$138,4 $213,9 $659,9

Page 19: Brasil Rotário - Maio de 2010

16 Maio de 2010

cerca de 200 milhões foram afetadas e US$ 181 bilhões foi o total estimado em perdas e danos.

Além de consequências imediatas e óbvias, como mortes e prejuízos com propriedades, os desastres con-

tribuem para uma série de perdas econômicas de longo prazo. Nas últimas décadas, tais perdas se mul-tiplicaram devido ao crescimento populacional e aumento de crises climáticas.

Como a maioria das pessoas atin-gidas por catástrofes naturais mora em países em desenvolvimento, a população carente é atingida de modo extremamente desproporcional. Dados do Centro de Pesquisa sobre Epidemiologia dos Desastres (CRED) indicam que, de 1991 a 2005, a maior parte das vítimas de desastres morava na Ásia e Oceania, regiões que englo-bam mais de 30% dos países menos desenvolvidos do mundo.

A catástrofe de 12 de janeiro ocor-rida no Haiti nos faz lembrar que, nas nações em desenvolvimento, os desastres pioram ainda mais as con-dições de vida e a extrema pobreza. A reversão deste quadro pode levar anos, ou até mesmo décadas.

“As consequências de desastres assim podem ser sentidas por muito tempo”, afirma Rigoberto Giron, vice-presidente de iniciativas estra-tégicas na CARE, uma organização de assistência em casos de desastres. Anteriormente, Giron foi diretor da unidade de emergência da CARE, que ajuda sobreviventes de catástrofes e conflitos por meio de assistência ime-

A destruição causada pelo terremoto de 12 de janeiro em Porto Príncipe, Haiti, foi registrada pelo integrante da equipe de emergência da ShelterBox, Mark Pearson, apenas quatro dias após o desastre, quando a ShelterBox, um projeto liderado por rotarianos, chegou ao Haiti para distribuir abrigos temporários a milhares de sobreviventes (veja abaixo)

ShelterBox no HaitiDepois de 10 anos prestando auxílio a milhares de vítimas de desastres, a ShelterBox encarou o seu maior desafio quando um intenso terremoto atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, levando o país a uma das piores crises humanitárias já existentes.

O terremoto, o mais forte da nação em 200 anos, matou pelo menos 200.000 pessoas e deixou mais de um milhão de desabrigados, necessi-tando de comida e abrigo. O apoio local fornecido pela ShelterBox dias após a catástrofe superou todos os outros trabalhos que a organização já havia realizado.

“Esta foi a maior, mais rápida e mais complexa ação humanitária em nossa história. Nos organizamos em quatro países para distribuir caixas rapidamente aos moradores do Haiti”, conta John Leach, chefe de operações.

Com a maior parte da capital, Porto Príncipe, destruída, os hospitais necessitavam desesperadamente de abrigo para as vítimas. Centenas de barracas foram usadas como abrigos de emergência para pacientes recém-operados.

Fundada por Tom Henderson do Rotary Club de Cober Valley Helston, na Inglaterra, em 1999, a ShelterBox é uma organização sem fins lucrativos patrocinada por rotarianos e Rotary Clubs que oferece abrigo, água e con-forto a vítimas de desastres e conflitos. Cada caixa de aproximadamente 185 litros contém itens como barracas com capacidade para 10 pessoas, cobertores, cápsulas purificadoras de água, panelas e ferramentas.

Até o momento, mais de 10.000 caixas foram levadas ao Haiti. Na últi-ma década, a ShelterBox, com o apoio de Rotary Clubs de todo o mundo, prestou assistência em mais de 100 crises em cerca de 60 países.

— Ryan Hyland e M. Kathleen Pratt

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Page 20: Brasil Rotário - Maio de 2010

18 Maio de 2010

tunidades de negócios e ajudou a revitalizar a cidade, afirma Darin Headrick, superintendente de escolas e um dos 12 associados do Rotary Club de Greensburg.

Em meio aos resultados caóticos de um desastre, a força se encontra nos números. Parcerias fortes são essenciais. Além de contar com as redes de rotarianos e contatos na comunidade, o Rotary International trabalha com agências especializa-das e grupos como o Unicef, FICV e CARE, assim como governos locais e nacionais.

“Este tipo de colaboração evita duplicações de esforços”, diz Giron. “Você não vai às comunidades três ou quatro vezes pedindo a mesma informação. Você não compete por recursos.

“É um pouco a mais que coope-ração. É mover-se em direção a um estágio diferente de uma parceria, no qual as pessoas colaboram de um modo complementar. Para mim, o valor das parcerias está no fato de que se pode sempre contar uns com os outros.”

Em Greensburg, rotarianos tra-balharam com outras organizações em quase todos os projetos que executaram. Depois de coletarem mais de US$ 225.000 de associados de quase todos os estados norte-americanos e de dois outros países, o clube ofereceu-se para reconstruir a torre de água da cidade. Foi a primeira grande reconstrução a ser feita, e como outros grupos comu-nitários passaram a fazer doações depois que os rotarianos iniciaram o processo, eles puderam construir uma torre quase duas vezes maior do que a original.

“Com todo o resto destruído, todas as casas no chão e todas as árvores derrubadas, o fato de termos erguido uma torre, a qual iluminamos e que tinha a palavra Greensburg escrita do lado, simbo-lizou o progresso na comunidade”, conta Headrick.

Um associado do Rotary Club de Rockland, Maine, EUA, recebe a sobrevivente do tsunami Surandi Madushani de Silva em sua nova casa, construída pelos rotarianos com ajuda da Habitat for Humanity

Recuperando o sustento em Bangladesh Desastres fazem parte da vida dos habitantes de Bangladesh, um país de vastos deltas e mais de 550 quilômetros de costa ao longo do Golfo de Ben-gala. O Ciclone Sidr, que assolou o litoral do país em novembro de 2007, foi um dos piores dos últimos anos. A tempestade matou mais de 3.000 pessoas e feriu pelo menos 55.000. Além do custo humano, ela causou danos estima-dos em US$ 1,7 milhão a propriedades, agricultura e pecuária.

“A população da região costeira está sofrendo enormemente”, conta K.M. Zainul Abedin, presidente da Subcomissão Distrital de Subsídios do distrito 3280.

O povo de Bangladesh, uma das nações mais pobres e densamente povoa-das do mundo, é particularmente vulnerável a desastres naturais. Muitas de suas casas são simples cabanas facilmente abaladas por ventos mais fortes. Sua subsistência é fortemente ligada à agricultura e à pesca. Quando o Ciclone Sidr destruiu a safra, encharcou plantações com água salgada e destruiu bar-cos e redes de pesca, muitos habitantes perderam sua fonte de renda.

“Eles não têm outro modo de sustentar suas famílias”, explicou o ex-governador de distrito Abedin.

Os rotarianos locais não perderam tempo. Em cinco meses, o Rotary Club de Dhaka North West, em parceria com o Rotary Club de Newport, Carolina do Norte, EUA, recebeu um Subsídio Equivalente da Fundação Rotária. O pro-jeto de US$ 24.536 proporcionou a compra de barcos e redes de pesca a 80 pescadores da costa sul do país.

Em uma iniciativa semelhante, patrocinada também por um Subsídio Equivalente, o Rotary Club de Tower Hamlets, Inglaterra, e outras organiza-ções lideraram um esforço multidistrital para compensar os pescadores, agricultores e motoristas de riquixá na região sudoeste do país por suas per-das. O clube repôs US$ 60.750 em equipamentos e gado perdidos devido ao ciclone, além de dezenas de barcos, redes de pesca e riquixás.

Page 21: Brasil Rotário - Maio de 2010

19Brasil rotário

No ano seguinte, os rotarianos de Greensburg implementaram uma série de outros projetos. Eles se uniram ao Lions Clube da comu-nidade para colocar um outdoor em uma das principais rodovias. Foi formada uma parceria com a Habitat for Humanity para a cons-trução de casas. Mais recentemente, apoiaram a Kiowa County United, uma organização local sem fins lu-crativos, conseguindo US$ 1,3 milhão para modernizar a rua principal de Greensburg e levar cerca de 12 lojas de volta ao centro da cidade.

Quando rotarianos de Tegucigalpa começaram a planejar os esforços de recuperação depois do furacão, muitos parceiros potenciais foram considerados antes de optarem pela Nueva Esperanza Foundation, um grupo que tinha o mesmo entusias-mo, interesse na comunidade e com-promisso com práticas financeiras transparentes que eles.

“Como associados de Rotary Clubs, muitos de nós somos gerentes ou donos de empresas, portanto nos-sas forças estão na administração e gerenciamento financeiro”, diz Beyl. “Mas temos consciência de nossas limitações.” Embora os rotarianos pudessem supervisionar o projeto, eles precisavam de um parceiro com experiência de campo para gerenciar as operações, diz Beyl.

A Nueva Esperanza Foundation já

tinha planejado ajudar as vítimas do furacão a se mudarem, então era ne-cessário para o clube de Tegucigalpa se envolver e patrocinar as primeiras casas. Eles batizaram a nova vila com o mesmo nome da fundação, Nueva Esperanza ou “Nova Esperança”.

As alianças entre os Rotary Clubs foram peças chaves para a próxima fase do projeto. Em 2001, rotarianos de Tegucigalpa se conectaram com ro-tarianos do distrito 5220 (Califórnia, EUA) que visitaram Honduras com o apoio de um Subsídio Descoberta da Fundação Rotária. Rotarianos de Honduras então se uniram ao Rotary Club de Manteca, Califórnia, e soli-citaram um Subsídio Saúde, Fome e Humanidade para dar continuidade ao seu trabalho. O esforço excedeu US$ 470.000 e se estendeu por mais de cinco anos, equipando um centro de computação, uma biblioteca e uma clínica médica com suprimentos, livros e equipamentos médicos. Ro-

Uma mãe e seus filhos em frente aos destroços de sua casa no Sri Lanka após o tsunami de 2004

A ideia é que, depois da fase de recuperação, as pessoas estejam menos vulneráveis do que antes do desastre.

— David Beyl

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20 Maio de 2010

tarianos complementaram o projeto através da construção de casas na comunidade. As atividades também se expandiram para fornecer novos sistemas hídricos e bolsas de estudos a alunos de uma outra comunidade, Marcala, onde rotarianos de Teguci-galpa trabalharam em parceria com um Rotary Club local.

Depois do tsunami de 2004, que matou cerca de 180.000 pessoas na Indonésia, associados do Rotary Club de Bali Ubud também procura-

Uma clínica para sobreviventes do tsunamiO Rotary Club de Bali Ubud, na Indonésia, sonha alto. “Temos por princípio implementar apenas projetos de peso”, conta David Küper, presidente do clube em 2005-06. “Não nos limitamos a uma ajudinha aqui, outra acolá.”

Então, quando surgiu a oportunidade de ajudar a organização sem fins lucrativos Yayasan Bumi Sehat a montar uma clínica médica na província de Aceh, o clube não hesitou.

“O tsunami havia destruído toda a infraestrutura e os vilarejos”, conta Küper, que presidiu o projeto, além de oferecer consultoria técnica. “A maior parte dos centros de saúde havia sido simplesmente arrastada pela água.”

A Yayasan Bumi Sehat, cujo nome significa “Fundação Mãe Terra Saudável”, tem desde a metade da década de 90 uma clínica em Bali especializada em saúde materno-infantil. A organização respondeu ao desastre em dezembro de 2004 enviando equipes de atendimen-to de emergência a Samatiga, uma das áreas mais atingidas de Aceh. Em uma clínica improvisada, os voluntários cuidaram de ferimen-tos e problemas dermatológicos causados pelo tsunami, assim como doenças tropicais, muitas causadas pelo trauma do desastre e declínio de condições de vida. Eles também mantiveram a missão original da organização, oferecendo atendimento pré e pós-natal, além de partos. Mas os recursos eram escassos. Mais de um ano depois do tsunami, as equipes médicas ainda estavam prestando atendimento em uma cabana de bambu.

Com US$ 120.000 do fundo Solidariedade do Sul da Ásia, estabeleci-do pela Fundação Rotária para apoiar esforços de longo prazo de re-construção pós-tsunami, o clube de Bali Ubud construiu uma clínica grande o suficiente para atender os 12.000 sobreviventes que moravam na região. A estrutura, resistente a terremotos, é equipada com pai-néis para captação de energia solar e um gerador eólico para lidar com os cortes de energia frequentes na região. Bayer doou US$ 30.000 em equipamentos e móveis e o Rotary Club de Nova York patrocinou uma am-bulância. Em 2008 a clínica realizou 7.748 consultas médicas, 1.136 con-sultas de pré-natal e 75 partos.

Muitas pessoas afirmam que este é um dos melhores projetos já imple-mentados em Aceh”, conta Küper.

Uma aluna chega a uma das 22 escolas que os rotarianos ajudaram a reconstruir no Sri Lanka após o tsunami de 2004

ram a ajuda de outras organizações. Eles se uniram a um grupo que já tinham apoiado no passado — a fundação Yayasan Bumi Sehat, localizada em Bali — para construir uma clínica numa das áreas mais atingidas do país.

“Sabíamos que eles realizavam um bom trabalho e eram confiáveis, e quando começaram algo em Aceh, não foi difícil formar uma parceria com eles”, diz David Küper, associado do clube de Bali Ubud, que adminis-

trou o projeto (veja boxe ao lado).No entanto, nem toda parceria

eficaz exige um contrato ou grande compromisso financeiro. Às vezes uma parceria acontece simplesmen-te quando alguém oferece ajuda em momentos de caos.

“Há um outro elemento presente na formação de parcerias, que é a ideia de reconstruir a estrutura da comunidade abalada pelo desastre”, afirma Lynch.

Para rotarianos, esta parte acon-tece facilmente.

“Emocionalmente, é difícil para as pessoas. Há altos e baixos; surgem todos os tipos de dificuldades”, afirma Headrick. “Se você me perguntar, de-pois de todos estes anos, onde eu acho que o Rotary tem feito a diferença, eu diria que é no contato humano, com a boa vontade das pessoas em doarem seu tempo para ajudar de qualquer forma necessária. Eles vêm e tomam conta de tudo, e o fazem com um sor-riso no rosto e uma grande vontade no coração.”

— M. Kathleen Pratt

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21Brasil rotário

Global Outlook: Antes de fa-larmos sobre recuperação, fa-lemos das causas. A mudança climática é parte do problema?

Jordan Ryan: O número de habitantes de países em desen-volvimento afetados por desastres relacionados ao clima vem aumen-tando gradativamente. Entre 1975 e 1979, foram aproximadamente 50 milhões, e entre 2000 e 2004, cer-ca de 250 milhões. É um aumento substancial.

Basta ver os desastres de 2009 na Ásia, região do Pacífico: tsuna-mis em Tonga e Samoa, enormes furacões nas Filipinas, terremotos na Indonésia e tufões que afetaram o Vietnã e chegaram até o Laos. Problemas climáticos como secas, enchentes e tempestades continu-am a ameaçar vidas, dificultar o sustento de populações e agravar a pobreza.

GO: E o que isto significa para as vítimas, particular-mente aquelas que vivem em

comunidades vulneráveis eco-nomicamente?

JR: As catástrofes causam impacto significativo na vida das pessoas: escolas danificadas, hospi-tais destruídos, serviços ao público interrompidos. Sem falar do efeito no bem-estar econômico da popu-lação. Desastres causam perdas econômicas significativas. A vida dos agricultores é afetada, peque-nos comerciantes — muitas vezes mulheres que são chefes de família — não têm acesso aos produtos que comercializam, enfim, catástrofes afetam a vida da população.

GO: Quando uma catástrofe ocorre, como vocês identifi-cam as necessidades de longo prazo?

JR: Existem atualmente dire-trizes internacionais para avaliar as necessidades em situações pós conflito ou catástrofe. Isto é normalmente feito pelo governo, com o envolvimento do Banco Mundial, de bancos regionais, da

ONU, entre outros. Há um esforço para tornar este processo o mais abrangente possível, consultando também organizações civis para realmente compreender os danos e necessidades resultantes. Uma vez que as necessidades sejam identi-ficadas, é possível direcionar os recursos às pessoas mais afetadas pela catástrofe.

GO: Onde o Rotary deve buscar dicas e oportunidades de parcerias para atuar em esforços de recuperação?

JR: Representantes do gover-no muitas vezes estão envolvidos na coordenação dos esforços de assistência. Em muitos países, certamente naqueles em desen-volvimento, as Nações Unidas têm o que chamamos de coordenador residente, que tem a capacidade de reunir os sistemas da ONU. Em alguns países eles também são chamados de coordenadores humanitários. Estas pessoas têm a habilidade de reunir grupos que

Bate papo com Jordan Ryan, do PNUD Desde 2001, o escritório de Prevenção de Crises e Recuperação, parte do Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento, tem assumido posição de liderança em situa-

ções de conflito e desastres. O escritório trabalha através de 100 escritórios regionais,

promovendo redução de riscos e ampliando a capacidade de os países responderem a

situações de catástrofe. Quando ocorre um desastre, os funcionários agilizam o pro-

cesso de resposta e garantem uma transição eficaz entre os esforços de curto e longo

prazo, mantendo a ênfase na criação de oportunidades para as vítimas

recuperarem seu sustento.

“Nós chegamos prontamente e ficamos por bastante tempo”, comenta o diretor

do escritório Jordan Ryan. “O ideal é que haja uma transição da emergência huma-

nitária ao chamado ‘desenvolvimento normal’.”

Ele conversou com a Global Outlook sobre o impacto cada vez maior dos desastres naturais e como os rota-

rianos podem colaborar com as agências da ONU, agências governamentais e outras organizações em situações

de recuperação.

Jordan Ryan

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trabalham muito próximos às or-ganizações não governamentais (ONGs) internacionais, organi-zações de prestação de serviços humanitários e ONGs locais.

Cada vez mais eu acho que a ONU está bem preparada para atuar lado a lado com os presta-dores de serviços humanitários. Há oportunidades para este tipo de parceria com ênfase em auxí-lio de curto prazo preocupando-se em garantir que vidas sejam salvas, mas procurando também ir além disso, e ajudar as comu-nidades a recomeçar suas vidas de fato.

GO: Quais dos aspectos da recuperação devem ser dei-xados aos cuidados dos go-vernos e de outras agências?

JR: É muito importante em várias situações que o governo assuma o comando. O governo deve estabelecer um plano de recuperação nacional ou de re-cuperação de emergência e as iniciativas devem estar de acordo com esses planos para que não sejam duplicadas ou mal dire-cionadas.

Em locais que experimentam situações de catástrofe e também conflito, é importante que, ao re-construir, não alimentemos as causas iniciais do conflito. É preciso sempre levar o contexto em conside-ração, especialmente em situações de desequilíbrio ou desigualdades.

GO: Auxílio de curto pra-zo é uma coisa que os rota-rianos já provaram saber fazer. Mas por que é impor-tante que os Rotary Clubs se envolvam também em inicia-tivas de longo prazo?

JR: É maravilhoso podermos contar com tamanho compromis-so com princípios humanitários. As iniciativas humanitárias fa-zem muita diferença em ambas

as situações. Mas assim como é importante ter comida para alimentar as crianças ou cober-tores para mantê-las aquecidas, é importante que elas não se es-queçam de que a vida continua. E isso significa, muitas vezes, o compromisso de ajudar a co-munidade local a se reerguer. Certificar-se de que a população tem meios de voltar a trabalhar.

É por isso que o vínculo entre auxílio humanitário e trabalho para desenvolvimento é tão im-portante, especialmente para grupos locais como os rotarianos, que moram na própria comuni-dade ou na comunidade vizinha. Eles podem se envolver em opor-tunidades econômicas de longo prazo para assegurar que haja recuperação.

GO: Considerando que os Rotary Clubs são compostos por profissionais com forte ligação com a comunidade, o que eles podem oferecer de especial em momentos de crise?

JR: Justamente seu conheci-mento de como a comunidade re-almente é e de o que ela necessita. O conhecimento que os capacita a prestar assistência imediata, mas também compreender como ajudá-la a se reerguer. A emer-gência não é a única coisa que importa; uma boa recuperação evita problemas futuros.

GO: E por que é impor-tante que o Rotary colabore com governos e outras orga-nizações?

JR: Há muito a fazer. Parce-rias fortalecem compromissos e envolvimento. Estamos muito longe dos dias em que caubóis so-litários achavam que conseguiam dar conta do problema sozinhos. O mundo de hoje tem desafios demais para isso.

Contribuíram nesta ediçãoM. Kathleen Pratt é uma escritora freelancer que mora em Chicago.

Global Outlook, um suplemento do Rotary World Magazine Press, é uma publicação trimestral do Rotary International. Copyright © 2010. Joseph Derr, chefe de redação Barbara Nellis, redatora, Ryan Hyland, redator assistente, Avery Mamon, desenhista gráfico, Candy Isaac, coordenadora de produção, fotos de: Rotary Images/Alyce Henson — a menos que de outra forma especificado, painel editorial: Bob Aitken (Rotary Down Under), T.K. Balakrishnan (Rotary News/Rotary Samachar), Carlos Henrique de Carvalho Fróes (Brasil Rotário), Andrea Pernice (Rotary), e Matthias Schutt (Rotary Magazin), tradutoras: Cristina Young e Lígia Lima.

Construindo um futuro mais sólido Em dezembro de 2004, um tsuna-mi destruiu ou danificou mais de 187 escolas no Sri Lanka. Os Rotary Clubs decidiram liderar as iniciativas de reconstrução. Mais de cinco anos

depois, os clubes do Sri Lanka po-dem se orgulhar de ter, com a ajuda de organizações parceiras, recons-truído 22 escolas, maiores e com equipamentos melhores do que os destruídos. Leia a história na íntegra em www.rotary.org/go

Mais onlineSaiba mais sobre a resposta do Rotary ao terremoto no Haiti e leia a entrevista com Jordan Ryan na ínte-gra em www.rotary.org/go.

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23BRASIL ROTÁRIO

Em cima do fato

23BRASIL ROTÁRIO

Em cima do fato

Da Redação

O Rotary International su-geriu que publicássemos uma complementação ao

suplemento Global Outlook, das páginas anteriores. E foi o que fi -zemos: uma matéria sobre as ações dos rotarianos, no Brasil, diante das enchentes no Sul e no Nordeste, em 2008 e 2009, e nos estados do Rio e de São Paulo, no início deste ano. Por uma triste coincidência, o texto foi concluído no fi m da tarde de 5 de abril. Horas depois começava um dilúvio no Estado do Rio de Janeiro, mudando radicalmente o que fora escrito. Várias cidades pararam nas 48 horas seguintes.

A conta deixada é a seguinte: 249 mortos até o fechamento da edição e 11.700 desabrigados. Só em Niterói, cidade fortemente atingida, foram 164 óbitos e 1.272 desabrigados. Em São Gonçalo, município vizinho, com 16 mortos, os desabrigados chegaram a 8.718. As regiões atingidas estão dentro dos distritos 4570 – que com-preende a cidade do Rio de Janeiro, a Baixada Fluminense e parte da Região Serrana – e o 4750 – que abarca Ni-terói, São Gonçalo, Região dos Lagos e também parte da Região Serrana.

“É uma tragédia sem igual. Não tenho dormido bem por causa das cenas que vi aqui em Niterói. Mas o Rotary se transformou em um mutirão da boa vontade com rota-rianos trabalhando 14 horas segui-das. Mesmo pessoas bem idosas estão ajudando em revezamentos de quatro em quatro horas. Líderes rotários do estado do Rio e de outros, e mesmo da América Latina, têm

ligado oferecendo ajuda”, descreve o ex-governador do distrito 4570 e médico sanitarista Waldenir de Bra-gança. Waldenir foi ainda prefeito de Niterói de 1983 a 1988.

Os sete clubes de Niterói se reuni-ram e estão enviando donativos para os diversos abrigos da cidade, insta-lados em escolas municipais, igrejas e creches. Para lá são encaminhados, principalmente, leite, água, agasa-lhos, calçados, material de limpeza e material de higiene íntima (escovas e pastas de dente, papel higiênico). Campanhas de sensibilização nesse sentido foram veiculadas nas Rádios Tupi e Globo e em jornais de bairro. Com isso, até alguns supermercados contribuíram. Os esforços dos Rotary Clubs são coordenados pelo gover-

Desastres naturais no Brasil demonstraram a união do Rotary de norte a sul

nador Luiz Oscar Valadão Spitz (veja boxe com locais de arrecadação de materiais).

“Niterói está de luto. Os jantares semanais em muitos clubes foram cancelados e a renda corresponden-te doada. A festa de 44 anos do RC de Niterói-Leste também foi cance-lada. No Morro do Bumba, 50 casas desmoronaram. Em uma pizzaria dessa comunidade, todos morreram, com exceção de um rapaz, entrega-dor, que havia saído pouco antes”, explica Waldenir.

No Rio de Janeiro, onde a tragédia teve 65 vítimas fatais e 544 desaloja-dos, diversos clubes vêm se mobili-zando. Mais uma vez, os rotarianos estão demonstrando o seu poder de socorrer vidas.

EQUIPES TRABALHAM no resgate às vítimas do soterramento no Morro do Bumba, em Niterói

Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil

Solidariedade brasileira

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24 MAIO DE 2010

Em cima do fato

24 MAIO DE 2010

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Dizem que Deus é brasileiro. Além da beleza e das riquezas do país, historicamente fomos poupados de

grandes cataclismos. Apesar disso, de três anos para cá, a fúria da natureza tem nos assustado. Aquecimento global, ocupação desordenada do solo, degradação ambiental, todos esses fatores podem explicar as ocorrências. Certeza nós temos apenas de que em todos os desastres naturais o Rotary esteve presente estendendo seu braço solidário.

Apesar de não se comparar ao mês de abril, nos pri-meiros dias deste ano, as chuvas intensas determinaram inundações e deslizamentos de terra nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Na conta, foram cerca de 75 mortos, centenas de feridos e mais de 4.000 desalojados. Um dos municípios mais afetados foi Angra dos Reis, a cerca de 150 km da cidade do Rio de Janeiro, que teve 35 mortos no distrito de Ilha Grande. Já o município de São Luiz do Paraitinga, a 140 km de São Paulo, foi cenário de uma enchente que desalojou 2.400 pessoas. Em face dessas tragédias, os rotarianos agiram. O governador do distrito 4600, Ettore Dalboni da Cunha, liderou iniciativa junto aos demais distritos rotários brasileiros e do mundo com o objetivo de receber doações materiais e em dinheiro para atender as comunidades afl igidas. Na mesma época, o go-vernador do distrito 4710, José Machado Botelho, anunciou a doação de 1.000 camas. Além disso, uma Força Tarefa foi desenvolvida pelo distrito 4600, que encabeçou um mutirão de limpeza e restauração em São Luiz do Paraitinga.

EXÉRCITO DO BEMAinda temos viva a memória das enchentes de Santa Cata-rina, no fi nal de 2008, que afetaram cerca de 60 cidades. Como resultado, 135 pessoas morreram e 5.617 fi caram desabrigadas. E o Rotary estava lá estendendo o seu braço solidário. O então governador do distrito 4650, Valdir Cel-so Fiedler, visitou o município de Gaspar e ali coordenou um exército de voluntários para encontrar desaparecidos e dar abrigo, comida e remédios aos sobreviventes.

Enquanto isso, os municípios de Brusque, Camboriú e Itajaí decretaram estado de calamidade pública. Miriam Marta Wojcikiewicz Caldas, então governadora do distri-to 4651, protagonizou ações junto a Fiedler para prestar socorro a essas e outras cidades, que compõem o Vale do Itajaí, foco das enchentes.

“O retorno que recebemos de todos os governadores distritais, Rotary Clubs, rotarianos, interactianos e inte-grantes dos Rotakids e das Casas da Amizade de todo o Brasil, e até do exterior, demonstra a força desse exército

Um país que também sofre com a natureza

de homens de bem pertencentes a essa organização cha-mada Rotary International”, disse Fiedler à época.

Por todo o país, rotarianos montaram postos de coletas de donativos e disponibilizaram galpões para o armazenamento de doações. Santa Catarina chegou a ser visitada por uma equipe da ShelterBox. Aproximadamente R$ 200 mil em recursos fi nanceiros foram recebidos em nome do distrito.

No fi nal de janeiro de 2009, Miriam fez um balanço: “Os clubes rotários das regiões atingidas tiveram uma efe-tiva participação desde o primeiro momento, quer seja no atendimento das pessoas necessitadas, quer na distribuição de água, alimentos, roupas, utensílios, móveis e colchões.”

Meses depois, mais precisamente em maio de 2009, foi a vez do distrito 4490 pedir ajuda. Por três meses, chuvas vinham atingido o Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia. No total, 207 cidades entraram em estado de emergência. Os prejuízos chegaram a R$ 1 bilhão. Para se ter uma ideia, no Maranhão, 39 mil pes-soas fi caram desalojadas e 26 mil desabrigadas. A então governadora Eulália das Neves Ferreira esteve à frente da campanha de apoio aos desabrigados das chuvas.

Como se vê, de norte a sul, os rotarianos brasileiros têm demonstrado poder de ação e solidariedade dignos da instituição à qual estão associados.

ENCHENTE NO Nordeste: Igreja em Trizidela do Vale, no Maranhão

Locais de arrecadação de alimentos não perecíveis, calçados, roupas, materiais de higiene e de limpeza:

Casa da Amizade de Niterói Rua Murilo Portugal, 1130 – Charitas Niterói – RJ

Casa da Amizade de Araruama Rua Bernardo Vasconcelos, 549 Centro de Araruama – RJ

Ajudando as vítimas das enchentes no estado do Rio

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25BRASIL ROTÁRIO

O Rotary e a sociedade

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Fernando Quintella*

A ntes mesmo de começar, a Reunião dos Governa-dores do Norte e Nordeste (Regonne) já produzia importantes resultados no trabalho de parceria

entre a entidade, o Rotary e a área governamental. O pre-sidente da Fundação de Rotarianos de São Paulo (FRSP), ex-governador Eduardo de Barros Pimentel, juntamente com o diretor do Rotary International, Antonio Hallage, o ex-diretor Mário de Oliveira Antonino, o vice-presidente de Operações da Cooperativa Editora Brasil Rotário, ex-governador Edson Avellar, e o coordenador para o Brasil da Imagem Pública do Rotary, ex-governador Fernando Quintella, visitou, na manhã da sexta-feira, 12 de mar-ço, o escritório do Nordeste do Ministério das Relações Exteriores (MRE). À tarde o grupo esteve na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPe).

No MRE a conversa girou em torno das possibilidades de projetos a serem desenvolvidos por clubes e distritos rotários, com o suporte da FRSP, em países africanos. O encontro foi intermediado pelo rotariano Fernando Reis de Souza, do RC do Recife. Os líderes rotários soli-citaram da representante do MRE na reunião, Fernanda Asfora, informações sobre as necessidades do continente, principalmente nos países de língua portuguesa. Vários projetos podem ser levados à região, principalmente a Guiné-Bissau (plantio de açaí naquele país).

Na reitoria da UFPe, estiveram presentes reitores de quatro universidades pernambucanas que já ansiavam por se encontrar e tiveram a possibilidade de se reunir por conta da ação do Rotary. Dirigentes universitários também participaram desse encontro. O ex-diretor Mário Antonino, ex-professor da UFPe, intermediou o encontro com o reitor Amaro Henrique Pessoa Lins. Na pauta, as possibilidades de intercâmbio entre as Faculdades Integradas Rio Branco, mantidas pela FRSP na capital paulista, e estabelecimen-tos universitários do Norte e Nordeste. Os reitores Carlos Fernando de Araújo Calado (Universidade Federal Rural

de Pernambuco), Pedro Rubens de Oliveira (Universidade Católica de Pernambuco) e Walmar Corrêa de Andrade (Universidade Estadual de Pernambuco) demonstraram interesse em manter contato com Pimentel para formali-zar a parceria. O reitor Amaro, ele mesmo participante do Congresso Hemisférico de Fundraising promovido pela FRSP há alguns meses, confi rmou que enviará professores e alunos a São Paulo, como oferecido pela fundação.

Para os reitores, a reunião estreitou ainda mais os contatos entre as universidades locais e o Rotary Interna-tional. Todos concordaram que novas frentes de trabalho e pesquisa podem ser abertas. O ex-governador do distrito 4500 Eudes de Souza Leão, presidente da Academia Per-nambucana de Ciência Agronômica (a única no Brasil), lembrou que as novas tecnologias e os novos rumos da sociedade mundial exigem discussões e pesquisas mais intensas. Com quase 90 anos de idade, Eudes levou a mensagem da experiência à reunião.

Ao fi nal do encontro, o diretor Antonio Hallage, tam-bém professor universitário no Paraná, destacou a impor-tância da conversa. Ele antevê a possibilidade de um novo tempo nas relações educacionais nas regiões participantes.

*O autor é coordenador para o Brasil da Imagem Pública do Rotary e ex-governador do distrito 4720.

Busca de novas parcerias marca o início da RegonneLideranças rotárias discutem ações em países africanos e projetos deintercâmbio em encontro no Nordeste

NA SEGUNDA parte da Regonne, os rotarianos se reuni-ram com reitores de quatro universidades pernambucanas e debateram possíveis projetos de intercâmbio

Fotos: Francisco Marletti

LÍDERES ROTÁRIOS discutem projetos para países africa-nos em encontro da Regonne no escritório do Ministério das Relações Exteriores no Nordeste

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26 Maio de 2010

End Polio Now

Luiz Carlos Ramos*

O esporte mais vitorioso do Brasil na primeira década do século 21, o vôlei vai intensificar sua já positiva parceria com o Rotary na luta para acabar com

a poliomielite em todo o mundo e mantê-la afastada de nosso país. O anúncio foi feito em 18 de março, em São Paulo, pelo presidente da Confe-deração Brasileira de Voleibol (CBV), Ary Graça, ao ser homenageado, em nome das equipes campeãs mundiais e olímpicas, pela ajuda do vôlei às campanhas publicitárias do Rotary em todo o Brasil pela vacinação de crianças contra a pólio. Ary, que também preside a Confederação Sul-Americana de Vôlei, recebeu o título Companheiro Paul Harris durante a reunião-almoço do RC de São Paulo-

Juntos contra a pólioVôlei amplia apoio à campanha do Rotary contra a poliomielite

Leste, presidido por Nelson Abbud João, e aceitou a sugestão feita na ocasião para que os jogos de vôlei das ligas nacionais masculina e feminina, assim como as competições interna-cionais promovidas no Brasil, passem a exibir junto à quadra o banner da campanha End Polio Now.

Esse banner, que lança o apelo pela erradicação mundial da doença, já apareceu em belas cenas gravadas

junto às Cataratas do Iguaçu, à praia de Copacabana e à foz do Rio Negro na formação do Amazonas, em ações do próprio Rotary. Por sua vez, Ary Graça, que viajou do Rio para São Paulo especialmente para receber a homenagem, fez um discurso em que colocou a CBV à disposição do Rotary para ampliar essa campanha humanitária: “Nossos atletas, que já ganharam títulos em todo o mundo,

l ARY GRAÇA, presidente da CBV, com André Heller, jogador do Minas Tênis Clube

l BERNARDINHO, TéCNICO da Seleção Masculina de Voleibol

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27Brasil rotário

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Juntos contra a póliose sentem honrados em participar dessa missão”.

O dirigente também pediu aos rotarianos que lhe enviem a arte final do banner, para que possa levar adiante os planos de usar a mensagem o mais rápido possível, na fase decisiva dos campeonatos, que lotam ginásios de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Florianópolis e outras cidades. Giba, Gustavo, Ro-drigão, Murilo e Sérgio Escadinha, por exemplo, jogavam no exterior e agora integram equipes brasilei-ras. No feminino, também foram repatriadas algumas das campeãs olímpicas, como parte da política de Ary Graça na valorização do vôlei.

HomenagensAry Graça foi um dos homenageados das últimas semanas em retribuição

ao sucesso da recente campanha pu-blicitária, que entusiasmou o diretor do Rotary International Antônio Hallage e que contou com a ação de inúmeros rotarianos e colaboradores. Fernando Quintella, coordenador de Imagem Pública do Rotary no Brasil, levou adiante contatos que garantiram a veiculação gratuita de spots de rádio e TV com apelos de personalidades pela vacinação contra a pólio. Quem garantiu a participação da CBV na campanha foi o presidente da Federação Acreana de Vôlei e ex-governador do distrito 4720, João Petrolitano.

O rotariano Virgílio Pina, de San-tos, doou títulos Companheiro Paul Harris à maioria dos colaboradores, entre os quais Ary Graça, e Antônio Carlos Rebesco, o Pipoca, que ofe-receu os serviços de sua empresa, a

Alexandre Arruda e Silvio Avila/CBV

l MARI: ApoIo aos rotarianos

Pipoca Cine & Vídeo, para viabilizar mensagens na mídia, e que também esteve no encontro de 18 de março em São Paulo, numa cerimônia co-mandada pelo ex-governador do dis-trito 4430, Paulo Chedid. O próprio Pina fez uma palestra para falar do apoio de seu clube, o Rotary Club de Santos-José Bonifácio, à recuperação de unidades de saúde daquele mu-nicípio, e foi bastante aplaudido por estar entre os líderes das campanhas antipólio no país.

Outros homenageados, em dife-rentes oportunidades, são a joga-dora de vôlei Mari, cuja mãe, dona Gisela (já homenageada em feverei-ro passado, em cerimônia ocorrida em Rolândia/PR, onde mora), foi vítima da pólio e é exemplo de supe-ração; o técnico da seleção brasileira masculina, Bernardinho Rezende; o agente esportivo Léo Cunha; o jogador de futebol de salão Falcão e os jornalistas Boris Casoy, Osmar de Oliveira, Romano Neto e Joe Júnior. Bóris, Osmar, Bernardinho e Falcão gravaram vídeos e spots com depoi-mentos em defesa da vacinação. O título de Osmar será entregue pelo ex-governador do distrito 4430 Paulo Eduardo de Barros Fonseca, que também esteve na homenagem a Ary Graça, ao lado de outros ex-governadores como Fausto Amadeu Favale, Ronald D’Elia e Paulo Che-did, assim como do atual governa-dor, Juvenal Antônio da Silva, que fez questão de abraçar o dirigente de vôlei e agradecer a ele por esse novo apoio.

Como tem sido feito há anos, é importante os rotarianos manterem a força no trabalho durante as campa-nhas de vacinação. Enquanto a pólio existir, todo o esforço será pouco.

* O autor é jornalista, professor de jornalismo da PUC-SP e associado do RC de São Paulo-Leste, SP (D.4430).

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28 MAIO DE 2010

José Alfredo Pretoni*

ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation

José Alfredo Pretoni*

Repensar o futuro não signifi ca deletar o pas-sado, seja ele de suces-so ou fracasso. O fra-

casso deve ser esquecido depois de serem analisadas as suas causas. O sucesso deve ser sempre lembrado, não com roupagem antiga, mas com uma nova, que possa aperfeiçoar e aprimorar o seu conteúdo e de-sempenho. Os resultados a serem

obtidos deverão ser mais positivos e producentes.

Fazer coisas antigas com os mesmos métodos gera os mesmos resultados. Estes, ainda que sejam positivos, não poderão competir nes-te século com muitas organizações que nos são concorrentes, tais como milhares de ONGs, igrejas e asso-ciações benemerentes, que tentam recrutar o nosso maior patrimônio real e potencial: o rotariano.

Não bastará participar da corrida

para o futuro com um novo tipo de veículo organizacional. Precisamos também de um ponto de vista claro para onde estamos indo; uma visão de onde queremos estar amanhã e de qual direção devemos tomar hoje – a fi m de chegar lá sem pro-blemas. Caso contrário, poderemos acabar vagando sem rumo para o futuro, perdendo oportunidades e tropeçando em crises, isso en-quanto outros disparam na frente, comandando seus destinos.

Repensando o futuro

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29BRASIL ROTÁRIO

* O autor é ex-diretor do RI e pre-sidente da ABTRF.

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Hoje, muitas organizações per-seguem a eficiência operacional como se ela fosse um destino em si. Carecendo de senso de direção estratégica, a maioria delas mais cedo ou mais tarde percebe que está andando em círculos.

No século 21, os vencedores serão aqueles que fi carem à frente da curva de mudanças, redefi nindo constantemente suas organizações, criando novos mercados, abrindo novos caminhos, reinventando re-gras competitivas, buscando novas fontes de recursos financeiros e humanos, desafi ando o status quo.

QUAL É A RESPOSTA?Então, o que é que a organização deste século terá de fazer para de-senvolver um senso de antevisão sobre o seu rumo? Como criar uma visão e uma meta que sejam só dela e que proporcionem uma vantagem sustentável, algo que ela possa as-sumir como posição em um mundo confuso e abarrotado de gente?

A resposta, em uma só palavra, é liderança.

Não a liderança tradicional, mas a liderança do século 21, onde os líderes não se contentarão em

fi car sentados, deixando que o piloto automático controle a viagem. Eles estarão sempre olhando para a frente, vasculhando o cenário, observando a concorrência, detectando novas tendências e oportunidades, evitando crises iminentes, mas, também, se deixarão guiar pela própria intuição. Os líderes de sucesso de amanhã serão aqueles que deverão ser cha-mados líderes de líderes.

Neste contexto, o que é o Rota-ry? Será que essas constatações são realmente verdadeiras para nossa organização? Acho que sim. Apenas deveremos treinar os líderes de ama-nhã com esse novo enfoque.

No processo de repensar o futu-ro, eles descentralizarão o poder e democratizarão a estratégia, envol-vendo uma rica mistura de pessoas diferentes, tanto dentro quanto fora da organização. Reunirão em torno de si pessoas que têm o futuro no sangue, e fomentarão a colaboração criativa entre elas – obtendo, além da hierar-quia de liderança e de importância, a hierarquia da imaginação.

Acima de tudo, os líderes terão visão, paixão e uma aspiração emocionante.

Todos esse conceitos nos impulsio-naram a criar a ABTRF (Associação

Hoje muitas organizações perseguem a efi ciência operacional como se ela fosse um destino em si.

A maioria delas mais cedo ou mais tarde percebe que está andando em círculos

Brasileira da The Rotary Founda-tion), que, agora mais do que nunca, é a solução para o desenvolvimento de grandes projetos no Brasil.

Com o início da implementação do Plano Visão de Futuro da Fundação Rotária do RI, será muito mais difícil, por exemplo, desenvolver os projetos que necessitam de Subsídios Globais sem a participação efetiva e a parce-ria com as empresas e corporações. Sabemos que o canal para a doação e a contribuição das empresas para tais projetos é exatamente a ABTRF.

Alerto que aqueles que ainda não entenderam, ou que procura-ram ignorar a existência e a im-portância estratégica da ABTRF, correrão grandes riscos de fracasso nos seus objetivos para a obtenção de recursos para a viabilização de seus projetos comunitários.

É hora de se interessar e utilizar mais a ABTRF.

A ABTRF é um exemplo claro do repensar o futuro e foi criada e fundada em 2004. Cinco anos antes da existência do Plano Visão de Futuro da Fundação Rotária.

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30 MAIO DE 2010

Nossas finanças

BR

Em seu último relatório sobre o assunto, o secretá-rio-geral do Rotary International e da Fundação Rotária, Ed Futa, mostrou que a saúde fi nanceira

das duas instituições está cada vez melhor. Em 31 de de-zembro de 2009, a rentabilidade sobre os investimentos foi de US$ 13,8 milhões para o RI e de US$ 71,9 milhões para a Fundação. Os lucros provenientes de per capitas e outras atividades estão de acordo com o orçado. Em 2009, as contribuições à Fundação Rotária foram ligeiramente superiores às do ano anterior, com US$ 2 milhões a mais na conta do Desafi o de 200 Milhões de Dólares do Rotary e queda similar no Fundo Anual de Programas.

As reservas operacionais cresceram consideravel-mente. O Fundo Excedente Geral situa-se bem acima do estipulado pelo Estatuto. A reserva operacional da Fundação cresceu cerca de US$ 38 milhões no primeiro semestre de 2009, embora um défi cit de US$ 4 milhões ainda cause preocupação. Mas o fl uxo de caixa permanece positivo, signifi cando que provavelmente tanto o RI como a Fundação Rotária não terão que se desfazer de ações para operar neste ano fi scal.

“Em relação às despesas, também vamos bem”, disse Ed Futa. “As despesas operacionais fi caram 5% abaixo do orçamento para o RI e 10% abaixo do orçamento para a Fundação. Esta economia pode ser atribuída a diversos fatores, como operação em nível de pessoal abaixo do or-çado e redução das despesas com reuniões de comissões, atividades do Conselho Diretor do RI e dos sistemas de informações.”

Até o fi nal de 2010, a expectativa é de que haja uma melhoria no orçamento do RI e que o retorno sobre os investimentos da Fundação cubra plenamente as despesas administrativas e de desenvolvimento do fundo neste ano.

CONSULTORIAEm dezembro do ano passado, a Fundação Rotária contratou a empresa de consultoria NEPC, que vem trabalhando com o Comitê Assessor de Investimentos da Fundação Rotária e a equipe de investimentos para rever as políticas do Fundo Anual de Programas e do Fundo Permanente. Promover o balanço adequado entre os riscos e o retorno é somente um dos desafi os que os curadores deverão enfrentar.

“Eles também estarão trabalhando no sentido de res-tabelecer e custear a reserva operacional da Fundação e

determinar que mudanças na política seriam necessárias para atender os nossos objetivos da melhor forma”, disse Ed Futa. “Embora os curadores tivessem conseguido res-taurar alguns recursos para o orçamento dos programas de Subsídios Equivalentes, a Fundação não pôde atender a muitos bons projetos. Os curadores compreendem per-feitamente a frustração que isso causou no mundo rotário e manifestam sua gratidão pela aceitação dos rotarianos em apoiar a Fundação, traduzida na continuação das contribuições ao Fundo Anual de Programas.”

Atualmente, muitos especialistas em investimentos manifestam-se prudentemente otimistas sobre a recu-peração da economia, mas concordam que os mercados fi nanceiros permanecerão voláteis, e que a recuperação se dará em ritmo lento. “Por conta disso”, afi rmou Ed Futa em seu relatório, “manteremos uma atitude prudente em relação aos investimentos, adotando um orçamento cri-terioso para o atual ano fi scal, além de manter vigilância contínua sobre o corte e o controle dos custos. Os números confi rmam o acerto desta estratégia, e continuaremos a mantê-la, com vistas a garantir que tanto o Rotary International como a Fundação Rotária disponham dos recursos necessários para apoiar o serviço vital dos nossos clubes e associados”.

Em 2009, as despesas operacionais do RI e da

Fundação Rotária fi caram, respectivamente, 5% e 10%

abaixo do orçamento

Crise cada vez mais longeRelatório demonstra que saúde financeira do RI e da FundaçãoRotária segue melhorando

Foto: Monika Lozinska-Lee/Rotary Images

ED FUTA, secretário-geral do RI e da Fundação Rotária, duran-te uma apresentação na Assembleia de San Diego, em janeiro

$

Page 33: Brasil Rotário - Maio de 2010

32 MAIO DE 2010

Eliseu Visconti Neto*

Somos constantemente atro-pelados pela velocidade dos acontecimentos, que encur-tam o nosso tempo disponível

e atrapalham a interação com aqueles que nos cercam, sejam colegas de tra-balho, amigos ou familiares. A quanti-dade de informações que nos chegam é crescente, mercê do progresso das co-municações, que se de um lado alargou os nossos horizontes, transformando-nos em seres globais, provocou, em contrapartida, o enclausuramento do ser humano, que emudece defronte ao computador, como se fora a Elisabeth Vogler do fi lme “Persona”, de Ingmar Bergman, passando a viver com inten-sidade o mundo do virtual, do irreal, das distâncias, descurando do que passa à sua volta.

Nossos pais se emocionaram com acontecimentos como o desastre do Hindenburg, o naufrágio do Titanic e o romance impossível de Eduardo 8o, que abdicou do trono em favor da plebeia americana Wallis Simpson. Deles tomaram ciência pelo rádio, pelas fotos enviadas por correio e pela imprensa estrangeira. Eles tiveram

Dar de si

Tempo para ver e ajudar quem precisaO Rotary nasceu da constatação de que o progresso, a paz e a harmonia são metas coletivas da humanidade, e não apenas de alguns indivíduos

tempo para imergir nos fatos, identi-fi car-se com os protagonistas e com eles rir ou chorar. Afi nal de contas, as notícias nos chegavam aos poucos, e o nosso universo era bem menor.

Hoje, porém, ninguém dispõe de tempo para refletir sobre os fatos que es tão ocorrendo: assistimos, ao vivo, à guer ra no Iraque, à queda das Torres Gêmeas nos EUA e ao affair de Madonna com Jesus Luz. As in-formações disponíveis são tantas que simplesmente não conseguimos dige-

rir todas elas – e, em consequência, refl etir e participar apropriadamente.

EGOÍSMO SOCIAL O pior resultado deste processo, com o qual teremos de aprender a convi-ver, é a germinação de um egoísmo

social, que nos leva à insensibilidade com a realidade do próximo. Seja por autodefesa, acomodação, medo, desconfi ança ou preguiça, deixamos de exercitar o sentimento da soli-dariedade. As mazelas do mundo já não nos afetam como antigamente, e passamos pela vida sem olhar para as agruras dos que estão próximos.

Domenico De Masi identifi cou a nossa época como a Era do Serviço, que se seguiu à Era Industrial, ao constatar que nos EUA, em 1956, pela primeira vez na história o número de horas de trabalho dos chamados colarinhos brancos – os empregados administrativos – superara as horas dos colarinhos azuis, os empregados da linha industrial. De Masi foi mais longe: ele afi rma que o ser humano de hoje dedica um tempo decrescente da sua vida às tarefas braçais, e que, pelo fato de viver mais, dispõe de mais tempo para o que chama de ócio produtivo.

Mesmo sem ler Domenico De Masi, muitos já se dedicam a esta prá-tica, e encontraram um novo ideal de vida: auxiliar o próximo que precisa de ajuda a ser feliz. Neste contexto, incluem-se centenas de milhares de

Hoje ninguém

dispõe de tempo

para refl etir sobre

os fatos que estão

ocorrendo

Page 34: Brasil Rotário - Maio de 2010

31BRASIL ROTÁRIO

Editorial

BRASIL ROTÁRIO 31

Caro leitor,

A edição deste mês inaugura uma nova fase para a Brasil Rotário, com novidades que estão deixando sua revista mais moderna, ambientalmente responsável e com ainda mais informação.

A primeira mudança está no tamanho da revista: a partir deste mês, a Brasil Rotário passa a ser publicada num formato consagrado pelo mercado editorial, padrão adotado pelas principais revistas brasileiras, como Veja, Época, Isto É e CartaCapital, e por grandes publicações norte-americanas como a Time e a Newsweek, além da própria The Rotarian.

A revista também está com mais 8 páginas, passando das tradicionais 64 páginas mensais para 72. Com essa mudança, a revista ganhou em conteúdo informativo.

Neste mês, por exemplo, estamos ampliando a seção “Distritos em revista”, que chega a inéditas 20 páginas. É a Brasil Rotário abrindo mais espaço para as notícias que recebe dos clubes e distritos brasileiros, hoje responsáveis por pautar diretamente mais de 1/3 das nossas edições.

RESPONSABILIDADE AMBIENTALO novo formato possibilitou uma outra mudança muito importante: em breve a revista passará a ser impressa

em papel com certifi cação FSC (Forest Stewardship Council), proveniente de um manejo social, ambiental e economicamente adequado. Tal iniciativa concretiza um desejo antigo de nossa diretoria e, temos certeza, de nossos leitores: fazer da Brasil Rotário um veículo sempre mais alinhado às demandas ecológicas e sociais do nosso tempo, duas bandeiras do Rotary International em todo o planeta.

Mas as novidades da Brasil Rotário em 2010 não param por aí. Nos próximos meses, lançaremos um site totalmente reformulado, com novo design e geração de conteúdo próprio, inclusive conteúdo multimídia, feito por um jornalista especializado em internet, que complementará a missão editorial da revista.

Com essas mudanças, estamos preparando a revista para os desafi os do futuro e adequando-a às novas realidades do mercado editorial, como fi zeram em outras épocas os companheiros rotarianos que ajudaram a construir os 85 anos de história da Brasil Rotário. O esforço deles permitiu que nossa revista se convertesse em um referencial para o rotarismo brasileiro; um espaço de refl exão sobre nosso papel na sociedade e no qual encontramos renovados motivos para termos orgulho da organização à qual pertencemos.

Sua Brasil Rotário mudou para melhor

Com novo formato, mais páginas e papel com certifi cação ambiental,

em 2010 a revista aposta nas novidades de olho no futuro

Carlos Henrique de Carvalho FróesPresidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário e editor da revista

Page 35: Brasil Rotário - Maio de 2010

33Brasil rotário

As mazelas do

mundo já não

nos afetam como

antigamente, e

passamos pela vida

sem olhar para as

agruras dos que

estão próximos

BR

organizações sociais sem fins lucra-tivos, como os Rotary Clubs.

Ideal comumO Rotary International nasceu da constatação de que o progresso, a paz e a harmonia são metas coletivas da humanidade, e não apenas de alguns indivíduos. Os rotarianos dedicam-se a perseguir a felicidade do próximo através do serviço humanitário. Uni-dos em torno de um ideal comum, eles empregam seus saberes, tempo e recursos e, espalhados por todo o mundo, têm praticado, há mais de um século, atos de solidariedade e bene-merência que honram a raça humana. Em vez de exércitos, seu braço armado é a Fundação Rotária, que potencializa suas doações e as transforma num sem número de atos louváveis.

Um maravilhoso exemplo disso deu-se em novembro do ano passa-do, quando os associados do Rotary Clube de Presidente Prudente-Leste, SP (D. 4510), promoveram mais uma versão da sua já tradicional Mami-nha na Tábua, com a participação de mais de 800 pessoas, e que teve a renda líquida destinada à Fundação Rotária. Na ocasião, os rotarianos vestiram aventais e se transformaram em garçons, com toda a humildade, e serviram os convivas. Cansados, mas felizes, eles demonstraram que a soli-dariedade existe e pode ser praticada por todos e para todos, sem distinção de raça, cor, credo ou idade. Serviço é o amor em roupa de trabalho.

* O autor é associado do RC de Presi-dente Prudente-Leste, SP (D. 4510).

l TRABALHANDO PELA comunidade: Eduardo Krafetuski, ex-governador do distrito 4760, com o aluno de uma escola de Contagem, em Minas Gerais, onde os rotarianos introduziram o método de alfabetização CLE

Alyce Henson/Rotary Images

Page 36: Brasil Rotário - Maio de 2010

34 MAIO DE 2010

Serviços à comunidade

O SOL se levanta sobre o Mediterrâneo em Port-la-Nouvelle, França, lar do La Halte Répit

Page 37: Brasil Rotário - Maio de 2010

35Brasil rotário

Um novo dia para os pacientes de Alzheimer Rotarianos franceses dão atenção especial aos doentes e tempo livre aos profissionais de saúde

or muitos anos, o rotariano Robert Croux lutou para cuidar da sua esposa, Vony, que sofria do mal

de Alzheimer, na sua residência de Port-la-Nouvelle, França. Em 2002, ela não mais reconhecia o

marido e nem os filhos. Um dia, enquanto ele tirava um cochilo, ela fugiu. Ele a trouxe de volta para

casa, erigiu altos muros em volta da sua chácara e retirou as maçanetas das portas, para deixá-la

mais segura. “Ela me dizia com frequência: ‘Eu não lhe conheço! Você tem de ir embora!’”, contou

ele. A prolongada doença da esposa fez com que ele faltasse a muitas reuniões do seu clube. Seus

companheiros do Rotary Club de Port-la-Nouvelle tentaram ajudá-lo ao vê-lo “triste e retraído”,

relembra o companheiro de clube Jean-Claude Lamar. Depois de consulta a especialistas, em 2004,

o clube criou o La Halte Répit [Pausa para Descanso], um centro para pacientes com o mal de Alzheimer.

Mesmo após a morte de Vony, no ano seguinte, as famílias locais continuaram a trazer seus pais e avós ao centro,

situado num prédio da municipalidade. Voluntários treinados cantam, praticam jogos e exercícios com os pacientes

durante longas horas, proporcionando aos profissionais de saúde que deles cuidam um descanso mais do que neces-

sário. As famílias pagam uma pequena taxa pelos serviços. “Nosso projeto responde à necessidade das famílias de

descansar de tempos em tempos”, disse o rotariano Jacques Laurant, cofundador do La Halte Répit. “E as famílias

nos contam que os pacientes sentem-se mais felizes depois de chegar lá.”

Pl Uma volUntária

cumprimenta um paciente à entrada do la Halte répit

Eve Neiger*

Page 38: Brasil Rotário - Maio de 2010

36 Maio de 2010

l o pátio do La Halte Répit oferece um local ensolarado para exercícios ao ar livre

l Um jogo da memória com ar-golas ajuda a equipe a monitorar o progresso da doença

l os RotaRianos jacqueline Chatenet, Robert Croux e jacques Laurant entram no centro de apoio ao mal de alzheimer

Serviços à comunidade

Page 39: Brasil Rotário - Maio de 2010

37Brasil rotário

l com a ajuda de voluntários, os

pacientes praticam habilidades como

preparar uma refeição

“Minha mãe precisava

de uma ligação social.

No La Halte Répit ela

encontrou o espírito

comunitário de que

necessitava.”

– Vincent Turchi

* A autora é assistente de arte da The Rotarian. As fotos são de Monika Lozinska-Lee, também da equipe da The Rotarian.

Tradução de Eliseu Visconti Neto.

Page 40: Brasil Rotário - Maio de 2010

38 MAIO DE 2010

Renata CoréCultura

Até alguns anos atrás, a pretensa aspirante a atriz Julie Powell, uma quase balzaquiana, ga-

nhava a vida como secretária de uma agência governamental em Nova York. Ela e o marido, Eric, mais os três gatos de estimação haviam sido obrigados a se mudar para uma quitinete no bairro de Long Island City, no distrito do Queens, a quilômetros de distân-cia do trabalho de Julie.

Desanimada com a rotina sem graça e procurando algo que a empolgasse, Julie desafi ou a si mesma a preparar em um ano todas as 524 receitas do clássico livro “Mastering the Art of French Cooking” (“Desvendando a Arte da Cozinha Francesa”, em tradução livre), de Julia Child, em sua cozinha minúscula. Por sugestão do marido, a experiência seria registrada em um blog.

Julie começou a se lançar no mundo da culinária francesa todas as noites, na volta do trabalho, e a relatar na internet os resultados – incluindo os fracassos – na manhã seguinte. O que ela não podia imaginar é que o diário virtual faria tanto sucesso, a ponto de originar um livro best-seller, e que sua vida de pessoa comum seria levada às telas de cinema pela diretora Nora Ephron.

O Museu Imperial, na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, completou 70 anos em março e, para comemorar a data, a instituição está tendo seu acervo digitalizado. As coleções do visconde de Itaboraí, Joaquim José Rodrigues Torres, e a do compositor Carlos Gomes já estão disponíveis no

site do museu: www.museuimperial.gov.br. No endereço é possível acessar cartas e escritos do visconde e partituras e objetos pessoais do compositor.

O acervo do Museu Imperial totaliza 200 mil documentos, 55 mil livros e 10.000 objetos. A previsão é de que mais de dez anos sejam necessários para que a digitali-zação seja concluída.

Além do Museu Imperial, outros quatro museus brasileiros ganharam reprodu-ções virtuais de suas exposições: o Museu de Artes e Ofícios e o Museu do Oratório, em Minas Gerais; o Museu Nacional do Mar, em Santa Catarina; e a Casa de Cora Coralina, em Goiás. Outros sete lançamentos estão previstos para o segundo semestre deste ano e incluem o Museu do Homem do Nordeste, em Pernambuco, e o Museu Guimarães Rosa, em Minas Gerais.

As exposições virtuais são resultado do projeto de visitação online ERA Virtual – Museus e podem ser acessadas no site http://www.eravirtual.org.

Receitas que transformam vidasO fi lme “Julie & Julia” narra

em paralelo as histórias de Julie Powell e Julia Child. A segunda, um ícone da culinária nos Esta-dos Unidos, é interpretada por Meryl Streep e rendeu à atriz sua 16ª indicação ao Oscar. Julia é mostrada principalmente em sua temporada na França, espe-cialmente em Paris, na década de 1950, quando acompanhava o marido, Paul Child (interpreta-do por Stanley Tucci, com quem Streep já contracenara em “O Diabo Veste Prada”), funcioná-rio do Serviço de Informações dos Estados Unidos. Para ocu-par o tempo, ela ingressou na renomada escola de culinária Le

Cordon Bleu e descobriu sua vocação, aos 36 anos de idade.É pela história de Julie, passada na década de 2000, que

fi camos sabendo que Julia se tornou uma autora de livros de culinária e apresentadora de TV famosa. Para digerir sua vida chata, a personagem de Amy Adams prepara as receitas do livro escrito por Child em 1961, primeiro responsável por apre-sentar as técnicas da culinária francesa às norte-americanas.

Julie nunca chegou a conhecer Julia, que não compreen-deu a intenção do projeto criado pela primeira. Mas, mesmo à distância, Child ajudou Powell a também encontrar sua verdadeira vocação.

MERYL STREEP e Stanley Tucci como Julia e Paul Child, no filme ‘Julie & Julia’

INTERIOR DO Museu de Artes e Ofícios, em Minas Gerais

Jonathan Wenk/Divulgação

O Museus brasileiros ganham visitação virtual

Page 41: Brasil Rotário - Maio de 2010

39BRASIL ROTÁRIO

No livro “Minha Vida na França”, escrito a quatro mãos com o sobrinho-neto Alex Prud’homme e base para o filme “Julie & Julia”, de Nora Ephron, Julia Child credita

ao marido, Paul Child, todo o sucesso de sua carreira. Não se trata de mera homenagem póstuma, já que Paul morrera em 1994, antes que o livro estivesse pronto. Julia tinha plena consciência da importância que o marido exercera em sua vida.

Em 1946, quando se casou com Paul, aos 34 anos de idade, Julia não sabia cozinhar. Somente dois anos depois, com a transferência do casal para a França, é que ela encontraria sua verdadeira vocação, segundo suas próprias palavras.

Quando chegou ao país estrangeiro, Julia não falava uma palavra de francês. Mas aprendeu o idioma, cursou a tradicional Le Cordon Bleu, onde enfrentou o sexismo – foi aconselhada a seguir o curso para donas de casa em lugar do profi ssional – e a xenofobia – certa feita, ouviu da diretora que não possuía talento culinário, mas que os americanos jamais seriam capazes de notar a diferença. Mais tarde, lançou nos Estados Unidos seu primeiro best-seller, “Mastering the Art of French Cooking” (“Desvendando a Arte da Cozinha Francesa”, em tradução livre).

Sempre contando com o apoio incondicional de Paul, Julia Child se tornou a precursora dos programas de culi-nária na televisão americana. Em 1963, estreou à frente de “The French Chef” (“A Chef Francesa”, em português).

Julia sabia que nada disso teria acontecido caso ela e Paul não tives-sem se conhecido (quando trabalha-vam no Sri Lanka, durante a 2ª Guer-ra Mundial), casa-do e mudado para a França. Não à toa, para ela a tempora-da francesa estava entre os melhores anos de sua vida. É exatamente esse o período relembrado no livro, ilustrado com fotos dela, de Paul e da família.

Julia faleceu em 13 de agosto de 2004, dois dias antes de seu 92º aniversário. O programa “The French Chef”, gravado em preto e branco, até hoje é reprisado na TV americana e foi lançado em DVD naquele país.

Minha vida na FrançaJulia Child com Alex Prud’hommeSeoman

Nascimento de um ícone

Rodrigo Coelho/ERARodrigo Coelho/ERA

Museus brasileiros ganham visitação virtual

Page 42: Brasil Rotário - Maio de 2010

40 MAIO DE 2010

Altimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos Coordenadores Regionais da Fundação Rotária para as Zonas 22A e 23A, e para Zona 22B, respectivamente

Novas ferramentas e estratégias de imunização, e o aumento do apoio de líderes políticos, coloca-

ram o Rotary e seus parceiros na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio na melhor posição até agora para acabar de vez com a doença. Em março, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Bruce Aylward, disse aos coordenadores regionais da Fundação Rotá-ria que essas novidades em 2009 foram decisivas, e nos ajudarão a alcançar a vitória contra o poliovírus.

No ano passado, a Nigéria teve o número de casos reduzidos para 388, e este ano, até agora, somente um caso foi registrado no país. Na Índia, o tipo 1 do vírus foi reduzido a apenas uma linhagem genética. Bruce Aylward acrescentou ainda que, se o Rotary não assumir o controle da campanha, o trabalho acabará não sendo concluído.

O novo plano estratégico envolve mobilização em massa de recursos para vacinar as crianças nas regiões onde a pólio ainda é endêmica – e esta é uma oportunidade sem precedentes. Por esta razão, esta-mos pedindo a cada Rotary Club que organize uma campanha de captação de recursos nos próximos anos para que possamos alcançar nossa meta.

Todos os membros da família rotária, e especial-mente os rotarianos mais novos, estão convidados a efetuar uma doação pessoal e fazer parte deste belo legado do Rotary à humanidade. Erradicar a pólio sig-nifi ca fazer com que nenhuma outra criança morra ou fi que paralisada por causa dessa doença. Além disso, o US$ 1 bilhão gasto anualmente em todo o mundo para combater a poliomielite poderá ser empregado em outras ações na área de saúde pública. Portanto, a hora de agir é agora.

ESTIMULE SEU CLUBE Na mesma semana em que o Rotary International e a Fundação Bill e Melinda Gates anunciaram a alo-cação de mais recursos para a erradicação mundial da poliomielite, o documentário de curta-metragem norte-americano “The Final Inch” foi indicado ao Oscar. Realizado pela divisão fi lantrópica do Google,

o fi lme de 38 minutos narra os desafi os enfrentados por organizações de saúde e governos nessa fase fi nal da cam-panha global de combate à pólio.

A diretora e produtora do fi lme, Irene Taylor Brodsky, registrou o trabalho de agentes de saúde imunizando crianças nas regiões mais carentes da Índia e do Paquistão em 2007. Diversas cenas mostram voluntários do Rotary administrando a vacina contra a pólio durante um Dia Nacional de Imunização na Índia.

Combate à pólio: chegou a hora de agir

ROTARIANO IMUNIZANDO criança no Nepal em 2008

Foto: Alyce Henson/Rotary International

Page 43: Brasil Rotário - Maio de 2010

41BRASIL ROTÁRIO

Coluna do Chair da Fundação Rotária

Por que osrotarianos apoiam anossa Fundação

BR

GLENN ESTESS SR.Presidente do Conselho de

Curadores da Fundação Rotária

Nos últimos meses tive a satisfação de assistir à posse de inúmeros rotarianos e de suas esposas

na Sociedade Arch C. Klumpf. Sempre me interesso em saber por que razão esses rotarianos doam tão generosamente à Fundação Rotária. Seus motivos variam. Bob Selinger, que foi ajudado por seus com-panheiros de clube durante uma crise de saúde, afi rma que “não se poderia desejar uma organização mais dadivosa e amorosa”. Bill e Jean Wilson acreditam que, contribuindo com a Fundação, estão “dizendo sim a um mundo melhor”. Peggy Bloomfi eld foi infl uen-ciada por seu fi lho, Bill, ele também um membro da Sociedade Arch C. Klumph. Sua motivação para doar: “É nossa responsabilidade deixar o mundo melhor do que encontramos”.

Naturalmente, não é preciso doar US$ 250 mil para ter um bom motivo para apoiar a Fundação Rotária. A maioria dos rotarianos tem metas humanitárias que deseja alcançar. E, a exemplo do que dizem Jack e Vivian Harig, recém-empossados na Sociedade Arch C. Klumpf, “a doação à Fundação Rotária permite aos rotarianos praticar, no mundo inteiro, atos extraor-dinários que eles não poderiam realizar sozinhos”. Essas ações extraordinárias são o que torna nossa Fundação Rotária tão decisiva no conturbado mundo atual, e o seu apoio é o que torna possível continuar este trabalho vital.

No mês passado, o fi lme foi exibido no Brasil pelo canal de TV HBO. O DVD de “The Final Inch” pode ser comprado pelo site da Amazon.

APOIO DE LÍDERES POLÍTICOSOutro elemento-chave para as novas estratégias de erradicação foi conseguir o apoio de líderes políticos e religiosos de Afeganistão, Índia, Ni-géria e Paquistão, países onde a pólio ainda é endêmica. Além do trabalho de rotarianos como Robert Scott, presidente do Comitê Internacional Polio Plus, esses esforços contam com a parti-cipação de Bill Gates, presidente da Fundação Bill e Melinda Gates, e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon. Suas ações envol-vem a entrega de prêmios e reconhecimentos aos presidentes dos países envolvidos, negociações de paz em áreas de conflito para que a vacinação seja realizada, encontros com lideranças políti-cas regionais, e mesmo o encaminhamento de correspondências ao Talebã e à Organização do Tratado do Atlântico Norte.

COMO ANDA O DESAFIOJohn F. Germ, vice-presidente do conselho de cura-dores da Fundação Rotária e presidente do comitê responsável pelo Desafi o de 200 Milhões de Dólares do Rotary, informou aos coordenadores regionais da Fundação Rotária, durante o instituto deles, realizado em março, que já foram arrecadados US$ 115,6 milhões. “Nós podemos e temos que eliminar a pólio, porque prometemos isso às crianças do mundo”, ele disse.

Germ comentou ainda que a família rotária tem participado em peso do desafi o. Ex-participantes de programas da Fundação Rotária já contribuíram com US$ 260 mil; os interactianos, com US$ 70 mil; e os rotaractianos, com US$ 41 mil.

CONTRIBUA ATRAVÉS DA ABTRFPara que possamos atingir nossos objetivos de Fazer o Bem no Mundo, existe a Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF), que é a nossa Fundação Rotária. Por esse motivo, quando você for fazer a sua contribuição, faça-a por intermédio da ABTRF. Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre como contribuir, entre em contato com o presidente da Comissão da Fundação Rotária do seu clube – e tenha a certeza de que sua generosidade estará sal-vando milhões de vidas.

Page 44: Brasil Rotário - Maio de 2010

43BRASIL ROTÁRIO

BR

S antos tem a grande honra de receber neste ano o Instituto Rotary do Brasil, que reunirá inúmeros integrantes desta ins-tituição tão importante para a nossa cidade. Além de difundir

o espírito de solidariedade, o Rotary promove ações concretas de inestimável valor na melhoria da qualidade de vida dos santistas.

Entre as parcerias já fi rmadas com a prefeitura, destacamos a que vem possibilitando a entrega de novas unidades de saúde na Zona Noroeste. Conseguimos inaugurar três Unidades Básicas de Saúde, nos bairros de Alemoa, São Manoel-Piratininga e Vila São Jorge-Caneleira, e uma Unidade de Saúde da Família no Castelo, com o apoio da instituição. Equipamentos, mobiliários e brinquedos foram garantidos para a Unidade Municipal de Educação Irmã Maria Dolores, que funciona em frente ao Mercado.

Os programas Santos Nossa Casa e Santos Nossa Praia, de cons-cientização ambiental, têm a participação fundamental do Rotary, que também apoia o Salão da Autoestima, uma iniciativa de inclusão social para moradores da Área Central. Ações de educação em saúde, como a campanha de prevenção ao glaucoma, e de preservação da natureza, como o projeto Nossa Árvore, realizado no Jardim Botâni-co Chico Mendes, são outras iniciativas de destaque. A alfabetização de adultos é outra feliz parceria do município com a instituição.

Por tudo o que a entidade faz em benefício da população santista, o encontro ganha relevância. E a presença do presidente 2010-11 do Rotary International, Ray Klinginsmith, abrilhantará ainda mais o evento.

Saudamos a todos os participantes, agradecendo mais uma vez pela escolha da cidade, que além de oferecer passeios variados, tem a tradição de acolher bem os visitantes. Desejamos uma feliz permanência e um excelente encontro!

João Paulo Tavares PapaPrefeito de Santos

Mensagem do prefeito

Além de difundir

o espírito de

solidariedade, o

Rotary promove

ações concretas

de inestimável

valor na melhoria

da qualidade de

vida dos santistas

Page 45: Brasil Rotário - Maio de 2010

42 MAIO DE 2010

Instituto de Santos

Um A cidade abriga o maior porto da América Latina. Mas ela é muito mais

do que isso. Considerada pela ONU como uma das cidades com melhor qualidade de vida do Brasil, Santos tem o maior jardim contínuo do

mundo, 7 km de praias, shopping centers, excelentes hotéis, cozinha de nível internacional, vários cinemas e teatros. E não é só: a cidade é uma das mais ricas do país, com PIB de R$ 19.705 bilhões.

Tudo isso será conferido em breve por rotarianos de todo o Brasil. Ex-go-vernadores, governadores em exercício e governadores indicados dos distritos brasileiros têm um encontro marcado em Santos, de 9 a 12 de setembro, no Instituto Rotary do Brasil. Aliás, o 33º Instituto.

Para se ter uma ideia, o Instituto de 1987, sediado em Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, reuniu 685 pessoas, metade da média do número de participantes dos três últimos anos. Isso demonstra o êxito do evento. Enquan-to isso, esperamos por você em www.institutorotarysantos.com.br. Neste site se encontram a fi cha de inscrição, a mensagem do convocador do evento – o diretor do RI, Antonio Hallage –, além de uma lista de inscritos.

CENTRO TURÍSTICO por excelência, a cidade tem o sexto melhor Índice de Desenvolvimento Humano do país

Faltam poucos meses para o maior encontro nacional do Rotary, em Santos

porto para os amigos

Page 46: Brasil Rotário - Maio de 2010

44 MAIO DE 2010

Curtas

BR

EM TRÊS tempos: os visitantes sendo recebidos pelos alunos com bandeirinhas do Brasil e da Alemanha; numa das salas de aula; e a ex-governadora Adélia Villas, coordenadora do projeto Humanização da Zona Portuária, ao lado da deputada alemã e rotariana Marina Schuster

Deputados alemães visitam escola carioca mantida com a ajuda da Fundação RotáriaUma das maiores obras educacionais mantidas

com a ajuda de recursos da Fundação Rotária, a Escola Padre Doutor Francisco da Motta, no Rio

de Janeiro, recebeu no dia 12 de março a visita de uma delegação de deputados da Alemanha, cujo governo faz parte do grupo de parceiros internacionais que auxiliam na manutenção da escola (e entre os quais estão a Comu-nidade Europeia, a Caritas Internacional e a Associação dos Amigos do Frei Eckart).

Além da escola, criada há mais de 110 anos numa região pobre do Rio, e que só não fechou nos anos 1990 por causa de uma série de ações envolvendo dezenas de clubes do distrito 4570 e do exterior, os deputados alemães conheceram também uma série de iniciativas relacionadas à obra, e que vêm promovendo a revitalização do bairro por meio do projeto Humanização da Zona Portuária, com ofi cinas profi ssionalizantes e projetos de microcrédito, entre outros.

Montreal no tom Dois renomados festivais de música, o Les Franco Folies e o Festival In-

ternacional de Jazz de Montreal, encerrarão a Convenção de 2010 do Rotary International, que vai acontecer entre os dias 20 e 23 de junho,

oferecendo aos rotarianos as melhores razões para chegar mais cedo à cidade e fi car até mais tarde.

Em sua 22a edição, o Les Francos Folies gaba-se de ser o maior festival mundial de música francófona. De 9 a 19 de junho, artistas de fala francesa de diversos países irão se apresentar em mais de 250 espetáculos – mais da me-tade deles grátis. O evento ocorrerá numa área de quatro quadras no centro de Montreal, em torno do Complexe Desjardins e o Palácio das Artes. O destaque do festival este ano será a produção, em língua francesa, da peça “Os Miserá-veis”, uma adaptação do romance de Victor Hugo.

Já o Festival Internacional de Jazz de Montreal, marcado para depois da Con-venção (entre 25 de junho a 6 de julho) é simplesmente o maior do mundo. As apresentações incluirão nomes como Laurie Anderson, Lou Reed, George Bensone e o saxofonista David Sanborn, além de 450 performances ao ar livre.

Faça sua inscrição para a Convenção de Montreal pelo site www.rotary.org/convention

Nuno Virgílio Neto

Page 47: Brasil Rotário - Maio de 2010

45Brasil rotário

Rotarianos que são notícia

Nesta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nomeados para cargos de governo, da administração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram função em organizações da sociedade civil nas esferas federal (1o, 2o e 3o escalões), estadual (1o e 2o escalões) e municipal (1o escalão).

Waldemar Müller, companheiro do RC de Indaiatuba, SP (D. 4310), foi homenageado pela prefeitura daquela cidade com a Medalha João Tibiriçá Piratininga.

Ivan Rezende Ferreira, João Batista Baldini Rocha e Gilmá-rio Peixoto Alencar, associados do RC de Tatuí, SP (D. 4620), re-ceberam da Câmara Legislativa da cidade o título de Cidadão Tatuiano.

O EGD Wadir Olivetti, ex-presiden-te do RC de Presidente Prudente-Les-te, SP (D. 4510), foi homenageado pela Câmara Municipal local por conta do 45º aniversário de fundação da sua empresa, Fundição Irmãos Olivetti.

O EGD Waldemar Bóbbo, asso-ciado do RC de Rio Claro-Sul, SP (D. 4590), assumiu as presidências do Instituto de Proteção Socio-ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Am-biente da Cidade de Rio Claro.

Os rotarianos Régis Albino Marques Gomes, Cândi-do Leri Ribeiro de Assis e Luciane Villas Boas Pessa-to, do RC de Gravataí, RS (D. 4670), são, respectivamente, diretor da Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul, presidente da Associação Co-mercial, Industrial e de Serviços de Gravataí, e delegada do Con-selho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio Grande do Sul.

O companheiro Deoclécio Bis-po da Silva, do RC de Telêmaco Borba, PR (D. 4730), tomou pos-se como presidente da OAB/PR, subseção de Telêmaco Borba.

Mozart Maciel Arantes, associado do RC de Cruzília, MG (D. 4560), recebeu do Tribunal de Justiça daquele estado a Medalha Desembargador Helio Costa.

Ivany Samel, associado do RC de Miracema, RJ (D. 4750), ocupa pela terceira vez o cargo de prefei-to daquela cidade.

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46 MAIO DE 2010

Interact & Rotaract

Na Semana Mundial do Rota-ract, em março, os integran-tes do Rotaract Club de Linhares, ES (D. 4410), doa-ram mais de 100 presentes ao projeto Educar e ao Centro de Educação Infantil Municipal Rotary Club.

O Rotaract Club Universitários Natal Sul, RN

(D. 4500), realizou em fevereiro uma grande campanha

de arrecadação de alimentos para a Casa de Acolhi-

mento Infantil Lar Feliz. Além da doa-

ção de aproximada-mente 300 quilos de alimentos, os

rotaractianos prepararam uma manhã de recreação para os meninos e meninas beneficiados pelo projeto.

Em comemoração à Semana Mundial do Rotaract, entre os dias 8 e 13 de março foi realizada na biblioteca da Faculdade

de Filosofia e Ciências da Unesp, em Marília, uma exposição sobre a história

do Rotary e do Rotaract. Com sete painéis, a mostra foi organizada pelos

integrantes do Rotaract Club de Marília-Pioneiro, SP (D. 4510).

Contando com a participação dos alunos de 7a e 8a séries das escolas públicas e particulares da cidade, o Rota-ract Club de Santa Cruz das Palmeiras, SP (D. 4590),

realizou o 2o Concurso de Soletração. O primeiro lugar foi premiado com um computador, e o segundo, com uma bolsa de estudos num curso de inglês. Mais uma bolsa de estudos foi sorteada entre todos os alunos participantes. Durante o concurso, foram arrecadados alimentos e rou-pas, que foram doados a uma instituição beneficente.

Toda a família rotária de Guarapuava foi mobilizada pelo Rotaract Club de Guarapuava, PR (D. 4640),

durante a Gincana da Amizade. Durante as provas, foram arrecadados 350 quilos de alimentos, mais de 300 fraldas geriátricas, 1 tonelada de material reciclável e aproxima-

damente 300 livros, entre outros itens, posteriormente doados a instituições assistenciais da cidade. As equipes ainda colaboraram doando sangue e fazendo o plantio de

200 mudas de árvores.

Page 49: Brasil Rotário - Maio de 2010

47Brasil rotário

Todo mês de outu-bro dos últimos 13 anos, o RC de Canterbury, Aus-

trália, envia uma equipe às Filipinas, para realizar exa-mes de visão e audição jun-tamente com voluntários de mais de 20 RCs filipinos e organizações de saúde locais. Em 2009, a equipe incorporou dentistas pela primeira vez na viagem até a capital, Manila, e também à ilha Bohol, na parte centro-sul do país. Os voluntários incluem três estudantes australianos de ortóptica (uma espécie de fisioterapia para os olhos), participantes de um projeto de serviço vocacional para propor-cionar-lhes experiência de campo, como também a fonoaudióloga Penelope Barrett, fotografada pela equipe do líder James Cle-ments enquanto examinava um jovem paciente em uma escola da ilha Bohol.

Internacional

BR

Australianos levam ajuda médica às Filipinas

19 pessoas participaram da

equipe em 2009

451 dentes foram extraídos após os exames dentários em

2009

2.502 pessoas examinadas por

fonoaudiólogos em 2009

13.000 pessoas examinadas por

oftalmologistas desde 1997

3.000 operações de

catarata desde 1997

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48 MAIO DE 2010

Distritos EM RevistaDuas grandes ações no Mato GrossoDepois de participar da campanha de Natal que bateu o recorde

brasileiro de arrecadação de alimentos, distrito lança

projeto para plantar 105 mil árvores

Duas grandes ações do distrito mato-grossense são o destaque desta seção. Na primeira delas, Rotary Clubs de todo o estado montaram postos de arre-

cadação de alimentos para a Campanha Natal das Crian-ças 2009, coordenada pelo governo do Mato Grosso, que entrou para o RankBrasil, o Livro dos Recordes Brasileiros, como a Maior Arrecadação de Alimentos em Campanha de Natal do país, com mais de 3.500 toneladas de alimentos. Ao lado de empresários e de outras instituições, como o Lions e a Maçonaria, o Rotary foi a entidade campeã em arrecadações, o que rendeu ao distrito um reconhecimento por parte do governo do estado e da Assembleia Legislati-va, que concedeu Moção de Louvor ao governador distrital Nelson Pereira Lopes.

ÁRVORES E FRUTOS PARA A ABTRFA segunda ação de destaque foi lançada ofi cialmente em 23 de fevereiro, data em que o Rotary International comemo-rou 105 anos de história. O plantio de 105 árvores em toda

a extensão da avenida Rotary International, em Rondonópolis, celebrou uma parceria do Rotary Club de Rondonópolis com a secreta-ria de Meio Ambiente da cidade. Após receber uma doação de 105 mil mudas de árvore da Cervejaria Petrópolis, a secretaria convidou o clube para vender essas mudas a empresas do estado, ao valor de R$ 2 cada, em lotes de pelo menos 1.000 mudas. O dinheiro arrecadado será integralmente doado à Associação Brasi-leira da The Rotary Foundation (ABTRF). As empresas que comprarem as mudas serão reconhecidas com títulos Companheiro Paul Harris e receberão ainda o Certifi cado de Em-

presa Cidadã, concedido pela ABTRF, e recibos fi scais para eventuais abatimentos no Imposto de Renda.

NELSON PEREIRA Lopes, governador do distrito, recebendo a Moção de Louvor das mãos do deputado Sérgio Ricardo, 1o secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em reconhecimento à par-ticipação do Rotary na Campanha Natal das Crianças 2009

D. 4440

LANÇAMENTO DA campanha que vai plantar 105 mil árvores em todo o distrito

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Distritos EM Revista

49BRASIL ROTÁRIO

D. 4410

D. 4310

RC de Santa Bárbara D’Oeste, SP – No ano passado, a Escola Rotary, mantida pelo clube, formou 80 alunos nos cursos de mecânica geral de usinagem em máquinas convencionais e controle numérico computadorizado. Fundada em 1995, a instituição já certificou mais de 600 alunos. A pre-visão é de que outros 51 sejam formados este ano, com o apoio da prefeitura e do Senai.

RC de Colati-

na, ES – Organizou o desfile de moda Apae Verão 2010, em que as crianças, adolescentes, jovens e adultos com necessidades especiais atendidos pela Apae de Colatina atuaram como modelos. As roupas apresentadas são da loja Fiorita Kids & Teens, de proprie-dade da associada do clube Rita de Cássia Dalla Bernardina Vasconcelos. O evento ainda teve o apoio da Jorge Conopca Fotografias, da Ferrari Som e de Geórgia Dalla Bernardina Nascimento. O desfile gerou uma arrecadação de R$ 3.751 com a venda de ingressos, valor que foi doado à Apae.

RC de Boituva, SP – Entregou um cheque no valor de R$ 3.703 para o Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil, que atende a

cidade de Boituva e mais 47 municípios da região. O dinheiro é resultado de uma festa organizada pelos rotarianos para apoiar o Hospital de Câncer Infantil de Sorocaba.

RC de Itu-Terras de São José, SP – Com a ajuda da população de Itu, doou mais de 4.200 litros de água mineral à ci-dade de São Luiz do Paraitinga, no estado de São Paulo, onde as enchentes do começo deste ano desabrigaram milhares de pessoas. O clube também participou de um almoço oferecido na Associação Vila Vicentina. Os idosos ga-nharam produtos de higiene pessoal e revistas.

RC de Piracicaba-Povoador, SP – Fez uma campanha para doar medicamentos ao Banco de Remédios da Pastoral da Saúde de Piracicaba.

RC de Porto Feliz, SP – Entregou à Apae um cheque de R$ 2.512 para a compra de material que será usado na área de fisioterapia e hidrote-rapia da entidade.

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Distritos EM Revista

50 MAIO DE 2010

D. 4410D. 4420

RC de Guarapari, ES – Por meio de um convênio com a EDP – Ener-

gia do Brasil, no valor de R$ 40 mil (a ser utilizado até dezembro deste ano), está desenvolvendo o Projeto Família Feliz em sete comunidades da cida-de com baixos índices de IDH. A iniciativa garante o fornecimento de 1,5 tonelada de alimentos se-manalmente, com a parceria do Mesa Brasil-Sesc, e conta ainda com o apoio da Pastoral da Criança, que faz a pesagem das crianças e disponibiliza espaços para a execução das oficinas de xadrez, teatro, capoeira e inglês.

RC de São Caetano do Sul-Olímpi-co, SP – Doou colchões a 32 famílias que

tiveram as casas atingidas pelas enchentes em São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba paulista, em janeiro. A iniciativa partiu dos jovens do Rotaract de São Cae-tano do Sul-Olímpico, que estiveram na cidade fazendo trabalhos voluntários depois das chuvas, cadastraram as famílias necessitadas e depois sensibilizaram os ro-tarianos sobre a importância das doações.

Em fevereiro, a Câmara de Vereadores de São Caetano do Sul, no Estado de São Paulo, realizou uma Sessão Solene em homenagem aos rotarianos do distrito 4420 e aos 105 anos do Rotary. Mário Porfírio Rodrigues, único fundador ainda vivo do Rotary Club de São Caetano do Sul (e hoje associado do Rotary Club de São Paulo) recebeu do governador assistente Valderez Rubinho uma placa de prata em reconhecimento à sua trajetória como rotariano.

RC de São Vi-cente-Antônio Emmerich, SP – Por meio de um projeto de Subsídio Distri-tal Simplificado, o clube doou um equipamento de supino, c inco colchonetes, um equipamento de som e três ca-mas elásticas ao CER Especial, instituição que atende 60 adultos carentes com necessidades especiais. Os equipamentos estão sendo utilizados em atividades de fortalecimento físico e motor (foto). O clube, que agora é 100% Companheiro Paul Harris, ainda ganhou uma cadeira de massagem shiatsu e outras duas de massagem quick, doadas respectivamente pelos depu-tados estaduais de São Paulo Luciano Batista e Jorge Bienrenbach. Elas estão sendo empregadas pelo clube em um projeto que faz a inclusão de deficientes visuais por meio do trabalho de massagista.RC de São Paulo-Ae-

roporto, SP – Comprou e equipou uma ambulân-cia para a Assistência Social Dom José Gas-par, entidade que presta amparo a mais de 100 idosos em Guarulhos, SP. O veículo está sendo utilizado no transporte

e na transferência dos idosos a hospitais em casos de tratamentos e emergências. O projeto foi realizado com recursos do clube paulista, do distrito 4420 e de um parceiro internacional (o distrito 2650, do Japão), sendo ainda complementado com doações de seus associados.

RC de São Paulo-Su-deste, SP – Fez uma pa-lestra sobre os cuidados com o vírus H1N1 numa escola da capital pau-lista. Mais de

300 pessoas estiveram presentes.

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Distritos EM Revista

51BRASIL ROTÁRIO

D. 4420

D. 4440

D. 4430Em março, o distrito realizou na cidade de

Suzano, SP, mais um Prêmio Rotário de Liderança Juvenil (Ryla), no qual aproximadamente 80 jovens puderam aprender um pouco sobre o Rotary e seus projetos. Além do governador Roberto Barroso, também foi pales-trante o escritor e rotariano César Romão, que falou sobre motivação.

RC de São Paulo-Mandaqui, SP – Durante a visita do governador Juvenal Antônio da Silva, o clube inaugurou seu marco rotário.

Os clubes das áreas 1, 3 e 8 do dis-trito realizaram o 17o Projeto Ryla,

que reuniu jovens com idades entre 15 e 21 anos, incluindo interactianos e rotaractianos. Eles assisti-ram a palestras sobre cidadania, relações humanas e participaram de debates e atividades voltadas para as habilidades de liderança.

RC de São Paulo-Cambuci, SP – Com o objetivo de orientar os alunos de uma esco-la pública a escolher uma profissão, o clube realizou o Projeto Rumo, com foco em medicina, direito, webdesign, engenharia, publicidade e marke-ting, e psicologia e pedagogia. Os participan-tes ainda assistiram a uma exposição sobre o mercado de trabalho, suas características e potencialidades.

RC de Paranaíta, MT – Sessenta famílias carentes receberam cestas básicas em uma ação do clube feita em parceria com a Casa da Amizade. Os recursos para a compra dos alimentos foram obtidos com a realização de uma festa.

RC de Sinop, MT – Com a parceria da prefeitura e de empresários da cidade, os ro-tarianos construíram o jazigo do Lar dos Vicentinos São Vicente de Paulo.

Page 54: Brasil Rotário - Maio de 2010

Distritos EM Revista

52 MAIO DE 2010

D. 4470 D. 4480

RC de São José do Rio Preto-Boa Vista, SP – No final do ano passado, o clube distribuiu mais de 640 presentes entre os alunos de diversas escolas e centros de educação infantil da cidade. A maior parte foi arre-cadada numa campanha realizada no Rio Preto Shopping.

RC de Campo Grande, MS – Durante as comemorações de seus

70 anos, completados em dezembro de 2009, o clu-be doou uma impressora braile no valor de R$ 16,4 mil ao Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas. O equipamento está benefician-do mais de 4.000 deficientes visuais.

RC de Navi-raí, MS – Rea-lizou o projeto Aluno Nota 10, que homena-geou alunos da rede municipal de ensino com prêmios e um jantar festivo. O deputado es-tadual Onevan de Matos doou

um computador, que foi sorteado entre os alunos. Carla Konoff, de 11 anos, foi a ganhadora. Além do deputado, o projeto teve as parcerias da escola de inglês CCAA e do curso de informática Microlins. Os alunos ganharam bolsas de estudo e DVDs.

RC de Araçatu-ba-Cen-tenário, SP – Com os recur-sos de um projeto de

Subsídio Distrital Simplificado, complementado pela renda do Festival da Pizza e por colabo-rações de seus associados, foram doados seis armários embutidos à Casa de Apoio São Francis-co, entidade que abriga pacientes em tratamento oncológico na cidade de Araçatuba. A cada dois meses, o clube também promove uma festa de aniversário para os idosos de um asilo da cidade.

RC de Lins-Norte, SP – Por meio de um Subsídio Distrital Simplificado,

realizou a doação de material para a Associação de Cegos de Lins.

RC de Jales, SP – Durante um jantar realizado na Casa da Amizade, o clube entre-gou a três entidades assistenciais da cidade as doações em

dinheiro geradas com o Baile da Solidariedade, no fi-nal de 2009. Foram beneficiados o Albergue Noturno, a Casa da Sopa e a Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente de Jales. Em outras duas ações recentes, os rotarianos lançaram o programa piloto Ambiente Verde, que está promovendo a arborização de diversas áreas da cidade, e mais uma edição do Costelão Solidário (foto), que teve a renda desti-nada à Fundação Rotária e a outras duas entidades assistenciais de Jales.

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Distritos EM Revista

53BRASIL ROTÁRIO

D. 4490RC de Floriano, PI – Participou de campanha de doação de sangue em parceria com outras institui-ções. Foram coletadas 625 bolsas de sangue. No

mês de março, dedicado à alfabetização pelo Conselho Diretor do RI, o clube doou dicionários aos alunos da Escola Municipal Arêa Leão (foto), que atende estu-dantes carentes de ensino fundamental na zona rural.

D. 4500

D. 4480

RC de Estrela D’Oeste, SP – Entregou um fogão industrial com seis bocas, adquirido com recursos de um projeto de Subsídio Distrital Simplificado, para a Santa Casa de Misericórdia de Estrela D’Oeste. O fogão beneficiará cerca de 60 pessoas.

RC de General Salgado, SP – Recepcionou com uma festa a intercambiada Lilian Cardoso de Mendonça, que permaneceu durante um ano na Alemanha. Em seu pronunciamento, ela agrade-ceu o aprendizado da língua e da cultura alemãs que o intercâmbio proporcionou.

RC de Santa Quitéria, CE – Realizou a 26ª Festa das Personalidades, evento do municí-pio que contou com a presença do presidente do clube, Romualdo Paiva Bendor.

RC de Caruaru-Maurício de

Nassau, PE – Por meio de pesqui-sa na comunidade Vila do Cajá, de Caruaru, identificou 138 famílias que sobreviviam com uma renda média de R$ 186. Com a informa-ção, foram oferecidos gratuita-mente cursos de corte e costura. Graças à iniciativa desse clube, hoje cerca de 20 mulheres com-

plementam a renda familiar trabalhando em casa. Na foto, o presidente do clube, Fernando Ramos, ladeado pelos diretores do jornal Extra de Pernambuco, Alexan-dre Ferraz e Carlos Tanous, que concederam o Prêmio Mestre Vitalino ao Rotary Club em reconhecimento às atividades sociais desenvolvidas naquela comunidade.

RC de Car-pina, PE – Entregou uma sala de leitura em um centro educacional infantil. A ação bene-ficiará 600 crianças de três a sete anos. Já em comemora-ção ao Dia Internacional da Mulher, organizou uma semana de festividades. O prefeito Manuel Botafo-go e seu secretariado marcaram presença.

Page 56: Brasil Rotário - Maio de 2010

Distritos EM Revista

54 MAIO DE 2010

D. 4510RC de Marí-lia-Pioneiro, SP – A presiden-te da Associa-ção de Suporte ao Trabalho Inclusivo (Asti), Kathya Cibelle Abreu de Souza, e a tesoureira Vera Lúcia Marques da Costa relataram, em reunião do clube, os resultados da campanha Troquinho Solidário. Segundo Vera Lúcia, a Asti, que oferece treinamento profissional e emprego aos portadores de necessida-des especiais, já recebeu R$ 5.120,79 do Supermercado Tauste, um dos esta-belecimentos engajados na campanha que envolve todas as unidades rotárias de Marília e Bauru.

D. 4530

D. 4520

RC de Marília-Leste, SP – Homenageou o médico pediatra Francisco de Agostinho com a Menção Domin-gos Viggiani, oferecida às per-sonalidades que tenham se destacado por atuação voluntária na comunidade mariliense.

Os verea-dores da Câmara Municipal de Presi-dente Pru-dente, no Estado de São Paulo, homena-gearam os rotarianos da cidade. Os presidentes dos nove Rotary Clubs do município e representantes da Casa da Amizade, Rotaract e Interact locais foram laureados durante a cerimônia. Na foto, o governador do distrito, José Uracy Fontana, recebe homena-gem da Câmara.

RC de Brasília-Lago Sul, DF – Doou cinco cadeiras de rodas

ao RC de Samambaia, DF. Em visita ao RC de Planaltina, DF, companheiros doaram 10 cestas básicas para as voluntárias do Banco de Leite e três cadeiras de rodas (foto). Outras iniciati-vas: rea-lização do 27º Bazar Benefi-cente, cuja renda foi desti-nada à melhoria de uma escola; visita ao Hospital de Planaltina, com entrega de 35 ces-tas básicas às voluntárias do Banco de Leite; homenagem a Michael Haradom, empresário, e a Bento Oliveira pelo suporte dado ao Ban-co de Cadeiras de Rodas local. Registramos por último, a entrega, graças aos esforços do clube e, em particular, do companheiro Cícero Ceccatto, de uma cadeira de rodas elétrica a um jovem portador de distrofia muscular.

RC de Governador Valadares-Rio Doce, MG – Rea-lizou cam-panha de arrecadação de alimentos. O resultado foi a doação de 300 kg de gêneros alimentícios e 18 litros de óleo para o Abrigo Esperança, entidade de apoio a familiares e pacien-tes portadores de câncer no município e região.

RC de Sete Lago-as-Mucuri, MG – Doou cadeiras para acom-panhantes, destinadas à ala de pediatria do Hospital Nossa Senhora das Graças.

Page 57: Brasil Rotário - Maio de 2010

Distritos EM Revista

55Brasil rotário

RC de Alto Paraíso, GO – Financiou uniforme e barracas do Grupo de Escoteiros Lobo da Chapada, que participou, juntamente com o clube, da Cami-nhada da Paz. Na data, o Hospital Municipal de Alto Paraíso foi beneficiado com inauguração do Labo-ratório de Análises Clínicas e doação de aparelhos cardiológicos. Estas iniciativas do clube foram possí-veis graças a um Subsídio Equivalente da Fundação Rotária, que contou com a parceria dos distritos 4530 e 1170 e do RC de Tiverton, Inglaterra (D. 1170).

RC de Sa-mambaia, DF – Entre as diversas realizações, destacamos: festa para a criançada no Centro de Projetos e Assis-tência Integral, de Samambaia; atividades educativas com a garotada da comunidade em parceria com o 11º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal (foto); doação de camisas para festa recreativa reunindo alunos, autoridades e profissionais das escolas de Samambaia, Ceilândia e Brazlândia, e promoção de um bazar para beneficiar a Fundação Rotária. O clube ainda presta assistência ao Centro de Ensino Especial 01, de Samambaia, instituição pública de ensino que atende alunos com necessidades especiais.

RC de Taguatinga-Oeste, DF – Seu Projeto Visão já tem 13 anos, e oferece atendimento oftalmológico, medicamentos e óculos, principalmente a crianças carentes em fase escolar.

RC de Brasília-Aeropor-to, DF – Organizou confrater-nização no Lar da Criança Padre Cícero, que acolhe 40 meninos e meninas. Estive-ram presentes as rotarianas Ercília Rolim Guimarães, presidente da Comissão de Projetos à Comunidade e madrinha do abrigo, e Isabel Morais, membro da Comis-são e também madrinha do abrigo. Em outra ocasião, foi inaugurada placa alusiva ao clube no Aeroporto de Brasília (foto), descerrada pelo governador do distrito, Adriano Jorge Souto, e pela presidente do RC, Fran-cisca da Conceição Chamma, na presença dos EGDs Ronaldo Campos Carneiro e Rubens Martins Chamma.

Os RCs de Brasília-5 de Dezembro, Guará, Guará-Águas Claras, Núcleo Bandeirante e Park Way, todos do Distrito Federal, realizaram o 1º Prêmio Rotário de Liderança Juvenil 2009-10, que reuniu 60 estudantes de escolas públicas.

RC de Goiânia-24 de Outubro, GO – Confeccionou impresso de conscientização ambiental, o qual está sendo distribuído aos rotarianos do distrito. Trata-se de uma campanha que tem por meta seguir as recomendações do terceiro presidente brasileiro do RI, Paulo Viriato Corrêa da Costa, que criou o programa Preserve o Planeta Terra. Durante reunião do Planejamen-to Nacional de Proteção Ambiental 2010, ocorrida em 9 de dezembro, ro-tarianos do clube expuseram banner e distribuíram informativos sobre a ques-tão ambiental (foto), inclusive para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que presidia o evento. O clube pretende distribuir 12 mil exemplares desse informativo.

D. 4530

Page 58: Brasil Rotário - Maio de 2010

Distritos EM Revista

56 MAIO DE 2010

D. 4540

D. 4560

D. 4550

D. 4530 RC de Brasília-Alvorada, DF –Participou de confraternização com

os pacientes diabéticos do Centro de Saúde CSB 13, com direito a café da manhã e atividades recrea-tivas. Noutra ocasião, o clube confraternizou com os integrantes do Grupo Conviver de Idosos. Houve distribuição de lanches, brindes, cestas básicas e apresentação de grupo de contadores de história. O clube também visitou a Creche Paula Frassineti; as crianças assistidas receberam frutas.

RC de Porangatu, GO – Está à frente de uma campanha de doação de sangue, que contou com a parceria do Banco de Sangue Municipal. Na ocasião, o clube sorteou uma bicicleta entre os doadores.

RC de Mor-ro Agudo, SP – Recebeu a intercambiada mexicana Angge-la Michelle Flores Menendez, patrocinada pelo RC de Salina Cruz, México (D. 4200). Na foto, Michelle, ao centro, com a segunda família brasileira anfitriã.

RC de Jaboticabal, SP – Como parte das comemorações de seus 75 anos, pro-moveu concurso para elaboração de selo comemorativo e re-formulação da flâmula do clube. O concurso teve parceria do Instituto Municipal de Ensino Superior de Bebedouro Victorio Cardassi. O selo já foi impresso pelos Correios (foto). O vencedor foi o pu-blicitário Vinicius Borges. O clube tam-bém realizou dois projetos de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária du-rante o período 2008-09. No primeiro, foram beneficiadas crianças portadoras da síndrome de Down com equipamen-tos de fisioterapia. No segundo, foram comprados eletrodomésticos para a cozinha da Casa do Menor.

RC de Simões Filho-Aratu, BA – Realizou caminhada na Orla de Salva-

dor para recolher doações de fraldas geriátricas.A instituição beneficiada foi o Abrigo Dom Pedro II.

RC de Itapeceri-ca, MG – No Dia da Cidadania, levou à população do mu-nicípio orientações sobre o trânsito, saúde bucal, avalia-ção física, medições de pressão arterial e glicemia, orientação jurídica e corte de cabelo. Tudo gratui-tamente.

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Distritos EM Revista

57BRASIL ROTÁRIO

D. 4580 RC de Mu-

riaé, MG – Integran-do iniciativa da Pasto-ral da Criança, visitou dois bairros carentes da cidade e ofereceu lanches, brinquedos, material escolar e atividades recreativas para a criançada. Na foto, o presidente do clube, José Carlos Santos, a vice-presidente, Sebastiana Camargo, e a irmã Iraides, responsável pela Pastoral.

D. 4590

D. 4570

RC de São João da Boa Vista, SP – Promo-veu palestra sobre crimi-nalidade e segurança pública no município. Na foto, a partir da esquerda, o presidente do clube, Rui Benedito Barion; o pro-motor de justiça Nelson O’Reilly Filho, palestrante; o associado Danilo Vicentini, presidente do Conse-lho de Segurança; e os tenentes da Polícia Militar Rodrigo, comandante interino, também palestrante, e Vinicius, responsável pelo policiamento.

RC do Rio de Janeiro, RJ – Aqui um registro da premiação de um curso

de alfabetização. Junto às pessoas beneficiadas pela iniciativa do clube, aparecem, ao centro, a rotariana Christa Bohnhof-Grühn, tendo, à esquerda, a asso-ciada do RC RJ-Bonsucesso Diva Esteves Moreira da Silva e, à direita, a associada do RC RJ-Paranapuã Zélia Barbosa de Castro Eharaldt.

RC da Barra da Tijuca, RJ – Organizou festa para a Comunidade do Arealzinho, assistida pelo clube, e localizada em Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Na ocasião, foram distribuídos presentes, roupas e calçados.

RC de Além Paraíba, MG – Estabeleceu parceria com a ONG Grupo Brasil Verde e graças ao fato minis-trará o curso Planejamento e Gestão de Áreas Natu-rais Protegi-das, com um ano de duração. O clube esteve à frente de outra iniciativa ambiental: reflorestamento de Além Pa-raíba por meio do Projeto Refloresta (foto), em convênio com a prefeitura.

RC de Amparo, SP – Em parceria com a Casa da Amizade, construiu uma cozi-

nha experimental destinada à população de baixa renda. No espaço ocorrerão aulas profissionalizantes. Para a montagem da cozinha, a Casa da Amizade obteve, por meio da Secretaria Estadual de Assistên-cia e Desenvolvimento Social, verba de R$ 45.000 e o clube adquiriu, graças a doa-ções, R$ 30.000.

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Distritos EM Revista

59BRASIL ROTÁRIO

D. 4630

D. 4610

RC de Cotia-Granja Viana, SP – Realizou sua 23ª reunião or-dinária no

auditório da faculdade Mario Schenberg, com a palestra “OAB e o Advogado na So-ciedade”, do presidente da OAB-SP, Luiz Flavio Borges D’Urso.

D. 4620 RC de Sorocaba-Vergueiro, SP – Montou

uma cobertura para possibilitar a utili-zação dos aparelhos de fisioterapia da associação Pro-ex, que cuida de crianças excepcionais da cidade de Sorocaba.

RC de Santa Cruz do Rio Pardo, SP – Ofereceu um al-moço para os idosos do Lar São Vicente de Paulo em comemora-ção à semana do idoso.

RC de Avaré-Jurumirim, SP – Levou a campanha Doe Órgãos, Salve Vidas até o programa social Prefeitura no Bairro do município de Avaré. A ação do clube tam-bém marcou presença nos eventos Festival Honda e Pit Stop para Motociclistas, sem-pre conscientizando e tirando as dúvidas da população a respeito da doação de órgãos.

RC de Sorocaba, SP – Participando da ação de imagem pública do Rotary, o clube organizou uma campanha com nove outdoors espalhados pela cidade com a frase “Você é a peça que falta”. Aproximadamente 300 mil pessoas tive-ram contato visual com a campanha.

Destacamos que as esposas dos presiden-tes dos Rotary Clubs de Paranavaí, PR, realiza-ram um evento conjunto chamado Café Solidário para a arrecadação de fundos para o programa Polio Plus.

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Distritos EM Revista

58 MAIO DE 2010

D. 4590

D. 4610

D. 4600RC de Mogi Mirim, SP – Organizou o 10º Seja Vivo

– Viva Bem, evento da área de saúde que realizou exames gratuitos de glicemia, coles-terol, IMC e pressão arterial. A ação acon-teceu em dois locais e mais de 500 pessoas foram atendidas.

RC de Santa Gertrudes, SP – Doou 1.250 toalhas para o RC de Atibaia. A doação beneficiará mais de 600 famílias

desabrigadas em decorrência dos alagamentos ocorridos na cidade. Diversos clubes do distri-to colaboraram com mantimentos, água, leite, entre outros itens de primeira necessidade.

RC de Taubaté-Sul, SP – Entre-gou frascos de vidro ao Banco de

Leite Humano para armazenar leite materno, que posteriormente é cedido para a UTI do Hospital Regional de Taubaté. Em outra oportunidade, o clube visitou as dependências da Volkswagen do Brasil na cidade, onde realizou o plantio de mais de 30 mudas de árvores frutíferas.

RCs de Pindamo-nhangaba e Pin-damonhangaba-Princesa do Norte, SP – Prestaram uma homenagem aos 105 anos da fundação do Rotary International. Cada presidente plan-tou na sede da Casa da Amizade duas mudas da árvore do

Rotary, espécie rara conseguida pelo companhei-ro Alonso Maciel.

RC de São José dos Campos-Santana, SP – Fundou o Rotakids de São José dos Cam-pos, que iniciou suas atividades contando com o número de 11 sócios. A fundação foi prestigiada pelo ex-governador distrital Antonio Sergio Ferri da Silva, idealizador da formação do Rotakids no clube.

RC de São Paulo, SP – Recebeu o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP),

José Maria Chapina Alcazar, para ministrar a palestra “A importância da contabilidade nos negócios”. Em outra ocasião, o clube tam-bém recebeu o diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, região oeste da capital (Ciesp Oeste), Fábio Paulo Ferreira, que ministrou a palestra “A situação da indústria”.

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Distritos EM Revista

60 MAIO DE 2010

D. 4630

RCs de Nova Londrina e Paranavaí-Entre Rios, PR – Participaram da organização do 9º Rally do Lixo, evento realizado nos rios Paranapanema e Paraná. O projeto é uma iniciativa do órgão gover-namental Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e também contou com outros parceiros como o Ibama e a Sabesp, entre outras organizações.

RC de Maringá-Novo Centro, PR – Realizou festa com lanche e en-

trega de brinquedos para as crianças do Lar Escola Infantil Bom Samaritano

de Maringá.

RC de Maringá-Colombo, PR – Entregou uma Kombi zero km ao Núcleo da Fraternidade Plantan-do Vidas, que atua na recuperação de jovens de-pendentes de drogas. O veículo foi adquirido com recursos provenientes da 11ª Festa da Canção – Barraca Baiana, organizada pelo clube em parceria com a Comunidade Paroquial Santa Maria Goretti. Em outra oportunidade, o clube também entregou os cheques arrecadados na campanha de dedução do imposto de renda exercício 2010, em favor do Fundo Municipal da Infância e Adolescência.

RC de Maringá-Sul, PR – Entregou 50 computadores a entidades da cidade de Maringá.

RC de Mamborê, PR – Doou brinquedos ao Centro Municipal de Educação Infantil

da Mônica. Alguns associados do clube estiveram presentes no centro educacional

e realizaram a entrega às crianças.

RC de Loanda, PR

– Realizou a campa-

nha Plante uma Árvo-

re e Faça um Mundo

Melhor, que plantou

1.500 mudas no antigo lixão da cidade, durante a semana que

comemorou o Dia da Árvore. O objetivo da campa-nha é conscientizar a população sobre a necessi-

dade de reflorestar o município.

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Distritos EM Revista

61BRASIL ROTÁRIO

D. 4650D. 4640 RC de Palotina, PR – A Associa-ção dos Doadores de Sangue de

Palotina foi criada pelo clube e reconhecida como de utilidade pública através de lei. Hoje contando com mais de 1.200 associados, a entidade já colaborou com muitas famílias que necessitam de sangue para transfusão.

RC de Francisco Beltrão-Integração, PR – O Primeiro Jantar Dançante da Codorna no Rolete foi realizado pelo clube e a renda destinada à compra de 30 cadeiras de rodas para o banco de camas, cadei-ras e muletas mantido pelo clube.

RC de Guarapuava-Lagoa, PR – Realizou a 7ª Costela Dois Fogos. O valor arrecadado foi destina-do a algumas instituições sociais, tais como a Asso-ciação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais e Bethania, entre outras.

RC de Joinville-Leste, SC – Doou 150 livros de

literatura infantil e infantojuvenil para a biblioteca da Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes. A doação é resultado da campanha de incentivo à leitura entre os jovens realizada pelo clube.

RC de Gaspar, SC – Promoveu em parceria com a Apae a entrega de 234 cestas básicas com alimentos não perecíveis para as crianças da asso-ciação e suas famílias.

RC de Rio Negrinho, SC – Ademir Ribeiro da Motta, vítima de acidente de trânsito, rece-beu do clube uma cadeira de rodas.

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Distritos EM Revista

62 MAIO DE 2010

D. 4651 D. 4660RC de Florianópolis-Atlân-tico, SC – Realizou a sua 10ª

Feijoada e também o Festival do Estrogonofe para ajudar o asilo e a creche da Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna (Seove). A entidade mantém o asilo que abriga 24 senho-ras e a creche para 80 crianças.

RC de Florianópolis-Amizade, SC – Comemorando os 105 anos do Rotary International, o clube visitou o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina para doação de sangue.

RC de Capivari de Baixo, SC – Entregou 300 cestas básicas divididas entre institui-ções com programas de atenção social como o Centro de Apoio a Criança e Adolescente, Igreja Assembleia de Deus, Igreja Católica – Pastoral da Saúde, Congregação Cristã do Brasil, Igreja Adventista, Igreja Quadran-gular, Sociedade de Amparo aos Anciãos e Associação de Pais e Amigos dos Excepcio-nais (Apae).

RC de Não-Me-Toque, RS – O as-sociado do clube, Vanderlei Bueno,

teve seu projeto Educação Ambiental inserido na Rede Municipal de Ensino pela Secretaria Muni-cipal de Educação, Cultura e Desporto. O projeto será adotado em duas escolas-piloto em 2010 e estendido às demais em 2011. Em outra oportuni-dade, o clube realizou uma festa onde 69 crianças da Escola de Educação Infantil Arlindo Hermes receberam presentes.

RC de Três de Maio, RS – Promoveu o intercâm-bio cultural de três jovens da cidade para o estado de Tocantins. Bruna Winkelmann Gonçalves, Kat-thleen Borges da Silva e Tanira Sieben tiveram a oportunidade de conhecer a cultura e a tradição da região norte do país. O intercâmbio é fruto de uma parceria com o RC de Araguaína, em Tocantins.

RC de Santa Rosa-Júnior, RS – A Esco-la Municipal de Ensino Fundamental Paul Harris em Santa Rosa, RS, conta com o apoio do clube, que além de doar o terreno para sua construção, ainda presta ajuda no funcionamento da escola. O esta-belecimento de ensino possui o busto em bronze do fundador do Rotary International e um painel sobre Paul Harris.

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Distritos EM Revista

63BRASIL ROTÁRIO

D. 4680 RC de

Santa Cruz do Sul, RS – Co-patrocinado por Terrafácil Cons-trutora e Gasima Materiais Elétri-cos, entre outros, o clube instalou um gerador de energia elétrica no Hospital Monte Alverne. Os R$ 60 mil necessários para a obra foram levanta-dos com o Baile da Comenda 2009. Em outras oportunidades, o RC doou ma-terial escolar para os alunos da Escola Municipal São Canísio e Escola Muni-cipal de Educação Infantil Vovô Albino. Nesta última, também foram entregues brinquedos e alimentos.

D. 4710

D. 4670

RC de Venâncio Aires-Chimarrão, RS – Em parceria com a agência local dos Correios, os companheiros organizaram uma festa para 150 crianças carentes, no Pavilhão de Eventos São Sebastião Mártir. Os meninos e meninas brinca-ram, ganharam presentes e lancharam cachorro-quente, sorvete e refrigerante.

Com a renda obtida no brechó realizado durante o Mutirão da

Saúde e Serviços, em 2009, os RCs de Por-to Alegre-Sarandi e Porto Alegre-Passo D’Areia, RS, adquiriram material esportivo para a Escola Municipal Liberato Salzano Vieira da Cunha. Na foto, os presidentes Clair de Aze-redo e Libório Kummer ladeando a diretora da escola, Cleusa Leppa.

RC de Alvorada, RS – Os companheiros organizaram uma festa para 1.100 crianças na Paróquia Santo Antônio. Eles serviram lanche, sortearam uma bicicleta e distribuíram brinque-dos para todos os meninos e meninas presentes.

RC de Santa Cruz do Sul-Avenida, RS – Os companheiros ofereceram um almoço para os 70 idosos do Asilo de Santa Cruz do Sul.

RC de Jataizinho, PR – Juntos, o clube e a Apae local entrega-ram uma cadeira de ro-das personalizada para o menino Guilherme Augusto Moya, de cinco anos de idade. Na foto, ele está ladeado pelo presidente Claudionor Storck e pelo diretor da Apae de Jataizinho, He-lio dos Santos Gardin.

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Distritos EM Revista

64 MAIO DE 2010

D. 4730

D. 4710RC de Ibipo-rã, PR – Com o projeto Aluno Nota Dez, o clube homenageia com certifica-dos e placas os alunos do ensino funda-

mental que mais se destacaram durante o ano letivo. Na foto, os alunos Samanta Nogueira, Emannuely Malta, Rafael Teixei-ra e Beatriz Afonso aparecem na presença do presidente Luiz Karimata e de compa-nheiros do clube. O evento foi realizado na Casa da Amizade.

RC de Arapon-gas, PR – Em parceria com a Esco-la Municipal Professor José de Carvalho, os com-panheiros organiza-

ram uma festa para os alunos do Centro Educacional Escola Rotary de Arapongas. As crianças lancharam, brincaram em uma piscina de bolas e uma cama elástica, e ainda passearam de trenzinho pela cidade.

RC de Cornélio Procó-pio-Sul, PR – Os compa-

nheiros presentearam com um certificado e uma bicicleta a estudante Andreza Caval-canti de Araújo, da Escola Estadual Wilian Madi, eleita Aluna Nota 10. Em outra ocasião, o clube serviu um jantar mineiro com o objetivo de arrecadar fundos para adquirir equipamentos destinados a porta-dores de necessidades especiais.

RC de São José dos Pinhais, PR – Demonstrando afinidade com

os recursos tecnológicos, os companheiros conver-saram por vídeo conferência, durante uma reunião do clube, com a jovem Jaqueline Guimarães, que está cumprindo o programa de intercâmbio no Canadá. Anteriormente, o clube já realizara vídeo conferências com intercambiados no México e na Alemanha.

RC de Curiti-ba-Oeste, PR – Uma comitiva do clube visitou o RC de Paris Ouest, Fran-ça (D. 1660). Houve troca de flâmulas e o clube brasi-leiro apresentou seus projetos aos companheiros franceses. Em outra oportunidade, os paranaenses se reuniram com seis clubes portugueses, na vila de Mafra, em Portugal, para comemorar o 105º aniversário do RI e os 52 anos de fundação do RC curitibano (foto). Os companheiros brasileiros que não seguiram viagem para Portugal participa-ram do evento por meio de vídeo conferência.

Os RCs de Curiti-ba-Parque Bari-gui e Guaratuba, no Paraná, coorde-naram a semeadura de duas toneladas de sementes de palmito jussara na serra do Mar. Para espalhar as semen-tes na mata atlân-tica foram utilizados helicópteros. O objetivo dos companheiros com o projeto é preservar a espécie vegetal em questão, que vem dimi-nuindo gradativamente por conta da exploração comercial. Entre os colaboradores da iniciativa estão a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Paraná, prefeitura municipal de Guaratuba e Universidade Federal do Paraná.

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Distritos EM Revista

65BRASIL ROTÁRIO

D. 4750

D. 4760 D. 4770

Em parceria, os RCs de Rio das Ostras, RJ, e São Paulo-Barra Funda, SP(D.4610), entregaram uma cadeira de rodas especial para o menino Jean Carlos, de três anos de idade.

Companheiros do distrito

entregaram certificados de

mérito a três comandan-

tes da Base de Fuzileiros

Navais da Ilha das Flores:

Washington Gomes da Luz Filho, Marco Aurélio Vaz Costa e Julio Cesar dos Santos Marques. A homenagem ocorreu em reconheci-

mento à parceria com os militares, que pela segunda vez ce-deram o local para a realização da Olimpíada Rotária da Área 2 do distrito. A quinta edição da olimpíada reuniu os RCs de

São Gonçalo, São Gonçalo-Paraíso, São Gonçalo-Alcântara, São Gonçalo-Zé Garoto, Itaboraí, Maricá,

Maricá-Itaipuaçu e Rio Bonito-Serra do Sambê.

RC de São Gonçalo, RJ – Doou uma roçadei-ra costal profissional para o Projeto Reflores-tamento do Morro da Matriz (Remoma) de São Gonçalo. O biólogo Marcos Dias, coordenador do Remoma, recebeu o equipamento na Igreja da Matriz. Na ocasião, o presidente Frederico Carvalho, na presença de outros companheiros, aproveitou para falar aos paroquianos sobre o Rotary e suas iniciativas, como o programa Polio Plus.

RC de Maricá, RJ – Em nome do clube, as associa-das Bete Santos, Creusa Neves e Etelvina Moça,

junto com a pre-sidente da Casa

da Amizade local, Laura Vieira, le-

varam mais de 50 enxovais de be-bês para a LBV.

Em outra ocasião, com a presença do governador Luis Spitz, entregaram dezenas de filtros de barro e

cestas básicas para a comunidade. As companheiras e a senhora da Casa da Amizade levaram enxovais, filtros e travesseiros também para uma comunidade

carente em São José do Imbassaí, distrito de Maricá.

RC de Belo Ho-rizonte-Oeste, MG – Distribuiu material escolar para crianças de diversas institui-ções. Ao todo, os

companheiros entregaram 1.518 cadernos, 1.917 lápis, 953 borrachas, 352 apontadores, 266 canetas, 250 estojos, 313 caixas de lápis de cor, 52 revistas em quadrinhos, 390 réguas e 50 kits contendo lápis, tesoura, borracha, cola e apontador.

RC de Coromandel, MG – Em parceria com

a Caixa Econômica Federal da cidade, os companheiros arreca-

daram 150 cestas bási-cas e as doaram para a Sociedade São Vicente

de Paulo, que entregou os alimentos para famílias da comunidade.

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Distritos EM Revista

66 MAIO DE 2010

D. 4780 RC de Arroio Grande, RS – Em um de seus projetos recentes,

o clube adquiriu cadeiras de rodas para uso da comunidade. Também promoveu a 4ª Corrida Ciclística da Integração, que contou com dezenas de participantes brasileiros e uruguaios; e reali-zou o Concurso Interno de Pesca, com a presen-ça de familiares e amigos dos companheiros.

D. 4770RC de Patro-cínio-Bruma-do dos Pavões, MG – Os compa-nheiros celebra-ram os

15 anos de fundação do clube e da Casa da Amizade com uma festa que incluiu lançamento de revista co-memorativa e foi prestigiada pela Família Rotária, por representantes de outros clubes da cidade e região, autoridades locais, governadores distritais, ex-com-panheiros e também pela imprensa.

RC de Aparecida de Goiânia, GO – Por ini-ciativa do vereador An-selmo Pereira (primeiro a partir da esquerda), a Câmara Municipal de Goiânia comemorou o 105º aniversário do RI. Presidentes de vários

Rotary Clubs da capital foram homenageados, e também o presidente do RC de Aparecida de Goiânia, Osvaldo Rodrigues Júnior, ao lado do vereador na foto.

RC de Uberlândia-Cidade Jardim, MG – Organizou a 5ª Feijoada dos Rotarianos, para angariar recursos em prol da Fundação Rotária (FR) e promover o companheirismo entre associados de diferentes clubes da região. Em outra oportunidade, os com-panheiros doaram a moradores do bairro Morada Nova filtros de água adquiridos com recursos fornecidos pela FR.

RC de Ara-guari-Café do Cer-rado, MG – Na oportu-nidade em que comemo-rou mais um ano de fundação e também o 105º aniversário do RI, o clube doou uma maca envelope ao Resgate do Corpo de Bombeiros Militar. A doação foi resultado de um projeto de Subsídio Distrital Sim-plificado.

Pelo quinto ano consecutivo, os sete Rotary Clubs de Uberlândia, em Minas Gerais, tra-balharam juntos na arrecadação de alimentos desti-nados a institui-ções previamente cadastradas. Os companheiros reuniram 10 toneladas de gêneros alimentícios.

Page 69: Brasil Rotário - Maio de 2010

Distritos EM Revista

67BRASIL ROTÁRIO

Como enviar material para a Brasil RotárioPara que os companheiros de todo o país conheçam os projetos que seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à redação contendo as seguintes infor-mações: o nome completo e o dis-trito de seu clube a data e local em que foram realizadas as ações um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior e os nomes e sobrenomes de todos os que apare-cerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda.FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe-as ao e-mail.A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Ro-tário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube. MUITO IMPORTANTE: informe também um tele-fone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: [email protected] O telefone da redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

Sobre o uso e a publicação de textos e imagensO leitor que contribui com a Brasil Rotário por meio do envio de conteúdo – tais como fotos, informações, textos e frases, entre outros – aceita e se responsabiliza pela autoria e originalidade do material enviado à revista, bem como pela obtenção da autorização de terceiros que eventual-mente seja necessária para os fins desejados, respondendo dessa forma por qualquer reivindicação que venha a ser apresentada à Brasil Rotário, judicial ou extrajudicial-mente, em relação aos direitos intelectuais e/ou direitos de imagem, ou ainda por eventuais danos morais e/ou materiais causados à Brasil Rotário, à Cooperativa Editora Brasil Rotário ou a terceiros.Entre os direitos da Brasil Rotário incluem-se, também, os de adaptação, condensação, resumo, redução, compilação e ampliação dos textos e imagens enviados à revista.

RC de Caçapava do Sul-Senti-nela, RS – Em comemoração ao 105º

aniversário do RI, o clube estampou em muros da cidade a campanha End Polio Now (Eliminemos a Pólio Já, em português). Os companheiros realizaram diver-sas ações solicitando contribuições para o Desafio de 200 Milhões de Dólares do Rotary e os muros foram pintados para dar visibilidade às iniciativas.

D. 4780

RC de Bagé-Sul, RS – O clube participa do Progra-ma Padrinhos do Coração, da Escola Estadual Arnal-do Faria, e junto com a comunidade auxilia na realiza-ção de festas de aniversário e em datas festivas para os estudantes, que ganham presentes também.

D. 4540 O EGD José Carlos Carvalho ministrou o “Curso de Lideran-

ça Através da Comunicação – A Arte de Falar em Público” para quatro turmas de 25 alunos, no Centro de Estudos Rotários Governador José Magalhães Navarro. A renda obtida com as aulas foi destinada à Fundação Rotária e resultou na aquisição de cinco títulos de Com-panheiro Paul Harris.

D. 4780 RC de Aceguá, RS – Os companheiros organizaram

uma festa para crianças no Parque Farroupi-lha de Aceguá. Eles distribuíram aproximada-mente 1.000 brinquedos e serviram bolos e refrigerantes.

Page 70: Brasil Rotário - Maio de 2010

68 Maio de 2010

Senhoras em Ação

As senhoras da Casa da Amizade de Aparecida do Taboado, MS (D. 4470), promoveram uma campanha no município e enviaram cerca de mil pacotes de biscoito de água e sal para o Hospital de Câncer de Barretos, em São Paulo.

A Associação das Famílias de Rotarianos de Sorocaba (Afros), SP (D. 4620), em parceria com o RC de Sorocaba-Nor-te, realizou um curso para formação de garçons e garçonetes, na Casa Comunitária Maria José Rosa da Cunha, mantida pela Afros. O agente multiplicador com formação pelo Senac/SP As-tor da Silva Telles ministrou as aulas a 45 alunos, que receberam certificado no fim do curso. A associação mantém ainda de for-ma permanente na casa comunitária um curso de artesanato e o Projeto Arco-Íris, para orientação e apoio a gestantes carentes.

As integrantes da Associação das Senhoras de Rota-rianos de Itapejara D’Oeste, PR (D. 4640), assim como o clube local, apoiaram a realização do 1º Encontro da Mulher Itapejarense, no esporte clube da cidade. Cerca de mil mu-lheres participaram do evento, que incluiu palestra, almoço e sorteio de brindes. Também apoiaram o encontro a Associação de Proteção à Maternidade e Infância, prefeitura municipal, Federação da Agricultura do Estado do Paraná e Associação dos Suinocultores de Itapejara D’Oeste.

As senhoras da Casa da Amizade de Quaraí, RS (D. 4780), entregaram à diretora geral da Fundação

Hospital de Caridade de Quaraí, Suzana Maria Nystron, 600 metros de tecido para a confecção de lençóis.

Page 71: Brasil Rotário - Maio de 2010

69Brasil rotário

D. 4310RC de Piracicaba, SP Michelle Carvalho Esteves dos Santos Raul Jorge Nechar, com a terceira safira

RC de Saltinho, SP Edison Divino Lopes, com a terceira safira Fábio Augusto Montebelo Jairo de Almeida Costa Jr., com a quinta safira João Leonardo Fustaino Juliano Redondo Simões Marcelo Bortolazzo

D. 4390RC de Aracaju-Treze de Julho, SE Paulo Amado

D. 4420RC de Santos-Ponta da Praia, SP Armando Cunha Neto Clei Gibertoni Junior Fabiano Faria de Oliveira

RC de Santos-Porto, SP Adalton Vidigal da Costa Ailton Araújo Brandão Oswaldo de Lima Filho

D. 4470RC de Araçatuba-Centenário, SP Antonio Cássio Rezende José Alécio Debortoli Tânia Maroni Debortoli

RC de Valparaíso, SP Eico Higuchi, irmã do governador 1967-68 Taketoshi Higuchi Flávio Gilberto Higuchi, filho do ex-governador Márcio Frederico Higuchi, filho do ex-governador Mauro Fernando Higuchi, filho do ex-governador Nobuco Higuchi, irmã do ex-governador Tadao Higuchi, irmão do ex-governador

D. 4480RC de São José do Rio Preto, SP Ben-Hur Junqueira de Andrade, com a segunda safira Celso Luiz Desidério Junqueira, com a terceira safira

O que significa essa distinção? Uma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris, que consiste de certi ficado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários.

Safiras, rubis e cristaisO Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe safiras, rubis ou cristais, de acordo com o valor do aporte acumulado.

Os fundosTais doações formam diversos fundos. São eles: o Fundo Anual de Programas, o Fundo Polio Plus ou Parceiros Polio Plus e o Fundo Permanente. As contribuições ainda podem servir aos Projetos de Subsídios Humanitários ou, se vierem de empresas, à Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

Novos Companheiros Paul Harris

Fernanda de Freitas Gilberto Scandiuzzi Filho Joseli Aparecida Pio Martinelli Maria Aparecida Corrêa de Melo Tereza Scandiuzzi, com a primeira safira

RC de Votuporanga, SP Alcir Rubens Monteiro, com uma safira Cleide Bortoloti Manoel Anzai, com uma safira Miguel Zeitune

D. 4510RC de Duartina, SP Anécio Zanatta

D. 4580RC de Além Paraíba-Portal de Minas, MG Ary Ferreira da Silva Laroca Mendes

D. 4600RC de Volta Redonda-Leste, RJ Maria Solange Meireles de Carvalho Simone Viceconte Cruz

D. 4640RC de Francisco Beltrão-Integração, PR Antonio Ferreira Nunes, com a segunda safira Clarice Bottin Anghinoni Claudelir Carlos Fabris, com uma safira Claudimar Damiani Edgar Behne, com a segunda safira Eocidio Luiz Biavatti Marino José Fávero Paulo Miguel Scheuer, com uma safira Pedrinho Veroneze Olga Biz Behne

D. 4780RC de Bagé-Sul, RS Cléber Freitas, ex-presidente Élia Pinheiro, ex-presidente José Paulo Dotto, ex-presidente

Faça sua doação para aerradicação da pólio

Page 72: Brasil Rotário - Maio de 2010

70 MAIO DE 2010

Novos clubes, novos amigos

Aqui damos as boas-vindas aos Rotary Clubs recentemente fundados. É a oportunidade de saudarmos novos amigos, que cer tamente terão muito a contribuir.

Se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie para a Brasil Rotário uma foto em que apareça sozinho: E-mail: [email protected]

Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

Os 50 Mais

RC de Ronda Alta, RS (D.4700)Admissão: 12/03/2010

E-mail: [email protected]: Saulmar Antonio Barbosa

Clube padrinho: RC de Sarandi, RS (D.4700)

RC de Carapicuíba-Fazendinha, SP (D.4610)Admissão: 16/03/2010

E-mail: [email protected]: José Luis Millan Iglesias

Clubes padrinhos: RCs de Carapicuíba e de Cotia-Granja Viana Empresarial, SP (D.4610)

RC de São Paulo-Vila Mariana, SP (D.4420)Admissão: 18/03/2010

E-mail: [email protected]: Dermeval Polettini Fonseca

Clube padrinho: RC de São Paulo-Saúde, SP (D.4420)

RC de São Vicente do Sul, RS (D.4780)Admissão: 30/03/2010

E-mail: luizpaulofl [email protected]: Luiz Paulo Flores

Clube padrinho: RC de Santiago, RS (D.4780)

O compa-nheiro Ade-lindo Kfoury Sil-veira com-

pletou 50 anos de filia-ção ao RC de Salvador-Nazaré, BA (D.4550), e recebeu do clube título de honra ao mérito em comemoração à data.

RC de Nossa Senhora do Livramento, MT (D.4440)Admissão: 31/03/2010

E-mail: [email protected]: Leonardo Cazoni de Castro

Clube padrinho: RC de Poconé, MT (D.4440)

RC de Rondonópolis-Rio Vermelho, MT (D.4440)Admissão: 31/03/2010

E-mail: [email protected]: João Francisco Meyer

Clube padrinho: RC de Rondonópolis, MT (D.4440)

RC de Valparaíso de Goiás-Sul, GO (D.4530)Admissão: 30/03/2010

E-mail: [email protected]: Maurício Cardenas Pulido

Clube padrinho: RC de Gama, DF (D.4530)

RC de Tapejara, RS (D.4700)Admissão: 29/03/2010

E-mail: [email protected]: Sílvia Andréia Porto do Nascimento CaldatoClube padrinho: RC de Sananduva, RS (D.4700)

Antonio Duenhas Monre-al, do RC de Mirandópolis, SP (D.4470), foi governa-dor do distrito em 1979-80 e comemora 51 anos de vida rotária. Bastante fes-tejado pelos companheiros, recebeu cartão de prata alusivo à data.

O com-panheiro Roberto Ferreira ingres-sou na vida

rotária em 1957. Foi presidente do RC de Pelotas, RS (D.4680), na gestão 1972-73. É um dos mais eficientes e entu-siasmados colaboradores e presença constante em todas as reuniões, sendo merecedor do título Com-panheiro Paul Harris que recebeu de seu clube.

Adhemar Augusto, do RC de São Manuel, SP (D.4310), foi prefeito mu-nicipal de São Manuel, proprietário dos cinemas Cine ParaTodos e São Manuel, além de secretário e diretor de protoco-lo em seu clube.

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71BRASIL ROTÁRIO

Aconteceu na Brasil Rotário... Luiz Renato D. Coutinho

BR

Aconteceu na Brasil Rotário... ...em maio de 1930...em maio de 1930

A EDUCAÇÃO DO POVODe uma palestra do dr. Miguel Couto, na Associação Bra-sileira de Educação, descobrimos que certos problemas se mantêm (tanto mais que a taxa de analfabetismo em 1930 era de cerca de 63%):

“A educação do povo é o nosso problema nacional; pri-meiro, porque é o mais urgente; primeiro, porque resolve todos os outros; primeiro, porque resolvido collocará o Brasil a par das nações mais cultas, dando-lhe proventos e honrarias e afi ançando a prosperidade e a segurança; e assim se faz o primeiro, na verdade se torna o unico.”

NUTRIÇÃO E BOM HUMORUm pouco de medicina para o leitor por meio do rota-riano dr. Luiz Sodré, do Rotary Club do Rio de Janeiro:

“A infl uencia das sensações sobre o metabolismo geral até nos animaes se faz sentir. Ha na Hollanda um estábulo onde magnífi cas victrolas ortophonicas exe-cutam programas escolhidos; leite mais gordo ou mais abundante resulta de tal ou qual gênero de estilo musical.

Para o animal homem, o scenario deve ser mais com-plexo. No que tange á nutrição, os estímulos sensoriaes e psychicos têm alta relevância.”

OS PROGRESSOS DA RADIOTELEPHONIA“Como se conseguiu que o Rio de Janeiro possa falar com Londres, Paris e Berlim”. Este era o subtítulo para a transcrição da palestra de Rodrigo Octavio Filho, associado do Rotary Club do Rio de Janeiro. Hoje, pode parecer pueril o tema, mas as ligações para o exterior não eram tarefa simples até meados do século 20.

“Aquelles que já visitaram as installações da Com-panhia Radiotelegraphia Brasileira viram certamente aquellas antennas especiaes, amparadas cada uma por três torres metallicas de 100 metros de altura, que projectam na direcção da Europa e dos Estados Unidos os feixes de ondas curtas de mais ou menos quinze metros de com-primento, gerados por um apparelhamento inteiramente moderno e perfeito, com o fi m de obter a estabilidade absoluta e a invariabilidade indiscutível das ondas encar-regadas de transportar as vibrações microphonicas do Rio de Janeiro para Paris, Berlim, Madrid, etc...”

CAMPANHA DA ALPHABETISAÇÃO“Doze mil e quinhentas crianças compareceram à festa do Rotary Club do Rio”, dizia o subtítulo desta matéria. E a nossa publicação dava a saber:

“O Dia da Fraternidade, realizado dia 13, sob os auspí-cios do Rotary Club do Rio de Janeiro, (...) Foi um dia de elevação espiritual. (...) O Rotary Club do Rio, aproveitou-o para realizar os seus festejos annuaes, dedicados ás crianças das escolas publicas que consistem na doação de cadernetas da Caixa Econômica, com o credito inicial de 50$000, ás crianças laureadas de 56 escolas, sendo duas em cada um dos 28 districtos escolares, existentes no Districto Federal.

Um verdadeiro exercito infantil, uma revoada de botões humanos foi mobilizada nesse intuito. Nada menos de 12.500 crianças compareceram ás festividades promovidas pelo Rotary, realizadas concomitantemente em 14 cinemas do Rio de Janeiro, sendo feita em todas uma pequena allocução por membro do Rotary.”

A situação econômica no mundo podia não estar lá muito boa em 1930, mas para Mickey Mouse, a mais famosa criação de Walt Disney, estava se iniciando uma carreira de sucesso. Naqule ano, ele desbancou o Gato Félix, que desapareceu da tela justamente no momento em que Mickey estreava suas primeiras animações. Ainda em 1930, o cantor norte-americano Bing Crosby apareceu pela primeira vez no cinema. O filme era “O Rei do Jazz”, que trazia uma novidade tecnológica: o som.

Nessa época, a Brasil Rotário começava a se modernizar, perdendo a cara de boletim e adquirindo a roupagem de revista. Vejamos então o que ela trazia em maio de 1930: MICKEY EM “The Cactus Kid”, lançado em maio de 1930

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RelaxRodrigoCuriosidades

a invenção de PascalA primeira máquina de somar de verdade foi construída em 1642 pelo francês Blaise Pascal (1623-62), filho de um cobrador de impostos. Filósofo e matemático, Pascal cresceu observando seu pai ocupado em horas de cálcu-los tediosos. Determinado a reduzir o trabalho do pai — e possivelmente o seu próprio, pois também pensava em se tornar um cobrador de impostos no futuro —, Pascal construiu aos 19 anos um aparelho automático que, girando suas pequenas rodas, somava e subtraía. Por mais precisa e rápida que fosse para sua época, a máquina de calcular de Pascal nunca foi bem aceita: os funcionários, cujo ganha-pão eram os cálculos à mão, viram no dispositivo uma ameaça a seu tra-balho – e se recusaram a usá-lo.

Leis esquisitasNa Arábia Saudita, é ilegal beijar um desconhecido. Já no estado do Arizona, nos EUA, é proibido chutar uma mula. Na Suíça, não é permitido colocar as roupas para secar aos domingos; e na cidade de Arad, em Israel, os advogados não podem alimentar animais em locais públicos.

Hic!Cada soluço dura menos de 1 segundo e ocorre com frequên-cia normal e regular de 5 a 25 vezes por minuto. O “Livro dos Recordes” menciona um soluço que durou 57 anos.

reinventando LobatoAos 9 anos, Monteiro Lobato resolveu trocar de nome. De José Renato Monteiro Lobato ele passou a se chamar José Bento Monteiro Lobato. Fez isso para usar uma bengala de seu pai, que tinha gravadas as iniciais J.B.M.L.

Extraídas do site

http://guiadoscuriosos.ig.com.br

VoCê aCHa que esse nossonamoro Vai dar Certo?

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