boletim ecetistas em luta mg 23/09/2013

2
1 . A GREVE É GERAL E NACIONAL. A decisão da assembleia do dia 17 de setembro foi pela Greve Geral dos trabalhadores dos Correios em todo o Estado de Minas Gerais. Nós ecetistas mineiros fazemos parte de um movimento de greve nacional, que tem à frente a nossa Fe- deração (Fentect) e já decre- taram greve 30 sindicatos (de um total de 35) para lutar por 47,8% de reposição salarial e em defesa do nosso plano de saúde, além de outras reivin- dicações (Veja o Mapa). 2 . NOSSA GREVE É UMA DECISÃO DA CA- TEGORIA ECETISTA E DO SINTECT-MG. Essa de- cisão é definitiva e não pode ser desfeita, a não ser por nova assembleia geral dos trabalhadores. Vale para toda a categoria, setor operacio- nal, administrativo, centros e distribuição, ou seja, toda a empresa. 3 . A GREVE É FORTE E VAI CRESCER AINDA MAIS. A greve já uma realidade na Capital e no In- terior de MG e, nesta sema- na, vamos ampliá-la, porque Minas Gerais tem o papel de liderar a luta dos trabalhado- res de todo o País. Para isso nossa meta é PARAR 100% A PRODUÇÃO, a entrega de cartas e encomendas, o transporte, o atendimento. VAMOS PARAR TUDO! Pois só assim o patrão vai nos es- cutar. 4 . COMANDO ESTA- DUAL DE GREVE. Para melhor organizar a nossa luta e parar 100%, vamos organizar um Coman- do de Greve, com diretores do Sintect-MG, delegados sindicais e grevistas de to- dos os setores. Esse co- mando é aberto a qualquer trabalhador e tem o papel de organizar a luta na capi- tal e no interior. O Comando de Greve deve organizar os piquetes, realizar reuniões para esclarecer os trabalha- dores, distribuir os boletins e tudo o que for preciso para garantir a ampliação da gre- ve. 5 . PIQUETES NOS CENTROS OPERA- CIONAIS E TODOS OS SETORES. Para lutar por 100% de paralisação vamos fazer piquetes em todos os setores, para fazer valer a vontade e a decisão tomada pela categoria na nossa as- sembleia. A greve não é uma decisão individual, mas co- letiva, que deve ser respei- tada por todos. Os piquetes servem para esclarecer os trabalhadores e fazer valer a vontade da maioria, pois com a nossa greve todos trabalhadores ganham. En- tão vamos lutar juntos. To- dos unidos contra os patrões e os chefes, para garantir nosso convênio médico e a reposição das perdas sala- riais. 6 . CHEFE NÃO MAN- DA NA NOSSA GREVE, TEM QUE RESPEITAR A DECISÃO DOS TRABALHA- DORES. Nenhum trabalhador deve aceitar e muito menos se submeter a qualquer tipo de pressão. Quem manda na gre- ve são os trabalhadores. 7 . NÃO VAMOS PER- MITIR QUE FUREM A GREVE. A orientação do Sindicato é que seja respei- tada a decisão da categoria e que nenhum trabalhador entre para o local de servi- ço, seja do setor operacional ou administrativo, incluindo terceirizados. A decisão pela greve deliberada em assem- bleia é soberana e, repetindo, vale para todos os trabalha- dores. 8 . Os trabalhadores de setores que já estão parados devem ajudar na paralisação de outros se- tores. As mobilizações diárias poderão ser feitas em diferen- tes setores, especialmente onde estiver tendo dificuldade para parar. O Comando vai se reunir na segunda-feira (17h no Sindicato) e vamos apon- tar os atos e passeatas que vamos realizar. E as concen- trações de cada dia. Nesta segunda vamos nos agrupar no prédio central. 9 . Para nossa greve ser forte, temos de parar 100% a circulação do fluxo postal em Minas Ge- rais e no país. Fazer isso por todos os meios que forem ne- cessários. Não permitir a cir- culação dos carros, nem de pessoas. Se necessário atra- vés da ocupação e acampa- mentos. 10 . O SINTECT- -MG E OS ECE- TISTAS MINEIROS VÃO DAR, MAIS UMA VEZ, O EXEMPLO. Somos o maior sindicato da nossa Federação Nacional. Temos um papel fundamental na greve. Inclusi- ve para fortalecer o movimen- to em nível nacional. COMO AMPLIAR E APROFUNDAR A GREVE Companheiro trabalhador, essas são as orientações do Sintect-MG para os ecetistas mineiros: Ecetistas mineiros foram o exemplo em 2012. Seremos novamente em 2013! Piquetes para ampliar a greve e parar 100% da ECT Decretada a greve e conquistado um amplo apoio entre trabalhadores da Capital e do Interior, é preciso intensificar os piquetes para derrotar as pressões dos chefes e diretores da empresa para cumprir a decisão democrática da categoria: parar toda a ECT e conquistar nossas reivindicações Os primeiros dias da greve em Minas Gerais, foram mar- cados por uma ampla partici- pação dos trabalhadores na mobilização, começando pela presença de mais de 500 tra- balhadores na assembleia geral que decidiu pelo início da greve no dia 17. A paralisação alcançou al- tos índices de adesão na Ca- pital, Grande BH e no interior do estado mostrando a deter- minação dos ecetistas minei- ros de enfrentar a direção da ECT e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e conquistar a reposição integral das perdas salariais e impedir a tentativa da empresa de acabar com uma das maiores conquistas da nossa categoria, nosso convênio médico. A categoria ratificou em assembleia geral e nas diver- sas reuniões setoriais realiza- das nas portas de dezenas de locais de trabalho, a decisão de ir para cima da direção da ECT em Minas Gerais e em todo o País, impulsionando a luta da categoria contra a traição dos sindicalistas ven- didos do PCdoB, que na di- reção dos Sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro agiram para quebra a unidade nacio- nal da categoria, com uma greve de mentirinha, sem pa- ralisação real, realizada com amplo apoio da venal impren- sa burguesa, justamente para tentar impedir uma greve unificada de mais de 100 mil trabalhadores contra a dire- ção da ECT e o governo, que pode derrotar não apenas os planos de arrocho salarial e ataques nos Correios, como “contaminar” outras catego- rias que estão em campanha salarial. Aqui em Minas reafirma- mos a importância da luta nacional, dos atos unificados em Brasília, na sede dos Cor- reios e no Tribunal Superior do Trabalho (TST), contra a ditadura dos juízes e jun- to aos trabalhadores de São Paulo e do Rio, golpeados por suas direções sindicais. Em 2012, Minas Gerais tomou à dianteira e cumpriu o que foi decidido em nível nacional, garantindo – junto com os ecetistas do Pará – a deflagração da greve que ga- rantiu o nosso plano de saúde e o reajuste de 6,5%, quando a empresa teve a cara de pau de propor 0% e, depois, 3%. Neste ano, já são 30 os sindicatos que decretaram greve. Uma questão fundamental para o fortalecimento da gre- ve em Minas Gerais, como em todo o País é a organização e ampliação dos piquetes para, por meio do esclarecimento dos trabalhadores e demais iniciativas que forem neces- sárias, garantir o respeito às decisões dos trabalhadores tomadas nas assembleias democráticas da categoria. A greve é uma decisão coletiva que diz respeito à defesa dos interesses de todos os traba- lhadores. As ameaças de chefes e diretores devem ser devi- damente denunciadas e en- frentadas por meio da mobi- lização coletiva, para impor o devido respeito à decisão dos trabalhadores. Piquetes neles, trabalha- dores mineiros e de todo o País, para garantir 100% de paralisação para conquistar 47,8% de reposição e as de- mais reivindicações da cate- goria! Boletim Ecetistas em Luta Órgão da corrente nacional Ecetistas em Luta - Distribuição gratuita - Edição Minas Gerais - nº 916 - segunda-feira, 23 de setembro de 2013 Entre em contato com Ecetistas em Luta na Internet: http://sintectmg.wordpress.com Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected] - fone: (31) 3224-0752

Upload: ecetistas-em-luta

Post on 06-Mar-2016

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Boletim Ecetistas em Luta MG 23/09/2013

1. A GREVE É GERAL E NACIONAL. A decisão da assembleia do dia 17

de setembro foi pela Greve Geral dos trabalhadores dos Correios em todo o Estado de Minas Gerais. Nós ecetistas mineiros fazemos parte de um movimento de greve nacional, que tem à frente a nossa Fe-deração (Fentect) e já decre-taram greve 30 sindicatos (de um total de 35) para lutar por 47,8% de reposição salarial e em defesa do nosso plano de saúde, além de outras reivin-dicações (Veja o Mapa).

2. NOSSA GREVE É UMA DECISÃO DA CA-TEGORIA ECETISTA E

DO SINTECT-MG. Essa de-cisão é definitiva e não pode ser desfeita, a não ser por nova assembleia geral dos trabalhadores. Vale para toda a categoria, setor operacio-nal, administrativo, centros e distribuição, ou seja, toda a empresa.

3. A GREVE É FORTE E VAI CRESCER AINDA MAIS. A greve já uma

realidade na Capital e no In-terior de MG e, nesta sema-na, vamos ampliá-la, porque Minas Gerais tem o papel de liderar a luta dos trabalhado-res de todo o País. Para isso nossa meta é PARAR 100% A PRODUÇÃO, a entrega de cartas e encomendas, o transporte, o atendimento. VAMOS PARAR TUDO! Pois só assim o patrão vai nos es-cutar.

4. COMANDO ESTA-DUAL DE GREVE. Para melhor organizar

a nossa luta e parar 100%, vamos organizar um Coman-do de Greve, com diretores do Sintect-MG, delegados sindicais e grevistas de to-dos os setores. Esse co-mando é aberto a qualquer trabalhador e tem o papel de organizar a luta na capi-tal e no interior. O Comando de Greve deve organizar os

piquetes, realizar reuniões para esclarecer os trabalha-dores, distribuir os boletins e tudo o que for preciso para garantir a ampliação da gre-ve.

5. PIQUETES NOS CENTROS OPERA-CIONAIS E TODOS OS

SETORES. Para lutar por 100% de paralisação vamos fazer piquetes em todos os setores, para fazer valer a vontade e a decisão tomada pela categoria na nossa as-sembleia. A greve não é uma decisão individual, mas co-letiva, que deve ser respei-tada por todos. Os piquetes servem para esclarecer os trabalhadores e fazer valer a vontade da maioria, pois com a nossa greve todos trabalhadores ganham. En-tão vamos lutar juntos. To-dos unidos contra os patrões e os chefes, para garantir nosso convênio médico e a reposição das perdas sala-riais.

6. CHEFE NÃO MAN-DA NA NOSSA GREVE, TEM QUE RESPEITAR A

DECISÃO DOS TRABALHA-DORES. Nenhum trabalhador deve aceitar e muito menos se submeter a qualquer tipo de pressão. Quem manda na gre-ve são os trabalhadores.

7. NÃO VAMOS PER-MITIR QUE FUREM A GREVE. A orientação do

Sindicato é que seja respei-tada a decisão da categoria e que nenhum trabalhador entre para o local de servi-ço, seja do setor operacional ou administrativo, incluindo terceirizados. A decisão pela greve deliberada em assem-bleia é soberana e, repetindo, vale para todos os trabalha-dores.

8. Os trabalhadores de setores que já estão parados devem ajudar

na paralisação de outros se-tores. As mobilizações diárias poderão ser feitas em diferen-tes setores, especialmente

onde estiver tendo dificuldade para parar. O Comando vai se reunir na segunda-feira (17h no Sindicato) e vamos apon-tar os atos e passeatas que vamos realizar. E as concen-trações de cada dia. Nesta segunda vamos nos agrupar no prédio central.

9. Para nossa greve ser forte, temos de parar 100% a circulação do

fluxo postal em Minas Ge-rais e no país. Fazer isso por todos os meios que forem ne-cessários. Não permitir a cir-culação dos carros, nem de pessoas. Se necessário atra-vés da ocupação e acampa-mentos.

10. O SINTECT--MG E OS ECE-TISTAS MINEIROS

VÃO DAR, MAIS UMA VEZ, O EXEMPLO. Somos o maior sindicato da nossa Federação Nacional. Temos um papel fundamental na greve. Inclusi-ve para fortalecer o movimen-to em nível nacional.

COMO AMPLIAR E APROFUNDAR A GREVECompanheiro trabalhador, essas são as orientações do Sintect-MG para os ecetistas mineiros:

Ecetistas mineiros foram o exemplo em 2012. Seremos novamente em 2013!Piquetes para ampliar a greve e parar 100% da ECT

Decretada a greve e conquistado um amplo apoio entre trabalhadores da Capital e do Interior, é preciso intensificar os piquetes para derrotar as pressões dos chefes e diretores da empresa para cumprir a decisão democrática da categoria: parar toda a ECT e conquistar nossas reivindicações

Os primeiros dias da greve em Minas Gerais, foram mar-cados por uma ampla partici-pação dos trabalhadores na mobilização, começando pela presença de mais de 500 tra-balhadores na assembleia geral que decidiu pelo início da greve no dia 17.

A paralisação alcançou al-tos índices de adesão na Ca-pital, Grande BH e no interior do estado mostrando a deter-minação dos ecetistas minei-ros de enfrentar a direção da ECT e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e conquistar a reposição integral das perdas salariais e impedir a tentativa da empresa de acabar com uma das maiores conquistas

da nossa categoria, nosso convênio médico.

A categoria ratificou em assembleia geral e nas diver-sas reuniões setoriais realiza-das nas portas de dezenas de locais de trabalho, a decisão de ir para cima da direção da ECT em Minas Gerais e em todo o País, impulsionando a luta da categoria contra a traição dos sindicalistas ven-didos do PCdoB, que na di-reção dos Sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro agiram para quebra a unidade nacio-nal da categoria, com uma greve de mentirinha, sem pa-ralisação real, realizada com amplo apoio da venal impren-sa burguesa, justamente para

tentar impedir uma greve unificada de mais de 100 mil trabalhadores contra a dire-ção da ECT e o governo, que pode derrotar não apenas os planos de arrocho salarial e ataques nos Correios, como “contaminar” outras catego-rias que estão em campanha salarial.

Aqui em Minas reafirma-mos a importância da luta nacional, dos atos unificados em Brasília, na sede dos Cor-reios e no Tribunal Superior do Trabalho (TST), contra a ditadura dos juízes e jun-to aos trabalhadores de São Paulo e do Rio, golpeados por suas direções sindicais.

Em 2012, Minas Gerais

tomou à dianteira e cumpriu o que foi decidido em nível nacional, garantindo – junto com os ecetistas do Pará – a deflagração da greve que ga-rantiu o nosso plano de saúde e o reajuste de 6,5%, quando a empresa teve a cara de pau de propor 0% e, depois, 3%.

Neste ano, já são 30 os sindicatos que decretaram greve.

Uma questão fundamental para o fortalecimento da gre-ve em Minas Gerais, como em todo o País é a organização e ampliação dos piquetes para, por meio do esclarecimento dos trabalhadores e demais iniciativas que forem neces-sárias, garantir o respeito às

decisões dos trabalhadores tomadas nas assembleias democráticas da categoria. A greve é uma decisão coletiva que diz respeito à defesa dos interesses de todos os traba-lhadores.

As ameaças de chefes e diretores devem ser devi-damente denunciadas e en-frentadas por meio da mobi-lização coletiva, para impor o devido respeito à decisão dos trabalhadores.

Piquetes neles, trabalha-dores mineiros e de todo o País, para garantir 100% de paralisação para conquistar 47,8% de reposição e as de-mais reivindicações da cate-goria!

Boletim

Ecetistas em LutaÓrgão da corrente nacional Ecetistas em Luta- Distribuição gratuita -

Edição Minas Gerais - nº 916 - segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Entre em contato com Ecetistas em Luta na Internet: http://sintectmg.wordpress.com Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected] - fone: (31) 3224-0752

Page 2: Boletim Ecetistas em Luta MG 23/09/2013

Vamos ajudar os ecetistas paulistas a entrarem em greveTrabalhadores de São Paulo decidem pararCategoria demonstra sua revolta com a mafiosa direção do sindicato local e mostra disposição para aderir ao movimento nacional junto com a Fentect. Vamos parar SP!

Na noite do último dia 19 (quinta-feira), Trabalhadores dos Correios da base de São Paulo, participaram de as-sembleia geral na Praça da Sé, convocada pela a Fede-ração Nacional dos Trabalha-dores dos Correios (Fentect).

A assembleia reuniu cer-ca de 200 trabalhadores de mais de 20 setores dos principais complexos opera-cionais da cidade (Jaguaré, Vila Maria, Mooca, Saúde), dos Centros de Distribuição Domiciliar (CDDs) da Zona Norte, Sul, Leste, e cidades vizinhas, bem como de inú-meras agências, confirman-do a vontade da categoria de aderir à luta nacional da categoria iniciada com a gre-ve geral do último dia 17.

A base de São Paulo foi traída pela direção do sindi-cato local realizou uma gre-ve de mentirinha no dia 11. Uma greve armada com a direção da ECT para no dia seguinte aprovar um acor-do salarial rebaixado, que aceita um ataque sem pre-cedentes ao plano de saú-

de dos trabalhadores. Esse golpe aumentou o descon-tentamento das bases com a direção sindical e colocou São Paulo, ao lado do Rio de Janeiro e Rondônia, fora da greve nacional dos Correios deflagrada no último dia 17 de setembro.

Essa situação levou a que a Fentect chamasse a as-sembleia e realizasse uma ampla campanha de escla-recimento junto aos trabalha-dores. Apenas na última se-mana foram distribuídos mais de 40 mil panfletos e colados milhares de cartazes.

Durante a assembleia fa-laram trabalhadores de base e foram dados informes do Comando Nacional. Foram tiradas as dúvidas quanto ao direito dos trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro entrar na greve junto com o restante do país, uma vez que a FENTECT é a legitima representante e quem assi-na o acordo coletivo.

Por fim, foi aprovada a adesão à greve nacional, com trabalhadores de complexos,

CDDs, e atendentes discutindo ações para percorrer os setores de trabalho como comissão de esclarecimento para informar sobre a possi-bilidade e necessidade de adesão dos tra-balhadores de São Paulo à mobiliza-ção nacional.

Os trabalha-dores presentes demonstraram toda sua indignação com a direção do sindicato por todas as mentiras e pela greve “relâmpago” que acei-tou o odiado postal saúde, plano que vai mudar a ges-tão do Convênio Médico da cate-goria, resultando na privatização do serviço.

Nós trabalha-dores mineiros te-mos de apoiar a base de São Paulo a entrar em greve e participar dos atos convoca-dos pela FENTECT na cida-de, para apoiar as panfleta-

gens e trazer os trabalhadores de base para a luta nacio-nal.

Estamos organizando uma caravana para fazer pi-

quetes nos grandes centros

de SP, a partir de quarta-feira. Inscre-

va-se no Sindicato ou com os membros da dire-

toria e do Comando de Gre-ve e participe!

VamoS dESobEdEcEr o TST: Quem manda na greve são os trabalhadores e não a justiça dos patrões

Audiência de conciliação deixa claro que TST age de modo parcial, a favor da direção da ECT e dos sindicalistas pelegos. Os trabalhadores não podem se submeter às suas decisões. Só os trabalhadores,

seus sindicatos e sua Federação devem decidir sobre os rumos da luta da categoriaFicou provado mais uma

vez. Não existe conciliação e nem negociação no TST. O Tri-bunal atua como um inequívo-co defensor dos patrões contra os trabalhadores.

“Conciliação” ou Assédio sobre os trabalhadores?

No último dia 17 de setem-bro (terça-feira) no Tribunal Su-perior do Trabalho, em Brasília, o que deveria ser a audiência de conciliação entre a ECT e a Fentect. Não foi além de um teatro de conciliação, na qual o Tribunal atuou claramente con-tra os interesses dos trabalha-dores.

O ministro Barros de Lave-nhagem, vice-presidente do Tribunal, chegou ao absurdo de acolher o pedido da empre-sa de aceitar a Findect, que teve seu registro suspenso pelo órgão competente, o Mi-nistério do Trabalho (MT).

Todos os questionamentos da Fentect sobre a ilegalidade

da federação paraguaia foram rejeitados de ofício pelo mi-nistro. A ECT fez questão de afirmar que “havia chegado ao acordo” com a Findect.

A posição firme da nova direção da Fentect

Se opondo ao golpe e de-fendendo os interesses dos trabalhadores, a Fentect se re-cusou a aceitar que o que fos-se ali debatido incluísse a Fin-dect como beneficiária, uma vez que o registro dessa enti-dade dominada pelo PCdoB e PMDB foi desativado pelo MT e ela não representa ninguém.

Diante da posição clara con-tra a armação da maioria da direção da Fentect, o ministro deu um verdadeiro “chilique”, encerrando arbitrariamente a audiência.

Os protestos da FENTECT e de seus advogados constitu-ídos foram todos indeferidos. Sequer foi possível falar ao microfone. O ministro impediu

tudo. Era “assina ou recusa”, segundo declarou o próprio ministro do TST. Demonstran-do que a única “conciliação” é aceitar os termos da empresa.

O ministro ainda quis forçar que fosse encaminhada para as assembleias do dia 17, a proposta de suspensão da greve até que as negociações dessem algum resultado.

E nome da Fentect, a com-panheira Anaí Caproni, se-cretaria-geral da entidade, da corrente Ecetistas em Luta, recusou a proposta, afirman-do que as decisões são das assembleias. E que foi a ECT quem entrou com o dissídio antes da greve.

Arbitrariedade

O ministro chegou ao ab-surdo de recusar a solicitação da Fentect de que fosse feito um adendo à ata, registran-do a posição da entidade dos trabalhadores. Ditatorialmente afirmou : “quem faz a ata sou

eu” e ainda repetiu para os representantes da Federação “assina ou recusa!”.

Ninguém podia falar mais nada, nem advogado, nem membros do comando.

Desobedecer o TSTNão tem jeito, a entrada

do Judiciário nas negociações coletivas força a categoria a tomar medidas mais enérgi-cas. O TST quer dar um golpe a favor da ECT novamente, e os trabalhadores não devem aceitar a truculência e nem as decisões de ministros que não conhecem nem um milésimo a vida da categoria.

Já é a terceira campanha salarial consecutiva que a di-reção da ECT utiliza o tribunal para tentar derrotar a nossa campanha salarial. A empresa enrola, enrola, se recusa a ne-gociar seriamente com a cate-goria e, diante da greve, ]joga para o dissídio.

A manobra da direção dos

Correios é um golpe no nosso direito de greve, mais do que isso, é um ataque ao direito elementar de qualquer catego-ria de realizar sua campanha salarial.

Por isso, esse ano, os re-presentante de todas as bases sindicais dos Correios presen-tes na Plenária Nacional da Fentect decidiram que não vão aceitar mais a ditadura do TST. A palavra de ordem dos traba-lhadores é DESOBEDECER O TST.

Não vamos aceitar que meia-dúzia de Juízes que nada têm a ver com os trabalhado-res decida sobre os rumos de nossa campanha salarial, so-bre as nossas necessidades elementares.

Vamos passar por cima das decisões do TST caso elas re-presentem um ataque aos nos-sos direitos, como por exem-plo, o nosso plano de saúde.

Desobedecer o TST! Em defesa do direito de greve!

boletim Ecetistas em Luta - edição minas Gerais - 23 de setembro de 2013