biodiversidade e plantas medicinais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA/FITOTECNIA DISCIPLINA: Manejo de Plantas Medicinais e Aromáticas PROFESSOR: Dr. Sergio Horta BIODIVERSIDADE E ASPECTOS AGRONOMICOS DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS Discentes: Samara da Silva Sousa Jean Kelson da Silva Paz

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Esta apresentação relata algumas informações sobre a biodiversidade e a correlação com plantas medicinais.

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM AGRONOMIA/FITOTECNIADISCIPLINA: Manejo de Plantas Medicinais e AromticasPROFESSOR: Dr. Sergio HortaBIODIVERSIDADE E ASPECTOS AGRONOMICOS DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMTICASDiscentes: Samara da Silva Sousa Jean Kelson da Silva Paz

  • BIODIVERSIDADE E SEUS COMPONETESA biodiversidade pode ser entendida como uma associao de vrios componentes hierrquicos: Ecossistemas, comunidades, populaes e genes.Figura: ambientalsustentavel.org

  • Entre as principais caractersticas da biodiversidade esta em que a abundncia de espcies em um determinado ambiente varivel e que existem gradientes geogrficos na biodiversidade.O Brasil possui a maior diversidade vegetal do mundo com 55.000 espcies catalogadas em uma estimativa de 350.000 a 550.000, onde mais da metade encontra-se nas florestas tropicais.Foto: paisagismobrasil

  • O maior numero de espcies encontram-se em regies equatoriais da Amrica do Sul, frica e sia.

    O mximo de diversidade global encontrado na Colmbia, Equador e Peru, onde 40.000 espcies ocorrem em uma rea de apenas 2% da superfcie terrestre.Foto: Lemos Areia

  • Oportunidades para a identificao de produtos com possvel utilizao econmica aumentam com a diversidade das espcies. Alcalides vegetais vem apresentando efeitos medicinais e se encontram amplamente distribudos em muitas espcies de plantas tropicais. Foto: R7

  • Catharanthus roseus G. Don. Possui pelo menos 60 alcaloides dos quais dois a Vincristina e a Vimblastina, so efetivos no tratamento da leucemia infantil.Taxus brevifolia Nutt. possui o Taxol que tem ao anticancergena em ovrios e seios.

    Camptotheca acuminata Decne. apresenta atividade antibitica, antitumoral e antiviral.Fotos: wikimedia.org

  • As plantas so uma fonte uma fonte importante de produtos naturais biologicamente ativos, muitos dos quais se constituem em modelos para a sntese de um grande numero de frmacos.

    Apenas 15 a 17% das plantas foram estudadas quanto ao seu potencial medicinal.

    Aproximadamente 1.200 espcies de plantas, pertencentes a 190 famlias, apresentam atividade hipoglicemica, das quais 290 espcies so consideradas toxicas. Foto: R7

  • Plantas do gnero Phyllanthus (Euphorbia), com aproximadamente 550 e 750 espcies, tem sido usadas no tratamento de clculos renais, urinrios, infeces intestinais, diabetes e hepatite.Entre os componentes isolados destas plantas encontram-se flavonides, taninos, alcalides, cumarinas, ligninas e terpenos com ao analgsica, antiflamatria, antiviral, hopoglicemiante, antipasmdica e antialrgica.

    Foto: R7

  • Deve-se atentar a dois aspectos na obteno de novos frmacos de origem natural:

    - DIVERSIDADE MOLECULAR

    - FUNO BIOLGICAFoto: R7

  • O MERCADO

    O mercado mundial de drogas de origem vegetal estimado em US$ 12,4 bilhes, sendo a Europa responsvel por 50% do mercado consumidor.

    Produtos naturais e as preparaes fitoterpicas so responsveis por 25% do receiturio mdico nos pases desenvolvidos e cerca de 80% em pases subdesenvolvidos.

    No Oeste da frica 10.000 espcies sintetizam compostos com atividade anticarcinognica.

    O mercado de produtos farmacuticos movimenta US$ 320 bilhes/ano, dos quais US$ 20 bilhes/ano so originados de substncias ativas derivadas de plantas.

  • Apenas 8% das espcies vegetais da flora brasileira foi estudada em busca de compostos bioativos e 1.100 espcies vegetais foram avaliadas em suas propriedades medicinais e 590 plantas foram registradas no Ministrio da Saude. No Brasil 84% dos frmacos so importados e 78% da produo brasileira feita por empresas multinacionais.Foto: Bayer

  • BIODIVERSIDADE: Perda, Conservao, Acesso e Sustentabilidade.Brasil, Mxico, Equador, Colmbia, Peru, China, Malsia, ndia, Indonsia, Zaire, Madagascar e Austrlia so pases detentores de MEGADIVERSIDADE.Sem a ao antrpica, uma espcie viva entre um e dez milhes de anos e at 2015 podem desaparecer entre 4 a 8% das espcies vivas em florestas tropicais.As principais causas de perda de diversidade gentica tem sido a fragmentao dos ecossistemas, estresses ambientais e mudanas climticas.Foto: culturamix

  • QUEIMA DA BIBLIOTECA perda do conhecimento, acumulado por milnios, sobre o uso medicinal tradicional das plantas destas florestas pelas populaes a elas associadas.Fotos: globo.com

  • CONVENO DA DIVERSIDADE BIOLGICA (CDB)

    Assinada durante a Conferencia das Naes Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento (Eco-92).

    Art. 1 - objetivos desta conveno so a conservao da diversidade biolgica, a utilizao sustentvel de seus componentes e a repartio dos benefcios derivados dos recursos genticos.

    Projeto de Lei , N 306/ 1995, Art. 14 Todo e qualquer procedimento de acesso a recursos genticos em territrio brasileiro, em condies in situ, depender de autorizao previa da autoridade competente (estado) e a publicao de contrato entre pessoas fsicas ou jurdicas interessadas.

  • ESTUDOS DE CASO

    INBio da Costa Rica e Merck Farmacutica.

    - 10% do oramento total do contrato seria destinado para os sistema de parques da Costa Rica e programas de conservao - A Merck equipou laboratrios e treinou pesquisadores do INBio, os quais seriam responsveis pela extrao de fitoqumicos.- Trabalhos e Patentes geradas devem ter co-autoria dos pesquisadores do INBio.

    Instituto Pro-Natura e ICI US$ 2,2 milhes (validade de 20 anos).

    - 258 microorganismos feito junto a American Type Culture Collection (ATCC-EUA) isolados no Brasil poderiam gerar produtos e processos patenteveis.

  • BIODIVERSIDADE: Propriedade Intelectual

  • LEI DE CULTIVARES ( N 9456/ 25/04/1997)

    Assegura a seu titular a reproduo comercial da cultivar protegida, ficando vedado a terceiros, sem sua autorizao, a produo com fins comerciais, a venda ou a comercializao do material de propagao da cultivar.

    O direito no esta restrito ao detentor em programas de melhoramento e para doao ou troca entre pequenos produtores.Foto: brasilsustentavel

  • ASPECTOS AGRONMICOS DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMTICOS USO SUSTENTVEL DOS RECURSO GENTICOS empregado como uso de componentes da diversidade biolgica, de maneira a evitar o seu declnio, mantendo assim, o seu potencial de tomar compatveis as aspiraes e necessidades das geraes presentes e futuras. A explorao de plantas de uso medicinal da flora nativa tem causado processos predatrios de explorao e a domesticao e cultivo aparecem como opes de matria-prima.Foto: Silvio Gabor

  • No caso de espcies exticas e algumas nativas em processo de domesticao, a opo do cultivo se mostra a mais adequada. Boas possibilidades podem ser o cultivo propriamente dito e possibilidade de dos explorao racional dos recursos florestais.Foto: CPTFoto: mundonovo

  • DIVERSIDADE E POSSIBILIDADES DE UTILIZAO A maior parte das espcies medicinais cultivadas so exticas e apresentam caractersticas helifitas (pioneiras) nos ecossitemas. So exemplos:Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)Melissa (Melissa officinalis L.)Funcho (Foeniculum vulgare Will.)Arruda (Ruta graveolens L.)Camomila (Chamomilla recutita L.)Dente-de-leo (Taraxacum officinale Webb).Mil-folhas (Achillea millefolium L.)Tanchagem (Plantago major L.)Tomilho (Thymus vulgaris L.)Artemisia (Chrysanthemum parthenium L.)Calndula (Calendula officinalis L.)Capim-limo (Cymbopogon citratus Stapf.)

    Fotos: wikimedia

  • Entre as diferentes espcies que so utilizadas na medicina popular esto:

    Guaco (Mikania spp.)Embaba (Cecropia spp.)Maracujazeiro (Passiflora spp.)Carqueja (Baccharis spp.)Pata-de-vaca (Bauhinia spp.) Espinhenta Santa (Maytenus spp.)Fotos: wikimedia

  • Diversos estudos fitoqumicos apontam para o potencial de utilizao de espcies da flora nativa, onde se destacam:

    Mandevila velutina K.Tabebuia heptaphylla (Vell.)Cordia verbenaceaChenopodium ambrosiusHedyosnum brasiliensisAchyrocline satureioidesStevia rebaubianaWilbrandia verticilataHyptis umbrosaPeltodon radicansStrichnos trinervisScorparia dulcis L.Astronium urundeuvaPetiveira alliacea L.Alpinia speciosa K. Fotos: wikimedia

  • O manejo de espcies em ecossistemas deve levar em considerao a manuteno da diversidade sob pena de erodir geneticamente a espcie e manter a diversidade biolgica existente. As espcies pioneiras ou secundrias iniciais no processo de sucesso de sucesso secundaria permitem o uso de estratgias de cultivo como alternativas razoveis para obteno dos seus produtos.Foto: ufcgFoto: brasilecologico

  • Diversas espcies atualmente em uso so tipicamente climxicas, o que torna o seu cultivo de forma convencional muito difcil, desta forma devem ser MANEJADAS e NO CULTIVADAS.

    Maytenus ilicifolia (Espinheira Santa)Ocotea pretiosa Benth (Canela-sas-Sfras)Cissampelos parreira L. (Cip-abuta)Copaifera langsdorfii Desf. (Copaiba)

    Fotos: wikimedia

  • CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMTICAS ESCOLHA DA ESPCIE

    ESCOLHA E PREPARO DA REA DE CULTIVO

    CLIMA

    SOLO (Fertilidade)

    - Ocorrncia NaturalFotos: EmbrapaFotos: Embrapa

  • SISTEMA DE CULTIVO

  • COLHEITA , SECAGEM E ARMAZENAMENTOCOLHEITAEm dias amenos, sem chuva, no perodo de estio, em horrio de sol fraco e suave.

    As razes podem permanecer por algum tempo ao sol e colhidos quando a planta estiver adulta.

    As folhas, brotos e talinhos devem ser escolhidos antes das floradas.

    As flores devem ser colhidas no incio da florao. Flores como camomila e rosa-branca, devem ser colhidas antes da maturao completa. Esperar que o boto se abra pela metade e ento colhida.Foto: vidasaudavel

  • Coletar frutos e sementes quando atingirem a maturao total.

    Casca e entrecasca devem ser colhidos quando a planta estiver florida.

    Evitar a coleta de plantas com manchas, terra, poeira, rgos deformados, etc.

    No usar gua para lavar folhas e razes que pretende conservar.Foto: vidasaudavel

  • No se deve lavar as plantas antes da secagem, exceto no caso de razes e rizomas que devem ser lavados.

    As plantas colhidas e transportadas ao local de secagem no devem receber raios solares.

    As plantas colhidas inteiras devem ter cada parte (folhas, flores, sementes, frutos e razes) colocadas para secar em separado e conservadas depois em recipientes separados.

    Quando as razes so volumosas, pode-se cort-las em pedaos ou fatias para facilitar a secagem.

    Para secar as folhas, a melhor maneira conserv-las com seus talos. Folhas grandes devem ser secas separadas do caule. PS - COLHEITA

  • SECAGEMEspalhar as plantas ou suas partes sobre um pano ou plstico.

    Secar o material sombra,

    Razes, caules e cascas podem ser secos ao sol;

    As flores precisam secar sem receber luz solar direta;

    Brotos, folhas e plantas inteiras so secos sombra, em lugares arejados;

    Foto: vidasaudavel

  • Secagem Nutural

    Em geral, a espessura da camada de plantas na secagem de 3 cm para folhas e 15 a 20 cm para flores e unidades floridas.

    Outra maneira prtica dependurar as plantas em feixes pequenos amarrados com barbante.MTODOS DE SECAGEMSecagem artificial

    EM FORNO DE MICROONDAS: as folhas mais tenras e suculentas levam cerca de 3 minutos na secagem, e as ervas com folhas pequenas, mais secas, apenas 1 minuto.

    Por esse mtodo preserva-se a cor e aroma das folhas.

  • MANEJO DE POPULAES NATURAIS DE ESPECIES DE USO MEDICINAL EXTRATIVISMO SUSTENTVEL

    SUCESSO ECOLGICA

    NORMATIZAO DO IBAMA

  • [email protected]

    [email protected]

    LITERATURA CITADASIMES, C. M. O. (Org.) Farmacognosia: da planta ao medicamento. 3.ed. Porto Alegre/Florianpolis: Editora da Universidade UFRGS / Editora da UFSC, 2001. 887p.