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Boletim do Meio Ambiente dezembro - 2011

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Page 1: Boletim do Meio Ambiente dez-2011 on

Conexões PET-IFRJ Período: 15 de dezembro, às 8h30. Local: Auditório do campus Nilópolis. Informações: [email protected] / proculturapetifrj.blogspot.com

V Semana Acadêmica do campus Paracambi Período: de 6 a 8 de dezembro. Local: Rua Sebastião Lacerda, s/n, Centro - Paracambi/RJ. Informações: (21)3693-2980 / ifrj.edu.br/paracambi Não nos responsabilizamos por nenhum ocorrido na inscrição ou durante os eventos, nem por quaisquer alterações nos links indicados.

Page 2: Boletim do Meio Ambiente dez-2011 on

O Natal é uma das datas mais esperadas por crianças e adultos, em todo mundo. “Perdendo” apenas para o Carnaval, em número de turistas, aqui no Brasil, as festas de fim de ano geram não apenas superávit econômico, mas muito resíduo!

Então, pense duas ou mais vezes antes de sair comprando, mesmo que esteja em liquidação. Pratique a consciência de consumo.

Lembrando que ainda temos um longo período de provas e atividades acadêmicas para o encerramento do semestre letivo... em 2012!

A todos os alunos e colaboradores do IFRJ, desejamos Boas Festas.

Editorial 7 bilhões de pessoas. E agora?

Em pouco mais de 200 anos, a população do planeta foi multiplicada por 7. No início do século XIX, éramos um bilhão. Levamos 123 anos para dobrar esse número. Daí pra frente, especialmente depois da segunda guerra mundial, o ritmo do crescimento acelerou. Em outubro de 2011 chegamos a sete bilhões e até o final do século, segundo a ONU, seremos 10 bilhões de pessoas. Mas como alimentar tanta gente, se os estoques de água doce e limpa e de solo fértil, são limitados? Dá para apostar numa nova revolução verde?

Não somos apenas mais numerosos. Também estamos vivendo mais. Na média, quase 70 anos. Mas como assegurar o pagamento de aposentadorias e pensões por mais tempo, para muito mais gente? Como preparar melhor as cidades para uma população mais idosa? Em 60 anos, a taxa de urbanização do planeta praticamente dobrou. Apenas no Brasil, 85% da população vivem em cidades. Para isso, é preciso produzir mais

energia. E a energia mais barata e farta do planeta, é também a mais suja. Cerca de oitenta porcento da matriz energética do mundo são petróleo, carvão e gás. E quem mais polui são os ricos. Aproximadamente 75% das emissões de gases estufa vêm dos países desenvolvidos. De acordo com as Nações Unidas, as mudanças climáticas poderão determinar a remoção de 200 milhões de pessoas de seus atuais endereços nos próximos 40 anos. A maioria absoluta delas é pobre. Neste planeta ainda tão desigual, um bilhão e meio de pessoas sequer tem acesso a energia elétrica. Ao que parece, será preciso um choque de

civilização para que tenhamos esperança num mundo melhor e mais justo,

embora mais populoso.

Texto original: André Trigueiro

Fonte:http://www.mundosustentavel.com.br/

2011/10/ja-somos-7-bilhoes-de-pessoas-e-agora/

O Boletim do Meio Ambiente é uma publicação produzida por alunos e

professores do IFRJ. Convidamos nossos leitores a realizar uma

rediscussão do conceito meio ambiente através da participação em

nosso blog ou enviando ideias , textos, dúvidas ou notícias interessantes

para: [email protected].

Boletim do Meio Ambiente – IFRJ Campus Rio de Janeiro. Realização: NEDIC – Maracanã. Rua Senador Furtado, 121/125, sala 114 - Maracanã – RJ. Redação: Ana Eliza Martinho e Laís Pinheiro, alunas do CST em Gestão Ambiental. Edição: Roseantony Bouhid. Tiragem: 200 cópias. Distribuição gratuita. Apoio: CNPQ.

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Page 3: Boletim do Meio Ambiente dez-2011 on

Liberdade de Consumo

Seus problemas acabaram!?

Sobre consumo e consumismo

Somos, por natureza, seres consumidores e estamos no topo da cadeia alimentar. Consumir é natural, o problema são os excessos. Cada boca que nasce demanda por mais recursos naturais, que são finitos. Mas existe um excesso ainda pior, o da desigualdade social, que permite que uns poucos possam se apropriar de mais recursos que a maioria. Não adiantará diminuir o excesso de gente sem diminuir a ganância.

O problema não está só no colapso ambiental, mas no ético e moral. Em vez de nos tornarmos mais solidários e cultivarmos bons valores e a cidadania, acabaremos valorizando muito mais o individualismo, o materialismo, a competição desmedida, a insensibilidade com os menos favorecidos.

E tudo isso baseado numa mentira, a de que se todos alcançarem os mesmos padrões de consumo dos mais ricos será possível haver recursos naturais para todos. Não é de se admirar que seja tão difícil compatibilizar “progresso e meio ambiente”. Mas não é impossível. Não só é possível como já vemos por todos os lados os sinais dessa mudança.

Não temos que comprar tudo o que vemos nas prateleiras e nem acreditar em tudo o que se diz nas propagandas. Não temos que seguir a moda e descartar um produto que ainda serve. Da mesma maneira que temos a liberdade de consumir o que nosso crédito a perder de vista nos permite, também temos a liberdade de recusar o consumo desperdiçador de recursos. Podemos escolher consumir criteriosamente, apenas para atender a necessidades objetivas e realmente necessárias e preferir produtos socioambientalmente responsáveis. Podemos consumir de maneira planejada em vez de agir por impulso.

Para resolvermos a crise socioambiental em que nos metemos, teremos que admitir que somos parte importante do problema (diga-se a mais

importante) – e também da solução.

Adaptado de: http://envolverde.com.br/sociedade/consumo/falando-francamente-sobre-

consumo-e-consumismo/

O mito do crescimento infinito

No texto abaixo, Tim Jackson, professor da Universidade de Surrey e autor do livro Prosperity without Growth --Economics for a Finite Planet (Prosperidade sem Crescimento: Economia para um Planeta Finito), defende o abandono do mito do crescimento infinito, em um mundo com recursos finitos: “Toda sociedade se aferra a um mito e vive por ele. O nosso mito é o do crescimento econômico. Nas últimas cinco décadas, a busca pelo crescimento tem sido o mais importante dos objetivos políticos no mundo. A economia global tem hoje cinco vezes o tamanho de meio século atrás. Se continuar crescendo ao mesmo ritmo terá 80 vezes esse tamanho no ano 2100. Esse extraordinário salto da atividade econômica global não tem precedentes na história. E é algo que não pode mais estar em desacordo com a base de recursos finitos e o frágil equilíbrio ecológico do qual dependemos para sua sobrevivência. Na maior parte do tempo, evitamos a realidade absoluta desses números. O crescimento deve continuar, insistimos. As razões para essa cegueira coletiva são fáceis de encontrar. O capitalismo ocidental se baseia de forma estrutural no crescimento para sua estabilidade. A espiral da recessão é uma ameaça. Questionar o crescimento é visto como

um ato de lunáticos, idealistas e revolucionários. Ainda assim, precisamos

questioná-lo. O mito do crescimento fracassou. Fracassou para as 2 bilhões de

pessoas que vivem com menos de US$ 2 por dia. Fracassou para os frágeis

sistemas ecológicos dos quais dependemos para nossa sobrevivência. Mas a

crise econômica nos apresenta uma oportunidade única para investir em

mudanças. Para varrer as crenças de curto prazo que atormentaram a

sociedade por décadas”.

Lendas & Mitos

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Lendas & Mitos

Mundo afora

Consertar a economia é apenas parte da batalha. Também precisamos enfrentar a intrincada lógica do consumismo. Os dias de gastar dinheiro que não temos em coisas das quais não precisamos para impressionar as pessoas com as quais não nos importamos chegaram ao fim. Viver bem está ligado à nutrição, a moradias decentes, ao acesso a serviços de boa qualidade, a comunidades estáveis, a empregos satisfatórios. A prosperidade, em qualquer sentido da palavra, transcende as preocupações materiais. Ela reside em nosso amor por nossas famílias, ao apoio de nossos amigos e à força de nossas comunidades, à nossa capacidade de participar totalmente na vida da sociedade, em uma sensação de sentido e razão para

nossas vidas.

Jan Gehl: especialista em criar cidades melhores Na seguinte entrevista, o arquiteto Jan Gehl, responsável por mudar a cara de Copenhague, nos anos 60, mostra que as cidades têm solução e dá a receita: pensar, em primeiro lugar, nas pessoas.

O que significa criar uma cidade para as pessoas?

Você já notou que sabemos tudo sobre o habitat ideal dos gorilas, girafas, leões, mas nada sobre o Homo sapiens? Qual o lugar ideal para essa espécie viver? Infelizmente, sabemos muito pouco. Boa parte dos profissionais que definem o futuro de uma cidade, os arquitetos, urbanistas e políticos, estão preocupados em querer melhorar o trânsito, criar monumentos, pontes, mas nenhum deles tem na agenda o item “criar uma cidade melhor para as pessoas viverem”.

E qual seria o lugar ideal para o homem viver?

(...) Precisamos respeitar a escala humana. Em meu livro “Cities for People” (“Cidades para pessoas”) eu falo, por exemplo, sobre a síndrome de Brasília, uma prática repetida em várias cidades do mundo. Brasília nasceu para ser uma cidade planejada, certo? Pois bem, quando a olhamos do céu, ela é incrível, mas quando a olhamos do chão, parece que estamos em uma maquete fora de escala. É tudo grande demais, as distâncias são impossíveis de serem percorridas pelo corpo humano e os monumentos são grandes demais para apreciarmos a partir de nossa altura.

A escala humana, então, é a chave para planejar cidades para pessoas?

É uma das chaves. Antes de pensar em mais ruas, ciclovias, transporte público ou mesmo na escala humana, é preciso pensar: que cidade queremos? E aí, o que importa não são os elementos do planejamento urbano, mas as coisas que nos fazem viver melhor. Quando os planejadores quiserem chegar aí, então estaremos em um caminho interessante para

melhorar as cidades.

Arquitetura e urbanismo

Saiba+Mais FURTADO, André. [et. al.] DESENVOLVIMENTO E NATUREZA: Estudos para uma sociedade sustentável. Clóvis Cavalcanti (Org.) INPSO/FUNDAJ - Instituto de Pesquisas Sociais, Fundacao Joaquim Nabuco, Ministerio de Educacao, Governo Federal, Recife, Brasil. Outubro, 1994. Disponível em: <ufbaecologica.ufba.br/arquivos/livro_desenvolvimento_natureza.pdf>

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/985227-temos-que-abandonar-o-

mito-do-crescimento-economico-infinito.shtml

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Mundo afora Rola na Rede...

A Era do lixo

O texto abaixo é de uma matéria publicada em um jornal da Unicamp, onde o geógrafo e sociólogo Maurício Waldman fala sobre seu livro “Lixo: Cenários e Desafios”, resultado de sua pesquisa de pós-doutorado:

"O lixo tem sido um problema recorrente em todo o mundo, inclusive no Brasil. Não bastasse a humanidade estar crescendo e gerando cada vez mais resíduos, o quadro vem se agravando graças a inércia das autoridades públicas, que pouco têm feito para reciclar ou dar destinação adequada aos rejeitos. Ademais, a sociedade também não faz a sua parte ao aumentar exageradamente o consumo de bens e produtos .

De acordo com ele, o Brasil, um dos países que mais sofrem com a problemática, é um grande gerador de lixo. Embora sua população seja equivalente a 3,06% do total mundial, os brasileiros descartam 5,5% dos resíduos planetários.

Mas, se o problema do lixo é tão grave, por que as autoridades públicas não se preocupam em resolvê-lo? Na opinião de Waldman, o descompromisso ocorre porque, culturalmente, os resíduos sempre são considerados um problema do outro. “A única política adotada no país, se é que podemos classificá-la assim, é a da estética. Ou seja, o interesse primordial das autoridades é tirar os rejeitos da visão das pessoas e levá-los para um lixão ou, quando muito, para um aterro sanitário. A forma como esse lixo será tratado ou monitorado é outra questão. O importante, na concepção dessa corrente, é que a sujeira não fique à mostra.

Por último, o pesquisador avalia que o Estado também tem que dar sua contribuição à causa do controle eficiente do lixo, formulando políticas públicas sérias e consequentes. Deixar de dar aos resíduos tratamento e destinação adequados, além de um desrespeito ao ambiente e à qualidade de vida das pessoas, é um desperdício de dinheiro e oportunidades."

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/blogverde/posts/2011/10/31/mundo-vive-sob-signo-do-lixo-414221.asp

Visite também a página do Projeto Cidades para Pessoas:

http://cidadesparapessoas.com.br

Arquitetura e urbanismo

O senhor fala em trânsito, problema grave no Brasil. Quais as soluções para essa questão?

A demanda correta não deve ser por mais transporte público ou ciclovias ou calçadas. Deve ser por mais opções, por mais liberdade de escolha de meios de se locomover do ponto A ao ponto B. Só ciclovias ou só transporte público não resolvem, mas uma combinação dos dois começa a deixar a cidade mais interessante e a dependência do carro começa a diminuir.

Como a população deve participar do processo da criação de cidades para pessoas?

É preciso que as pessoas exijam as coisas certas. Enquanto exigirem mais ruas para dirigirem seus carros, as cidades vão continuar crescendo do jeito errado. Quando passarem a exigir mais liberdade de locomoção, daí o governo terá que fazer algo a respeito.

O planejamento urbano pode fazer as pessoas mais felizes?

Planejamento urbano não garante a felicidade. Mas mau planejamento urbano definitivamente impede a felicidade.(...). Se a cidade conseguir diminuir o tempo que você fica parado no trânsito e lhe oferecer áreas de lazer para aproveitar com seus amigos e sua família, ela lhe dará mais

condições de ter uma vida melhor.

Por Natália Garcia

Fonte: http://www.mundosustentavel.com.br/2011/10/jan-gehl-especialista-em-criar-

cidades-melhores/

O lixo nosso de cada dia

Page 6: Boletim do Meio Ambiente dez-2011 on

É um saco!?

Atitude Participativa

Ecobags são realmente a solução?

Todo mundo sabe do estrago que uma sacola plástica provoca ao meio ambiente,

já que o plástico demora mais de 100 anos para se decompor. Entretanto, este

estrago só é provocado pela ausência de consciência no descarte, na coleta e

reciclagem deste material. E quem anda falando que a ecobag é a solução dos

problemas causados pelas sacolas plásticas? É hora de rever os conceitos e

entender as verdadeiras intenções por trás disso.

O intuito de reduzir o volume de sacolas plásticas é mantido pela premissa

ambiental, já que muitas vão parar em lixões, em rios, lagos e até nos oceanos.

Mas a sacola plástica não tem pernas nem barbatanas. Quem faz com que elas

terminem onde não devem são os humanos. Então se pararmos para analisar

cuidadosamente, veremos que a ecobag não é nada mais que uma moda criada

sob uma defesa ambiental, pois o real problema está no campo da reciclagem.

Uma pesquisa feita pelo governo britânico entre 2005 e 2007, aponta que o PEAD

(polietileno de alta densidade) utilizado nas sacolas plásticas causa menos impacto

ambiental do que as matérias-primas das ecobags, que na maioria das vezes é o

algodão. De acordo com o relatório, os sacos de polietileno são, a cada utilização,

quase 200 vezes menos prejudiciais ao clima do que as sacolas de algodão e

emitem só um terço do CO2, em comparação às sacolas de papel oferecidas pelos

varejistas.

Além disso, a maioria dos sacos de papel é utilizada apenas uma vez e o estudo

levantou que sacos de algodão são usados apenas 51 vezes antes de serem

descartados, tornando-se piores que as sacolas plásticas usadas apenas uma vez.

As sacolas plásticas são 100% recicláveis e consomem menos energia no processo

de fabricação, consequentemente emitem menos poluentes. Então por que não

usá-las? Simples, porque ninguém quer investir em reciclagem/logística reversa,

sai caro. As sacolas plásticas poderiam ser produzidas com material biodegradável?

Sim, entretanto o custo é maior e mais áreas precisariam ser devastadas para

plantação de milho ou algodão, por exemplo. Além disso, tal mudança não

estimularia a mudança de comportamento da sociedade e muito menos a

responsabilidade dos governos em investir na reciclagem.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que está valendo desde 2010, é um

passo importante do governo neste sentido, pois responsabiliza os

produtores pela coleta e reciclagem dos materiais. Mas infelizmente as

empresas ainda terão um prazo de 4 anos para se adaptar, até lá tudo

dependerá do nosso comportamento, o que é mais importante. A lei de

redução das sacolas plásticas, presente aqui no RJ e em alguns outros

estados, não é nada mais que uma manobra política para deixar de investir

no que realmente importa: a reciclagem. Fica muito mais barato e viável,

pois jogam a responsabilidade nos varejistas. Os varejistas pagam uma

empresa qualquer para fabricar as ecobags de diversos modelos e ainda

lucram com isso de outras formas, principalmente através da publicidade

positiva pintada de verde.

Leia mais: http://www.colunazero.com.br/2011/03/o-saco-plastico-nao-e-vilao-e-

ecobag.html#ixzz1di9qkLyP

É um saco!?

Enquete: Você costuma usar ecobag?