boletim oposição sindipetro duque de caxias

4
Este título, expressa o sentimento de muitos companheiros que realizaram nossa última greve. Contra toda crise imposta aos trabalhadores pelo Governo Dilma/Bendine e a privatização da Petrobras em curso, os petroleiros de todo o país se levantaram novamente para lutar. Lado a lado, companheiros antigos e novos, cerraram fileira e disse- ram um sonoro “não“. Um “não” para a crise imposta a nós e toda roubalheira da direção da empresa. Um “não” para a privatização da Petrobras. Um “não” para a retirada de direitos do nosso Acordo Coletivo e um “NÃO” maior ainda às práticas de negociação da FUP e Petrobras. Era possível conquistar mais com a nossa luta. Talvez impedir a venda de ativos, ou paralisar a privatização. A greve ainda tinha força pra lutar pelo abono dos dias parados, e pela garantia que não haveria punições. Todos nós que lutamos sentimos isso. Mais uma vez mostramos que juntos somos fortes e não aceitaremos esse sindicalismo atrelado ao governo. Que esta foi apenas uma batalha. A guerra continua. E nossa categoria sabe que pode mais. Parabéns aos bravos lutadores que estiveram do lado de fora. Conclamamos aos demais que se juntem a nós. Fortaleça nossa luta. É PRECISO LUTAR, É POSSÍVEL VENCER! BALANÇO DA GREVE PETROLEIRA 2015 a Em resumo, mantive- mos as cláusulas do ACT, impedindo retrocessos a Reposição da inflação Era possível mais! a Aumento real de salário a Primeirização do benefício farmácia a Abono dos dias parados a Garantia de nenhuma punição a Incorporação da TRANSPETRO a Barrar a venda de ativos a Impedir a demissão de terceirizados a Retomada das obras (COMPERJ, FAFEN-MS, RNEST). O que a PETROBRÁS recuou?

Upload: vicente-saraiva

Post on 27-Jul-2016

222 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Este título, expressa o sentimento de muitos companheiros que realizaram nossa última greve. Contra toda crise imposta aos trabalhadores pelo Governo Dilma/Bendine e a privatização da Petrobras em curso, os petroleiros de todo o país se levantaram novamente para lutar. Lado a lado, companheiros antigos e novos, cerraram fileira e disse-ram um sonoro “não“. Um “não” para a crise imposta a nós e toda roubalheira da direção da empresa. Um “não” para a privatização da Petrobras. Um “não” para a retirada de direitos do nosso Acordo Coletivo e um “NÃO” maior ainda às práticas de negociação da FUP e Petrobras.

Era possível conquistar mais com a nossa luta. Talvez impedir a venda de ativos, ou paralisar a privatização. A greve ainda tinha força pra lutar pelo abono dos dias parados, e pela garantia que não haveria punições. Todos nós que lutamos sentimos isso.

Mais uma vez mostramos que juntos somos fortes e não aceitaremos esse sindicalismo atrelado ao governo. Que esta foi apenas uma batalha. A guerra continua. E nossa categoria sabe que pode mais. Parabéns aos bravos lutadores que estiveram do lado de fora. Conclamamos aos demais que se juntem a nós. Fortaleça nossa luta.

É preciso lutar, É possível vencer!BALANÇO DA GREVE pEtROLEiRA 2015

a Em resumo, mantive-mos as cláusulas do ACT, impedindo retrocessosa Reposição da inflação

era possível mais!a Aumento real de salário

a Primeirização do benefício farmáciaa Abono dos dias parados

a Garantia de nenhuma puniçãoa Incorporação da TRANSPETRO

a Barrar a venda de ativosa Impedir a demissão de terceirizadosa Retomada das obras (COMPERJ,

FAFEN-MS, RNEST).

o que a petroBrÁsrecuou?

[foto]

Ao longo de toda a campanha salarial a FUP não encaminhou a nossa pauta de reivindicações para a direção da Petro-brás. Com isto, a direção da Petrobrás pode rebaixar o nível de negociação. Pagou o feriado de 7 de setembro a menor para o turno sem qualquer reação da federação ou do sindicato. A recusa em levar adiante nossa campanha só nos prejudicou e fez a empresa avançar na sua intenção de retirar direitos e arrochar salários.

A FUP não quis associar a nossa campanha salarial com a Pauta pelo Brasil. Com isso, fragilizou ambas as campanhas. Por que motivo a FUP se recusou em encaminhar a nossa luta de forma integrada, nos fragilizando deste jeito?

A luta contra a venda de ativos e o processo de desintegração da Petrobrás não é e nem pode ser dissociada da luta em defesa dos nossos empregos, direitos e salários. Não são e nunca foram ataques distintos. São partes integrantes do mesmo ataque dos governos de plantão frente às crises econômicas. Todos os governos, desde os militares, Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma fazem a mesma coisa: colocam a conta nas costas da classe trabalhadora. E a maneira é a mesma: privat-izações, retirada de direitos, demissões e arrocho salarial.

Ao final, a FUP e o SINDIPETRO CAXIAS, aceitaram um ACT sem avanço algum, e ficaram satisfeitos com um Grupo de Trabalho – GT, pra discutir a Pauta Brasil, sem haver a garantia de que o plano de desinvestimento seria suspenso enquanto seguissem os trabalhos.

2015 Junho

1- pauta reivinDicatÓria 2015: o priMeiro Grave erro Da Fup Foi separar luta pelo act Da luta eM DeFesa Da petroBrÁs

SetembroAgostoJulho

Sindipetro CaxiaS enCaminha a FUp, propoSta de reajUSte de 23%

de aUmento real

ConGreSSo da Fnp aprova lUta pelo aCt e pela

petrobráS,enqUanto a

plenaFUp aprova lUta exClUSiva pela paUta pelo braSil

Fnp Chama FUp pela Unidade- por meSa úniCa

- por Comando úniCo de Greve

aSSembléia em CaxiaS

aprova Greve

Não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. A postura equivocada da direção do SINDIPETRO CAXIAS e da FUP nesta campanha demonstra que teremos dificuldade em combater o projeto de privatização de Dilma e Bendine. É pre-ciso que o nosso sindicato tenha total independência do governo e da direção da Petrobrás.

Ou bem o sindicato está a serviço de garantir os direitos dos trabalhadores; ou bem se utiliza o sindicato para defender os interesses do governo e da direção da empresa.

SiNDipEtRO CAXiAS com a presidente Dilma em Abril de 2015

O ex-presidente da pEtROBRÁS, à época de paulo Roberto e Cerveró, em reunião da FUp

2 - a Falta De inDepenDÊncia política

[foto]

2016Outubro NovembroFNP

24/9: Fnp

Começa mobilizaçõeS

23/10: petrobráS

anUnCia venda da

GaSpetro

29/10: Começa Greve

naS baSeS da Fnp

01/11: Começa Greve

naS baSeS da FUp

14/11: Sindipetro

CaxiaS é derrotado em aSSembléia, e

Greve ContinUa

16/11: Com a ajUda da GerênCia,

SindiCato ConSeGUe

aCabar Com a Greve

20/11: Fim da Greve

no nF, e apóS eSSa deCiSão naS

baSeS da Fnp

FNP + FUP

Desde o início da greve, a categoria mostrou força e união. Em alguns lugares teve adesão de supervisores, para-da de produção ou controle da produção. No dia 14 de novembro (sábado), a maior e mais importante base da FUP, o Norte Fluminense (Macaé e Campos), derrotou a proposta da direção da FUP de acabar a greve, por 620 a 122 votos. Mais quatro bases da FUP votaram por manter o movimento, contra a orientação de recuo da federação governista: Es-pírito Santo, Ceará/Piauí, Duque de Caxias e Minas Gerais. Ficou claro que quem defendeu a continuidade da greve no sábado estava certo. Mas a postura da direção governista não foi reavaliar o seu indicativo que dividiu os trabalhadores. Ao contrário, refez assembleias somente nas bases que se mantiveram em greve. Gerou mais e mais insegurança.

A posição de continuar a greve no sábado se demonstrou correta tendo em vista que a maior parte dos petroleiros a nível nacional con-tinuou em greve. A votação foi 160 a 90 e os companheiros que manti-veram a greve fortaleceram as bases que ainda não tinham deliberado. Em seguida essas bases votaram para continuar a greve, com destaque para o Norte Fluminense.

3- petroleiros MostraM ForÇa e uniÃo

A postura da direção sindical ao final da assembleia de sábado, 14 de novembro foi absurda. Aos gritos, de forma descon-trolada e desequilibrada, o presidente do sindicato e seus diretores cobraram dos trabalhadores que ficassem nos piquetes no final de semana, até a assembléia de segunda-feira, quando iríamos avaliar o quadro nacional de mobilização.

Entretanto, o exemplo que a direção sindical deu, foi o abandono do piquete e dos piqueteiros. Somente os membros da oposição sindical e alguns trabalhadores de base permaneceram todo o final de semana nos piquetes. Sem água, sem estrutura, sem sequer a companhia dos diretores do sindicato.

Mas pior foi na segunda-feira, 16 de novembro. O sindicato se apoiou na presença dos fura-greves e gerentes em nossa assembleia para aprovar o indicativo da FUP na segunda-feira. Com isto, conseguiu derrotar a decisão de acompanhar o quadro nacional que se mantinha: das 17 bases da FUP e da FNP, 10 bases queriam manter a greve e 7 recuaram. Cerca de 300 gerentes e fura-greves garantiram a aprovação do indicativo da FUP. Os mesmos que ignoraram nossa luta, agora eram chamados pela direção sindical para acabar com ela. Vergonha! Novamente, a quem a FUP representa? O desejo dos trabalhadores ou o desejo da direção da Petrobrás? Somente quem lutava deveria definir os rumos da greve. Mas o Sindipetro Caxias e a FUP preferem que a gerência e os fura-greves o façam!

4- sinDicato se une coM a GerÊncia, e conDuZ FiM Da Greve De ForMa verGonHosa

Assembleia de sábado aprovou continuidade da greve contra indicativo da FUp

Na década de 80, no embalo do fim da ditadura e do surgimento do Partido do Trabalhadores, foi criada a CUT em 1983. Uma central de trabalhadores que aglutinava a esquerda combativa nacional. Na sua maioria, integrantes do PT e a vanguarda de movimentos que participaram da luta pela

democracia e fim do regime militar. De 1983 a 1990, o sindicalismo petroleiro se consolidou no interior desta central. Nesse período, de norte

a sul do Brasil, os sindicatos de petroleiros eram administrados pelos “pelegos antigos. Eram sindicalistas que se perpetuaram na época do regime militar e que realizavam as negociações

com a direção da Petrobras (ainda indicada pelo regime) a portas fechadas. Chegavam prontas para serem aprovadas e defendidas por esses sindicalistas. Após muitas lutas,

várias greves, essas direções foram banidas do movimento sindical petroleiro e se consolidaram as direções cutistas no seio da categoria. Na conjuntura atual, passamos por um momento

muito parecido. Temos, em nível nacional, a maioria dos sindicatos de petroleiros petistas ou que defendem o governo do PT e da presidente Dilma. E isto, está refletindo nas relações de disputa entre os trabalhadores e a direção da Petrobras, indicada pelo

governo. Exemplo disso é a atual direção do Sindipetro-Caxias que se perpetua a mais de 20 anos no poder.

Em menos de um mês do fim da Greve, a grande vitória da FUP, o grupo de trabalho sobre a Pauta Pelo Brasil, pode ser con-siderado falido. Segundo a Folha de SP, em matéria intitulada “Para fazer caixa, Petrobras põe à venda duas áreas em produção”, do 1º de dezembro, a Petrobrás está colocando a venda duas áreas de campos de petróleo, um na Bacia de Santos o outro na Bacia do Espírito Santo. Estes campos já estão produzindo.

uM pouco De HistÓria...

Grupo De traBalHo Da pauta pelo Brasil

ConferênCia regional dos grevistas

e Comissões de Base do estado do rJ

Reunião estadual para integrar as bases que fortaleceram a greve, conquistar o abono dos dias parados, organizar a resistência a eventuais retaliações e apontar os próximos passos de nossa luta permanente, pela construção de uma nova direção unitária para a categoria. A FNP e o Sindipetro-RJ apóiam e impulsionam este movimento.

#NeNhumDireitoameNos

apoio:

Os Grevistas da Usina Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE GLB) estão de parabéns. A adesão foi superior a greve de 2013. Este número só não foi maior porque a diretoria do sindicato se recusou a fazer piquetes constantes nos seus dois portões de acesso – muito embora trabalhadores da base tenham solicitado por diversas vezes.

O alvo principal do plano de desinvestimentos é a diretoria do Gás e Energia (GE), a qual a UTE está ligada. Mesmo assim, a tal “Pauta pelo Brasil”, cantada como vitória pela FUP, não prevê nenhuma garantia de que não será privatizada (seja vendendo-se ações das térmicas, seja vendendo-as por inteiro).

Diretoria Do sinDipetro caxias vira as costas à ute-GlB