biosseguranÇa b e c ... radiações de luz halógena, medidas para o controle de doenças...
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Segundo as estatísticas da Organização Mundial de Saúde, ¼ dos pacientes que vão aos consultórios levam consigo inúmeras doenças que podem ser transmitidas aos outros pacientes e a equipe odontológica. Isso faz com que os profissionais de odontologia ocupem o 3° lugar entre os profissionais infectados.
BIOSSEGURANÇA é o conjunto de ações voltadas para
a prevenção, minimização ou eliminação de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviços
visando à saúde do homem, dos animais, a preservação
do meio ambiente e a qualidade dos resultados”.
Conceito
(Fiocruz).
Os profissionais da Odontologia, cirurgiões dentistas,
auxiliares de consultório odontológico, técnicos em saúde
bucal e técnicos de laboratórios de próteses estão sob risco
constante de adquirir doenças no exercício de suas funções.
Comprovadamente os microorganismos têm driblado as
medidas de segurança adotadas na atualidade, colocando em
risco profissionais e pacientes, e a falta de cuidados em
relação à Biossegurança, tem propiciado a intensificação do
ciclo de infecções cruzadas.
Contaminação direta
Transmissão direta (contágio): transferência rápida do agente etiológico, sem a interferência de veículos.
É a infecção ocasionada pela transmissão de um
microrganismo de um paciente para outro, geralmente
pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado.Muito comum acontecer em consultórios odontológicos.
Infecção cruzada
Estudos têm documentado que esta transmissão ocorre principalmente do paciente para o profissional e menos freqüente o contrário. Também pode ser transmitido de modo vertical, ou seja, quando um dentista infectado ou equipe transmite a hepatite B ou alguma doença. (Cottone, 1991).
É responsabilidade do cirurgião dentista a orientação e
manutenção da cadeia asséptica por parte da equipe
odontológica e o cumprimento das normas de qualidade
e segurança quanto ao radiodiagnóstico e descarte de
resíduos gerados pelo atendimento.
Ferrari (2001) esclarece que o princípio de biossegurança é uma questão de consciência profissional. Os procedimentos devem ser executados como um ritual, independentemente de quem seja o paciente, já que não seria ético nem suficiente submeter os pacientes a exames.
É um conjunto de medidas tomadas para a prevenção de
contaminação e proliferação de vírus e bactérias.
Cadeia asséptica
É formada por microorganismos que vivem na pele; Esses microorganismos não são facilmente removíveis, mas são inativados por antissépticos ; Possuem baixa patogenicidade e raramente causam infecção, com exceção dos pacientes imunodeprimidos;
Flora residente
Formada por microorganismos que adquirimos no contato com pacientes e superfícies contaminadas; São removidos com a lavagem das mãos. Possuem alta patogenicidade e são os responsáveis pelas infecções hospitalares;
Flora transitória
A solução alcoólica ideal é aquela com concent ração de 70% . Nessa concentração, o álcool não desidrata a parede celular do microrganismo, podendo penetrar no seu interior, onde irá desnaturar proteínas, fato que não ocorre quando se utiliza o álcool acima ou abaixo da concentração ideal.
As principais doenças infecto-contagiosas que
representam riscos causadas por vírus são:
Hepatite B e C Conjuntivite herpética Herpes simples e Zoster Mononucleose infecciosa Sarampo RubéolaParotidite Gripe Papiloma vírus humano Catapora Citomegalovírus HIV
As principais doenças infecto-contagiosas que
representam riscos causadas por bactérias são:
Estafilococos(pneumonia) Estreptococos, Pseudomonas Klebsiella, Bacilos da Tuberculose ainda fungos como candidíase.
O s p r o f i s s i o n a i s d a
Odon to log ia também
devem se vacinar, embora
não existam todas as
vacinas para prevenção
destas doenças.
Os serviços de Odontologia necessitam cumprir as normas de
biossegurança baseadas em leis, portarias e normas técnicas do
Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Secretarias Estaduais e
Municipais, que observam desde proteções contra radiações ionizantes,
radiações de luz halógena, medidas para o controle de doenças infecto-
contagiosas, destinação de resíduos e proteção ao meio ambiente.
As sanções previstas em lei podem ir desde uma simples advertência ou
multa classificada em leve, grave ou gravíssima, até a interdição do
estabelecimento odontológico. (Decreto – Lei 214 de 17 de junho de 1975).
Riscoé o perigo mediado pelo conhecimento que se tem da situação. Temos como se prevenir.
Atividades de risco são aquelas capazes de provocar dano, doença ou morte!
Existem diversos procedimentos com o objetivo de
inibir, destruir e eliminar microorganismos presentes
em artigos, superfícies e tecidos vivos, a seguir,
algumas definições.
Conceitos
Visa o controle de infecção a partir do uso de substâncias
microbiocidas ou microbiostáticas de uso em pele ou mucosa.
Antissepsia
Visa o controle a partir do uso de
s u b s t â n c i a m i c r o b i o c i d a s o u
microbiostáticas de uso em superfícies,
equipamentos e instrumentos.
Assepsia
DescontaminaçãoÉ o processo que consiste na remoção física de elementos
contaminantes ou na alteração de sua natureza química,
através de métodos quimiomecânicos, transformando-os
em substâncias inócuas e, assim, tornando-os mais
seguros para serem manuseados ou tocados.
É o processo f í s ico ou químico, que destrói
microorganismos presentes em objetos inanimados, mas
não necessariamente os esporos bacterianos.
Desinfecção
Glutaraldeído 2%, imersão.
LimpezaÉ o processo pelo qual são removidos materiais estranhos
(matérica orgânica, sujidade) de superfícies e objetos.
Normalmente é realizada através da aplicação de água e sabão ou
de detergente e ação mecânica.
É o processo físico ou químico, através do qual são
destruídas todas as formas microbianas, inclusive os
esporos bacterianos.
Esterelização
São aqueles que penetram através da pele e mucosas
adjacentes. Estão nesta categoria: agulhas, lâminas de bisturi,
sondas exploradoras sondas periodontais, materiais cirúrgicos e
outros. Exigem esterilização ou uso único.
Artigos críticos
São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou
com mucosas íntegras, como condensadores de amálgama,
espátulas de inserção de resinas, alicates de uso ortodôntico,
etc. Exigem desinfecção de alta atividade biocida ou
esterilização.
Artigos semi críticos
São aqueles que após o uso perdem suas características
originais.
Artigos não críticos
Artigos descartáveis
São destinados ao contato com a pele íntegra do paciente,
requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.
Barreiras
Todo meio físico que pode ser utilizado como forma de impedir ou
dificultar o carreamento de agentes patogênicos de um indivíduo
para outro.
(Equipamentos de proteção
individual)
São eles: óculos, máscaras,
luvas, gorros, avental, óculos
para luz laser, calçado fechado,
roupa específica para uso em
consul tór io e/ou hospi ta l ,
aven ta l p lumbí fe ro (pa ra
gônadas e tireóide).
E.P.I
Os estudos mostram que a maioria dos dentistas (quase 85%) tem pelo menos uma exposição percutânea a cada período de cinco anos.
- Evitando acidentes no consultório odontológico…
- Cuidado ao manipular instrumentais pérfuro-cortantes, como
agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploratórias, etc…
- Ao limpar materiais contaminados, utilizar luvar de borracha;
- Descarte de materiais perfuro-cortantes em local apropriado;
1. Lavar abundantemente a ferida com água destilada ou soro
fisiológico e após substância anti-séptica; estancar o
sangramento e fazer curativo necessário;
2. Solicitar ao paciente que o mesmo o acompanhe à uma unidade
hospitalar/UBS para realizar teste rápido de sangue para
confirmar ausência do doenças transmissíveis. Tanto o
profissional como o paciente.
Acidentes
3. Caso o paciente seja portador de alguma doença transmissível
via sanguínea, o profissional deverá utilizar protocolo de
prevenção.
4. Realizar o CAT (Comunicado de Acidente de trabalho).
5. Repetir o exame no paciente após 3 meses.
Acidentes
Janela imunológica
Período no qual o organismo, após o contágio pelo agente
infeccioso, deflagra o mecanismo de ativação linfocitária, no
intuito de produzir anticorpos. Este período dura de 3 a 6
meses.
Doenças infecto/contagiosas como herpes simples, devem ser
cancelados os atendimentos, devido o alto risco de infecção cruzada.