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Boletim Olhares
CASA DE SAÚDE Nª Sª DA CONCEIÇÃO Nº 22 SETEMBRO/OUTUBRO 2013
ED
ITO
RIA
L D
O O
LH
AR
ES
Caros Leitores…
Nesta edição de Setembro e
Outubro de 2013 queremos
continuar a dar a conhecer os
eventos, iniciativas, atividades,
e projetos desenvolvidos pelas
Irmãs Hospitaleiras — Casa de
Saúde Nª Sª da Conceição.
Em Setembro as nossas
utentes aproveitaram os
últimos dias de sol e calor para
participarem em diversas
atividades no exterior,
incluindo passeios no comboio
turístico “A Lagarta” pelo
centro histórico de Ponta
Delgada, e passeios às Lagoas
das Furnas e Sete Cidades.
Em Outubro, entre os dias 7 e
11, a CSNSC organizou o II
Roteiro de Saúde Mental da
Região Autónoma dos Açores,
o programa “Abertura à
Comunidade”, uma peça de
teatro e uma exposição de arte
da autoria das utentes dos
projetos de ocupação e
reabilitação e uma Marcha
como celebração do dia 10, Dia
Mundial da Saúde Mental. No
final do mesmo mês celebrou-
se ainda o Dia das Bruxas, ou
Halloween com um convívio de
máscaras e animação musical.
A Equipa Técnica
No âmbito da comemoração do Dia
Mundial da Saúde Mental, de 7 a 11 de
Outubro de 2013, as Irmãs
Hospitaleiras - Casa de Saúde Nª Sª da
Conceição, em conjunto com outras
instituições da área da saúde mental,
organizaram o II Roteiro de Saúde
Mental da Região Autónoma dos Açores.
O programa incluiu a organização, no
dia 7 de Outubro de 2013, do
Seminário "Boas Práticas em Saúde
Mental", realizado na Biblioteca e
Arquivo Regional de Ponta Delgada.
A 8 e 9 de Outubro a CSNSC convidou
familiares, entidades parceiras,
instituições locais de saúde mental,
universidade a participar no programa
”Abertura à Comunidade”, que inclui:
exposição de trabalhos realizados nos
Ateliers Ocupacionais; encenação criada
por um grupo de utentes; workshop
“Qualidade em Saúde Mental”; visita
guiada a uma unidade de
psicogeriatria; e integração dos
participantes nos Ateliers Ocupacionais
e interação com as utentes.
No dia 10 de Outubro, a CSNSC
organizou a Marcha do Dia Mundial da
Saúde Mental em Ponta Delgada. Já
realizado em 2011, esta iniciativa visou
sensibilizar e educar as sociedade para
o estigma associado à saúde mental.
Dia Mundial da Saúde Mental 2013
Olhares... Página 2
Espaço da Utente
A geada do Outono
Ao descer o sobrado da minha
Casa, encontrei logo o que me
alegrou.
As crianças a nascerem e as folhas
amarelas nas árvores a caírem.
Começou a geada do Outono a
cada manhã.
A chuva veio forte, mas a tristeza
lá pairou.
O vento com toda a força
derrubou as árvores, as casas, os
rios e as ribeiras.
Vitória A.
Canção do Outono*
Já começa a arrefecer
Já está a chegar o Outono
Os dias ficam mais pequenos
E mais cedo vai anoitecer.
Os ouriços vão abrir
E vão surgir as castanhas
As folhas vão cair
Está a chegar o Outono.
Helena P.
Lúcia V.
Isaltina M.
*(adaptada com melodia “Menina
estás à Janela” de Vitorino ANO)
Quando as folhas caiem…
O Outono é a 3ª estação do ano. As folhas das árvores caiem e o tempo começa a
arrefecer. Começam as aulas. Os casacos saiem do guarda roupa. Os frutos caiem.
A hora muda, anoitece mais cedo, as noites são mais longas e os dias mais curtos.
As crianças vão para a escola. É o tempo das vindimas e da apanha do milho. As
folhas mudam de cor e caem.
Anónima
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Marcha do Dia Mundial da Saúde Mental – 10 de Outubro
O dia 10 de Outubro é o dia mundial da saúde mental e a CSNSC organizou, pela
segunda, vez uma marcha que percorreu algumas ruas da cidade, desde as Portas
da Cidade até às Portas do Mar. Juntaram-se a nós outras instituições que
fizeram a caminhada connosco. Durante o percurso fomos distribuindo panfletos
e jornais da nossa casa para informar as pessoas sobre o tema da saúde mental.
Eu gostei muito de participar. Falei com muitas pessoas e foi uma boa
oportunidade para mostrarmos aos outros que também somos pessoas como as
outras.
Passeio às Furnas
Gostei muito do passeio. Foi muito agradável!
Gostei particularmente do lanche que fizemos à volta da lagoa. Estava um dia
muito bom, um pouco fresco mas muito ameno. Tive a oportunidade de rever as
lindas paisagens da nossa terra. Passamos pelo miradouro de Santa Iria, Lagoa,
Ribeira Grande, Vila Franca e por muitos outros sítios. Todos eles tão bonitos.
Fernanda C.
Passeio na “Lagarta”
No dia 4 de Setembro a nossa Casa
proporcionou um passeio na Lagarta
pela zona histórica de Ponta Delgada.
Passar por sítios que eu já não via há
muito tempo. O acompanhante que
ia ao pé de mim, ia explicando todos
os sítios onde o comboio passava e
eu ia adorando.
Antónia B.
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A ECOLOGIA QUE GUARDA A NOSSA CASA
Em questões ecológicas a relação do homem com o mundo é um elemento constitutivo da
identidade humana. Trata-se de uma relação que nasce como fruto da relação, ainda mais
profunda, do homem com Deus. O próprio Deus quis Encarnar, ser humano como o Seu
interlocutor: somente no diálogo com Deus a criatura humana encontra a própria verdade, na
qual se inspira e cria normas para projetar a história no mundo, no jardim que Deus lhe ofereceu
para que seja cultivado e guardado.
Assim torna-se fundamental questionarmo-nos quem sou eu? Quem é o homem? É alguém que
muitas vezes se deixa tomar «mais pelo desejo do ter e do prazer, do que pelo ser e de crescer,
consome de maneira excessiva e desordenada os recursos da terra e da sua própria vida».
Estamos assim perante um verdadeiro «erro antropológico», espalhado e espelhado no nosso
tempo. Este mundo em que vivemos não é o paraíso que gostaríamos e a maioria dos problemas
ambientais atuais são gerados pela ação humana, pela minha e pela tua acção. Se olharmos bem
à nossa volta, olharmos o nosso jardim, o nosso mundo… estamos perante um mundo, um jardim
fragmentado, doente e num momento de ampla destruição do meio ambiente, que ameaça o
futuro do nosso planeta. Face a essa situação não podemos permanecer indiferentes.
O homem pensa «que pode dispor arbitrariamente da terra, submetendo-a sem reservas á sua
vontade». E além disso «graças sobretudo à ciência e à técnica, estendeu e continuamente
estende o seu domínio sobre quase toda a natureza». Surgindo a tendência à «exploração
inconsiderada» dos recursos da criação que é o resultado de um longo processo histórico e
cultural. A época moderna regista uma capacidade crescente de intervenção transformadora por
parte do homem a ponto de ameaçar e por em perigo a própria capacidade acolhedora do
ambiente como nossa “casa”. Isto devido aos poderosos meios de transformação oferecidos pela
dimensão tecnológica, parecendo que o equilíbrio homem-ambiente esteja a alcançar um ponto
demasiado critico. «A natureza aparece assim como um instrumento nas mãos do homem, uma
realidade que ele constantemente manipula, especialmente mediante a tecnologia.»
Parece haver uma concepção «redutiva que lê o mundo natural em chave mecanicista e o
desenvolvimento em chave consumista; o primado atribuído ao fazer e ao ter mais do que ao
ser» causando graves formas de alienação humana. É importante uma correta «concepção do
ambiente, se de um lado não se pode reduzir de forma utilitarista a natureza como mero objeto
de manipulação e desfrute, por outro lado não se pode absolutizar a natureza e sobrepô-la em
dignidade à própria pessoa humana». Há que por isso ressaltar principalmente a profunda
conexão existente entre ecologia ambiental e «ecologia humana».
E empenharmo-nos em salvaguardar as condições morais de uma autêntica «ecologia humana»,
nomeadamente no que diz respeito ao ambiente humano, se não estaremos a compactuar com
este efeito de destruição ecológica. Estrutura fundamental «a favor da ‘ecologia humana’ é a
família» é nesta pequena célula que o homem cresce, recebe e faz a experiência de amar e ser
amado, fundamentalmente de ser pessoa única e irrepetível. É aí que ele aprende a ‘ecologia
social’ das relações com os outros e com O Outro, que cresce em dignidade e aprende a arte de
cuidar e curar em dignidade a criação inteira.
Felizmente, no nosso mundo e espero que no teu coração também se desenvolva uma
crescente tomada de consciência ecológica, como se vem a desenvolver em muitas pessoas,
comunidades e instituições. É uma questão que urge um profundo respeito pela criação e a
aplicação de medidas mais fortes para a sua protecção. Somos chamados, a colaborar, a
promover e restabelecer relações justas com Deus e com os outros seres humanos, da mesma
forma e com a mesma urgência somos chamados a restaurar e curar as relações rompidas com a
criação, com a natureza.
Olhares... Página 5
Eis um desafio! Colaborar com Deus na sua obra criadora! Cabe-nos contribuir com o nosso
grãozinho de areia ajudando na reconciliação de uma criação ferida e necessitada de cura. Deus
colocou o mundo, o jardim, a criação nas mãos da humanidade para que cuidasse dele e o
preservasse. Temos entre mãos a responsabilidade humana de preservar um ambiente íntegro e
saudável para todos, conjugando as novas capacidades científicas com uma forte dimensão ética,
e que certamentamente promoverá o ambiente como casa e como recurso, em favor do homem
e de todos os homens, de forma a pervalecer o respeito pela vida, a dignidade do homem e os
direitos das gerações humanas vindouras.
É certo que esta crise ecológica desafia e questiona a nossa fé e ainda bem que assim é. Só assim
podemos chegar a uma verdadeira conversão de coração, e ter a atitude que deve caracterizar o
homem perante a criação que é essencialmente: a da gratidão e do reconhecimento do mistério
deste Deus que nos ama sem limites, só assim penetramos mais um bocado no horizonte do
mistério. «O mundo oferece-se ao olhar do homem como rastro de Deus, lugar no qual se desvela
a Sua força criadora, providente e redentora». Queres entrar nesta aventura criadora?
Deixo-te algumas aplicações à vida:
Mudança de coração, empreendendo um caminho de conversão, mudança efetiva de
mentalidade: confrontar as nossas resistências interiores, lançar um olhar agradecido para o
jardim, a criação, deixar-nos tocar o coração pela realidade ferida, adquirir um compromisso
pessoal e comunitário, introduzir mudanças no nosso estilo de vida e trabalho que realizamos.
Adoptar um novo estilo de vida na busca do verdadeiro, do belo e do bom, a comunhão com os
outros homens e mulheres em ordem a um crescimento comum. Adoptar um estilo inspirado na
sobriedade, na temperança, na autodisciplina, no plano pessoal e social. Bem como numa forte
motivação para uma autêntica solidariedade de dimensão universal e partilha de bens.
Reconciliação com a criação numa dimensão de fé (com Deus, com os outros, comigo e com
a natureza)
Colaboração: nos esforços para preservar o meio ambiente e proteger assim a criação e as
populações mais pobres, que são as mais ameaçadas pelas consequências da degradação
ambiental.
O cuidado da criação, nova dimensão da missão hospitaleira num horizonte de fé: Respeito
pela criação e pela vida, promovendo uma forte dimensão ética, promover a justiça, o diálogo e a
misericórdia para com os mais pobres.
Cuidar uma verdadeira ecologia humana na família e no meio social.
Envolver e sensibilizar o maior número de pessoas e jovens neste âmbito ecológico e
despertar para estas questões.
Lê e aprofunda esta temática se quiser veja em Google – “Compêndio da Doutrina Social da
Igreja” o tema da Ecologia
Mariana, hsc
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Foto-Reportagem
SETEMBRO e OUTUBRO
Olhares. Página 7
PRÓXIMOS EVENTOS E ATIVIDADES
NOVEMBRO
11 > Festa de S. Martinho
21 > Aniversário da Canonização de S. Bento Menni
21 > Festa de Cristo Rei
21 > Missa dos Aniversários
DEZEMBRO
05 > Dia Mundial do Voluntariado
08 > Festa da Imaculada Conceição e Festa do Compromisso dos Voluntários
14 > Festa de Natal dos Utentes
16 > Reflexão e celebração do Natal dos Colaboradores e Utentes
20 a 23 > Natal Hospitaleiro—JH
29 > Missa dos Aniversários
31 > Te Deum
NOVEMBRO 01 Liduína M.
02 Lumena C.
03 Aldora M.
03 Manuel A.
03 Mª Fátima C.
04 Alzira S.
04 Valdomira S.
05 Eduarda M.
08 Berta B.
08 Leila B.
10 Nídia C.
10 Maria Ana A.
12 Marlene V.
14 Libélia S.
14 Susana C.
19 Marco A.
20 Mónica A.
20 Fernanda M.
20 Conceição V.
21 Fátima S.
21 Mª Auxílio F.
22 Graça C.
23 Rosa C.
23 Emília P.
23 Nélia M.
26 Helena B.
28 Luciano R.
29 Raquel C.
29 Francisco M.
DEZEMBRO
04 Luísa F.
04 Dina S.
05 Mª José V.
05 Madalena M.
07 Mariana C.
09 Mª João P.
09 Márcia P.
14 Hirondina A.
15 Madalena S.
17 Mª Carmo O.
18 Guiomar S.
18 Alexandrina T.
19 Mª Jesus L.
19 Conceição F.
19 Lúcia C.
24 Carla M.
24 Graça M.
26 Irondina B.
28 Ana Cristina V.
28 Antónia B.
28 Maria da Graça Neves
31 Lurdes Tavares B1
Aniversários da Família Hospitaleira
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Equipa Técnica
Nuno Nunes (Psicólogo)
Teresa Vale (Psicóloga)
Tatiana Pereira (Ass. Social)
Colaboradores
Mariana Camacho (Assist. Espiritual)
Helena P
Lúcia V.
Isaltina M.
Antónia B.
Fernanda C.
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OUTONO SAÚDE LAGARTA
HUMANIDADE EXPOSIÇÃO ARTE
ECOLOGIA ANIVERSÁRIO IDENTIDADE
SoPa De LeTRaS
Projeto Ateliers Ocupacionais
Entre os diversos projetos, programas e atividades no âmbito da reabilitação
psicossocial e a ocupação a CSNSC dinamiza quatro ateliers diferenciados (conforme as
potencialidades, necessidades e os interesses das utentes que funcionam 6 dias por
semana). Os Ateliers Ocupacionais têm como objectivo desenvolver o trabalho
relacional, interacção, estimulação e desenvolvimento de capacidades ligadas à atenção,
observação, memória e execução psicomotora. Este projeto integra utentes das áreas de
psiquiatria (curto, médio e longo internamento), psicogeriatria, e deficiência mental. As
atividades desenvolvem-se diariamente nos ateliers ocupacionais com os equipamentos
e materiais adequados, mas também semanalmente, em espaços próprios nas unidades
de internamento -de modo a abranger também as utentes que por motivos de fraca
mobilidade , dependência grave ou total não se podem deslocar aos ateliers
O A V S E X P O S I Ç Ã O
U Q U I C M B A M O H D J
T Z E E C O L O G I A M S
O A D J V W E Y X R G B A
N N K Ç R V T A R K L Ç Ú
O I C G J B L J V I Z Y D
F V T H U M A N I D A D E
M E F Z Ã Q G E X E H O Q
C R G H J L A D T N L M L
Ç S U T H B R P R T Ã B C
I Á U A N R T K R I I G W
I R D I M L A Y E D O D M
F I G Z J V Z P M A G M X
M O S Q U C Ç V S D E Ç J
Y V P T H V Ã U C E Z Y T
E U K B I W E A R T E Z U