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Proibida reprodução deste material em parte ou no todo, propriedade do CIP – Lei n° 9.610 1 APRESENTAÇÃO Caro Aluno, Você está recebendo um material inovador, designer ousado, elaborado para fornecer subsídios que o auxiliem a completar seus estudos. Neste volume, encontrará os assuntos correspondentes a Biologia 3ª série do Ensino Médio. Os conteúdos selecionados permitem que você desenvolva competências que o conduzam a: Ser capaz de continuar aprendendo; Preparar-se para o trabalho; Desenvolver o senso crítico e estético; Inferir a teoria a partir da prática. Abra, leia, aproveite e vença todos os obstáculos, pois o sucesso vai depender de seu esforço pessoal, logo: Você precisa ler todo material de ensino; Você deve realizar todas as atividades propostas; Você precisa organiza-se para estudar. Nesse contexto, Göethe recomenda: “Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A coragem contém em si mesma o poder, o gênio e a magia”. Bom Estudo! Equipe do Polivalente COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE “Qualidade na Arte de Ensinar”

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BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO III

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1

APRESENTAÇÃO

Caro Aluno,

Você está recebendo um material inovador, designer ousado, elaborado para fornecer

subsídios que o auxiliem a completar seus estudos. Neste volume, encontrará os assuntos

correspondentes a Biologia 3ª série do Ensino Médio.

Os conteúdos selecionados permitem que você desenvolva competências que o conduzam

a:

Ser capaz de continuar aprendendo;

Preparar-se para o trabalho;

Desenvolver o senso crítico e estético;

Inferir a teoria a partir da prática.

Abra, leia, aproveite e vença todos os obstáculos, pois o sucesso vai depender de seu esforço

pessoal, logo:

• Você precisa ler todo material de ensino;

• Você deve realizar todas as atividades propostas;

• Você precisa organiza-se para estudar.

Nesse contexto, Göethe recomenda: “Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar,

você pode começar. A coragem contém em si mesma o poder, o gênio e a magia”.

Bom Estudo!

Equipe do Polivalente

COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE “Qualidade na Arte de Ensinar”

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 1 SUMÁRIO ....................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO................................................................................................. 4 ECOLOGIA...................................................................................................... 4

CONCEITOS FUNDAMENTAIS......................................................................................................... 5 TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA E.................................................................................................... 6 MATERIA NAS COMUNIDADES....................................................................................................... 6 SERES PRODUTORES ..................................................................................................................... 6 SERES CONSUMIDORES................................................................................................................. 6 SERES DECOMPOSITORES ............................................................................................................. 7 CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES................................................................................................... 7 NÍVEL TRÓFICO............................................................................................................................. 8

TESTE ....................................................................................................................................... 8 ECOLOGIA...................................................................................................... 8

ENERGIA PARA OS ECOSSISTEMAS ............................................................................................... 8 LIBERAÇÃO DE ENERGIA............................................................................................................... 9 FLUXO DE ENERGIA NOS ECOSSISTEMAS...................................................................................... 9

AS PIRÂMIDES ECOLOGICAS.......................................................................... 9 OS CICLOS DA MATÉRIA .............................................................................. 11

O CICLO DA ÁGUA ....................................................................................................................... 11 O CICLO DO CARBONO ................................................................................................................ 12 O CICLO DE NITROGÊNIO............................................................................................................ 13 O CICLO DO OXIGÊNIO ............................................................................................................... 15 CICLO DE SEDIMENTARES........................................................................................................... 15 O CICLO DO FÓSFORO................................................................................................................. 15

TESTES ................................................................................................................................... 16 ECOLOGIA.................................................................................................... 18

ECOBIOSE ................................................................................................................................... 18 TESTES ................................................................................................................................... 19

ECOLOGIA.................................................................................................... 20 RELAÇÃO ENTRE OS SERES VIVOS DE UMA COMUNIDADE........................................................... 20 RELAÇÕES HARMÔNICAS INTRA-ESPECÍFICAS ........................................................................... 20 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS............................................................................. 20 RELAÇÕES INTERESPECIFICAS DESARMÔNICAS ......................................................................... 21 SUCESSÃO DE COMUNIDADES..................................................................................................... 21 OS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS.................................................................................................. 22 EPINOCICLO................................................................................................................................ 22 ECOSSISTEMAS TERRESTRES ...................................................................................................... 22 TELASSOCICLO............................................................................................................................ 24 CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS ............................................................................ 24 LIMNOCICLO ............................................................................................................................... 25 CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES DO LIMNOCICLO .................................................................... 25

TESTES ................................................................................................................................... 25 POLUIÇÃO.................................................................................................... 26

ALTERAÇÕES NO EQUILIBRIO DE AMBIENTE NATURAL - POLUIÇÃO ........................................... 26 CAUSAS E AMPLITUDE DA POLUIÇÃO.......................................................................................... 27 TIPOS DE POLUIÇÃO DE ACORDO COM A NATUREZA DO POLUENTE............................................ 27 POLUIÇÃO DO AR........................................................................................................................ 28 POLUIÇÃO DA ÁGUA.................................................................................................................... 29 A EUTROFICAÇÃO........................................................................................................................ 29 POLUIÇÃO DO SOLO.................................................................................................................... 29

TESTES ................................................................................................................................... 31

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GENÉTICA .................................................................................................... 32 MENDEL ...................................................................................................................................... 32 COMO UM CARÁTER É HERDADO. ................................................................................................ 32

TIPOS DE HERANÇA ..................................................................................... 33

HERANÇA AUTOSSÔMICA ............................................................................................................ 33 PRIMEIRA LEI DE MENDEL .......................................................................................................... 33 MONOHIBRIDISMO COM DOMINÂNCIA....................................................................................... 33 CRUZAMENTO TESTE ................................................................................................................... 35 MONOHIBRIDISMO SEM DOMINÂNCIA ....................................................................................... 36 POLIALELISMO OU ALELOS MÚLTIPLOS...................................................................................... 36 GRUPO SANGUÍNEO ABO............................................................................................................. 37 SEGUNDA LEI DE MENDEL ........................................................................................................... 37

LEI DA SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE .................................................................................... 37 TESTES ................................................................................................................................... 39

GENÉTICA .................................................................................................... 42 TIPOS DE HERANÇA ..................................................................................... 42

LIGAÇÃO FATORIAL .................................................................................................................... 42 PERMUTAÇÃO.............................................................................................................................. 42 INTERAÇÃO GÊNICA.................................................................................................................... 43 GENES EPISTÁTICOS................................................................................................................... 45 PLEIOTROPIA.............................................................................................................................. 46 HERANÇA QUANTITATIVA ........................................................................................................... 47 GAMETAS E COMBINAÇÕES POSSÍVEIS: GENÓTIPOS E FENÓTIPOS ............................................ 47 HERANÇA DA COR DA PELE ......................................................................................................... 47

TESTES ................................................................................................................................... 48 GENÉTICA .................................................................................................... 49 TIPOS DE HERANÇA ..................................................................................... 49

HERANÇA DOS CROMOSSOMAS SEXUAIS .................................................................................... 49 HERANÇA LIGADA AO SEXO ........................................................................................................ 49 HERANÇA RESTRITA AO SEXO..................................................................................................... 50 (HERANÇA HOLÂNDRICA) ........................................................................................................... 50 HERANÇA INCOMPLETAMENTE LIGADA AO SEXO ........................................................................ 50 HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO......................................................................................... 50 HERANÇA LIMITADA AO SEXO..................................................................................................... 50

TESTES ................................................................................................................................... 50 ORIGEM DA VIDA E EVOLUÇÃO .................................................................... 52

ORIGEM DA VIDA ........................................................................................................................ 52 HIPÓTESES .................................................................................................. 52

ABIOGÊNESE OU GERAÇÃO ESPONTÂNEA ................................................................................... 52 HIPÓTESE DOS COSMOZOÁRIOS ................................................................................................. 54 TEORIA DE OPARIN..................................................................................................................... 54

EVIDENCIAS DA EVOLUÇÃO ......................................................................... 54

ANATOMIA COMPARADA ............................................................................................................. 54 FISIOLOGIA COMPARADA ........................................................................................................... 55 EMBRIOLOGIA COMPARADA........................................................................................................ 55 TEORIAS SOBRE O PROCESSO EVOLUTIVO.................................................................................. 56 A TEORIA EVOLUCIONISTA DE DARWIN ..................................................................................... 57 A TEORIA MODERNA DA EVOLUÇÃO ............................................................................................ 58

TESTES ................................................................................................................................... 62 GLOSSÁRIO.................................................................................................. 65 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

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INTRODUÇÃO

Você esta recebendo o módulo de Biologia relativo ao Ensino Médio. Você terá contato

com teorias importantes que vão proporcionar um desempenho eficiente durante o seu Curso.

Este material didático foi produzido pela Equipe do Colégio Polivalente, como uma

contribuição que orientará a Educação de Jovens e Adultos, terceiro segmento, constituídos de 1ª, 2ª e

3ª séries do Ensino Médio.

Nossa linha de trabalho abre um caminho atraente e seguro pelas seqüências das

atividades – leitura, interpretação, reflexão – e por fazer com que o aluno aprenda aliando a teoria à

pratica. Nessa busca temos aprendido que desenvolvemos competências quando vamos além daquilo que

é esperado de um aluno, quando fazemos, mais do que apenas cumprir com o nosso dever.

Foi assim que nos tornamos pioneiros com iniciativas como a “Educação a Distância”,

alternativa que aparece como solução para aqueles que buscam conhecimento acadêmico, não tiveram

acesso à educação na época certa, e têm pouca disponibilidade de tempo.

Para viabilizar iniciativas como essa não bastou uma decisão do Polivalente. Contamos

com a colaboração de muitos profissionais, trazendo informações, visões, experiências, tecnologias, todos

com o objetivo em comum: a coragem de mudar na busca de um ensino de qualidade.

A coordenação e Tutores/Professores irá acompanhá-lo em todo o seu percurso de

estudo, onde as suas dúvidas serão sanadas, bastando para isso acessar o nosso site:

www.colegiopolivalente.com.br.

Equipe Polivalente

ECOLOGIA

Ecologia do grego “olkos” (casa) + “logos” (tratado), é o ramo das ciências biológicas que

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estuda as relações do seres vivos com o meio em que vivem, tanto do ponto de vista biológico, como físico, bioquímico, psicológico, etc.

A ECOLOGIA ESTUDA: • A adaptação do ser vivo. • A realização de suas potencialidades. • Como ocupam os meios físicos existentes. • Como reagem aos fatores do meio (luz,

temperatura, umidade, salinidade, etc.). • A que ponto são capazes de modificá-lo. • De que forma a limitação do espaço e do

alimento conduz a “luta pela vida” entre as espécies de idênticas necessidades.

• Como se estabelecem as relações entre os diferentes seres vivos.

• A origem, a estrutura, manutenção e evolução das comunidades de seres vivos.

ESQUEMATIZANDO:

A B A = ser vivo B = ser vivo M = meio ou ambiente M

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

POPULAÇÃO Grupo de indivíduos de uma mesma espécie que vive em determinado espaço durante um certo período de tempo. Ex.: um taquaral; conjunto de traíras no rio Barreirinha em 1976; população humana no Brasil em 1996.

COMUNIDADE Conjunto de diferentes populações que interagem em determinada área: é denominada biocenose ou comunidade biótica.

Em um lago por exemplo, pode-se encontrar uma comunidade formada por algas e outros

vegetais, pequenos vermes e artrópodes, peixes de vários tamanhos, bactérias e fungos. Todos esses

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elementos interagem: os artrópodes podem alimentar-se de algas microscópicas e servir de alimento a pequenos peixes, que são comidos pelos peixes maiores.

ECOSSISTEMA Unidade ecológica que compreende o ambiente físico (biótopo), a biocenose e todas as interações entre eles. Ex.: uma pequena lagoa; a Floresta Amazônica: o Oceano Atlântico.

BIOSFERA Conjunto de todos os ecossistemas da Terra.

MEIO OU AMBIENTE É o conjunto de condições que envolve um ser vivo. Neste meio encontramos, os fatores bióticos (os próprios seres vivos) e abióticos (os seres não vivos).

HABITAT É o lugar onde vive determinado ser vivo. Por exemplo, uma larva de inseto, tem por habitat a superfície da água da lagoa; uma espécie de peixe tem por habitat as águas da margem entre a vegetação.

NICHO É o papel que o organismo exerce no ecossistema, como por exemplo: a onça pintada sai de noite para caçar, escondendo-se em tocas durante o dia; as minhocas formam galerias no solo, alimentando-se de material orgânico misturado à terra.

TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA E MATERIA NAS COMUNIDADES

Um ecossistema deve ser uma unidade de auto-suficiente, na qual ocorre intercâmbio de matéria e energia. Há uma utilização cíclica da matéria e da energia: “a matéria não é criada nem destruída, apenas transforma-se na natureza”. Os vegetais precisam de pouca coisa para sobreviver: água, sais minerais, ar e luz, que o ambiente lhes dá. Há também substâncias que os vegetais produzem, tais como glicose, amido, proteínas, óleos, açúcares. Estas substâncias existem nas sementes e frutos, bem como nas folhas, caule e raízes. 12H2O + 6CO2 energia C6H12O6 + 6H2O + 6O2

FOTOSSINTESE: água + gás carbônico + energia luminosa glicose + oxigênio

SERES PRODUTORES São aqueles que produzem a matéria orgânica para todos os organismos do ecossistema.

habitat – local de um ecossistema em que um determinado

organismo vive. É o seu “endereço”. nicho – (nicho ecológico) função do organismo no

ecossistema. É a sua “profissão.

Compreendem os seres clorofiliados, que fazem fotossíntese, isto é, convertem a energia luminosa do Sol em energia química ao fabricarem o próprio alimento a partir do CO2 e H2O. Por isso, são chamados seres autotróficos. Ex.: vegetais, fitoplâncton (algas verdes, algas azuis, diatomáceas).

SERES CONSUMIDORES São todos os seres vivos que se alimenta direta ou indiretamente dos produtores. Por exemplo na copa de uma árvore podem-se encontrar insetos comendo folhas ou sugando o néctar das flores; larvas de moscas (bichos-das-frutas) e passarinhos comendo seus frutos. No solo, sob a árvore, insetos e organismos microscópicos alimentam-se das folhas, flores e frutos que caem. Todos esses seres vivos estão ingerindo substâncias que a árvore produziu. Esses organismos por sua vez, servem de alimento para outros, que não comem plantas, mas que também precisam das substancias que elas produzem. Assim, as aranhas, por exemplo, que fazem suas teias entre os ramos da árvore, alimentam-se de insetos que aí vivem, conseguindo indiretamente, as substâncias que o vegetal produziu.

São seres heterotróficos: consumidores primários ou de primeira ordem – aqueles que se alimentam somente de plantas ou algas, como o boi, a capivara, o cavalo, ditos animais herbívoros. Uma ameba englobando uma alga microscópica também é um consumidor primário. Consumidores secundários ou de segunda ordem – os que se alimentam dos herbívoros, como a onça, por exemplo, consumidores terciários, que caçam os secundários como a seriema, que se alimenta

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principalmente de cobras e assim por diante, existindo consumidores de ordens mais elevadas.

SERES DECOMPOSITORES

São aqueles capazes de decompor a matéria orgânica, atacando e digerindo os restos dos seres vivos, e devolvendo ao meio ou ambiente os componentes abióticos; são as bactérias e os fungos. Formam, assim, um tipo especial de seres consumidores, podendo ocupar diferentes posições na cadeia alimentar, de acordo com o organismo que decompõem.

CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES

Cadeia alimentar é a relação alimentar existente entre produtor, consumidor e decompositor havendo transferência de matéria orgânica entre os indivíduos de uma comunidade; em outras palavras,

é a seqüência de organismos relacionados através do alimento.

O sentido das setas é o sentido em que se dá a transferência.

Já uma teia alimentar é constituída de cadeias alimentares inter-relacionadas, que mostram

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a distribuição de alimentos num ecossistema que é muito complexo.

Os seres vivos que formam uma cadeia alimentar podem ser classificados de acordo com a posição que ocupam nessa cadeia. Cada posição constitui um nível trófico (alimentar).

O primeiro nível sempre é o dos produtores. O segundo nível, é dos organismos que se alimentam dos produtores (consumidores primários) e assim por diante.

EXEMPLO Frutos e sementes são alimentos para passarinhos e estes, são alimentos de cobras, que por sua vez são alimentos de gaviões.

NÍVEL TRÓFICO

Frutos e sementes

Primeiro (Produtores)

Passarinhos Segundo (Consumidores primários)

Cobras Terceiro (Consumidores secundários)

Gaviões Quarto (Consumidores terciários)

TESTE

01. Em qualquer jardim temos seres vivos trocando

matéria e energia. Eles e o meio como um todo, constituem:

a) Uma população b) Uma sociedade c) Um ecossistema d) Um bioma e) Uma comunidade abiótica.

02. Um animal que se alimenta de larvas e borboletas é:

a) Consumidor primário b) Consumidor secundário. c) Consumidor terciário d) Decompositor e) Parasita.

03. O nicho ecológico é: a) O local em que vive o organismo. b) O extrato em que vive o organismo. c) A associação harmônica da sociedade. d) O habitat de cada espécie. e) O papel do organismo no ecossistema. 04. Ecologia é mais, propriamente o estudo: a) Do comportamento humano e dos animais. b) Dos animais e suas variações com o meio

ambiente. c) Da evolução natural dos seres vivos. d) Das relações dos seres vivos entre si e o meio

ambiente. e) Das populações e sociedades. 05. Entre os seres autótrofos estão incluídos: a) Somente plantas fotossintetizantes.

trófico – relativo a nutrição.

b) Somente seres quimiossintetizantes. c) Animais e plantas foto e quimiossintetizantes. d) Somente micróbios fotossintetizantes. e) Vegetais e algas (fotossintetizantes) e bacterias

quimiossintetizantes. 06. O esquema abaixo representa uma cadeia

alimentar:

O individuo X deve ser: Decompositor. Produtor. Apenas consumidor de 1ª ordem. Apenas consumidor de 2ª ordem. Apenas consumidor de 3ª ordem. 07. Em uma certa região, um fazendeiro criava

galinhas mas tinha problema com as raposas que atacavam com freqüência sua criação. Empreendeu, então o extermínio das raposas. Logo no início de sua campanha observou a proliferação excessiva de roedores que passaram a atacar suas plantações. Para o caso descrito, podemos propor a seguinte teia alimentar:

ECOLOGIA

ENERGIA PARA OS ECOSSISTEMAS O SOL: fonte de energia para a vida. As plantas, assim como algumas moneras e protistas, são capazes de captar a luz solar durante a fotossíntese e utilizá-la na elaboração de matéria orgânica (alimento), a partir de CO2 e H2O. clorofila 6CO2 + 6H2O C6H12O6 + 6O2 luz A energia luminosa dá inicio a todas as reações químicas da fotossíntese, convertendo-se em energia química, a qual fica armazenada na molécula de glicose e nas substâncias produzidas a partir dela. O capim em um pasto, por exemplo,

Não podemos evitar as dificuldades da vida, mas podemos reagir a elas com fé, pois seremos vitoriosos.

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capta a energia do Sol e a transforma em energia química. O boi ao comer o capim, assimila a energia por ele armazenada. Assim, a energia do capim provém diretamente do Sol; a do boi, indiretamente, através do capim.

LIBERAÇÃO DE ENERGIA Para que haja liberação de energia, a molécula de glicose deve ser quebrada em moléculas menores, num processo denominado respiração. Nos seres de respiração aeróbia, a glicose é quebrada sucessivamente em moléculas menores originando CO2 e H2O, e liberando energia. C6H12O6 6CO2 + 6H2O + 686 mil calorias

FLUXO DE ENERGIA NOS ECOSSISTEMAS Para manter suas atividades, produtores, consumidores e decompositores precisam liberar a energia química armazenada nos alimentos. Em todas essas atividades, parte da energia é consumida e parte é dissipada como calor, do que decorrem duas importantes conseqüências: 1ª) Quanto mais elevado o nível trófico, menor é a porcentagem obtida da energia originalmente fixada pelos produtores. Isso ocorre porque cada organismo gasta em suas próprias atividades, ou perde como calor parte da energia adquirida. Assim, os produtores gastam uma parcela da energia que adquiriram do Sol., ficando menos energia, disponível para os consumidores primários; estes, por sua vez, gastam parte da energia obtida dos produtores e passam uma parcela ainda menor para os consumidores secundários, e assim por diante. De modo geral, cada elo da cadeia recebe cerca de 10% da energia que o elo anterior recebeu. Por exemplo, apenas 10% da energia absorvida pelas algas (num ecossistema aquático) são

transferidas para microcrustáceos (consumidores primários) e as hidras (consumidores secundários), ao se alimentarem dos crustáceos, recebem 10% da energia destes, ou seja, 1% da energia das algas, e assim por diante. Outro exemplo:

2ª) A energia segue um único sentido nas cadeias alimentares. Como em cada nível trófico a energia é usada em algum tipo de atividade ou dissipada na forma de calor, ela não retoma aos produtores, pois na fotossíntese estes ab sorvem luz e não calor. Dessa forma, não existe ciclo de energia o que ocorre é um fluxo unidirecional de energia, nos ecossistemas e na biosfera como um todo. Por esse motivo, a vida na Terra depende de um fornecimento contínuo de energia luminosa do Sol fixada principalmente pelo fitoplâncton e pelos vegetais.

AS PIRÂMIDES ECOLOGICAS As cadeias alimentares são representadas, neste caso, por figuras retangulares superpostas cujo, comprimento é proporcional à quantidade medida (transferência e o aproveitamento qualitativo e quantitativo de matéria e energia).

PIRAMIDE DE NÚMEROS Indica a quantidade de indivíduos, em cada nível trófico, para alimentar o nível seguinte. A pirâmide de números pode apresentar-se invertida, pelo fato de que em algumas espécies um único indivíduo é suficiente grande para suprir outros menores.

PIRAMIDE DE MASSA

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Mostra a biomassa (a matéria orgânica total do ecossistema) necessária em cada nível trófico, para alimentar o nível seguinte.

Essa pirâmide mostra que se a coruja se comporta como consumidor quaternário, são necessários 5000 kg de produtores para alimentar apenas 0,5 kg de sua massa total. Porém, se ela atua como consumidor terciário, a mesma massa de capim, para fornecer alimento a 1,5 Kg de sua massa. Isso ocorre em virtude das perdas energéticas ao longo da cadeia alimentar serem maiores quanto ao nível trófico do organismo. Às vezes, uma pirâmide de biomassa pode apresentar-se invertida.

PIRÂMIDE DE ENERGIA

Representa a quantidade de energia adquirida em cada nível trófico e a porcentagem que passa para o nível seguinte. Nunca é invertida.

Estima-se que apenas cerca de 10% da energia disponível em um nível trófico sejam utilizados pelo nível trófico seguinte. Por exemplo

Por causa dessa redução da energia disponível a cada nível trófico, dificilmente há mais do que cinco elos em uma cadeia alimentar.

trófico – relativo a nutrição

Pai celestial, nós te agradecemos por Jesus e pela certeza de que ele compreende as nossas lutas. Ajuda-nos a estarmos conscientes da sua presença conosco nos bons e maus momentos. Amém. Não importa o que a vida nos traz, Jesus é nossa fonte de ajuda e esperança.

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O MODELO DO FLUXO ENERGÉTICO

Apesar de as pirâmides de energia constituírem uma das melhores maneiras de se representar a transferência de matéria e de energia nos ecossistemas, elas possuem três inconvenientes básicos, comuns também às outras pirâmides ecológicas. Elas não representam:

Os decompositores, que são um parcela importante dos ecossistemas;

A matéria orgânica armazenada, que é a matéria não utilizada e não decomposta;

A importação e a exportação de matéria orgânica de e para outros ecossistemas, uma vez que os ecossistemas são sistemas abertos, realizando intercâmbio uns com os outros.

A melhor maneira de representar todos esses fatores é através do modelo do fluxo energético.

OS CICLOS DA MATÉRIA

Seguindo-se o fluxo de algumas substâncias e elementos químicos, como a água o carbono, o nitrogênio e cálcio, nota-se que tais materiais circulam passando do ambiente físico para os organismos, e destes novamente para o ambiente.

O CICLO DA ÁGUA A água é a substância que existe em maior quantidade no corpo dos seres vivos. Além disso, ela fornece átomos de hidrogênio para a elaboração da matéria orgÂnica (C6H12O6 – glicose). Para obter água, a maioria dos animais tem de ingeri-la; já os vegetais terrestres absorvem-na diretamente do solo. Pela respiração e transpiração, os animais e as plantas eliminam água para o meio

físico; os animais o fazem através da excreção (urina, fezes). Os decompositores adquirem água dos organismos mortos devolvendo-a ao meio físico através da respiração. Uma vez na atmosfera, na forma de vapor, a água volta á terra durante as precipitações, onde é novamente absorvida pelos seres vivos.

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O CICLO DO CARBONO

Os dois grandes depósitos de carbono na natureza são a crosta terrestre e atmosfera. O constante transporte desse elemento nos dois sentidos constituiu o “ciclo do carbono”. O gás carbônico da atmosfera é fixado pelas plantas: uma parte, volta à atmosfera pela respiração (plantas e animais), outra parte passa para os animais também segue os mesmos caminhos: volta à atmosfera (respiração), incorporando-se a outros animais e vai formar detritos. Os detritos se transformam em carvões fósseis, petróleo, etc, que, pela combustão devolvem o CO2 à atmosfera. Bactérias e fungos decompõem os detritos reconduzindo o CO2 à atmosfera.

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O CICLO DE NITROGÊNIO

Jesus ensinou que os seres humanos são seres essencialmente de relação. Ele freqüentemente mencionava a importância da nossa relação com Deus e com os outros.

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Jesus demonstrou com sua vida qual é a maneira de sobreviver ao sofrimento. Mesmo nos momentos mais difíceis, Jesus nunca perdeu a sua ligação com Deus. Ele não tentou passar sozinho pelo sofrimento. E é isso o que ele nos ensina.

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Somente algumas bactérias e algas azuis são capazes de converter o nitrogênio gasoso (a atmosfera contém 78% desse gás) em nitratos que são absorvidos pelas plantas para a síntese das proteínas (reunião de aminoácidos). Os consumidores, assim, obtém as suas proteínas, alimentando-se de vegetais (herbívoros) ou de outros consumidores (carnívoros). O conjunto de substâncias orgânicas incorporadas ao solo (húmus ) deriva da morte dos produtores e consumidores: sobre o húmus agem os decompositores originando NH3 (amônia), que pode ser transformada em nitritos e depois em nitratos pela ação de bactérias nitrificantes. Os nitratos são dissolvidos pela água e vão ao mar, onde bactérias libertam N2 que assim passa para a atmosfera.

O CICLO DO OXIGÊNIO Os átomos de oxigênio presentes na matéria orgânica provêm do gás carbônico (CO2), sendo incorporados pelos autótrofos durante a fotossíntese. Em sua forma livre (O2), o oxigênio é indispensável à respiração dos seres aeróbios. Nesse caso, passa do meio físico (ar, água) para os seres vivos durante os processos respiratórios. Sua volta ao meio físico se dá através da fotossíntese, sendo os átomos de O2, então, provenientes das moléculas de água usadas no processo. Os ciclos do carbono e do oxigênio estão inter-relacionadas por estarem diretamente, associados à fotossíntese e a respiração.

Pode-se perceber a misericórdia de Deus até mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

humos – matéria orgânica em decomposição, rica em

elementos nutritivos para as plantas, terra vegetal. autótrofos – diz-se dos seres capazes de fazerem a

síntese da matéria orgânica. São os vegetais clorofilados.

O carvão mineral e o petróleo resultam do acúmulo e da transformação de matéria orgânica no solo, durante milhões de anos; por isso são denominados combustíveis fósseis. Assim, se um átomo de carbono fixado por plantas fósseis, desprendem-se na forma de CO2

durante a combustão do carvão, e for absorvido pelo capim, por exemplo, durante sua fotossíntese, passando a fazer parte de nova cadeia alimentar, esse átomo de carbono estará sendo reciclado depois de milhões de anos.

CICLO DE SEDIMENTARES

Os minerais que constituem os seres vivos passam por ciclos sedimentares, pois são encontrados na crosta terrestre ou dissolvidos na água.

O CICLO DO FÓSFORO Elemento muito importante para os seres pois, entre outras coisas, participa da estrutura dos ácidos nucléicos, as moléculas da hereditariedade. O principal depósito de fósforo é a crosta terrestre encontrando-se em rochas fosfatadas, principalmente. Os sais de fósforos são liberados das rochas pela ação erosiva dos vento, chuvas, etc. Uma vez liberados, tornam-se integrantes do solo ou dissolvem-se na água, incorporando-se aos lençóis subterrâneos, aos rios, aos lagos e aos oceanos. As plantas absorvem os sais de fósforo dissolvidos na água do solo, e no ambiente aquático ele são absorvidos pelo fitoplâncton. Através das cadeias alimentares o fósforo passa dos produtores aos consumidores. Os decompositores, agindo sobre as substâncias excretadas pelos seres vivos e sobre a matéria orgânica morta, permitem sua volta ao meio físico, onde podem ser novamente absorvidos pelos produtores. Carregadas pelas águas dos rios, enormes quantidades de fósforo são levadas para os oceanos, sendo aproveitadas pelos organismos aquáticos ou depositadas nas profundezas. O fósforo pode voltar para os ecossistemas terrestres por meio das aves que se alimentam de peixes ou por meio da pesca feita pelo homem. No entanto a maior quantidade do fósforo que vai da terra para os oceanos é substituída por novos sais de fósforos desprendidos pela erosão de rochas fosfatadas. Os ciclos sedimentares do cálcio, enxofre, sódio, potássio, magnésio e de outros minerais são em linhas gerais, semelhantes ao ciclo do fósforo.

erosivo – corrosivo. O mesmo que erodente, destruidor,

corroedor.

A religião de Jesus era sobre amor e relacionamento, não sobre regras, porque é do amor nos relacionamentos que precisamos para sobreviver.

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TESTES 01. A quantidade total de matéria viva numa

determinada área é denominada: a) Bioma b) Biomassa c) Biócoro d) Biosfera e) Ecossistema 02. No ciclo do nitrogênio os seres que devolvem N2

à atmosfera são as bactérias. a) Que transformam nitritos em nitratos. b) Que transformam nitratos em nitritos. c) Que transformam húmus em amônia. d) Desnitrificantes. Decompositoras. 03. Nas comunidades biológicas, os organismos

decompositores que favorecem a reciclagem dos materiais no meio ambiente são:

a) Apenas as algas b) Algas e fungos c) Seres planctônicos d) Os fungos e os protozoários e) Bactérias e fungos 04. (PUC-SP) Uma sucessão ecológica só ocorre

quando: a) A comunidade está em homeostase. b) Os fatores físicos do ambiente não se alteram. c) As condições ambientais mudam. d) Não há disponibilidade de nichos ecológicos. e) Não há fluxo de energia suficiente para manter

os níveis tróficos de uma cadeia alimentar.

05. A figura representa um lado de uma pirâmide alimentar. Os números 1, 2 e 3 indicam respectivamente:

1 2 3 a) Decompositores, produtores, consumidores. b) Produtores, decompositores, predadores. c) Produtores, decompositores, consumidores. d) Consumidores, decompositores, produtores. e) Consumidores, consumidores, produtores. 06. Uma pirâmide alimentar geralmente não tem

mais que cinco patamares devido a: a) Variabilidade limitada dos seres vivos. b) Degradação da energia. c) Espaço geográfico disponível restrito. d) Pequena taxa reprodutiva das populações. e) Incompatibilidade entre as populações. 07. (PUC-SP) Numa sucessão de comunidade

ocorre: a) Constância de biomassa e de espécies b) Diminuição de biomassa e menor diversificação

de espécies. c) Diminuição de biomassa e maior diversificação

de espécies. d) Aumento de biomassa e menor diversificação

de espécies. e) Aumento de biomassa e maior diversificação de

espécies.

Há uma enorme diferença entre um fim sem esperança e uma esperança sem fim.

Nas situações que não podemos compreender, Deus nos envolve amorosamente.

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08. Em cada transferência de energia de um organismo para outro, ou de nível trófico para outro, parte dessa energia é transformada em calor e:

a) Quanto mais longa a cadeia alimentar, maior será a energia disponível.

b) Quanto mais distante estiver o organismo do início da cadeia alimentar, maior será a energia disponível.

c) A energia disponível será tanto menor quanto mais curta for a cadeia alimentar.

d) A energia disponível será tanto menor quanto mais próximo estiver o organismo do início da cadeia alimentar.

e) Nada do que se disse nas alternativas anteriores está correto.

09. Associe corretamente:

Níveis de Organização I Ecossistema. II Habitat. III População. IV Comunidade. Exemplos ( ) Uma concha de molusco servindo de

residência a um crustáceo (Bernardo eremita, gênero Pagurus).

( ) O lago de Brasília com todos os seus seres vivos e o meio físico.

( ) O conjunto de todos os seres vivos de uma mata de uma região amazônica.

( ) Os sapos da espécie Buffus marinus vivem numa lagoa.

( ) Um conjunto de espécies do cerrado em íntima associação.

( ) Formigas carregando folhas para o seu formigueiro.

a) II, I, ⎯, III, IV, ⎯ b) I, II, ⎯, III, IV, ⎯ c) IV, ⎯, III, II, ⎯, I d) I, ⎯, II, ⎯, IV, III 10. Define-se uma cadeia alimentar como uma

sucessão de elos representando cada um deles um tipo de ser vivo; os seres de um elo comem o anterior e são comidos pelos do seguinte. Assim, indique qual a cadeia correta:

a) Carnívoro pequeno → carnívoro grande → herbívoro → saprófitas → produtor primário.

b) Saprófitas → carnívoro pequeno → carnívoro grande → herbívoro → produtor primário.

c) Herbívoro → produtor primário → carnívoro grande → carnívoro pequeno → saprófita.

d) Produtor primário → carnívoro pequeno → carnívoro grande → saprófita → herbívoro.

e) Produtor primário → herbívoro → carnívoro pequeno → carnívoro grande → saprófita.

11. (Puccamp-SP) O esquema abaixo representa o ciclo biológico do nitrogênio:

Participam de todas as etapas: a) Consumidores secundários. b) Decompositores. c) Produtores. d) Parasitas e) Bactérias. 12. (Cesgranrio-RJ) A pirâmide ecológica que

representa os níveis tróficos de um ecossistema pode apresentar-se invertida, como mostra o esquema abaixo:

Esta situação só NÃO pode ocorrer quando esses níveis tróficos representarem:

a) O número de indivíduos presentes no ecossistema.

b) A quantidade de parasitas numa plantação. c) A quantidade de matéria orgânica presente no

corpo dos seres vivos. d) A quantidade de energia que é transferida para

cada elo da cadeia. e) A biomassa do fitoplãncton em relação à do

zooplâncton. 13. (FCC-SP) Em certas áreas ocorrem

modificações e novas espécies de animais e de plantas substituem as existentes. Esse fenômeno é chamado de:

a) Conservação. b) Adaptação. c) Sucessão. d) Ciclo biológico. e) Alternância de gerações.

Deus esta agindo mesmo quando não percebemos.

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ECOLOGIA

ECOBIOSE Ecobiose é relação do meio físico-químico com seres vivos. O meio age por intermédio dos seus fatores: temperatura, umidade, luz, pressão, salinidade, pH, substrato, etc. O meio é holocenótico ou seja, os seus fatores atuam em conjunto, somando as duas influências.

TEMPERATURA É um dos fatores reais variáveis, sendo acarretada principalmente pelos raios infra-vermelhos do Sol. De modo geral, age aumentando a velocidade dos processos físicos, químicos e biológicos. Quanto à temperatura interna os animais são divididos em homeotérmicos e pecilotérmicos. Os homotérmicos têm temperatura interna constante, pouco variando com a externa. Ex.: aves e mamíferos. Já os pecilotérmicos são os animais cuja temperatura interna é variável de acordo com a do ambiente. Ex.: invertebrados, peixes, anfíbios e répteis. É interessante notar que as temperaturas mais baixas parecem condicionar o aparecimento de seres maiores, e de desenvolvimento mais lento, enquanto as temperaturas mais elevadas condicionam seres menores e de desenvolvimento mais rápido. Na espécie humana, por exemplo, os escandinavos têm crescimento demorado atingindo estatura elevada enquanto os calabreses (sul da Itália) mexicanos, nordestinos do Brasil, em regiões mais quentes, têm um desenvolvimento mais rápido, com estatura média de 1,65 m. Há exceções: os esquimós (de clima frio), que são baixos, e os negros da tribo Watusi (áfrica), que são muito altos (1,85 m). De acordo com a variação da temperatura, existem os seres euritérmicos – animais que suportam larga variação de temperatura – e os seres estenotérmicos – são os animais que não suportam larga variação de temperatura; o pingüim, a lhama. O camarão e o marimbondo são euritérmicos.

LUZ É um fator imprescindível à flora devido à fotossíntese, sendo um dos mais ativos agentes do crescimento dos vegetais superiores, cujo desenvolvimento é em função da competição pela luz. Por exemplo, na floresta amazônica, em terreno plano e com excesso de Sol, apresenta:

• Grande altura das árvores. • Árvores estranguladas do gênero Fícus,

cujas sementes são depositadas por aves e morcegos, sobre outras árvores. A semente de Fícus, aí germina, dando origem a uma planta cuja raiz acaba tocando o solo. Daí por diante, acelera-se o crescimento do

Fícus cujo emaranhado de raízes rodeia e esmaga a árvore principal.

Os seres vivos podem ser, quanto à luz:

• Lucifilos ou fotofilos: aqueles que procuram a luz. Ex.: mariposa, mosca, cupins.

• Lucífugos ou fotofobos: aqueles que evitam a luz. Ex.: ratos, toupeiras e fungos.

• Umbrófilos: seres que se adaptam a lugares sombrios, sem luz direta. Ex.: musgos.

• Eurífotos: apresentam grandes variações de luz.

• Estenófotos: os que vivem dentro de limites estreitos de iluminação.

UMIDADE

É o grau de vapor d’água no ar ou no solo. Os vegetais são particularmente dependentes da umidade e são divididos em três categorias:

• Xerófitos : típicos de regiões secas, adaptados com cutícula grossa, folhas pequenas ou ausentes cerificação suculenta. Ex.: cactáceas, macambiras, juazeiro, etc.

• Hidrófitos : plantas próprias das regiões úmidas apresentando grande transpiração e sudação por meio de orifícios (hidatódios); folhas largas aumentando a evaporação. Ex.: samambaias, orquídeas, quaresmeiras, seringueiras, castanheira do Pará, etc.

• Mesófitos : vegetais de ambiente com umidade média: a maior parte deles

Os animais que se vêem obrigados a

viverem num meio úmido são chamados higrobiontes: caramujos, lesmas, minhocas, tatuzinhos, enquanto os animais adaptados a ambientes secos são os xerobiontes: tatu, lagartos, abelhas, tesourinhas.

PRESSÃO Ao nível do mar a pressão atmosférica é normal. À medida que subimos, a pressão diminui porque o oxigênio atmosférico também diminui. Os organismos adaptam-se, aumentando a superfície de absorção desse gás, o que se consegue lançando na circulação maior número de hemáceas: é a poliglobulina das altitudes. No mar, a pressão aumenta de uma atmosfera para cada 10 m de profundidade. De acordo com a pressão os seres vivos podem ser:

• Euríbaros: que suportam grandes variações de pressão.

• Estenóbaros: que não suportam grandes variações de pressão.

xerófito – designativo dos vegetais próprios de lugares

secos. hidrófitos – plantas que vivem na água. sudação – ação ou efeito de suar; sudorese. mesófito – Linha divisória entre a haste e a raiz da planta.

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SALINIDADE É o grau de concentração dos sais minerais no meio. É variável de um meio para outro. Condiciona uma flora característica: halófita. Essa vegetação é encontrada no litoral e é representada pelos carrapichos, cajueiros e salsas da praia. Nos locais lamacentos e periodicamente cobertos pela água do mar, encontramos o mangue .

Os animais eurihalinos são aqueles que suportam larga variação de salinidade. Ex.: lampreia, enguia salmão, tainha e robalo. Os estenohalinos são animais que não suportam essas variações. Ex: sardinha, piranha, tubarão e a grande maioria dos peixes. Ainda sobre salinidade, os seres que migram do meio aquático salgado para o de água doce são chamados anádromos: truta, salmão, tainha. Catádromos são os que migram da água doce para a água salgada: algas euglenas, lampreia. Todos os vegetais são estritamente estenohálicos

PH O pH da água doce, dos mares e do solo age como fator limitante para diversas espécies de seres vivos. Nas águas estagnadas, freqüentemente a região do fundo é, ácida devido à decomposição da matéria orgânica, enquanto a água superficial é menos ácida, ou mesmo básica, devido à fotossíntese. O paramécio, por exemplo cresce quando o pH do meio está entre 5,3 e 8,0. As bactérias patogênicas para o homem

mangue – Nome dado a diversas plantas que vegetam no

pântano, especialmente a uma da família das rizoforáceas; terreno pantanoso das margens das lagoas e desaguadouros dos rios, onde em geral vegeta o mangue.

normalmente só se desenvolvem em pH próximo de 7,4 (pH do sangue).

TESTES 01. Certas espécies ficam em estado de sonolência

durante épocas secas e quentes. Esse fenômeno é denominado:

a) Hibernação d) Estivação b) Homeostase e) Vida dormente c) Homeotermia 02. As espécies higrófilas: a) Necessitam de pouca luz. b) São encontradas apenas nas regiões sombrias. c) Vivem em ambientes secos. d) Vivem em lugares úmidos ou na água. e) Necessitam de pouca água. 03. Os fatores edáficos dizem respeito ao: a) Solo b) Sol c) Mar d) Bioma e) Nicho. 04. Relacione a ecobiose com o ser vivo,

corretamente: a) Pecolitérmico – ave b) Fotófilo – fungo c) Xerobionte – abelha. d) Halófito – orquídea. e) Fotófobo – mariposa. 05. Assinale a alternativa correta. a) Catádromos são peixes que migram da água

salgada para a doce. b) Anádromos são peixes que vão do meio

dulcícola para o meio salgado. c) Eurihalinos são seres que não suportam grande

variação de salinidade. d) Estenotérmicos são seres que não suportam

larga variação de temperatura. e) No meio holocenótico só a salinidade conta. 06. Responda o que é: a) euríbaros: ______________________________ __________________________________________________________________________________ b) Catádromos: ____________________________ __________________________________________________________________________________ c) Umbrófilos: ____________________________ __________________________________________________________________________________ d) pecilotérmicos: __________________________ __________________________________________________________________________________ e) Xerófitos: ______________________________ __________________________________________________________________________________

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ECOLOGIA

RELAÇÃO ENTRE OS SERES VIVOS DE UMA COMUNIDADE

Algumas relações se caracterizam pelo benefício de ambos os tipos de organismos, ou de apenas um deles sem prejuízo para o outro. São as relações harmônicas. Outras se caracterizam pelo benefício de um tipo de organismo, com prejuízo para outro. São as relações desarmônicas. Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie (intra-especificas) ou entre indivíduos de espécies diferentes (interespecíficas). RELAÇÕES HARMÔNICAS INTRA-ESPECÍFICAS

COLÔNIAS Indivíduos ligados anatomicamente vivendo juntos; às vezes repartem funções. As colônias são ditas homotípicas caso seus membros não apresentem diferenciações nem repartam trabalhos e heterotípicas caso tenham diferenciação e divisão de tarefas. As colônias de corais são exemplos do primeiro tipo e o celenterado da espécie Physalia sp. (caravela) é exemplo do segundo tipo.

SOCIEDADES Aqui não há contato físico entre os indivíduos de mesma espécie, que vivem juntos, havendo divisão de trabalho como nas sociedades formadas pelas abelhas, pelos cupins, formigas. Em coleias de Apis melífera, a rainha é uma fêmea fértil cuja função é procurar, dando origem a todos os indivíduos. Os zangãos são machos e têm como função fecundar a rainha; não possuem, ferrão. As operárias são fêmeas estéreis: alimentam a rainha, zangãos e larvas, fabricam os favos de cera o mel, fazem a limpeza da colméia.

COMPETIÇÃO INTRA-ESPECÍFICA É uma relação desarmônica surgindo nas comunidades quando os indivíduos lutam por algum coisa, que não exista em quantidade suficiente para todos. Os vegetais de uma mata, por exemplo, competem pela luz e pelos sais minerais, os animais competem pelo alimento, por abrigo. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS

MUTUALISMO

É uma associação vantajosa para as duas espécies, sendo permanente e indispensável para ambos.

mutualismo – Associação de dois seres de vida livre que

se beneficiam mutuamente com suas atividades; simbiose.

Exemplos:

• Certas algas (fazem fotossíntese) e fungos (absorvem água e sais minerais) vivem associados formando os líquens.

• Protozoários ciliados vivem no estômago do boi, que lhes fornece abrigo e gás metano, e estes produzem uma enzima que decompõe a celulose do capim.

PROTOCOOPERAÇÃO Associação vantajosa para os indivíduos: paguro (caranguejo-ermitão) e anêmonas-do-mar; não vivem necessariamente juntos.

Mamíferos como bois, búfalos e rinocerontes relacionam-se com pássaros que comem seus carrapatos (protocooperação).

INQUILINISMO É uma relação em que plantas (orquídeas, bromélias e samambaias) podem crescer sobre outras sem prejudica-las. As inquilinas são ditas epífitas .

epífitas – diz-se do, ou o vegetal que vive fixado em

outro, mas sem ser parasita.

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O peixe encontra proteção no corpo do pepino-do-mar, o qual, por sua vez, não recebe benefício nem sofre desvantagem. Um curioso exemplo de comensalismo é a associação do tubarão com o peixe-piloto. Os peixes-pilotos vivem ao redor do tubarão, alimentando-se dos restos de comida que escapam de sua boca.

COMENSALISMO

Indivíduo usa restos de alimentação de outro, sem prejudicá-lo. Ex.: hienas eu aproveitam restos das presas dos leões. Outros exemplos: a rêmora (peixe-piloto) e o tubarão; milhares de protozoários ciliados (do gênero Opalina), vivem na cloaca do sapo, onde encontram abrigo e alimento, sem prejudicarem nem beneficiarem o anfíbio.

RELAÇÕES INTERESPECIFICAS DESARMÔNICAS

COMPETIÇÃO Indivíduos com nichos similares competem por recursos do meio, como por exemplo animais que se alimentam do mesmo tipo de planta: herbívoros: boi X insetos.

AMENSALISMO Individuo libera substâncias no meio que inibem o crescimento de outro: certas bactérias são amensais em relação aos antibióticos produzidos por alguns fungos.

O eucalipto libera substâncias pelas raízes que impedem a germinação de sementes ao redor.

PREDATISMO É a relação em que uma espécie animal se alimenta de indivíduos de outras espécies animais, as presas. Ex.: leão X zebra; gavião X pomba; aranha X mosca.

PARASITISMO Aqui o individuo vive à custa do outro, causando prejuízo, geralmente sem levar à morte. Ex.: lombrigas no intestino; tripanossoma no coração, etc. O organismo beneficiado é o parasita enquanto o prejudicado, hospedeiro.

SUCESSÃO DE COMUNIDADES Sucessão ecológica é o conjunto de mudanças contínuas, que acontecem em uma comunidade com o decorrer do tempo, sendo conseqüência natural das alterações físicas, químicas e biológicas que acontecem num ecossistema. Num campo, onde crescem apenas certas espécies de gramíneas, tem seu solo modificado pela atividade dessas gramíneas. As raízes favorecem a retenção de umidade entre as partículas do solo e o próprio crescimento dos capins o protege contra a evaporação excessiva de água. Além disso, a decomposição das plantas mortas acarreta um aumento da quantidade de matéria orgânica. Essas modificações do solo favorecem a fixação de outras plantas que lentamente substituem as gramíneas. Por sua vez, essas novas plantas produzirão mais modificações ambientais, e outras espécies virão. As comunidades sucessivas são conhecidas como estágios seriais, e a comunidade final de uma série é chamada estágio clímax. Uma biocenose clímax em equilíbrio, apresenta estabilidade. E assim pode permanecer indefinidamente. Entretanto, mudanças climáticas, geológicas e até mesmo a interferência do homem podem destruí-la dando início a uma nova sucessão ecológica.

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As espécies pioneiras em uma rocha nua são os líquens, que não necessitam de solo. Eles apenas se apóiam sobre a superfície lisa da rocha e lentamente começam a modificá-la lançando sobre ela certas substâncias corrosivas. A água das chuvas e as mudanças de temperatura também ajudam a corrosão da rocha; inicialmente são produzidas pequenas fendas que irão progressivamente se alargando. Nelas pequenos fragmentos minerais e partículas orgânicas acumulam-se criando condições propícias à instalação de musgos e plantinhas de raízes. Depois, plantas do tipo herbáceo e gramíneas aparecem. A seguir, arbustos conseguem crescer no local e, finalmente árvores. A mudança dos produtores em uma sucessão é sempre acompanhada pela mudança dos consumidores e dos decompositores. Na evolução de uma lagoa para um campo, num estágio inicial a lagoa apresenta algas microscópicas e vegetais submersos além de moluscos, vermes, insetos aquáticos, peixes, etc.; num segundo estágio o tamanho da lagoa é reduzido pelo acúmulo de sedimentos, a quantidade de anfíbios aumenta, e as margens passam a ser habitadas pelas aves aquáticas que aí fazem seus ninhos. Num terceiro estágio o acúmulo de sedimentos faz desaparecer a lagoa e forma-se um pântano; uma vegetação típica instala-se no local, juntamente com anfíbios e aves que atingem suas densidades máximas. Finalmente, o terreno seca, instalam-se as gramíneas e plantas arbustivas; as populações de animais passam a ser de inúmeros insetos, lagartos, cobras, aves que nidificam no chão ou em arbustos, e vários tipos de mamíferos.

OS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS Já sabemos que o meio abiótico e seus componentes vivos constituem o ecossistema. Sobre a Terra encontramos grandes ecossistemas que, de acordo com suas dimensões, podem ser: biosfera, biócoros e biomas. A biosfera corresponde à parte da Terra habitada. Podemos considerá-la como a somatória de todos os ecossistemas inter-relacionadas.

Compreende as regiões da litosfera (crosta terrestre), hidrosfera e atmosfera. Por ser muito extensa e complexa, a biosfera é subdividida em partes menores, os biociclos. Estes são: terrestre ou epinociclo, das águas continentais ou limnociclo e marinho ou talassociclo. Dá-se o nome de biócoro para cada parte do biociclo com características próprias, como por exemplo: campos, florestas, desertos. Já os biomas são regiões diferentes dentro de um biócoro. Assim, no biócoro das florestas, os vários tipos destas constituem biomas diferentes: floresta de coníferas, floresta tropical, floresta temperada...

EPINOCICLO Compreende aproximadamente 28% da superfície terrestre. Enquadram-se neste biociclo os organismos que vivem na superfície e nos subterrâneos, o que leva à divisão do epinociclo em províncias terrestres (de superfície) e subterrâneas (abaixo do solo ou as cavernas). Assim são as minhocas, toupeiras, morcegos, o tritão, etc, que vivem na província subterrânea, nos quais se verificam adaptações como a atrofia da visão, despigmentação, aumento da audição, do olfato, visando a sua adequação ao meio. A província terrestre se caracteriza pela grande variabilidade das condições climáticas (temperatura, umidade, luminosidade, pressão); mesmo sendo o biociclo que apresenta o maior número de espécie (cerca de 890.000) não é o que apresenta o maior número de indivíduos, talvez por apresentar uma grande heterogeneidade ecológica. A província subterrânea compreende os solos e as cavernas. No solo que constituiu um suporte biológico natural devido a sua constituição, os seres mais importantes são as bactérias, fungos, vermes, minhocas, roedores. Nas cavernas, regiões naturais escavadas abaixo do solo, a fauna é rica, apresentando um grande número de espécies com exceção de aves e mamíferos, podendo alguns serem encontrados em cavernas, mas não são cavernícolas permanentes, são apenas troglófilos – têm afinidade pelas cavernas: ursos, morcegos. A flora se faz representar pelos vegetais ditos higrófilos.

ECOSSISTEMAS TERRESTRES

FLORESTAS São ecossistemas caracterizados pela predominância de árvores de grande porte. Podem ser:

Florestas de coníferas: típicas de regiões temperadas e regiões frias, cujas estações são bem marcadas sendo o inverno bastante rigoroso. Esse bioma também chamado taiga , é constituído pelas gimnospermas

taiga – tipo de floresta pobre e rala do norte da Rússia e

da Sibéria.

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(pinheiros, cedros, ciprestes), mamíferos (alces, martas, lobos, linces, ursos pardos, caribus, ratos), aves e insetos. Compreende áreas do Canadá, Estados Unidos, Finlândia, Sibéria.

Florestas temperadas decíduas : desenvolvem-se nas regiões temperadas, onde a vegetação perde as folhas durante uma parte do ano. São encontradas no hemisférios norte e dependem de estações bem marcadas, de temperatura média anual moderada e chuvas moderadas, também predominam vários tipos de comunidades: carvalhos e as nogueiras; as faias e os plátanos . A fauna é bem diversificada: veados, esquilos, lobos, ursos, cobras, anfíbios e aves.

Florestas pluviais tropicais: são características da zona equatorial, onde a temperatura média anual é a pluviosidade são altas, condições que permitem a muitas espécies alcançarem grande desenvolvimento. Bambus, cipós e outros tipos de trepadeiras, epífitas (orquídeas e bromélias) são vegetais típicos. Esses tipos de florestas apresentam muitos estratos e zonas diferentes. A vida animal e mais movimentada na copa das árvores do que no solo. Os mamíferos têm hábitos noturnos e passam o dia escondidos. A maioria das aves, dos répteis e dos insetos, por sua vez, têm hábitos diurnos.

A Floresta Amazônia é a maior floresta

equatorial do mundo ocupando um área no Brasil de 3,4 milhões de Km². A mata Atlântica, que vai por toda a costa brasileira do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul é outro exemplo de floresta tropical. Do Paraná para o sul a Mata Atlântica apresenta menor altura, tem poucos cipós, sendo mais rica em epífitas.

CAMPOS São ambientes recobertos por um único estrato de vegetação, formado principalmente por gramíneas. Ocorrem em todos os continentes, cobrindo grandes áreas. Há campos em zonas tropicais, temperadas e frias, mas todos têm em comum a irregularidade das chuvas. Recebem nomes como pampas, prados, estepes, savanas, etc., e têm, também aspectos variáveis. Esses biomas apresentam fauna bem característica, adaptada a correr, saltar ou escavar. Constituem as pastagens naturais dos grandes herbívoros sendo, conseqüentemente também as regiões dos grandes carnívoros. Os pampas ocupam áreas de planícies (no norte do RG), reunindo ótimas condições para a agropecuária.

decídua – que cai. faia – árvore européia, alta e ramosa. plátano – árvore da família das platanáceas.

Os campos cerrados situam-se nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, principalmente apresentam vegetação arbórea esparsa com pequenas árvores e muitos arbustos. As árvores têm aspecto retorcido com casca grossa. Formações semelhantes aos cerrados na África, principalmente, têm o nome de savanas cuja fauna se compõe de muitos herbívoros (zebras, girafas, antílopes, elefantes e rinocerontes) e de grandes carnívoros (leões, guepardos), gaviões, diversas espécies de pássaros, avestruz fazem parte também das savanas. As estepes são encontradas em regiões cujo clima apresenta períodos de seca. As gramíneas predominam; a fauna das estepes é formada por roedores (hamsters e marmotas) e carnívoros (lobos, raposas). Também são abundantes insetos, principalmente os besouros. As pradarias incluem-se na categoria das estepes presentes na América do Norte, principalmente. As tundras, situam-se ao redor do Pólo Norte, recebendo pouca energia radiante e poucas chuvas. Durante o verão (2 meses) apenas a camada superior do solo degela, desenvolvendo-se musgos, liquens e capins, entremeados por milhares de lagoas rasas. Milhares de aves migradoras aparecem para fazer seus ninhos além de mamíferos migradores, como o caribu, a rena e o boi almiscareiro. Raras espécies, permanecem na tundra o ano todo: urso branco, raposa ártica, lemingues .

DESERTOS São ecossistemas em que a umidade é baixíssima porque chove muito pouco e de forma irregular durante o ano. Os dias são quentes e as noites frias e os ventos constantes. A vegetação é escassa. Algumas plantas são anuais e suas sementes ficam dormentes no solo por longos períodos. Quando chove, germinam rapidamente, crescem florescem e produzem novas sementes. A planta morre mas as sementes novamente resistirão até que novas chuvas sobrevenham. As plantas que vivem no deserto são adaptadas a perder o mínimo de água e aproveitar o máximo das chuvas ocasionais. São as xerófitas (cactáceas). Os animais do deserto são os répteis, aracnídeos, insetos, roedores, aves. Há poucos mamíferos.

savana – terreno sem mata, mas com árvores esparsas. estepe – planície árida e deserta. pradaria – campo coberto de plantas herbáceas que

servem para pastagem; grande planícies. lemingues – família de plantas monocotiledônias; Plantas

aquáticas que vivem nas águas tranqüilas e consta de uma espécie de folhas em cujo pecíolo, que é também o seu caule, há um corpo que reveste e protege a raiz.

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PANTANAIS Aparecem em todo os continentes ocupando pequenas áreas esparsas, não se distribuem de acordo com o clima, pois dependem da quantidade de água e da topografia da região. Estão entre os ecossistemas mais densamente povoados apresentando abundância de plantas herbáceas (gramíneas e aparentados); nas regiões menos alagadas ocorrem arbustos e árvores de porte médio. A fauna é muito variada, aves aquáticas, vários tipos de mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e uma grande variedade de artrópodes (crustáceos, insetos e aracnídeos).

TELASSOCICLO Abrange cerca de 72% da superfície do globo terrestre. Nele se encontram representantes de quase todos os grupos de animais excetuando apenas três classes: anfíbios, miriápoles e onicóforos . Dos vegetais somente dois grupos não se fazem representar: briófitas e pteridófitas. Do mar emergiram há milhões de anos, os crossopterígeos (peixes, fósseis que apresentam ainda, um representante vivo, o celacanto) que passaram ao continente e originaram espécies terrestres. CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS

SISTEMA LITORÂNEO

Refere-se aos seres que vivem próximos ao litoral, numa faixa que vai desde as praias até a profundidade de 200m aproximados (plataforma continental). Apresenta-se dividido em três zonas:

Zona Supralitoral: faixa da praia que corresponde ao ecótono entre o mar e a terra.

Zona Litoral: que vai até uma profundidade de 50m, correspondente ao fundo.

Zona Sublitoral: que vai de 50m até o final da plataforma continental.

SISTEMA ABISSAL Formado pelo fundo do mar (apenas fundo), que se estende desde 200m até as maiores profundidades. Compreende apenas os seres bentônicos, aí vivem os organismos adaptados às grandes pressões, à obscuridade (realizam a fotogênese), à baixa temperatura. Divide-se em duas zonas:

Zona Arquibentônica: que vai desde os 200m de profundidade até 800m, isto é, até o limite da resposta biologia à luz da superfície.

Zona Abissobentônica: que se estende desde os 1000m até as maiores profundidades aqui não penetra luz e os

oicóforo – classe dos de artrópodes vermiformes,

providos de nefrídios.

bentos são todos comedores de lodo ou de cadáveres.

SISTEMA PELÁGICO Está representado pela massa de água que se põe sobre os sistemas anteriores. Nele se encontram os animais que nadam e vivem longe das costas oceânicas. O sistema pelágico compreende dois distritos:

Nerítico: que se coloca sobre o sistema litorâneo.

Oceânico: que se coloca sobre o sistema abissal.

O sistema pelágico é o mais importante, eis

que apresenta o maior plâncton e compreende, além dos distritos neártico e oceânico, quatro zonas, de acordo com a profundidade:

Zona Neritopelágica: massa líquida que se coloca sobre a zona do litoral (50m de profundidade). Corresponde ao distrito nerítico de superfície.

Zona Epipelágica: massa líquida do distrito oceânico que vai até 50m de profundidade.

Zona Batipelágica: massa de água correspondida entre os 50m até 1000m de profundidade.

Zona Abissopelágica: de 1000m até as maiores profundidades.

Os mares podem ser divididos, ainda

quanto à luz: Zona Eufótica: zona superficial que vai de 0

a 80m de profundidade é muito rica em seres fitófagos .

Zona disfótica: de 80 a 200m de profundidade (fracamente iluminada).

Zona afótica: abaixo de 200m e sem luz. Apresenta animais carnívoros e não mais fitófagos.

Os organismos que habitam o talassociclo

se distribuem em três grandes grupos: Plâncton ou plancto: conjunto de

organismos (algas diatomáceas, algas clorofíceas, protozoários, micro-crustáceos, etc.) que vivem passivamente ao sabor das ondas (correntezas). O plancton marinho se constituiu na base da alimentação dos peixes, bem como de muitas espécies fora do ambiente marinho.

Nécton: conjunto de seres que vivem ativamente, isto é, nadam livremente sobre as correntezas. Ex.: peixes, baleias, focas, camarões, medusas, lulas.

Bênton ou bento: conjunto de organismos que habitam o fundo dos mares, como por exemplo as actínias (flores-do-mar), os ouriços, estrelas, pepinos-do-mar, os poliquetos, etc.

fitófago – aquele que se alimenta de vegetais.

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LIMNOCICLO Tem como características a baixa salinidade, a pequena profundidade e variações mais sensíveis de temperatura. Neste biociclo não se encontram equinodermos, cefalópodes e protocordados. É o menor dos biociclos e apresenta uma pequena zona afótica (poucos lagos tem mais de 350m de profundidade). Os anfíbios, os vermes rotiféros e os peixes dipnóicos estão bem adaptados à água doce.

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES DO LIMNOCICLO

O limnociclo é dividido em duas províncias.

Província lótica: conjunto de águas correntes, correspondendo aos rios, regatos, fontes, cachoeiras, etc. Os rios cavam leitos e correm com grande velocidade, arrastando junto o material erodido. As águas são turbulentas e claras (se não estiverem poluídas).

A agitação determina uma grande

oxigenação. Estas condições ecológicas obrigam aos

organismos que aí vivem adaptações como a fixação (sanguessugas, cascudos, dotados de ventosas), o aumento da densidade de certos animais impedindo que sejam carregados pela correnteza (pequena e mesmo ausência de bexiga natatória nos peixes, etc.)

Província lêntica: conjunto de águas paradas (lagos, lagoas, pântanos, poças). Aqui a vida é favorecida pela homogeneidade ambiental. Tem plâncton abundante e grande predominância de anfíbios.

TESTES 01. (Unifor-CE) A diferença entre a associação de

algas e fungos formando liquens e a de anêmonas e paguros em conchas de gastrópodos é que a primeira:

a) constitui uma associação obrigatória e a segunda uma facultativa.

b) beneficia ambos os associados e a segunda ´so beneficia as anêmonas.

c) beneficia ambos os associados e a segunda só beneficia os paguros.

d) só beneficia os fungos e a segunda beneficia ambos os associados.

e) só beneficia as algas e a segunda beneficia ambos os associados.

02. (Cesgranrio-RJ) Os jornais têm noticiado a grande invasão de cupins em diversos bairros em expansão na cidade. Isso ocorre devido ao acúmulo de madeiras abandonadas pela construção civil. A sobrevivência dos cupins na madeira, simplificando a celulose, só é possível pela associação desses insetos com:

a) pulgões. b) protozoários. c) fungos. d) liquens. e) bactérias. 03. (Fuvest-SP) A biotecnologia vegetal ainda está

engatinhando, se considerarmos as promessas para o ano 2000. Veja bem o já é feito: através de processos biotecnológicos, insere-se em determinadas plantas um microorganismo benéfico, o rizóbio, que ajuda a nitrogenização das próprias plantas, ou seja, diminui a necessidade de adubos nitrogenados.

JORNAL DA TARDE, 27/8/87

O texto aponta uma das muitas possibilidades de emprego da Biotecnologia. Em condições naturais, bactérias do gênero Rhizobium já vivem há milênios em estreita relação ecológica com plantas leguminosas. Essas relações é do tipo:

a) competição d) parasitismo b) inquilinismo e) comensalismo c) mutualismo 04. (Unijuí-RS) Os vegetais epífitos, como as

orquídeas, são: 1. parasitas de vegetais superiores. 2. prejudiciaos, pois sugam a seiva da planta. 3. benéficos, pois fornecem energia para a planta. 4. benéfico, pois substituem a periderme da

planta. 5. inofensivos, pois a planta apenas como

substrato. 05. (Fuvest-SP) As orquídeas, que produzem flores

tão apreciadas são: a) hemiparasitas b) heteroautótrofas c) parasitas d) mesótrofas e) autótrofas. 06. (FCC-SP) Em certas áreas ocorrem

modificações, e novas espécies de animais e de plantas substituem as existentes. Esse fenômeno é chamado de:

a) conservação d) ciclo biológico b) adaptação e) alternância de gerações. c) sucessão

O amor de Deus pode degelar um coração congelado

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07. (Fuvest-SP) As “marés vermelhas”, fenômenos ocasionais que podem trazer sérios problemas para organismos marinhos e mesmo para o homem, são devidas:

a) à reação de certos poluentes com o oxigênio produzido pelas algas marinhas.

b) à presença de poluentes químicos provenientes de esgotos industriais.

c) à grande concentração de rodofíceas bentônicas na zona das mares.

d) à proliferação excessiva de certas algas planctônicas, como os dinoflagelados, que liberam toxinas na água.

e) ao vazamento de petróleo, que estimula a proliferação de diatomáceas marinhas.

08. (UNI-RJ) Na Amazônia, as tartarugas, além de

terem seus filhotes comidos pelas cobras, também podem ser vítimas das sanguessugas, que se fixam na sua pele (geralmente nas patas) para sugar-lhes o sangue. Neste caso, os tipos de relações ecológicas entre as cobras e as tartarugas, de um lado, e entre as sanguessugas e as tartarugas, de outro, são, respectivamente, chamados de:

a) predatismo e parasitismo. b) comensalismo e predatismo c) parasitismo e simbiose d) simbiose e comensalismo e) predatismo e simbiose. 09. Conceitue os seguintes tipos de relações entre

os seres vivos: a) infra-especificas;

__________________________________________________________________________________________________________________

b) interespecíficas; __________________________________________________________________________________________________________________

c) harmônicas; __________________________________________________________________________________________________________________

d) desarmônicas. __________________________________________________________________________________________________________________

10. Caracterize e dê exemplo de: a) sociedades: _____________________________

__________________________________________________________________________________________________________________

b) colônias: _______________________________ ______________________________________

____________________________________________________________________________

POLUIÇÃO

ALTERAÇÕES NO EQUILIBRIO DE AMBIENTE NATURAL - POLUIÇÃO

A humanidade e os ratos são as duas maiores populações de mamíferos do mundo e, atualmente, apresentam altas taxas de natalidade. Considerando-se que a biosfera é um sistema espacial limitado e que o homem só consegue viver em lugares especiais (Marte não é habitável para nós!), torna-se indispensável preservar condições mínimas para as futuras gerações. Alguns dos mais importantes fatores de resistência ambiental em relação à humanidade, são os seguintes:

• Falta de espaço: em 1880, a densidade populacional era em torno de 6,2 habitantes/km², no ano 2000 é estimada em cerca de 46 habitantes/km².

• Falta de alimentos: no ano 2000, a população humana deverá aproximar-se dos 7 bilhões. Em 2030 está estimada em 14 bilhões se essa tendência se manter. E comida para essa gente?

• Falta de água potável: muitas prefeituras não terão condições de administrar o suprimento de água para as suas populações no ano 2000.

• Falta de oxigênio: o consumo (combustões) está sendo maior do que a produção (fotossíntese) pelas matas e pelo fitoplãncton, estes cada vez mais reduzidos.

• Falta de energia: os combustíveis fósseis (carvão e petróleo) estão quase esgotados, se considerados numa previsão de consumo para várias gerações. As reservas de minérios radioativos (energia nuclear) também diminuem à medida de que aumenta o seu consumo, além do perigo que representam.

• Detritos da humanidade: as substâncias sintéticas não biodegradáveis e também outros produtos resultantes da atividade industrial, inclusive o uso excessivo de fertilizantes, representam um perigo para os ecossistemas.

• Contaminantes do ar água e do solo: especialmente os pesticidas (DDT) e os minerais pesados (Pb, Hg, Zn, Cd, Ni, etc.), que se concentram nas cadeias alimentares e atingem o homem.

• Radiatividade: as radiações atingem a biosfera em quantidade crescente devido ao emprego excessivo na medicina e pesquisa científica.

• Modificações do clima: podem ser ocasionadas pela emissão de partículas que turvam a atmosfera, e gases que alteram o seu comportamento térmico (monóxido de carbono e dióxido de carbono). Quando a vida parece estar em seus piores

momentos, preste atenção ao que está começando a florescer.

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• Falta de matérias-primas: devido á extinção das reservas de diversos minérios como cobre, prata, alumínio, fósforo, etc.

POLUIÇÃO Poluição é qualquer modificação produzida no meio ou ambiente, que lhe altera as características naturais. O termo vem do latim polluere, que significa sujar. Num sentido amplo o termo poluir abrange o significado de contaminar, infectar, adulterar, enfim, provocar alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas da água, do ar, ou do solo, criando condições prejudiciais à saúde e à segurança individual ou coletiva, à fauna e flora e ao aspecto estético do ambiente natural. O problema biológico que a poluição desencadeia está fundamentalmente relacionado com o equilíbrio ecológico, isto é, sobrevivência da fauna e flora. A poluição é evidenciada, em termos significativos, quando um ambiente primitivo é comparado com o seu estado presente.

CAUSAS E AMPLITUDE DA POLUIÇÃO O aumento populacional e o desenvolvimento industrial e tecnológico determinam um constante aumento de substâncias e resíduos ao ambiente. A poluição não tem fronteiras, os países poluem-se entre si, os continentes poluem uns aos outros. O homem poluído de hoje perde o controle do ambiente que ele por sua imprevisão, pensa estar dominando.

TIPOS DE POLUIÇÃO DE ACORDO COM A NATUREZA DO POLUENTE

POLUIÇÃO POR AGENTES FÍSICOS

• Radiativa - Poluentes: resíduos radiativos de explosões ou de reações controladas e lixo atômico. - Fontes: indústria nuclear, pesquisa, reatores nucleares. - Efeitos: mutações, câncer, ocorre concentração de resíduos radioativos ao longo das cadeias alimentares; algumas algas marinhas acumulam em seu protoplasma entre 20 e 40 vezes mais o estrôncio 90 do que a água do mar. • Mecânica - Poluentes: partículas sólidas inertes (poeira, argila, Iodo, metais pesados). - Fontes: grandes estaleiros, extração de minérios, fábricas de cimento, siderúrgicas, construção de estradas, erosão em bacias de drenagem de sistemas fluviais.

- Efeitos: danos na vegetação, irritação e doenças do sistemas respiratório, assoreamento de barragens e rios. • Térmica - Poluentes: água de refrigeração. - Fontes: usinas termoelétricas e termonucleares refinarias, siderúrgicas e outras industrias. - Efeitos: aumento da temperatura dos corpos da água receptores da descarga, alterações nas comunidades bióticas, mortalidade de peixes e de outros organismos aquáticos. • Sonora - Poluente: ruídos provocados por veículos e por indústrias. - Efeitos: a média de ruídos de uma cidade como Curitiba está em torno de 70 decibéis; 1 db equivale ao mínimo de som capaz de ser detectado pelo ouvido humano num ambiente silencioso. Intensidade de ruídos entre 65 e 70 db ocasionam inibição do peristaltismo estomacal e da secreção salivar, dilatação das pupilas, aumento da pressão sanguínea, constrição dos vasos periféricos (diminui temperatura da pele causando empalidecimento), etc.

POLUIÇÃO POR AGENTES QUÍMICOS -Poluentes: produtos minerais (como compostos de metais pesados, ácidos, bases, monóxido de carbono, dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e de enxofre, etc.), substâncias orgânicas (como fenóis, hidrocarbonetos, detergentes), pesticidas, adubos e resíduos industriais diversos. -Fontes: todas as indústrias em especial refinarias, indústria petroquímica de plásticos, de borracha, fábricas de gás de carvão, destilação de madeira agricultura indústria e uso doméstico de detergentes. -Efeitos: alteração das propriedades do ar, da água e do solo, lesão e intoxicação de vegetais e animais, desequilíbrio dos ecossistemas pela eliminação das espécies mais sensíveis.

POLUIÇÃO POR AGENTES DE ORIGEM BIOLÓGICA -Poluentes: detritos orgânicos passíveis de fermentação. -Fontes: esgotos cloacais urbanos; indústrias de celulose (madeira e papel); indústrias têxteis e alimentares (cervejarias, fábricas de

peristaltismo – movimento vermiforme progressivo dos

músculos dos órgãos ocos, que serve para impulsionar o conteúdo para exterior.

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conservas e lacticínios, usinas de açúcar, matadouros); curtumes . -Efeitos: redução do teor de oxigênio dissolvido na água, eutroficação, mau cheiro devido a liberação de gases da decomposição anaeróbica da matéria orgânica, repercussão na estrutura das comunidades aquáticas.

POLUIÇÃO DO AR A queima de substâncias é uma das principais fontes de poluição. O ar, que envolve os grandes centros urbanos, está impregnado de fuzilagem, gases tóxicos e cinzas de várias fontes. Os automóveis são a maior causa da poluição do ar. Os principais poluente do ar são:

• Dióxido de carbono: a radiação infravermelha emitida pela Terra, em conseqüência do aquecimento pela radiação solar causando o efeito estufa.

• Monóxido de carbono: resulta de combustões incompletas em atmosfera com pouco oxigênio e, assim como o CO 2 , afeta

também o equilíbrio térmico da atmosfera.

Uma concentração de CO, de 0,02% do volume de ar inspirado, provoca dores de cabeça e tonturas e de 0,2% determina morte rápida.

• Dióxido de enxofre: resulta das emanações de usinas termoelétricas, fábricas

curtume – estabelecimento onde se curtem couros; ato ou

modo de curtir couros; substância com que se curte.

de veículos e combustões domésticas. O SO 2 é absorvido pelas folhas e retarda o

crescimento dos vegetais, no homem, afeta as vias respiratórias. • Óxidos de nitrogênio: a queima de combustíveis, em altas temperaturas, é a principal fonte artificial de NO. Já o NO2 é emitido em pequenas quantidades pelos motores de carros, produzindo obstruções das vias respiratórias e edema pulmonar. • Hidrocarbonetos: provenientes da queima incompleta de combustíveis (diesel), são carcinogênicos (causam câncer), como o benzopireno, o fluorantreno e o colantreno, entre outros. Como decorrência do acúmulo de poluentes

na atmosfera, as grandes cidades frequentemente parecem estar mergulhadas em densa névoa (“smog”). É notável em dias, em que ocorre alteração na circulação vertical do ar, processo conhecido como inversão térmica.

A explicação é: camadas inferiores de ar são, normalmente mais quentes que as superiores, devido à irradiação do calor do solo; como as camadas mais quentes são menos densas que as frias, aquelas tendem a subir, enquanto as camadas frias tendem a descer. Assim, há uma circulação vertical do ar e, consequentemente, dos poluentes.

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A inversão térmica retém os poluentes junto ao

solo, agravando o problema da poluição atmosférica nas grandes cidades. Acima, poluição

atmosférica na cidade de São Paulo.

A inversão térmica ocorre nos dias frios, quando as camadas inferiores de ar permanecem frias e mais densas, não havendo circulação vertical do ar, se não houver ventos fortes que desloquem essas camadas horizontalmente, ocorrerá a formação do “smog” com altas taxas de poluentes, que só será dispersada por novas alterações metereológicas.

As pessoas, durante as inversões térmicas, ficam com os olhos e as vias respiratórias irritadas.

POLUIÇÃO DA ÁGUA Os rios que servem as regiões mais provocadas sofrem descargas contínuas de dejetos humanos, detergentes domésticos, resíduos industriais, fertilizantes e defensivos agrícolas. Os esgotos das cidades lançam nos rios dejetos humanos que constituem matéria orgânica favorável ao desenvolvimento de certas bactérias, que reduzem a oxigenação da água. Os detergentes, em geral não-biodegradáveis acumulam-se nas águas, chegando a formar uma densa espuma vista na superfície dos rios. Os resíduos industriais lançados nos rios e mares são altamente tóxicos: cianetos, derivados do fenol, nitratos, arsênico e mercúrio. Este elemento é muito perigoso: a pessoa envenenada tem seu sistema nervoso alterado (podendo ficar surda, cega, perder a fala, os movimentos), lesões no fígado, rins e intestinos. Os defensivos agrícolas (à base de DDT), pulverizados nas lavouras, são arrastados pelas chuvas até os rios e mares, chegando a matar peixes, moluscos, crustáceos.

dejetos – ato de evacuar excrementos; matérias fecais

expelidas por uma vez.

Podem chegar até o homem, se este ingerir alimento contaminado. Os navios petroleiros são responsáveis pela contaminação dos mares, o petróleo derramado no mar adere às penas das aves marinhas, impedindo-as de voarem. Por formar uma camada impermeável na superfície do mar, destroem o plâncton, com sérias conseqüências para todos os serem marinhos que dele dependem.

A EUTROFICAÇÃO O acúmulo de nutrientes na água dos rios em conseqüência do lançamento de esgotos com matéria orgânica ou da incorporação de adubos carregados pela água das chuvas, é denominado eutroficação. Esse processo causa um grande aumento nas populações de algas e de microorganismos, os quais consomem o oxigênio dissolvido na água, devido à respiração. Nessas condições com o passar do tempo pode haver esgotamento do oxigênio, cujas taxas na água são normalmente baixas. Isto impede a existência dos seres aeróbicos, permitindo apenas o desenvolvimento de microorganismos anaeróbios. A água do rio, ao receber muita matéria orgânica, perde sua transparência e fica com odor desagradável.

POLUIÇÃO DO SOLO Os principais poluentes do solo são os fertilizantes e os defensivos agrícolas. Os fertilizantes compreendem os adubos orgânicos e os adubos químicos. Embora melhorem as colheitas, os fertilizantes químicos podem, destruir as bactérias fixadoras de nitrogênio e poluir o solo por excesso de sais. Os defensivos agrícolas (pesticidas, biocidas) também são altamente poluidores:organoclorados (DDT, aldrinlindane), organofosforados (malathion),carbonatos. A pulverização das lavouras com esses inseticidas permite matar não só os insetos nocivos, como também muitas outras espécies do

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mesmo ambiente: abelhas (eficientes polinizadores).

O DDT pode ser progressivamente acumulado nos organismos, especialmente nos tecidos gordurosos. Por exemplo, as minhocas que vivem num solo que contém uma unidade de DDT por grama, podem acumular até 40 unidades por grama, e os pássaros que as comem chegam á concentrar até 200 unidades por grama. Isso ocorre porque o DDT não é biodegradável e porque uma grande massa de minhoca alimenta um único pássaro. Um predador que se alimentasse desse pássaro ficaria com uma concentração ainda maior de DDT em seus tecidos, pelo mesmo motivo. Esse processo, chamado magnificação trófica , ocorre também com outros defensivos agrícolas ou mesmo com substâncias radiativas adicionadas ao meio físico pelo homem.

magnificação – ato ou efeito de magnificar; engrandecer,

engrandecer-se, mostrar-se grande. trófica – relativo a nutrição.

Diversas substâncias poluentes, como inseticidas e metais, concentram-se nos níveis tróficos superiores das cadeias alimentares. Na figura, concentração do inseticida DDT nos diversos níveis de uma cadeia alimentar.

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TESTES

01. (UF-RS) Segundo o conceito de sucessão, a seqüência natural no esquema apresentado é:

a) Floresta, musgos e arbustos. b) Arbustos, gramíneas e floresta. c) Musgos, floresta e gramíneas. d) Floresta, arbustos e musgos. e) Musgos, arbustos e floresta. 02. (FUVEST/SP) Um dos perigos da utilização de

inseticidas clorados é que eles são muito estáveis e permanecem longo tempo nos ecossistemas. Em vista disso, dada a cadeia alimentar: capim → inseto → pássaro → cobra → gavião, é de se esperar que a maior concentração de DDT por aquilo de organismo seja encontrada em:

a) Cobra. b) Gavião. c) Pássaro. d) Inseto. e) Capim. 03. São relações harmônicas: a) Predatismo, mutualismo, sociedade. b) Colônias, comensalismo, inquilinismo. c) Amensalismo, comensalismo, inquilismo d) Amensalismo, predatismo, esclavagismo. e) Parasitismo, autogamia, simbiose. 04. São bem conhecidas as associações de: I. Peixes-pilotos e tubarões. II. Anêmonas e peixes que vivem entre seus

tentáculos. III. Bactérias e raízes de leguminosas.

Estas associações constituem respectivamente: a) Simbiose, comensalismo e parasitismo. b) Parasitismo, mutualismo e epifitismo. c) Predação, simbiose e associação harmônica. d) Comensalismo, mutualismo e simbiose. e) Mutualismo, protencionismo e epifitismo. 05. Relacionar os tipos de associação entre os

seguintes seres: ( ) Rhizobium x leguminosas ( ) Gambá x galinha ( ) Cigarra x vegetais ( ) Bromélia x seringueira

1- Epifitismo 2- Predatismo 3- Mutualismo 4- Parasitismo a) 3,2,1,4 b) 1,3,2,4 c) 3,2,4,1 d) 3,1,2,4 e) n.d.a

06. A zona nerítica de um bioma marinho possui pouca profundidade e nela a luz penetra até seu fundo. Nesta região, podemos dizer que existem:

a) Apenas plâncton. b) Plâncton e nécton. c) Bênton e nécton. d) Apenas bênton. e) Plâncton e bênton. 07. Entre os poluentes encontram-se: I. Substâncias já existente nos ecossistemas

naturais, cuja quantidade aumentou devido às atividade humanas.

II. Substâncias que normalmente não estão presentes nos ecossistemas naturais.

Pertencem, respectivamente, aos grupos I e II. a) DDT e estrôncio-90. b) DDT e monóxido de carbono. c) Tetracloreto de etila e esgoto. d) Monóxido de carbono e dióxido de carbono. e) Dióxido de carbono e estrôncio-90. 08. Sobre uma sucessão ecológica não será válido,

afirmar: a) Os tipos de plantas e animais mudam

continuamente com a sucessão. b) A diversidade de espécies tende a diminuir com

a sucessão. c) Em uma sucessão heterotrófica, a energia está

inicialmente no máximo e declina conforme a sucessão ocorre.

d) O homem necessita de estágios iniciais de sucessão como fontes de alimentos, pois esses são produtivos.

e) A sucessão é um resultado da modificação do ambiente físico pela comunidade.

09. Considere o esquema abaixo:

A sobreposição de nichos ecológicos leva: a) À competição. d) Ao comensalismo b) Ao inquilisnismo. e) Ao parasitismo c) Ao predatismo. 10. Some as alternativas corretas: 01) Nos ambientes aquáticos a temperatura tende

a ser bastante constante. 02) As camadas superiores dos rios, mares e lagos

são bem iluminadas. 04) O fitoplâncton é constituído principalmente por

microcrustáceos. 08) O zooplâncton depende do fitoplãncton. 16) A taiga é constituída por gimnospermas. 32) As savanas são o habitat natural de grandes

herbívoros.

Quando estamos enraizados em Cristo, nem mesmo os fortes ventos da adversidade podem nos abalar.

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GENÉTICA

INTRODUÇÃO Todas as características morfológicas e fisiológicas que são transmitidas dos pais para os filhos, entre uma geração e outra, constituem a herança biológica. Podemos notar, no entanto, que os filhos sempre diferem entre si e dos seus pais, em certo grau. A essa diferenciação existente entre os indivíduos de uma mesma espécie dá-se o nome de variação. Embora a herança seja um fato notável e familiar a todos, foram necessários muitos anos de estudos para se compreender os seus fenômenos essenciais. A transmissão das características hereditárias de uma geração para outra, segue as leis e princípios fundamentais de significação estatística e, que vem a ser o objeto de estudo da Genética (termo criado por Bateson, em 1906.) Genética é, portanto, a ciência biológica que estuda os mecanismos da hereditariedade e da variação.

MENDEL Foi somente na segunda metade do século XIX, que o monge austríaco, João Gregório Mendel realizou uma série de experiências com ervilhas. Os resultados permitiram o surgimento dessa nova ciência. Mendel demonstrou cientificamente, que os caracteres hereditários são condicionados por fatores, atualmente denominados genes, que se transmitem de uma geração à outra através dos gametas .

gametas – célula sexual, masculina ou feminina.

COMO UM CARÁTER É HERDADO. Os caracteres biológicos são determinados por genes existentes nos cromossomas, e que se transmitem de uma geração para outra (dos pais para os filhos), por meio dos gametas (células reprodutoras). Cada característica morfológica (dentição, por exemplo), ou fisiológica (capacidade de enrolar a língua) apresentam no mínimo duas formas de manifestação (variedades). Os genes que atuam na determinação das diferentes variedades de uma mesma característica, são chamados genes alelos e estão situados no mesmo locus (mesma posição) do mesmo par de cromossomos homólogos. Os alelos que o indivíduo possui para uma determinada característica constitui o genótipo e o referido caráter, em interação com o meio ambiente, constitui o fenótipo .

Os alelos são representados simbolicamente por letras do nosso alfabeto. Quando o caráter é determinado por alelos iguais, o indivíduo é chamado homozigoto, é chamado heterozigoto. Se os alelos estão em heterozigose e só se observa o efeito de um deles, denominamos dominante o gene que se manifesta é recessivo, o gene que tem o seu efeito inibido.

Nas figuras esquemáticas, ilustrando as noções de lócus, alelos e homólogos, podemos

genótipo – constituição hereditária de um individuo, animal

ou vegetal. fenótipo – diz-se dos indivíduos de um grupo que

apresenta caracteres exteriores iguais, mas que difere pelo seu genótipo.

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notar que os genes alelos homozigotos são BB, MM e tt. Os genes alelos heterozigotos são Aa, Lℓ e Ss. Notamos ainda que os homozigotos dominantes são BB e MM e o homozigoto recessivo é tt.

TIPOS DE HERANÇA

HERANÇA AUTOSSÔMICA É aquela determinada pelos genes situados nos cromossomas chamados autossomas. No cariótipo de uma espécie, os cromossomas autossomas são aqueles comuns tanto ao macho como à fêmea. Por exemplo, na espécie humana, dos 23 pares de homólogos encontrados em cada célula, 22 desses pares são autossomas. Os outros 2 cromossomas, que na mulher formam um par (XX), e que no homem são diferentes (XY), são chamados de cromossomas sexuais ou heterossomas.

Cromossomas são organizados por ordem de tamanho e pela posição do centrômero. É o

cariótipo. Cariótipo humano masculino PRIMEIRA LEI DE MENDEL

É conhecida como segregação ou disjunção dos caracteres: “cada caráter é condicionado por dois genes alelos que se separam quando os gametas se formam”. Por isso cada gameta é puro, isto é, carrega um só gene de cada par.

MONOHIBRIDISMO COM DOMINÂNCIA Neste tipo de herança, temos as características determinadas por apenas um par de alelos situados em um dos lócus de um dos pares de cromossomas homólogos autossômicos, sempre com um dos alelos dominando o outro. Esquematizando temos:

Na espécie humana; algumas características que seguem este padrão de herança são: pigmentação da pele (normal/ albinismo); espessura dos cabelos (grossos/finos); cor dos olhos (escuros/claros); capacidade de dobrar a língua; etc.

• Problemas envolvendo um só caráter 1) Ao cruzar certos coelhos brancos, um

criador obteve 32 filhotes brancos e 10 pretos. Qual o gene dominante? Resposta: Já sabemos que qualquer característica herdada por um organismo é determinada por genes existentes nos pais; se pais brancos têm filhos pretos é sinal que eles (os pais) possuem genes para a cor preta. No entanto, estes genes não se manifestaram (pois os animais são brancos). Conclui-se, então, que o gene que determina a cor branca é dominante sobre o que determina a cor preta. Portanto: gene para pelagem branca > que para pelagem preta. Por convenção, usa-se para representar o gene, a letra do recessivo (no caso P, de preto).

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OBSERVAÇÃO Neste padrão de herança, o fenótipo recessivo só se manifesta quando o gene atua em dose dupla.

2) Sabendo-se que os coelhos da geração paterna são heterozigotos (Pp), podemos então indicar o cruzamento da seguinte maneira:

Para sabermos o genótipo dos demais brancos, basta-nos fazer um genograma (quadro de cruzamento): óvulos espermatozóides

P P

P PP Brancos

Pp Brancos

P Pp Brancos

pp Pretos

Vemos que ¾ dos filhos são brancos e ¼ são pretos, o que concorda com os dados fornecidos inicialmente: 32 brancos e 10 pretos. Mas dos 32 filhos brancos, apenas 1/3, ou seja, aproximadamente 10 coelhos são homozigotos (PP). Resumindo até aqui: Caráter Alelos Genótipos Fenótipos

PP (homoz. dom.)

Brancos P (dom.)

Pp (heterozigoto)

Brancos

Pelagem em coelhos

P. (rec) pp (homoz. rec.)

Pretos

Vejamos agora todos os tipos possíveis de cruzamentos referentes a este caráter em coelhos. a) Entre dois homozigotos dominantes:

b) Entre dois homozigotos recessivos:

c) Entre um homozigoto dominante e outro recessivo:

d) Entre um homozigoto dominante e outro heterozigoto:

Nossa palavra de encorajamento ou nossa mão auxiliadora pode transformar uma vida.

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e) Entre um homozigoto recessivo e outro heterozigoto:

f) Entre dois heterozigotos:

Levando-se em consideração os cruzamentos efetuados em c e em f, desdobramos a 1ª Lei de Mendel: “Quando se cruzam dois indivíduos puros e diferentes em um caráter, obtém-se na F1 todos os indivíduos híbridos iguais entre si e na

F2 há uma disjunção de caracteres, formando 25% dos seres do tipo paterno 25% do tipo materno e 505 de híbridos iguais a F1”. Vejamos agora um exemplo que ocorre na espécie humana: o albinismo é condicionado por um gene recessivo (a) e a pigmentação normal (clara, escura, tons intermediários) da pele por um gene dominante (A). Temos então: Caráter Alelos Genótipos Fenótip

os AA (homoz. dom.)

Normal A (dom.)

Aa (heterozigoto)

Normal

Pigmentação da pele

a(rec.) aa (homoz. rec.)

Albino

albinismo - anomalia congênita caracterizada pela

ausência total ou parcial do pigmento da pele, dos pelos, da íris e da coróide.

O albinismo é uma anomalia hereditária condicionada por um gene autossômico recessivo, portanto; trata-se de um erro do metabolismo que determina a ausência de melanina, pigmento da pele. Um albino não tem pigmentação na pele, cabelo e olhos. Problema: Um casal com pigmentação normal da pele tem um filho albino. Qual a probabilidade de nascer uma criança com pigmentação da pele normal? Resolução: para ter tido filho albino, o casal é heterozigoto.

Resposta: para nascer uma criança com pigmentação normal da pele a probabilidade, neste caso, é de: 75%=0,75=3/4

CRUZAMENTO TESTE É o cruzamento realizado entre um indivíduo com o caráter dominante, cujo genótipo não é conhecido, com outro indivíduo com o caráter recessivo, que é homozigoto e tem o genótipo conhecido. Vejamos o seguinte exemplo: em ratos, o caráter cauda média é dominante e cauda longa é recessivo. Vamos supor que queiramos determinar o genótipo de um rato de cauda média. Devemos então realizar o cruzamento teste, isto é, cruza-lo com uma fêmea de cauda longa, com o genótipo

ll. De acordo com o resultado obtido, saberemos se o rato de cauda média é homozigoto (LL) ou heterozigoto (Ll).

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MONOHIBRIDISMO SEM DOMINÂNCIA

É uma herança intermediária, em que cada alelo exerce o seu efeito sem a dominância do outro. Os dois alelos interagem produzindo no heterozigoto um caráter intermediário entre os extremos representado pelos homozigotos.

Nas galinhas andaluzas não há dominância na coloração da plumagem preta e branca. Os híbridos são carijós, também chamados de azuis. Cruzando-se dois carijós (uma galinha e um galo, naturalmente), quais as proporções genotípicas e fenotípicas dos descendentes?

Caráter Alelos Genótipos Fenótipos PP (homoz.)

Penas pretas

P (Sem

PB (heteroz.) C ijó

Cor da

BB (homoz.)

Penas brancas

Respondendo à questão proposta, temos:

Ou seja: no cruzamento entre dois heterozigotos no monohibridismo sem dominância, as proporções genotípicas e fenotípicas se equivalem: 1/2/1 Problema: Qual a probabilidade de nascer um galináceo carijó, do cruzamento entre um galo preto e uma galinha branca?

POLIALELISMO OU ALELOS MÚLTIPLOS Existem características que podem ser determinadas por mais de dois alelos situados no mesmo lócus gênico de um par de cromossomas homólogos. Como em cada lócus, só pode existir um dos alelos, nas células somáticas, que são diplóides (2n), só podem existir dois genes da série alélica. Os gametas que são haplóides (n), é claro, possuem somente um gene da série. Esquematizando:

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As proporções genotípicas e fenotípicas variam de acordo com a relação de dominância entre os alelos. Exemplo: Em coelhos, conhecem-se vários genes alelos para a cor da pelagem, que são representados pelos genes C (cinza uniforme), cch (chinchila), ch (himalaia) e ca (albino). A relação de dominância é a que segue: C>cch>ch>ca Agora responda: Quais os genótipos possíveis com os respectivos fenótipos? Genótipos Fenótipos CC, Ccch, Cch, Cca...... Cinza uniforme cchcch, cchch, cchca........ Chinchila chch, chca................... Himalaia caca.......................... Albino

GRUPO SANGUÍNEO ABO A determinação genética dos grupos A,B,O e AB é feita por 3 alelos múltiplos: o gene la controla o antígeno A, sendo codominante em relação ao gene lb, responsável pela produção do antígeno B, ambos são dominantes em relação ao alelo i, que não resulta na formação de antígenos. Tipo de Sangue

Aglutinogênio (hemáceas)

Aglutinina (plasma)

A antígeno a anti-b B antígeno b anti-a AB antígeno a,b --------------- O ---------------- anti-a, anti-b

SEGUNDA LEI DE MENDEL

LEI DA SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE Após o estudo do monohibridismo (transmissão hereditária de um único par de genes), Mendel analisou a hereditariedade de duas características conjuntamente (dihibridismo). Num dos experimentos cruzou, plantas de ervilhas puras (homozigotas), de sementes amarelas e lisas com outras de sementes verdes e rugosas. Obteve em F1 apenas plantas com sementes amarelas lisas, que autofecundadas, originaram em F2, quatro fenótipos diferentes nas seguintes proporções: 9 amarelas lisas: 3amarelas rugosas: 3 verdes lisas; 1 verde rugosa. Para explicar esses resultados, Mendel propôs que cada uma das duas características seria determinada por um par independente de fatores (genes); desse modo, os dihíbridos (heterozigotos) de F1, seriam capazes de formar quatro tipos de gametas cada um, os quais, combinando-se de 16 maneiras diferentes, poderiam originar os 4 fenótipos obtidos em F2, nas proporções de 9/16: 3/16: 3/16: 1/16. Esquematizando o dihibridismo:

“Quando num cruzamento estão envolvidos dois ou mais caracteres, os fatores que os determinam se distribuem de modo independente uns dos outros”. Exemplo: Nas ervilhas a cor da semente pode ser amarela ou verde e a forma da semente pode ser lisa ou rugosa. Cada caráter é determinado por um par de alelos que estão situados em pares de homólogos diferentes. Os alelos que determinam a

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cor da semente são: V que determina a cor amarela, dominante sobre v que determina a cor verde. Os alelos de determinam a forma da semente são: R que determina a forma lisa, dominante sobre r que determina a forma rugosa. Resumindo, temos: Caráter Alelos Fenótipos

Distribuição dos fenótipos e genótipos Fenótipos=4 Genótipos=9 Sementes amarelas e lisa

VVRR VVRr VvRR VvRr

Sementes amarelas e rugosas

VVrr Vvrr

Sementes verdes e lisas vvRR vvRr Sementes verdes e rugosas

vvrr

Vamos agora efetuar os seguintes cruzamentos: 1°) Entre um casal de homozigotos para as duas características, um dominante e outro recessivo:

2°) Vamos efetuar o retrocruzamento entre o dihíbrido da F1 com o parental birrecessivo.

3°) Cruzamento entre dois dihíbridos resultantes da f1 do 1° cruzamento:

A fecundação é ao acaso, e qualquer gameta masculino pode fecundar qualquer gameta feminino. Desta forma, usamos um artifício que é chamado “genograma” ou “quadro de Punnett”.

♂ ♀

VR Vr vR vr

VR VVRR VVRr VvRR VvRr Vr VVRr VVrr VvRr Vvrr vR VvRR VvRr vvRR vvRr vr VvRr Vvrr vvRr vvrr

Proporções fenotípicas

Fenotípicas Proporções genotípicas

9/16=55,25% Amarelas lisas

1 VVRR

2 VVRr

2 VvRR

4 VvRr

3/16=18,75% Amarelas rugosas

1 VVrr

2 Vvrr

3/16=18,75% Verdes lisas 1 vvRR

2 vvRr

1/16=6,25% Verdes rugosas

1 vvrr

propabilidade da distribuição dos genes: 1/4 AB,

1/4Ab, ¼ aB, ¼ ab

Esquema da meiose – 2ª lei

TRIHIBRIDISMO E POLIHIBRIDISMO Aplicações: 1) Quantos e quais tipos de gametas formam um trihibrido Aa BbCc, e em que proporções? Para se obter as combinações possíveis entre esses genes, deve-se fazer a seguinte distribuição:

Portanto, o rihibrido AaBbCc forma 8 tipos de gametas, em iguais proporções: 1/8 ABC, 1/8

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Abc, 1/8AbC, 1/8Abc, 1/8aBC, 1/8aBc, 1/8abC e 1/8abc. 2) Quais genótipos podem ser obtidos dos cruzamentos abaixo?

a) AaBb X aaBb

Gametas e combinações genotípicas possíveis:

b) AaBbCC X AABBCc Gametas e combinações genotípicas possíveis:

Análise dos resultados da F2 do trihibridismo:

1) Nº de fenótipo diferentes: 8 2) Nº de genótipo diferentes: 27 3) Total de possibilidades: 64 4) Homozigotos para os três pares: 1/64

Ex.: AABBCC, aabbcc, AAbbcc, aaBBCC, AAbbCC, etc.

5) Homozigotos para dois pares de heterozigotos para um par: 2/64 = 1/32. Ex.: AABBCc, Aabbcc, aaBbCC, AAbbCc, aaBbcc, etc

6) Homozigotos para um par e heterozigotos

para dois pares: 4/64 = 1/16. Ex.: AABbCc, AabbCc, AaBBCc, AaBbcc, AaBbcc, etc.

7) Heterozigotos para os três pares: 8/64 = 1/8. Ex.: AaBbCc

No trihibridismo e polihibridismo temos os seguintes detalhes: Nº de gametas: o número de gametas diferentes é igual a 2 elevado ao grau de hibridismo (n).

Hibrido 2n N° de gametas

Aa 21 2 AaBb 2² 4 AaBbCc 2³ 8 AaBbCcDd 24 16 AaBbCcDdEe 25 32 Veja a seguir, a tabela para calcular, de acordo com o número de pares de alelos, o número de gametas, o número total de genótipos, o número de fenótipos diferentes, o número de genótipos diferentes com dominância e o número de genótipos diferentes sem dominância.

Pares de alelos

N° total de gametas do heterozigoto

Nº total de

genótipo

N° de fenótipo diferentes quanto

há dominância

N° de genótipos diferentes quando

há dominância

Nº de genótipos diferentes sem

dominância

1 2 4 2 3 3

2 4 16 4 9 9

3 8 64 8 27 27

4 16 256 16 81 81

n 2n 4n 2n 3n 3n

TESTES 01. A hereditariedade pode ser definida como: a) Transmissão de caracteres através de gerações. b) Transmissão de compostos químicos de uma

geração à outra. c) Transmissão de anomalias de uma geração à

outra.

d) Transmissão de genes de uma geração à outra. e) Transmissão de genes pelo sangue de um

indivíduo a outro.

Deus nos ajudará a tomar nossas decisões e a encontrar o caminho certo para nós.

Que fazemos a cada dia pode fazer diferença

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02. A palavra caráter, corresponde em genética: a) Ao co9njunto de cromossomas dos gametas do

indivíduo. b) À soma das características genotípicas de um

indivíduo. c) Ao conjunto de genes de um gameta. d) A qualquer aspecto morfológico, funcional ou

psíquico de um ser vivo. e) Á soma dos genes encontrados nos dois

indivíduos envolvidos no cruzamento. 03. Pode-se afirmar que o fenótipo: a) Resulta da interação do genótipo com o meio

ambiente. b) Resulta apenas da ação do meio ambiente. c) Resulta exclusivamente da ação do genótipo,

não atuando em momento algum, o ambiente. d) Pode variar independente do genótipo ou do

ambiente. e) Há dois itens corretos acima. 04. Um individuo de genótipo Pp forma que tipos de

gametas? a) Aa e aa. b) Pp. c) P e p. d) Pp e P. e) PP, Pp e pp 05. O albinismo é um caráter recessivo em relação

à pigmentação normal da pele. Se um individuo normal, filho de mãe albina se casa com uma mulher normal, filha de pai albino, devemos esperar uma F1:

a) Todos os indivíduos normais. b) 50% de indivíduos normais e 50% de albinos. c) 75% de indivíduos normais e 25% de albinos. d) 75% de indivíduos albinos e 25% de normais. e) Todos os indivíduos albinos. 06. A expressão que nos fornece o número de tipos

de gametas diferentes produzidos por um híbrido, considerando n o número de pares de genes, em heterozigose, é:

a) 3n d) 2n b) 6n e) 5n c) 4n 07. No gado bovino a cor preta (V) domina sobre a

cor vermelha, e a cor uniforme (M) é dominante sobre malhado. Um touro preto uniforme foi cruzado com uma vaca preta malhada e nasceu um bezerro vermelho. Do mesmo touro e da mesma vaca, qual a probabilidade de se obter um bezerro vermelho uniforme?

a) 1/2 d) 1/3 b) 1/4 e) 1/8 c) 1/6

08. (UNIRIO-RJ) Se um rato cinzento heterozigótico, for cruzado com uma fêmea do mesmo genótipo e com ela tiver dezesseis descendentes, a proporção mais provável para os genótipos destes últimos deverá ser:

a) 4Cc ; 8 Cc : 4 cc. d) 4 cc : 8 CC : 4 Cc. b) 4CC : 8 Cc : 4 cc. e) 4CC ; 8 cc : 4 Cc. c) 4Cc : 8cc : 4 CC. 09. O controle genético de um determinado caráter

é feito por uma série de 4 alelos de um só lócus. O alelo A1 é dominante em relação aos alelos A2, A3 e A4. O alelo A2 é dominante em relação a A3 e A4. E finalmente, o A3 domina A4. Do cruzamento A1 A2 X A3 A4 devem ser obtidas:

a) 4 classes genótípicas e 4 classes fenotípicas. b) 4 classes genótipicas e 3 classes fenotípicas. c) 4 classes genótipicas e 2 classes fenotípicas. d) 3 classes genotípicas e 3 classes fenotípicas. e) 3 classes genóticas e 2 classes fenotípicas 10. O pêlo curto do coelho é determinado por um

gene dominante L, e o pêlo longo, por seu alelo recessivo (l). O pêlo preto é produzido por outro gene dominante C, e o pêlo castanho, por seu alelo recessivo (c). Do cruzamento de indivíduos de suas linhagens, foram obtidos descendentes de pêlos curtos e pretos, curtos e castanhos, longos e pretos, longos e castanhos, na proporção de 1:1:1:1. O genótipo provável dos pais é:

a) Ll Cc e Ll Cc. d) Ll cc e LLcc. b) Ll Cc e l l cc. e) l l CC e LLcc. c) Ll CC e l l CC. 11. Do cruzamento RraaPpCc X rrAaPpCc, poderão

resultar: a) 8 combinações gaméticas. b) 16 combinações gaméticas. c) 32 combinações gaméticas. d) 64 combinações gaméticas. e) 128 combinações gaméticas. 12. (Vunesp-SP) Um pesquisador selecionou casais

de ratos em que ambos os pais eram cinzas e tinham filhotes brancos e cinzas. Dentre os 60 filhotes cinzas encontrados na prole desses casai, o número provável de filhotes heterozigotos é:

a) 40 d) 15 b) 30 e) 10 c) 20 13. Em relação ao cruzamento ♂ AabbCc X ♀

aaBBCc, foram formuladas as seguintes afirmações:

01) O macho produz 4 tipos de gametas. 02) fêmea só produz um tipo de gameta. 04) Na descendência, o número de combinações

genotípicas será igual a 8. 08) O número de genótipos será igual a 8. 16) O número de fenótipos será igual a 4. 32) A probabilidade de nascer um triplo recessivo é

igual a zero.

Querido Deus, transforma-me pela tua graça, na pessoa que tu desejas que eu seja. Amém. Onde, em minha vida, estou nascendo de novo?

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14. (FGV-SP) A probabilidade de um casal heterozigoto para um par de alelos ter um filho também heterozigoto é:

a) nula d) 75% b) 25% e) 100% c) 50% 14. MACK – SP) Na árvore genealógica abaixo, está

representado um caráter autossômico recessivo. A probabilidade de o indivíduo nº 11 ser heterozigoto é:

a) 1/2 d) 1/8 b) 1/4 e) 2/3 c) 3/4 15. (UFPA) Olhos castanhos são dominantes sobre

olhos azuis. Um homem de olhos castanhos, filho de pai de olhos castanhos e mãe de olhos azuis, casa-se com uma mulher de olhos azuis. A probabilidade de que tenham um filho de olhos azuis é de:

a) 0% d) 75% b) 25% e) 100% c) 50% 16. (PUC-MG) Marque a afirmação CORRETA: a) Gens alelos só podem aparecer em

cromossomos homólogos. b) Gens alelos transmitem características

diferentes em cromossomos diferentes. c) Gens alelos são representados sempre por

letras diferentes. d) Gens em heterozigose nunca serão gens alelos. e) Nos cromossomos sexuais não há gens alelos.

17. (PUC-PR) Analisando o heredograma abaixo, conclui-se que dois dos dez indivíduos são vitimas de uma anomalia causada pela ação de um gene recessivo.

Assinale a opção que contém os números que representam indivíduos cujos genótipos não se pode determinar.

a) 1, 2, 3, 5, e 6 b) 5, 6, e 7 c) 3, 8, e 10 d) 1, 2, 5, 6, 7, 8, e 10 e) 7, 8, e 10. 18. (Vunesp-SP) Os vários tipos de diabete são

hereditários, embora o distúrbio possa aparecer em crianças cujos psi são normais. Em algumas dessas formas, os sintomas podem ser evitados por meio de injeções diárias de insulina. A administração de insulina aos diabéticos evitará que eles tenham filhos com este distúrbio?

a) Não, pois o genótipo dos filhos não é alterado pela insulina.

b) Não, pois tanto o genótipo como o fenótipo dos filhos são alterados pela insulina.

c) Sim, pois a insulina é incorporada nas células e terá ação nos filhos.

d) Sim, pois a insulina é incorporada no sangue fazendo com que os filhos não apresentem o distúrbio.

e) Depende do tipo de diabete, pois nesses casos o genótipo pode ser alterado evitando a manifestação da doença nos filhos.

Nos te agradecemos, Senhor, por todas as tuas bênçãos. Somos gratos pelo teu amor e providência que jamais falham. Amém.

Deus tem o poder para transformar as situações mais comuns em algo muito bonito.

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GENÉTICA

TIPOS DE HERANÇA

LIGAÇÃO FATORIAL A 2ª lei de Mendel é válida para dois ou mais pares de alelos localizados em diferentes pares de homólogos . No entanto, diversos pares de genes localizam-se em um único par de homólogos, e nesse caso, temos a chamada ligação fatorial (genes ligados) ou ainda “linkage”. Os genes ligados passam juntos para os gametas, e um dihíbrido forma apenas dois tipos de gametas, ao invés de quatro, como ocorre nos casos de segregação independente.

Nos casos de ligação fatorial, os genes são representados unidos por um traço; um indivíduo

dihíbrido é representado por e seus gametas por ab E AB. Nos testes de cruzamento para casos de segregação independente e ligação fatorial de dois pares Aa e Bb, temos:

Portanto, na ligação fatorial são obtidos na descendência apenas dois fenótipos na proporção de 1:1, enquanto na segregação independente, ocorrem quatro fenótipos, na proporção de 1:1:1:1.

homólogo – diz-se dos corpos orgânicos que preenchem as

mesmas funções e sofrem as mesmas metamorfoses; correspondente.

PERMUTAÇÃO Os genes ligados, nem sempre permanecem juntos: durante a prófase l da meiose, quando se formam as tétrades ou bivalentes, podem ocorrer permutas (crossing-over) entre duas cromátides homologas, e então os genes alelos mudam de posição. A permutação entre as cromátides homólogas, resulta sempre em duas cromátides que permanecem inalteradas e duas com pedaços trocados. As primeiras são idênticas aos cromossomas dos pais. As segundas são chamadas cromátides recombinantes por apresentarem novas combinações gênicas. A freqüência de “crossing-over” corresponde à porcentagem total de gametas com cromátides recombinantes que por sua vez depende da porcentagem de células envolvidas no processo. Assim, se entre os pares

, 20% das células apresentam permutação, temos:

cromátides – substância de que é formado o núcleo

celular.

Amoroso Deus, planta-nos firmemente em Cristo. Ajuda-nos a compreender os teus ensinamentos e firmar nossas vidas sobre eles. Em nome de Jesus. Amém.

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Portanto, são obtidos 90% de gametas parentais (45% AB e 45% ab) e 10% de gametas recombinantes (5% Ab e 5% aB). Neste caso, a freqüência de permutação é igual a 10% (ou 0,1).

INTERAÇÃO GÊNICA É o caso de genes pertencentes a pares diferentes e herdados de modo independente, que atuam em conjunto para produzir um dado caráter. Mesma quando dizemos que uma característica é condicionada por um só par de alelos, sabe-se que sua manifestação depende da ação de outros genes que permitem a atuação desse par. Portanto, a “construção” de um organismo requer a participação de grande número de genes – cerca de 2 000 na bactéria Escherichia coli, 5 000 na Drosóphila e 200 000 no homem. Para interação gênica de pares de alelos de segregação independente, é cálida a 2ª lei de Mendel, porém as proporções fenótipicas em F2. são alteradas. A herança da forma da crista em galináceos é um exemplo de interação gênica não-epistática. Existem quatro tipos de crista: simples, ervilha, rosa e noz.

drosófila – mosca do vinagre, da banana. Material de

numerosas observações e experiências de genética. Diz-se drosófila porque recolhe e absorve o orvalho.

Wyandotte → crista rosa → gene R, mas não o E; Brahma → crista ervilha → gene E, mas não o R; Laghom → crista simples → não possuem R nem E (rree).

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A proporção fenótipica obtida em F2 no exemplo é de 9 : 3 : 3 : 1, e é igual à obtida pela Segunda Lei de Mendel. A diferença é que, pela Segunda Lei de Mendel, aparecem duas características e, neste caso de interação gênica, aparece apenas uma característica com quatro fenótipos.

GENES ADITIVOS Neste caso, a presença de pelo menos um gene dominante de qualquer um dos pares que atuam na determinação do caráter considerado, é responsável por uma mesma variedade fenótipica. Quando A e B ocorrem juntos, manifestam um fenótipo diferente do fenótipo que manifestariam separadamente. Ainda uma terceira variedade fenótipica é devida à ausência de genes dominantes de qualquer um dos pares. Exemplo: Caráter X → Aa e Bb Variedade fenótipica 1 → A__bb ou aaB__ Variedade fenótipica 2 → A __B__ Variedade fenótipica 3 → aabb

Aplicação: caráter “forma do fruto” em abóbora.

Esférica → presença de pelo menos um alelo dominante: A__bb ou aaB__

Discóide → presença tanto do gene A como do gene B: A__B__

Alongada → aabb

Cruzamentos: a) Esférico X Esférico

AAbb ↓ aaBB Discóide (AaBb) b) Discóide X Discóide

AaBb ↓ AaBb F2 ⇒ proporção fenótipica: 9/6/1 Trata-se de um caso de genes aditivos.

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GENES EPISTÁTICOS Epistasia é um tipo de interação gênica no qual um gene de um certo locus inibe o efeito dos genes do outro lócus, isto é, quando um gene, ao invés de determinar uma característica, impede a manifestação de outro não-alelo.

O gene A é dominante sobre seu alelo a e, ao mesmo tempo, é epistático sobre o par B b, inibindo seu efeito. Os genes B e b são considerados hipostáticos.

EPISTASIA DOMINANTE É quando o alelo de um par inibe a ação dos alelos do outro par. branca → W Exemplo: cor da moranga amarela → Y verde → wwyy

O gene W inibe a ação Y. Então W__Y__ manifestam fenótipo W__yy branco

wwY__ manifestam fenótipo amarelo

wwyy manifestam fenótipo verde

Cruzando-se heterozigotos para esses genes:

A proporção na epistasia dominante é:

12/3/1

A cor dos pêlos, em cães: Genes: l → é epistático sobre M e m i → permite a manifestação de cor M → preta m → marrom Cruzando:

EPISTASIA RECESSIVA Ocorre quando um par de genes alelos recessivos inibe a ação de genes de outro par, localizados em cromossomas não homólogos. Exemplo: cor dos pêlos em ratos Genes: P → produz pigmento preto p → não produz A → produz pigmento amarelo a → não produz

O par pp inibe a ação do alelo A.

Cruzamento:

A proporção fenótipica desse tipo de epistasia é:

9/3/4 Em outro exemplo de epistasia dominante, encontramos em galináceos da raça Leghorn, onde o gene C condiciona plumagem colorida, enquanto a dupla cc determina a cor branca. O gene l é epistático sobre C. Para que os galináceos da raça Leghom sejam coloridos, devem existir duas condições:

Possuírem no genótipo, pelo menos um C. Não possuírem no genótipo nenhum gene l.

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EPISTASIA RECESSIVA DUPLICADA Ocorre quando o par de alelos recessivos aa de um lócus inibe a ação de genes de outro par e, mesmo tempo, o par de alelos bb inibe a ação dos alelos A e a. Então temos: aa epistatico sobre A e b bb epistatico sobre A e a Quando os dois dominantes estão presentes juntos (A__B__), eles se complementam, produzindo um outro fenótipo. Flor da ervilha-de-cheiro colorida (= púrpura) branca Para haver cor, é preciso que estejam juntos 2 genes: P e C; faltando um, a cor será branca.

OBSERVAÇÃO: Neste caso, em que a manifestação de um fenótipo vai depender da presença de dois ou mais genes que se complementam, tornamos a falar em interação gênica de genes complementares.

Aplicação: Na espécie humana, o gene D controla o caracol (ouvido), enquanto o gene E controla o

nervo auditivo. Faltando um deles, o individuo será surdo. Então temos:

PLEIOTROPIA Falamos em pleiotropia quando um oar de genes pode ser responsável pela determinação de dois ou mais caracteres.

Um par de genes → Vários caracteres

CASOS DE PLEIOTROPIA 1. Em camundongos há um par de alelos que determina a cor da pelagem e o grau de agressividade dos mesmos.

Observa-se que os brancos são domesticáveis e os cinzentos não. Não existe exceção a essa regra. 2. O mesmo par de genes, em ervilhas, determina flores brancas e sementes com envoltório branco. 3. Na espécie humana, um único par é responsável pela síndrome de Laurence: obesidade, demência e hipoplasia genital (desenvolvimento precário). 4. A sindrome de Marfan, que causa aracnodactilia (aspecto radiológico da mão lembra pernas de aranha), defeitos cardíacos e oculares, sendo indissociáveis, é determinada por genes pleiotrópicos. 5. Em drosófilas há 2 alelos que condicionam a cor dos olhos, formam os túbulos de Malpighi e criam os envoltórios testiculares.

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HERANÇA QUANTITATIVA É aquela em que a variação entre os fenótipos é contínua, como na estatura das pessoas, em que podemos ter medidas como 1,70m; 1,71m; 1,72m; etc., diferentemente da herança qualitativa, em que os fenótipos apresentam qualidades alternativas, como sementes lisas ou rugosas, flores vermelhas ou brancas, cor dos olhos azuis ou verdes, etc... Na herança quantitativa, intervém vários pares de genes, cujos efeitos se acumulam, permitindo uma continuidade fenótipica, em que é tanto maior o número de fenótipos, quanto maior for o número de pares de genes envolvidos. O ambiente desempenha um papel muito importante nesse tipo de herança. Suponhamos que uma variedade de milho, com espigas longas, apresente o genótipo AABBCC, e outra, com espigas curtas, aabbcc. Vamos supor ainda, que o ambiente afete ambos os genótipos de maneira idêntica, e que cada alelo representado pelas letras minúsculas permita a o crescimento de 1 cm no comprimento das espigas, enquanto os representados pelas letras maiúsculas propiciem cada um, um crescimento de 3 cm. Nessas condições, plantas com genótipo AABBCC apresentariam espigas com 18 cm de comprimento enquanto aquelas com genótipo aabbcc teriam espigas com 6 cm. Cruzando-se plantas AABBCC com aabbcc, em F1, todas as plantas apresentariam genótipo AaBbCc, correspondente a espigas de tamanho intermediário (12cm). Do cruzamento entre essas plantas, resultariam em F2, 64 combinações genotípicas, responsáveis pela ocorrência de plantas com tamanhos variáveis entre 6 e 18 cm. Aplicação: Considerando os dados sobre o modelo hipotético de herança do comprimento da espiga de milho, dê os fenótipos das plantas envolvidas no cruzamento AaBbCc X aaBbCc, e os genótipos e fenótipos obtidos entre os descendentes. Planta AaBBCc ⎯ espigas com 14 cm Planta aa BbCc ⎯ espigas com 10 cm

GAMETAS E COMBINAÇÕES POSSÍVEIS: GENÓTIPOS E FENÓTIPOS

GAMETAS

ABC

ABc

aBC

aBc

aBC AaBBCC 16cm

AaBBCc 14cm

aaBBCC 14cm

aaBBCc 12cm

aBc AaBBCc 14cm

AaBBcc 12cm

aaBBCc 12cm

qqBBcc 10cm

abC AaBbCC 14cm

AaBbCc 12cm

aaBbCC 12cm

aaBbCc 10cm

abc AaBbCc 12cm

AaBbcc 10cm

aaBbCc 10cm

aaBbcc 8cm

HERANÇA DA COR DA PELE

Davenport, em 1913, observando a descendência de casais de mulatos, classificou os indivíduos em cinco tons de pele diferentes, e propôs que a existência dessas características estaria condicionada à participação de dois pares independentes de genes, Aa e Bb. Os genes A e B, permitiriam a síntese de maior quantidade de melanina (o pigmento responsável pela cor da pele), enquanto os genes a e b condicionariam a existência de pequena quantidade desse pigmento. Considerados os efeitos acumulativos desses genes, os vários genótipos e fenótipos para a cor da pele seriam:

GENÓTIPOS FENÓTIPOS AABB negro AABb ou AaBB mulato escuro AAbb, AaBb ou aaBB mulato médio Aabb ou aaBb mulato claro aabb branco

Na próxima figura estão as proporções esperadas entre os descendentes de um casal de mulatos médios com genótipo AaBb. Repare que existem cinco classes fenotípicas diferentes, numa proporção 1:4:6:4:1.

Na verdade a variação dos tons de pele humana é maior do que a usada na classificação de Devenport, e por isso atualmente julga-se que quatro ou mais pares de genes participam da herança dessa característica.

Nós te agradecemos, Senhor, por todas as tuas bênçãos. Somos gratos pelo teu amor e providencia que jamais falham. Amém Sempre nos surpreendemos ao contarmos as bênçãos de Deus.

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TESTES 01. Um gene é dito epistático quando: a) Exerce dominância completa sobre o seu alelo

recessivo. b) Apesar de dominante, não impede a

manifestação de outro gene que não seja seu alelo.

c) Mascara ou impede a manifestação de outro gene que não seja seu alelo.

d) é responsável por mais de dois caracteres fenotípicos.

e) Sua manifestação é alterada pelo ambiente. 02. Supondo-se que a cor da pele humana seja

condicionada por apenas dois pares de genes (A e B) dominantes, qual a probabilidade de um casal de mulatos médios, ambos com genótipo AaBb, ter um filho preto?

a) 1/16 b) 4/16 c) 8/16 d) 6/16 e) 5/16 03. Certa característica quantitativa depende d

ação de quatro pares de genes. Do cruzamento entre dois indivíduos com genótipo AaBbCcDd, resultam:

a) 8 classes fenotípicas. b) 9 classes fenotípicas. c) 1p classes fenotípicas. d) 12 classes fenótipicas. e) 16 classes fenotípiccas. 04 Do casamento de dois mulatos médios resultou

uma geração com 1/4 de mulatos escuros, 2/4 de mulatos médios e 1/4 de mulatos claros. O genótipo do casal é:

a) AaBb X AaBb b) AAbb X AaBb c) AAbb X AAbb d) aaBB X aaBB e) aaBB X aaBb 05. Um casal de surdos teve dois filhos com

audição normal. Sabendo-se que a surdez é determinada por qualquer dos genes recessivos, d ou e, em homozigose, espera-se que o genótipo dos filhos seja:

a) ddee d) DDEE b) DdEE e) DDee c) DdEe 06. (Unimep-SP) Sabe-se que, de uma maneira

geral, cada par de genes alelos determina uma única característica, porém há casos onde um mesmo par de genes, sob as mesmas condições ambientais, determina dois ou mais caracteres. Esse fenômeno é conhecido como:

a) epistasia b) genes aditivos c) interação gênica d) pleiotropia e) genes quantitativos.

07. Considere: I Epistasia II. Herança quantitativa III Polialelismo A herança de pelagem de coelhos, que apresentam cinco gradações entre preto e branco, poderia ser explicada por: a) Apenas I b) Apenas III c) Apenas I e III d) Apenas II e) I, II e III. 08. (UFJF-MG) Em certas variedades de pimentas,

o cruzamento de plantas de frutos marrons puras com outras de frutos amarelos puras resulta em F1 = 100% de indivíduos com frutos vermelhos. Na F2, foram obtidas 182 plantas com frutos vermelhos, 59 com frutos marrons, 61 com frutos amarelos e 20 com frutos verdes. A partir destes dados, é correto concluirmos que os indivíduos com:

a) Frutos vermelhos resultam da combinação , em homozigose, para um único par de genes.

b) Frutos marrons são homozigotos dominantes ou heterozigotos para um par de genes, sendo que os demais genes que eles possuem pra cor de frutos devem ser recessivos.

c) Frutos verdes são resultantes da presença de um gene simples dominante, independentemente da presença de outros genes.

d) Frutos amarelos resultam da homozigose de um gene dominante, sendo que os demais genes que ele possui para cor de frutos são recessivos.

e) Frutos vermelhos são determinados por um par de genes dominantes, enquanto indivíduos com frutos verdes são determinados por um par de genes recessivos.

09. (F. OBJETIVO-SP) Com referencia à chamada

herança quantitativa, se por cruzamentos obtemos em F2 a proporção de 1/64 para classe fenótipica extrema, podemos deduzir que está(ao) envolvido(s) (considere os paternais como de linhagem pura):

a) 1 par de polegenes. b) 2 pares de poligenes. c) 3 pares de poligenes. d) 4 pares de poligenes. e) 5 pares de poligenes. 10. Dois indivíduos de crista noz, quando cruzados,

produziram apenas seis descendentes, que apresentaram os seguintes fenótipos: 1 rosa, 4 noz e 1 simples. Com base nesses dados, pode-se dizer que o genótipo dos pais é:

a) RrEe b) RREE X RrEe c) rrEe X RRee d) rrEE X rree e) RrEe X RrEe

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Utilize os dados a seguir para resolver as questões 11 e 10.

No milho existem dois genes dominantes (A e B), localizados em cromossomas não homólogos que interagem na manifestação do caráter cor da aleurona. Quando juntos, manifestam aleurona colorida. Assim, os genótipos A__B__ manifestam aleurona colorida e as demais combinações genéticas produzem aleurona incolor. Cruzando-se duas linhagens incolores e puras, obtiveram-se em F1, todos os indivíduos com aleurona colorida. 11. Quais os prováveis genótipos da geração

parental? a) aaBB e AAbb b) AABB e aabb c) AaBb e aabb d) aabb e AaBB e) AAbb e Aabb 12. Quais as proporções genotípicas e as

respectivas proporções fenotípicas esperadas do cruzamento F1 X F1?

13. (UFPI) A herança da altura, nos seres humanos,

é um fenômeno complexo, envolvendo vários genes, em diferentes cromossomas. É correto afirmar, em relação à altura:

01) O meio ambiente não tem influencia sobre a manifestação desta característica.

02) Os genes envolvidos na herança da altura são todos alelos entre si, ocupando o mesmo loco (locus).

04) A cor da pele e o peso são características herdadas através do mesmo mecanismo que a altura.

08) Os indivíduos diferem, quanto à altura, de forma contínua, o mesmo ocorrendo com outras características determinadas pelo mesmo tipo de herança.

16) O efeito dos genes que determinam a altura é cumulativo.

32) A altura é uma característica determinada por herança quantitativa.

GENÉTICA

TIPOS DE HERANÇA

HERANÇA DOS CROMOSSOMAS SEXUAIS Entre os cromossomas X e Y existem diferenças quanto ao tamanho e à quantidade de genes que cada um comporta. Desta maneira, podemos considerar o fato sob dois aspectos:

Os cromossomas X e Y apresentam regiões que são homólogas , isto é, existe uma região no cromossoma X apresentando genes que possuem alelos na região correspondente de Y. Sendo assim, estes genes se transmitem da mesma maneira que os genes autossômicos.

Os cromossomas X e Y apresentam regiões

não homólogas, isto é, o cromossoma X tem uma região com genes que não têm alelos em correspondência em Y; o cromossoma Y, por sua vez, também tem genes sem alelos em X. Naturalmente, estes genes comportam-se de maneiras diferentes, porque:

• Os genes que ocorrem apenas no cromossoma Y só são observados nos indivíduos do sexo masculino e denominam-se holândricos.

• Os genes exclusivos do cromossoma

X, mesmo quando recessivo, expressam-se nos machos, já que não possuem alelos em Y. Nas fêmeas, esses genes recessivos só produzirão seus efeitos fenótipos nos indivíduos homozigotos.

Os genes situados somente no cromossoma

X são chamados sex-linked.

HERANÇA LIGADA AO SEXO Os genes estão situados só no cromossomas X (genes sex-linked). Exemplos: daltonismo, hemofilia, distrofia muscular

homologa – diz dos corpos orgânicos que preenchem as

mesmas funções e sofrem as mesmas metamorfoses; correspondentes.

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progressiva de Duchene; cor dos olhos em drosófila.

OBSERVAÇÃO: Os símbolos dos genes presentes nos cromossomas sexuais, são colocados como índices das letras dos cromossomas. Ex.: Xd – gene para daltônico Xh – gene para hemofilia

Aplicação: Que tipo de filhos pode ter um casal normal, cuja mulher é portadora do gene para hemofilia?

HERANÇA RESTRITA AO SEXO (HERANÇA HOLÂNDRICA)

Os genes estão situados somente no cromossomo Y (genes holandricos) Ex.: hipertricose auricular, ictiose.

HERANÇA INCOMPLETAMENTE LIGADA AO SEXO

Os genes estão situados nas regiões homologas de X e Y. Ex.: cegueira diurna (mal de Oguchi).

HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO Aqui os genes não estão situados nos cromossomas sexuais, porem a sua relação de dominância (variação de dominância), depende do sexo do indivíduo. Ex.: calvície.

HERANÇA LIMITADA AO SEXO Os genes, também neste caso, não estão localizados nos cromossomas X e Y; existem, nos dois sexos, mas só se manifestam em um deles.

Ex.: câncer de mama nas mulheres; aptidão para o choco (galinhas); secreção de leite do gado (fêmea).

TESTES 01. (PUC-PELOTAS-RS) Um casal normal teve um

filho hemofílico. Com relação a esse fato, pode-se afirmar que:

a) O pai é portador de gene para a hemofilia. b) A mãe é portadora de gene para a hemofilia. c) Ambos os pais são portadores de gene para a

hemofilia. d) Filhos hemofílicos ocorrem apenas quando o pai

apresenta a característica. e) Pais normais nunca podem ter filhos

hemofílicos. 02. (UNIFICADO-RJ)

Em se tratando de um caso de herança recessiva sex-linked, a análise do heredograma permite afirmar com absoluta segurança que é portador do gene da doença, o individuo assinalado com o número: a) 1 d) 8 b) 3 e) 13 c) 7 03. (FUVEST-SP) Em ratos, a coloração da pelagem

é condicionada por uma série alélica autossômica:

Ay – pelagem amarela A – agouti (selvagem) a – preto A relação de dominância corresponde à ordem

em que foram ciltados. O gene Ay é pleiotrópico, pois, além de presidir a manifestação da cor amarela, é ainda, embrionariamente letal quando em homozigose. Determine os descendentes viáveis nos cruzamentos entre AyA X Aya.

Ser sustentado pelas mãos de Deus é estar sustentado em infinito amor.

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04. (PUC-PELOTAS-RS) Pleiotropia é o fenômeno em que:

a) Um único gene determina a manifestação de uma característica.

b) 2 pares de genes determina a manifestação de uma característica.

c) Um único par de genes influencia a manifestação de diversas características.

d) Um único par de genes influencia a manifestação de uma característica somente.

e) vários pares de genes influenciam a manifestação de uma única característica.

05. (UF UBERLÂNDIA – MG) A hipertricose na

orelha é condicionada por um gene localizado na parte não-homóloga do cromossoma Y (gene holândrico). Um homem cujo avô paterno tinha hipertricose, casa-se com uma mulher normal e sem hipertricose na família. Esse casal tem descendentes com os seguintes fenótipos:

a) Todas as mulheres são portadoras do gene e todos os homens apresentam hipertricose.

b) Todas as mulheres são normais e todos os homens apresentam hipertricose.

c) 50% das mulheres e dos homens apresentam hipertricose.

d) 100% das mulheres são normais, enquanto que 25% dos homens apresentam hipertricose.

e) Toda a descendência de ambos os sexos é normal.

06. (FCMSC-SP) Considere o seguinte esquema dos

cromossomas sexuais humanos:

Os genes que determinam daltonismo e hemofilia devem estar situados:

a) Apenas no segmento I. b) Nos segmentos I e II, respectivamente. c) Nos segmentos II e I, respectivamente. d) Apenas no segmento II. e) Nos segmentos I ou II, indiferentemente. 07. (FUVEST-SP) Em uma população panmílitica de

tamanho n = 10 000 indivíduos, em relação ao sistema sangüíneo MN existem 900 indivíduos do grupo N. Quantos indivíduos MN deverão ser encontrados, teoricamente?

a) 9 100 b) 2 100 c) 4 200 d) 8 400 e) 5 100

08. (PUC-SP) No homem, a surdez congênita é devida à homozigose de apenas um dos dois genes recessivos, d ou e. São necessários os dois genes dominantes D e E para a audição normal. Desse modo, Fernando, que é surdo, casou-se com Lúcia, que também é surda. Tiveram 6 filhos, todos de audição normal. Portanto, você pode concluir que o genótipo dos filhos é:

a) DDee b) ddEE c) DdEe d) DDEE e) DDEe 09. (FUVEST-SP) a DISTROFIA MUSCULAR

Duchenne, uma anomalia que ocorre na espécie humana e que impede a reprodução do indivíduo, é condicionada por um gene recessivo ligado ao cromossomo X. De acordo com esses dados é esperado que:

a) O gene responsável pela doença seja transmitido pelos homens afetados aos filhos de suas filhas.

b) Nem todas as mães de crianças afetadas sejam portadoras.

c) Metade dos descendentes das mulheres portadoras seja afetada.

d) 25% das irmãs de uma criança afetada sejam portadoras.

e) Não existem crianças do sexo feminino afetadas.

10. (Fuvest-sp) Pedro e seus filhos João e Maria

têm uma doença determinada por um gene dominante. Não há outros afetados na família. Esse gene:

a) está no cromossomo X. b) esta no cromossomo Y. c) está num autossomo. d) pode estar no cromossomo X ou no Y. e) pode estar no cromossomo X ou num

autossomo. 11. Se o número diplóide das abelhas produtoras

de mel é 16, quantos cromossomos serão encontrados nas células somáticas do zangão (macho)?

a) 16 b) 10 c) 12 d) 32 e) 8 12. (OMEC-SP) O estudo do cariótipo de uma

mulher que apresenta a síndrome de Turner indica a seguinte constituição cromossômica:

a) 2AXX b) 2AXXY c) 3AXX d) 2AXO e) 2AXXX

surdez congênita – na verdade, é hereditária e não

congênita.

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ORIGEM DA VIDA E EVOLUÇÃO

INTRODUÇÃO

A evolução orgânica é o mais importante princípio geral da biologia. Suas implicações ultrapassam o limite dessa ciência, ramificando-se por todas as fases da vida humana. A evolução trata das mudanças sofridas pelas plantas e animais; os seres que atualmente existem, descendem de outras plantas e animais que sofreram modificações através do tempo.

ORIGEM DA VIDA A criação da vida é algo por demais complexo e intangível, que envolve não apenas uma sucessão de eventos dentro de uma escala cronológica, mas também aspectos tecnológicos e filosóficos. Uma minúscula bactéria possui o mesmo princípio vital que um enorme elefante, princípio este que os diferencia das pedras e outros corpos brutos (inanimados). Mas afinal, o que é vida? É matéria, ou uma propriedade desta? Toda a vida existente na Terra depende da energia fornecida por uma estrela central de nossa Via Láctea, o Sol. Se essa energia fosse cortada, nosso planeta se congelaria. São inúmeras as hipóteses que tentam explicar a origem do universo. De todas, a mais aceita atualmente é a que admite a origem do universo a partir de uma violenta explosão (“big bang”). Entretanto, não se tem dúvidas de que este mesmo universo se encontra em expansão.

HIPÓTESES

ABIOGÊNESE OU GERAÇÃO ESPONTÂNEA

Cerca de 2000 anos atrás surgiu a idéia de que a vida poderia se originar espontaneamente da matéria bruta. Aristóteles e outros sábios da época acreditavam que larvas poderiam surgir do lodo, do lixo e da terra, assim como outros bichos poderiam, aparecer de outros materiais. Aristóteles admitia que, para um ser vivo se originar da matéria bruta, esta teria que apresentar o “princípio ativo” que faria uma pedra se transformar num peixe, desde que as condições fossem favoráveis. A crença em tal princípio perdurou durante anos. Em meados do século XVII, Von Helmont, naturalista belga, chegou ao cúmulo de formular uma receita para produzir camundongos: Camisa suja + germe de trigo 21 dias ratos Nesta receita absurda, o principio ativo seria o suor da camisa.

A “teoria” da abiogênese começou a desmoronar a partir das experiências do italiano Francesco Redi, em meados do século XVII. Redi demonstrou que os “vermes” (larvas de mosca) que surgem na carne em putrefação não apareciam espontaneamente, mas eram provenientes de ovos de outras moscas que por ali haviam estado.

John Needham, inglês adepto da abiogênese, submeteu tubos de ensaio contento sucos vegetais, caldo de galinha e outros nutrientes ao aquecimento. Numa etapa seguinte fechou os tubos e novamente os aqueceu. Depois de alguns dias observou pequenos organismos, alegando que teriam surgido espontaneamente a partir do material bruto das soluções dos tubos de ensaio.

Por volta de 1770, Spallanzani colocou

diversas soluções vegetais e outros líquidos nutritivos em determinados frascos que foram hermeticamente fechados e aquecidos até a fervura. Não surgiu nenhum micróbio lá dentro. Assim, Spallanzani criticou Needham, dizendo que o mesmo não tinha esterilizado satisfatoriamente os frascos, por isso surgiram os micróbios.

putrefação – apodrecimento; decomposição de matérias

albuminóides; podridão.

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Porém, Needham contra-atacou, afirmando que Spallanzani ferveu demais as soluções nutritivas, o que teria destruído o “principio ativo” das mesmas.

Louis Pasteur foi o pesquisador que por fim, confirmou os resultados obtidos por Redi em seus experimentos Somente na segunda metade do século passado, utilizando-se de balões de vidro com gargalo em forma de “S” (pescoço de cisne). Pasteur alterou o rumo da origem da vida: colocou dentro de cada frasco, vários tipos de soluções nutritivas, como suco de beterraba, levedo de cerveja e outras. Deixando ferver durante alguns minutos, Pasteus observou os vapores saindo pela boca do frasco. Deixando em seguida esfriar o frasco, não observou nenhum tipo de organismo em seu interior: os fungos e bactérias do ar ficavam retidos nas paredes das curvas do gargalo. Desta forma surgiu a biogênese , teoria segundo a qual os seres vivos surgem a partir de outros pré-existentes.

biogênese – hipótese ou teoria sobre a origem da vida.

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HIPÓTESE DOS COSMOZOÁRIOS

Sugere que esporos de micróbios teriam sido trazidos pela poeira cósmica, provenientes de outros corpos celestes, alcançando nosso planeta. A partir daí germinaram, desenvolvendo outras formas de vida.

TEORIA DE OPARIN Segundo o russo Oparin (na década de 30 deste século), na atmosfera primitiva da Terra circulavam os seguintes gases: CH4 (metano), NH3 (amônia), H2 (hidrogênio) e vapor d’água. Estes gases, sob altas temperaturas, atingidos por violentas descargas elétricas e raios ultravioletas do Sol, combinaram-se, originando substâncias chamadas aminoácidos . Os aminoácidos trazidos para o solo pelas chuvas (saturação do vapor d’água), se combinaram e formaram as proteínas. Estas, já nas águas dos mares primitivos, formavam gotículas de colóides . A interpenetração dos colóides levou a formação dos coacervados. Estes são misturas de colóides, nas quais micelas diferentes se envolvem por camadas comuns de água e, em vez de se notar a constante repulsão individual das micelas, já que são dotadas de cargas elétricas, verifica-se uma repulsão n continua de blocos micelares. É oportuno lembrar que o protoplasma das células apresenta seu conteúdo no estado coloidal. Segundo Oparin, as principais diferenças entre um coacervado complexo e um organismo vivo primitivo seriam: • Os seres vivos constituem sistemas isolados

do ambiente pelo menos por uma fina película (membrana).

• As reações químicas (metabolismo), são rigorosamente ordenadas e “programadas”, e não ocorrem de forma desordenada como na “sopa orgânica” que teria se formado nos oceanos primitivos.

Hoje conclui-se que nos primeiros

coacervados ocorreu a formação de enzimas . Estas proteínas especiais passaram não só a dar certa orientação às reações químicas que ocorriam dentro desses sistemas, como também eram capazes de se autoconstruírem com matéria-prima proveniente do meio ambiente.

Os coacervados, então diferenciaram-se nas primeiras células vivas, que eram

aminoácidos – termo genérico que designa os ácidos orgânicos nos quais foram substituídos um ou mais átomos de hidrogênio pelo radical pelo radical NH.

colóides – corpo que não se cristaliza ou se o faz é com dificuldade.

protoplasma – Denominação dada por Purkinje, em 1840, à matéria transparente granulosa que constitui parte de suma importância da célula dos organismos vivos: o mesmo que citoplasma.

enzimas – diástase, fermento solúvel.

consumidoras (heterotróficas). Somente mais tarde, quando apareceu a clorofila surgiram as primeiras células autotróficas (que fazem fotossíntese).

Em 1953, Stanley L. Miller testou a hipótese do russo Oparin, construindo um sistema em que circulavam os gases e, sob a ação da descargas elétricas, verificou que a mistura resultante no processo continha aminoácidos.

EVIDENCIAS DA EVOLUÇÃO Essas evidências são colocadas dentro de provas que pertencem a diferentes categorias e que podem ser resumidas em:

ANATOMIA COMPARADA Se analisarmos a organização dos seres vivos, identificaremos na célula o dado comum. À medida que se tomam mais complexos, os animais passam a ter tecidos especializados, órgãos e sistemas, o mesmo acontece com as plantas. Os caracteres que possuem a mesma origem embrionária, são chamados homólogos e indicam que os animais em questão têm um antepassado ou mais antepassados comuns: esqueletos que formam as asas das aves, as asas dos morcegos e dos répteis voadores extintos

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(pterodáctilos ). Já os caracteres puramente adaptativos, de função semelhante mas de origem embrionária diversa, constituem os chamados órgãos análogos: asas dos insetos, asas de galinhas, asas de morcego.

FISIOLOGIA COMPARADA Ao lado das semelhanças morfológicas (estruturais inúmeras semelhanças fisiológicas e químicas evidenciam o parentesco de diversas espécies. Assim, por exemplo, as diversas enzimas digestivas presentes nos diversos grupos de animais, cuja digestão ocorre no tubo digestivo são exatamente iguais. Da mesma forma, certos hormônios produzidos em glândulas endócrinas de certos animais, provocam reações semelhantes quando injetados em animais radicalmente diferentes.

EMBRIOLOGIA COMPARADA As semelhanças entre os embriões de grupos taxionômicos diferentes nas primeiras etapas do desenvolvimento, sugerem que todos eles repetem o padrão estabelecido por um tipo inicial do qual derivaram estas espécie.

ÓRGÃOS VESTIGIAIS As estruturas que não apresentam uso e têm tamanho reduzido, recebem o nome de órgãos vestigiais ou rudimentares. Tais estruturas eram funcionais e necessárias em períodos antepassados, mas perderam seu significado em face de alterações do meio ou ambiente e no hábito de vida do animal, encontrando-se pois em processo de extinção. Muitos peixes cavernícolas têm olhos reduzidos ou ausentes, ao passo que formas próximas que vivem ao ar livre possuem olhos.

pterodáctilo ou pterodátilo – que tem os dedos ligados

por membrana; réptil fóssil.

FÓSSEIS A Paleontologia é o ramo da biologia que estuda os fósseis. A palavra fóssil vem do latim e significa aquilo que se extrai da terra por escavação, e que representa traço ou vestígio pertencentes a animais ou plantas que se tenham extinguido. Dentro das provas da evolução, os fósseis ocupam lugar de importância, uma vez que, através dos mesmos, vemos perpassar diante de nossos olhos, a história da vida através da transformação dos seres viventes. Nas séries contínuas, a evolução mostra-se em seus mínimos detalhes. Não é correto imaginar que o homem tenha surgido na Terra por evolução a partir dos macacos. Na verdade, o gorila, o chimpanzé, o orangotango, o gibão, o babuíno e os símios de diversos tipos, do Novo e do Velho Mundo, surgiram todos mais ou menos na mesma época que o homem. A partir de um tronco primitivo comum, o Propilopilhecus, que existiu há cerca de 55 milhões de anos, foram ocorrendo ramificações na linhagem evolutiva que levaram ao aparecimento dos mais variados tipos de primata . O homem surgiu no fim de uma dessas linhas de evolução.

paleontologia – tratado ou ciência dos animais e vegetais

fósseis compreende a Paleozoologia e Paleobotânica e constitui importante elo entre a Biologia (estudando os restos dos organismos) e a Geologia (porque trata das formações rochosas que abrigam esses restos).

primata – espécime dos Primatas ou Primates, ordem de mamíferos que compreende os macacos e, segundo muitos autores contemporâneos, o homem.

Em Cristo temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência. (Efésios 1:7-8)

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TEORIAS SOBRE O PROCESSO EVOLUTIVO AS IDEIAS DE LAMARCK

Para Lamarck, que propôs o termo biologia como ciência que estuda os seres vivos, a transformação das espécies seria explicada por dois princípios básicos:

LEI DO USO E DESUSO Se um ser vivo tivesse de utilizar um órgão mais do que os outros, em conseqüência de necessidades impostas pelo meio ou ambiente, esse órgão hipertrofiaria, ocorrendo em caso de desuso.

LEI DA HERANÇA DOS CARACTERES ADQUIRIDOS As características adquiridas durante a vida de um indivíduo em conseqüência do uso e desuso dos órgãos, seriam transmitidas aos descendentes, tornando-se hereditárias. Assim, Lamarck explicava a ocorrência de um pescoço longo na girafa da seguinte maneira: essa espécie teria de originado de ancestrais de pescoço muito curto, cujo comprimento teria aumentado ao longo das gerações, graças ao fato de eles se alimentarem de folhas de árvores, o que obrigaria a um uso continuo daquele órgão, com conseqüente hipertrofia . Essa característica

hipertrofia – aumento de tamanho de um órgão ou de

parte do organismo, devido ao engrandecimento volumétrico de seus elementos constitutivos; o mesmo que hipertrofia simples; desenvolvimento excessivo.

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adquirida teria se tornado hereditária, de maneira que crescimentos de pescoço em gerações sucessivas se acumulariam, dando origem às características atuais da girafa. A lei do uso e do desuso tem uma certa lógica: um halterofilista tem seus músculos desenvolvidos devido a uma maior utilização. Porém, as características adquiridas por um organismo não são transmitidas aos descendentes. O cientista Weissman realizou experimentos em que cortava o rabo de ratos, cruzava-os, e fazia o mesmo com os descendentes durante mais de 20 gerações, sem que passassem a nascer ratos sem cauda, mostrando que essa característica adquirida não era transmitida hereditariamente. Ainda de acordo com Lamarck, coelhos teriam orelhas longas em resposta à freqüente solicitação da audição, para perceber a aproximação de predadores; cactáceas teriam suas folhas reduzidas a espinhos como necessidade de adaptação à economia de água; bactérias tornar-se-iam resistentes a antibióticos para se adaptarem à presença do agente químico.

A TEORIA EVOLUCIONISTA DE DARWIN Os pontos básicos da teoria darwiniana são os seguintes:

VARIAÇÕES DENTRO DE UMA ESPÉCIE Numa população existem variações entre os indivíduos, sendo algumas mais favoráveis à existência em determinado ambiente do que outras.

SELEÇÃO NATURAL Os organismos com variações favoráveis à existência em determinado ambiente estão mais capacitados a sobreviver e deixar descendentes, enquanto aqueles com variações desfavoráveis tendem a ser eliminados. Assim, o ambiente seleciona os indivíduos mais adaptados. Segundo o darwinismo, o processo de aumento do pescoço das girafas sendo explicado de forma diversa da proposta por Lamarck: os ancestrais das girafas apresentariam variações quanto ao tamanho do pescoço; os que tivessem pescoço ligeiramente mais longos seriam favorecidos na obtenção de alimento no alto das árvores: portanto seriam melhor alimentados e teriam maior probabilidade de deixar descendentes que os outros. Então, pequenas variações favoráveis quanto ao tamanho do pescoço tenderiam a passar para as gerações seguintes por conferirem maiores vantagens adaptativas.

AS IDÉIAS EVOLUCIONISTAS DE DARWIN (DARWINISMO) Em meados do século passado, o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) lançou a idéia de que a evolução dos seres vivos era dirigida pela seleção natural.

O darwinismo, como ficou conhecida a teoria de Darwin, pode ser resumidamente enunciado em três conclusões, apoiadas em quatro observações:

OBSERVAÇÃO 1 As populações naturais de todas as espécies tendem a crescer rapidamente, pois o potencial reprodutivo dos seres vivos é muito grande. Isso pode ser verificado, por exemplo, quando se criam determinadas espécies em cativeiro; ao garantir condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento, sempre se observa a elevadíssima capacidade reprodutiva inerente às populações biológicas.

OBSERVAÇÃO 2 O tamanho das populações naturais, a despeito de seu enorme potencial de crescimento, se mantém relativamente constante ao longo do tempo, sendo limitado pelo ambiente (disponibilidade de alimento e locais de procriação, presença de inimigos naturais, parasitas, etc.)

Darwin registrou teorias evolucionistas no livro The origin of species by means of natural selection (A origem das espécies por meio da seleção natural), em 1859.

Nossa força vem da confiança no Senhor Deus, ajuda-nos a confiar em ti não apenas nos bons momentos, mas também nos momentos sombrios. Ensina-nos a buscar ajuda em ti, crendo que tu conheces e satisfazes nossas mais profundas necessidades. Amém.

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Explicação darwinista para a origem do longo pescoço presente nas girafas atuais. Os ancestrais das girafas, de acordo com o documentário fóssil, tinham pescoço significativamente mais curto.

CONCLUSÃO 1 Em cada região, morre grande número de indivíduos, muitos deles sem deixar descendentes.

OBSERVAÇÃO 3 Os indivíduos de uma população diferem quanto a diversas características, inclusive aquelas que influem na capacidade de explorar, com sucesso, os recursos naturais e de deixar descendentes.

CONCLUSÃO 2 Os indivíduos que sobrevivem e se reproduzem a cada geração, são, preferencialmente, os que apresentam determinadas características, relacionadas com a adaptação às condições darwinista de seleção natural, ou sobrevivência dos mais aptos.

OBSERVAÇÃO 4 Grande parte das características apresentadas pó ruma geração é herdada dos pais.

CONCLUSÃO 3 Uma vez que, a cada geração, sobrevivem os mais aptos, eles tendem a transmitir aos descendentes características relacionadas a essa maior aptidão para sobreviver, isto é, para se adaptar. Em outras palavras, a seleção natural favorece, ao longo das gerações sucessivas, a permanência e o aprimoramento de características relacionadas à adaptação. Os pontos fundamentais da teoria evolucionista de Darwin foram confirmados pela ciência contemporânea e ampliados pelas modernas descobertas científicas, servindo de base para a elaboração da teoria evolucionista atualmente aceita.

A TEORIA MODERNA DA EVOLUÇÃO O aspecto que Darvin não conseguiu explicar em sua teoria foi a origem das variações, hoja conhecida. A moderna teoria sintética da evolução (neodarwinismo) se baseia nos seguintes pontos básicos:

OCORRÊNCIA DE MUTAÇÕES E RECOMBINAÇÃO GÊNICA Responsáveis pelas variações existentes entre os indivíduos de uma população.

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SELEÇÃO NATURAL Seleção natural dos indivíduos portadores de variações que conferem maior adaptabilidade ao ambiente. Ainda em relação ao comprimento do pescoço da girafa, o que foi discutido conforme Darwin, continua válido, acrescentando-se que as variações ocorrem na população em conseqüência de mutação e recombinação gênica. Por outro lado, a resistência das bactérias aos antibióticos, conforme as três teorias evolucionistas discutidas:

• Lamarck: para sobreviver em presença de antibiótico, as bactérias desenvolvem processos que permitem resistir ao antibiótico, os quais são passados às gerações seguintes. Ao cabo de várias gerações sucessivas, essa capacidade aumentava, a ponto de o antibiótico não produzir efeito.

• Darwin: na população de bactérias existem variações, algumas das quais conferem resistência aos antibióticos. Os indivíduos com tais variações são selecionados num meio contendo antibiótico, enquanto os outros são eliminados.

• Neodarwinismo: numa população de bactérias ocorrem mutações; casualmente, uma dessas mutações pode ser responsável pela resistência ao antibiótico. Os indivíduos mutantes apresentam, então, uma variação favorável à sobrevivência e reprodução num ambiente com antibiótico, sendo portanto, selecionados. É importante ressaltar que tal mutação surgiu ao acaso e não em conseqüência de ação do antibiótico, responsável apenas pela seleção natural dos mutantes.

ESPECIAÇÃO É o processo que permite a formação de novas espécies. Para que ele ocorra, têm importância fundamental os mecanismos de isolamento reprodutivo, impedindo a troca de genes entre determinados grupos de uma população; esses grupos diferenciam-se a ponto de não poderem formar descendentes férteis em condições naturais, originando novas espécies. Os mecanismos de isolamento reprodutivo surgem por mutação, recombinação gênica e seleção natural de diferentes tipos de adaptações. São os seguintes:

DEVIDO À DIFERENÇAS DE HABITAT As populações localizam-se numa determinada área geográfica, mas ocupam habitats diferentes, de maneira que muito raramente os indivíduos estão suficientemente próximos para haver reprodução; esse mecanismo é mais comum nas plantas.

SAZONAIS OU TEMPORAIS As populações situam-se numa mesma região, porém apresentam atividades sexuais em épocas diferentes.

ETOLÓGICOS As populações estruturais nos órgãos reprodutores impedem o cruzamento de indivíduos de populações diversificadas.

MECÂNICOS Diferenças estruturais nos órgãos reprodutores impedem o cruzamento de indivíduos de populações diversificadas.

INVIABILIDADE OU ESTERILIDADE DOS HÍBRIDOS

Ocorre quando eventualmente há cruzamento entre diferentes populações, porém, com a formação de híbridos inviáveis ou estéreis. Ocorre devido a barreiras naturais – rios, mares, montanhas, florestas, lagos, etc. – que isolam uma população ou a fragmenta em pequenos grupos, impedindo os cruzamentos e, conseqüentemente, isolando diferentes conjuntos gênicos. Submetidas a pressões seletivas de diferentes ambientes, estas populações podem se diferenciar a ponto de apresentarem isolamento reprodutivo. Nesse caso, mesmo se voltarem a ter contato, elas não se reproduzirão, passando a constituir espécies diferentes.

IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA Uma população relativamente homogênea pode ter um conjunto gênico bastante grande e variado, permitindo-lhe que se adapte a condições diversas. Então podem ocorrer migrações de grupos de indivíduos para outras regiões, ou o isolamento reprodutivo dentro da mesma área. Com o tempo, esses grupos separados da população original, acumulam diferenças adaptativas, tornando-se novas espécies. Esse processo, pelo qual novos grupos podem derivar de uma mesma população ancestral por adaptação a novos ambientes, é conhecido por irradiação adaptativa. Nesses casos, temos a chamada adaptação divergente.

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ADAPTAÇÃO CONVERGENTE Organismos de origem evolutiva diversa, podem apresentar semelhanças de forma ou comportamento, por explorarem um mesmo tipo de ambiente e, portanto, sofrerem as mesmas pressões seletivas. É bem conhecida a convergência adaptativa à vida aquática observada no tubarão e no golfinho; o primeiro é um peixe, o segundo um mamífero, mas por viverem num ambiente aquático, ambos sofreram o mesmo tipo de força seletiva e convergiram para uma forma hidrodinâmica semelhante, que lhes permite eficiente deslocamento na água. Pode ser lembrado, ainda, a semelhança apresentada pelo Ictiossauro, um réptil fóssil também aquático.

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EVOLUÇÃO DO HOMEM Os cientistas concordam em admitir a origem do homem a partir de um ancestral inferior. Apenas paira a dúvida qual seria este ancestral . Afirmar que o homem provém do macaco, seria admitir a passagem direta do símio para o homem, mas a evolução não se dá com saltos. Para encontrar o elo de transição entre o homem e os antropóides, somente através de estudos geológicos e paleontológicos, através dos fósseis encontrados nas rochas sedimentares. É nos terrenos do final da era cenozóica que se encontraram os restos dos mais antigos primatas (tronco da qual evoluíram os antropóides e os hominídeos. A árvore genealógica do homem teve seu início num primata chamado Dryopithecus, um verdadeiro macaco que apareceu há cerca de 20 milhões de anos atrás – a linhagem do Dryopithecus se dividiu em três ramos. Um deles evoluiu para os ancestrais dos grandes macacos (gorilas, chimpanzés, orangotangos) que são “primos” vivos mais próximos do homem. Um outro ramo produziu o Gigantopilhecus, grande macaco que por alguns milhões de anos viveu nos vales da África, até sua completa extinção. E o terceiro ramo deu origem ao Ramapithecus, que a maioria dos antropólogos acredita ser um distante ancestral do homem.

ancestral – relativo a antecessor; antepassados. símio macaco; bugio.

Embora não tenham sido encontrados fósseis do período entre 8 milhões e 5 milhões de anos atrás, supõe-se que já para o fim desse período a linhagem dos hominídeo, dividiu-se nas espécies Austratopilhecus – robustus e africanus. Houve também terceira espécie que os antropólogos acreditam ter surgido, ao mesmo tempo, mas outros fazem derivar do austrolopithecus africanus. Mas, qualquer que seja o caso, essa terceira espécie já não era um Australopithecus, mas a primeira criatura que poderia realmente ser denominado Homo – ou homem. Os fósseis descobertos mostram que a ramificação que produziu o primeiro homem deve ter ocorrido há bem mais de 3 milhões e 500 mil anos. O Australopithecus africanus, lutando para aumentar seu suprimento de alimentos, começou a se tornar carnívoro, não caçando, mas se aproveitando das carniças ou restos deixados por outros grandes predadores. Enquanto isso, o Australopithecus robustus continuava a ser vegetariano. Ambos acabaram desaparecendo, incapazes de competir eficazmente com os grandes predadores ou com o Homo, que começava a se formar. Enquanto seus “primos” se alimentavam de carniças ou de vegetais, o Homo habilis começou a fazer instrumentos e a caçar. Ambas as atividades aceleraram a sua evolução. A fabricação de instrumentos exigia raciocínio e exigências neurológicas mais complexas, tendo dado a vantagem da sobrevivência à criatura de cérebro mais desenvolvido. Isso contribuiu para aumentar ainda mais o volume do cérebro. Para caçar, tinha ela que ser mais astuta que os animais caçados. E isso estimulou ainda mais as funções cerebrais. Além disso, fez compreender as vantagens da cooperação, fortificando os laços entre os membros do grupo e abrindo o caminho para o desenvolvimento da linguagem.

Senhor, ajuda-nos a andar no teu caminho, ao invés de apenas falarmos sobre ele. Ajuda-nos a lembrar não apenas quem somos, mas de quem somos. Amém.

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TESTES

01. (CESGRANRIO-RJ) – Em 1953, com um

aparelho bem engenhoso, o pesquisador Stanley Miller acrescentou um elemento a mais para a compreensão da origem da vida. Reproduzindo as condições ambientais primitivas no seu aparelho, conseguiu obter aminoácidos sem a participação de seres vivos, tendo usado para isso apenas:

a) ADN, ATP, acetil-coenzima A e metano. b) ADN, ATP, oxigênio, luz e calor. c) Água, nitrogênio, carbono e faíscas elétricas. d) Metano, água, NH3, H2 e descargas elétricas. e) Água, glicolse, amônia e radiação luminosa.

02. (UFES-ES) – Observe as seguintes afirmativas: I. As primeiras moléculas de nucleoproteínas

que surgiram nos mares primitivos da Terra tinham configuração semelhante aos atuais vírus, o que prova que os vírus foram os primeiros seres que surgiram no planeta.

II. Primeiramente, surgiram as bactérias, que são seres mais evoluídos que os vírus, e só depois disso é que surgiram os vírus, num aparente contra-senso aos princípios da Evolução.

III. As primeiras moléculas de nucleoproteínas que surgiram nas águas mornas dos oceanos primitivos constituíram o que chamamos hoje de protogenes.

Assinale:

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a) Se apenas I e II estiverem corretas. b) Se apenas I e III estiverem corretas. c) Se apenas II e III estiverem corretas. d) Se todas as afirmativas estiverem corretas. e) Se nenhuma afirmativa estiver correta. 03. (F.OBJETIVO-SP) – Uma das hipóteses sobre a

origem da vida na Terra presume que a forma mais primitiva de vida se desenvolveu lentamente, a partir de substância inanimada, em um ambiente complexo, originando um ser extremamente simples, incapaz de fabricar seu alimento. Esta hipótese é conhecida como:

a) Geração espontânea. b) Heterotrófica. c) Autotrófica. d) Epigênese. e) Pangênese. 04. (UNICAMP-SP) – Segundo Oparin, a vida se

instalou na Terra numa forma lenta e ocasional, nos oceanos primitivos do nosso planeta, onde havia água, obviamente, e na atmosfera se encontravam metano, higrogênio e nitrogênio sob a forma amoniacal. Esta teoria procura explicar que a vida surgiu no nosso planeta:

a) Após a síntese natural das proteínas. b) A partir dos cosmozoários. c) Quando apareceram os seres autótrofos. d) Pela panspermia cósmica. e) Só depois que a atmosfera adquiriu as

condições atuais. 05. (UEB-BA) – Considere as seguintes condições

atmosféricas: I. Presença dos gases oxigênio e nitrogênio.

II. Presença de hidrogênio, metano e amônia III. Ausência de chuvas. IV. Descargas elétricas e radiações

ultravioletas. De acordo com as idéias de Operin, vigoraram na atmosfera terrestre primitiva contribuindo para a formação dos primeiros compostos orgânicos: a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) II e IV. 06. (PUC-SP) – Julgue os itens a seguir: I. A teoria que admite a origem de um ser vivo

somente a partir de outro é denominada biogênese.

II. Admite-se que moléculas como CH4 H2 NH3 e H2O, nas condições da Terra primitiva, reuniram-se formando as bactérias.

III. É mais provável que os primeiros seres vivos tenham sido autotróficos.

Assinale: a) Se apenas I está correto. b) Se apenas II está correto. c) Se apenas III está correto. d) Se I e II estão corretos. e) Se II e III estão corretos.

07. A resistência desenvolvida por alguns insetos aos inseticidas comuns pode ser explicada da seguinte forma:

a) Ocorre uma acentuada elevação da produção de leucócitos no organismo dos insetos, que passam a fagocitar o inseticida na circulação dos mesmos.

b) Alguns insetos portadores de variações genéticas, que os permitem resistir à ação tóxica dos inseticidas, transmitem aos descendentes tais variações vantajosas, aumentando assim o número de insetos resistentes gradativamente.

c) O inseticida provoca mutações no material dos insetos, que passam a apresentar resistência ao produto.

d) As células do mosquito se adaptam rapidamente à ação tóxica do produto, sendo esta adaptação transmitida aos descendentes.

e) O inseticida estimula a produção de anticorpos no organismo do inseto, que então passa a apresentar resistência.

08. (UFF-RJ) – Em relação à evolução do homem,

assinale a única opção que não está correta: a) Os homens primitivos, hoje extintos, evoluíram

a partir dos macacos. b) Homens e macacos atuais possuem algumas

estruturas anatômicas muito semelhantes. c) A postura ereta, embora vantajosa, torna o

homem propenso a varizes, hérnias e outros problemas orgânicos.

d) O homem é tão fraco em relação à outros predadores que, sem a inteligência, dificilmente teria sobrevivido.

e) De 10 mil anos para cá, a evolução do homem foi muito mais cultural do q eu biológica.

09. (UFES – ES) com relação à Evolução, observe

as afirmativas abaixo: I. Fósseis são restos ou impressões deixada por

seres que habitaram a Terra no passado e constituem provas de que nosso planeta foi habitado por seres diferentes dos que existem atualmente.

II. A explicação mais lógica para as semelhanças estruturais entre seres vivos com aspectos e modos de vida diferentes é que eles descendem de um mesmo ancestral.

III. A semelhança entre os embriões de diferentes seres vivos pode ser explicada admitindo-se que esses seres tenham tido um ancestral comum.

IV. A teoria que admite que as espécies não se alteram no decorrer dos tempos denomina-se fixismo.

Assinale: a) Se apenas I, II e III estiverem corretas. b) Se apenas II, III e IV estiverem corretas. c) Se apenas I, III e IV estiverem corretas. d) Se todas estiverem corretas. e) Se todas estiverem incorretas.

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10. (EPFESP-PE) – No estudo da Evolução animal, usam se muito os temos analogia e homologia. Sobre eles assinale a alternativa certa:

a) “Homólogos” é o nome dado aos caracteres que têm função comum.

b) “Análogos” é o nome dado aos caracteres que têm origem comum.

c) Diz-se que dois órgãos homólogos são também análogos, quando, por terem a mesma função, têm necessariamente, a mesma origem.

d) Todo órgão homólogo é análogo, mas nem todo órgão análogo é homólogo.

e) Analogia se refere a característica de função similar, mas de origem diferente.

11. (VEST-RJ) – Os primatas provavelmente

evoluíram a partir de um grupo de quadrúpedes arbóreos. Acredita-se que, em alguma época no passado, diversificaram-se dois ramos dentro dos primatas: um que deu origem aos símios e outro que originou o seu humano. Dentre as características abaixo, aquela que distingue esses dois ramos por ser exclusiva dos humanos é:

a) Mandíbulas maciças projetadas. b) Olhos frontais com visão binocular. c) Polegar em oposição aos demais dedos. d) Cintura pélvica adaptada à postura ereta. e) Inteligência proporcionada por cérebro

desenvolvido.

12. (UNIFOR-CE) – Observando as asas de uma ave, podemos concluir que elas são órgão análogos de:

a) Asas de morcego. b) Asas de borboleta. c) Braço do homem. d) Nadadeiras anteriores da baleia. e) Patas anteriores do lagarto. 13. (PUC-RJ) O principal predador de uma espécie

de caramujo é um pássaro turdídeo. Os caramujos da mata têm carapaças escuras, enquanto os que vivem sobre a relva têm carapaças amarelas, menos visíveis contra o fundo mais claro. Baseados na teoria darwinista de evolução, podemos dizer que:

a) caramujos amarelos surgiram como defesa ao ataque dos turdídeos.

b) caramujos amarelos facilitam a ação predadora dos turdídeos.

c) o ambiente claro da relva determina o aparecimento de caramujos amarelos.

d) as condições ambientais atuam favorecendo caramujos amarelos.

e) as variações do caramujo amarelo são “necessidades” impostas pelo ambiente.

14. (UFF-RJ) A homologia existente entre as asas das aves, as nadadeiras dos cetáceos e os braços dos primatas sugere:

a) evolução convergente. b) ancestralidade comum. c) evolução paralela. d) homoplasia funcional. e) descendência análoga.

15. (MACK-SP) As teorias de “transmissão hereditária dos caracteres adquiridos” e da “seleção natural” foram propostas, respectivamente, por:

a) Darwin e Lamarck b) Lamarck e Darwin c) Darwin e Weissman d) Weissman e Darwin e) Lamarck e Mendel 16. (PUC-PR) A figura ilustra os efeitos da disseminação de um antigo grupo animal à procura de novos ambientes.

Este fenômeno é chamado:

a) migração b) seleção natural. c) convergência adaptativa. d) fluxo gênico. e) irradiação adaptativa. 17. (PUC-PR) Examine as duas frases: 1º) De tanto esticar o pescoço para comer as folhas

das árvores, as girafas foram ficando com o pescoço mais longo.

2º) Entre as girafas podemos notar uma variabilidade no tamanho do pescoço, o que permite a atuação da seleção natural.

Pode-se considerar: a) as duas frases lamarckianas. b) as duas frases darwinianas. c) a primeira frase lamarckiana e a segunda

darwiniana. d) a primeira frase darwiniana e a segunda

lamarckiana. e) ambas neodarwinianas.

Assim diz o Senhor... “Quando passares pelas águas eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. (Isaías 43: 1-2)

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GLOSSÁRIO

habitat – local de um ecossistema em que um determinado organismo vive. É o seu “endereço”.

nicho – (nicho ecológico) função do organismo no ecossistema. É a sua “profissão.

trófico – relativo a nutrição. humos – matéria orgânica em decomposição, rica em

elementos nutritivos para as plantas, terra vegetal. autótrofos – diz-se dos seres capazes de fazerem a

síntese da matéria orgânica. São os vegetais clorofilados.

erosivo – corrosivo. O mesmo que erodente, destruidor, corroedor.

xerófito – designativo dos vegetais próprios de lugares secos.

hidrófitos – plantas que vivem na água. sudação – ação ou efeito de suar; sudorese. mesófito – Linha divisória entre a haste e a raiz da planta. mangue – Nome dado a diversas plantas que vegetam no

pântano, especialmente a uma da família das rizoforáceas; terreno pantanoso das margens das lagoas e desaguadouros dos rios, onde em geral vegeta o mangue.

mutualismo – Associação de dois seres de vida livre que se beneficiam mutuamente com suas atividades; simbiose.

epífitas – diz-se do, ou o vegetal que vive fixado em outro, mas sem ser parasita.

taiga – tipo de floresta pobre e rala do norte da Rússia e da Sibéria.

decídua – que cai. faia – árvore européia, alta e ramosa. plátano – árvore da família das platanáceas. savana – terreno sem mata, mas com árvores esparsas. estepe – planície árida e deserta. pradaria – campo coberto de plantas herbáceas que

servem para pastagem; grande planícies. lemingues – família de plantas monocotiledônias; Plantas

aquáticas que vivem nas águas tranqüilas e consta de uma espécie de folhas em cujo pecíolo, que é também o seu caule, há um corpo que reveste e protege a raiz.

oicóforo – classe dos de artrópodes vermiformes, providos de nefrídios.

fitófago – aquele que se alimenta de vegetais. peristaltismo – movimento vermiforme progressivo dos

músculos dos órgãos ocos, que serve para impulsionar o conteúdo para exterior.

curtume – estabelecimento onde se curtem couros; ato ou modo de curtir couros; substância com que se curte.

dejetos – ato de evacuar excrementos; matérias fecais expelidas por uma vez.

magnificação – ato ou efeito de magnificar; engrandecer, engrandecer-se, mostrar-se grande.

trófica – relativo a nutrição. gametas – célula sexual, masculina ou feminina. genótipo – constituição hereditária de um individuo, animal

ou vegetal.

fenótipo – diz-se dos indivíduos de um grupo que apresenta caracteres exteriores iguais, mas que difere pelo seu genótipo.

albinismo - anomalia congênita caracterizada pela ausência total ou parcial do pigmento da pele, dos pelos, da íris e da coróide.

homólogo – diz-se dos corpos orgânicos que preenchem as mesmas funções e sofrem as mesmas metamorfoses; correspondente.

cromátides – substância de que é formado o núcleo celular.

drosófila – mosca do vinagre, da banana. Material de numerosas observações e experiências de genética. Diz-se drosófila porque recolhe e absorve o orvalho.

homologa – diz dos corpos orgânicos que preenchem as mesmas funções e sofrem as mesmas metamorfoses; correspondentes.

surdez congênita – na verdade, é hereditária e não congênita.

putrefação – apodrecimento; decomposição de matérias albuminóides; podridão.

biogênese – hipótese ou teoria sobre a origem da vida. aminoácidos – termo genérico que designa os ácidos

orgânicos nos quais foram substituídos um ou mais átomos de hidrogênio pelo radical pelo radical NH.

colóides – corpo que não se cristaliza ou se o faz é com dificuldade.

protoplasma – Denominação dada por Purkinje, em 1840, à matéria transparente granulosa que constitui parte de suma importância da célula dos organismos vivos: o mesmo que citoplasma.

enzimas – diástase, fermento solúvel. pterodáctilo ou pterodátilo – que tem os dedos ligados

por membrana; réptil fóssil. paleontologia – tratado ou ciência dos animais e vegetais

fósseis compreende a Paleozoologia e Paleobotânica e constitui importante elo entre a Biologia (estudando os restos dos organismos) e a Geologia (porque trata das formações rochosas que abrigam esses restos).

primata – espécime dos Primatas ou Primates, ordem de mamíferos que compreende os macacos e, segundo muitos autores contemporâneos, o homem.

hipertrofia – aumento de tamanho de um órgão ou de parte do organismo, devido ao engrandecimento volumétrico de seus elementos constitutivos; o mesmo que hipertrofia simples; desenvolvimento excessivo.

ancestral – relativo a antecessor; antepassados. símio macaco; bugio.

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