bloody book - o livro dos vampiros by lady myh lee

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Bloody Book - O Livro dos Vampiros by Lady Myh Lee Sinopse: Há muito tempo, histórias com vampiros povoam o imaginário das pessoas, dando origens a verdadeiras lendas fantásticas e romances vendidos e lidos no mundo inteiro. Mas ao contrário do que muitos possam imaginar, vampiros não são apenas seres sombrios bebedores de sangue... “O mito do vampiro assume as mais diferentes formas e cortes de cabelo, mas sua essência imutável assombra o mundo todo desde o surgimento da civilização. Por que a humanidade inteira precisa desses mortos vivos que bebem sangue?” (by Superinteressante, Agosto de 2006). Bloody Book – Tudo o que você sempre quis saber sobre vampiros... [Parada por tempo indeterminado] Categorias: Originais Personagens: Nenhum(a) Gêneros: Crossover, Darkfic Avisos: Nenhum(a) Desafios: Nenhum(a) Séries: As Novas Crônicas Vampirescas Capítulos: Terminada: Não Palavras: 39907 Leitores: Publicada: Atualizada: Notas da História: Essa fanfic é fruto de um intenso trabalho de pesquisa e tem como referência conteúdos dos sites Spectrum Gothic, Vampire.com.br, entre outros, além de uma matéria da revista Superinteressante de agosto de 2006 intitulada "Mortos, mas não muito". 1. Introdução escrita por Lady Myh Lee 2. Os Vampiros Pelo Mundo escrita por Lady Myh Lee 3. Anatomia de um Vampiro - Parte 1 escrita por Lady Myh Lee 4. Anatomia de um Vampiro - Parte 2 escrita por Lady Myh Lee 5. Casos de Vampirismo - Parte 1 escrita por Lady Myh Lee 6. Casos de Vampirismo - Parte 2 escrita por Lady Myh Lee 7. Casos de Vampirismo - Parte 3 escrita por Lady Myh Lee 8. Casos de Vampirismo - Parte 4 escrita por Lady Myh Lee 9. Casos de Vampirismo - Parte 5 escrita por Lady Myh Lee 10. Casos de Vampirismo - Parte 6 escrita por Lady Myh Lee 11. Cronologia dos Casos de Vampirismo escrita por Lady Myh Lee 12. História Cultural dos Vampiros escrita por Lady Myh Lee Tire suas dúvidas sobre o uso do porquê! Esta é a quinta aula de português e está aberta a todos! 1 de 86 Página [ Nyah! Fanfiction ] Bloody Book - O Livro dos Vampiros escrita por Lady Myh Le... 13-01-2009 http://fanfiction.nyah.com.br/viewstory.php?action=printable&textsize=0&sid=13442... Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.

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Conta-nos um pouco sobre vampiros,de onde surgiram e como a história desse mito renova-se sempre

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Bloody Book - O Livro dos Vampiros by Lady Myh Lee

Sinopse: Há muito tempo, histórias com vampiros povoam o imaginário das pessoas, dando origens a verdadeiras lendas fantásticas e romances vendidos e lidos no mundo inteiro. Mas ao contrário do que muitos possam imaginar, vampiros não são apenas seres sombrios bebedores de sangue... “O mito do vampiro assume as mais diferentes formas e cortes de cabelo, mas sua essência imutável assombra o mundo todo desde o surgimento da civilização. Por que a humanidade inteira precisa desses mortos vivos que bebem sangue?” (by Superinteressante, Agosto de 2006). Bloody Book – Tudo o que você sempre quis saber sobre vampiros... [Parada por tempo indeterminado] Categorias: Originais Personagens: Nenhum(a) Gêneros: Crossover, Darkfic Avisos: Nenhum(a) Desafios: Nenhum(a) Séries: As Novas Crônicas Vampirescas Capítulos: Terminada: Não Palavras: 39907 Leitores: Publicada: Atualizada:

Notas da História:

Essa fanfic é fruto de um intenso trabalho de pesquisa e tem como referência conteúdos dos sites Spectrum Gothic, Vampire.com.br, entre outros, além de uma matéria da revista Superinteressante de agosto de 2006 intitulada "Mortos, mas não muito".

1. Introdução escrita por Lady Myh Lee

2. Os Vampiros Pelo Mundo escrita por Lady Myh Lee

3. Anatomia de um Vampiro - Parte 1 escrita por Lady Myh Lee

4. Anatomia de um Vampiro - Parte 2 escrita por Lady Myh Lee

5. Casos de Vampirismo - Parte 1 escrita por Lady Myh Lee

6. Casos de Vampirismo - Parte 2 escrita por Lady Myh Lee

7. Casos de Vampirismo - Parte 3 escrita por Lady Myh Lee

8. Casos de Vampirismo - Parte 4 escrita por Lady Myh Lee

9. Casos de Vampirismo - Parte 5 escrita por Lady Myh Lee

10. Casos de Vampirismo - Parte 6 escrita por Lady Myh Lee

11. Cronologia dos Casos de Vampirismo escrita por Lady Myh Lee

12. História Cultural dos Vampiros escrita por Lady Myh Lee

Tire suas dúvidas sobre o uso do porquê! Esta é a quinta aula de português e está aberta a todos!

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13. Tipos de Vampiro escrita por Lady Myh Lee

14. Vampiros na Idade Média escrita por Lady Myh Lee

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Introdução escrita por Lady Myh Lee

Há muito tempo, histórias com vampiros povoam o imaginário das pessoas, dando origens a verdadeiras lendas fantásticas e romances vendidos e lidos no mundo inteiro.

Mas ao contrário do que muitos possam imaginar, vampiros não são apenas seres sombrios bebedores de sangue... Em muitas culturas, existem alguns deuses vampiros, como, por exemplo, no México e Egito.

Cada civilização tem um nome diferente para denominar esses seres, em alguns lugares os vampiros têm características bem peculiares, no Japão eles recebem o nome de Kappa, na Arábia de Alghul, na China de Kiang Shi. Isso nos leva a crer que os vampiros são seres universais, parte das lendas dos lugares mais remotos do planeta, dos indianos aos maias, dos bantos africanos aos aborígines australianos.

Segundo Claude Lecouteux, autor de ‘História de Vampiros – Autópsia de um Mito’, "que os mortos possam voltar para afligir os vivos é uma crença que se perde na noite dos tempos. E raramente os fantasmas são dotados de boas intenções".

Mas perguntas sempre figuram a mente de curiosos do mundo inteiro. O que exatamente é um vampiro? Um bebedor de sangue que pode ser destruído com o calor intenso e estacas? Alguém capaz de se transformar em nevoeiros, morcegos ou lobos? Um ser tão pálido e frio quanto um bloco de gelo?

A anatomia de um vampiro, que veremos mais adiante, pode variar de acordo com a lenda vampiresca ou mesmo o lugar de origem da lenda, mas independente da forma do corpo, tamanho do cabelo e unhas, ele é um morto vivo, tal como os fantasmas, porém com a única diferença de serem de carne e osso, que costuma sair do túmulo geralmente à noite para sugar o sangue de suas vítimas, humanas ou mesmo animais, podendo adotar forma de animais e até mesmo vegetais...

Como explicar uma criatura tão multifacetada quanto improvável?

 

A Origem do Mito: O vampiro à luz da ciência

As primeiras explicações racionais para o vampirismo começaram a surgir a partir de 1730, quando estudiosos analisaram informações médicas dos séculos 14 e 15 para demonstrar que as mortes em série atribuídas a vampiros eram fruto de epidemias, como cólera ou peste, enquanto a não decomposição de certos cadáveres exumados era explicada pela natureza seca do lugar do sepultamento.

Em 1742, o médico parisiense Jacques Bénigne Vinslow sugeriu que os indivíduos encontrados nus nos caixões haviam sido, na verdade, enterrados vivos e, em desespero, devoraram as próprias mortalhas. Na maior parte das vezes, essas pessoas eram vítimas de catalepsia, ou seja, doença que provoca imobilidade total e costumava levar a diagnósticos falsos de morte. Com o tempo, até mesmo a ereção do pênis defunto tinha explicação. Michael Ranft, no século 18, afirmou que "o pênis, de natureza esponjosa, pode erguer-se espontaneamente se um líquido ou sopro penetrar na artéria hipogástrica".

Em 1997, o químico Wayne Tikkanen, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, propôs que o vampiro seria um doente acometido de porfiria, doença hereditária que provoca retração dos lábios e malformação dentária, necrose dos dedos e do nariz e escurecimento da pele, que se torna muito sensível aos raios ultravioleta, o que fazia muitos doentes se esconderem em caixões para se proteger do sol.

O neurologista espanhol Juan Gómez-Alonso constatou, em 1998, semelhanças entre os vampiros e as pessoas acometidas de raiva: insônia e perambulam à noite, são agitadas e

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sensíveis à água. Algumas podem apresentar contrações da face, da laringe e da faringe, que provocam a emissão de sons roucos, e até de uma espuma sanguinolenta na comissura dos lábios, pois a saliva não pode mais ser engolida.

Em 1997, os estudiosos Gábor Klaniczay e Karin Lambrecht fizeram uma descoberta curiosa na tentativa de fazer uma análise sócio-cultural dos vampiros: A explosão do vampirismo coincidiu com o fim da caça às bruxas e tomou o seu lugar, numa necessidade do povo de exorcizar seus demônios e de explicar os males que os atingiam e não tinham justificativa.

Nada disso, porém, desfez o fascínio da criatura sanguinária. Mas por que tantas lendas sobre um vampiro? "O mito do vampiro nasce do nosso medo da morte e do desconhecido. Era preciso criar o horror, aquilo que perturba um sistema ou uma ordem", segundo a psicanalista búlgaro-francesa Julia Kristeva.

O psiquiatra e antropólogo carioca Eugênio Flacksman diz: "A crendice popular é reflexo do psiquismo humano. O vampiro personificava a inveja, o desamparo psicológico. O invejoso suga a nossa vida". Ele ainda afirma que, simbolicamente, o sangue pode significar vida, já que é assim na medicina chinesa e no Antigo Testamento, por exemplo.

Por isso não é de todo despropositado o uso de termos como ‘vampiro emocional’, que anda tão em voga hoje em dia, servindo de bode expiatório às culpas, temores e desejos ocultos de pacíficos aldeões, o vampiro, num processo de projeção, as encarnou, acalmando a consciência coletiva. Em pleno século 21, foi-nos reservada a descoberta final: na verdade, todos somos vampiros.

Notas Finais:

Não percam os próximos =)

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Os Vampiros Pelo Mundo escrita por Lady Myh Lee

Para entender o vampiro, é preciso compreender o mundo dos nossos ancestrais.

Até o fim da Idade Média, ninguém cogitava uma explicação racional ou científica para "mortos" que voltavam à vida ou defuntos naturalmente mumificados. Ressurreições miraculosas ou diabólicas eram quase cotidianas e, segundo os cronistas da época, santos voltavam depois da morte para operar milagres, como santa Liduvina de Haia, em 1433, ou seu corpo não apodrecia, como ocorreu com santa Catarina de Bolonha, em 1463, o que aumentava o fervor popular.

Já os vampiros saíam do seu túmulo para espalhar o terror e seu corpo se recusava igualmente a apodrecer. Alguns, do sexo masculino, eram encontrados com o pênis em ereção dentro do caixão e inteiramente nus, pois comiam a sua mortalha. Num caso narrado por um monge alemão do século 12, um vampiro estuprou fiéis dentro de uma igreja, moças e anciãs, detalhes obscenos que chocavam o homem desde a Antiguidade.

Para o homem medieval, a explicação para o vampirismo era: Diabolus simia Dei, ou seja, uma forma de Satã imitar Deus. As maldades e estripulias do vampiro eram o completo oposto dos milagres dos santos medievais. Até Martinho Lutero se viu frente a um caso de vampirismo, no começo do século 16, na cidade alemã de Wittenberg. Sua resposta ao problema, logicamente, foi teológica: "Se o povo não acreditasse em tais coisas, isso não lhes causaria mal algum, pois se trata de uma prestidigitação diabólica". Depois, ao que consta, Lutero orou ao lado do túmulo do suposto vampiro, que nunca mais importunou a cidade.

Vampiros também tinham o poder de tomar outras formas que não a sua original em vida, como ratos, morcegos, corvos, pés de urtiga e até mulheres sedutoras, como na Grécia do ano 217. O filósofo Apolônio de Tiana teria desmascarado a noiva do amigo Mênipo em plena festa de casamento: ela seria uma empusa, denominação dada às belas sanguessugas de maridos incautos. A noiva apresentava traços inequívocos de um vampiro segundo os critérios da Grécia antiga: a fixidez das pupilas e o medo ao manjericão, planta tida como mágica. Desmascarada, a empusa atirou-se ao mar, e seu corpo nunca foi encontrado.

Outro caso semelhante aconteceu na China do século 9, quando surgiram duas noivas iguais em uma cerimônia. Uma delas era um Kiang Shi. A noiva verdadeira convidou a impostora para resolverem o assunto numa sala adjunta ao salão principal, mas quando as duas entraram no recinto fechado, os convidados ouviram um grito horrendo. Acorrendo ao local, descobriram, para terror geral, a noiva morta e ao seu lado um assustador pássaro negro bebendo seu sangue e bicando as suas vísceras.

Muitos Kiang Shi possuíam longos cabelos esverdeados ou esbranquiçados, fruto da ação de fungos nos caixões. Já os vampiros femininos da Arábia tinham cabelos negros belos e sedosos. Na Arábia, as rotas comerciais para a China ou para a Síria eram infestadas de Alghuls, os traiçoeiros vampiros do deserto, que inspiraram até As Mil e Uma Noites.

E por que existiam vampiros? Para os chineses, o homem tinha uma alma superior (hun) e outra inferior (p’o). Os restos mortais, quando intactos, podiam ser tomados integralmente pela parte baixa do ser. Numa reação alquímica com o sol ou a lua, o cadáver era animado de volta à vida com as piores intenções possíveis, mas na Europa medieval, todavia, tudo girava em torno da questão moral: quem morria em pecado grave ou ia para o inferno ou ficava preso a esta vida sob uma forma degradante, como a dos vampiros. Alguns já recebiam a condenação em vida, alternando o estado humano com um estado monstruoso, como os lobisomens e muitos lobisomens, ao morrer, viravam vampiros.

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Na região onde hoje está a Romênia, cada tipo de transgressão moral correspondia a um tipo de vampiros diferente. O nosferatu, por exemplo, era uma criança natimorta não batizada que, enterrada, voltava à vida, transformando-se em gato, escaravelho ou até fio de palha.

O murony, comum na Valáquia (reino de Vlad Drakul, que inspirou o mais famoso dos vampiros ficcionais, o Conde Drácula), nascia da relação ilegítima de dois filhos ilegítimos. O morto se transformava em rã, piolho ou aranha.

Um bastardo morto pela mãe depois do parto, e enterrado sem batismo, se transformava em moroiu – uma moita ardente de 2 metros de altura.

Os assassinos e os sacrílegos tinham outro destino funesto. Tornavam-se strigoi, seres de aspecto horrendo: altos, corpulentos, olhos vermelhos, unhas iguais a foices e caudas peludas. Ao saírem do túmulo, de dia ou à noite (poucas lendas mencionam a aversão ao Sol), levavam a peste aos rebanhos.

Os ucranianos, russos e bielo-russos conheciam o mjertovjec, ou “morto que anda", castigo dos ladrões, estelionatários, bruxas e homossexuais. Seus ossos faziam barulho, aterrorizando os vivos e quando sua tumba era aberta, reconhecia-se facilmente a sua natureza, pois estava deitado de bruços. Era desprovido de nariz e seu lábio inferior era fendido.

A profusão de nomes era tamanha que é impossível contabilizar o número exato de tipos de vampiros. Um site chamado Shroudeater ("comedor de mortalha", em inglês) listou mais de 700, mas talvez a lista esteja incompleta.

Surtos de vampirismo eram relativamente comuns e o caso mais bem documentado ocorreu na cidade sérvia de Medvegia, em 1732, quando o arquiduque, Arnold Paole, suposto vampiro, matou 15 pessoas e pelo menos 7 delas viraram sanguessugas.

Para se saber se alguém era ou não vampiro bastava abrir o caixão. Lá dentro, o rosto do suspeito vampiro era encontrado bem corado e seu corpo não apodrecia. Às vezes, seus olhos e membros tinham movimentos. Com isso, a exumação de túmulos em casos de suspeita de vampirismo se tornou tão comum que o papa Bonifácio 8º, em 1302, promulgou uma lei contra "esse hábito detestável".

Por fim, em 1755, a imperatriz austro-húngara Maria Tereza proibiu a "execução" de cadáveres nos seus domínios (que compreendiam a Transilvânia e adjacências), porém isso não impediu que o povo continuasse, às escondidas, apelando para a decapitação e mutilação dos corpos suspeitos.

Esses fenômenos acabaram rendendo muitas idéias aos escritores. Em 1486, na França, surgia um manual da Inquisição que entre outras coisas detalhava a ação de vampiros: O Martelo das Feiticeiras, de Jacques Sprenger e Henry Institoris. O termo "vampiro" (do sérvio vampir), no entanto, só surgiu em língua ocidental no século 18 e até então, os europeus do oeste não os distinguiam claramente dos fantasmas.

Isso foi o suficiente para que houvesse uma verdadeira “enxurrada” de novelas, peças e óperas sobre vampirismo. Byron, Baudelaire e Alexandre Dumas trataram do assunto, mas o mito moderno e conhecido até hoje iniciou com “Drácula”, do inglês Bram Stoker, de 1901. Na história, o vampirólogo Abraham van Helsing explica tudo o que se deve saber sobre vampiros: a nutrição pelo sangue alheio, a metamorfose em rato, morcego ou outro animal, a morte pela estaca ou pela decapitação. Stoker, contudo, não deixou de fazer as suas inovações e a maior delas, associar o conde à figura histórica real de Vlad 3º, o Empalador (1431-1476), herói nacional romeno. Misto de tirano e brilhante estrategista, ele conteve o avanço otomano no seu principado da Valáquia, ao sul da Romênia atual, com

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expedientes brutais, como a empalação de inimigos e traidores.

Drácula, em romeno, quer dizer "filho do dragão". De fato, Vlad pertencia à Ordem do Dragão, um grupo de cavaleiros empenhados na defesa das fronteiras cristãs contra a ameaça turca, mas ao contrário do que alguns pensam, esse nome nada tinha de maligno ou diabólico. "É como se um romeno escrevesse uma história em que George Washington bebesse sangue humano", segundo o escritor romeno Andrei Cedrescu.

Notas Finais:

Na semana que vem aprenderemos sobre a anatomia de um vampiro... Espero que gostem...

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Anatomia de um Vampiro - Parte 1 escrita por Lady Myh Lee

Notas do Autor:

Postando excepcionalmente hj pq amanhã não sei se poderei entrar aki... Semana q vem teremos a segunda parte... Um estudo sobre a mente dos vampiros... Espero que gostem...

Antes de começarmos, que fique bem claro: Dependendo do local de origem do vampiro ou da lenda que conta sua história, as características vistas nesse capítulo podem se alterar.

Sangue:

O sangue representa a vida e, correndo por nossas artérias e veias, significa a continuidade do viver. Perdê-lo em demasia significa perder a consciência, a respiração, os movimentos e, em casos extremos, a vida. Nos vivos, este sangue flui, mas nos mortos ele perde a mobilidade e coagula, sendo mantido no próprio corpo durante a putrefação.

Durante toda história o sangue possui algum significado na área religiosa e ou relacionada com sacrifícios. Por exemplo, na era pagã, os nossos antepassados utilizavam este como sacrifício, provocando o seu derramamento para seus deuses e mesmo hoje em dia o sangue ainda tem essa importância, basta referirmos a Igreja Católica, onde na Eucaristia temos como representação o corpo e o sangue de Cristo.

Para o vampiro, o ato de se alimentar do sangue é o seu viver e sua necessidade, independentemente de sua origem ou cultura. Sangue é o que o anima e alimenta, o que lhe dá vitalidade, seja ele oriundo de um animal ou mesmo de um ser humano. Para exercer qualquer movimento ou atitude o vampiro necessita deste, pois o coração o bombeia para a região que está em atividade. Devido a isso sua voracidade em obter tal sangue pode ser relacionada a uma fera buscando sua presa.

Anne Rice, já dizia em seus livros que tal busca pelo sangue pelo vampiro funcionaria como uma maldição ou um demônio que os faz agir de tal forma, tão impulsiva e violenta.

Presas:

Como anteriormente citado, o vampiro necessita obter sangue para sua sobrevivência, sendo assim, fora citado em livros técnicos ou mesmo em romances, a adaptação morfofisiológica para a obtenção deste sangue. Essa adaptação em sua arcada dentária é o alongamento de seus dentes caninos, que podem ser projetados, para que assim o vampiro possui-se maior facilidade em atingir a veia jugular no pescoço de sua vítima, ou mesmo a artéria radial.

Unhas:

Na História Antiga, acreditava-se que um dos sinais característicos em um corpo, para saber se este era ou não um vampiro, eram suas unhas.

Acreditava-se que com a entrada ao mundo vampírico, a criatura perdia suas antigas unhas e desenvolviam novas, assim, corpos exumados, em tal época, que apresentavam unhas resistentes, que mesmo o corpo inteiro sendo consumido pelo fogo, estas unhas estivessem inteiras, estes sofriam logo a introdução de uma

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estaca em seu peito ou eram colocados a luz do sol para serem queimados.

Já nos tempos modernos, dois grandes literatos citaram modificações nas unhas vampíricas. Anne Rice citava seus dois famosos vampiros, Lestat e Louis, com modificações em suas unhas, sendo estas grossas, afiadas, e opacas. Já em Drácula, Jonathan Harker cita as unhas de Drácula como sendo longas, finas e extremamente afiadas. Sentidos:

A visão de um vampiro é impressionante. A história relata que por serem criaturas tipicamente noturnas, seus olhos sofreram modificações anatômicas e funcionais, absorvendo a luz do meio, o que também pode estar ligado à capacidade de estes seres se transformarem em morcegos, lobos... Isso também pode explicar porque os raios de luz solares são tão prejudiciais aos olhos de um vampiro, já que são extremamente irritantes para suas retinas, o que danifica facilmente sua estrutura.

Quanto à audição, sabe-se que os vampiros possuem uma sensibilidade auditiva extremamente alta, infinitamente maior que a dos humanos, com isso, ele pode perceber a chegada de outros vampiros ou mesmo seres humanos, podendo se preparar para defesa e ou se esconder. Cabelos:

Na era medieval, não há relatos quanto aos cabelos de um vampiro, porém Anne Rice cita em seus livros que após o ingresso ao mundo vampírico, o vampiro permanece com seu corte de cabelo, não crescendo mais e, caso seja cortado, retoma seu tamanho original.

Pele:

Antigamente a pele dos vampiros era caracterizada como sendo escura e grossa, porém segundo o mito vampírico moderno ela se apresenta, tanto em filmes quanto em histórias, extremamente branca e fria.

A idéia da pele vampírica escura surgiu primeiramente com Paul Barber, que dizia que os vampiros eram como corpos degradando em suas criptas, logo deveriam se comportar da mesma forma, porém hoje se afirma que por serem criaturas tipicamente noturnas, os vampiros não chegam a ver a luz do sol, logo, a pele não escurece porque não ocorre atividade de seus pigmentos e, como conseqüência, temos uma pele branca e suave, ou mesmo rosada em um vampiro que tenha se alimentado há pouco tempo.

Anne Rice descreve a pele do vampiro, como sendo transparente, obtendo a mesma cor da pele do ser humano quando este se alimenta imediatamente de sangue, clareando aos poucos, voltando a sua tonalidade transparente após tal processo. Lestat menciona em diversos momentos o uso de pó, para deixar sua pele com a coloração próxima a de um ser humano. Coração:

Este é o único órgão ainda ativo em um vampiro, já que os outros, pela falta de uso, atrofiam. Ele funciona como uma bomba, porém, diferentemente do ser humano, não possui ritmos característicos. O coração de um vampiro perde seu controle nervoso e seus marca-passos naturais não tem mais atividade, passando a funcionar caso seja necessário alguma movimentação, atitude ou reflexão. Para isto, ele envia sangue apenas para área em uso, ou seja, o gasto de sangue é muito menor e o consumo diminui.

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Reprodução:

A reprodução vampírica não se dá com membros da mesma espécie. A relação sexual com gravidez só ocorre quando um vampiro do sexo masculino se relaciona com um ser humano e a mulher vai conseguir captar o líquido seminal deste vampiro e desenvolver uma gestação normal.

Porém, a criança desenvolverá características diferenciadas das outras e se torna capaz de sentir aonde os vampiros se escondem, diferenciar um ser humano de um vampiro, possui força extremamente grande e agilidade, características que são transmitidas geneticamente. Durante a idade média, acreditava-se que os vampiros se aproveitavam de sua sensualidade e força para possuir mulheres como amantes, mas muitas vezes “o feitiço virava contra o feiticeiro”, já que como tinha habilidades especiais, a criança poderia tornar-se uma exímia caçadora de vampiros, podendo até vir a destruir seu próprio pai.

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Anatomia de um Vampiro - Parte 2 escrita por Lady Myh Lee

Nessa parte, trataremos do aspecto “psicológico” de um vampiro. Iremos aprender a compreender um vampiro por dentro e também saber como eles interagem com os seres humanos. Novamente quero avisar que, de acordo com o mito vampírico, as características vistas aqui podem sofrer alterações.

 

Da presença do Vampiro em Sonhos e seu significado

A existência do vampiro está intimamente ligada aos sonhos. Nesse mundo onde passado, presente e futuro se fundem em imagens nascidas no inconsciente secreto de cada um, o vampiro vai se infiltrando para dar mais um passo no seu caminho para a eternidade e essa presença proporciona à sua vítima momentos de terror misturado com o êxtase supremo da realização carnal. Os sonhos acontecem indiferentes à nossa vontade, ou como um meio de se conseguir a realização dos mais secretos desejos reprimidos pela consciência cristã.

Dessa forma, a pessoa começa a travar dentro de si uma batalha entre a racionalidade e os delírios oníricos. Essa luta enfraquece a vítima, facilitando ao vampiro a construção de uma nova morada de onde poderá subtrair a essência vital à sua eternidade.

Nas mais famosas histórias de vampiros sempre o primeiro contato entre ele e a vítima é feito através dos sonhos. Jonathan Harker, ao se aproximar da região dos Carpátos, onde o Conde Drácula exerce o seu reinado de terror, começou a ter pesadelos bizarros e mesmo depois de estabelecido o contato no castelo onde habita a "criatura", Jonathan Harker não consegue ter a certeza se tudo que via era um terrível pesadelo fruto de sua imaginação ou se real. No momento em que o cientista Van Helsing prepara-se para a destruição do Conde, ele lhe diz que mesmo que sua carcaça virasse pó, jamais poderia ser destruído, pois as suas sementes já estão enraizadas nos sonhos, mundo no qual a ciência não pode exercer sua influência.

Carmilla – o disfarce da sensual vampira Mircalla Karnstein - aparece nos sonhos de uma jovem filha de nobre da região de Styria, no antigo Império Austríaco. A vampira de Karnstein envolve sua vítima num paraíso onírico repleto de carícias lésbicas, transformando a fraqueza da sua vítima numa sensual teia de sonhos e prazer.

Sonhar com vampiro e ser influenciado por ele nos sonhos são duas coisas completamente diferentes. Qualquer pessoa pode sonhar com a imagem do vampiro sem necessariamente estar sendo vítima. Nesses casos existem várias maneiras de interpretar o verdadeiro significado da aparição desse ser noturno durante o sono. As interpretações que se seguem são evidentemente contraditórias, pois são vistas de diferentes prismas.

O antigo filósofo Cagliostro, por exemplo, escreve no seu livro que, sonhar com vampiros chupando-lhe o sangue significa grave doença. Já Romàn Cano nos oferece a interpretação tradicional e também uma baseada em estudos científicos: "este tema não se refere somente ao vampiro tradicional, mas também a todo tipo de entidade real ou imaginária que alertar nossa vitalidade. É muito importante que tenhamos presente este sonho em relação íntima com algumas delas". É preciso ter em conta que o vampiro que nos anuncia o sonho pode ir atrás de nosso dinheiro em lugar de nossas energias. Este sonho tem uma clara conotação sexual, especialmente se a entidade consegue entrar em contato íntimo conosco.

A interpretação científica seria a seguinte: pode ocorrer que nos vejamos

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representando o papel de vampiro, expressando assim nossa ansiedade de possessão sexual. A identidade da pessoa atacada nos revelará quem é o objeto de nossos desejos e poder manter relações sexuais com ela acalmará essa ansiedade. Se essas relações não são possíveis será conveniente buscar outra solução, porque se está formando um perigoso desequilíbrio interior na mente de quem sonha.

Já os ciganos entendiam que esses sonhos significavam muito bom presságio de êxito financeiro, mas aconselhavam que após o sonho a pessoa deveria se resguardar durante uma semana de manter relações sexuais com novos parceiros, pois nesse caso correria o sério risco de ficar sem sangue. Também o pai da psicanálise, Sigmund Freud, estudou a relação dos sonhos com o cotidiano do indivíduo, e segundo a sua interpretação, os vampiros nos sonhos significam um desejo obsessivo de posse sexual chegando ao extremo de um parceiro querer incorporar o corpo de seu amante. Ele complementa afirmando que para esse estado ser superado é necessário que o indivíduo passe a manter relações sexuais anormais e abundantes para saciar essa ansiedade voraz.

Para Jung, a presença do vampiro nos sonhos é a parte negativa e destruidora da alma que deseja sair das profundezas em que está presa pelo ser racional. Ele aconselha a pessoas nesses casos a desviar-se de todos os pensamentos doentios a fim de se libertar dessa presença.

 

A Sedução dos Vampiros

Chegou na parte que vocês estavam mais ansiosos para ler. Então vamos começar... O vampiro é antes de tudo um ser solitário e, ao contrário do que poderia imaginar, a sua eternidade é muito mais uma maldição do que uma bênção.

O rompimento do ciclo natural de vida o lança numa nova dimensão de realidade transformada pelas evoluções da sociedade, por isso, a sua perspectiva de relações se restringe, tomando em conta que o amor pode ser um estado que decreta a sua destruição.

No entanto, a energia humana, com todos os encantos e desencantos daqueles que o rodeiam causam ao seu espírito uma mistura de desejo e medo a cada vez que se aproxima de uma vítima. Ele sabe que ao buscar o líquido essencial à sua existência poderá encontrar-se com formas e sentimentos que colocarão em xeque a sua opção pela imortalidade. Uma mulher pode levar dentro de si encantos capazes de envolvê-los em teias de sensações carnais que o conduzirão inevitavelmente à paixão e esse sentimento é perigoso na medida em que pode romper as barreiras da maldade, aproximando-os dos sentimentos comuns a todos os mortais.

Existem alguns casos de nosferatus que se apaixonam por suas vítimas e são surpreendidos pela luz da manhã, letal para sua existência noturna. Na ânsia de sugar o fluido vital se encontram com cenários estimulantes à paixão, e seu ser, que apesar de fora da carne conserva sentimentos humanos, pode se iludir por um momento, conduzindo-o a caminhos proibidos para sua imortalidade. Essa possibilidade não deixa de mostrar quão terrível é a solidão dos vampiros.

Mas o vampiro tanto pode seduzir uma pessoa como, às vezes, ser seduzido sem se dar conta. Como já foi falado antes, o sonho é um elemento que pode ser utilizado pelo nosferatu, pois nesse mundo seus poderes são quase ilimitados. Ao ver uma vítima que lhe agrade, o vampiro procura no olhar uma maneira para que possa penetrar no seu estado inconsciente de maneira a deixar sua marca.

Através dessa porta ele se introduz no mundo dos sonhos onde começa a atuar, transmitindo à sua vítima os mais deliciosos momentos de êxtase sexual. Segundo

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narrativas de pessoas que tiveram essa experiência, e que não se envergonharam de contar, tudo começa com uma leve brisa que envolve os sentidos numa letárgica sensação de abandono. O corpo se torna um elemento leve que aos poucos é conduzido em mirabolantes vôos pelas mãos do sedutor. Aos poucos a nudez lasciva abre as portas de estranhos caminhos sensuais e a vítima sente-se possuída por uma infinidade de imagens que se tornam cada vez mais reais.

Flutuando sob o espaço, as veias sangüíneas se dilatam para entrada dos fluidos do vampiro, canalizando a um só instante um turbilhão de prazeres infernais semelhantes aos descritos pelo poeta italiano Dante Alighieri na Divina Comédia. O inferno deixa de ser um temor para o ser e passa a ser uma atração.

Nuvens de éter invadem todas as moléculas do corpo, lançando-o numa distante dimensão, longe da racionalidade do cotidiano comum a todos os homens e, ao despertar, dificilmente a pessoa se dará conta de que está sendo vítima de um ardil vampiresco; no entanto, assim que entrar em contato com aquele que a conduz por essas exóticas trilhas, o identificará de forma inconsciente, e fatalmente o convidará ao seu leito, sem saber que atrai para si um amante tão habilidoso que será capaz de esgotá-la completamente.

Uma das limitações do nosferatu é que não pode entrar numa casa sem ser convidado por alguém que habite o lugar; por isso, o fascínio sensual que exerce sobre as mulheres, muitas vezes facilitará essa tarefa, chegando mesmo a ser ardentemente desejado, deixando a falsa sensação de que está sendo seduzido, quando na verdade está seduzindo para seus diabólicos fins. Uma das características comuns a quase todos os vampiros é a bissexualidade. Não importa o sexo da vítima, mas o fluido que dela exala para aumentar a vida daquele que transgrediu a morte.

No entanto, a bissexualidade é mais latente nas vampiras. A sua vítima irá se apaixonar pela fragilidade anêmica e emocional que falsamente deixa transparecer, e deixará que o sêmen do seu ventre seja sugado pela boca aflita aquela que procura a imortalidade. As suas línguas se encontrarão num plano de sensualidade ardente que aumenta lentamente até o momento supremo do "beijo de fogo". A partir desse instante seus corpos estarão igualmente contaminados pelo vírus da luxúria vampiresca, que evoluirá até um ponto em que uma possua completamente a outra.

Apesar dos atraentes caminhos conhecidos pelos vampiros, para se chegar aos mais loucos prazeres da carne, nunca se poderá esperar dele o amor, pois os seus instintos passionais são narcisistas, objetivando pura e simplesmente a alimentar-se a si próprio, saciando seus desejos de beleza e juventude sem se importar com aqueles que lhes emprestam a energia. Na verdade, não existe troca: tudo flui apenas para si, transformando o outro corpo, depois de exaurido, em um saco vazio, com o qual pode fazer o que lhe aprouver.

Apesar do corpo de um vampiro poder ser trocado, ele jamais refletirá nenhum tipo de brilho, tendo a função de apenas absorver. Por isso, na maioria das lendas vampíricas, a sua imagem não existe nos espelhos e sua sombra está aprisionada. Para os vampiros, só é possível se projetarem no coração das suas vítimas, que por sua vez depois de sugado perde o brilho, como se um diamante depois de demasiadamente lapidado se transformasse em rocha opaca e sem vida.

 

Como identificar um Vampiro numa relação sexual

Qualquer relação sexual é altamente sangüínea, tem íntima relação com a presença e função do sangue no organismo. Nos seres humanos normais, os dois centros

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principais relacionados com a função sexual são os órgãos sexuais e o coração por sua relação com o sentimento e com o sangue.

Já nos vampiros, a relação sexual é muito mais centrada no estômago e no cérebro. Um vampiro nunca perde a cabeça numa relação sexual e seu objetivo é sempre encher o estômago de sangue. Os órgãos sexuais do vampiro numa relação sexual são secundários e ele pode até se esquecer deles. Por isso, um dos sintomas de que o parceiro sexual é um vampiro é a ausência de movimento na pélvis.

No entanto, a arte de representar e enganar é a base de sobrevivência dos vampiros e, por isso, eles podem fingir estar vivendo todos os detalhes de uma relação sexual com um grande grau de fidelidade ao real. Nesses casos, é preciso um grande grau de sensibilidade para perceber onde está a diferença dele para uma pessoa normal.

Podemos partir do princípio de que, numa relação sexual, a mulher é mais receptora e o homem é mais doador. No entanto, um vampiro é quase sempre passivo na relação, quer sempre ficar deitado, quer sempre ficar por baixo. Normalmente se mostram extremamente carinhosos e sedutores, nunca agressivos e masculinos no sentido mais brutal do macho. São extremamente vaidosos, gostam de atenção e de se sentirem mais capazes do que os seres mais vivos. No entanto, nas preliminares da relação sexual propriamente dita, podem preferir ficar falando de crimes e mortes violentas onde tenha havido abundante presença de sangue, do que falar de assuntos românticos.

Um vampiro não se emociona numa relação sexual. Nos homens normais, se o pênis endurece, o coração amolece. A ocasião é então propícia para que a parceira peça as coisas mais impossíveis, mas vampiro não amolece o coração. O pênis e o escroto dos vampiros são frios, mesmo que o pênis esteja ereto. Se ele se deita de barriga para cima e fica em repouso, os testículos não se movimentam, como acontece com os homens normais. E a pele da glande do pênis dos vampiros não fica brilhante quando ele está em ereção. O pênis dos vampiros, além de frio é extremamente absorvente de energia, capaz de resfriar qualquer organismo no qual penetre. Numa relação anal, por exemplo, a pessoa que recebe um pênis de vampiro sentirá rapidamente um frio na barriga e não necessariamente de emoção...

Quanto às vampiras temos a ressaltar também algumas características bastante significativas. Têm vagina fria, de cor arroxeada, seca e flácida, com tendência a esfolar o pênis que a penetre, e não se fechar quando o mesmo é retirado. Elas também têm uma tendência irresistível de morder o pênis durante o sexo oral e podem até amputá-lo de uma dentada.

Para evitar cair nas garras de um vampiro, basicamente também não escolha parceiros sexuais entre desconhecidos e principalmente à noite, estrangeiros, principalmente europeus, pessoas de hábitos noturnos, pessoas afeitas a morcegos ou mesmo carrapatos e pernilongos, pessoas excessivamente bondosas e principalmente pessoas interessadas em lhes orientar e esclarecer sobre o assunto "VAMPIRISMO"...

 

(N/A: Antes que alguns engraçadinhos façam piadinhas apesar de eu querer esclarecê-los, não sou vamp *xD*, mas bem que queria ver um. E, tipo, sonhar com aquela Carmilla deve ser um tédio para nós meninas, mas quem não queria encontrar com um Lestat, Louis, Armand, Marius e companhia num sonho? kkkkk Viva a tia Rice ô/ Agora vamos parar de piada e continuar...)

 

Das Marcas do Vampiro

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Para se reconhecer uma pessoa que está sendo vítima de vampirismo teremos que observar atentamente o seu comportamento. Depois que suas energias começam a ser roubadas, começa a denotar mudanças significativas em seus hábitos e isso acontece de forma tão significativa que dificilmente aqueles que a cercam deixariam de notar.

As transformações começam no olhar que, a partir do primeiro contato com o vampiro, torna-se estático, dando a impressão que seu globo ocular está sempre concentrado no mesmo ponto, vendo alguma coisa além do concretismo das coisas. Posteriormente, se mostra uma pessoa muito ativa e jovial, começa a se mostrar indolente e vagarosa, sem ânimo para participar de reuniões sociais. O senso de humor desaparece completamente, tomando o seu lugar uma rígida indiferença em relação a tudo que se passa a sua volta, apesar de que, em alguns casos, este último não ocorre.

A pessoa começa a evitar propositalmente o contato com os raios solares e durante a noite revela uma tendência ao sonambulismo, o que a torna cada vez mais apática, chegando a desmaiar ao menor esforço físico. Uma extrema palidez começa a contornar-se pelo seu rosto, e durante as refeições alimenta-se com carne praticamente crua e grande quantidade de vinho.

Com o passar do tempo torna-se arredia a todo tipo de contato com outras pessoas, permanecendo trancada em seu quarto. Passa a falar muito pouco, e quando o faz, é possível notar-se mudanças no tom de voz. Diz frases desconexas, incapazes de serem entendidas pelos outros. A sua higiene pessoal também começa a se deteriorar evitando entrar em contato com a água, com perfumes, sobretudo aqueles feitos de essências de flores. Além da palidez, é possível observar pelo corpo da vítima enormes marcas roxas como se tivesse sido espancada por alguém muito forte.

Se estiver sendo sugada por um vampiro de sangue, é possível ver no alto do pescoço, onde ficam as veias jugulares, duas pequenas marcas parecidas com incisões feitas por uma pequena agulha que aos poucos vão se tornando arroxeadas e cobertas por uma espécie de substância purulenta. No entanto, é possível encontrar essas marcas também em outras regiões do corpo, como nos pulsos, nas pontas dos dedos, e próximos ao coração, sendo que nesse caso o estado de deterioração da vítima é muito rápido, impossibilitando qualquer tipo de salvamento.

A vítima mostra uma estranha ansiedade com a chegada da noite, transparecendo uma tristeza misturada ao desejo de se entregar completamente. Normalmente essa pessoa evita olhar-se no espelho e repudia imediatamente qualquer tipo de simbolismo sagrado de qualquer religião, mas isso também pode variar de acordo com a história analisada.

Comparando-se o Drácula de Bram Stoker com os vampiros da Anne Rice, percebemos que o primeiro não se vê no espelho, tem aversão por crucifixos e pode ser destruído com estacas fincadas no peito. Já em “Entrevista com Vampiro”, Louis deixa bem claro ao seu entrevistador que cruzes não podem destruí-lo, que não pode se transformar em vapor, como foi mencionado no livro de Stoker, assim como estacas não podem destruí-lo. Contestações parecidas também são vistas em “O Vampiro Lestat”. Mesmo após ser transformado, Lestat continua a se ver em espelhos.

Voltando ao que era dito antes, existem casos em que a pessoa “vampirizada” começa a comer todo tipo de inseto e pequeninos animais como ratos, gatos, passarinhos, lagartos lagartixas e outros, ainda com vida. Se o vampiro não lhe roubar toda a energia e ninguém se der conta da sua verdadeira doença, a vítima fica histérica, tornando-se insuportável nos meios sociais, o que obriga um

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internamento em sanatório para alienados mentais. Dessa forma estará condenada a uma insanidade sem cura até os últimos dias de sua vida.

Não é difícil encontrar nos hospícios do mundo inteiro, pessoas vampirizadas falando uma linguagem completamente estranha e uivando como lobo para os raios lunares. Quando psicanalisados, elas revelam estar esperando a chegada do mestre para terminar a metamorfose iniciada. Nesse estado vivem durante anos, sem a menor compreensão dos médicos que a cercam, mas, apesar de sua sina, são dóceis, incapazes de atitudes violentas contra outros internos, contanto lhe sejam permitidos preservarem os seus hábitos.

 

De Como Suspeitar e Reconhecer um Vampiro

O vampiro é um ser geralmente noturno, pois, de acordo com a maioria das lendas vampíricas, o sol que poderia destruí-lo agora não está mais o impossibilitando de agir. Nesse período pode estudar os meios que lhe garantem a eternidade.

É comum ver pessoas que saem somente à noite, que evitam o contato com o sol e quando o fazem se protegem com óculos escuros para que sua pupila não se influencie com as cores do brilho solar. Na casa de um vampiro as luzes ficam acesas até altas horas da madrugada e só se apagam com o desaparecimento da estrela da manhã e ele dorme enquanto os outros seres trabalham para garantirem a sobrevivência. Seus hábitos são diferentes das pessoas comuns, gostam de comer carne crua ou quase crua, são estudiosos e prolixos quando desejam seduzir alguém ou conseguir alguma vantagem, possuem um aguçado sentido para saberem quando estão em perigo e são rápidos para escaparem das ciladas que são armadas no seu caminho. Também sabem o momento certo de aparecerem num determinado local e também o momento de desaparecerem quando assim lhes convier. Gostam de conversar olhando fixamente seu interlocutor, para poder enxergar um pouco além da massa que reveste o corpo. Gostam de beber álcool, mas jamais são vistos embriagados.

Além disso, possuem um desejo cego pelo poder, para que através dele possam propagar o vírus que carregam, reduzindo a existência daqueles que se interpõe em seu caminho. Para manter aquilo que possuem, precisam de escravos que os obedeçam cegamente, ao ponto de se sacrificarem em seu nome. Normalmente, os vampiros são descendentes de famílias tradicionais e possuem uma enorme abastança financeira para investirem na manutenção do poder. Exercem influência nos meios políticos dos países onde vivem através de infiltrações ilícitas.

Segundo alguns relatam, o Conde romeno Vlad Dracul conseguiu dominar um vasto império na Europa Oriental, vencendo batalhas e numa dessas batalhas voltou completamente só, sendo recebido pelo povo de Budapeste como verdadeiro herói. A cidade resolveu então homenageá-lo, coroando-o no lugar do jovem príncipe morto em campanha. Mas, no momento em que o arcebispo preparava-se para colocar a coroa na sua cabeça dentro da catedral, sucumbiu diante do grande número de símbolos sagrados que o cercavam, o que levantou a desconfiança dos religiosos, que acabaram por descobrir depois de muitos anos estarem sendo governados por um nosferatu.

O nomadismo é outra característica comum aos mortos-vivos, porque depois de semearem a destruição pelos lugares onde passam, despertam a desconfiança da população, recebendo represálias e por isso, mudam-se constantemente de cidade e de país. Isso explica a afinidade entre ele e os ciganos. Durante seu trajeto, caso viaje durante o dia, permanece dentro de caixão como morto para libertar-se somente na chegada do destino.

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Como Agradar um Vampiro

Quando se convida uma pessoa para freqüentar nossa casa devemos lhe oferecer aquilo que mais gosta e, no caso de querer agradar um vampiro, esse procedimento também é válido.

Deve-se oferecer a ele a essência que lhe permite a imortalidade, ou seja, sangue. Para isso, caso seja uma mulher, deve convidá-la para ir à casa num dia de lua cheia quando seus fluidos estão latentes. Devem ser retirados todos os espelhos da casa, além de símbolos sagrados como cruzes, imagens de santos, oração, pratarias, etc.

Ele deve ser recebido com todas as gentilezas dignas de um nobre, e por nenhum momento a conversa deve se enveredar por caminhos que lhe despertem a fúria, pois se isso acontecer, poderá dilacerar completamente quem o recebe.

Caso seja um vampiro, a anfitriã deve olhá-lo sempre dentro dos olhos e não se deve oferecer a ele nenhuma espécie de comida, mas apenas uma taça de vinho ou conhaque. O estado de solidão deve ser completo, pois sem querer, outras pessoas poderiam irritá-lo ao ponto de não mais se conter. Elogiar a sua inteligência e seus feitos guerreiros, também o agradam profundamente. Pode-se falar sobre juventude, e sonhos, sobretudo aqueles os quais ele habita.

Para seduzi-lo será necessário esperar que a lua trace seu caminho no céu até que esteja no ponto culminante no centro da terra, irradiando seus raios por todo planeta. Nesse momento a anfitriã, usando uma roupa fina, deve convidá-lo aos seus aposentos e entregar seu corpo nos braços da criatura. Sentindo que a mulher quer ser possuída e não tem medo, mas pelo contrário, o deseja, ele a envolverá nos turbilhões dos infernos causando-lhe sensações extra-sensoriais capazes de conduzi-la ao mais profundo êxtase carnal. Seus beijos de fogo queimarão as entranhas e tudo será sonho.

Nesse estado, a vontade deve estar subjugada para seus caprichos e desejos, mas ninguém jamais deverá esperar ser amada por ele, pois a sua maldição jamais lhe permitiria chegar a tal estado espiritual. Por isso, tudo deve ser realizado a nível físico, sem transcender as fronteiras dos sentidos proibidos para um vampiro.

Ele não poderá se sentir seduzido, mas sedutor, pois seu poder tem que ser onipotente em todos os momentos para igualar-se ao plano de um mortal. Outra maneira de seduzi-lo é deixar-se ferir por algum objeto, de maneira que ele veja algumas gotas de sangue. Isso despertará seus institutos de maneira tão violenta que certamente arrastará aquela que o requesta para possuí-la, mas vale frisar que, se uma mulher que não lhe agrada se oferecer ele pode simplesmente destroçá-la com as mãos.

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Casos de Vampirismo - Parte 1 escrita por Lady Myh Lee

A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII e teve tem origem no idioma sérvio como Vampir, mas nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro a grafia não muda.

Lendas da Eslováquia e da Hungria dizem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também se tornavam vampiros após a morte.

As civilizações da Assíria e Babilônia também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.

O lendário Livro de Nod narra a origem dos vampiros. A tradição judaico-cristã prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito no Livro de Nod, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão, Abel. Os anjos do Criador foram até ele exigir que se redimisse. Orgulhoso, recusou-se e acatou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado a solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz, longe do convívio dos mortais. Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque, mas ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade. Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque, sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo divino por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, sua prole reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais. Após um período de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.

Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confunde-se entre os relatos e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes, livros e RPG’s, e, além disso, existem outras versões para a origem dos vampiros. Algumas nada têm a ver com a narrada no Livro de Nod.

Na lenda de Caim, a conotação do termo Vampiro ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue, que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros, deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, a maior parte dos povos possui uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre várias civilizações desde a Antigüidade.

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Todas as Mitologias e grandes religiões concordam que a bipolaridade energética é uma constante no Universo. Sempre que existir o Bem, existirá também o Mal. Para os Gregos, no princípio era o Caos, o Ovo Primordial. Este Ovo dividiu-se em dois seguindo uma força ordenadora, Eros, formando o Céu e a Terra. Eros é a virtude atrativa que leva as coisas a se juntarem, criando a Vida. É uma força fundamental do mundo. Assegura não somente a continuidade das espécies, como a coesão interna do Cosmos. No entanto, a mesma Nuit que gerou a Terra, gerou também Tánatos - a Morte. Vida e Morte desde então são duas coisas inseparáveis para todo o sempre.

 

O sangue é um dos símbolos da Vida. A nossa Cultura, que é gerida no aspecto religioso pela força do Cristianismo, tem no Sangue de Cristo a grande fonte de energia que move a roda de seu destino. Tomemos o relato de S. Marcos (Cap. 14 Vs. 22 a 25) "Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: "Tomai, isto é meu corpo". Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam. E disse-lhe: "Este é o meu sangue, o sangue da Aliança que será derramado por muitos. Em verdade vos digo, já não beberei do fruto da videira até aquele dia em que o beberei de novo no reino de Deus". Judas era um dos que estavam sentados à mesa. Assim como Pedro, que viria a negá-lo mais tarde, com medo da morte.

Porque? Porque a morte é o grande segredo de tudo. Tanto é que a essência da transmutação ensinada por Jesus está exatamente na Ressurreição. Mas para ressurgir, é necessário que se morra antes. E na ausência cósmica do Sermão da Montanha está a direção a ser seguida por aqueles que querem tomar a própria cruz e segui-lo.

E os Vampiros? Os vampiros não querem nem uma coisa nem outra. Eles não querem nem morrer, nem obedecer a nenhum sermão e muito menos carregar qualquer tipo de cruz. Preferem continuar fazendo tudo para manter um estado de morte parcial e ressurreição parcial, alimentando-se com sangue humano mesmo, evidentemente de muito pior qualidade...

 

Outra lenda diz que os primeiros vampiros surgiram entre os suicidas e os criminosos condenados à morte. Ou seja, pessoas que de uma forma ou de outra tiveram seu período normal de vida interrompido brusca e violentamente. Principalmente os suicidas que se arrependeram do ato quando já não havia mais tempo de voltar atrás e tanto os suicidas quanto os criminosos eram condenados também pelo Cristianismo. Mesmo que recebessem extrema-unção, depois de mortos não poderiam passar pela Igreja e não poderiam se enterrados em "campo santo", já que, geralmente, os cemitérios ficavam ao lado das igrejas e eram controlados por elas.

Segundo essa história, a revolta contra essa marginalização, a vontade de voltar a viver e o medo de ir para o inferno criavam uma força suficientemente capaz de fazer com que esses seres não se decompusessem, não morressem totalmente e se levantassem do túmulo, à noite, por muitos motivos. Um deles é que os homens são animais de hábitos normalmente diurnos... Mesmo assim, mesmo se protegendo na escuridão da noite e se alimentando do sangue apenas de animais domésticos e selvagens, qualquer vampiro estava condenado à extinção se não criasse condições de sobre(semi)vivência.

Daí que a primeira providência instintiva de qualquer vampiro era arrumar pessoas que pudessem ajudá-lo a manter-se, mas mesmo assim, o levante das populações enfurecidas era um perigo insuperável, com o passar do tempo. Só subsistiram aos

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vampiros de famílias altamente poderosas e influentes. Começaram a aparecer no final do Séc. XVI e se multiplicavam enormemente numa furiosa atividade nos séculos XVII e XVIII, principalmente nos países europeus onde era mais intenso o fervor religioso, que inevitavelmente geraria suas grandes histórias e contradições.

A Alemanha foi o país que mais sofreu com a presença dos vampiros e existem ali até hoje muitos tratados buscando a compreensão de suas atividades e a cura para seus males. No entanto, apesar da Alemanha ter tido o maior número de vítimas fatais desses seres malignos, foi na Inglaterra que surgiram os mais famosos e influentes vampiros, bem como as linhagens politicamente mais fortes e poderosas. Curiosamente, para confirmar a existência contínua da bipolaridade, foi também na Inglaterra que surgiram os maiores inimigos dos vampiros, bem como na França e na Espanha, em menor proporção.

No entanto, há fortes razões para crer que estas linhagens não se extinguiram até hoje e se tornaram altamente sofisticadas e suas alianças com os poderes existentes os tornaram praticamente imunes à destruição. Não podemos esquecer que, além do poder econômico, as linhagens de vampiros que conseguiram sobreviver têm ainda a oferecer aos poderes constituídos os grandes segredos de como manter pessoas - e inclusive populações inteiras - em estado de semi-letargia e inconsciência. Os vampiros são especialistas competentíssimos na arte de criar, educar e manter mortos-vivos.

 

1. O Ramo Britânico

O ramo britânico constituiu-se principalmente de quatro dinastias: Von Born (Transilvânia), Birmingham (Lancashire), Kingsford (Manchester) e Mc Bell (Londres). À dinastia Von Born, da Transilvânia, pertenceu um grande amigo de Mozart, Ignaz Von Born, nascido em Karlsburg em 1742 e morto em Viena em 1791. Mas ele não era um vampiro e até trabalhou profundamente contra a proliferação desses seres. Só mais tarde veio a saber que seu primo Theodore Von Born o era e ele próprio se encarregou de eliminá-lo. O vampiro mais famoso dessa linhagem foi o Conde Charles von Born, identificado como tal e morto em 7 de julho de 1815.

 

O Cristianismo Esotérico na Távola Redonda

A maior e mais antiga força de combate ao vampirismo na Inglaterra surgiu com o Cristianismo Esotérico presente nos escudos de armas da Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda, que cultivava a lenda do SANTO GRAAL, que conteria o Sangue de Cristo. O maior sonho de grandes vampiros foi a descoberta e destruição do Santo Graal. É a lenda mais importante da Inglaterra.

O Rei Artur teria existido na primeira metade do séc. VI, na região de Windsor. Outro grande combatente do vampirismo na Inglaterra foi o astrólogo, alquimista e historiador Elias Ashmole (1617/1692), inimigo da dinastia dos Mc Bell, que ocupou vários cargos públicos na corte de Carlos II e editou um tratado alquímico chamado The Waiss to Bliss (1658), onde cita fórmulas de neutralizar a força dos vampiros.

Não poderíamos deixar de citar também o Barão de Verulam, (1561/1626) também conhecido como FRANCIS BACON, considerado antecessor direto de Newton e Galileu. É possível que tenha sido Rosenkreutz, o Conde de S. Germain e uma grande controvérsia ainda existe para provar se ele realmente escreveu ou não os dramas de Shakespeare. Ao perseguir elementos da dinastia de vampiros Birmingham foi vítima de uma manobra política e acusado de peculato, desvio de verbas, tendo que abandonar o cargo e interromper sua luta. Foi Lorde-Chanceler na

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Suprema Magistratura.

Se Francis Bacon realmente foi o mesmo Conde de Saint Germain, não se sabe ao certo. Certo é que o "Príncipe Rakoczy da Transilvânia" ou Conde de Saint Germain (1710/1784) foi a mais preeminente figura do ocultismo ocidental. Está cercado de lenda e mistério. É considerado um "homem que nunca morre". É provável que realmente tenha entendido a essência da mensagem Crística e a tenha colocado em prática, dominando a morte de uma forma completamente oposta aos vampiros. A lenda lhe atribui vários séculos de idade e, onde quer que apareça, promove curas e possui faculdades paranormais além de qualquer coisa conhecida. Como grande ativista da Sociedade Branca consagrou-se ao progresso e elevação da humanidade.

Mais recentemente, Annie Besant (1847/1933) dedicou grande parte de sua obra ao esclarecimento de como enfrentar o vampirismo. Ela é continuadora da obra de Helena Blavastky e seria uma das reencarnações de Giordano Bruno. Sua profunda relação com a Índia trouxe consideráveis esclarecimentos ao problema dos mortos vivos com os estudos feitos junto a grandes faquires como Thara Bey, um egípcio e membro da seita dos coptas cristãos. Estudou medicina em Constantinopla. A Sociedade Teosófica foi fundada por Helena Blavatsk em 17 de novembro de 1875.

Entre os mais influentes vampiros estão o Visconde Dicson Birmingham, que chegou a pertencer à Maçonaria Inglesa e foi morto em março de 1793, e o Barão Aurelius Kingsford, um dos autores da manobra para neutralizar Francis Bacon, que desapareceu sem deixar rastros, após ser identificado publicamente como vampiro.

 

2. O Ramo Germânico

As duas principais dinastias germânicas são o Emmerich (Stuttgart) e Haushoffer (Berlim). O maior dos antigos vampiros alemães chamava-se Johhan Valentinus Andreae (Wurtemberg 1586, Stuttgart 1654), que pertenceu à dinastia dos Emmerich e foi diácono luterano em Vaihingen (1614) e superintendente da cidade de Kawl, cargo que teve que abandonar por causa da Guerra dos Trinta Anos.

Introduziu grande confusão nos debates rosacruzes da época. Pertencia à Ordem e politicamente era necessário a seus interesses que ela se desorientasse. Escreveu "Turis Babel Sive Judiciorum de Fraternitate Rosae-Crucis Chaos", relativa aos julgamentos sobre a fraternidade. Tudo indica que a egrégora da Ordem conseguiu elimina-lo para sempre da face do planeta. Da linhagem antiga da dinastia Haushoffer, o maior representante é, sem dúvida o Conde Benedict Carpzov Haushoffer (Wittenberg 1595, Leipzig 1666).

Curiosamente é o autor do Maleus Maleficarum dos protestantes, chamado "Practica Nova Imperialis Saxonica Rerum Criminalum (1635). Suas obras exerceram grande influência nos processos de bruxaria e firmou milhares de sentenças de morte. Alimentava-se tranqüilamente do sangue de suas vítimas, acobertado pelo cargo público, pois era Chanceler Privado em Dresde e membro da faculdade de jurisconsultos de Leipzig.

 

Os Alquimistas Fausto e Goethe

Fausto, o personagem que inspirou Goethe a escrever a obra prima da Cultura Alemã, teve existência real e foi um mago do Séc. XVI famoso na lenda e na literatura. Existem provas suficientes de sua existência através de citações de J. Trithemius (1462/1516), K. Mudt (1513) e J. Wierus (1515/1588), que falam dele desdenhosamente, tratando-o como charlatão. J. Gast, no entanto, em seus

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"Sermones Convivales" (1543), atribuiu-lhe poderes sobrenaturais. Era astrólogo, alquimista, quiromante e adivinho e sua história foi contada 30 vezes antes de Goethe, em forma de romance de cordel. Somente Goethe conseguiu conferir-lhe universalidade suficiente para torná-la um dos grandes mitos universais eternos, símbolos da inquietude e ambições humanas.

Já Goethe foi um dos maiores poetas líricos da humanidade e um dos grandes gênios de todos os tempos, ao lado de Da Vinci, Galileu e Kepler. Filiou-se à Maçonaria em Weimar em 1780. Nasceu em 1749. A vida de ambos, Fausto e Goethe, é uma mistura de ficção e realidade, onde um pacto de sangue com o demônio em troca da juventude (motivo central da obra "Fausto") é o arquétipo que representa a essência do desejo de qualquer vampiro. Cabe a Mefistófeles decidir se concede ou não o privilégio. Este detalhe é importante: um vampiro não tem nunca um poder como o de Mefistófeles. Apesar de poder pactuar com ele, como qualquer ser humano.

 

Vampirismo e Nazismo

À dinastia Haushoffer pertenceu também o General e ocultista alemão Karl Haushoffer (1869/1946), que foi iniciado numa lamaseira Tibetana. Defendia a tese segundo a qual a raça indogermânica asseguraria a permanência e grandeza do mundo. Foi apresentado a Hitler por R. Hess e teve atuação marcante na implantação das doutrinas esotéricas nazistas. Foi o diretor do grupo ocultista Thulé e instituiu a CRUZ SUÁSTICA como emblema do regime. Foi discípulo direto de Gurdjieff e o apresentou a Hitler. Assassinou a própria esposa em circunstâncias misteriosas em 1946, desaparecendo em seguida.

O sucessor do vampiro Karl Haushoffer no grupo Thulé foi Hanussen, misterioso ocultista que desempenhou um importante papel no Terceiro Reich. Teria sido um emigrante judeu que se instalou de forma meteórica entre a elite berlinense, dirigiu sessões públicas de hipnotismo e telepatia. Ao grupo Thulé, dirigido por ele, pertenciam Hitler, Himmler, Goering e outras autoridades nazistas. Desapareceu em 1933, deixando notáveis contribuições para o regime. Na área política contribuiu com técnicas de propaganda subliminar e hipnótica. Na área da alimentação, com a transformação e conservação de sangue e carne humanas para enlatados.

 

3. O Ramo Francês

O notável cientista e biólogo francês Alexis Carrel (1873/1944) também tratou da conservação de tecidos humanos, mas de uma forma completamente diferente dos nazistas. Fez culturas de tecidos VIVOS fora do corpo humano, criou o primeiro coração artificial e implantou o fluido Carrel-Dakin para o tratamento de ferimentos. Sua obra mais importante chama-se "O Homem, Esse Desconhecido".

As duas principais dinastias de vampiros franceses são De Rais (Nantes) e Du Fleur (Paris). O mais famoso representante da dinastia De Rais é o militar Barão Gilles de Rais, eleito para acompanhar Joana D'Arc a Orleans, participou de várias batalhas ao lado dela. Possuía grande fortuna, mas recorreu à alquimia para tentar mantê-la quando começou a empobrecer. Nisso conheceu vários nigromantes e mergulhou na magia negra. Em 1440 respondeu a processos por diversos assassinatos e confessou ter matado mais de cem rapazes em rituais macabros, onde, entre outras coisas, lhes bebia o sangue. É o mais famoso vampiro da história da França. Da dinastia Du Fleur o maior representante é o conde Antoine Du Fleur (1521/...). Chegou a ocupar o cargo de procurador-geral na corte de Charles IX. Co-participou do grande massacre da Noite de S. Bartolomeu. Diz a tradição que preferia o sangue de recém-

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nascidos ainda não batizados, o que conseguia através muitas vezes da violência. Matou centenas de crianças para sugar-lhes o sangue.

Era apoiado pelo rei Charles IX (1550/1574), que ocupou o trono da França de 1560 até a morte. O rei mantinha no Louvre uma escola de nigromancia e, após ter comandado o massacre de S. Bartolomeu, tinha pesadelos acordado, onde via corvos com a plumagem manchada de sangue perseguindo-o.

O mais antigo personagem a combater na França os morcegos que voejavam em torno da Catedral de Notre Dame foi Jacques de Molay, morto em Paris em 1314. Foi o último grande mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, na qual ingressou por volta de 1265. Foi vítima de uma conspiração do Papa Clemente V e o Rei da França e terminou executado junto com outros cavaleiros templários.

Existe estreita relação entre a Maçonaria e a Ordem dos Templários. O combate astral aos vampiros na França tem como maior expressão o investigador metapsíquico e escritor Gabriel Delanne (Paris 1857/1926), que conseguiu eliminar definitivamente do plano astral o espírito vampiro de Leonora Galigai (morta em Paris em 1617), acusada de enfeitiçar Maria de Médicis.

 

4. O Ramo Espanhol

Também duas dinastias se destacam no Ramo Espanhol do Grande Pentagrama Europeu. A dos Villa Nova (Sevilha) e dos Iglesias (Madri). O grande vampiro Arnaldus de Villa Nova (1235/1313) era astrólogo, alquimista, médico e naturalista, estudou alquimia, física, filosofia árabe e medicina em Paris, e foi perseguido pela Inquisição, mas desapareceu misteriosamente quando viajava para Avinhão, a chamado de seu amigo o Papa Clemente V. Os inquisidores sabiam que se tratava de um vampiro.

Suas viagens eram normalmente para contatos com outros mortos-vivos. Amarildo Fuentes Iglesias (1355/1416) e Berthold Iglesias (1527/1577) foram também expoentes políticos em suas respectivas épocas, distantes entre si quase um século, mas dentro da mesma dinastia. Diz a tradição que o segundo, Berthold, foi um dos grandes incentivadores das touradas e chegou a sugerir outros espetáculos mais sangrentos aos governantes espanhóis.

 

5. O Ramo Romeno

O núcleo de vampiros do Ramo Romeno do Grande Pentagrama Europeu conseguiu reunir representantes das dinastias Bruhesesn (Bucareste), Katterfelto (Prússia), Lobaczewski (Cracóvia, na Polônia), Nikolaievitch (Moscou) e Emmerich (Kiev, na Ucrânia). Essa grande diversidade só era possível devido ao fato de que existe para uni-las um inimigo comum, mas essa mesma diversidade dentro de toda a estrutura do Grande Pentagrama provoca nos grandes conflitos políticos um intrincado de interesses, alianças, pactos e traições tão grandes que muitas vezes uma mesma dinastia tem uma aliança com outra no mundo dos vivos e uma luta de extinção no mundo dos mortos-vivos.

 

6. O Ramo Itálico

O Ramo Itálico, apesar de ser o menos representativo numericamente falando, é importantíssimo no plano de forças astrais do arsenal do grande Pentagrama, pois

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sua função mais importante é interferir nas emissões energéticas do Vaticano para o resto do mundo.

Suas atividades em Palermo são comandadas pelo Mago e Vidente vampiro Conde Marcello Murillo de Andreas Cupertino (1204/...), primeiro vampiro da Dinastia dos Cupertino, que possuía profundos conhecimentos políticos e táticos. Acredita-se que ele ainda esteja em atividade chefiando uma das maiores redes de informação criminosa da terra e, como tem profunda influência em todas as famílias sicilianas, continuamente assina novas alianças e pactos de ajuda mútua.

 

 

Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula (Dracul, originalmente significa Dragão) foi herdado de seu pai, Vlad II, que foi cavaleiro da Ordem do Dragão.

A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de Drácula inspirou-se, provavelmente, nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula tornaram-se praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.

No Brasil também encontram-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maioria das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.

Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado. No nordeste brasileiro conta-se a história do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue e prefere as pessoas que não freqüentam igrejas, porém, os habitantes das cidades por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.

Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em suas vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção a um rio e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A Vampira do Amazonas possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.

Em maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore.

As lendas de vampiros são muito antigas e presentes no imaginário de diversos povos. Talvez sua origem seja baseada em um antigo mito de que através do beijo seria possível apoderar-se da vida e da alma de outra pessoa. Existem muitos povos africanos que acreditavam que o beijo era algo diabólico e que a pessoa beijada poderia ter sua alma absorvida se permitisse ser beijada. Entre os antigos astecas

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havia essa mesma alusão ao beijo, entretanto o mesmo não era considerado demoníaco, e sim uma forma de canibalização que simbolizava a oferta ritual da pessoa a ser sacrificada aos deuses. O sangue também tem um forte valor simbólico em diversas culturas: Significa vida, paixão, poder, força, e também carrega consigo uma série de tabus e interditos. É difícil afirmar quando surgiram as primeiras histórias, pois aparecem referências desde a Grécia antiga.

Assim presente no folclore de muitas culturas, o vampiro ganhou vida eterna através da literatura a partir do início do século XIX. Autores como Hoffman e Gogol também contribuíram com o mito. Drácula, de Bram Stoker, foi editado em 1897 e, desde então, jamais deixou de ser publicado.

Notas Finais:

Semana que vem teremos biografias dos supostos vampiros famosos como a tia Bathory e o tio Vlad. Espero que gostem xD

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Casos de Vampirismo - Parte 2 escrita por Lady Myh Lee

Notas do Autor:

Começaremos essa semana a relatar a biografia de famosos supostos vampiros. Como esse capítulo ficou mto³³³ grande, será dividido e hoje mostaremos a biografia da "Elizabeth Bathory, a Condessa de Sangue"

A Condessa Erzsébet Bathory (Ou Elizabeth Bathory) (1561-1614)

A figura de Erzsébet Bathory é cercada de mitos e lendas, tanto que não se sabe ao certo onde termina a fantasia e começa a realidade. Teria sido uma Condessa que torturou e assassinou várias jovens e, por causa disso ficou conhecida como um dos "verdadeiros" vampiros da história. A família Bathory viveu no que conhecemos hoje como República Eslovaca, mas muitos dizem que ela era húngara. Isso se deve ao fato de que naquela época, as fronteiras húngaras não era o que podemos chamar de "fixas". Ela cresceu numa propriedade da família Bathory, em Csejthe, a nordeste da Hungria e quando criança, era sujeita a doenças repentinas acompanhadas de intenso rancor e comportamento incontrolável. Alguns acreditam que Erzsébet Bathory experimentou várias crises de possessão. Nunca podia prever-se quando tal aconteceria. De repente surgiam violentas dores na cabeça e nos olhos. As criadas traziam feixes de plantas frescas e narcotizantes, enquanto sobre o lume se preparavam drogas soporíferas onde se iriam embeber esponjas para se passarem a seguir pelas narinas da paciente. Não se sabe ao certo que tipo de doença a acometia nem qual a sua origem. Em relação à doença de Elizabeth há um misto de ignorância, desconhecimento e preconceito. Em 1574, Erzsébet engravidou de um breve romance com um camponês, mas, assim que sua gravidez ficou visível, ela foi escondida de todos, pois estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, chamado de "o herói negro", com quem se casou em maio de 1575. Como era soldado, o Conde Nadasdy passava a maior parte do tempo em campanhas, o que fazia com que a Condessa tivesse de assumir os deveres de cuidar dos assuntos do Castelo Savar, propriedade da Familia Nadasdy. Foi à partir daí que contam que sua carreira maligna teria começado, pois com o disciplinamento de um grande número de empregados, principalmente mulheres jovens, ela não só punia aqueles que infringiam seus regulamentos, como também encontrava desculpas para severas punições, deleitando-se com a tortura e morte de suas vítimas. Há muitas histórias fabulosas sobre a Condessa Bathory. Conta-se que com 20 anos, idade em que normalmente se freqüentam bailes e recepções na aristocracia húngara, a prima do príncipe Drácula vivia numa quase total reclusão. Amantizou-se com o intendente Thorbes, que a iniciou em feitiçaria e que, tendo-a casado com Satanás, teria lhe transmite os ritos secretos da seita "Ave Negra", sociedade secreta à qual ele pertencia. A Ordem da Ave Negra mantinha estreitas e subterrâneas relações com a Ordem do Dragão de Segismundo da Hungria. Erzsébet participava nas reuniões de magia com Thorbes, com a sua ama, as duas criadas e o mordomo Johannès Ujvary. Diz-se que certo dia a condessa, envelhecendo, estava sendo penteada por uma jovem criada, quando a menina acidentalmente puxou seus cabelos. Erzsébet virou-se para ela e a espancou, o sangue espirrou e algumas gotas ficaram em sua mão. Ao esfregar o sangue nas mãos, estas pareciam tomar as formas joviais da moça. Foi a partir deste incidente que Erzsébet desenvolveu sua reputação de desejar o sangue de jovens virgens. O Conde Nadasdy não só tomava parte nos atos cruéis de sua esposa como ensinava a ela novas formas de tortura. Ele veio a falecer em 1604 e, após sua morte, Elisabeth mudou-se para Viena e logo depois, passou um tempo

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no Solar de Cachtice, o local que foi o cenário de seus atos mais depravados e famosos. Uma segunda história fala do comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando ela colecionava uma série de jovens amantes. Logo que enviuvou, dispensou a companhia de sua sogra e dos subordinados do marido, para se entrega tranqüilamente aos ritos mágicos ensinados por Thorbes. Numa ocasião, quando estava em companhia de um de seus jovens amantes, viu uma mulher de idade e perguntou a ele: "O que você faria se tivesse de beijar aquela velha bruxa?". O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que tal aparência era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm ligado a morte do marido de Elizabeth e essa história, a sua preocupação com o envelhecimento e daí o fato de ela se banhar em sangue. Nos anos que se seguiram após a morte do marido, Erzsébet conseguiu uma nova companheira para seus atos sádicos: uma mulher chamada Anna Darvulia, de quem pouco se sabe. Quando a saúde de Darvulia piorou, Elisabeth voltou-se para Erzsi Majorova, viúva de um fazendeiro local, seu inquilino. Parece que esta foi a responsável pelo declínio da Condessa, pois incentivou a mesma a incluir entre suas vítimas, mulheres da nobreza, em virtude da dificuldade que Elisabeth estava tendo para conseguir novas criadas, afinal, a fama da Condessa e seu comportamento já eram conhecidos por todas as redondezas. Em 1609, Elisabeth matou uma jovem nobre e encobriu o fato alegando suicídio. Em 1610, começaram as investigações sobre os crimes da condessa. Na verdade, era mais por motivos políticos. O Conde Nadasdy havia emprestado dinheiro ao Rei e este queria se ver livre de tal empréstimo confiscando o latifúndio da Condessa, porém as suspeitas dos assassinatos dela, eram mais que uma desculpa para concretizar os planos da coroa, por isso não se sabe ao certo até que ponto tais acusações eram fiéis ou não aos fatos. Outra versão do caso, afirma que em Novembro de 1610, uma das vítimas conseguiu fugir antes de ser condenada à morte. O rei Mathias II, conhecedor do caso, encarregou o conde Thurzo de investigar as estranhas práticas da condessa. A 30 de Dezembro de 1610, o conde forçou a vedação do castelo de Csejthe. Na sala grande da torre de menagem, descobriu horrorizado um cadáver em cujo corpo não havia nenhuma gota de sangue, vasos cheios de sangue ainda não coagulado, e um moribundo barbaramente torturado. Submetido a interrogatório, o mordomo Ujvary confessou ter participado em trinta e sete assassinatos rituais. Uma tesoura, manejada por Erzsébet Bathory, substituía o punhal sacrifical. Os servos desta estranha missa de sangue recolhiam-no para depois prepararem os banhos de juventude de Erzébeth cuja aparência jovem, comentavam os juízes, "não podia ser senão de origem diabólica". Com isso, em 26 de dezembro de 1610, a Condessa Erzsébet Bathory foi presa e julgada alguns dias depois. Em 7 de janeiro de 1611, foi apresentada como prova, uma agenda contendo os nomes de todas as vítimas da Condessa, registrados com a sua própria letra. No total foram 650 vítimas. Além de sua reputação de assassina e sádica, ainda foi acusada de ser uma "lobisomem" (o termo "werewolf" traduzido do original, não possui gênero) e uma vampira. Durante seu julgamento, várias pessoas afirmaram que ela mordia o corpo das meninas que torturava. Ela foi acusada então de drenar o sangue de suas vítimas e de banhar-se nesse sangue para reter a juventude. Por todos os parâmetros, Elisabeth era de fato uma mulher muito atraente. A condessa confessou arrogante e friamente os seus crimes. Os dois necromantes foram condenados à morte. Arrancaram-lhe as unhas, cortaram-lhes a língua, espetaram-lhe os olhos e por fim queimaram-nos em fogo lento. Erzsébet foi condenada a confessar a sua culpa e a ser decapitada. A sentença foi comutada, tendo em vista a sua origem e posição, para prisão perpétua "a pão e água". Veio a morrer em 1614, passados anos, encerrada entre as paredes de uma das salas do seu castelo. The Book of Werewolves registra a lenda básica de uma Condessa húngara que matou suas criadas para banhar-se no seu sangue, uma vez que ela imaginava que esse tratamento manteria sua pele jovem e saudável. A verdade é que ela

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assassinou 650 moças para esse fim.

Os modos da Condessa húngara do século XVI chamada Elizabeth Bathory poderiam rivalizar com as histórias de terror de qualquer país. O testemunho de centenas de pessoas demonstrou que o seu uso de sangue para finalidades cosméticas era lenda, mas confirmou que ela de fato matou mais de 650 moças (ela recorda cada atrocidade no seu diário). A Condessa evidentemente gostava de morder e dilacerar a carne de suas jovens criadas e um de seus apelidos era "Tigre de Cachtice". Ela torturou em Viena, onde possuía uma mansão na rua dos Agostinianos, próximo ao palácio real no centro da cidade. Durante o julgamento em 1611, foi confirmado que "em Viena, os monges arremessavam seus corpos contra as janelas quando ouviam gritos das moças sendo torturadas". Esses monges certamente os do velho mosteiro Agostiniano defronte a mansão Barthory. No porão, Erzsébet mandou um ferreiro construir uma espécie de compartimento de madeira, ou cela, onde torturava suas vítimas. Entre as alegações para os terríveis crimes da Condessa estão as afirmações mais estranhas. Alguns culpam a aparente loucura de Bathory, devido aos constantes casamentos entre membros nobres da mesma família na Hungria, destinados a manter as propriedades entre si, o que poderia ter levado à uma degeneração genética. Entretanto tais casamentos entre parentes próximos eram comuns em toda a nobreza européia.

Outros afirmam que Erzsébet era sujeita a ataques epiléticos e que tal enfermidade teria relação com sua loucura e comportamento, em uma prova de desconhecimento total sobre a doença, além de notório preconceito, em uma época na qual epilepsia era tratada como sinônimo de loucura e possessão demoníaca. Nos registros mais fieis sobre Bathory sabe-se apenas que ela sofria de fortes dores de cabeça, sem um diagnóstico acertado, em virtude dos poucos recursos da medicina da época não se sabe ao certo do que Bathory sofreria afinal, e se tais dores teriam relação com seu comportamento violento e sádico.

Segundo relatos da época a família de Bathory não seria nada exemplar. Um dos seus tios foi um notório satanista, sua tia Klara uma terrível aventureira sexual e seu irmão Stephen um bêbado e devasso. O marido de Bathory, o conde Ferenc Nadasdy era tão cruel quanto ela. Quando em casa, distraía-se torturando presos turcos. Ensinou até mesmo algumas técnicas de tortura à Erzsébet. Uma delas, muito dolorosa, era uma variação do "pé quente", em que pedaços de papel embebido em óleo eram colocados entre os dedos do pé de empregados preguiçosos, aos quais se ateava fogo, fazendo com que a vítima visse estrelas de tanta dor e se contorcesse tentando livrar-se do fogo. Erzsébet costumava enterrar agulhas na carne e sob as unhas de suas criadas. Punha também moedas e chaves aquecidas ao rubro nas mãos das torturadas, ou então, usava um ferro para marcar o rosto de empregadas indolentes. Também costumava jogar moças na neve, enquanto água fria era atirada sobre elas até que morressem congeladas. A moça era levada para fora sem roupa e seu corpo esfregado com mel e ela permanecia 24 horas ao ar livre, de modo que pudesse ser picada por mosquitos, abelhas e outros insetos. Ela teria ateado fogo aos pelos pubianos de uma de suas empregadas. Entre tantas histórias dizem que uma vez ela abriu a boca de uma criada até que seus cantos se rasgassem. Histórias desse tipo é que não faltam, o que torna difícil separar o fato do mito. Bathory fazia tudo isso com muita tranqüilidade porque era uma aristocrata húngara e sendo seus criados eslavos, estes podiam ser tratados como propriedade ou objeto, tão cruelmente quanto ela quisesse porque não tinham para quem apelar. Há muitas ligações entre a familia Bathory e Drácula. O chefe em comando da expedição que repôs Drácula no trono em 1476 foi o Príncipe Stephen Bathory; além disso, um feudo de Drácula passou às mãos dos Bathory durante o tempo de Erzsébet. O lado húngaro dos antepassados de Drácula pode ter relação com o clã Bathory. Outros historiadores afirmam que Bathory seria prima em um grau distante em relação a Drácula.

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Em meio a essa história cheia de mitos e exageros, a lenda sobre a condessa Bathory inspirou escritores, entre os quais o mais famoso seria Joseph Sheridan Le Fanu, que criou o romance gótico Carmilla, publicado em 1872, antes do Drácula de Bram Stocker. Aliás, Stocker teria sido influenciado por Carmilla a escrever seu grande romance.

Quando estava fazendo pesquisa para seu livro sobre vampiros, Bram Stoker encontrou um livro chamado "O livro dos Lobisomens" do Reverendo Sabine Baring-Gould. Os autores Raymond McNally e Radu Florescu sugerem que o verdadeiro Dracula pode ser relacionado à Bathory e o lado húngaro de sua família.

Nesse trabalho foi descrito os modos sinistros da chamada Condessa de Sangue e parece que essa estória, entre outras coisas, deu inspiração à Stoker para sua visão do Conde Drácula e é fato que o primo de Elizabeth, Stephen Bathory, seria um dia proclamado príncipe na Transilvânia.

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Casos de Vampirismo - Parte 3 escrita por Lady Myh Lee

Vlad Tsepesh aka Dracula (1431-1476)

Existem outras estórias escritas no séc. XIX sobre vampiros anteriores à obra de Bram Stoker. Existia "O vampiro" de John Polidori, em 1819, com seu personagem vampiro herói/vilão Lord Ruthven, que era na verdade modelado a partir do famoso poeta Lord Byron. Como produto da mesma safra de escritos que tinha também Frankenstein, de Mary Shelley, Polidori desenvolveu um conto assustador de vampiro baseado em sugestões de Lord Byron. Alguns crêem que o próprio Byron escreveu a estória, mas não é o caso, Polidori o escreveu.

Então veio Carmilla, escrita em 1872 por um irlandês chamado Joseph Sheridan Le Fanu; sem dúvida que esse trabalho influenciou o trabalho de Stoker. Porém, no conto de Fanu, a vampira é uma mulher. Houve também uma ficção inglesa de 1847, chamada "Varney, o vampiro". Era um autêntico conto de terror da época, mas de qualidade questionável.

O Dracula de Bram Stoker, porém, é tido como o melhor dos contos de vampiros. Hoje, mais de um século após sua criação em 1897, Dracula ainda é um arquétipo de vampiro. Porém, existem na verdade dois Draculas. Um é fictício, o de Stoker, e o outro é real.

Vlad Dracula (pronuncía-se Dracúla) ou "Vlad O Empalador" foi um príncipe vivo e real no qual Bram Stoker baseou o famoso Conde Drácula. Dracula nasceu na Transilvânia em 1431 na cidade de Sighisoara, ou Schassburg. Seu pai, Vlad Dracul (Vlad, O Demônio) foi um membro da Ordem do Dragão, o que significava um pacto de luta eterna contra os turcos. O nome Dracul significa Dragão e se tornou o símbolo de seu pai porque ele usava o símbolo do dragão em suas moedas. Com a idade de apenas 13 anos, Dracula foi capturado pelos turcos, que o ensinaram a torturar e empalar pessoas, mas foi sob o seu reinado, na Valáquia, de 1456 a 1462 que ele realmente teve a chance de usar de seus conhecimentos. Foi também nessa época que surgiram a maioria das histórias a seu respeito.

Conta-se que um dia Dracula viu um homem com uma camisa suja e maltrapilha e perguntou se o homem tinha uma esposa, e o homem respondeu que sim. Dracula vê que ela é uma mulher saudável e cheia de fibra, e a chama de preguiçosa, de forma que tem ambas as mãos decepadas e seu corpo empalado. Ele procurou uma nova esposa para o homem e mostrou a ela o que acontecera com sua preguiçosa antecessora como uma forma de aviso. A nova mulher definitivamente não era preguiçosa.

O outro nome de Dracula, Tsepesh (ou Tepes), significa empalador. Vlad era chamado assim por causa de sua propensão para o empalamento como uma forma de punição para seus inimigos. Na Romênia, ele até hoje é um herói. Aliás, o exército romeno atual o homenageou batizando o moderno helicóptero de assalto de AH1 RO-Dracula.

Vlad tinha também prazer em assassinatos em massa e sua forma favorita de matar inimigos era empalando-os, uma forma particularmente medonha de execução: Era como uma espécie de crucificação, mas ao invés de erguer a vítima em uma cruz, a vítima era empalada, de baixo para cima por uma longa lança de madeira. Esposas infiéis e mulheres promíscuas foram punidas por Dracula, tendo seus órgãos sexuais cortados, a pele arrancada enquanto vivas e expostas em público, com suas peles penduradas próximas à seus corpos.

Drácula apreciava especialmente a execução em massa, onde várias vítimas eram empaladas de uma vez, e as estacas içadas. Como as vítimas se mantinham suspensas do chão, o peso de seus corpos fazia com que descessem vagarosamente

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pela estaca, tendo sua base lisa arrombando seus órgãos internos. Para melhor apreciar o espetáculo, Dracula rotineiramente ordenava um banquete em frente às suas vítimas, e era um prazer para ele comer entre os lamentáveis sinais e ruídos de suas vítimas morrendo. Alegam que Vlad matou certa vez 20.000 turcos dessa maneira e os colocou enfileirados, como espantalhos, para assustar seus inimigos. Vlad não tinha limites para suas técnicas de empalamento. Ele também gostava de cozinhar suas vítimas e cortar-lhes as cabeças. Se Vlad Dracula era um verdadeiro vampiro, não parecia, mesmo assim, de acordo com as contagens recentes de Dracula, Vlad realmente usava o sangue de suas vítimas como molho para suas refeições, onde mergulhava seu pão.

Isso foi dito também no documento chamado "A história do sanguinário maluco chamado Vlad da Valáquia", escrito em 1463 e somente descoberto recentemente. Então, após tudo isso, é possível que Vlad gostasse de consumir sangue humano. Influenciado pelo Vlad Dracula, o vampiro que Bram Stoker criou era mais baseado, e, francamente, mais feio do que os vilões das filmagens típicas.

O filme alemão de 1922 "Nosferatu" mostra Dracula como Bram Stoker gostaria que ele fosse. Os vampiros, de acordo com a maioria das lendas, são essencialmente feios, fedidos, apenas corpos não decompostos. Stoker e o filme de 1922 seguiram essa tradição do "vampiro grotesco", que se diferencia das suaves e sensuais versões modernas do mito.

O atual castelo de Dracula fica ao norte da valaquiana cidade de Tirgoviste. Vlad Tsepesh morreu em 1476.

Algumas estórias dizem que ele morreu em uma batalha onde se disfarçou de turco. Como a vitória estava próxima, ele correu para o alto de um penhasco para ver tudo, mas ele foi confundido com um turco e morto por seus próprios homens. A tumba de Dracula foi aberta em 1931, mas ela estava vazia a não ser por um deteriorado esqueleto, uma coroa de ouro, uma gargantilha com a idéia de uma serpente e fragmentos de um traje em seda vermelha, com um sino costurado nela. Infelizmente todas essas coisas foram roubadas do Museu Histórico de Bucareste, onde foram depositadas.

 

O castelo de Drácula

Bárbara foi enterrada em Gráz, na alta Síria e algum tempo depois, os seus despojos foram transportados para o castelo de Varazdin.

Foi ela a inspiradora da obra prima da literatura vampiresca do século XIX: Carmila, de Sheridan Le Fanu. Bárbara Cillei, a quem chamavam “A Messalina alemã”, perturbou durante muito tempo a sua região, a acreditar-se nas crônicas da época.

O seu duplo teria se manifestado em 1936, em Varazdin, na atual Jugoslávia, e causou a morte a seis pessoas muito novas da aldeia. Na Transilvânia, a natureza oferece à vista profusão desordenada de montanhas que protegem estreitos vales, tornando assim o acesso muito difícil. Os cumes desnudados ergem-se sobre as aldeias, como que para lembrar as glórias antigas na época em que os enormes penedos suportavam verdadeiras fortalezas de muralhas sombrias, de maciças torres. Foi aí que, fechado no seu ninho de águia, Hermann de Cillei escreveu a sua Pratique de Vampirisme, deixando às gerações futuras um verdadeiro manual de técnica (o segredo da “horrível transformação” transmitia-se entre as famílias da nobreza da Transilvânia, os Garaï, e os Dráculas, todos nobres da Ordem do Dragão).

“O vosso corpo imortal já existe”, escreve Hermann Cillei, “Fazei crescer esta outra

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realidade em vós, tornai-vos confiante, deixai-vos possuir pelo Real. Sede aquele que nunca dorme, não sucumbe aos automatismos, nunca se esquece de si próprio nem um segundo, um ser que vence o coma e a morte. O vosso corpo prosseguirá. Como poderia ele resignar-se à lei da decomposição? O vosso espírito despertado retém as moléculas da carne. A partir de então o corpo não soçobrará, pois é a falta de vitalidade, de força anímica, que fazem o corpo tornar-se em pó. E o mesmo que tirar as pedras de cunha a uma casa. Em primeiro lugar é preciso agir sobre o nosso duplo astral, torná-lo autônomo, forçá-lo a sair do corpo, ensiná-lo a errar no plano astral, ensiná-lo a viver sem depender do corpo e dos seus hábitos. Logo que o duplo se souber governar perfeitamente, pode então a consciência abandonar o corpo e vir habitar o duplo. Depois da morte continuará a errar. Deveis pois alimentá-lo com a vitalidade que o vosso sangue contém.”

Pode imaginar-se facilmente Hermann Cillei metido numa das torres do seu castelo, fixando a chama hipnótica da vela, escrevendo o manual de vampirismo, já entre este mundo e o outro. Ouve vozes confusas vindas do passado, vê cenas terríveis de que as montanhas foram testemunhas, o vale está povoado por seres fantásticos, sombras que deslizam ao cair da noite, olhos que espreitam entre a escuridão...

A maldição plana como um abutre sobre os castelos da Transilvânia. Bárbara de Cillei morreu envenenada. A mulher de Drácula atirou-se do alto da torre do castelo, em 1462. Drácula voltou a casar-se, sem a bênção da igreja, e viveu então na fortaleza de Sibiu. O filho, Mihnea, é tão mau como o pai. Alcunharam-no de Mihnea, o Mau. Também ele pratica decapitações, carnificinas, cortes de orelhas, empalamentos e estuda as “ciências” malditas para fugir à morte.

O príncipe Drácula foi morto perto de Bucareste aos 45 anos, e foi enterrado no mosteiro de Snagov sob uma laje sem inscrição. Quando em 1931 foi aberta a sepultura constatou-se que os seus despojos tinham desaparecido.

Os monges do mosteiro de Snagov, na floresta de Viasie, no meio de um grande lago, como existe um em Bucareste, mergulharam o caixão nessas águas ao ver chegar os turcos vitoriosos. Porém, depois de afundado nunca mais o caixão foi encontrado.

Conta-se que no momento em que o mergulharam na água, teria surgido uma tempestade violenta, deitando árvores abaixo, rebentando os diques do lago, incendiando o mosteiro que desabou em seguida. Aos camponeses pareceu-lhes ouvir durante muito tempo tocar os sinos da igreja, igualmente arrasada nesta onda de destruição e aquele lago ficou amaldiçoado. No século XX reconstruíram a igreja do convento, mas a nave abateu após um tremor de terra em 1940. Hoje, apenas um monge ora nesta ilha, pelo repouso da alma do príncipe Drácula.

Para se chegar ao castelo de Drácula, na Transilvânia, é preciso transpor o vale de Ollul, trepar o desfiladeiro da “Torre Vermelha”, onde ainda existem ruínas de uma fortaleza militar. Estas ruínas levantam-se sobre a margem direita de uma ribeira, no alto de uma enorme falésia perpendicular à estrada. Encontramos as nascentes do Arges, por cima das quais brilha a neve dos montes Fagaras.

As aldeias são pobres, as casas modestas, os habitantes mais duros e menos sociáveis e hospitaleiros que os de outras províncias da Romênia. A uns 30 quilômetros a jusante encontra-se a aldeia de Arefu onde lá em cima se ergue o ninho de águia de Drácula. Numerosas lendas relatam a construção do castelo do terror.

As crônicas da época dizem que Vlad Draklul reuniu trezentos nobres romenos na sala grande do seu palácio de Târgoviste, oferecendo-lhes um banquete suntuoso. Durante a festa, colocara à volta da sala os seus arqueiros que, a uma ordem sua, aprisionariam os convidados e, como um rebanho, fez seguir os seus convidados até

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Arefu, onde chegaram dois longos dias depois. Numerosas mulheres e crianças, diz a crônica, não agüentando a caminhada, pereceram a meio. Os que sobreviveram, logo se agarraram ao trabalho sob as ordens do príncipe Drácula e assim construíram a fortaleza de Curtes de Arges, que seria mais tarde o ninho de águia do príncipe.

A história não esclarece quanto tempo levou esta construção. Escravizados, acabaram por ver suas roupas caírem, continuando a trabalhar nus, prosseguiram até tombar mortos pela fome, fadiga, frio e esgotamento... Foi assim com sangue que se construiu a fortaleza, como se o suor, o sangue, a carne dos cadáveres tivessem servido de argamassa a esses pedregulhos.

O caminho que vai de Arefu ao castelo é duro. Uma hora a andar, antes de se atingir algumas pedras daquilo que foi uma das mais poderosas fortalezas de Valáquia. A vista é vertiginosa, distinguindo-se a mancha vermelha das aldeias espalhadas pelos contrafortes alpinos. Lá longe, para norte, luzem os picos de neve dos montes Fagaras. No pátio do castelo o visitante apercebe-se dos vestígios de uma abóbada, toda coberta de vegetação. Muito perto, vê-se a parte de cima de um poço, cheio de pedras, como se as muralhas do antigo castelo tivessem sido aspiradas pelo abismo, obstruindo para sempre a entrada do mundo subterrâneo. Ao lado do poço há uma escada enterrada no solo, sem dúvida uma passagem secreta, de que muitos relatos falam, com acesso a uma gruta que os camponeses de Arefu chamam Privnit, a cave, situada na margem de uma torrente. Passados alguns metros de escuridão surge um montão de pedras que barram o subterrâneo. Os camponeses da região comentam muitas vezes sobre o castelo maldito, mas hesitam em ir até lá, pois o sombrio herói de Bram Stoker assombraria para sempre aqueles lugares.

Para Radu Florescu, historiador romeno, “Além da águia e do morcego, as ruínas são freqüentadas pelas raposas que procuram os ratos e alguma ovelha ou carneiro que, extraviados do rebanho, caíram num buraco e, prisioneiros no matagal, ali venham a morrer. O regougar que os cães selvagens soltam à Lua, sobretudo quando respondem aos uivos, resulta num concerto noturno que não se ouve sem um calafrio. De vez em quando também um urso ou um lince descem os montes Fagaras até aí; mas os visitantes verdadeiramente perigosos são os lobos. Se Bram Stoker escoltasse a parelha de Drácula com as matilhas uivantes para os lados de Borgo, aqui, no alto vale de Argens, as pessoas seriam com certeza atacadas, pois a desolação de Inverno torna esses animais raivosos. Compreende-se assim que pernoitar no castelo de Drácula seja considerado um desafio à morte e mesmo os mais ousados raramente o fazem”. Diz-se que em Arefu os raros aldeões que de noite vão ao castelo, só se aventuram levando consigo um velho missal que, afirmam eles, afasta “os espíritos do mal que rondam pelas alturas”.

 

O vale dos imortais

No seu romance Drácula, Bram Stoker garante ter encontrado, em 1880, um professor Arminius, da universidade de Bucareste que lhe entregou um dossiê respeitante a Vlad V, filho de Vlad, atestando que depois da morte brutal, da sua inumação na ilha de Snagov, seguido do famoso cataclismo que arrasou a ilha, Drácula reapareceu como “vampiro”.

“Pedi ao meu amigo que pusesse em ordem o seu dossiê. Todas as fontes de informação levam a pensar que Drácula foi um voïvode que ganhou o seu apelido ao combater os turcos no grande rio, sobre a fronteira da terra turca. Sendo assim, não se trata de um homem vulgar, porque no tempo dele e nos séculos seguintes foi considerado o mais inteligente, o mais ardiloso e valente entre todos os que existiam para além das florestas (Transilvânia), levou para o túmulo esse poderoso cérebro e um caráter de ferro que ‘utiliza agora contra nós’. Os Drácula”, diz

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Arminius, “foram uma grande e nobre raça, ainda que certos descendentes seus (segundo os contemporâneos) tivessem pacto com o diabo. Aprenderam o segredo de Satanás no Scholmance, entre montanhas, sobre o lago Hermanstadt, onde o demônio se reclama, por direito, o décimo erudito.” No manuscrito encontram-se palavras como estrgoica (feiticeira), Ordog (Satanás), polok (inferno), e ainda se diz neste momento que Drácula, era vampiro.

Nos contrafortes dos Cárpatos, nos vales da Transilvânia, as aldeias fazem a época histórica dos Drácula. De longe em longe se distinguem granjas de madeira, para onde o camponês conduz o seu atrelado. O caminho é escarpado, todo exposto ao sol ao longo das encostas íngremes que levam a cumes solitários. Umas vezes aparece uma cabana de caçadores, um calvário meio engolido pela vegetação, outras vezes surge alguma ruína imponente coroando a colina, os muros de uma antiga fortaleza colocada de sentinela à entrada de uma garganta profunda, ao fundo da qual brilham como um espelho as águas de uma ribeira.

É fácil compreender por que este território inacessível foi noutros tempos a pátria dos Dácios, “o vale dos imortais”, que os antigos gregos veneraram. Num livro misterioso, chamado L’ lcosameron, Giacomo Casanova, gentil homem veneziano, libertino, filósofo e mágico, conta que um povo que vivia no subsolo da Transilvânia, os Mégamicres, bebendo sangue para se tornarem imortais: “Que belo alimento era o leite dos Mégamicres!... Pensamos que nada de fabuloso nos ensinara a mitologia, que estávamos no verdadeiro domicílio dos imortais e que o leite sugado por nós representava o néctar, a ambrósia, que iria sem dúvida dar-nos a imortalidade de que todos deviam desfrutar... Esta refeição durou uma hora e penso que teríamos ainda continuado não fora verificarmos com pavor algumas gotas que caíram dos seus mamilos para o nosso peito. Pela cor percebemos que era sangue.”

Intermináveis corredores ligam o mundo subterrâneo dos Mégamicres à região do lago Zirchnitz, na Transilvânia, que Casanova descreve como um ‘reino de grutas e de trevas’.

Os deuses venerados pelos Mégamicres, em Icosameron, lendo a descrição que Giacomo Casanova faz, pensamos nos vampiros que povoam a tradição de Europa central: “...Os deuses dos Mégamicres são répteis. Têm a cabeça muito parecida com a nossa, mas sem cabelo. Nada é tão doce e sedutor como o seu olhar, quando se fixa. De dentes são brancos e bicudos, mas nunca se vêem por eles terem sempre os beiços fechados. A voz é apenas um horrível silvo que faz ranger os dentes e gelar o coração. O povo dos Mégamicres dedicam-lhe 1 culto religioso.”

A vida e a morte de Casanova continuam misteriosas. Foi preso em Veneza, pela Inquisição, acusado de magia e fechado nos esgotos do Palácio ducal, donde conseguiu fugir e correr a Europa. Manuzzi, espião dos inquisidores de Veneza, conseguiu apoderar-se de livros e documentos manuscritos em sua casa, tais como as Clavicules de Salomon, as obras de d’Agripa, e o Livre d’Abramelin le mage, publicado em Veneza.

No seu L’ Icosameron, Casanova revela que os Mégamicres são os inimigos do envelhecimento, e que nunca envelhecem: “O sono profundo uma tão perigosa languidez, que é visível que nos faz envelhecer e acelera o ritmo das nossas vidas...”

Sabe-se que Drácula foi enterrado na ilha de Snagov, à entrada da igreja do mosteiro, e procedeu-se as várias buscas em vão. O túmulo está vazio, acontecendo o mesmo com o de Giacomo Casanova, enterrado no parque do castelo de Dux, na Boêmia, sob uma pedra tumular rodeada por um gradeamento. Depois foi transladado para poucos metros de distância, perto da entrada da pequena igreja de Santo Eustáquio, na margem de um pequeno lago. Hoje não existem nem as lages sepulcrais nem gradeamento, uma coincidência tão estranha até à morte: Drácula e

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Casanova! Coincidências ou conjugações de forças secretas para lá da nossa compreensão? Os imortais bebedores de sangue de Giacomo Casanova viveram em tempos longínquos na Transilvânia, perto do lago Zirchnitz, numa região de “grutas e trevas”.

A Transilvânia foi a pátria dos dácios muito antes da era cristã. Os gregos acreditavam que este enclave de montanhas era o “Vale dos imortais”. A antiga terra dos dácios era pagã. “Aí existiam, governados pela misteriosa deusa Mielliki, as forças dos bosques, enquanto a oeste a montanha de Nadas tinha o vento como único habitante. Havia um deus único, mas nos Cárpatos supersticiosos havia sobretudo o diabo Ordog, servido por feiticeiras que, por sua vez, tinham ao seu serviço cães e gatos pretos. E tudo vinha dos elementos da natureza e de suas fadas... No meio das árvores sagradas, de carvalhos, de nogueiras fecundas, celebravam-se secretamente os cultos do Sol e da Lua, da aurora e do cavalo preto da noite.”

Testemunhas da Grécia antiga recordam ter visto legiões de dácios em pé de guerra, armados de escudos, trazendo a efígie do dragão nas armas de guerra. Para os raros viajantes da Antiguidade, este povo selvagem corresponderia aos Hiperboreanos da mitologia, os homens-deuses que venceram a morte e reinaram na ilha de Thulé (Os filósofos gregos e pessoas que em viagem citam a Dácia hiperboreana). Os dácios consideravam-se imortais. Tinham, acreditavam eles, o dom de se transformar em lobo ou em morcego, de voar, de dialogar com os deuses no alto das montanhas. Os lugares escolhidos para os rituais eram sobre os picos rochosos, no interior de grutas inacessíveis e sobre estes cumes que os grandes senhores, Drácula, Garal, Cillei, construíam seus ninhos de águias.

A suprema autoridade religiosa dos dácios, aquele que detinha os segredos da vida e da morte, viveu, nas florestas da Transilvânia, no cimo de uma montanha agreste na qual construíram um templo. Supõe-se hoje que tivesse sido o monte Cugu, que se eleva a três mil metros de altitude nos confins de Banat e da Transilvânia. Para os “padres” dácios, a divindade suprema chama-se Zalmonix e é ela que preside à iniciação.

Entre Zalmonix e os sacerdotes de Transilvânia existem outros seres que servem de intermediários entre os homens e a divindade suprema. Estes seres seriam eventualmente os vampiros ou mortos-vivos, isto é, aqueles que venceram a morte e que têm o poder de voltar ao meio dos homens, segundo a sua vontade. O príncipe romeno Bursan-Ghica, exilado em Paris desde os anos 50, recorda ainda as velhas lendas da Transilvânia: “Para comunicar com Zalmonix, os dácios têm de recorrer a mensageiros. Escolhem por isso os irmãos mais avançados em magia, aqueles que ultrapassaram o limiar da iniciação. Estes eleitos são os sacrificados. Os dácios trespassam-nos com as pontas das suas lanças. Mas sete dias depois, os corpos trespassados saem do túmulo e juntam-se aos outros. Tornaram-se imortais e farão de elo entre os Dácios e Zalmonix. Naturalmente que as lanças foram substituídas por agudas estacas que se plantavam na terra”. Talvez daí tenha surgido a realidade secreta da estaca dentro do vampirismo, e a razão por que o Drácula foi alcunhado de Vlad, o empalador.

Para certos ocultistas, fanáticos do vampirismo, o príncipe Drácula não seria um guerreiro sanguinário ao empalar as suas vítimas para seu prazer, antes cumpria as práticas da magia antiga e dos Dácios, seus antepassados, os imortais da Transilvânia. Em 1462, Vlad Drakul foi preso na Hungria, na torre de Salomão, palácio de Visegrad e, segundo Kurytsint um diplomata russo, mantinha excelentes relações com os guardas. Fez-lhes um pedido que não deixa de ser curioso: Desejava que lhe arranjassem ratazanas, ratinhos, pássaros e outros animais pequenos.

Kurytsint estudou Drácula e narra que ele empalava estes animalejos e os dispunha

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em redondo ou em cepa, espetados em raminhos afiados sobre o chão da sua cela. Os cronistas referem às distrações atrozes, de um sadismo monstruoso. As obras recentes acerca do personagem histórico Vlad Drakul, entre eles o livro do historiador Romeno Florescu, são bem o testemunho da opinião do autor quanto a tratar-se de perversões psicopatológicas. Apenas os ocultistas e os adeptos do vampirismo viram nelas o ressurgimento da antiga magia Dácia oferenda oculta único vínculo possível com Zalmonix deus dos vivos e dos mortos nas antigas crenças da Transilvânia.

 

No país dos bebedores de sangue

A família dos Dráculas estende as suas horríveis ramificações por toda a Europa. Irmãos, primos e primas, formam uma espécie de teia de aranha venenosa cuja mordedura matará. É como que uma poluição oculta que se infiltra por todo o lado e se espalha como um veneno. Decadência e obsessão reinam em pleno nas almas pervertidas dos Drácula como o prova a história da condessa Bathory. Esta familiar do príncipe Vlad Drakul, senhor da Valáquia, domina a nobreza austro-húngara pela sua crueldade e luxúria. Ela vivia, “sem luz e sem cruz”, diz Valentina Penrose, “O seu espírito era desleal e supersticioso. Erzsébet Bathory experimentou várias crises de possessão. Nunca podia prever-se quando tal aconteceria. De repente surgiam violentas dores na cabeça e nos olhos. As criadas traziam feixes de plantas frescas e narcotizantes, enquanto sobre o lume se preparavam drogas soporíferas onde se iriam embeber esponjas para se passarem a seguir pelas narinas da paciente.” Um dia a condessa, irritada, bateu a uma das serviçais. Logo o sangue jorrou e caiu sobre o seu braço. Tudo se precipita para fazer desaparecer o sangue, mas entretanto ele coalhara. Quando por fim se conseguiu limpar a mancha, a condessa contemplou a mão, surpreendida.

“No sítio onde o sangue estagnara por alguns minutos, ela viu que a carne tinha um brilho translúcido, como o de uma vela iluminada por outra vela.” Estamos na fortaleza dos Bathory, sobre a fronteira austro-hungara, no fim do século XV, um mundo fechado, feito de solidão, neve e altas muralhas. Nesta região secreta, desenvolvem-se as mais surpreendentes mitologias, mas se tentar aprofundar um pouco mais para além do mito a realidade é por vezes bem mais aterradora que a própria lenda em si.

Na Hungria, o vampirismo é um título de nobreza como outro qualquer, com a única diferença que doseia o horror e a veneração de uma forma que cada pessoa sente a magia do sangue ainda que a aristocracia construísse os seus castelos no inferno. Para o mundo de hoje, o vampiro húngaro veste uma camisa de peitilho arrendado, uma capa de cetim negro com dupla face vermelha, à moda dos poetas românticos. Quando o coração já não responde a paixões humanas e as mulheres o deixam insensível, a única beldade que lhe diz algo é a do sangue, e vive na angústia da estaca aguçada que trespassará o seu peito.

No cinema o vampiro é um modo de exorcizar a verdade, de esconder o verdadeiro rosto dos Drácula, que nada tem de comum com o fantasma da ópera.

No século XV, os vampiros não existem para manter o comércio de imagens de Epinal, mas para a crueldade e perversão que matem ou endoideçam. Como se viu, a atribuição do nome de Drácula ao arquétipo do vampirismo junta-se à idéia base de a serpente ou de o dragão guardarem o segredo do sangue. O brasão dos Bathory tem a enfeitá-lo o motivo de um fantástico dragão.

Nas campanhas húngaras, amedrontado, o homem reconhece as virtudes do sangue. Não é mais nem menos que essa “água de rejuvenescimento” que os poetas tanto cantaram, mas existe o medo, a maldição, a infelicidade para quem tente

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violar os segredos do sangue eterno, pois que como revela o Levítico: A alma da carne está no sangue.

Desde muito cedo que Erzsébet Bathory contatou com “o leite venenoso dos sonhos”. As lendas que embalaram a sua infância foram povoadas de homens e mulheres vampiros à procura da bebida encarnada que imortaliza. Casada desde os 15 anos, a sua residência é no castelo de Csejthe, a nordeste da Hungria. O marido, valoroso guerreiro, é alcunhado de “herói negro”, combatente valoroso, freqüentemente em guerra com turcos e habsbourgos. Com 20 anos, idade em que normalmente se freqüentam bailes e recepções na aristocracia húngara, a prima do príncipe Drácula vive numa quase total reclusão. Torna-se amante do intendente Thorbes, que a inicia em feitiçaria e lhe transmite os ritos secretos da seita “Ave negra” tais como este: “Agarrai uma galinha negra, e batei-lhe com uma bengala branca até ela morrer. Recolhei o sangue com que tocareis o vosso inimigo, que perecerá de esgotamento ou acidente. Se não for possível tocar-lhe diretamente, colocai um pouco do sangue sobre as suas roupagens.”

Afastando as serviçais mandou chamar duas almas danadas, Thorbes e Ujvary, e informou-os em tom excitado: “O sítio onde o sangue desta mulher me atingiu deixou a minha pele firme, voltou a ter um aspecto de juventude” e foi desta forma que a condessa Bathory por um simples acaso, reconheceu quanto o sangue era eficaz. A angústia do envelhecer, o aparecimento das rugas, o perder da juventude e beleza como que encontrava de repente uma paragem, um remédio, porque o sangue poderia enfim conservá-la nova e bonita. Neste seu delírio ela já admitia que banhos de sangue poderiam resultar na flexibilidade do corpo e no não envelhecimento. Então, durante dez anos, Erzsébet Bathory ordenou que fossem degoladas uma centena de camponesas, com a cumplicidade de terceiros, mandadas sob diversos pretextos para Csejthe. Em Novembro de 1610, uma das vítimas conseguiu fugir antes de ser condenada à morte.

Erzsébet foi condenada a confessar a sua culpa e a ser decapitada. Veio a morrer em 1614, passados anos, encerrada entre as paredes de uma das salas do seu castelo. Esta triste história desenrolou-se há muito tempo numa região onde reinava a superstição e o terror. Aos sacerdotes ortodoxos foi bastante difícil desenraizar as antigas práticas, o culto do sangue, os pactos das possessões diabólicas. Embora os tempos tivessem mudado as coisas, a verdade é que o fascínio mórbido do sangue perturba sempre os cérebros fracos.

Em 1941, o professor Léonard Wolf, da Universidade de São Francisco publicou com o título Dream of Dracula tudo o que se lhe oferecia sobre os casos de vampirismo recente, declarando: “(...) existem na Califórnia seitas que praticam a magia do sangue para evocar os mortos e obter os poderes da noite. Assim o provam as práticas de uma seita de Monterey, que utiliza a carcaça de uma moto sobre a qual se matou William Tingley, o líder do grupo. O novo guru, completamente vestido de couro negro, o tronco coberto de símbolos diabólicos, explica assim o ritual mágico da seita: “No metal há ainda vestígios de sangue e alguns restos de carne de certas partes do corpo. Este sofrimento magnetizou o metal. Temos, portanto, através dele, acesso às fontes energéticas do infinito. Só o utilizamos para o bem e esperamos que, com o tempo, outros possam vir a aproveitá-lo. O tempo não conta para nós. Não fazemos publicidade esperando que, convencidos da nossa força, outros homens venham dessedentar-se na mesma fonte. Nós poderíamos de resto, se ameaçassem a nossa realidade religiosa, drenar a energia dos homens e não a do cosmos. Se nos recusarem viver entre eles, tornar-nos-emos dependentes de outros...”

Esta declaração é significativa quanto à patologia do vampirismo. Em pleno século XX, ainda se faz sentir o mesmo eco, convencidos da nossa força, nós poderíamos utilizar a energia dos outros homens.

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O poder sobre os outros, a manipulação psíquica, parecem ser as duas obsessões desta seita da Califórnia, mas a obsessão do sangue não é só herança de seitas entregues à magia vermelha. Por exemplo, no despertar da Belle Epoque as mulheres novas dirigiam-se aos matadouros para beberem copos de sangue da veia jugular de um bovino, acabado de ser abatido, convencidas de ser esta a bebida que iria dar-lhes um reforço de vitalidade.

Ainda e sempre a patológica fascinação do sangue, do seu mistério e do seu poder.

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Casos de Vampirismo - Parte 4 escrita por Lady Myh Lee

Os sortilégios de Neaufles

 

Gilles de Rais, adepto do diabo, autor de várias centenas de crimes nas caves do seu castelo de Tiffauges não é o único a competir com a figura aterradora de Drácula. Na França dos primeiros séculos da era cristã desfilaram hordas guerreiras de um príncipe cruel, que as crenças populares rapidamente transformaram em vampiro.

Trata-se de Viridomar, chefe guerreiro de uma tribo germânica. Sua história cruza-se com a epopéia dos templários de Gisors para desembocar na misteriosa torre Neaufles, que domina o cemitério de Nucourt. Este perímetro fúnebre conserva ainda a marca ensangüentada de Viridomar e da sua “rainha branca” cujo fantasma ainda paira pela torre de Neaufles e pelo cemitério de Nucourt e partindo de esboços históricos vai crescendo a lenda, no meio de túmulos e violências.

Um grupo de cavaleiros galopa pelo caminho escuro que vai dar a Gisors. À frente vem um homem, cuja presença aterroriza as legiões de César amontoadas na planície de Vaxin, perto de Nucourt. “Um autêntico demônio” exclamam alguns. Este personagem infernal galopa de dia e de noite ao lado de Vercingétorix “o Grande Rei das cem batalhas” e seu nome é Viridomar, vem diretamente da Germânia comandando uma horda de guerreiros pertencentes à causa do chefe alvernio, mas Viridomar não tem o espírito nacional dos Celtas. Ele combate por si próprio, para cumprir no dia a dia esta “liturgia” da guerra à qual se consagrou. As legiões romanas afirmam ter visto um “demônio sanguinário”, um “portador da morte” fazendo-se acompanhar da sua “matilha” diabólica. Têm razão os sobreviventes do massacre quando dizem que o aliado de Vercingétorix, vive a guerra como um ritual sangrento e permanente.

Os druidas se satisfazem com o benzer das armas dos guerreiros celtas antes do combate, mas Viridomar acha que o ritual druida não é suficiente vigoroso para se tornar eficaz. Ele não compreende que os deuses gauleses possam proteger o homem que não ofereça sacrifícios que envolvam sangue e, antes do ataque, ordena que as lâminas sejam encharcadas no sangue das vítimas oferecidas aos deuses. Afirma ainda que a energia vital sai do corpo mutilado e vai para a lâmina, tornando-a “viva”.

A frente da sua cavalaria, Viridomar faz lembrar as antigas lendas germânicas, sempre recordadas por todos com pavor, como a Caça Selvagem. Conta-se que uma noite de Inverno um oficial romano que voltava para o acampamento sentiu um exército que se aproximava. Julgando tratar-se de uma carga de cavalaria gaulesa, procurou esconder-se atrás do arvoredo, mas um “homem de enorme estatura, armado de uma moca, obrigou-o a permanecer junto dele. Passaram então soldados de Infantaria carregados de tudo o que haviam pilhado, seguindo-se mais carregamentos de cinqüenta caixões e por fim um grupo de ‘gatos pingados’ aos quais o gigante se juntou; depois também desfilaram a cavalo. Mulheres que, blasfemando, confessavam os seus crimes; um grande exército de cavaleiros vestidos de negro, com insígnias da mesma cor, montados em enormes cavalos, prontos a combater...” Era um cortejo saído do nada com o estrondo de uma tempestade. Viridomar, à frente da sua horda de cavaleiros, voltava a fazer reviver a “caça infernal” de que todas as lendas falam.

Estamos nas planícies de Vaxin, justamente onde passaram os cavaleiros argonautas para partirem à conquista do Toison d’or situado pela mitologia além dos Cárpatos, na Transilvânia. Os camponeses comentam que naqueles campos os rochedos, os menires, os dólmenes, como que sonhando, voltam-se sobre si mesmos durante o solstício de Inverno, e as pedras côncavas são habitadas pelo

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homem sem cabeça, o Blaiseau l’ Ardent, “O homem sem cabeça aparece nos cemitérios sobre a forma de fogo fátuo”, dizem os velhos camponeses ao serão.

No terrível séqüito do rei Viridomar destaca-se uma ágil e loira mulher do comandante, detentora de segredos, portadora de magia. As lendas de Vaxin falam de uma “rainha branca” que aparecia perto do cemitério de Nucourt, nas ruínas da torre de Neaufles.

No século XV, pelos mesmos sítios, outra “rainha branca” tornava-se presente no espírito dos habitantes de Gisors. Para aqueles que tentavam decifrar o mistério, tratava-se de uma mulher fantasma, imortal, errante através dos séculos e entre escoltas de homens e mulheres vampiros.

A Rainha Branca tinha um amante, segundo a história, e deste amor surgiu uma filha que não agüentava a luz do dia. Mantiveram-na recolhida num subterrâneo que ligava Gisors à torre de Neaufles, até ao dia da sua morte. O rei ao tomar conhecimento de tal infortúnio, mandou prender o seu rival na torre do castelo de Gisors, chamada tempo depois a “torre do prisioneiro”. Ferido tempos depois ao tentar evadir-se, acabou por morrer nos braços da sua amada que o mandou sepultar no tão famoso subterrâneo, mandado fazer por Viridomar em tempos passados, ao pé da filha, produto dos seus amores. É neste local que as lendas apontam como existindo um verdadeiro tesouro.

Tal como acontece com Drácula, também Viridomar e a sua dama foram considerados vampiros depois das suas mortes ocorridas nas ruínas da torre de Neaufles. No século XV a Rainha Branca e o seu cavaleiro e amante vivem a mesma maldição. “Conheço o chão onde dorme a Rainha Branca, pisei-o com os meus próprios pés, escavei com as minhas mãos o negro pó, procurando nos restos da estrela outrora iluminada a recordação de antigos esplendores!”, terá dito um poeta.

O amante da Rainha Branca, chamava-se Wolfang Polham e era o homem de confiança de Maria de Borgonha, filha de Carlos V, e fez parte da ordem militar Tosão de Ouro, instituída em 1429 pelo duque de Borgonha cujo fim era restabelecer os laços desfeitos, após o aparecimento dos templários, entre o Oriente e o Ocidente.

O caminho de Vaxin era a pista deixada pelos argonautas quando perseguiam o tosão de ouro e procuravam o “Vale dos Imortais” situado na Transilvânia, reino dos príncipes vampiros. Wolfang Polham instituiu o Carneiro como centro místico da Ordem. O sangrento sacrifício do animal tornou-se rito central do chamado “banquete encarnado”. “No dia em que esta Ordem se instituiu, em Bruges, repartiram pelos convivas um carneiro vivo cujos chifres foram pintados de dourado e todo o resto do corpo de azul.” Esta ordem, misteriosamente desaparecida, era constituída por vinte e dois capítulos. “O subterrâneo que serve de sepultura a este cavaleiro, assim como à Rainha Branca, tem além de ligação com o castelo Gisors uma outra com o cemitério de Nucourt.” (D. Réju.)

O tesouro de Neaufles é um acumulado de pedras preciosas e ouro, para alguns produtos de pilhagens de Viridomar. Para outros, influenciados pela cabala simbólica, “essas riquezas são mais alegóricas que materiais“. Até mesmo o segredo do Fogo que os deuses enterraram no solo de Vaxin, que foi batizada com o nome Pagus Vulcasinus na Idade Média, e que quer dizer “o país do fogo secreto”.

Há dois séculos “um habitante de Gisors chamado Francisco teria tentado encontrar o tesouro. Metendo-se pelo subterrâneo, ao contornar uma parede esquinada vislumbrou um clarão encarniçado, que a cada passo dado mais intenso se tornava e mais se assemelhava a um incêndio refletido na umidade das paredes. Por entre uma grade, ele pôde observar jóias, pérolas, montes de pedras preciosas e

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diamantes, contidos em enormes cofres encarnados. Mas essas rutilantes riquezas jaziam num permanente braseiro e uma multidão de diabos cor de púrpura, verdes, viscosos, armados de lanças e tridentes de um metal reluzente, eram os carrancudos guardas destes incandescentes tesouros...”, escreve Jean Jacques Dubos em A lenda de Gisors.

De manhã, os camponeses de Neaufles deram com um corpo estendido num silvado, perto das ruínas da Torre e aproximaram-se. O homem apresentava uma palidez extrema, não tinha uma gota de sangue e apresentava ferimentos estranhos como que provocados por garfos extremamente aquecidos, tratando-se de um caso de vampirismo, segundo a população local.

A poucos passos da torre de Neaufles surge o cemitério de Nucourt que está ligado àquela através de um corredor subterrâneo. Os túmulos típicos de aldeia, pesados, de alinhamento monótono, nada de secreto sugerem. O que inspira terror está noutro sítio, justamente na falsa tranqüilidade que vos convidará a entrar. Ao meio do cemitério, destaca-se a maciça silhueta de uma capela. Na parte de trás surgem três túmulos diferentes dos demais, em pedra escura, que guardam os restos mortais dos grandes senhores de Neaufles, que, aliás, já foram referidos nas páginas de La France Secrète, “o que prova não serem desconhecidos por todos”. Outros episódios inexplicáveis se desenrolam a volta da pequena Vaxin, inundada de mistério.

Por exemplo, este um tanto arrepiante e que acontece em Nucourt: Quem visitar o cemitério local, caso se aproxime da capela aí construída descobrirá surpreendido que existem várias sepulturas abertas e sem caixão. Mais admirado ficará ao verificar que todas elas têm a marca de uma cruz que faz lembrar a dos Templários. As três pedras tumulares estão fendidas a meio, como se o machado de um terrível deus tivesse agredido o granito. Através da abertura, vislumbra-se no fundo da sepultura restos de plumas de animais sacrificados.

Reza a lenda que os espectros de Viridomar e da sua dama encarnaram na Rainha Branca e no seu cavaleiro Wolfang Polham, freqüentando depois a torre de Neaufles e o cemitério de Nucourt. A caça selvagem, que tanto horrorizava os viajantes da Idade Média, rompe pelas aldeias e surge à hora em que o sono desce sobre as choupanas, tal como uma enorme pálpebra, e paralisa totalmente a natureza.

O homem imobiliza-se diante do mudo ecrã da televisão enquanto nas quintas os cães vão despertando. Eles bem sentem que a morte acompanha sempre a noite e a loucura e o sangue ainda permanecem na memória dos homens.

 

Os vampiros de Londres

 

Highgate, ao norte de Londres, é um dos mais surpreendentes cemitérios da época vitoriana, com túmulos barrocos, colombário, pórticos egípcios, área a perder de vista, os caixões pousados mesmo no solo dos jazigos subterrâneos num cenário digno dos filmes de terror da Hammer, lá no alto de uma das colinas Londres. Em Highgate, as histórias de “não mortos” e de profanação de sepulturas fazem quase parte da tradição. Um dos profanadores mais conhecidos, amigo de Bram Stoker, é o pintor e poeta Gabriel Rossetti que, profundamente marcado pela morte de sua jovem mulher, acaba por se envolver em sortilégios de Highgate.

Lizzie Rossetti morreu em 1862, após uma overdose de láudano e foi enterrada num dos jazigos subterrâneos de Highgate, mas, por mais estranho que nos pareça, Gabriel Rossetti recusou acreditar na sua morte e uma noite saltou o muro do

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cemitério, do lado que dá para o lado de Swaine Lane, e arrombou o caixão da sua mulher. Como que dormindo, ali estava havia sete anos, intacta, espantosamente conservada com o parecer daqueles a quem ainda o sangue circula nas veias. Os louros cabelos, iluminados pela tocha de Rossetti, ficaram luminosos a tal ponto que esse corpo parecia ter estado a receber vida através de uma via secreta com acesso ao caixão.

Highgate foi a verdadeira cidade-vampiro durante dois séculos, segundo a opinião de Sean Manchester, o mágico inglês sempre na pegada dos vampiros. Manchester trabalhou durante os anos 70 para a sociedade funerária inglesa A. E. Bragg, na Mackenzie Road. As investigações que fez, levaram-no à seguinte conclusão: No século XVIlI foi sepultado um “vampiro” em Highgate.

Jean Claude Asfour, que também investiga sobre vampiros de Highgate, na época em que este assunto tomou primeira página dos jornais londrinos, diz-nos: “No século XVIII, um caixão vindo da Turquia e trazendo no seu interior um vampiro teria sido colocado no cemitério de Highgate, desde então tornado o centro do vampirismo na Europa”.

Presentemente, seitas satânicas tentaram já, através dos rituais próprios, restituir à vida o “rei vampiro”. Na opinião de outros, este misterioso caixão seria aquele a que se refere Bram Stoker, no seu livro Drácula, que desde então se tornou um romance verdadeiramente real. Contudo, no século XVIII, a censura religiosa não permitia que se falasse impunemente de histórias de vampiros.

Pode ler-se, no Drácula de Bram Stoker, acerca de “O horror de Hampstead: Acabamos de ser informados que outra criança desaparecida ontem à noite só voltou a aparecer esta manhã já um tanto tarde, numa junqueira de Shooter’s Hill, na parte mais isolada da charneca de Hampstead. O miúdo apareceu com as mesmas feridas das primeiras vítimas. Quando descoberto, o seu estado de fraqueza assim como a palidez era enorme. Logo que recuperou os sentidos, explicou ter sido arrastado pela ‘Dama de Sangue’”.

Bram Stoker, que afirmava ter encontrado vampyrs personnalities em Londres, no decorrer dos anos 1880, conhecia toda esta raça de “não mortos” como fica provado através das suas descrições. Também, e mais uma vez, não é por acaso que ele faz deslocar as mulheres vampiro a Hampstead, e que instala o conde Drácula em Carfax, numa velha casa do norte de Londres, muito perto de Hampstead Hill, e coloca o cemitério onde repousa Lucy Westenra, vítima do príncipe dos vampiros, sobre esta mesma colina de Hampstaed.

Jonathan Harker, o herói do livro, transporá clandestinamente o muro da cidade dos mortos e trespassará o coração dos adeptos do culto da noite. Não existe nenhum cemitério em Hampstead. O mais próximo é em Highgate. Por muito estranho que possa parecer, nada mudou desde o século obscuro de Bram Stoker e das práticas mágicas de Golden Dawn. Entre os muros do cemitério de Highgate habitará um poder monstruoso que terrificou Stoker e que serviu de ponto de partida para a sua narração terrível. Desde há quase dois séculos que os habitantes da aldeia de Highgate vivem na obsessão do “vampiro” que ronda a parte norte do cemitério, perto do portal de Swaine Lane.

As últimas aparições teriam acontecido em Outubro de 1970, quando várias pessoas dignas de crédito afirmam ter visto um vulto escuro e cuja altura andaria pelos sete pés, mais ou menos dois metros, pairando por entre túmulos.

Uma noite, certa mulher entrou precipitadamente no posto da polícia de Highgate, com os olhos desvairados e muito perturbada. Contou, titubeando, que se cruzara com a entidade monstruosa, descrevendo o olhar que a fulminou através das grades do cemitério: “Uma forma escura com dois olhos que pareciam queimar”, terá ela

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dito. Organizaram-se patrulhas de polícia à luz de projetores. Para a gente da beira-rio, foi “a grande noite de Highgate”, mas o cemitério nada revelou do seu mistério. Homens e cães encontraram apenas veredas de emaranhada vegetação, túmulos silenciosos como se fosse um cenário de uma peça trágica, esvaziado repentinamente dos seus atores.

Outro feiticeiro inglês, David Farrant, presidente da famosa British Psychic and Occult Societh, galgando ao norte o muro do cemitério para fazer a invocação do vampiro teve de apresentar-se ao Supremo Tribunal de Londres. Foi algemado e condenado a cinco anos de prisão.

São muitos os testemunhos que atestam a existência de um “vampiro” em Highgate, que continuaram a acontecer, embora com pequenos intervalos de silêncio, o que de certo modo ainda concede mais força ao poder do invisível noturno.

 

O medalhão-vampiro de Montague Summers

 

A crença dos vampiros é construída à custa do medo. O vampiro vive na angústia da estaca que poderá a trespassar-lhe o coração, teme o nascer do dia e as orações do exorcista, que podem reduzi-lo a cinzas e pôr termo à sua existência de “não morto”. Já os aldeões temem o vampiro: munem-se de pentágonos e recitam fórmulas de proteção.

O terror é a pedra angular do vampirismo e sem ela, o edifício ruiria e levaria consigo seus monstros e superstições. Toda a história do vampirismo é um entrelaçado de orações, súplicas, feitiços, contra-feitiços e maldições. Um combate o outro, que por sua vez combate o outro, e o mundo dos homens e dos espíritos situa-se numa região crepuscular onde as leis do medo dominam.

O reverendo Auguste Montague Summers nasceu em 1880, época em que Bram Stoker referia ter encontrado em Londres vampyrs personnalities, e teria estudado no Trinity College, onde se apaixonará pela literatura gótica antes de escrever sobre o vampirismo. A sua paixão pelo vampirismo ocasionou várias descobertas, das quais a mais espantosa foi um misterioso talismã com a efígie do príncipe Vlad Drakul, uma medalha circular onde caracteres romanos, misturados certamente com dialetos eslavos, estão gravados. Ao centro da medalha pode ver-se o rosto de um homem, que lembra o famoso retrato de Drácula existente no castelo de Bram. Para Montague Summers, que passou a vida a estudar os hábitos dos vampiros, este medalhão é uma arma de proteção para o vampyr hunter, o caçador de vampiros.

O papel protetor dos medalhões em ferro, espadas, punhais, é muito antigo, mas todos estes objetos mágicos podem servir o vampiro ou aquele que procura destruí-lo e tudo depende da natureza do metal assim como dos caracteres gravados: “Um vampiro gravado num fragmento de pedra, heliotrópico, transforma-se em pedra de sangue. Ela dará àquele que a trouxer consigo, segundo os ritos próprios, o poder de dominar demônios, íncubos e súcubos. Estará sempre presente nas suas conjuras e evocações”.

Outros livros mágicos de necromancia chamavam a esta “pedra do vampiro”, a “pedra da Babilônia”. Conta-se que, esfregando-a no suco do “girassol”, essa pedra teria o poder de escurecer o Sol, como num eclipse, e fazê-lo também ficar da cor do sangue. “Bastava fazê-la ferver em cacho dentro de uma caldeira cheia de água mágica. O vapor, adicionado às palavras e caracteres do mundo da magia adensavam suficientemente o ar para velar o Sol e fazê-lo ficar da cor do sangue. Podia-se então distinguir os espectros, manes e vampiros”, segundo Robert

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Ambelain em sua obra O vampirismo.

Usar um objeto protetor era costume nas boas famílias da Europa central, que levavam para a sepultura um anel de prata com uma pedra-de-sangue cravada, ou outro talismã com propriedades misteriosas para proteger o seu “duplo” nas saídas do túmulo durante a noite, como aconteceu com a família Drácula, Cillei, Garai, e também com o imperador Segismundo da Hungria. Temiam, evidentemente, o aparecimento de caçadores de vampiros, a estaca aguçada e o fogo que lhes podia destruir em poucos segundos o corpo. Protegido assim, o vampiro considerava-se rei da noite, agindo segundo a sua vontade apesar do suceder dos séculos e da evolução material operada no mundo. Diz-se que teria a perpetuidade inacessível aos mortais, salvo se o homem que o desconhece penetra na zona sagrada do vampiro, como acontece ao inseto que se choca com uma teia de aranha. Uma pequena e subtil vibração basta para que toda essa teia seja sacudida e a aranha recebe o aviso da onda de choque, levando a morte, em poucos instantes, ao imprudente apanhado dentro do perímetro mágico.

Esta crença explica os curiosos acidentes na expedição às ruínas do castelo de Drácula, em Curtea de Arges. Em 1969, dois cineastas americanos tentaram filmar as pedras que restavam do Ninho da Águia. Um deles, desequilibrando-se, partiu uma anca, seguindo para o hospital de Ambras. O segundo magoou-se passado um mês sobre a expedição e, é óbvio, o filme não pôde se realizar.

A mais antiga das crenças do vampirismo, que horroriza ainda os velhos da Transilvânia, passa-se no mundo dos que, adormecidos, sofrem obsessão, imagens fixas presentes nos seus sonhos, cujo mistério permanece para lá do espaço e do tempo nesta zona intermédia que nos escapa apesar da evolução do mundo moderno, dos séculos de civilização, das abordagens da psicanálise.

Os feiticeiros da Sibéria diziam que o sonho era o meio de que os mortos se serviam para comunicar com os vivos.

Notas Finais:

Ainda teremos mais biografias e casos por mais umas duas semanas. Sejam pacientes, dps teremos tipos de vampiros.... Espero q gostem... Façam uma gótica baka feliz e leiam "Sangue Eterno" xD Bjosmeliguem!

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Casos de Vampirismo - Parte 5 escrita por Lady Myh Lee

Casos na Rússia

 

Na antiga Rússia dos Czares vivia um poderoso nobre, proprietário de um enorme feudo na região de Kiev. Os camponeses que trabalhavam em suas terras praticamente não o conheciam, porque ele não era visto a luz do dia, e todas as ordens eram dadas pelo seu capataz, um homem rude e violento, que tratava os empregados como escravos. Qualquer falta era motivo para cruéis castigos executados a frente de todos para que ficasse o exemplo: Os faltosos eram presos a grilhões e depois de açoitados permaneciam sangrando durante dias e noites, sendo que em muitos casos morriam de inanição ou pela excessiva perda de sangue. Esses acontecimentos criavam um clima de terror e mistério entre os habitantes da região. Quando alguma família mais rebelde resolvia fugir da influência da estranha figura, apareciam completamente destroçados como que atacados por uma matilha de lobos.

Ao anoitecer todas as passagens que levavam ao castelo onde vivia o nobre eram fechadas por seu pequeno exército de soldados. Os mais curiosos contavam que as luzes permaneciam acesas até o amanhecer e que estranhas canções eram entoadas, acompanhadas de batidas de tambores, rituais primitivos das tribos da Sibéria. Podia se ver ao longe, as gigantescas nuvens de fumaça que subiam do pátio do castelo formando imagens de pessoas e animais, alimentadas pelo clarão de uma fogueira. Também era comum os camponeses verem chegar de Moscou luxuosas carruagens que traziam convidados para as festas do Castelo, que depois de passarem dias e noites se embriagando com o anfitrião, regressavam à origem com as fisionomias completamente alteradas como se tivessem visto o próprio demônio.

Mas apesar da luxúria, o nobre Vladstok, ficava cada vez mais rico e poderoso, anexando de tempos em tempos propriedades de outros aristocratas da região que contraiam dívidas, as quais não podiam pagar, caindo na mais completa penúria. O senhor Vladstok não tinha a menor piedade, tanto para os seus empregados como pelos de sua classe que, porventura, caíssem em suas mãos.

Sua influência cresceu de tal maneira em poucos anos que o próprio Czar começou a se preocupar, pois sabia que a ambição desse homem era desmedida e a qualquer momento poderia decretar seus domínios território livre do Império Russo. Por isso, resolveu mandar um espião à região para decifrar os mistérios que tanta curiosidade e expectativa causavam na corte.

Para tal missão foi designado o jovem cavalheiro Petrov que havia servido ao Czar na guerra contra os tártaros e deveria ser introduzido no castelo de Vladstok como um rico comerciante de armas, para saber se haviam intenções do poderoso nobre em preparar um exército ofensivo ao Império. A sua chegada foi muito bem vista pelo dono do castelo, interessado em adquirir armamentos mais modernos.

Em poucos dias já fazia parte da vida do lugar, mas não havia ainda conversado com Vladstok, pois este apenas lhe enviava interlocutores, receando tratar-se de um traficante. Além disso, Petrov era instruído a não sair de seus aposentos depois do pôr-do-sol, sob a pena de ser imediatamente expulso da propriedade.

Passada uma semana, não podendo descobrir nada, o jovem Petrov resolveu contrariar as ordens e dar uma sondada pelo castelo, não antes de encher o seu leito com travesseiros, para que todos pensassem que repousava indiferente aos acontecimentos noturnos. Saiu pela janela do quarto que dava num prostíbulo, caminhou por um extenso corredor se esgueirando pelas paredes como uma

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sombra, e atravessou uma enorme sala decorada com enormes quadros que retratavam as feições dos mais hediondos demônios imaginados pelo homem. Encontrou uma porta, pela qual penetrou até encontrar uma escada que deveria levá-lo a uma espécie de subterrâneo. Começou a descer os degraus cuidadosamente e ao chegar ao final deparou-se com um alçapão fechado com um pesado cadeado.

Utilizando os recursos próprios de um espião, abriu o cadeado e desceu por uma escada vertical que o levava a uma espécie de masmorra cheia de celas vazias. Quando começou a andar pelo corredor ouviu um choro abafado na parte mais escura e úmida da masmorra. Direcionou a tocha que carregava nessa direção e viu uma mulher, chorando baixinho com a cabeça apoiada nos joelhos. Tinha os cabelos totalmente desgrenhados e vestia uma rústica túnica cheia de rasgos e ele percebeu que, na verdade, se tratava de uma adolescente de no máximo quatorze anos. Quando ela olhou para Petrov, desenhou-se no seu rosto a mais terrível expressão de terror e então passou a gritar: “Eu não quero morrer, não quero morrer, poupe-me, por favor”.

Petrov perguntou-lhe qual o crime haveria de ter cometido uma criatura tão jovem. Essa pergunta lhe causou então uma estranheza, e, parando de chorar imediatamente, disse-lhe: "Então, você não sabe?" Ele explicou-lhe que estava há pouco tempo no castelo e durante um passeio havia descoberto aquele local, mas que de nada sabia sobre o que se passava por ali.

Ela, num suspiro falou: "Graças a Deus alguém que ainda não está contaminado pelo mal." Nesse momento, Petrov pôde ver a beleza dos olhos da moça e as suas formas físicas dignas de uma princesa que se insinuavam debaixo daqueles trapos.

Ela então iniciou um relato dos últimos acontecimentos da sua vida. "Meu nome é Luiza, sou filha do nobre Senhor Kedril, proprietário das terras que fazem limite com o feudo do Senhor Vladstok. Meu pai sempre foi um bom homem, mas possui o terrível defeito de embriagar-se, até a ilucidez. Isso fez com que seus negócios começassem a andar mal. Quando a situação ficou insustentável, começou a fazer empréstimos ao Senhor Vladstok e acabou adquirindo uma dívida tão grande que foi obrigado a entregar parte de sua propriedade a ele. Para não ficar na mais extrema miséria, Vladstok propôs-lhe que eu fosse entregue a ele, que ficaria encarregado de me dar uma fina educação, e também de arranjar-me um marido. Em suma, eu me tornaria sua protegida, aliviando mais um fardo das costas de meu pai, que prontamente aceitou a proposta. Chegando aqui, no começo, recebi o tratamento digno de uma princesa. No entanto, numa certa noite, o próprio Vladstok entrou no meu quarto e me ordenou que o acompanhasse. Notei nessa noite que sua expressão havia se alterado, tomando uma cor pálida, quase como a de um morto, e vestia uma capa negra, bordada com estranhos símbolos. Chegamos em uma sala onde havia um altar iluminado por velas, cercada por um grupo de pessoas encapuzadas. Um terror começou a se apossar de mim, mas ele me olhava de maneira tão penetrante que me obrigava a fazer todas as suas vontades. Fui colocada sentada em cima do altar, enquanto duas pessoas começavam a me despir, os outros entoavam estranhos hinos cantados numa língua desconhecida para mim. Fui deitada nua no altar e minhas mãos e meus pés foram amarrados com firmeza. Depois, foi derramado sobre meu ventre uma estranha substância parecida com sangue, enquanto Vladstok rezava orações incompreensíveis para mim. Desmaiei e acordei sozinha nesse calabouço. Depois, durante mais cinco noites, o ritual se repetiu, só que me amarravam a um tronco e depois de me açoitarem impiedosamente os encapuzados lambiam o sangue que escorria do meu corpo. Mas sei que hoje será o dia em que tudo se consumará: vão imolar meu corpo em homenagem ao seu maldito deus, que lhes dá a imortalidade em troca de tanta crueldade.”

Petrov tentou abrir a porta da cela de Luiza, mas nesse momento ouviu passos no

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corredor e se escondeu atrás de uma barrica de vinho vazias. Os encapuzados chegaram e levaram a jovem com eles. À distância Petrov passou a segui-los, e chegou até a sala onde o ritual deveria ser realizado. Viu então o misterioso Senhor Vladstok aproximar-se do corpo da jovem como se fosse beijá-la, mas os seus dentes pareciam presas de um lobo faminto e nesse momento Petrov não conseguiu conter um grito. Imediatamente todos se viraram para ele, que numa reação rápida arrancou um pedaço do corrimão da escada e investiu contra o nobre enterrando-lhe a estaca no coração. Imediatamente todos os encapuzados começaram a se retorcer de dor como se tivessem também sido atingidos pelo golpe.

Petrov libertou então Luiza, e jogou as velas acesas sobre as cortinas, transformando a sala em poucos segundos num verdadeiro inferno. Saiu do castelo com a jovem e quando olhou para o castelo que ardia, viu horrorizado que estranhas criaturas aladas saíam do meio das labaredas gargalhando em direção às trevas.

 

Os crimes do barão Brecy

 

Os sortilégios do vampirismo não morrem tão facilmente como se possa pensar. Ainda há poucos anos, um inquérito fez deslocar certos inspetores às ruínas do castelo de Brecy de Sologne.

Os velhos habitantes da aldeia de Brecy falava de um barão vampiro, rondando as ruínas e apavorando toda a região. Não muito longe do castelo, encontrou-se o corpo de Guillemette H. com o ventre e as pernas dilaceradas como se tivesse sido desfeita com algo de metal, com o peito e os rins dilacerados, com as costelas e vértebras partidas.

Ela tinha sido estuprada, mas debatera-se ferozmente, como o provava as unhas partidas e a roupa rasgada. Os inquiridores descobriram uma profunda marca, sobre o ombro, marca essa feita sem dúvida com a fivela de um cinturão do assassino. “Um motivo de metal em relevo com um diâmetro de cinco centímetros que podia representar vagamente uma cabeça de animal... Talvez de um leão”, cita um cronista.

No chão, à volta do cadáver, nem um só vestígio do assassino. A família acompanhou os agentes encarregues desta investigação até ao posto da polícia, onde estes consultaram enorme documentação com o fito de encontrarem improváveis culpados, maníacos ou desequilibrados sexuais. O inquérito pouco mais além poderia ir. Um homicida misterioso viola uma moça, mutila-a e desaparece sem deixar vestígios, mas para os velhos da aldeia, os que de tudo se lembram, o assassino não andaria por muito longe, embora talvez já fora do alcance da justiça. Duas mulheres encorajando-se mutuamente resolveram sugerir desde o começo do inquérito que se desse uma olhadela pelo prado, perto do sítio do crime, acrescentando, com ar misterioso, que esse caminho cruzava o lugar do “senhor punido”.

“Nesse lugar há séculos mataram e enterraram os despojos do senhor da região, homem belicoso, combatente em várias guerras, patrão severo, exigente e impiedoso para com a sua gente, como se eles fossem seus inimigos e que, forçados, acabaram por sê-lo. Um corajoso e hábil lenhador, encontrando-o adormecido junto a uma árvore num dia de imenso calor, abriu-lhe a cabeça com forte machadada, mas, mesmo morto, o rancor continuava a viver nele, a ponto de sair do túmulo uma vez em cada século, indo procurar vingança durante algumas horas por aquelas paragens. Isto, se der-se crédito aos antigos aldeões... O cabo da polícia dirigiu-se ao local indicado pelas mulheres como sendo o lendário sítio do

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túmulo. O terreno aparentava um abaixamento que o polícia observou, e esse abatimento de solo, com ervas e em forma de retângulo, podia bem ser uma cova mortuária. Logo o cabo da polícia trouxe um dos investigadores ao local da descoberta, mas uma vez chegados lá encontraram o chão completamente raso, o que fez espantar de tal forma o polícia que perguntava a si próprio se estaria com a cabeça a andar à volta devido à violência do crime e a começar a ver coisas onde não existiam na verdade. Rondando o solo, enterrava o pé, atraído pela curiosidade somada a certa excitação que o relato das duas aldeãs lhe teria provocado. Fez sentir uma ressonância, justamente no sítio onde imaginara o túmulo. Foram imediatamente requisitados dois cantoneiros para escavarem. O terreno estava macio, a pá e picareta não tardaram a fazer o trabalho e depressa apanharam um osso comprido que os homens, com as mãos, acabaram de desenterrar. Tratava-se de uma tíbia, um osso que, de tão sólido, eles não se arriscaram a quebrá-lo! Depois seguiram-se a rótula e o fêmur de uma perna forte, em perfeito estado de conservação. Um crime descobrindo outro. Desprendemos os membros inferiores de um longo esqueleto antigo... Depois, subindo um pouco, uma espessa bacia, as mãos grandes e abertas com falanges de tamanho impressionante. Um dos utensílios com que se escavava bateu numa coisa de metal que com cuidado raspamos. Era o plastrão de uma armadura de bronze, que tinha ao meio, em relevo, o brasão da pessoa a quem pertencera, um leão apoiado nas patas traseiras. A moça violada fora atingida por um objeto metálico com o mesmo motivo do brasão do barão de Brecy, adepto de ciências demoníacas, excomungado pela Igreja sete séculos depois”, conta Claude Seignolles.

Como se vê, muitos destes senhores “vampiros” partidários da necromancia tinham sido excomungados pela Igreja. A excomunhão era a prova de que eles pertenciam às legiões da noite. Eram temidos e nenhuma terra abençoada aceitaria os seus despojos ainda que, em Paris, se tivesse construído especialmente um cemitério para todos os rejeitados pela Igreja, fossem eles adeptos do diabo, fervorosos praticantes da magia negra.

No começo do século passado, este cemitério abandonado servia de templo fúnebre a todos os mágicos de magia negra, patrícios do vampirismo ou de outros deuses infernais. Uma verdadeira aldeia vampiresca na Rua de Flandres, em plena Paris. René Schwablé, aderente também às ciências ocultas, descreve este diabólico cemitério em Chez Satanaz, obra que surgiu em 1913. “Encontrareis nº 44 da Rua de Flandres uma grande e velha construção com dois portões largos, abertos para um pátio enorme, circundado por cavalariças e abrigos. Entrai através de um corredor úmido, escuro, até encontrar uma porta pesada cuja fechadura ferrugenta precisa de ser arrombada a murro. Por detrás desta velha porta existe uma pequena floresta virgem, entre dois muros altos com fendas. Encontram-se aí mais ou menos vinte e cinco túmulos dos quais dois ou três estão em bom estado ainda, mas os outros completamente escavacados. Cruel, a vegetação levantou as campas, impeliu as lages, partindo as pedras, revolveu os caixões. No tempo de Luís XIV eram aí enterrados os hereges, uma vez que não podiam ser inumados em necrópoles públicas. Os locais de vampirismo e de práticas negras passam despercebidos ao profano. Contudo, basta empurrar uma porta oscilante, saltar um muro de alguma ruína, descobrir um cemitério abandonado, para que a lenda desperte do seu mundo de cinzas, vista os seus fatos de terror e desça às ruas do nosso bom velho século XX. Os lugares malditos são a morada das perseguições fantásticas. A pedra reteve em si todos os dramas, todos os terrores. A vegetação está doente, a pedra está carcomida pela lepra e uma impressão de mal-estar salta aos olhos como veneno. O exorcismo romano pode santificar a pedra e dissipar os miasmas da noite. Depende tudo espiritual do exorcista. Pode ficar extenuado do seu combate, naufragar na sua loucura. Para afrontar maldições é necessário a virtude e a correção luminosa dos ascetas plenos de Espírito. Nenhum exorcista orou sobre as ruínas do castelo de Brecy. Aí se mantém portanto toda a sua carga maléfica”.

Os monges do Oriente opunham o sangue do mártir ao sangue dos sacrificados da

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magia. Então o panorama maldito transfigurava-se como aconteceu com o frade Thalélaios, monge sírio, que, retirando-se para o deserto, combateu todas as noites homens e mulheres vampiros que interceptavam as suas orações e reclamavam-lhe o sangue. Pela força da sua oração tudo se transfigurava: é por isso que esta terra que estava noutros tempos submissa à impiedade e aos demônios, renunciou ao seu erro ancestral para enfim acolher o clarão da luz divina. Servindo-se das suas mãos ele fez cair por terra os templos dos demônios e edificou um santuário aos vitoriosos mártires opondo aos falsos deuses os corpos divinos. Sangue por sangue. Os ascetas sabem que a carne é insensível, lenta e pesada, como a sepultura. É o Espírito que ilumina que transfigura e rouba à morte.

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Casos de Vampirismo - Parte 6 escrita por Lady Myh Lee

Notas do Autor:

Prometo qué a última parte kkkk Depois dessa teremos uma cronologia de todos os casos de vampirismo desde a Idade Média e depois passaremos para o próximo tema xD Espero q gostem =)

Os principais locais do vampirismo

 

O mais conhecido dos locais da velha religião da noite é, sem qualquer espécie de dúvida, o castelo de Drácula, pelo menos o que dele resta, em Curtea de Arges, nas montanhas da Transilvânia, mas há também outros sítios onde a lenda se fixou profundamente. O pequeno porto de Cruden Bay, na Escócia, é um desses estranhos sítios. Foi aí, no país de Stevenson, que Bram Stoker então pertencente à sociedade secreta Golden Dawn concebeu a sua obra prima: Drácula.

A descrição feita por F. Riviere quando da viagem de regresso de Cruden Bay, acerca do cenário alucinatório, permitirá a Bram Stoker invocar o “príncipe dos vampiros”. “Eu tinha reservado um quarto na famosa estalagem de Kilmarnock Arms, estalagem essa onde Stoker, depois de uma refeição farta, recebera a visita do anjo do mal naquela cama em que as dores de estômago o tinham obrigado a dar voltas sobre voltas no decorrer de um pesadelo... Devo dizer que o edifício ao Sol poente deixaria bem impressionado qualquer apreciador de filmes diabólicos da Hammer! Estava lá tudo: a fachada estilo Tudor, a hera trepadora, o pórtico carregado de ornamentos, os vitrais dissimulando por certo inquiridores olhares, a pesada porta de pregos cravados e um gato preto cuja silhueta sinistra se perfilava sol um céu encarniçado.”

O castelo de Krasznahorka é outro local de terror nas montanhas da Hungria do Norte, onde repousariam os despojos de uma mulher vampiro morta há mais de duzentos anos. Há mais de cinco séculos fora propriedade da antiga família Bebek. Istvan Bebek, antepassado da família, era um simples pastor na altura das invasões dos tártaros, pelo ano de 1241. Um dia, quando apascentava o seu rebanho na montanha de Som, encontrou certa quantidade de ouro escondido e uma pedra com um aspecto singular. Esteve para deitar tudo fora, mas logo se lembrou de que os filhos gostavam de brincar com coisas brilhantes.

Depois, em casa, apercebeu-se de que a estranha pedra brilhava de noite. Conta-se que tornou a ficar com ela dando em troca, aos filhos, qualquer brinquedo preferido, e que se servia da pedra para iluminar a casa, como se de uma tocha se tratasse. Um mercador que por lá passou, vendo a candeia do pastor, ofereceu por ela cem dinares. Bebek não tinha falta de dinheiro, mas, como gostaria de comprar uma vaca que lhe desse bom leite, esteve quase a fechar o negócio. Os filhos tanto se lastimaram e choraram com a idéia de se privarem da pedra mágica que Bebek rejeitou o negócio, dizendo que resolvera não a vender. A notícia depressa se espalhou. Os proprietários dos arredores não deixavam de massacrá-lo por causa da pedra. Temendo ser morto por causa desse tesouro, resolveu levá-lo ao rei Bela IV e oferecer-lhe. Coincidiu com o momento em que os Tártaros se retiravam, deixando atrás de si tudo destruído a ferro e fogo. Para o rei, este presente chegou na hora certa, era o maior diamante que este já vira, pelo que perguntou a Bebek o que queria que ele lhe desse. “Prometei-me unicamente sete currais construídos nas minhas terras, Majestade”. O rei acedeu de bom grado.

Bebek partiu, e com o ouro que guardara construiu sete castelos e assim que

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apareceram os castelos de Torna, Esnek, Solyomk, Pelsóc, Szádvár e Krasznahorka. Os descendentes do pastor foram considerados aristocratas e fizeram de Krasznahorka residência da família até 1575, quando Péter Endrássy ocupou o lugar de governador do castelo. Sua mulher, a jovem Zsófia Serédy, era uma apaixonada das práticas negras. A biblioteca do castelo transbordava de obras de ocultismo e nas noites de Inverno Krasznahorka recebia artistas e praticantes de magia, da Hungria, os que se lembravam ainda as execuções de Vlad Drakul, de Hermann e de Bárbara de Cillei.

Os sortilégios romenos reavivavam a luz de tochas, nas salas do andar inferior do castelo. Zsófia Sérédy morreu de embolia durante o assalto ao castelo, feito pelo seu próprio filho Jancsi, para esmagar, terá ele dito: “esse feudo de magia negra”.

Ainda hoje, numa das divisões do castelo de Krasznahorka, se encontra, deitada num caixão de vidro Zsófia Sérédy. Eis como passados duzentos anos ela dorme, sem que em pó se tenha tornado! O cadáver é exibido como fenômeno, pois que se mantém como tendo morrido no dia anterior. De tempos a tempos o vestido fica feito em pó. Voltam a vesti-la com outro fato preto. Ela, porém, continua imperecível.

É também curioso assinalar que o seu antebraço direito, imobilizado ao morrer, mantém-se um pouco elevado e com um dos dedos hirto como fazendo qualquer sinal.

Conta-se por lá toda a espécie de coisas, mas esta é de todas, a mais espantosa: Os praticantes da velha magia turca reconhecem-se através deste sinal, ao qual Von Sebottendorf, grão-mestre da Sociedade Thule e amigo de Bram Stoker, já aludira.

O índex esticado corresponderia a fogo. Von Sebottendorf afirma que “conjugado o A, que faz nascer o elemento líquido, com I que se forma com o indicador estendido, permitirá ao discípulo ultrapassar os limites da morte, em plena consciência. Alcançar, pois a Imortalidade!”

 

Os santos e os condenados

 

Em numerosos casos de vampirismo, a abertura do túmulo revela um cadáver em perfeito estado de conservação “pele fina e flexível, corpo sem alteração”. Este prodígio do após morte não é uma vaga superstição dominada pelo medo aos vampiros. Um corpo enterrado desde há séculos não é mais que um magma informe de pó de terra e de ossos. É a lei da decomposição do corpo do mortal. Uma das grandes leis da natureza: Todas as coisas perecem, voltam à terra, tornando-se pó e cinzas. No entanto, em certos casos o corpo aparece intacto ou quase.

Os cientistas explicam este fenômeno como sendo causado pela composição do terreno onde está enterrado o cadáver, as variações de temperatura do subsolo, a ausência de insetos ou de roedores que provocam uma proteção natural, impedindo o seu apodrecimento. Simples hipóteses científicas quando se conhecem outros fenômenos que acontecem na incorruptibilidade de certos cadáveres: um perfume agradável do corpo, suor de sangue, humores do cadáver, luminosidades na parte superior da sepultura, como aconteceu quando Charbel morreu, com a idade de 78 anos, no seu eremitério do Líbano. Tanto milagre que a natureza química do terreno não pôde explicar.

Os santos e santas do cristianismo apresentam, muitas vezes, um bom estado de conservação quando passaram séculos sobre o dia da sua inumação. Uma vez mais,

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os não mortos, os nosferatu do vampirismo passam por cima dos milagres do mundo cristão. Os cultos demoníacos imitaram sempre a magia e os prodígios da religião, como, por exemplo, na missa negra que não é senão uma inversão da missa cristã, um derrubar da liturgia, das orações do culto. O não morto, intacto no seu túmulo, aparece, pois nas superstições como uma espécie de Santo diabólico que, também ele, apresenta os mesmos sintomas de imortalidade, incorruptibilidade, suor de sangue umedecendo todo o corpo, fenômenos luminosos à volta do túmulo.

Mais que por pura imitação, eles, os adeptos do vampirismo foram mais longe e para dar forma aos seus não mortos e sugadores de sangue ter-se-iam servido mesmo dos milagres do mundo cristão. Para as pessoas ingênuas, os casos de incorruptibilidade não serão exclusivos dos santos, pois que também os adeptos do diabo podem ser alvo de tal milagre, uma vez que Deus não existe sem a ameaça dos infernos que tantas vezes os padres focam e a que chamam “condenação eterna”.

Também a religião tem o seu inferno, os seus demônios, os seus padres malditos. Basta que aconteça uma maldição e logo das entranhas da Terra se libertarão espíritos malignos cujas forças em muito ultrapassarão as dos homens. Apareciam assim os vampiros tão reais quanto os santos do paraíso...

Em cada família havia lugar para Deus na Igreja da aldeia, e um outro para o demônio por entre os túmulos do velho cemitério. O Bem e o Mal nunca deixaram de partilhar a alma humana, como a luz e as trevas, o excelente e o vil, o amor e o ódio. O vampirismo nasceu desta oposição. Terá sido preciso a existência de grandes ascetas do deserto, e figuras espirituais como S. João da Cruz ou Simeão o novo teólogo, para entender que a humildade em Deus nos salva e Deus é um Deus de Luz, que enche o universo, destrói a morte e o seu cortejo de demônios e não deixa lugar à obscuridade.

O medo fixa-se sempre no espírito do homem, e raros são os que fizeram esta experiência estática da luz. O medo, quando anoitece, tranca as portas. Ele força que se recitem salmos, pedindo auxílio. O coração contraído não deixa entrar a luz e o medo cria então as suas obsessões, os seus fantasmas.

 

Corpos incorruptíveis

 

Imediatamente após a morte de S. Francisco Xavier, a 2 de Dezembro de 1552, colocaram seu corpo num caixão cheio de cal viva para que, o mais rapidamente possível, a sua carne fosse consumida e se pudesse assim levar os seus ossos para Goa. A 17 de Fevereiro de 1553, as autoridades religiosas indianas abriram o caixão e eis que, ao retirar a cal que lhe cobria o rosto, este apresentava o aspecto rosado, tendo a frescura de alguém apenas adormecido. O corpo estava completamente intacto, sem qualquer sinal de decomposição.

Para confirmação do estado em que se encontrava o cadáver, foi-lhe retirado um pequeno pedaço de carne acima do joelho, começando imediatamente a sangrar. Transportado por mar, foi enterrado em Malaca, a 22 de Março de 1553, mas o miraculoso fenômeno não ficou por aqui e, como que causado por uma força misteriosa, alguns meses depois mantinha o mesmo estado da incorruptibilidade. Transportado para Goa, foi sepultado na igreja de S. Paulo. Em 1612, quando se lhe amputou um dos braços para ser enviado para Roma, o sangue correu vermelho e fluido! Nos Evangelhos, assim como no Antigo Testamento, o sangue é portador do espírito de Deus. No jardim das Oliveiras, na Noite Divina, Jesus suou sangue como se o Espírito sangrasse e sofresse.

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Durante a ceia que precede a hora em que se entregaria, Ele tomou o cálice e, dando graças, o abençoou e deu aos seus discípulos dizendo: “Tomai e bebei todos, este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança...” Na cruz, sangue e água escorreram do lado que fora trespassado pela lança do centurião e a terra foi inundada pelo seu Espírito.

O caso dos corpos incorruptíveis de santos evoca a presença misteriosa do Espírito sob a forma de suor de sangue jamais coagulado, sempre fluido dentro e fora do corpo. Ele umedece o cadáver, transfigura-o, ilumina-o, conserva-o intacto. Vários fenômenos inexplicáveis envolvem muitas vezes o milagre: aparecimento de luz à volta do túmulo, exalações perfumadas, curas de doentes. O cadáver de um santo resplandece, vibra, envia moléculas de luz. Ele cria como que uma zona sagrada onde, tudo pode acontecer.

Em 1582, Santa Teresa d’ Ávila morre na sua cela do convento de Alba de Tormes. O rosto de Santa Teresa de Jesus, segundo afirmou a duquesa d’Alba, ficou após a morte lindo e resplandecente, dir-se-ia como Sol brilhando. Metido num caixão cheio de cal e tijolos, foi o corpo transportado ao cemitério, mas no dia seguinte à sua morte, do túmulo de Santa Teresa de Jesus emanava um perfume de tal forma intenso e delicioso que os monges teriam tido a sensação de estarem de novo na presença da sua Madre.

Abriu-se o túmulo a 4 de Julho de 1583. A tampa do caixão estava partida, meio apodrecida e cheia de bolor. Era forte o cheiro a bafio e as vestes encontravam-se putrefatas. O santo corpo, também ele, tinha bolor, mas mantinha a frescura como se tivesse sido enterrado na véspera. As monjas despiram-na quase totalmente, para a vestirem de novo. Segundo afirmaram, um maravilhoso odor se espalhou pelo convento.

Em Novembro de 1585, três anos passados sobre a sua morte, os médicos da vila examinaram o corpo, tendo chegado à conclusão de que apenas um milagre teria permitido que um corpo fechado três anos sem estar embalsamado se mantivesse intacto, continuando a exalar o mesmo perfume de sempre.

 

Fenômenos luminosos

 

O sangue do cadáver dos santos, passados anos sobre a sua exumação, deverá ser considerado de natureza humana ou sobrenatural?

Os bioquímicos que o analisaram em laboratórios atestam tratar-se de sangue humano, mas esbarram com fato incompreensível: Como é que o sangue se mantém, se renova, não coagula? Esta pergunta atordoa e fica sem resposta. Em certos casos desencadeiam-se sentimentos descontrolados, noutros, porém, é a resposta embebida em amor e em certeza. Inquietação, para outros tantos...

Não há provas irrefutáveis, apenas fenômenos inexplicáveis como que a interpor um véu entre o homem e a natureza secreta do milagre. Por exemplo, o caso de manifestações luminosas. J. Moschus, depois de ter feito um inquérito entre monges do Oriente, testemunha:

“Há sete anos vimos à noite, no cume da montanha, luz que parecia um incêndio. Pensamos que fosse para afugentar certos animais, mas durou tantos dias que acabamos por subir até lá. Não encontramos o mais pequeno sinal, nem algum ponto de luz ou algo queimado na floresta. Na noite seguinte, voltamos a ver a mesma claridade, repetindo-se durante todo um trimestre. Decidimo-nos então

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fazer-nos acompanhar de alguns companheiros e, munidos de armas, voltamos a subir a montanha na direção da tal claridade. Ficamos até de manhã. Vimos então aí uma pequena gruta onde logo entramos, deparando com um anacoreta morto. Vestia um casaco feito de corda e segurava um crucifixo de prata. Perto dele uma folha onde se escrevera: Eu, pobre Jean, morri na quinta indicação. Fizemos então o cálculo e chegamos à conclusão de que teria morrido havia sete anos. Pois o seu estado de conservação era como se tivesse morrido no dia em que o descobrimos!

Voltamos a encontrar estes fenômenos de luzes noturnas nos pormenores miraculosos que envolveram a morte do padre Charbel Makhlouf, eremita maronita, que morreu a 24 de Dezembro de 1898 no Líbano. Por exemplo, na noite seguinte a ser sepultado e nas quarenta e cinco que se seguiram apareceram sempre sinais luminosos à volta do seu túmulo. Também o irmão George Emmanuel Abi-Sassine testemunhará junto das autoridades religiosas, no dia 14 de Julho de 1926: “Nós podíamos ver diante de nós a pouca distância, para Sul, uma luz brilhante sobre o túmulo, mas uma luz no gênero da luz elétrica apagando e acendendo. Manteve-se tanto tempo assim que foi possível observá-la bem. A cúpula do mosteiro, e todo o lado oposto ao túmulo, a Oriente, pareciam iluminados pela claridade do dia. Dirigimo-nos ao mosteiro e contamos aos monges o que se passara, sentindo, porém, que a nossa história não lhes merecia qualquer credibilidade. Voltamos a ver o mesmo espetáculo maravilhoso sempre que em noites de vigília passávamos junto do túmulo, assim como o observaram todos aqueles que nos acompanhavam.” A 15 de Abril de 1899 abriu-se o túmulo na presença das autoridades eclesiásticas e de dez testemunhas civis. Todos disseram que devido às chuvas o túmulo do irmão Charbel era um imenso lamaçal. O corpo flutuava na lama, e sob a água que do alto caía em abundância. Apesar de tudo continuava flexível, sem rigidez de membros. De mãos postas sobre o peito segurava um crucifixo. No rosto e nas mãos havia sinais de bolor, que Saba Moussa retirou, reaparecendo aos nossos olhos como que um homem apenas adormecido... Sangue encarnado vivo misturado com água escorreu do seu lado... O corpo flexível, transpirando sangue, nenhum sinal de corrupção, como que acabado de ser enterrado nesse momento. Passado um ano sobre a sua morte, declara o professor Teófilo Maroun: “um curandeiro tirou-lhe as vísceras a fim de pôr termo àquela transpiração aquo-sangüínea. Mas foi em vão...”

Em 1900 o corpo do irmão Charbel foi exposto ao Sol durante seis meses no terraço da Igreja esperando-se que secasse. Em vão, novamente, pois que nos sete anos a seguir o cadáver manteve a mesma transpiração. Sessenta e quatro anos depois da sua morte, isto é, a 7 de Agosto de: 1952, o corpo foi de novo exposto. O irmão Daher escreverá: Vi com os meus próprios olhos esse corpo intacto, umedecido, ele e as vestes sacerdotais, assim como o próprio caixão... Os corpos incorruptíveis revelam os mistérios do sangue após a morte e a conservação completa do corpo. Poderemos evocar a força fantástica que retém os átomos do cadáver, evita a sua desagregação e o seu regresso ao pó. Esta força cria uma nascente de sangue, cura os doentes, ilumina o túmulo. É como se o sangue sofresse uma transformação química que o transformasse em luz. Para os místicos, esta força rodopia, sondando o coração do homem. A sua presença é universal.

Tu não tens onde te esconder, tu, cuja glória tudo invade... Salmos de David É o espírito que fala e se exprime e se comunica ao mundo.

Não teria assim o vampirismo sido senão uma fantasmagoria, uma tendência obsessiva, uma doença da alma que derrubaria a imagem de Deus, procurando apropriar-se do Seu poder.

A luz tornada obscuridade, as orações blasfêmias e o corpo ressuscitado, um fantasma errando fora do túmulo na busca do sangue que contém a vida. Um monstruoso zombar da força espiritual que liberta o homem dos impulsos de ódio e de amor, levados até a obsessão que envenena.

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Vampiros Internacionais

 

Na ilha caribenha de Granada, existe a Loogaroo, uma mulher que, reza a lenda, fez um acordo com o diabo. Ela ganharia as habilidades mágicas apenas se desse sangue ao demônio todas as noites. O termo Loogaroo possivelmente vem da criatura mitológica francesa Loup-garou, que era um tipo de lobisomem, mas acreditam que o termo também foi misturado com Vudu africano. A Loogaroo podia deixar sua pele e transformar-se em chamas que assombravam a noite procurando sangue para o demônio. Após pegar sangue suficiente, ela podia retornar à sua pele e voltar à forma humana.

Essa criatura era aparentemente compulsiva e tinha que parar para contar grãos de areia espalhados no chão. Uma das defesas contra ela era deixar uma pilha de arroz ou areia perto da porta de entrada. Esperava-se que a Loogaroo perdesse muito tempo contando os grãos e o Sol aparecesse, forçando a criatura a voltar à sua pele e esquecer-se do ataque. A Loogaroo é um exemplo de como uma crença vampírica pode ser resultante de uma combinação de outras, já que ela é uma combinação de Francês e Africano. A Loogaroo também mostra que nem todos os vampiros descendem dos povos eslavos, apesar de muitos parecerem que sim.

Como os vampiros são encontrados em muitos lugares, naturalmente eles têm muitos nomes. O termo vampir era usado na Rússia e em outras terras eslavas, como a Polônia e Sérvia. A palavra vampir possivelmente derivou da linguagem Magyar (Húngara) e também parece que a palavra russa significa "beber".

Vrykolakas era o termo grego para vampiro. O vampiro grego era uma pessoa que fosse excomungada pela Igreja Ortodoxa.

Ekimmu era um espírito vampiro da Babilônia que se levantava da morte quando faminto, especialmente se os tolos humanos se esquecessem de deixar comidas como sacrifícios perto de suas tumbas. Quando faminto ele retornava a Terra atrás de sangue humano.

Murony era o vampiro da Valáquia, um metamorfo e bebedor de sangue. Podia se transformar em gato, cão, insetos ou outras criaturas. Uma pessoa que morria inesperadamente era altamente suspeita de ser tornar um vampiro. Mortes súbitas eram assumidas como obras de vampiros. Às vezes um grande prego era atravessado no crânio do defunto para evitar que ele voltasse da tumba. O Murony também se parecia com lobisomens, um humano que podia se tornar um cão ou lobo de noite, e caçar outros animais.

Vampiros lituânios aparentemente bebiam sangue. A palavra wempti significa "beber". A palavra inglesa vampire (também escrita "vampyre") foi vista pela primeira vez no início de 1700. Sua exata origem é desconhecida. Sua raiz vem da palavra turca "uber", que significa "bruxa". Essa palavra passou por uma transformação em tons eslavos, e soou como "upior" ou "upyr", e então resultou em "vampyre", "vampir" e então, "vampire".

Em sânscrito, o monstro era "Baital". Existem outros termos para esse monstro, do espanhol "vampiro", e Latim "vampyrus", para o inquestionável germânico "Blutsaeuger" (literalmente, sanguessuga) e o francês "Le Vampire".

"Nosferatu" é outro termo para vampiro vindo do leste europeu, ou ao menos se acredita nisso. É uma das mais curiosas palavras dos vampiros. O termo veio para o mundo com o irlandês Bram Stoker e seu livro "Drácula". Mais tarde, em 1922, a

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palavra volta com o primeiro filme sobre o maligno conde da Transilvânia, chamado, é claro, de "Nosferatu". A palavra nosferatu, porém, talvez não seja uma palavra eslava e talvez nem seja uma palavra real de fato.

David J. Skal, um moderno pesquisador de vampiros, acredita que a palavra nosferatu foi um erro ou alteração da palavra romana "nesuferit", que vem do Latim, e significa "não sofrer" ou mesmo "intolerável", palavras que descrevem uma personalidade vampírica agressiva. Parece que Bram Stoker descobriu a palavra enquanto fazia a pesquisa para seu livro Drácula. Ele aparentemente leu um conto de 1885, chamado Superstições da Transilvânia por Emily Laszowska Gerard, onde ela usou o termo "nosferatu" ao invés de "nesuferit". Também é possível que "nosferatu" seja uma variante de "nesuferit". Seja qual for a verdade, o termo "nosferatu" hoje é largamente usado para designar vampiros por que o diretor F. W. Murnau usou esse nome em seu filme de 1922.

Outra interpretação vem da autora Manuela Dunn-Mascetti, que diz que a palavra pode ser relacionada ao termo romeno "o impuro", necuratul. As pessoas da Transilvânia crêem que num ser chamado nosferatu, ou vampiro, um termo que item conotação demoníaca.

 

Vampiros Desmistificados

 

Do mundo paranormal, vem uma possível explicação para os vampiros aterrorizarem a terra pela noite, mas voltarem para seus caixões durante o dia: Pode ser o fenômeno da projeção astral. Isso acontece quando a contraparte de um corpo físico viaja para o plano astral, o plano de existência logo acima de nosso tridimensional mundo material.

O corpo astral pode deixar o físico numa experiência "fora do corpo" e viajar por aí, no caso do vampiro, em busca de sangue, junto com os psicóticos assassinos ocasionais que acham que são vampiros e os ocultistas modernos que pretendem ser vampiros, existem algumas bases científicas para o que "aparentemente" é o vampirismo. Daniel C. Scavone delineou muitas dessas "possibilidades" em seu livro "Vampiros", de 1990.

Alguns escritores atuais teorizam que provavelmente algumas pessoas que foram acusadas de vampirismo no passado na verdade sofriam do distúrbio médico chamado hoje em dia de porfiria. O corpo das pessoas nesse estado não produzem hemoglobinas, glóbulos vermelhos, suficientemente e essa disfunção podia causar alguns "sintomas" que os povos ignorantes da Idade Média concluíam como casos de vampirismo.

Desnecessário dizer que as pessoas acometidas pela porfiria não se tornavam vampiros. A teoria da porfiria elaborada por McNally e Florescu em seu "Busca por Dracula" aparece meramente como uma tentativa de explicar as crenças irracionais dos ignorantes.

Outra disfunção que poderia causar suspeitas nos povos antigos era a anemia extrema. Nesses casos, o paciente tem poucos glóbulos vermelhos e hemoglobina. Um dos sintomas graves da disfunção é a pele pálida, claramente um sinal de vampirismo, diriam os ignorantes. Catalepsia é outra condição médica que pode se passar por "vampirismo". O paciente sofre uma forma de paralisia temporária e parece estar morto e é muito possível que várias pessoas foram enterradas vivas com catalepsia. A pessoa nesse estado mantém sua visão e audição, mas, incapaz de mover um músculo sequer, ela fica impossibilitada de pedir ajuda. Se a pessoa

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sai desse estado de paralisação antes de um enterro prematuro, o resultado pode ser confundido com caso de vampirismo. Imagine uma testemunha assistindo um "cadáver" lutando para se libertar de seu caixão: Qualquer um que não conhecesse a catalepsia, a maioria das pessoas, temeria por sua vida e gritaria que estava vendo um vampiro voltando da morte. Existem vários outros distúrbios do sangue ou da mente que podem alimentar as lendas antigas do vampirismo.

Várias doenças de pele ou outras desfigurações poderiam fazer os antigos povos a acreditarem estar vendo um vampiro. Então aí está o fator psicológico. Se a população já acreditava no mito do vampiro, pois eles já transmitiam o mito como fato, e se a população não sabia nada de ciência, então, como nós esperaríamos que eles explicassem esses fenômenos?

A crença do vampiro cresceu por falta de explicações e a ignorância e o medo reforçaram o mito baseado na superstição. Qualquer que seja o fato, que os vampiros são seres sobrenaturais, pouco provável, ou lendas baseadas em alguns fatos não relatados, possível, ou puras fabricações da fantasia misturada com superstição, altamente possível, a imagem popular do vampiro é um reflexo dos sinais dos tempos. Ver um vampiro pelo prisma de qualquer período da história humana pode ser um teste Rorschach para nossa sociedade, revelando mais sobre nós mesmo do que sobre os vampiros.

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Cronologia dos Casos de Vampirismo escrita por Lady Myh Lee

Cronologia dos casos de vampirismo, segundo os processos verbais, desde a origem até os nossos dias.

 

Não é possível fazer-se um levantamento completo de todos os casos de vampirismo ou presumíveis como tal, mas podemos elaborar uma lista das principais manifestações.

 

Snornik, em Engic: Ao morrer, a mulher de um padre ortodoxo russo confessou-se vampira.

 

Morávia, perto de Olmütz, em Liebava: O vampiro era uma pessoa considerada no local. Um húngaro caçador de vampiros subiu à noite ao campanário da igreja, perto do cemitério, a fim de espiar a saída do vampiro, e lhe roubou a mortalha, o que provocou uivos de revolta do vampiro. O húngaro convidou-o a vir buscar o seu fato de defunto e, quando este fez menção de subir ao campanário, o húngaro deitou-o da escada abaixo e cortou-lhe a cabeça com a ajuda de uma pá.

 

Sjonica: Uma noite, um homem chamado Ibro armou-se de uma faca e foi na mira de um vampiro. A luta não durou quase nada e o morto-vivo escapou-se. Perto da ponte da aldeia o homem volta a apanhá-lo, apunhalando-o. No dia seguinte, no sítio onde o vampiro fora ferido, apenas foi encontrado um pouco de sangue, e na lâmina do punhal alguém escreveu uma oração em turco.

 

1047 Primeiras aparições de vampiros em escrita. A palavra upir aparece em um documento se referindo a um príncipe russo como vampiro perverso: "Upir Lichy".

1190 Nagis Curialium, de Walter Map relata seres vampíricos na Inglaterra 1196 Chronicles, de William de Newburgh registra histórias de fantasmas vampíricos na Inglaterra

 

1310

A seguir ao concílio de Troyes, em Maio de 1310, em Paris Filipe, O Belo, fez exumar o cadáver de Jean de Turo, construtor da torre, e iniciado no “Le Temple”, mandando lançar ao fogo o seu corpo um século depois da sua morte.

 

1337

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Na Boêmia, em Blow, perto de Cadar, ocorrem manifestações vampíricas no claustro de Opatowicze.

 

1345

Em Lewin, na Boêmia, morre uma mulher que se dedicava à feitiçaria que foi sepultada num cruzamento de duas estradas.

1428 ou 1429 Nasce Vlad Tepes, pessoa que foi inspiração para o Conde Drácula 1436 Vlad Tepes se torna príncipe da Valáquia e se muda para Tirgoviste

 

1442 Vlad Tepes é aprisionado com seu pai pelos turcos

 

1443 Vlad Tepes se torna refém dos turcos

 

1447 Vlad Dracul, pai de Vlad Tepes, é decapitado 1448 Vlad Tepes conquista o trono da Valáquia. No mesmo ano é destronado e foge para a Moldávia onde se torna amigo do Príncipe Stefan 1451 Vlad Tepes e Stefan fogem para a Transilvânia. Na Alta-Estíria, em Gratz, Bárbara de Cillei ou Barbe de Cillei, amada por Segismundo da Hungria, teve o seu cadáver arrancado à morte graças ao ritual de Eléazar, que detinha o poder Abramelin, o Mágico. Shéridan le Fanu inspirou-se em Bárbara de Cillei para o personagem principal da sua obra-prima Carmila, o Drácula feminino.

1456 John ajuda Vlad Tepes a conquistar o trono da Valáquia 1462 Vlad Tepes foge para a Transilvânia depois de embate em seu castelo. Inicia-se o período de treze anos no qual ficou preso 1475 Vlad Tepes retorna ao torno da Valáquia 1476/77 Vlad Tepes é assassinado, sendo enterrado em Curtes de Arges, na ilha de Snagov, na Romênia. Segundo investigações arqueológicas recentes, o seu túmulo encontra-se vazio.

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1561 Nasce Elizabeth Bathory 1610 Elizabeth Bathory é presa por ter matado centenas de pessoas e se banhado no sangue das vítimas. É sentenciada a prisão perpétua. Na Moravia, em Egwanschitz, manifestações de vampiros continuam por anos a fio.

1614 Elizabeth Bathory morre em seu castelo onde ficara presa

 

1624

Na Cracóvia, circula o relato de uma mulher vampiro em Clapardia.

1645 Leo Allatius escreve seu primeiro tratado sobre vampiros: De Graecorum hodie quirundam opinationabus 1657 Fr. Françoise Richard escreve Relation de ce qui s'est passé a Sant-Erini Isle de l'Archipel ligando vampirismo e bruxaria 1672 Onda de histeria vampírica varre Istria. A 17 milhas de Laybach, no ducado de Miterburgo, Giure Grando foi enterrado no cemitério local e atormentou durante longo tempo as gentes daquela região.

1679 Philip Rohr escreve De Masticatione Mortuorum, texto sobre vampiros

 

1690

Na Medreiga, Hungria, Arnold Paole, heiduque de Medreiga, foi importunado por um vampiro nos arredores de Casanova, nas fronteiras da Sérvia turca. Afirmou que só depois de ter ido ao túmulo do vampiro, comido terra do sepulcro e esfregado o corpo com sangue daquele, se viu livre de tal obsessão. Pouco tempo depois morreu num acidente. Dias depois de ser enterrado, fenômenos de vampirismo aconteceram na aldeia. O corpo foi desfeito, mas estava perfeitamente conservado; porém os fenômenos continuaram. Arnold Paole viria a localizar mais dezessete cadáveres de heiduques iniciados em vampirismo. Um verdadeiro desfile de cavalaria das trevas.

1710 Onda de histeria vampírica varre a Prússia oriental 1725 Onda de histeria vampírica varre a Hungria

 

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1731

Na comuna rural de Metwett, na Morávia, treze óbitos são registrados em seis semanas. São acusadas duas mulheres, mortas há pouco tempo, que durante a sua vida se dedicaram ao culto do vampiro, Miliza, que morreu em idade avançada, e Stanno ainda jovem. A primeira chegada de Montenegro, ocupada então pelos turcos, onde fora contatada por um vampiro e a segunda vinda da Turquia.

1734 A palavra vampyre entra para a língua inglesa traduzida de relatos alemães sobre as ondas de histeria vampírica européias.

 

1738

Um vampiro de nome Peter Plogojowitz espalhou o terror em 1738, na aldeia de Kisilova, Hungria. Morreram nove pessoas em oito dias.

1744 Cardeal Giuseppe Davanzati publica seu tratado Dissertazione sopre I Vampiri. 1746 Dom Augustin Calmet publica seu tratado sobre os vampiros, Dissertations sur les Apparitions des Anges, des Démons et des Esprits, et sur les revenants, et Vampires de Hundrie, de Bohême, de Moravie, et de Silésie. 1748 Heinrich August Ossenfelder publica o primeiro poema moderno de vampiros, "Der Vampir. 1750 Onda de histeria vampírica ocorre na Prússia oriental.

 

1755

Uma aldeia de Olmütz, na Transilvânia, é citada por um escritor pelos numerosos casos de vampirismo aí ocorridos.

1756 A histeria do vampiro atinge o pico na Valáquia. 1772 A histeria do vampiro ocorre na Rússia. 1797 Goethe publica "Bride of Corinth", poema concernente ao vampiro. 1780/1800 Samuel Taylor Coleridge escreve "Christabel", considerado hoje como o primeiro poema sobre vampiros em inglês. 1800 I Vampiri, ópera de Silvestro de Palma, estréia em Milão, Itália.

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1801 Robert Southey publica "Thalaba", o primeiro poema a mencionar a palavra vampiro em inglês. 1810 Circulam no norte da Inglaterra relatos de ovelhas com a jugular cortada e o sangue drenado. John Stagg publica "The Vampyre”, um dos primeiros poemas sobre vampiros. 1813 O poema de Lord Byron, "The Giaour", inclui o encontro de um herói com um vampiro. 1819 The Vampyre, de Jonh Polidori, a primeira história de vampiros em inglês, é publicada na edição de abril do New Monthly Magazine. John Keats compõe "The Lamia", um poema calcado em antigas lendas gregas. 1820 Lord Ruthwen ou Les Vampires, de Cyprien Berard, é publicado anonimamente em Paris, em 13 de junho. Le Vampire, a peça de Charles Nodier, estréia no Théâtre de la Porte Saint-Martin, em Paris. The Vampire; or The Bride of the Isles, uma tradução da peça de James R. Planché, estréia em Londres.

 

1827

As crônicas da época na Sérvia falam de fatos concretos passados com vampiros, sem, contudo, darem pontos de referência. Em La Pierre-Sèche, perto de Salbris, França, um dos casos mais espantosos relativos a um casal: Paul de Gièvres e Virginie Blanchet, cujo túmulo está visível à beira do lago de Sologne.

1829 A ópera de Heinrich Marshner, Der Vampyr, baseada na história de Nodier, estréia em Leipzig. 1841 Alexey Tolstói publica seu conto, "Upyr", quando morava em Paris. É a primeira história moderna sobre vampiros escrita por um russo. 1847 Nasce Bram Stoker. Começa a longa seriação de Varney the Vampire. 1851 A última obra dramática de Alexandre Dumas, Le Vampire, estréia em Paris. 1854 O caso do vampiro na família Ray, de Jewett, Connecticut, é publicado nos jornais locais. 1861 Martin Dumollard de Montuel, França, foi sentenciado morte por matar meninas para beber seu sangue. 1872 Sheridan Le Fanu escreve "Carmilla". Vicenzo Verzeni de Bottanauco, Itália, foi

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sentenciado à prisão perpétua depois de confessar-se culpado por dois assassinatos e quatro tentativas e que beber o sangue das vítimas lhe dava satisfação. 1873

O vampiro Nicolai Macevko era o senhor ilustre da aldeia Tucchla. Na Istria, na seqüência do caso de vampirismo de Tucchla, o povo do distrito dirigiu-se, ao fim de se registrarem várias mortes, a um túmulo suspeito em Slavka, destruindo o cadáver.

1874 Relatos de Ceven, na Irlanda, informam que ovelhas tiveram seus pescoços cortados e seu sangue drenado. 1888 Editado o Land Beyond the Forest, de Emily Gerard. Vai se tornar a fonte principal de informações sobre a Transilvânia para o Dracula, de Bram Stoker. Na Sérvia, são registradas manifestações sangrentas de um vampiro, que foi abatido pela gente da aldeia.

 

18...

No distrito de Rozsnyo, Hungria, junto à pequena aldeia de Palotz, ergue-se o castelo de Krasznahorka. Em 1241, um pastor descobre uma pedra singular assim como um pequeno tesouro com o qual fez construir um castelo. Numa das salas, num caixão de vidro, está uma mulher vestida de preto, não reduzida a pó, com o braço direito ligeiramente levantado e o dedo indicador misteriosamente apontando.

 

1889

Trinta cadáveres foram trespassados por estacas no seguimento de manifestações vampíricas na Romênia.

1894 O conto de H. G. Wells, "The Flowering of the Stange Orchid", é o precursor das histórias de ficção científica sobre vampiros. 1897 Dracula, de Bram Stoker, é publicado em Londres. "The Vampire", de Rudyard Kipling, se torna uma inspiração para a criação do vampiro como personagem estereotipado no palco e na tela. Joseph Varcher de Bourg, França, foi executado por matar doze pessoas das quais bebia o sangue através de mordidas no pescoço.

 

19...

Narração de Tinka, velha cigana de pequena aldeia de Capatineni, junto ao castelo de Drácula na Transilvânia, narrado ao historiador Florescu. Logo a seguir à morte de seu pai se aperceberam estar-se na presença de um vampiro, uma vez que não se lhe manifestou qualquer rigidez cadavérica. Segundo Tinka, atravessaram-lhe o coração com uma estaca.

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1902

Uma criança de 13 anos morta há pouco tempo foi decapitada, depois de lhe trespassarem o coração em Préjam, na Romênia.

1912 The secret of House Nº 5, possivelmente o primeiro filme sobre vampiros, é produzido na Grã-Bretanha. 1913 É publicado Dracula´s Guest, de Stoker. 1916 Após uma notificação de que Bela Kiss, Hungria, havia morrido na 1ª Guerra Mundial, seus vizinhos fizeram uma busca em sua propriedade e encontraram 31 corpos, todos estrangulados, com feridas no pescoço e o sangue drenado. 1920 Dracula, o primeiro filme baseado no livro, é produzido na Rússia. Não há cópias. O nobre da Rússia Pós-Revolucionária, Barão Roman von Sternberg-Ungern, bebia sangue ocasionalmente, pois acreditava que era a reencarnação de Genghis Khan. Por esse e outros motivos foi executado. 1921 Cineastas húngaros produzem uma versão de Drácula. 1922 Nosferatu, um filme mudo alemão, é produzido pela Prana Films, é a terceira tentativa de filmar Drácula. 1924 Fritz Haarmann, de Hanover, Alemanha, é preso, julgado e condenado por matar mais de vinte pessoas numa orgia criminal vampírica. Sherlock Holmes tem seu único encontro com um vampiro em "The case of the Sussex Vampire". 1928 A primeira edição do influente trabalho de Montague Summers, The Vampire: His Kith and Kin, aparece na Inglaterra. 1929 O segundo livro de Montague Summers, The Vampire in Europe, é publicado. 1931 Peter Kürten, de Dusseldorf, Alemanha, é executado após ser julgado culpado de assassinar várias pessoas numa orgia vampírica.

 

1936

Diversos casos de vampirismo na Jugoslávia são atribuídos ao cadáver de uma mulher nova, enterrada no século XIII no castelo de Herdody, em Varazdin. Na Sérvia, nos anos de 1936 a 1940 e de 1947 a 1948, nos Tziganes da província de Kossovo-Métohija, aconteceram muitos casos de vampirismo.

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1947 Elizabeth Short, EUA, foi assassinada e teve seu corpo desmembrado. Constatou-se que seu sangue havia sido drenado. 1952 Estelita Forencio de Pacce, Filipinas, mordeu várias pessoas sugando o sangue através da ferida. Ela foi detida e disse ter adquirido esses hábitos de seu marido e sofria essas crises regularmente. 1953 Eerie Nº8 inclui a primeira história em quadrinhos adaptada de Dracula. 1954 O Código das Histórias em Quadrinhos bane os vampiros. I Am Legend, de Richard Matheson, apresenta o vampirismo como uma doença que altera o corpo. 1956 Kyuketsuki Ga, o primeiro filme japonês sobre vampiros é lançado. 1957 O primeiro filme italiano sobre vampiros, I Vampiri, é lançado. El Vampiro, com German Robles, é o primeiro de uma série de filmes mexicanos sobre vampiros. 1958 A Hammer Films, da Grã-Bretanha, inicia uma nova onda de interesse pelos vampiros com o seu primeiro filme Drácula, lançado nos Estados Unidos como The Horror of Dracula. O primeiro número de Famous Monsters of Filmland assinala um novo interesse pelos filmes de horror nos Estados Unidos. 1959 Salvatore Agron de 16 anos, EUA, foi executado por vários assassinatos que cometeu durante a noite vestido como um vampiro estilizado por Bela Lugosi. Em seu julgamento alegou ser vampiro. 1960 Florencio Roque Fernandez, Argentina, foi preso após o relato de mulheres dizendo que ele invadia seus quartos, mordendo-as e bebendo o sangue do ferimento. 1961 The Bad Flower é a primeira adaptação coreana de Dracula. 1962 Fundação da Count Dracula Society, em Los Angeles, por Donald Reed. 1963 Alfred Kaser, Alemanha, foi julgado por ter matado um menino de 10 anos, que esfaqueou e logo após bebeu o sangue. 1964 Parque de Juegos é o primeiro filme sobre vampiros produzido na Espanha. 1965 Jeanne Youngson funda The Count Dracula Fan Club. The Munsters, baseado na série de TV do mesmo nome, é a primeira série de histórias em quadrinhos que destaca um personagem vampírico. 1966 Dark Shadows estréia na rede ABC, na programação da tarde.

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1969 O primeiro número de Vampirella, a história em quadrinhos de maior duração até hoje, é lançado. Does Dracula Really Suck?, Dracula and the boys, é lançado como o primeiro filme a apresentar um vampiro gay. Stanislav Modzieliewski, Polônia, foi condenado por sete assassinatos e seis tentativas. Em seu julgamento confessou achar o sangue delicioso. 1970 Sean Manchester funda The Vampire Research Society. 1971 A Marvel Comics lança a primeira cópia de um livro sobre vampiros pós-Código das Histórias em Quadrinhos, The Tomb of Dracula. Morbius, o Vampiro Vivo, é o primeiro novo personagem introduzido após a revisão do Código que permitiu o reaparecimento de vampiros em histórias de quadrinhos. Wayne Boden foi preso por uma série de assassinatos onde a vítima era algemada, estuprada e depois mordida no seio para beber seu sangue. 1972 In Search of Dracula, de Raymond T. McNally e Radu Florescu introduzem Vlad, o Empalador, o Drácula histórico, ao mundo dos fãs do vampiro contemporâneo. A Dream of Dracula, de Leonard Wolf, complementa o trabalho de McNally e de Florescu ao chamar atenção para a lenda do vampiro. True Vampires of History, de Donald Glut, é a primeira tentativa de juntar as histórias de todas as figuras históricas de vampiros. Stephen Kaplan funda The Vampire Research Center. 1973 A versão Dracula, da Dan Curtis Productions, apresenta o ator Jack Palance num filme feito para a TV. Vampires, de Nancy Garden, inicia uma onda de literatura juvenil para crianças e jovens. Kuno Hoffman, Alemanha, foi condenado à prisão perpétua após confessar ter matado e bebido o sangue de duas pessoas e violado vários túmulos para obtenção de sangue.

 

1974

Descobre-se na torre templária de Neaufles, em Nucourt, na França, um cadáver exangue apresentando no corpo marcas que lembram as que são feitas por tridentes. Algumas pessoas localizaram este caso como tendo ocorrido no século XVIII. Três túmulos do cemitério de Nucourt foram abertos e esvaziados. Em Highgate, na Grã-Bretanha, Sean Manchester acaba de publicar recentemente um livro sobre o caso do vampiro de Highgate, este livro não está traduzido para francês. Várias testemunhas falam de manifestações de origem vampírica, no cemitério de Highgate. Fala-se de um misterioso caixão, vindo da Turquia para Highgate, no século passado. David Farrant, presidente da British Psychic and Occult Societh, que numa noite celebrou o ritual de invocação ao vampiro, esteve preso durante quatro anos. Repetiram-se os casos de vampirismo em 1979. Segundo a imprensa britânica, surgiram mais casos de animais exangues nas imediações do cemitério.

1976 Publicação do livro Interview with the Vampire, de Anne Rice. Stephen King é recomendado para o World Fantasy Award por seu romance Salem´s Lot. 1977 Martin V. Riccardo funda o Vampire Studies Society.

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1978 O livro Hotel Transylvania, de Chelsea Quinn Yarbro, junta-se aos volumes de Fred Saberhagen e Anne Rice como um terceiro grande esforço para iniciar uma reavaliação do mito do vampiro durante a década. Eric Held e Dorothy Nixon fundam o Vampire Information Exchange. 1979 A gravação pela banda Bauhaus de "Bela Lugosi's Dead", torna-se o primeiro sucesso do novo movimento rock gótico. Richard Cottingham foi preso por estuprar, esfaquear e beber sangue de uma prostituta. Foi descoberto após ter matado várias mulheres e ter bebido sangue de quase todas. 1980 A Bram Stoker Society é fundada em Dublin, na Irlanda. Richard Chase, conhecido como o Drácula assassino de Sacramento, Califórnia, comete suicídio na prisão. A World Federation of Dark Shadows Clubs, atualmente Dark Shadows Official Fan Club, é fundada. James P. Riva matou sua avó a tiros e bebeu seu sangue. Segundo ele, foi induzido por uma voz de um vampiro que lhe dizia o que fazer. 1982 Julian Koltun, Polônia, condenado a morte por estuprar sete mulheres e beber uma grande quantidade de seu sangue, duas acabaram morrendo. 1984 Renato Antonio Cirilli foi julgado por morder e estuprar mais de 40 mulheres. 1985 Publicação do livro The Vampire Lestat, de Anne Rice, que alcança a lista dos best-sellers. John Crutchley foi preso pelo estupro de uma mulher que aprisionou e bebeu o sangue. Mais tarde constatou-se que ele vinha bebendo o sangue de doadores complacentes há anos. 1987 Em um parque de San Francisco um homem que praticava cooper foi seqüestrado e mantido em um furgão por uma hora, enquanto um homem bebia seu sangue. 1988 Uma mulher em Londres, durante um verão, levava suas vítimas para casa e os sedava, quando inconscientes, ela cortava seus pulsos e bebia o sangue. Presume-se que isso aconteceu com no mínimo seis homens e a mulher nunca foi detida. 1989 A derrubada do ditador romeno Nicolae Ceaucescu abre a Transilvânia para os fãs de Drácula. Nancy Collins ganha o Bram Stoker Award por seu romance Sunglasses After Dark. 1991 Vampire: The Masquerade, o mais bem sucedido RPG, é lançado por White Wolf. Marcelo de Andrade, Rio de Janeiro, matou 11 crianças, bebendo seu sangue e comendo parte de suas carnes. Tracy Wigginton, Austrália, foi condenada por esfaquear e beber o sangue de uma mulher, causando-lhe a morte. Como lésbica, Tracy declarou que bebia o sangue de suas parceiras normalmente. 1992 Andrei Chikatilo, Rostov, Rússia, foi condenado a morte após confessar o assassinato de 55 pessoas que ele ''vampirizou'' e canibalizou. Deborah Joan Finch foi julgada pelo assassinato de um vizinho, que esfaqueou 27 vezes para beber o sangue que saia dos ferimentos.

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2004 A White Wolf lança seu novo RPG sobre vampiros: Vampire: the Requiem 2007 Vandeir Máximo dos Santos, o "Vampiro de Presidente Prudente" é acusado de morder adolescentes e participar de rituais de magia negra.

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História Cultural dos Vampiros escrita por Lady Myh Lee

O Vampiro Original

Existem lendas de vampiros desde 125 a.C., quando ocorreu uma das principais histórias conhecidas de vampiros, uma lenda grega. Na verdade pode-se afirmar que esse tenha sido o primeiro registro por escrito, pois as origens do mito se perdem séculos e séculos atrás quando a tradição oral prevalecia. Lendas sobre vampiros se originaram no oriente e viajaram para o ocidente através da Rota da Seda para o Mediterrâneo. De lá, elas se espalharam por terras eslavas e pelas montanhas dos Cárpatos. Os eslavos têm as lendas mais ricas sobre vampiros. Elas estavam originariamente mais associadas aos iranianos e a partir do século VIII é que se espalharam por terras eslavas. Quase na mesma época em que essas histórias começaram a se difundir, iniciou-se o processo de cristianização da região, e as lendas de vampiros sobreviveram como mitos muitas vezes associados ao cristianismo.

Mais tarde, os ciganos migraram para o oeste pelo norte da Índia, onde também existe certo número de lendas sobre vampiros, e seus mitos se confundiram com os mitos dos eslavos. Os ciganos chegaram à Transilvânia pouco tempo depois de Vlad Dracula nascer em 1431. O vampiro aqui era um fantasma de uma pessoa morta, que na maioria dos casos fora uma bruxa, um mago, ou um suicida.

Vampiros eram criaturas temidas, porque matavam pessoas ao mesmo tempo em que se pareciam com elas. A única diferença era que eles não possuíam sombra, nem se refletiam em espelhos. Além disso, podiam mudar sua forma para a de um morcego, os tornavam difíceis de capturar e bastante perigosos. Durante a luz do dia dormiam em seus caixões, para a noite beber sangue humano, já que os raios eram letais para eles. O método mais comum era, pela meia noite, voar por uma janela na forma de um morcego e morder a vítima no pescoço de forma que seu sangue fosse totalmente sugado.

Os vampiros não podiam entrar numa casa se não fossem convidados, mas uma vez que eram poderiam retornar quando bem entendessem. Os vampiros eslavos não eram perigosos somente porque matavam pessoas, já que muitos seres humanos também faziam isso, mas também porque suas vítimas, depois de morrerem, também se transformavam em vampiros. A característica mais temida dos vampiros era o fato deles serem praticamente imortais. Apenas alguns ritos podiam matar um vampiro como, por exemplo, transpassar seu coração com uma estaca, decapitá-lo ou queimar seu sangue. Esse tipo de vampiro também é o mais conhecido, por ter sido imortalizado na figura do mais famoso vampiro de todos os tempos, o Conde Drácula, de Bram Stoker.

 

Breve Historia cultural dos Vampiros

A crença em criaturas vampíricas provavelmente remonta às experiências humanas muito antes do advento da palavra escrita. Tanto um temor respeitoso em relação aos mortos como uma crença nas propriedades mágicas do sangue podem ser encontradas em culturas do mundo todo. Contos modernos e antigos sobre chupadores de sangue, voadores noctívagos e sobrenaturais, tais como a Lamia, Bruxa, na mitologia grega, são caracterizadas, sob muitas formas, em várias culturas mundiais.

O conceito específico dos mortos retornando para atacar e alimentar-se do sangue dos vivos encontrou sua maior expressão na Europa cristã. No século XII, o historiador William de Newburgh relatou diversos casos de mortos retornando para aterrorizar, atacar e matar durante a noite e identificou esse tipo de espírito

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maligno com o termo latino “sanguessuga”. Na maioria dos casos sobre os quais escreveu, a única solução permanente era desenterrar e queimar o corpo do assaltante acusado.

Embora nenhuma crença prolongada nesses seres tenha continuado entre os ingleses, a onda de relatos virtualmente idênticos varreu grandes áreas da Europa oriental, do século XVI ao século XVIII. Uma grande variedade de termos foi desenvolvida para designar esses seres, tais como variações do termo sérvio vulkodlak (extraído da palavra que designa o lobisomem). Outros termos usados na Sérvia, vampir (de origem questionável) e palavras relacionadas (como a palavra russa upyr), também se disseminaram.

Ao longo do tempo, esses relatos sobre vampirismo se infiltraram na Europa ocidental, onde se tornaram foco de discussão intelectual. Em 7 de janeiro de 1732, um relatório oficial foi assinado pelo cirurgião do regimento de campanha Johannes Fluckinger, do governo austríaco, detalhando suas investigações sobre vampirismo na Sérvia. O relatório indicava diversas mortes na vila de Meduegna cinco anos antes, cuja culpa recaíra sobre um homem chamado Arnold (Paole) Paul, que alegara ter sido mordido certa vez por um vampiro e subseqüentemente morrido. Alguns acreditaram que ele tinha voltado do mundo dos mortos e os estava atormentando. Seu corpo, quando exumado, parecia estar em bom estado, mas o sangue escorria de sua cabeça e mais sangue espirrou quando foi açoitado. O cirurgião de campanha e seus assistentes estavam investigando uma nova onda de ataques alegadamente vampíricos na área quando examinaram outros supostos vampiros, que foram desenterrados. Oito, cuja aparência foi considerada extraordinariamente fresca, foram queimados.

Dom Augustin Calmet, um abate beneditino e renomado estudioso da Bíblia, publicou um tratado sobre os vampiros em 1746, no qual narrou, entre outros relatos, a história de Arnold Paul. Apresentou várias explicações racionais, mas também deixou em aberto a possibilidade de que algo sobrenatural poderia estar ocorrendo.

Um jovem escritor e médico do século XIX que pode ter se familiarizado com as teorias de Calmet sobre os vampiros foi John Polidori, um imigrante italiano residente na Inglaterra. Em 1816, durante certo período, Polidori foi companheiro de viajem do aclamado poeta e escritor Lord Byron. Enquanto estava com Byron e um pequeno grupo de pessoas hospedadas na Villa Diodati, nas cercanias de Genebra, Polidori se juntou aos que, por sugestão de Byron, inventavam histórias de fantasmas para seu mútuo entretenimento. Uma das presentes era Mary Shelley, cuja história se transformou mais tarde no clássico romance de horror Frankenstein. A história de Byron era sobre um homem à beira da morte, que fazia seu companheiro de viagem jurar que não revelaria sua morte a ninguém. Anos mais tarde, Polidori juntou a idéia básica de Byron com um motivo vampírico. Usando Byron como modelo, criou o vampiro Lord Ruthven, um aristocrata viajante que atraía e matava mulheres inocentes a fim de se alimentar de seu sangue. Sua historia inspirou diversas peças de teatro e outras obras de criação durante o século XIX.

Em 1872, uma imagem mais inovadora para o vampiro foi apresentada pelo escritor irlandês Sheridan Le Fanu, com o lançamento de seu conto "Carmilla", que incorpora as crenças vampíricas a uma ambientação gótica. A história gira em torno de uma vampira que desenvolve uma longa ligação com uma vítima do sexo feminino. Insinuações eróticas nesse estranho e sinistro vínculo entre vampira e vítima ecoam ao longo de toda a história.

Em fins de século XIX, o romance Drácula, de Bram Stoker, iniciou a era da ficção que continua até hoje. Drácula criou o vampiro vilão definitivo, utilizando elementos dos trabalhos de Polidori e Le Fanu para produzir um pano de fundo gótico para a

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história de um predador aristocrático profano saído do túmulo, que hipnotiza, corrompe e se alimenta das lindas jovens que mata. Stoker revelou todo o impacto das conotações psicossexuais envolvidas no relacionamento entre vampiro e vítima, mostrando a notável semelhança entre ânsia de sangue dos mortos-vivos e a sensualidade reprimida dos simples mortais. Um elo psíquico ainda mais profundo está indicado quando uma vítima do sexo feminino é forçada a beber o sangue de Drácula como parte de sua transformação em vampira.

Após o lançamento do extraordinário romance Drácula, em 1897, poucos romances foram publicados durante mais de meio século, e os que foram não eram dignos de nota. Porém na primeira metade do século XX novos romances e contos do gênero horror injetaram ‘sangue novo’ ao tema. Particularmente em revistas de produção precária do tipo "horror", como Weird Tales.

Todavia, uma grande influência sobre a percepção pública do vampiro veio de filmes exibidos para grandes audiências. Boa parte dos primeiros filmes não conseguiu atrair o público no lançamento. O filme mudo alemão de 1922, Nosferatu, Eine Symphonie des Garuens, dirigido por F.W. Murnau, retratou com sucesso um vampiro de aparência mórbida e revoltante. Outros se seguiram a este como London After Midnight, em 1927.

Vampiro (1932) é um rigoroso e sombrio espetáculo de morbidez orquestrado pelo diretor Carl Dreyer, um dos nomes mais importantes da história do cinema. Porém os filmes das décadas de 1920, 1930 e 1940 consagraram alguns atores como lendas vivas do mito do vampiro, como o filme Drácula da Universal, estrelado por Bela Lugosi, Ao contrário do que muita gente pensa, o ator austro-húngaro Bela Lugosi interpretou Drácula nas telas em apenas duas ocasiões. Drácula (1931), da Universal, e Às Voltas com Fantasmas (1948), ao lado da dupla cômica Abbott & Costello. Entretanto o papel lhe marcou de forma tão definitiva que Bela chegou a ser enterrado vestido com os trajes de vampiro. Outros como Christopher Lee chegaram a fazem um verdadeiro PHD de vampiro, de tanto que interpretaram o papel, ele fez simplesmente sete filmes como o conde Drácula, de Vampiro da Noite (1958) até Os Ritos Satânicos de Drácula (1973). Detestava a imagem do vampiro, mas retornou ao papel em Conde Drácula (1970), Uma Dupla em Sinuca (1970) e Drácula, Pai e Filho (1977). Filmes de vampiros sempre foram um grande sucesso a exemplo de "Bram Stoker`s Dracula", (Copolla, 1992) ou "Entrevista com o Vampiro" (Neil Jordan, 1994). Não podemos esquecer também das várias séries de TV sobre o tema que pipocaram durante várias décadas.

Alguns anos após o término de uma cultuada série de TV sobre vampirismo conhecida como Dark Shadows, em 1971, apareceu um romance que retratava o vampiro tanto como herói trágico como anti-herói. Interview with a Vampire, de Anne Rice, publicado em 1976, faz uma apreciação altamente introspectiva da vida de um vampiro chamado Louis. A autora pinta um retrato macabro de uma pessoa altamente erudita e sensível que é atirada, sem saber, no fantasmagórico mundo dos vampiros. Louis é forçado a lidar com sua imortalidade enquanto procura algum sentido de identidade em sua existência de assassino movido a sangue. Em 1980, para brindar as sessões da tarde criam-se diversas versões adolescentes e de terror explícito do mito do vampiro. A Hora do Espanto (1985) é a visão moderna do vampiro no sucesso que revigorou o gênero em plena década de 1980, com humor corrosivo, cenas escabrosas que abusam de sangue e gosma cenográficos e efeitos visuais espetaculares.

Os anos 90 lideraram uma verdadeira explosão de interesse pelos vampiros. A revolução da TV a cabo e do vídeo cassete e posteriormente do DVD tornou acessíveis quase todos os numerosos filmes sobre o tema, muitos desses estavam inclusive fora de catálogo e foram relançados em formato digital. Uma torrente sem

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fim de romances vampíricos foi lançada. Um crescimento contínuo de romances sobre vampirismo em forma de seriados alcançou números sem precedentes para um único personagem do amplo universo do terror. O aclamado Drácula de Bram Stoker (Copolla, 1992) traz uma adaptação fiel do livro de Bram Stoker, mostrando a busca do Conde Drácula pela reencarnação de sua amada. No século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto. Assim, perambula através dos séculos como um morto-vivo e, ao contratar um advogado, descobre que a noiva deste é a reencarnação da sua amada. Deste modo, o deixa preso com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos. Entrevista com o Vampiro (1994), baseado no romance de Anne Rice é uma releitura do mito, carregada de ambigüidades sexuais. Em pleno século XX, um vampiro concede uma entrevista a um jovem repórter, contando como foi transformado em uma criatura das trevas pelo vampiro Lestat, na Nova Orleans do século XVIII. Uma curiosidade do filme é que Anne Rice ficou terrivelmente surpresa com a escolha de Tom Cruise para o papel de Lestat, entretanto ao ver a atuação de Cruise ela chegou a fazer um pedido de desculpas público em virtude do bom desempenho do ator. Assim aparecem filmes como "Um drink no inferno" (1996, Tarantino) que teve continuações, e retrata vampiros como bestas assassinas e sedentas de sangue, num clima de roadie movie com terror escatológico. Blade - O Caçador de Vampiros (1998), surgiu baseado em um herói dos quadrinhos da Marvel, um ser metade humano e metade vampiro, movido pelo desejo de vingança contra aquele que o transformou nesse ser híbrido ao atacar sua mãe antes mesmo dele nascer. O filme rendeu mais uma seqüência, e a terceira parte também já estreou nos cinemas. O filme é violento e mostra vampiros brigando pelo poder como se fossem uma espécie de máfia, não faltam efeitos especiais, cenas de luta e parafernália eletrônica. No século XXI a moda dos vampiros permanece e ganhou até um fôlego extra. A Sombra do Vampiro (2000, Merhige), filme de ficção sobre os bastidores do clássico alemão, sugere que Schreck era um vampiro real contratado pelo diretor F.W. Murnau para dar maior realismo à história. Outro filme recente sobre o tema é Drácula 2000, de diretor Patrick Lussier, uma adaptação para os tempos atuais da clássica história do Conde Drácula. Em 2002 mais um livro de Anne Rice é adaptado para o cinema, A Rainha dos Condenados (Rymer), baseado no terceiro livro de Rice sobre o tema, continua contando a história do vampiro Lestat, agora transformado em uma estrela do rock. Sua música acaba despertando a rainha de todos os vampiros, que tem por objetivo destruir a Terra. Para combatê-la, os demais vampiros imortais também despertam de seu sono. Também foi lançado, Underworld (2003), um filme de vampiros com uma estética copiada da trilogia de ficção científica, Matrix, que mostra Vampiros e Lobisomens numa guerra sem fim. Pelo visto o cinema é um campo bastante propício para o vampirismo. Quadrinhos rubros Os vampiros retornaram nas HQs. Entre outros encontros, Drácula confrontou Batman em Chuva Rubra (1992) e o mascarado Zorro numa HQ de 1993. O livro de Stoker ganhou inúmeras adaptações em quadrinhos, incluindo álbuns do genial Guido Crepax. Blade o Caçador de Vampiros, a exemplo do que aconteceu com vários heróis dos quadrinhos, chegou as telas dos cinemas.

Não podemos esquecer a importância hoje dos quadrinhos japoneses, os famosos mangás, neste gênero se destaca a presença de Vampire Princess Miyu e Vampire Hunter D. Produzido em 1988, "Vampire Princess Miyu" é uma série de quatro OVA's (disponíveis nos EUA), quatro volumes de quadrinhos (também disponíveis nos

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EUA) e seis histórias no formato de rádio-novela, para CD (esses, só no Japão). Miyu é a vampira mais poderosa do mundo, sendo imune às armas tradicionais contra vampiros: cruz, alho, água benta e Sol. As histórias de Miyu apresentam um clima dramático e denso, sem, contudo apelar para a violência explícita, tudo é muito sutil. O que impressiona na série é o forte apelo erótico sugerido apenas pelo olhar de Miyu e as mortes bastante cruéis dos Shimas. O roteiro é bem estruturando, renovando o tema vampiro de uma maneira muito criativa. A narrativa destes desenhos é feita por Kimiko, uma médium que não aparece nos mangás originais. Ela originariamente queria matar Miyu, mas convenceu-se de que as intenções da menina-vampiro não eram malignas e surge uma estranha aliança entre ambas. Quanto à Vampire Hunter D, é ambientado em um mundo futurista, onde há uma nova Idade Média. Numa pequena vila, uma garota, Dóris, foi mordida por um vampiro, e não por qualquer vampiro. Pelo Conde Magnus Lee, que há séculos é o senhor daquele local. O conde pretende desposá-la, mas Dóris não deseja se tornar uma vampira. E na cidade, lhe recusam ajuda, o merceeiro recusa-se mesmo a vender-lhe as mercadorias de que necessita. Falam em exilá-la para um antigo campo de párias, o que somente não fazem por medo: o Conde Magnus matou diversas pessoas da cidade da última vez que fizeram isso com uma das suas escolhidas. Dóris tem uma única esperança: D é um caçador de vampiros. Deve ser bastante famoso, Dóris o encontra na estrada sabendo quem ele é, sem que nenhuma explicação seja dada. D é também um pouco mais que um caçador de vampiros. Games

A saga de Drácula foi transportada para o universo dos games em Drácula: A Ressurreição e Drácula 2: O Último Santuário, aventuras em 3-D lançadas pela Infogames. O jogador assume o papel de Jonathan Harker e precisa desvendar enigmas, interagindo com dezenas de personagens.

Para algumas pessoas, isso vai além da mera simpatia pelo gênero para se tornar parte de um estilo de vida. Um exemplo disso está no cenário moderno da música gótica, no qual o gosto pelos vampiros e uma aparência vampírica estilizada são muito comuns.

Em resumo: Os vampiros são, literalmente, eternos.

Notas Finais:

Semana que vem.................................. Tipos de Vampiros =) Espero que gostem xD

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Tipos de Vampiro escrita por Lady Myh Lee

Através dos anos, a lenda do vampiro foi se espalhando pelos quatro cantos do planeta. Em cada lugar surgiu um tipo diferente, contrariando as idéias de alguns ao dizerem que apenas existe um tipo e todos os outros são mentiras. A verdade é que as pessoas se prendem demais ao vampiro original e, ao aparecer outro protótipo, encararam-no com estranheza.

Alguns sites chegam a relacionar 700 tipos de vampiros diferentes e alguns crêem que a lista está incompleta. De qualquer forma, todos os tipos se dividem em, pelo menos, três grandes grupos básicos: Os vampiros de sangue, os tão famosos que se alimentam do sangue de suas vítimas, os vampiros energéticos, os que costumam alimentar-se da energia dispersada após o ato sexual, e os vampiros psicológicos, que costumam enviar seus “duplos” pelo espaço astral e se alimentarem da energia vital das pessoas.

Tendo em mente que existem muitos vampiros espalhados pelo mundo, aqui estarão apenas os mais conhecidos.

Último conselho antes de irmos adiante. JAMAIS analise um vampiro tendo em vista apenas uma história ou uma lenda. Cada romancista ou estudioso escolhe uma forma diferente de mostrar o mesmo mito e comparar tipos de vampiros diferentes é a mesma coisa que comparar a cultura de um europeu, um africano e um oriental.

Nesse último caso, os três pertencem à raça humana, isso é fato, mas cada um tem sua anatomia, sua forma de pensar, seus costumes próprios e suas particularidades. Assim é com os vampiros. Cada um vai ter suas características próprias de acordo com o lugar de origem. Ou seja, jamais se prenda a um lado da história. Leia outros livros de outros autores que mostrem a mesma lenda sob novos pontos de vista. É ótimo para ampliar os conhecimentos.

Adze Um espírito vampírico que reside em feiticeiros das tribos dos Ewe, um povo que habita parte do sudeste de Gana e sul de Togo, na África. O Adze voa por aí na forma de vaga-lumes, mas se capturado, muda para a forma humana. Ele bebe sangue, óleo de palmeira e água de coco, além de perseguir crianças, principalmente as mais bonitas.

Algul Um vampiro árabe cujo nome traduzido significa sanguessuga de cavalo. Essa forma de vampiro é tradicionalmente um demônio do sexo feminino que se banqueteia sobre bebês mortos e cemitérios.

Alp Um espírito vampírico de origem germânica associado com os "boogeyman" e os "inccubus" que, normalmente, atormenta as noites e os sonhos das mulheres. A manifestação física da criatura pode ser muito perigosa. Está intimamente ligado aos pesadelos e é considerado ser do sexo masculino. Pode ser interpretado como o espírito de parente falecido ou, mais freqüentemente, como um demônio verdadeiro. As crianças podem se transformar em um Alp quando uma mãe usa uma coleira de cavalo para aliviar o parto. Durante a Idade Média, o Alp era conhecido por se parecer com um gato, um porco, um pássaro ou outro animal, incluindo uma cena de um voluptuoso cão demoníaco ocorrido em Colônia, na Alemanha, o que o liga a outro mito: o lobisomem. Em todas as suas manifestações, o Alp é conhecido por usar um chapéu. O espírito pode voar como um pássaro ou pode correr como um cavalo. O Alp bebe o sangue das crianças e dos homens pelos mamilos, mas prefere o leite das mulheres. Devido ao envolvimento com o terror da mente e do sono, ele é virtualmente impossível de se matar.

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Asanbosam É um vampiro encontrado na África, conhecido entre o povo Ashanti, que ocupa o sul de Gana, e pelos povos da Costa do Marfim e Togo. Acredita-se que o Asanbosam viva em florestas fechadas, sendo, na maioria das vezes, encontrado por caçadores. Em geral, possui a forma humana, com duas exceções: Seus dentes são feitos de ferro e suas pernas possuem apêndices parecidos com ganchos. Qualquer um que caminhe pela floresta em que o vampiro resida será morto. São vampiros normais exceto o fato de possuírem cascos ao invés de pés. Tendem a morder suas vítimas no polegar.

Aswang É um vampiro oriundo das Filipinas, acreditado ser uma bela mulher de dia e um temível demônio alado durante a noite. O Aswang pode ter uma vida normal durante o dia. À noite, contudo, a criatura é levada para a casa de suas vítimas por pássaros noturnos. Sua alimentação é sempre baseada em sangue e ela prefere se alimentar de crianças. A criatura é reconhecida por sua forma inchada após saciar sua sede de sangue, ficando parecida com uma mulher grávida. Se um Aswang lambe a sombra de uma pessoa, acredita-se que essa pessoa morrerá em breve.

Baital Baital é uma raça de vampiro indiana. Sua forma natural é metade homem, metade morcego, tendo mais ou menos um metro e meio de altura.

Bajang É um vampiro malásio do sexo masculino, parecendo um gato e normalmente assustando crianças. O Bajang pode ser escravizado e transformado em um servo demoníaco que, geralmente, é passado de uma geração para outra dentro da mesma família. Ele é mantido em um tabong, uma espécie de veículo feito de bambu, que é protegido por vários encantamentos. Enquanto mantido aprisionado, o vampiro é alimentado com ovos e toma a forma de seu dono quando não é bem alimentado. O mestre de um Bajang pode mandá-lo atacar seus inimigos, que geralmente morrem logo após, devido a uma doença misteriosa. De acordo com as tradições, o Bajang é proveniente de um corpo de um natimorto, trazido à vida através de vários encantamentos. Baobbhan-Sith É um vampiro escocês que normalmente se disfarça como uma bela virgem, enganando suas vítimas e levando-as à morte. No folclore, o Baobbhan-Sith geralmente aparece vestido de verde. É uma fada demônio celta, que aparece como uma jovem mulher que dançará com o homem que achar até que o mesmo se esgote, para depois se alimentar dele. Pode ser morta por ferro frio. Os espíritos da floresta do balé Giselle parecem ser dessa espécie.

Bebarlangs Eram membros de uma tribo filipina que praticavam uma espécie de vampirismo psíquico. Eles aparentemente enviam seus corpos astrais e se alimentam da força vital dos indivíduos que atacam. Bhuta Um vampiro da Índia originado após a morte violenta de um indivíduo. O Bhuta é encontrado em cemitérios ou em lugares desolados e escuros, alimentando-se de excrementos ou intestinos. O ataque dessa criatura geralmente resulta em doenças severas ou em morte. Bramahparush Um vampiro indiano que aprecia consumir seres humanos. Essa criatura inicialmente bebia o sangue de suas vítimas através de seus crânios, depois comia seus cérebros e terminavam por enrolar os corpos de suas vítimas com seus próprios intestinos para, finalmente, realizar uma dança ritual.

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Bruxsa Uma vampira oriunda de Portugal. A Bruxsa é normalmente transformada para sua forma vampírica através de bruxaria e deixa sua casa, à noite, na forma de um pássaro e sua atividade mais freqüente é atormentar viajantes perdidos. Sua aparência é de uma bela virgem e, durante o dia, leva uma vida normal, assustando crianças à noite que, na maioria das vezes, se tornam sua principal fonte de alimentação. Dizem que é impossível matá-la.

Camazotz

Ocorre no México e na Guatemala. É o deus-morcego dos maias, com dentes enormes e afiados, asas e garras. Há evidências de que a criatura é inspirada em um enorme morcego hematófago que povoava a região, mas que já está extinto.

 

Ch'Iang Shih (Kiang Shi ou ainda Jiang Shi)

Na China, existem criaturas vampíricas chamadas Ch'Iang Shih que são criadas se um gato pular sobre o corpo de um cadáver. Eles se levantarão para a vida e podem matar com um bafo venenoso além de poderem drenar o sangue. Se ele encontra uma pilha de arroz, ele tem que contar os grãos antes de passar, sendo essa a melhor forma de detê-lo. Sua forma imaterial é uma esfera de luz. Têm unhas longas e curvas, cabelo comprido, olhos estáticos e vermelhos e pele esverdeada, além de ser capaz de voar.

Chordewa Uma espécie de bruxa encontrada entre os Oraons, capaz de mudar a forma de sua alma para a de um gato vampiro. A tradição conta que se o gato vampiro lambe os lábios de uma pessoa, ela morrerá em breve. Churel Um vingativo vampiro fantasma encontrado na Índia, normalmente uma mulher que morreu enquanto estava grávida no Festival Dewali. Diz-se que ela é desprezível na aparência, possuindo pingentes nos seios, feios lábios grossos, uma língua negra e cabelos desgrenhados. Civatateo Uma vampira-bruxa encontrada entre o povo Asteca. Conhecida por ter sua origem como mulheres nobres que morriam no parto e, depois passavam a ser servas de várias divindades lunares. As crianças eram suas vítimas favoritas, que morriam rapidamente após o ataque fulminante de alguma doença. Essas vampiras eram conhecidas por possuírem faces e mãos alvas como giz e ossos pendurados em suas vestes.

Dearg-Due Na Irlanda, muitos druidas falam do Dearg-Due, que têm que ser mortos sendo construído um monte de pedras sobre suas sepulturas. Os Dearg-Dues não mudam de forma.

Ekiminu Ekiminus são malignos espíritos assírios (metade fantasma, metade vampiro), causados por um sepultamento impróprio. Eles são naturalmente invisíveis e são capazes de possuir humanos. Podem ser destruídos usando armas de madeira ou por exorcismo.

Inccubus Ocorrem na Europa e podem apresentar a aparência de qualquer pessoa. É a versão

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masculina das Succubus. Alimentam-se da energia usada durante o ato sexual, mantêm relações com suas vítimas até que estas fiquem exaustas.

Kappa

Ocorre no Japão. Trata-se de uma criatura humanóide perversa, pequena e verde. Muitas vezes é parecida com uma criança, mas outras tantas se assemelha a um sapo ou lagarto. Os Kappas atacam animais e sugam seu sangue pelo ânus, além de estuprar mulheres e roubar o fígado das pessoas.

Kathakano Os vampiros de Creta, os Kathakano são muito parecidos com o original, mas só podem ser mortos se forem decapitados e a cabeça fervida em vinagre. Possuem pele branca, olhos arregalados e caninos pontiagudos. Krvopijac (Obours)

Originários da Bulgária, assemelham-se com os vampiros normais, mas possuem apenas uma narina e uma língua pontiaguda. Podem ser imobilizados se forem colocadas rosas em seus túmulos e são destruídos conjurando uma palavra mágica em uma garrafa e essa for atirada em uma fogueira.

Lamia Lamia é originária da Roma e Grécia antiga. São exclusivamente fêmeas, sendo geralmente metade humana, metade animal (quase sempre uma cobra, e sempre na parte inferior do corpo). Elas comem a carne de suas vítimas assim como bebem seu sangue. Podem ser atacadas e destruídas com armas normais.

Loogaroo

O Loogaroo é uma figura encontrada no folclore do Haiti e outras ilhas do Caribe, incluindo Granada. É uma corruptela de loup-garou, que em francês quer dizer lobisomem. O nascimento do mito se deve quando os escravos da África ocidental misturaram sua demonologia com a francesa, sendo assim o Loogaroo é muito parecido com o abayifo dos Ashanti e o asiman de Dahomey. Os Loogaroo são geralmente mulheres idosas que fizeram um pacto com o demônio, ganhando poderes e em troca teriam de entregar sangue morno todas as noites. Para tal feito arrancavam sua pele e a escondiam em uma árvore chamada Jumbie, e saiam em forma de uma bola de luz. Para proteção é comum ser colocado arroz ou areia em frente à casa, para que o Loogaroo se sinta tentado a contar cada grão.

Mjertovjec

Ocorre na Rússia, em Belarus e na Ucrânia. Sua aparência é abominável: não possui nariz e tem o lábio inferior fendido. A deformidade, no entanto, não impede que o Mjertovjec seja um exímio cavaleiro. Sementes de papoula atraem esse ser, que as seguirá até a sua tumba.

Nosferatu Nosferatu é outro nome para o vampiro original, que também é chamado de vampyre, ou vampyr. Não se refletem em espelhos, porque não possuem alma, não podem andar durante o dia e são destruídos com estacas ou exposição à luz do sol.

Rakshasa Rakshasa é uma poderosa vampira e feiticeira indiana. Geralmente aparenta um ser humano com características animais (garras, presas, olhos em fenda, etc.) ou animais com características humanas (pés, mãos, nariz chato...). O lado animal é muito comumente um tigre. Elas comem a carne de suas vítimas além de beber seu sangue. As Rakshasas podem ser destruídas por fogo extremo, luz do sol, ou

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exorcismo.

Strigoiul (Strigoi)

Ocorrem na Romênia. São muito parecidos com o vampiro original, mas preferem atacar em bando. Eles podem ser destruídos se for posto alho em sua boca ou removendo-se o coração. Este morto-vivo mantém mais ou menos a aparência da pessoa original, mas desenvolve cauda e pêlos cobrem sua pele. Ele anda descalço, nu ou vestindo apenas uma camisola e sai do túmulo à meia-noite, carregando o caixão nas costas.

Succubus São vampiras-demônio européias. Essa lenda surgiu durante a Idade Média, quando a Igreja Cristã associava a mulher e o sexo a algo pecaminoso e demoníaco. A maneira mais comum de se alimentarem é tendo relações sexuais com suas vítimas, deixando-as exaustas e depois se alimentando da energia dispersada no ato sexual. Elas podem entrar numa casa sem serem convidadas e tomar a aparência de qualquer pessoa. Geralmente visitarão suas vítimas mais de uma vez e sua vítima interpretará as visitas como sonhos. A versão masculina de um Succubus é um Inccubus.

Vlokoslak Vampiros sérvios também chamados de Mulos. Eles normalmente apresentam-se como pessoas trajadas de branco, tanto diurnos quanto noturnos, já que o sol não os afeta. Podem assumir a forma de um cavalo ou de uma ovelha e comem suas vítimas assim como bebem seu sangue. Podem ser destruídos se decepados os dedos dos pés, ou com um prego transpassado no pescoço.

Upierczi Esses vampiros têm origem na Polônia e na Rússia e também são chamados de Viesczy. Possuem um ferrão sob a língua ao invés de presas. Ficam ativos a partir da meia noite e só podem ser destruídos por fogo extremo. Quando incendiados, seu corpo irá explodir, dando origem a centenas de pequenos e repugnantes animais como larvas e ratos. Se algumas dessas criaturas escapar, então o espírito do Upierczi escapará também, e retornará para reclamar vingança.

Vampiros Africanos

Na mitologia africana o mito do vampiro não tem muito destaque, mas mesmo assim existem algumas lendas bem interessantes a respeito do assunto. Algumas lendas de tribos africanas na costa ocidental se assemelham a outros vampiros encontrados em outros lugares. É o caso do asema do Suriname, o Loogaroo do Haiti e o sukuyan de Trinidad, todos esses países caribenhos. Há o abayifo mito conhecido pelos Ashanti. Este vampiro também é conhecido por outros nomes conforme a tribo, os dahomeanos o conheciam como asiman. O abayifo é um bruxo que mora escondido na comunidade, e esta condição era adquirida de uma forma não genética, o quê torna imprevisível quem poderá se tornar um. Sua alimentação se constituía de sangue, principalmente de crianças e sucos, que ele retirava de frutas ou legumes. À noite o abayifo é capaz de deixar o seu corpo físico se tornando uma reluzente bola de luz. Vários deles se reúnem em torno de um pote com o sangue de suas vítimas, mas quem olhasse para o pote apenas poderia enxergar água. Outro mito conta do Asanbosam, mito que provém dos Ashanti também. Segundo eles, o Asanbosam era um humanóide, porém tinha seus dentes feitos de ferro. Seu habitat era a floresta, mais especificamente ficava no topo das árvores com os pés balançando e com eles pegava suas vítimas. Para os povos africanos a bruxaria e o vampirismo tem os mesmos significados. Suas lendas dizem que essas bruxas quando enterradas, cavavam em pequeno orifício para sair em forma de pequenos animais (ratos, cobras, morcegos...) e

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continuar atacando. Também eram capazes de ressuscitar mortos e capturar seus espíritos. Além de criar algo como carniçais, que o chamam de isithfuntela. Essas vampiras desenterram um corpo, cortam-lhe a língua e enfiam um pino na cabeça, este corpo virava um escravo das vontades do vampiro e fazia o mesmo ritual com os demais.

 

Vampiros Birmaneses

Mianmar, Mianmá, Myanmar ou Birmânia (oficialmente, União de Mianmar) é um país da Ásia com fronteira com a China, Laos, Tailândia, Bangladesh e Índia. Os Birmaneses em sua maioria são budistas e cremam os mortos, desta forma não há muitas lendas a respeito de mortos que voltam de sono eterno. Mas sua cultura tem um grande acervo de entidades espirituais, fantasmas e demônios. Na cultura birmanesa se destacam os thaye e os tasei, seres que tiveram uma vida perversa e para resolver o seu Carma renascem em outro corpo, que tem imensas orelhas, língua descomunal e dentes que lembram o marfim dos elefantes. Muitas vezes assumem a forma de vampiros e violadores de túmulos e se alimentam de cadáveres ou até dos vivos. Para a proteção usa-se um lehpwe, um amuleto em forma de elefante com as letras do alfabeto. Antigamente tinha-se o costume de fazer tatuagens e rituais para este fim.

 

Vampiros Sul-Americanos

Na América do Sul se destaca um vampiro chamado Asema, que é muito parecido com o mito do abayifo da África. Como o abayifo, o Asema leva uma vida escondida em sua comunidade e a noite tira a sua pele e se transforma em uma bola feita de luz da cor azul, até então idêntico a lenda africana. Sua diferença é o combate ao morto-vivo no qual se emprega o alho como arma mais eficaz contra ele. A pessoa come o alho fazendo com que seu sangue fique não-comestível para o bruxo que será incapaz de tomá-lo, outra medida é colocar sementes de gergelim ou arroz misturadas a garra de uma coruja. O vampiro em questão teria de contar as sementes, porém deixá-las-ia cair por causa da garra, o quê o deixaria ocupado enquanto o sol nasce e o destrói. Outra forma de forma de destruição seria tratar a pele deixada para trás com sal e pimenta, deixando-a recolhida e enrugada, impossível de ser "vestida" de novo pelo vampiro.

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Vampiros na Idade Média escrita por Lady Myh Lee

Motivos Para se Tornam um Vampiro

 

De acordo com a mentalidade do homem medieval (que associava a idéia do ‘vampiro’ a elementos do mal), os candidatos a possíveis vampiros formavam uma multidão. Havia os malfeitores, os perjuros, os enforcados, os feiticeiros, os ruivos, os bastardos, os fumantes em dias sagrados e os que não comiam alho... Quase ninguém podia bobear. Mas existiam alguns motivos em especial:

 

Pacto com o diabo

Para o homem medieval, quem em vida fizera um pacto expresso com o diabo ressuscitava como vampiro para atrair os cadáveres de cristãos e de crianças inocentes enterradas perto dele.

 

O 7º filho do 7º filho

Essa crença é original da Transilvânia. Para os italianos, essa criança se transformava em lobisomem.

 

Sexo com a avó

O rapaz que, por acaso, praticasse algum tipo de relação sexual com a avó, se transformava em vampiro. Segundo os habitantes da Dalmácia, ele se transformava em orko, um bebedor de sangue de traços monstruosos, e acredita-se que da palavra “orko” surgiu a palavra "ogro".

 

Nascimento monstruoso

Uma criança nascida deformada era mau agouro e despertava suspeitas, principalmente sobre o pai, que poderia ser um vampiro, um diabo ou outro espírito maligno.

 

Casamento com uma bruxa

Mulheres suspeitas de feitiçaria davam má fama até para o marido. Elas, ao morrerem, saíam do túmulo e vampirizavam o cônjuge.

 

Criança sem batismo

A criança gritava do túmulo, implorando por batismo e se não fosse atendida renascia como vampiro.

 

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Criança devoradora

No parto, quando se descobria que a criança, no ventre, devorara parte da membrana amniótica, a membrana era incinerada e suas cinzas, espalhadas sobre o recém-nascido para livrá-lo do mal.

 

Despistar no cortejo

No cortejo fúnebre de um suposto vampiro, costumava-se desorientá-lo com um longo trajeto da igreja até o cemitério. Isso, segundo a crendice da época, fazia com que ele perdesse o senso de orientação e, conseqüentemente, não encontrasse o caminho para voltar e atazanar os vivos.

 

Amuletos

Era comum a utilização de amuletos, colocados junto ao vampiro no caixão. Um dos mais conhecidos era o Bilhete de São Lucas, um conjunto de orações para impedir que o defunto suspeito saísse da tumba.

 

Incenso e alho

Incenso era usado para tampar os olhos, a boca e as narinas do defunto, para ficar imune às tentações de Satanás. Já o alho era inserido no ânus, mas os autores antigos, por delicadeza, não entravam em detalhes desse procedimento.

 

A cruz

O símbolo do cristianismo, é claro, não deixava de ser um instrumento de combate poderoso contra os vampiros e costumava funcionar, não importando se era uma cruz de verdade ou se alguém simplesmente fazia o sinal da cruz com os dedos.

 

Execuções

Muito comum, incluía a famosa cunha de madeira no coração e uma eventual decapitação. Quase sempre, um carrasco era designado para essas execuções póstumas.

 

Cozimento em vinho

Serviço para ciganos e estrangeiros. Após a lenta cocção do vampiro desmembrado, ninguém comia a carne. Ela era enterrada de volta.

 

Vampirização

A lógica é que beber o sangue de um vampiro imuniza contra suas ações.

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Todas as pessoas que temiam esses seres costumavam se proteger deles de algumas formas bem peculiares. Entre outras, algumas delas estão listadas abaixo:

- Nunca, em qualquer situação, um vampiro deve ser convidado a entrar na sua casa. Segundo a lenda, eles não podem entrar em nenhum lugar onde não foram chamados, principalmente Igrejas e outros templos religiosos. Uma vez convidado, porém, ele entrará sempre que quiser, sem qualquer resistência...

- Espalhe réstias de alho pela casa. A aversão que alguns vampiros têm pelo alho é conhecida no mundo inteiro, já que o forte sabor e cheiro do tempero agridem os sentidos supersensíveis do vampiro, cuja refinação culinária também não pode tolerar a extrema popularidade da planta entre os humanos, muitas vezes utilizada pelas suas propriedades antibióticas. Em alguns lugares remotos da Europa Oriental, esta crença é tão arraigada que, se um forasteiro se recusar a comer alho, logo será tratado com desconfiança por toda a comunidade.

- Faça uso de Crucifixos, Hóstias, Água Benta e outros símbolos religiosos. Nunca é demais lembrar que este recurso só surte efeito quando a pessoa que empunha o amuleto é possuidora de fé verdadeira e, nesses casos, o objeto pode chegar a queimar o vampiro! No “Drácula” de Bram Stoker, Van Helsing, célebre caçador de Vampiros, usa uma hóstia para lacrar o túmulo de um deles. Em outras culturas e religiões, o talismã pode variar, como o Anel de Calcedônia (um mineral com supostas propriedades mágicas) dos pagãos, a Estrela de Davi dos judeus e o Crescente dos muçulmanos.

- Use e abuse de Água Corrente. Segundo tradições de alguns povos, um vampiro não pode cruzar qualquer filete de água que esteja escorrendo. Este conselho é pouco útil para proteger uma casa, mas pode ser de grande valia para escapar de uma perseguição. Na pior das hipóteses, tenha sempre à vista uma ponte sobre algum rio ou córrego... Para quem cruza com um vampiro, atravessar uma ponte pode ser a grande chance de salvar uma vida!

- A grande maioria dos caçadores de vampiros, senão todos, tem como arma principal uma tradicional estaca de madeira, que deve ser cravada no peito do vampiro. Originalmente, era assim que camponeses eslavos assustados garantiam que os cadáveres desobedientes não iriam escapar de suas covas e sugar o sangue de pessoas indefesas. Nos casos suspeitos, os defuntos eram cravados no caixão com uma estaca de madeira nobre, como o álamo. Por ter funcionado bem na época da epidemia, a estaca ganhou o enorme status que possui hoje.

- Supervalorizado pelas tradições mais antigas, e superado pela Estaca na Idade Média, o fogo continua sendo uma das principais armas contra os vampiros. Apesar de negligenciado no “Drácula” de Bram Stoker, a chama aparece nos mais diversificados rituais de limpeza e exorcismo das épocas posteriores, vide a Fogueira da Inquisição. Em “Crônicas Vampirescas”, de Anne Rice, o fogo é apresentado como uma das duas únicas maneiras de um vampiro morrer. No universo da autora, o vampiro que “abraçou” Lestat suicidou-se desta maneira, atirando-se a um incêndio.

- O segundo e último modo de extermínio apontado nas “Crônicas Vampirescas” de Anne Rice: Os vampiros sempre foram as criaturas da noite mais conhecidas, e o sol sempre foi apontado como inimigo, mas nem sempre com a letalidade de Rice. Tradicionalmente, o sol pode apenas inibir um vampiro. No universo de Bram Stoker, Van Helsing percebe que Drácula pode caminhar à luz do sol, mas seus poderes sobrenaturais quase desaparecem. As justificativas mais aceitas versam

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que os vampiros de gerações mais antigas, como Vlad Dracula, são imunes ou ficam apenas enfraquecidos à luz do sol, enquanto os vampiros mais novos e inexperientes podem ter a pele queimada ou mesmo serem reduzidos a pó pela exposição direta aos raios solares.

- Além dos tipos mais simples de extermínio, existiam outros, destinados a destruir todos os vestígios do vampiro. O principal deles envolvia o decepamento da cabeça e esquartejamento do corpo, que teriam de ser incinerados em lugares diferentes, e as cinzas jogadas em água corrente... Outros rituais búlgaros mencionam clérigos que conseguiam atrair vampiros para uma garrafa de sangue. A garrafa deveria ser arremessada numa fogueira ou numa caverna, o que obrigaria o vampiro a voltar para as trevas. Muitas vezes o vampiro tinha que ser decapitado com uma pá de um coveiro, mas outros tipos de objetos cortantes também os destroem.

- Se existe a suspeita de alguém está para se tornar vampiro, é possível impedir a mudança, enterrando o corpo com a cabeça virada para baixo.

 

 

 

Identificar o vampiro não é tão difícil. A marca principal deles é, sem dúvida, o seu desejo insaciável por sangue quente. Mesmo disfarçados, eles sempre se perturbam quando alguém se corta e desperdiça algumas saborosas gotinhas do precioso líquido. Para facilitar o trabalho, a maioria dos vampiros dispõe de caninos proeminentes, utilizados apenas quando necessários, de preferência em humanos. Mas não foram poucos os vampiros na sarjeta que tiveram de se contentar com outros animais. Alguns, encurralados na escuridão do esgoto, chegaram a encarar ratos. Tudo pelo sangue! Está na Bíblia: “A alma da carne está no sangue”. Levítico, XVII, 11.

Os vampiros costumam ser sempre pálidos, adquirindo cores “humanas” apenas após se alimentarem no sangue novo de alguém. Alguns deles detestam a luz do sol e sua ampla maioria transita pelo submundo apenas durante a noite, dividindo espaço com prostitutas, malandros, boêmios e outros seres da noite. Como são vaidosos, procuram ocultar a longevidade com muitos truques à base de sangue novo e, com isso, geralmente se mostram bonitos e sedutores, apesar de certo tom funesto. Por não estarem mortos nem vivos, também se apresentam frios ao toque, mas podem facilmente disfarçar esse detalhe com luvas e outros artifícios para aquecer o corpo. Finalmente, um detalhe decisivo: Preste sempre atenção nas lágrimas, pois as de um vampiro são feitas de sangue!

Desde as épocas mais antigas os vampiros também estão associados aos recipientes funerários. Na Europa medieval, os casos da “epidemia” relataram exumações que apresentavam cadáveres num estado de conservação inacreditável! Os olhos abertos, o cabelo brilhante, o sangue ainda borbulhando no corpo e inundando o caixão, além das feridas no pescoço. O corpo do vampiro nem sempre reflete sua força física descomunal nem as outras capacidades secretas que lhes são atribuídas pelos mais diversos autores: visão, tato, paladar, audição e olfato super desenvolvidos, poder de se metamorfosear em névoa ou qualquer animal, regenerar qualquer parte do corpo e capacidades telepáticas e hipnóticas, que certamente tiveram papel fundamental na construção da imagem do galã sedutor de muitas novelas e filmes... As lendas dizem que o vampiro utiliza seu olhar penetrante para congelar a vítima e invadir o seu subconsciente.

Vampiros são criaturas imortais, ou quase, e por isso, “vivem” e adquirem

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experiências e conhecimentos por anos e anos, gerações e gerações de seres humanos. Isto faz com que se tornem admiradores inflexíveis do melhor que a civilização pode lhes dar, não se contentando com nada menos do que isso. Usam roupas de estilo refinado, discretas e elegantes. O uso excessivo de óculos escuros também é um sinal. Às vezes, a existência de um vampiro pode ser denunciada pelo uso de um objeto muito antigo, que só um museu ou colecionador poderia ter acesso. É preciso lembrar, também, que as exceções a essas regras são muitas, sobretudo no Brasil... Na Idade Média, acreditava-se que o reflexo de uma pessoa em qualquer superfície espelhada era a imagem de sua alma. Como vampiros não têm alma, não poderiam emitir ou refletir a luz, e nem produzir sombra. Pelo contrário, todos sempre afirmaram o estrago que a luz direta do sol pode fazer em um vampiro desprevenido. Por isso, segundo as primeiras lendas, vampiros não costumam aparecer em espelhos ou imagens fotográficas. Mas não se enganem: “aparecer” em uma fotografia é um truque relativamente simples para um vampiro experiente, tanto como "fabricar" uma sombra, que quase sempre é distorcida. Quanto aos espelhos, tanto podem denunciá-los quanto protegê-los. Segundo algumas tradições, um vampiro posicionado entre dois espelhos não pode ser exterminado, pois está protegido pelo Infinito... Portanto, cuidado com eles!

Para os videntes cristãos, o vampiro depressa foi considerado inimigo de Deus, uma farsa monstruosa à luz divina, o candelabro tombado de que falam os praticantes de magia negra. Na iconografia cristã, o pelicano tem certa analogia com a figura luminosa de Jesus Cristo, pelo fato de também aquele dar o seu sangue e a vida para proteger e alimentar os filhos. Um poema de Alfredo de Musset evoca o sacrifício do pelicano, arrancando com o bico as entranhas para assim alimentar a sua ninhada.

No outro ponto oposto, o vampiro aparece como antítese do pelicano porque, para assegurar a sua existência, tira a vida ao homem sugando-lhe o sangue. O Rei David, nos Salmos implora a proteção de Deus contra os vampiros: Livrai-me do que pratica o mal, salvai-me do homem sanguinário. Regressam pela tarde, ladrando como cães e percorrem a cidade... (58-3.7) Os seus lábios são como espadas... Vagueiam à busca de alimento, e se não se saciam rondam a noite... (58-16) Tal como se dissipa completamente o fumo, e ao contato com o fogo se derrete a cera, assim se dissipam os ímpios na presença do Senhor. (67-3) A oração e a fé surgiam como as mais eficazes proteções contra os seres noctívagos: Homens e mulheres vampiros, outros sugadores de sangue e ladrões de almas.

À noite, durante o ofício das Completas e antes de recolher às celas os frades recitam os seguintes Salmos: Tu não temerás o terror da noite nem a flecha que voa durante o dia nem a peste que alastra nas trevas. È que Ele deu ordens aos seus anjos para te protegerem em todos os caminhos. Tomar-te-ão nas palmas das mãos, não aconteça ferires nas pedras os teus pés; poderás caminhar por companhia de serpentes e víboras. Calcar aos pés leões e dragões No teu leito, medita, paz e silêncio.

Nos mosteiros ortodoxos, enquanto o Santíssimo está alumiado, os sugadores de sangue não conseguem entrar porque a luz brilha nas trevas. As luzes votivas têm a mesma função. É como se cada átomo de obscuridade se purificasse pela real presença de Deus.

Os anais do Museu Guimet publicaram um excelente trabalho sobre armas de magia, punhais, espadas, o pentágono estrelado, que serviam, algumas delas, para combater os vampiros da Europa Central.

Na lâmina de uma espada, uma frase grega diz-nos: A mão direita de Cristo te persegue. Esta mão de vingança divina estendia a sua proteção pelos mosteiros, as aldeias, os cemitérios... Por todo o lado onde o homem temesse o despertar dos

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mortos sob a forma de vampiros. Numa outra lâmina de punhal, encontram-se inscrições cabalísticas em forma de contrações hebraicas: AgIa que não é mais que a contração das quatro iniciais da fórmula Atha Gibor Leolam Adonaï, ou seja, Cristo é grande na Eternidade. A contração é uma oração que, comprimida como uma mola, pode a todo o momento aumentar a sua força.

Makaba, gravada sobre uma medalha, traduz o poder de Deus face aos seres da noite. Makaba é a contração do versículo hebraico Mi Komoi'kou Boelim Adonai isto é: Quem de entre os deuses é semelhante a Ti, Senhor? (Êxodo XV, 11) Pode encontrar-se nos Anais do Museu Guimet outras espadas cunhadas com a Cruz de Cristo, contendo inscrições latinas: Ego Sund et Genus David, Stella Splendida et

Matutina seguida da fórmula lapidar: Vade Retro Satanás.

Na França, no princípio do século passado, deitava-se fogo aos morcegos que se deixassem apanhar, apesar da utilidade dos seus serviços como insetívoros. Este exorcismo instintivo e espontâneo é um reflexo de superstição que nada tem a ver com o combate espiritual. E por causa deste medo se mandavam queimar os místicos, os visionários, porque eles não falavam a língua deste mundo, opondo-se ao entenebrecer da sua época. Para além das superstições, existe o exorcismo real da alma, que não precisa recorrer a espadas mágicas, punhais, ou pentágonos de estrela para combate aos vampiros.

Nos mosteiros da Europa Central, a grande proteção residia na oração, no implorar constantemente a Deus, vivo no homem e em todos os mundos tal como a luz do Santíssimo que invade a obscuridade sem que fique espaço para trevas. Nos mosteiros do Monte Athos, a presença dos vampiros não é uma simples superstição. Terrível é aí o poder do diabo, porque o de Deus também o é.

À noite, as celas dos monges são palco das mais duras lutas, agitação, alucinações, despertar violento, suores, pesadelos, gritos rasgam o silêncio, como o rir dos chacais risos que sacodem as abóbadas do velho mosteiro. Os monges escutam benzem-se e rezam. Jean Bies conta a sua viagem ao Monte Athos, à Montanha Sagrada, que é também local de pelejas espirituais: “Os demônios dançam no ar. Diz-se que são mais que os mosquitos em noite de verão. Aqueles que os sentem à sua volta, começam logo a rezar. Nada mais estranho que o fechar cuidadosamente as pesadas portas, à noite, para evitar a entrada dos demônios! Toda a gente terá de entrar até ao pôr do Sol, senão não se lhe abrirá a porta. O mais poderoso dos exorcismos é ainda a Oração do Coração aprendida segundo os ensinamentos dos Hésychastes ortodoxos que será repetir o nome de Jesus constantemente, ao ritmo da respiração, acompanhada de um profundo sentimento de adoração, de presença. Nos Atos dos Apóstolos se declara: ‘Todo aquele que invocar o nome do Senhor está salvo!’ e S. Paulo, ‘Orai sempre’.”

S. João Clímaco, um dos pais da Ortodoxia, propõe 7: a repetição do nome de Jesus como arma suprema contra os demônios noturnos: “Fulmina o teu inimigo com o nome de Jesus. Não existe nos céus nem na terra arma tão poderosa.” Shiva e Krishn, repetindo os mantras, os nomes sagrados, afastam as tentações da noite e purificam o sono.

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