biblioteca publica 2 edicao

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DID110tGC3 r  U  D11C3  prii icipios  e diretrizes 2 a  EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA

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DID110tGC3 r  U D11C3  prii icipios e diretrizes

2 a  E D I Ç Ã O R E V I S T A E A M P L I A D A

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B ib l i o t e ca P ú b l i ca  princípios e diretrizes

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Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da Cultura

Jucá  FerreiraFundação Biblioteca Nacional

PRESIDENTE

Muniz Sodré

DIRETORA EXECUTIVA

Célia Portella

Coordenadora do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicasllce  Cavalcanti

. :• .

0 SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS/SNBP,  instituído peloDecreto Presidencial n° 520 de 13 de maio de 1992, tem comoobjetivo principal o fortalecimento das bibliotecas públicas do  País.

O SNBP assume como pressuposto básico para o desenvolvimentode suas ações a função social da biblioteca púb lica. Essa InstituiçãoCultural ao assumir este papel na comunidade possibilita a construçãode uma sociedade verdadeiramente democrática e a formação deuma consciência crítica do indivíduo levando-o ao exercíciopleno da cidadania.

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

Coordenação Geral d o Sistema  Nacional de Bibliotecas Públicas

Rua da Imprensa, 16 - 11 ° andarRio de Janeiro - RJ - 20 03 0-1 20Telefax:(0xx21) 2210-1134

www.bn.br/snbp/ 

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2 a  E D I Ç Ã O R E V I S T A E A M P L I A D A

B i b l i o t e c a P ú b l i c a  princípios e diretrizes

Rio de Janeiro, 2010

LEI  D EINCENTIVOA CULTURA

REALI ZAÇÃO

M I N 1 S T Í R I O O A C U L T U R A

PUndaçfto  BIBL IOT E CA  NACIONALSNBP SS

IA BIBLIOTECA  NACIONAL

P TROCíNIO

y j  PETROBRAS

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SÉRIE : DOCUMENTOS TÉCNICOS, 6

ISBN:  978-85-333-0596-0

Biblioteca Pública : princípios e diretrizes / Fundação Biblioteca Nacional,

Coordenação Geral do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. - 2. ed. rev.ampl. - Rio de

Janeiro : Fundação Biblioteca Nacional, 2010.

160p.:  il; 2 6cm.- (Documentos Técnicos; 6)

Bibliografia: p. 159-160

ISBN: 978-85-333-0596-0 (broch.)

1. Bibliotecas Públicas. I Biblioteca Nacional (Brasil). II Sistema Nacional de Bibliotecas

Públicas (Brasil). Ill Título. IV Série.

CDD 027.4

19 ed.

FICHA TÉCNICA

Supervisão e Redação Finalllce Milet Cavalcanti

Equipe de Redaçãollce Milet CavalcantiSandra Maria de Mendonça Domingues

Célia Regina Costa  DominguesNoecir Guimarães de Oliveira Costa

Revisão TipográficaLuciana Figueiredo

Adaptação de Projeto GráficoVentura  Design

PatrocínioPetrobrás

ApoioSABIN - Sociedade de Amigos da Biblioteca N acional

PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA

DIREITOS RESERVADOS A  FUNDAÇÃO  BIBLIOTECA NACIONAL

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Preâmbulo

Nenhuma dessas novas técnicas de informação e de comunicação é realmente

adversária do livro. A  internet concorreria, em princípio, com as bibliotecas,

tal o seu po der de arm azen am ento e de oferta cu ltural. M as, assim co m o o livro,biblioteca é um a forma elástica, capaz de inco rpora r tecnologia sem alterar o

seu escopo, que é o de realimentação continuada do co nhecim ento imprescindível

à construção da comunidade nacional. Neste manual que agora se reedita,

perm anec em intactos os princípios e as diretrizes da biblioteca pública.

Muniz SodréP R E S I D E N T E DA F U N D A Ç Ã O B I B L I O T E C A N A C I O N A L

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Prefácio

A implementação das políticas públicas e culturais do Ministério da Cultura, tem sido

significativa e é disponibilizada pela apresentação de Program as e Projetos voltados pa ra

o acesso à informação, capazes de impulsion ar o desenvo lvimento cu ltural, educaciona l,

social e econômico do cidadão brasileiro e sobretud o, promover a inclusão social.

D entro destas políticas está a meta do go verno federal, de zerar os m unicípios sem

bibliotecas públicas e de m ode rnizar as já existentes, para tanto , está send o realizado

um elevado investimento de verbas públicas para atender as ações do Prog rama Livro

Aberto e o Programa Mais Cultura, ambos do MinC e, desenvolvidos no Sistema

Nacional de Bibliotecas Públicas da Fundação Biblioteca Nacional.

Desta forma, os programas do governo demonstram um reconhecimento à contri

buição social da Biblioteca Pública, de local público aberto a transmissão do conhe

cimento, oferecendo oportunidades para o cidadão que vêm de encontro ao que é

registrado no Manifesto da Unesco:

A biblioteca pública é o centro local de informação, to rnan do pron tamente aces

síveis aos seus utilizadores o co nhe cimento e a informação de todos os géneros.

Os serviços da biblioteca pública devem ser oferecidos com base na igualdade deacesso para todo s, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade , lín

gua ou condição social. Serviços e materiais específicos devem ser postos à dis

posição dos utilizadores que, por qu alquer razão, não possam usar os serviços e

os materiais correntes, como po r exem plo m inorias linguísticas, pessoas defi

cientes, hospitalizadas ou reclusas. Todos os grupos etários devem enco ntrar

docu m entos adequado s às suas necessidades. As colecções e serviços devem in

cluir todos os tipos de suporte e tecnologias m odern as a propriados assim comofundos tradicionais. É essencial que sejam de elevada qua lidade e adequadas às

necessidades e condições locais. As colecções devem reflectir as tendências actuais

e a evolução da sociedade, bem como a mem ória da hu m anidad e e o pro duto

da sua imaginação. As colecções e os serviços devem ser isentos de qualquer

forma de censura ideológica, política ou religiosa e de pressões comerciais.

(http://archive.ifla.org/VII/s8/unesco/port.htm.  Disponível em: 01.09.2009)

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A Biblioteca Púb lica leva ao indiv íduo o direito à inform ação, à cultura e à leitura

e consequentemente ao seu desenvolvimento como ser hu mano , tendo a o portu nida de

de saber ocupar com consciência, o seu espaço na sociedade.

É preciso, todavia, ter em mente que tanto a bibliografia especializada como a

experiência apontam para a necessidade urgente do aprimoramento e atualização

con stan te dos profissionais que atu am nas Bibliotecas Públicas a fim de que os servi

ços e prod utos disponibilizados aos usuários cheguem  com  qualidade e em tempo

hábil para atender as suas necessidades de informação e propiciar que as metas de

desenvolvimento do indivíduo e da comunidade sejam alcançados.

Ilce G. M. CavalcantiC O O R D E N A D O R A G E R A L D O   S N B P / F B N

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Nota Explicativa

A presente publicação n ão tem a pretensão de esgotar todas as questões que envolvem

a biblioteca pública; outros trabalhos com ela relacionados deverão ser escritos, sabendo-

se de antem ão que m uito ainda terá que ser feito, posto que mais que um dever, propiciar a educação e o acesso à informação é uma obrigação inalienável do Estado.

O tempo urge, e o que já se fez é muito p ouco diante do m uito que resta ainda por fazer.

Este manual, que ora é lançado pela Biblioteca Nacional, vem na sequência de

versões anteriores: a primeira, de 1995, editada pela Biblioteca Nacional, procurou

atender aos apelos feitos durante o IV Encontro do Sistema Nacional de Bibliotecas

Públicas, em  1994. Trabalho de bibliotecários dedicados à missão de gerir, organizar

e difundir a informação e o acesso aos bens culturais em todos os recantos de nossopaís, o man ual, em p rimeira versão, contou  com  a contribuição de todos os partici

pantes daquele E ncon tro Nacional, em especial, das bibliotecárias Sandra M endonça

e Célia D om ingues, do Rio de Janeiro; Gleyde Costa Victor, de P ernam buco ; Rosa

Maria de Sousa Lanna, de Minas Gerais, e Mira Helena Beer Maia, de Santa Catarina.

Uma segunda versão, com  algumas modificações, foi publicada em Porto Alegre, em

edição limitada, com pa trocínio obtido pela Associação Rio-G randense de B ibliotecá

rios e a terceira, em bora com  outra perspectiva, utilizou material técnico das versõesanteriores , mas foi sensivelmente atualizada, reescrita e ampliada com a inclusão de

novos capítulos, que se espera, sirvam de orientação para a utilização de técnicas

de preservação e uso de novas tecnologias.

A obra atual, que conta com o Patrocínio da Petrobrás, Projeto Curso de Aper

feiçoamento e M ultiplicador dos Profissionais que a tuam nas Bibliotecas Públicas do

País , con tém alguns acréscimo s e atualizações e vem atend er as solicitações dos

novos dirigentes das Bibliotecas Públicas e profissionais da área, tend o em vista que asedições anteriores estão esgotadas.

Cabe um agrad ecimento a todos aqueles que colaboraram para a elaboração deste

m anu al, em todas as suas versões.

Sandra Maria de Mendonça DominguesC O O R D E N A D O R A D E A P O I O A O S S I S T E M A S E S T A D U A I S DE B I B L I O T E C A S P Ú B L I C A S

S I S T E M A N A C I O N A L DE B I B L I O T E C A S P Ú B L I C A S

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Recursos humanos 44

Qualificação, aperfeiçoamento e educação continuada  46

Voluntários   46

AVALIANDO RESULTADOS 47Estatísticas dos serviços 47

Estatística de frequência  48

Estatística  do movimento diário de publicações  49

Relatório anual  50

CAPÍTULO 3 > Um prédio funcional 51

PRINCÍPIOS GERAIS 51

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS 52

Parte elétrica, comunicação e iluminação 52

Acústica 53

Previsão de carga dos pavimentos 53

Controle de temperatura e umidade 53

Defesa contra sinistros 54

ÁREAS ESPECÍFICAS DO PRÉDIO 55

CAPACIDADE E DIMENSIONAMENTO 57

Capacidade das estantes 58

Número de lugares 59

MÓVEIS E EQUIPAMENTOS 60

CAPÍTULO 4 > Formação do acervo 63

CRITÉRIOS BÁSICOS PARA A COMPOSIÇÃO DO ACERVO 63

TIPOS DE MATERIAIS 65

SUGESTÕES DE MATERIAIS DOCUMENTAIS E BIBLIOGRÁFICOS 65

Obras de referência 65

Periódicos 66

Folhetos 66

Arquivo de recortes 67

Estampas 67

Material audiovisual. Multimeios  67

Publicações eletrônicas. Multimídia 68

Objetos reais 68

Outros materiais 68

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SELEÇÃO DO ACERVO 69

AQUISIÇÃO 69

Compra 69

Doação 70

Permuta 70

Novas aquisições 71

AVALIAÇÃO PERMANENTE 71

Critérios para qua lificação de obras raras 71

Descarte ou baixa 72

Crescimento da coleção 73

CAPÍTULO 5 > Tratamento técnico do acervo 75

REGISTRO DE OBRAS 75

Como registrar livros e folhetos 75

Como registrar periódicos 77

Outros materiais 79

INVENTARIO  79

Acervo total 79

Carimbos 80

VIABILIZANDO  O ACESSO À INFORMAÇÃO 80

A organização do acervo 80

Processamento técnico 81

Classificação  81

Catalogação  83Definição dos elementos  88

Catálogos 89

Tipos de catálogos  90

Ordenação física do acervo 92

Livros  93

Periódicos  95

Material audiovisual/Multimeios  95EMPRÉSTIMO DOMICILIAR 96

Considerações gerais 96

Preparo do livro para empréstimo 96

Inscrição do leitor 99

Rotina para o empréstimo e devolução de obras 101

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CAPÍTULO 6 > A biblioteca como centro de informação

e leitura da comunidade 103

SERVIÇOS  103

Serviço de referência e informação  103

Programa de formação e orientação de usuários  104

Serviço de empréstimo dom iciliar  105

Serviço de ouvidoria   105

Serviço de memória local  105

Serviços especiais  105

Serviços de extensão  108

Serviço de informação à comunidade (SIC)  109Metodologia de implantação  110

Serviços de ação cultura l  111

O agente cultural  112

Atividades culturais  113

Apresentação de peças teatrais ou encenação  113

Apresentação de artistas e grupos de artistas locais  113

Clubes de leitura  113

Concursos  113

Exposições  114

Hora do conto  114

Teatro de fantoches  115

CAPÍTULO 7 > Preservação e conservação do acervo   117

Principais agentes de deterioração de acervos documentais  118Procedimentos em caso de desastres  120

Acondicionamento para preservação  120

Tratamento de documentos fotográficos  121

CAPÍTULO 8 > Informatização 125

Processo decisório   125

Áreas de trabalho especializadas  126Seleção e aquisição de obras  126

Processamento  técnico  126

Circulação e empréstimo  127

Armazenamento   127

Consulta aos catálogos  127

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Acesso e disseminação de informações  127

Aplicação na área de preservação  128

Escolha de equipamentos  128

Programas  130

Participação em redes e consórcios  131

ANEXOS 133

ANEXO 1 Endereços dos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas  133

ANEXO 2  Modelos de Projetos de Integração Biblioteca/Comunidade

a serem adaptados à situação local  135

ANEXO 3 Formulário de Pesquisa para conhecimento da comunidade  136

ANEXO 4  Questionário Padrão para entrevista pessoal  140

ANEXO 5 Modelo de Lei de Criação de Biblioteca Pública  142

ANEXO 6  Modelo de Regulamento da Biblioteca  143

ANEXO 7 Modelo de Estatuto da Sociedade de Amigos da Biblioteca Pública  144

ANEXO 8 Atribuições do Técnico em Biblioteconomia  150

ANEXO 9 Escolas de Biblioteconomia  151

ANEXO 10 Móveis e Equipamentos (Listagens não exaustivas)  153

ANEXO 11 Materiais de uma Biblioteca Pública (Listagens não exaustivas)  161

ANEXO 12 Circuito da Obra na Biblioteca  162

ANEXO 13 Partes do Livro  163

ANEXO 14 Classificação decimal de Dewey  165ANEXO 15 Alfabetação  167

ANEXO 16 Calendário Cultural  168

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 171

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A biblioteca pública

A informação, desde os primórdios da civilização, é a matéria prima do processo de

desenvolvimento do homem e das nações. Hoje, mais do que nunca, a capacidade

de obter informação e gerar conhecimento é fator fundamental na sociedade con

temp orâne a, o nde informação é poder. No en tanto , cada vez mais crescem as dife

renças sociais e econôm icas entre os qu e possuem informação e aqueles que estão

destituídos do acesso a ela. Dentro deste contexto, cabe à biblioteca pública atuar,

como instituição democrática por excelência, e contribuir para que esta situação não

se acentue ainda mais e que a oportunidade seja oferecida a todos. Assim, a biblio

teca pública deve assumir o papel de centro de informação e leitura da com unida de

com esse objetivo.

As bibliotecas, em geral, são classificadas de acordo com as funções qu e desem pe

nham, o tipo de leitor para o qual direcionam seus serviços e o nível de especialização

de seu acervo. São identificadas como bibliotecas nacionais, universitárias, públicas,

escolares, especiais e especializadas. Com o, por exem plo, um a biblioteca universitária

tem com o função apoiar o d esenvolvimento das atividades acadêmicas, e seus serviços

visam atende r aos aluno s, professores e funcionários das universidades, sendo sua

coleção voltada para o ensino e a pesquisa.

A biblioteca é, pois, um a instituição que agrupa e pro po rcion a o acesso aos regis

tros do conhecimento e das ideias do ser humano através de suas expressões criado

ras. Como registros entende-se todo tipo de material em suporte papel, digital, ótico

ou eletrônico (vídeos, fitas cassetes, CD-RO M s etc.) que, organizados de m od o a serem

identificados e utilizados, com põe m seu acervo. Sem fins lucrativos, objetiva atend er

à comun idade em sua totalidade.

17  «

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A biblioteca pública é o espaço privilegiado do desenvolvimento das práticas lei

toras, e através do e nco ntro do leitor com o livro forma-se o leitor crítico e co ntribu i-

se para o florescimento da cidad ania.

Evolução do conceitoO conceito de biblioteca pública baseia-se na igualdade de acesso para todos, sem res

trição de idade, raça, sexo, status social  etc. e na disponibilização à comu nidade de

todo tipo de conh ecimen to. Deve oferecer todos os gêneros de obras que sejam do in

teresse da comu nidade a que pertence, bem com o literatura em geral, além de infor

mações básicas sobre a organização do governo, serviços públicos em geral e

publicações oficiais. A biblioteca pública é um elo entre a necessidade de informação

de um m em bro da comu nidade e o recurso informacional que nela se encontra orga

nizado e à sua disposição. Além disso, um a biblioteca pública deve constituir-se em um

ambiente realmente público, de convivência agradável, onde as pessoas possam se en

contrar para conversar, trocar ideias, discutir problemas, auto instruir-se e participar

de atividades culturais e de lazer.

Assim, as bibliotecas públicas caracterizam-se por: 1) destinar-se a toda coletividade,

ao con trário de outras que têm funções mais específicas; 2) possuir todo tipo de m aterial

(sem restrições de assuntos ou de materiais); 3) ser subvencionada pelo pod er público (fe

deral, estadual ou municipal). Ela difere da biblioteca co mu nitária/popular, que surge da

com unidade e é po r ela gerida, sendo o a tend ime nto feito, geralmente, por volun tários.

Novos parâmetrosFrente ao conceito de biblioteca pública enu nciado no M anifesto da UNESCO, torn a-

se evidente o papel da biblioteca p ública no Brasil de hoje - com o a mais d em ocrática instituição de caráter cultural e educacional a qual, sem dúvida alguma, tem a

vocação nata para exercer um papel social de grande relevância na inserção da socie

dade brasileira na sociedade da informaçã o.

A biblioteca púb lica é o centro local de informação, disponibilizando pron tamente

para os usuários todo tipo de conhecimento. Os serviços fornecidos pela biblioteca pública

baseiam-se na igualdade de acesso para tod os, independ entemente de idade, raça, sexo,

religião, nacionalidade, língua, status social. 'Espera-se que desempenhe  com  eficácia sua função social de centro de leitura e

informação , ca bend o ressaltar que, ao cum prir este papel, a biblioteca pública estará,

1. PE RIÓD ICO DO SISTEMA NACIONA L DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS. Biblioteca pública: Unesco,

M anifesto, 1994. Rio de Janeiro: F undaç ão Biblioteca N acional, v. 1, n. 1, ago. 1995. Encarte especial.

» 1 8

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certamente, atuando nas comunidades de forma a minimizar, um dos mais graves

pro blem as desta nova Sociedade, que é o ...risco de apr ofu nd ar a desigu aldade

interna de cada nação, entre ricos e pobres de informação, uma vez que a economia

da informação é regida pelos mesmos fatores estruturais e geopolíticos do sistema

pro du tor de riquezas. 2

O  fim do século está trazendo à tona uma nova reorgan ização dos modos

de produção e negócios e, consequentemente, da economia, da sociedade e da

política. Esta mudança profunda toma por base as ideias, a informação, o co

nhecimento, a busca da eficiência e o inevitável  risco que todas as instituições

têm de enfrentar para garantir seu espaço e nele avançar. A globalização inexorável que estamos sofrendo tem como principal com ponente tecnológico e in

dustrial a com putação, a informação e a comunicação, e, no caso de países da

complexidade e dimensão do Brasil é preciso ação muito rápida e eficiente para

que não apenas soframos este processo.  Deste modo, é importante  a  formula

ção de uma estratégia de governo para conceber e estimular a inserção ade

quada da sociedade brasileira na sociedade da informação3

Podem-se destacar, também, algumas funções face às mudanças decorrentes da ab

sorção de novas tecnologias na área da informação e que se refletem em nosso cotidiano:

• agente essencial na prom oçã o e salvaguarda da d emocracia, através do livre acesso

a todo tipo de informação pro porc iona ndo , desta forma, matéria de reflexão para

a geração do verdadeiro conh ecim ento;

• instituição de apo io à educação e formação do cidadão em todos os níveis, através

da pro moçã o e incentivo à leitura e à formação do leitor crítico e seletivo capaz deusar a informação com o instru mento de crescimento pessoal e transformação social;

• cen tro local de tecnologias da inform ação, através do acesso às novas tecno logias

da informação e da comunicação, familiarizando os cidadãos com o seu uso;

• instituição cultural.através da prom oção do acesso à cultura e do fortalecimento

da identidade c ultural da com unidad e local e nacional

HistóricoCriada na Inglaterra como consequência da Revolução Industrial, no final do século

XIX, até a época atual, a biblioteca pública passou por profundas mudanças em seu

conceito. Destacam-se com o m arcos dessas mud anç as os seguintes fatos:

2 .  SOCIEDADE da Informação: ciência e tecnologia para a construção da sociedade da informação no

Brasil. [Brasília]: IBICT; São Paulo: Instituto UNIEMP, 1998.164 p .

3 .  Ibidem, p. 2719  «

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• Revolução Industrial: o conceito inicial era vinculado à classe trabalhado ra e às

funções educativas e m oralizantes;

• crise econômica dos anos trinta e a Segunda Guerra Mundial: a imagem da bi

blioteca pública incorpora o conceito de atuar como instrumento para a paz e ademocracia e identifica-se  com a classe média e a pop ulaçã o estud antil, cada vez

mais numerosas;

• publicação pela UNESCO, em 1949, da  Ia  versão do Manifesto da Biblioteca Pú

blica: destacando sua função em relação ao ensino e caracterizando-a como cen

tro de educação p opu lar;

• década de 1950: início de questio nam ento s crescentes po r parte da classe biblio

tecária, principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, sobre o papel da biblioteca pública e sua perm ane nte identificação  com os valores da classe m édia e

a cu ltura de elite;

• décadas de 1960 e 1970: os movimentos culturais contestatórios desencadeiam

novos questionam entos sobre o papel da biblioteca púb lica. Procura-se uma nova

função - voltada para as classes mais desfavorecidas da sociedade - de caráter

ma is social;

• publicação pela UNESCO, em 1972, da 2 a versão do M anifesto da Biblioteca Pública:sintetizando como suas funções educação, cultura, lazer e informação;

• década de 1980: informação e comunicação são vinculadas ao desenvolvimento

das sociedades. Inicia-se o uso generalizado dos com pu tado res e das novas tecn o

logias de comun icação nas bibliotecas, desencadeando o aparecimento das redes de

bibliotecas, o que se reflete em suas funções e conceito;

• década de  1990: sociedade da inform ação /conh ecim ento , a revolução digital afeta

o trabalho e a vida cotidiana. Necessidade dos indivíduos e das sociedades de ad ap

tarem-se às rápidas e crescentes mudanças.

• publicação pela UNESCO, em 1994, da 3 a  versão do Manifesto da Biblioteca Pú

blica: seu texto enfatiza o comprom isso da biblioteca pública com a democratiza

ção do acesso às novas tecnologias de informação.

A evolução do seu conceito pode ser traçada através dos diversos Manifestosda UNESCO publicados ao longo dos anos. A UNESCO publicou pela primeira

vez o Manifesto da Biblioteca Pública, em 1949. Como resultado da publicação

do Manifesto, houve, em várias partes do mundo, um grande movimento para o

seu desenvolvimento.

A segunda versão, publicada em  1972, teve grande repercussão na A mérica Latina e

lançava como grandes atribuições da biblioteca pública: educação, cultura, lazer e in

formação. Após sua publicação, várias conferências foram realizadas na América Latina,

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sendo que a de 1982, em Caracas, endossando o M anifesto, propõe algumas ações espe

cíficas para a região:

• prop iciar o livre acesso à informa ção;

• estimular a participação da população na vida nacional e na vida democrática;• prom over a difusão e a proteção das culturas nacionais, autôn om as e de m inorias,

tendo em vista a formação da identidade nacional, como també m o co nhecimen to

e o respeito às outras culturas;

• formar o leitor crítico e seletivo;

• ser um instrum ento de educação formal e não formal;

• ser o centro de com unicação e informação da com unid ade.

A função da biblioteca em relação à com un idad e, à informação e à cultura foi

semp re objeto de atenção dos participantes de reun iões de bibliotecários atuantes

na área.

Em reuniões latino-americanas po steriores surgiram o utras propo stas, tais com o

a qu e se refere à preo cup ação com a vida das popu lações m eno s favorecidas n as áreas

rurais e nas periferias das gran des cidades e à atuação da biblioteca co mo centro de de

senvolvimento cultural da comunidade.Por sua vez, a Federação Brasileira de Associações de B ibliotecários, FEBAB, na sua

Dec laração de Prin cípios da Biblioteca Pública Brasileira4, sugere que a biblioteca atue

com o centro de m em ória social e centro de disseminação da prop riedade cultural da

com unidad e. Assim, face às mud anças ocorridas na sociedade no decorrer de 30 anos,

desde o aparecimen to da 2 a versão, a UNESCO decidiu atualizar seus conceitos e, em

1994, du ran te a reunião do  PGI  Council Meeting da UNESC O, realizada em Paris,

aprovou a última versão do Manifesto.Essa versão ressalta com o básicas as missões da biblioteca que se relacionam com

a inform ação , alfabetização, educação e cultura, e as descreve em doze itens. Essas doze

missões incorp oram algumas ações propostas pelas reuniões da Am érica Latina e Ca

ribe, co mo as relativas à heran ça cultural, ao ap oio à tradição oral, ao acesso à infor

mação com unitária e ao apoio à educação em todos os seus níveis.

Inco rpora nd o as novas tecnologias em seu texto, a UNESCO, propõe com o m issão:

facilitar o desenvolvimento da informação e da habilidade no uso de com putado r. Propõe, ainda, a formação de redes nacionais de bibliotecas, obedecendo a padronização de

no rm as de serviços e criando o relacionam ento destas redes entre si e com as outras bi

bliotecas do país, indep ende ntem ente do tipo de biblioteca.

4 .  MA CEDO , Neusa Dias de. Das diretrizes para bibliotecas à Declaração de Princíp ios da Biblioteca

Pública B rasileira : com unicação. Revista Brasileira de B iblioteconomia e Do cum entaç ão. São Paulo, v.

25 , n.3/4, p.69-78, jul./dez. 1992.

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O M anifesto da UN ESCO sobre a Biblioteca Pública deve servir com o fonte de re

flexão sobre seu papel e suas funções no m un do globalizado, mas cabe aos dirigentes

de bibliotecas priorizar o desenvolvimento de suas funções de acordo com a realidade

local e, até mesm o, identificar novas funções dentro de suas comu nida des.Co m o a leitura do M anifesto é básica para a ação de qualque r biblioteca em qual

quer pa rte do m un do , a Biblioteca Nacional efetuou sua tradução para o p ortugu ês

para o V Encontro do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (Salvador, BA  - 1995).

O Manifesto foi lançado, em português, oficialmente, em forma de cartaz, na reunião

Regional da IFLA/LAC: Manifesto da UNESCO sobre Bibliotecas Públicas, Salvador,

Bahia, m arço de 1998, e distribuído para todo o País.

O texto do Manifesto é transc rito a seguir.

UNESCO Biblioteca Pública. Manifesto 1994

Durante o PGI Council Meeting da UNESCO , ocorrido em Paris em 29/11/94,

o conselho aceitou e aprovou o Manifesto da Biblioteca Pública preparado sob

os auspícios da seção de Bibliotecas Públicas da  IFLA.

Liberdade, prosperidade e desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são

valores hum ano s fundamen tais. Eles serão alcançados som ente através da capa

cidade de cidadãos, bem informados, para exercerem seus direitos democráticos,

e terem papel ativo na sociedade.

Participação construtiva e desenvolvimento da democracia dependem tanto

de educação adequada, com o do livre e irrestrito acesso ao con hecim ento , pen

samen to, cultura e informação.

A biblioteca pública, porta de entrada para o conhecimento, proporciona

condições básicas para a aprendizagem permanente, autonomia de decisão e

desenvolvimento cultural dos indivíduos e grupos sociais.

Este Manifesto proclama a crença da UNESCO na biblioteca pública como

força viva para a educação, cultura e informação, e como agente essencial para a

prom oção da paz e bem estar espiritual da hum anid ade .

Em decorrência, a UNESCO estimula governos nacionais e locais a apoiar

e comp rome terem-se ativamente no desenvolvimento das bibliotecas públicas.

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A Biblioteca Pública

A biblioteca pública é o centro local de informação , disponibilizando pro nta

mente para os usuários todo tipo de conhecimento.Os serviços fornecidos pela biblioteca pública baseiam-se na igualdade de acesso

para todos, independente de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou

status social. Serviços e materiais específicos devem ser fornecidos para usuários

inaptos, por alguma razão, a usar os serviços e materiais regulares, po r exemplo, m i

norias linguísticas, pessoas deficientes ou pessoas em hospitais ou prisões.

Todas as faixas etárias devem encontrar material adequado às suas necessidades.

Coleções e serviços devem incluir todos os tipos de suporte apropriados e tecnologia moderna bem com o materiais convencionais. Alta qualidade e adequação às

necessidades e condições locais são  fundamentais. O acervo deve refletir as ten

dências atuais e a evolução da sociedade, assim co mo a m em ória das conquistas e

imaginação da humanidade. Coleções e serviços não podem ser objeto de nenhum a

forma de censura ideológica, política ou religiosa, nem de pressões comerciais.

Missões da Biblioteca PúblicaAs seguintes missões básicas relacionadas à inform ação , alfabetização, educação

e cultura devem estar na essência dos serviços da biblioteca púb lica:

1. Criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde a mais ten ra idade;

2.  Apoiar tanto a educação individual e autodidata como a educação formal

em todos os níveis;

3. Proporcionar oportunidades para o desenvolvimento criativo pessoal;

4 . E stimular a imaginação e criatividade d a criança e dos jovens;5. Prom over o conh ecime nto da heran ça cultural, apreciação das artes, realiza

ções e inovações científicas;

6. Prop iciar acesso às expressões culturais das artes em geral;

7. Fomentar o diálogo intercultural e favorecer a diversidade cultural;

8. Apoiar a tradição oral;

9. Garantir acesso aos cidadãos a tod o tipo de informação com unitária;

10.  Proporcionar serviços de informação adequados a empresas locais, associações e grupo s de interesse;

11.  Facilitar o desenvolvimento da informação e da habilidade no uso do

computador ;

12. Apoiar e participar d e atividades e program as d e alfabetização para todos

os grupos de idade e implantar tais atividades se necessário.

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Recursos, Legislação e RedesA biblioteca pública deve por princípio ser gratuita.

A biblioteca pública é de responsabilidade das auto ridade s locais e nacionais. Deve

ser apoiada po r u m a legislação específica e financiada pelo governo nacional e local.Deve ser componente essencial de uma estratégia a longo prazo para cultura, infor

mação, alfabetização e educação.

Para assegurar a coordenação e cooperação das bibliotecas por todo o país, a legisla

ção e planos estratégicos devem tam bém definir e prom over um a rede nacional de bi

bliotecas baseada em normas de serviço.

A rede de bibliotecas públicas deve ser concebida tend o em vista sua relação com

as bibliotecas n acionais, regionais, especializadas ta nto qu anto , as bibliotecas escolares e u niversitárias.

Operação e AdministraçãoDeve ser formulada um a po lítica clara definindo objetivos, priorid ades e serviços re

lacionados  com as necessidades da comunidade local. A biblioteca pública deve ser

efetivamente organizada e respeitar padrões profissionais de operação.

Deve ser assegurada a cooperação com parceiros adequados, por exemplo grupos deusuários e outro s profissionais, em âmbito municipal, regional, nacional e internaciona l.

Os serviços devem ser fisicamente acessíveis a todo s os mem bros da c om un idad e.

Isto requ er qu e o préd io da biblioteca esteja b em localizado, com  instalações corretas

para leitura e estudo, assim com o tecnologias adequadas e horário de funcionam ento

conveniente aos usuário s. Isto implica tam bém na extensão dos serviços aos usuários

impo ssibilitados de frequentar a biblioteca.

Os serviços da biblioteca devem ser adaptado s às diferentes necessidades das com unidad es em áreas rurais e urbanas.

O bibliotecário é um interme diário ativo entre usuários e recursos. A educação pro

fissional e contínu a do bibliotecário é indispensável para assegurar serviços adequados.

Programas de extensão e educação do usuário devem ser promovidos visando

ajudá-lo a beneficiar-se de todos os recursos disponíveis.

Implantação do ManifestoOs adm inistradores em âmbito nacional e regional e o universo da co mu nidade b iblio

tecária, em nível mundial, estão desta forma convocados a implantar os princípios ex

pressos neste Manifesto.

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No BrasilA primeira biblioteca pública brasileira foi criada em  1811,  na cidade de Salvador,

Bahia. A análise dos do cum entos de criação desta biblioteca dem ons tram a preocu

pação com a função de apoio à educação.Hoje, no Brasil, o apoio à educação é ainda uma das prioridades da ação da bi

blioteca pública, não somente em relação à educação formal, mas principalmente, no

processo de educação continuad a.

Para exercer essa função é necessário que a biblioteca trabalhe em parceria com outras

entidades da com unidade, buscando desta forma conjugar esforços para erradicar o anal

fabetismo e promover a inserção social dos indivíduos através da leitura. A educação e a

promoção da leitura não podem ser confiadas totalmente à escola e à família, especialmentequando dirigidas às faixas sociais menos favorecidas da população.

Apesar do forte papel assumido pelos modernos meios de comunicação de

massa, na sociedade brasileira contemporânea, a leitura é condição essencial para

que o indivíduo tenha acesso à informação. A leitura - considerada não apenas com o

a decodificação de signos gráficos, mas a capacidade de percepção  crítica e inter

pretativa da informação - é instrumento essencial para transformar a informação

em conhecim ento.O nov o conceito de biblioteca pública deve ser implem entado , promo ven do am

plamente as facilidades oferecidas pelas novas tecnologias da informação (registros

eletrônicos, comunicação e transferência de arquivos) e disponibilizando esses mo

dernos m eios de comu nicação e informação, através do treiname nto e orientação dos

usuários para o seu uso cotidiano. A biblioteca pública deve, ainda, atuar como um

centro de informação de cultura popular promovendo a melhor integração comuni

dade/biblioteca, visando a coleta, preservação e disseminação da documentação representativa dos valores culturais que expressam as raízes, jeito de ser e identidade de

nosso povo.

Existem, atualmente, no país 5187 bibliotecas púb licas (2009), na sua m aioria d i

rigidas por leigos. Dentro deste contexto, faz-se necessário, em paralelo à criação

de bibliotecas no País, um forte investimento na formação de recursos hum ano s pos

sibilitando a atuação das bibliotecas públicas como agentes de desenvolvimento das

comunidades locais.

Programas de ações e apoio a bibliotecas públicasOs program as do M inistério da Cultura (M inC ), através do Programa Livro Aberto

e  do Programa Mais Cultura tem fomentado a ampliação do número de bibliotecas

públicas no  País,  tendo como objetivo que em cada município brasileiro exista ao

menos  uma biblioteca pública.

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Algumas experiências dos estados têm comprovado a eficácia do engajamento e

participação da comunidade junto com os governos estadua is e mu nicipais, e a cola

boração com órgãos do Go verno Federal, na imp lantação , desenvolvimento e criação

de redes de bibliotecas.

Sistema Nacional de Bibliotecas PúblicasNo âmbito nacional, toda biblioteca pública deve estar registrada no Sistema Nacional

de Bibliotecas Públicas (SNBP), instituído na Fundação Biblioteca Nacional (FBN) pelo

Decreto Presidencial nu 520 de 13 de m aio de  1992, que tem como objetivo principal o

fortalecimento das bibliotecas públicas no País.

O  Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas da Fundação Biblioteca Nacional(FBN) tem uma unidade coordenadora nacional cuja função é coordenar e promover

ações articuladas jun to aos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Públicas, potenc ializando

a atuação destes segmentos em âmbito estadual e viabilizando, desta forma, a inte

gração e interaçã o das bibliotecas públicas brasileiras.

O Sistema Nacional tem com o segm entos: a coordenadoria nacional, os sistemas es

taduais e as bibliotecas públicas estaduais e mun icipais. Os Sistemas Estaduais funcio

nam em cada estado da federação, encabeçados, geralmente, pelas bibliotecas públicasestaduais, que passam , por sua vez, a articular-se com as bibliotecas públicas m unicipais.

Para integrar-se ao Sistema Nacional, as bibliotecas públicas devem procurar o

sistema de bibliotecas de seu estado e efetuar seu cadastram ento (ver Anexo 1  - Ende

reços dos Sistemas Estaduais de B ibliotecas Púb licas). Uma vez cadastrada , a biblio

teca passará a usufruir dos programas desenvolvidos pelo Sistema Nacional de

Bibliotecas Públicas, em âm bito nacional e e stadual.

O Sistema N acional desenvolve um Programa de Treinamento de Recursos H um anos para Bibliotecas Públicas, do qual faz pa rte esta publicação. Edita, distribu i e divulga

livros,  manuais, material informativo e de divulgação (cartazes, prospectos, folders

etc.) para as bibliotecas púb licas, instituições e autor idade s relevantes para o desen

volvimento das ações de fortalecimento das bibliotecas públicas.

A Fundação Biblioteca Nacional/Coordenadoria do Sistema Nacional de Biblio

tecas Públicas tem priorizado dentro de suas ações a formação de recursos hum ano s

objetivando melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas bibliotecas públicas.Este programa visa qualificar os dirigentes de bibliotecas públicas e os coordena

dores dos Sistemas Estaduais objetivando um a ação m ais efetiva por par te desses ge

rentes, atualizando-os  com  as modernas técnicas de administração e informação

aplicadas às bibliotecas. Para atingir estes objetivos têm sido realizados cursos e ela

boradas publicações, em apoio ao treinamento aos bibliotecários e auxiliares que

trabalham em bibliotecas públicas.

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Um dos objetivos principais do SNBP é manter atualizado o Cadastro de Bibliote

cas Públicas Brasileiras, integrantes do Sistema divulgando no site http:// HYPERLINK

http://www.bn.br. 

As bibliotecas cadastradas po dem solicitar diretam ente e/ou através dos sistemasestaduais os serviços e assessorias abaixo relac ionado s:

• Programa de treinamento de recursos humanos: realização de cursos, palestras

e publicações de apoio à formação de recursos humanos.

• Edição de cartazes, folders etc.: edição, distrib uição e divulgação de material de

apoio ao m arketing institucional das bibliotecas públicas e dos Sistemas Estaduais

de Bibliotecas.

• Preservação de acervo: assessoria na instalação de labo ratór ios de restau ração , oficinas de encadernação e setores de higienização de acervo e treinam ento de técni

cos em preservação bibliográfica e encadernação.

• Informação documental: serviços a longa distância, levantamento bibliográfico, re

produção de material bibliográfico, localização de docum entos em outras instituições.

• Intercâm bio de publicações. Receber e oferecer duplicatas e novas publicações doa

das à Fundação Biblioteca Nacional para distribuição.

• Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras - Planor: assessoria para identificação e processamento técnico de acervo antigo (séc. XV a XVIII e XIX Brasil), trei

nam ento e visitas técnicas.

• Plano Nacional de Microfilmagem. Assessoria na implantação de laboratórios e

treinamento. Intercâmbio de microfilmes de periódicos.

• Programa Nacional de Incentivo à Leitura - PROLER: assessoramento permanente

para desenvolvimento, em parceria, de programas e ações para a promoção da leitura.

• Con sórcio Eletrônico de Bibliotecas: perm ite às bibliotecas públicas cadastradas,

através de estabelecimento de convênio específico para este fim, compartilharem

os recursos informacionais relativos ao acervo da Biblioteca Nacional - disp on ibi

lizados via Internet - possibilitando a estas bibliotecas enorme economia de re

cursos e agilizando a formação de bases locais através do do wnload de registros da

Biblioteca Nacional.

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Gestão  da  biblioteca pública

Os responsáveis enfrentam en orm e desafio ao se em pen harem nas atividades de ges

tão de sua bibliotec as. Os relatos de dificuldades e frustrações se fazem cada vez mais

comuns. Frequentemente são vividas situações em que a exiguidade de recursoslocais impedem as bibliotecas de oferecerem serviços com  as qualidades possíveis

e desejáveis.

Tal parado xo d ecorre, muitas vezes, de interpretações eq uivocadas de d ocu m ento s

internacionais como , por exemplo, o Manifesto da UN ESCO e outro s docu m entos

que divulgam conceitos e princípios referentes à biblioteca pública na sociedade atual.

É, pois, essencial, ao interpretar esses documentos, lembrar que eles visam estabe

lecer conceitos, princípios e valores de consenso internacion al para a valorização dabiblioteca pública. Foram elaborados com o objetivo de nortear políticas nacionais e di

vulgar conceitos e princípios gerais vigentes universalmente, num determinado mo

mento histórico da sociedade.

No contexto local, ao gerenciar a biblioteca pública, o responsável pela biblioteca

deve utilizá-los com o subsídios para visualizar a ampla g ama de serviços e formas de

atuação possíveis e desejáveis para a biblioteca púb lica na sociedade con tem po râne a

e, de ntro d este leque de possibilidades, selecionar as formas de atuação e serviços quemelhor atendem à comu nidade loc al.

Sem dúvida, a biblioteca pública latino-americana está convencida de que deve cum

prir m últiplas funções, interpretação demagógica do ideal de ser tudo para todos .5

5.  ALVAREZ ZAPATA, Didier. Productividad y misión d e la biblioteca pública latino-am ericana. Hojas

de Lectura, na 51, p .  10, abr./jun.  1998.

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Esses docu me ntos tratam de serviços gerais que pretendem abarcar toda a popula

ção, uma vez que teoricamente a população, com o um todo , é considerada usuária p o

tencial da biblioteca. Isto propicia um estilo tradicional de planejamento, que consiste

em desenvolver po uco a pouc o os serviços bibliotecários em todas as direções .6

Outro problema é a falta de conhecimentos básicos de modernas técnicas deadministração e gerência.

O  contexto atual da sociedade tem acarretado substanciais mudanças nas áreas

de gestão e administração. Dentre elas cabe ressaltar o planejamento estratégico

aliado ao mark eting.

Para fazer face ao papel social que a biblioteca pública deve des em pen har na so

ciedade brasileira contemporânea, é necessário utilizar conhecimentos, ainda que

básicos, destas ferramentas de gerenciamento.O planejam ento estratégico caracteriza-se p or basear-se na análise do contexto onde

a biblioteca está inserida, ou seja, análise da co munidade e pelo estabelecimento de pla

nos com visão a longo prazo. Por outro lado, dentro desta metodologia, o planejamento,

a longo prazo norteia os programas e projetos a curto e médio prazos, visualizando opor

tunidades e riscos para sua imp lemen tação, bem com o os pontos fortes e os pontos fra

cos da biblioteca. A aplicação de alguns conceitos básicos de planejamento estratégico

associados às estratégias de marketing possibilita ao responsável - enquanto gerente -evitar a situação paradoxal, acima citada, que certamente o leva à frustração, pois ao

tentar ser tud o pa ra todos, a biblioteca deixa de atuar de forma eficaz na com unidade.

A definição de projetos e serviços baseados n as técnicas de segmentação de m er

cado e o estabelecimento de prioridades na implementação destes projetos evitam

que o responsável pela biblioteca tente abarcar toda a gama de serviços possíveis de

serem oferecidos hoje por u m a biblioteca pública. É sabido que as emp resas não

pod em satisfazer todos os consumidores de um mercado - pelo menos não todo s damesma forma. Há muitos tipos diferentes de desejos... 7

Gestão e administração são duas palavras que mu itas vezes são usadas com o mesmo

significado. No entanto, gestão é mais abrangente, englobando tarefas como planeja

m ento, organização, direção e controle, enq uan to que a administração é mais voltada

para a prod ução de uma em presa, tendo significado m ais restrito do que gestão.

Administração refere-se à utilização dos recursos para alcançar os objetivos da

biblioteca. Estes objetivos devem ser definidos a partir da identificação e expectativasda pop ulação em relação à sua biblioteca pública.

6 . DOMlNGUEZ SANJURJO, Maria R amona. Nuevas formas de organización y servidos en la biblioteca

pública. A stúrias: TREA, 1996. p.16.

7. KOTLER, Philip, ARM STRON G, Gary. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Prentice-H all d o

Brasil, 1995. p. 30

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O  marketing , pod e ser utilizado para criar ou vend er a pró pria imagem da bi

blioteca, isto é denominado marketing institucional. Consiste em uma série de ativi

dades desenvolvidas  com  o objetivo de criar, manter ou modificar as atitudes e

comportamento do público-alvo com relação à biblioteca. No rm alm ente, as institui

ções sem fins lucrativos, como as bibliotecas, os museus, as igrejas   e tc ,  têm no mar

keting institucional um poderoso in strum ento para atrair patronos, buscar parcerias

e atrair patrocínios p ara seus projetos.

Através do marketing institucional é possível tornar a biblioteca pública parte

integrante da paisagem da co m unidad e.

• a

Igreja Correio Escola

/ \L U

n íâEBÍrnlHHRiÉ

Prefeitura Biblioteca

m un

Banco

^^^^y ^ ^

1  V V F N ^  ^ ^

m vHospital

Figura 1 - A biblioteca como parte integrante da comunidade.

A imagem da bibliotecaPara formar e continua r a man ter sua imagem, a biblioteca precisa marcar sua presença

ou estar presente em todas as comem orações da com unidade, até com barraquinha na

festa jun ina ou na feira sem anal.

Uma atividade já aprovada é a TARDE DE LAZER NA BIBLIOTECA caso a bi

blioteca precise de um mecanismo muito forte para atrair o cidadão comum e criar

um a imagem de que pode servir a todo s (m uitas pessoas pensam que ela é lugar só deestudante). Este é um mega evento com  múltiplas atividades, numa tarde de prefe

rência de fim de semana em período de férias escolares, contando  com  recursos da

comunidade para:

• divulgação (jornais, rádio e TV locais);

• realização e dem onstra ção de atividades artísticas, de artesanato ou de cultura p o

pular com a participação de artistas locais que apresentam suas habilidades. Por

exemplo, um m arceneiro da co munid ade , que ensina a fazer caixinhas de mad eira;• pro gram ação para pais e filhos (um pai ensina e todos fazem as pipas, com  con

curso para escolher a mais bo nita).

Estas são algumas das atividades que po dem ser progra ma das, mas sem pre deve-

se ter a preocupação de expor livros sobre as atividades desenvolvidas e estimular o

empréstimo domiciliar e o uso da biblioteca. Com este evento, chama-se a atenção

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da comunidade e cria-se uma imagem de acessibilidade e simpatia em relação à bi

blioteca, estim ulando a continuidad e de seu uso pelos participan tes.

Divulgação dos serviços da bibliotecaA imagem marcante da biblioteca na comunidade cria um ambiente favorável para

obter-se ap oio dos m eios de com unicação (jornais, rádio, TV) e espaço para divulga

ção dos serviços da b iblioteca e suas atividades culturais.

A biblioteca, para sua pu blicidade e divulgação, precisa co ntar com ou tros parcei

ros, principalmente aqueles que tenham um a afinidade  com seus objetivos ou sejam

outros órgãos da municipalidade, como por exemplo: uma papelaria pode oferecer

cópias de folhetos; a livraria qu e fornece os livros para compra; um a gráfica que p reste

serviços ao município pode imprimir alguma publicação; o setor de arquitetura da

prefeitura pod e executar um desenh o ou colocar setas indicativas do local da biblio

teca em ruas adjacentes.

O trabalho de divulgação dos serviços deve ser regular e constante, externo e in

terno. Os cartazes da biblioteca devem estar no s locais de m aior circulação de público

- supe rmercad os, m ercearias, estações de trens, metrô , clubes, escolas, igrejas etc.

Inte rna m en te, a biblioteca deve dispor de cartazes de localização dos espaços com

indicações técnicas (funcio nam ento dos catálogos, serviços existentes) e qu adro s de

informações e avisos diversos e de atividades da biblioteca (gráficos sobre o movi

m ento de consulta etc.)

A atuação pessoal do responsável pela biblioteca é um fator imprescindível pa ra a

divulgação da b iblioteca.

Relacionamento da biblioteca com o governo localSub ordina da a um a fundação cultural, às secretarias de educação e cultura o u d ireta

mente ao gabinete do prefeito, a biblioteca depende do poder público para sua im

plantação e continuidade dos trabalhos. Assim sendo, é essencial que o responsável

pela biblioteca tenha um ótim o relacionam ento com a administração local.

Algumas estratégias podem ser adotad as para criar esse relacionam ento. Atividades

de caráter excepcional - a palestra de um escritor de renom e, um a grand e exposição -

devem ser apresentada ou inaugurada pelo prefeito ou autoridade da área da cultura,incluindo a imprensa e convidados, usuários ou não. O relatório anual deve ser en

viado para a prefeitura e para o presidente da câmara e o responsável da biblioteca

deve comparecer a solenidades oficiais  etc.

O responsável deve esforçar-se para que a biblioteca seja vista pelo governo como

um serviço com unitá rio de imp ortânc ia e pro cura r o apoio dos seus leitores mais fiéis

e de pessoas da com unidad e.

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Relacionamento biblioteca/escolaOs estudantes são os maiores usuários da biblioteca pública, mesmo em países onde

existe um sistema eficiente de bibliotecas escolares. O estreitamen to da relação da bi

blioteca/escola promove o mútuo conhecimento, tornando-se altamente produtiva

para o desem penh o das funções das duas instituições. A escola, ao conhecer m elhor a

biblioteca, certamente irá usá-la de forma mais adequada e eficaz, trazendo benefí

cios para o ensino/aprend izado e a educação dos estudantes. A biblioteca, po r sua vez,

ao conhecer as dem and as e necessidades dos professores e alunos, poderá oferecer m e

lhores serviços para esta importante parcela da comunidade. Com este objetivo deve-

se divulgar a biblioteca jun to às escolas, prom ove nd o um a apresentação da biblioteca,

seus serviços, prog ram ação cultural e realizando visitas de estudantes acom pan had os

de seus professores.A integração biblioteca/escola possibilita o desenvolvimento de um trabalho con

junto com os professores para um a m elhor o rientação da pesquisa escolar na biblio

teca pública.

Através da parceria biblioteca/escola po dem ser prom ovid as atividades conjuntas

tais como : a visita de u m escritor à biblioteca integrada às atividades pedagógicas das

escolas, feiras de livro ou de ciências, encontro s cu ltura is, exposições etc.

PublicaçõesAs publicações auxiliam a divulgação da b iblioteca, prom ove m seus serviços e fazem

com que a biblioteca esteja presen te diante dos seus leitores reais em pote ncial. Vá rios

são os tipos de publicações de uma biblioteca, desde os mais simples, como marca

dores de livros, até um b oletim periódico . Os mais com uns são:

• folhetos de divulgação da biblioteca ou de algum serviço específico, como por

exemplo, carro-biblioteca;• listas bibliográficas sobre dete rm inad o assu nto a serem enviadas a um público es

pecífico. Por exemplo, em comum acordo com as professoras, um a lista sobre um

traba lho escolar, o m aterial de qu e dispõe a biblioteca para a dona de casa, para a

mãe (sobre crianças, problemas com ado lescentes);

• jornal infantojuvenil;

• cartazes a serem distribu ídos nos locais de m aior afluência de público;

• sacolas com dizeres sobre a biblioteca para os livros emp restados: os textos das sacolas podem ser caracterizados como uma publicação.

As publicações podem integrar um projeto de marketing, contando com o apoio

de empresas ou instituições locais, sendo que, usualmente, o apoio é documentado

pela logomarca da empresa na publicação.

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Planejamento

- P ^; *eit?

-

ondepretendemos

ir?

onde

estamos?

O  planejamento pode ser definido como um conjunto de técnicas, métodos e proce

dimentos que objetiva intervir de forma programada por meio de planos, programas

e projetos.

Plano - conjunto de informações sistemicamente ordenadas que estabelecem os

objetivos e políticas gerais referenciadoras de programas e/ou projetos.

Programa - conjunto de informações setorialmente organizadas que procuram

operacionalizar os objetivos do plano por meio de projetos.

Projeto - conjunto de informações delimitadas no tempo, espaço e recursos para

a execução de ações setoriais.

Toda situação de planejam ento traz em

seu bojo uma insatisfação e um desejo de

mudanças, ou seja a partir do conheci

me nto de uma realidade atual (diagnóstico

da situação atual) objetiva-se empreender

uma série de processos para atingir u ma si

tuação almejada no futuro.

Na maioria das vezes, um plano  com

visão a longo prazo existe de maneira in

formal na cabeça das altas gerências das

instituições e - refletem seus valores, ideais, atitudes políticas - no caso das bibliote

cas públicas , pode-se cham ar de altas gerências os prefeitos e os secretários de cultu ra.

No en tanto, é altamente desejável que seja estabelecido, formalm ente um Plano de

Desenvolvimen to para a Biblioteca com um a visão a largo prazo - norm alm ente este

prazo é de 4 a 5 anos - ond e esteja forma lmente expressa a situação almejada no fu

turo. Isto permite um melhor a com panh am ento e avaliação da execução dos progra

mas e projetos, possibilitando ma ior eficiência na correção dos eventuais desvios e a

retroalimentação do processo de planejamento, em âmbito geral.

Por outro lado, deixar formalmente re

gistrado o desejo e as expectativas que a

comunidade tem em relação à biblioteca,

p lano  ^e c e r t a  forma pode ser um instrumento

\ %  e st ra té gi c o precioso para evitar a descontinuidade de

trabalhos em épocas de mudanças de pre

feitos e/ou secretários de cultura. É impor

tante enfatizar que o envolvimento destas

altas gerências é fundamental, portanto,

sempre que acontecerem estas mudanças

planooperacional

m

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governam entais, procure o prefeito e/ou o secretário pa ra qu e esta visão a largo prazo

seja revista em conjunto com eles.

É imp orta nte que o plano de visão m acro, ou seja a largo praz o, reflita os valores,

ideais, atitudes políticas da nova adm inistraçã o. É possível im prim ir a m arca desta

nova administração sem d escontinuar programas e projetos que estão sendo bem sucedidos em sua imp lem entaçã o. Sugira acrescentar algo aos program as e projetos em

curso que reflita essa nova administração, ou a criação de novos programas e proje

tos que im prim am a marca e vendam a imagem da nova administração.

Se possível, estabeleça, form alm ente ao m eno s, a missão da biblioteca p ública em

sua comunidade.

A melhor m aneira de im plem entar este Plano de Desenvolvimento para a Biblio

teca é de forma participativa. Monte uma equipe onde estejam envolvidos representantes dos segmentos mais representativos de sua comunidade. É de extrema

importância o envolvimento das altas gerências nesta fase do planejamento, ou seja,

neste macro planejamento. Se existe uma Sociedade de Amigos da Biblioteca, certa

mente ela também deverá ser envolvida.

Alguns conceitos imp ortantes:

Missão - a missão estabelece a razão da existência da biblioteca na com unid ade .

Esta deve ser definida de forma bastan te abrangen te de mod o qu e seja válida com o elem ento nortead or de todo o processo de planejamento a longo prazo. Mais uma vez é

importante conhecer as necessidades de informação e expectativas da comunidade

com relação à biblioteca.

Exemplo -  A Missão da biblioteca pública m unicip al pod e ser assim estabelecida:

assegurar à com unidade , através da prom oção do acesso amp lo e democrático à in

formação, elementos para seu desenvolvimento econômico e social.

Com base nesta m issão serão estabelecidas as políticas, objetivos e funções a seremdesenvolvidas pela biblioteca.

Objetivos - entende-se como objetivo a situação que se deseja alcançar. Ao confi

gurarem um a situação futura, os objetivos indicam a orientação qu e a instituição pr o

cura seguir e estabelecem linhas m estras para o d esenvolvimento das atividades.

Políticas - as políticas são princípios o u g rupo s de princípio s de caráter genérico

e abrangente, que constituem balizamentos ao co m portam ento dos integrantes da

instituição. Con stituem guias para a tom ada de decisões e regras para a ação, con tribu indo para o alcance dos objetivos. Assim, as políticas fazem parte da estratégia geral

da instituição.

Funções - as funções de uma instituição constituem um complexo de obrigações

e responsabilidades exercidas através das ações ou atividades executadas pelas unid a

des operacionais que a integram. Tais funções devem garantir a implementação das

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que serão utilizados, as informações a serem obtidas e, consequentemente, os dados a

serem coletados. Este procedimento evitará obter informações desnecessárias, que não

serão utilizadas no planejamento.

É imp ortan te levar em conta alguns problemas típicos da sociedade c ontem porâ

nea e verificar com o estes afetam a com un idad e local como , por exem plo: globaliza

ção, desemprego, expansão do núm ero de trabalhadores e redução de salários, drogas

e avanços tecnológicos etc.

Nesta fase é de grand e u tilidade o estabelecimento de um roteiro das informações

relevantes para o conh ecim ento da com unid ade local: sua origem e evolução histórica,

tendências e ciclos de desenvolvimento, características demográficas, econômicas, cul

turais e sociais. O  modelo (Anexo 3 - Formulário de pesquisa para conhecimento da

comunidade) apresenta formulário básico de pesquisa e um questionário a ser apli

cado, em entrevista por am ostragem , para identificar características da pop ulação.

Basicamente essas informações podem ser obtidas por coleta de forma indireta

(informações já coletadas e elaboradas po r ou tras instituições) ou p or coleta de forma

direta (coletadas pela própria biblioteca).

Coleta de forma indireta

M uitas das informações necessárias à análise e estudo da co m unida de já se encon

tram coletadas por outras instituições, ou órgãos governamentais e muitas vezes dis

poníveis em publicações impressas ou eletrônicas.

Entre as publicações e instituições que p od em facilitar a coleta de informações

destacam-se:

Publicações:

• censos; bo letins e publicações estatísticas; listas telefônicas; listas am arelas etc.

Instituições:

• representações e delegacias locais dos governos federal e estadual (use tamb ém as

informações disponíveis na Internet); sindicatos; associações comerciais; IBGE;

IBAM etc.

Coleta de forma direta

Os métodos mais utilizados para efetuar esta coleta direta são pesquisas e entrevis

tas. No en tanto, a observação direta de alguns aspectos da vida da com unidad e é tam

bém de grand e valia para seu con hecim ento. A observ ação d ireta possibilita conferir

e avaliar melho r alguns dados e informações obtidas de formas m ais ortodo xas. Den

tre os fenômenos passíveis de avaliação através da observação direta, pode-se exem

plificar: os dias e as ho ras de m aio r m ov im en to nas ruas , háb itos cultu rais e de lazer,

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tradições locais. Cabe ressaltar qu e, ao fazer o es tudo da co m un idad e, a coleta de in

formações através da forma direta deve ser realizada após a coleta de informações de

forma indireta. Desta maneira, evita-se incluir perguntas desnecessárias cujas res

postas se encontram nas fontes já existentes e permite concentrar-se em atualizar

dados desatualizados ou pouco confiáveis e obter novos dados.

Apesar das características das comunidades serem muito variadas, pode-se definir

alguns tipos de informação de importância fundamental para estabelecer o seu perfil:

• dados gerais sobre a cidade-sede e/ ou município: localização geográfica, limites

territoriais, extensão territorial, população (dados d o últim o censo), identificação

dos distritos e bairros, clima. Informações atualizadas sobre instituições e em

presas governamentais sediadas no município, prefeitura e seus departamentos(org ano gram a), C âm ara dos Vereadores, lideranças políticas e, se possível, dados

biográficos das lideranças locais. Incluir, também, os dados dos deputados eleitos

pela região;

• dados históricos: evolução histórica da comunidade nos últimos anos, desenvol

vimento econômico e social (principalmente tendências e ciclos de crescimento,

como subsídios para melhor compreensão da situação atual);

• dados demográficos: nú m ero de habitantes, sexo, idade, caráter urb ano ou rural dacomunidade, condições de moradia (número de habitantes em favelas e/ou con

juntos habitacionais populares);

• dados econôm icos: atividades econômicas mais impo rtante s, nível econô mico da

popu lação, incidência de desem prego, existência de indú strias, bancos e empresas

em geral (esses dados além de proporcionar informações sobre características

da comunidade como um todo, permitem detectar possibilidades de patrocínio),

existência de organizações sindicais, desenvolvimento de atividades artesanais,comerciais e de serviços, horários do comércio, existência de feiras semanais;

• dad os sociais: existência de instituições sociais de qua lque r tipo, orfana tos, asilos

para idosos, presídios, ONGs (Organizações Não Governamentais), associações

comunitárias (identificação de líderes comunitários), clubes de serviço (Lions,

Rotary, Escoteiros), associações beneficentes;

• dados educacionais: nível de escolaridade da população, taxa de analfabetismo,

existência d e escolas ou instituições de ensino governam entais ou privadas dos di

ferentes níveis, número de estudantes matriculados nos diferentes níveis (Ensino

Fund amen tal, Ensino M édio e Ensino Sup erior);

• dados c ulturais: organizações e grup os cu lturais existentes, centros cu lturais e de

diversão (cinemas, teatros, centros desportivos  e t c ) , expressões culturais típicas

da com un idad e, eventos culturais realizados com maior frequência, jornais locais,

emissoras de rádio e/ou televisão, livrarias, editoras, outras bibliotecas;

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• dados sobre transp ortes e comu nicações: principais meios de trans po rte, princi

pais estradas, serviços de com unicação com o telefonia, correio, TV, rádio , Internet.;

• dad os sob re serviços básicos: água, esgoto, eletricidade, saúde (existência de hos

pitais, postos de saúde etc.)

Entrevista pessoal

As entrevistas pessoais devem limitar-se a um nú m ero reduzido de pessoas selecionadas

de m odo a obter-se um a pequ ena amostragem dos diferentes segmentos da população.

Portan to, é fundam ental selecionar entrevistados influentes na com unid ade, que

ocup em cargos de direção nas instituições e empresas locais, perm itindo conhecer as

expectativas existentes sobre a biblioteca, do po nto de vista oficial e institucional. Para

com pletar a amo stragem , as entrevistas restantes deverão ser feitas com  pessoas dacomunidade de diferentes segmentos socioeconómicos e distintos grupos de escola

ridad e, profissão e sexo.

Para entrevistas com pessoas da comunidade em geral, é aconselhável utilizar um

ques tionário pa drão (ver mo delo Anexo 4 - Qu estioná rio padrão para entrevista pes

soal). As perg untas visam conhecer as necessidades de informação do entrevistado,

seus hábitos culturais e de leitura.

Todas as entrevistas devem ser planejadas  com antecedência. No caso de autoridades e líderes da comunidade é necessário prepará-las individualmente de acordo

com a área de especialização da pessoa a ser en trevistada .

Documentos legais e estrutura organizacionalNo âm bito mu nicipal, as bibliotecas públicas são criadas e man tidas pelas prefeituras

mu nicipais e/ou fundações culturais, as quais destinam recursos hum ano s, financei

ros e materiais para sua ma nute nçã o.A biblioteca pública municipal deve ser criada por lei municipal, de iniciativa do

prefeito ou da câmara d os vereadores, motivada pela comu nidad e.

A Lei de Criação (Anexo 5 - M odelo de lei de criação de biblioteca pú blica) con s

titui o prim eiro d ocu m ento legal da biblioteca, oferecendo-lhe am paro legal, regula

mentando e padronizando seu funcionamento.

Vários outros do cum entos co mp lem entam a Lei de Criação, regulam entand o suas

atividades adm inistrativas:• convênios, com o os efetuados com os sistemas estaduais;

• regulam entos (Ver Anexo 6 - M odelo de regulam ento da biblioteca);

• regim entos : incluem as políticas ado tadas (objetivos, prio ridad es, serviços), as p o

líticas de aquisição e as estratégias de interaçã o com a comunidade;

• manuais de serviços incluindo rotinas e descrição de tarefas dos funcionários;

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• atas de reuniões administrativas;

• livro de decisões deco rrentes de reuniões adm inistrativas o u técnicas;

• projetos em estudo.

Cabe ao responsável pela biblioteca organizar esses documentos num arquivo ad

m inistrativo, visando preservá-los e facilitando sua localização e uso.

A Lei de Criação estabelece as ligações essenciais dentro da estrutura organizacio

nal. Nu m a biblioteca de médio a grande p orte, o organo gram a (gráfico representativo

da estrutura de um órgão) po de ser depa rtamen talizado po r funções, finalidade, clien

tela e se rviços.

Vários modelos podem ser utilizados, como o exemplo a seguir:

Processos TécnicosPreservação

AtendimentoReferência e Informação

EmpréstimoAtividades Culturais

AdministraçãoPessoal

ManutençãoFinanças

Serviços de ExtensãoBibliotecas Ramais

Carro BibliotecaServiços à Comunidade

Figura 4 - Exemplo de organograma

Potencializando RecursosRedes/Consórcios/ParceriasA biblioteca pública não pode ser uma instituição isolada, ilhada em si mesma. No

contexto da sociedade atual seus serviços não devem estar restritos ao seu acervo. Para

atender à necessidade de informação da co m un idade , a biblioteca deve utilizar os mais

variados recursos.

É fundamental trabalhar em rede com diversos organismos, bem como organizar-

se, em âm bito estadual, particip and o dos Sistemas E staduais de Bibliotecas Públicas e,

cons eque ntem ente, integrar-se ao Sistema N acional de Bibliotecas Pú bicas. É impo r

tante tam bém integrar-se a ou tros sistemas ou redes, por exemplo, às bibliotecas u ni

versitárias da região, ou a arquivos e museus do mesmo município. A reunião de

bibliotecas em redes e sistemas amplia sua capacidade de acesso à informação e sua

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atuação fora de seu espaço físico. Possibilita ainda, através do compartilhamento de

recursos, o barateam ento de custos e um a m aior racionalização de serviços e recursos.

A biblioteca deve trabalha r com suas congêneres em sistema de parceria. Essas par

cerias devem ser formalizadas através de convênios que estabeleçam os compromis

sos firmados, garantindo desta forma o cum prim ento dos mesmos e a m anuten ção e

con tinuid ade d os program as e projetos desenvolvidos den tro desta filosofia de traba

lho. Por exemplo: pode-se fazer um convênio de parceria entre bibliotecas para am

pliar a coleção de revistas. Através deste convênio as bibliotecas comprometem-se a

assinar revistas e a cu m prir as rotinas de e mpréstim o entre bibliotecas, de acordo com

os critérios estabelecidos no convênio. Neste tipo de convênio uma biblioteca com

promete-se a fazer as assinaturas de determinados títulos, enquanto a outra encar

rega-se de assinar outros títulos. Este procedimento, certamente irá otimizar o

intercâm bio entre as parceiras, potencializar o acesso à informação pelos usuários das

duas bibliotecas e redundará em economia de recursos para as duas.

Sociedade de Amigos da Biblioteca (SAB)A Sociedade de Amigos da Biblioteca (SAB) é uma associação sem fins lucrativos cons

tituída por membros da comunidade que decidem voluntariamente unir seus esforços para apoiar a biblioteca n o seu trabalh o diário, visando a otimização dos serviços

prestados. É o instrumento mais importante para agilizar a gestão da biblioteca e o

mais eficaz canal de com unicação e integração com a comu nidade, promo vendo um

clima favorável em relação à biblioteca. Da mesma maneira, é importante seu apoio

aos contatos da biblioteca com o governo local da qual depende. Seus órgãos direti

vos devem contar com a participação de líderes de diferentes segmentos da comuni

dade - representantes das áreas cultural, educacional, comercial, industrial, ONGs,grup os religiosos, clubes de serviço - fortalecendo e am plian do, desta forma, sua ca

pacidade de diálogo com a comunidade .

A exemplo do que ocorre com escolas, as SABs estão cada vez mais d isseminadas e

constituem um grande apoio para a execução da política de bibliotecas, a realização de

suas atividades cultu rais e captação de recursos. Este objetivo é alcançado estim ulan do

a iniciativa privada para q ue dê seu apoio financeiro à biblioteca ou prom oven do even

tos que proporcionem recursos adicionais ao seu orçamento. Um modelo de estatutode SAB (Anexo 7 - M odelo de estatu to de Sociedade de Amigos da Biblioteca Pública)

exemplifica as características, a finalidade e o funciona mento de um a SAB.

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Tipos de verbas públicas

As verbas públicas são separadas em diferentes tipos: material permanente, material

de consum o, serviços. Material perm anen te é todo o m aterial que forma o pa trim ô

nio pú blico, com o móveis, equ ipam ento s, livros e revistas etc.

O orç am ento para material de consu mo inclui material de escritório, material delimpeza e produtos utilizados para a conservação do acervo.

Os serviços de terceiros incluem despesas de: luz, água, telefone, correio, trans

porte , limpeza e segurança e outros serviços tais com o: manuten ção de equip am en

tos, encadern ação, con trato d e professores e artistas, po de nd o ser efetuados através da

con trataçã o de pessoas físicas o u jurídicas

Recursos humanosA biblioteca deve ser um serviço de utilidade púb lica. Para que dese mp enh e este papel

e a com un idad e a reconheça com o tal, deve buscar a qualidad e dos seus serviços. Esta

qualidad e é diretam ente afetada pelos seus recursos m ateriais (instalações físicas, m o

biliário, equipam entos, acervos etc.) e hu m an os , sendo imp ortan te investir na quali

ficação de seus funcion ários.

Os funcionários que nela atuam devem conhecer bem o acervo, os serviços que a

biblioteca presta e serem treinad os pa ra lidar com o público. Para isso são necessáriosalguns conhecim entos básicos sobre princípios e norm as de relações hum ana s. Fun

cionários qualificados e atenciosos são elemento primordial para um bom atendi

m en to e o desem pen ho efetivo e eficaz das funções da biblioteca pública.

O responsável por um a biblioteca deve ser um bibliotecário, ou seja, profissional ha

bilitado legalmente. O papel d o responsável pela biblioteca é de contribuir para o desen

volvimento da comunidade explorando ao máximo os recursos de que dispõe, mesmo

escassos, para satisfazer às necessidades de informação dos mem bros da co munidad e.

Os m unicípios com  população acima de 5000 habitantes devem ter, no mínimo,

um bibliotecário profissional, e 2 técnicos em biblioteco nom ia (Ensino M éd io). (Ver

Anexo 8 - Atribuições do técnico em bib liotecono mia).

Pequenos m unicípios não possuem condições de arcar com as despesas de um pro

fissional, assim alguma s alternativas são possíveis para solucionar este prob lem a:

• numa época em que se desenvolvem trabalhos em consórcios e parcerias, um

nú m ero d eterminado de municípios de uma m esma divisão administrat iva, ou

próximos e acostumados a trabalhar em conjunto, podem contratar um biblio

tecário  supervisor;

• o estado ao qual pertence o mun icípio pode co ntratar bibliotecários supervisores

de outros municípios, ou manter uma equipe supervisora na sede da divisão

adm inistrativa, qu e atenderia os mu nicípios integrantes daquela divisão.

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Co m pete ao responsável pela biblioteca, além de suas funções técnicas:

• planejar;

• realizar contatos externos;

• obter fundos, elaborar projetos;

• coord enar serviços adm inistrativos: serviços gerais de escritório, arquivos in ternos

(expediente, finanças, pessoal), correspondência, compra de material e contabili

dade, m anuten ção, limpeza e segurança d o préd io;

• avaliar as estatísticas e os resultados do tra balh o da biblioteca;

• distribu ir e definir as tarefas dos funcionários e saber aproveitar as potencialida

des de cada um. Cuidar do aperfeiçoamento profissional ou técnico do pessoal.

Desenvolver em todo s a auto-e stima pelos seus serviços e pela biblioteca. M anter

o espírito de trabalho em equipe.

Algumas recom endações úteis:

• reuniões regulares com a equipe da biblioteca são um bom m étod o de solucionar

problemas, ao mesmo tempo criando oportunidades de promover melhor inte

gração. A troca de experiências é sempre um fator de enriqu ecim ento dos conh e

cimentos da equipe;

• algumas qualidades devem ser estimulada s na eq uipe: consciência social, flexibi

lidade, adaptabilidade, capacidade de análise, curiosidade mental, iniciativa, uma

boa dose de bom hu m or e criatividade;

• den tre as qualidades acim a, a criatividade é um fator indispensável para o desen

volvimento de qualquer empresa, e precisa ser estimulada em toda a equipe. Esta

qualidade é de grande utilidade na adm inistração e na prestação d os serviços da bi

blioteca, ond e m uitas vezes se esbarra com  dificuldades para seu funcionamento.

O prim eiro passo para ter novas ideias e inovar é acreditar qu e se pod e ser criativo.

O responsável pela biblioteca deve sempre dar o po rtun ida de aos funcionários de apre

sentarem novas ideias ou proporem mu danças ou adaptações, que venham m elhorar

o desempenho e otimizar os trabalhos ou a qualidade dos serviços prestados.

Sugestões sobre o relacionamento com o público p ara que a biblioteca tenha um a

boa imagem junto à com unidade:• As pessoas que ate nde m ao público são o cartão de visitas da instituição e é pelo

tipo de atendimento, que a maioria dos usuários julga uma instituição. De nada

adianta a biblioteca ter um acervo rico e instalações perfeitamente adequ adas se os

funcionários que nela trabalham não prestam um bo m atendim ento ao público;

• A cordialidade é um comportamento primordial do funcionário no seu relacio

namento com o usuário. O modo afável de receber um leitor, o contato do olhar,

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um sorriso, um cumprimento (bom dia, boa tarde e até logo) contribuem para

aproximá-lo da biblioteca;

•  O funcionário da biblioteca é o interm ediário entre o público e a informa ção, p or

tant o deve estar semp re bem inform ado e atualizado sob re os serviços e o acervo

da biblioteca;• Procure encon trar o difícil meio term o en tre deixar o leitor à vontade e, ao m esmo

tempo, se necessário ou solicitado, dar-lhe plena atenção. A perg un ta: Será que tem

aqui o livro tal? merece mais do que um a simples resposta: Procure no catálogo ;

•  A tranquilidade deve ser uma atitude constante do funcionário. Atitudes extremas

somen te devem ser tom adas se o usuário assumir com porta me nto desrespeitoso

em relação às pessoas e destrutivo em relação ao acervo e ao patrimônio da bi

blioteca. Normas e regulamentos são instrumentos necessários e especialmenteúteis para orien tar decisões e apoiar atitud es dos fun cionários em tais ocasiões.

Qu alificação, aperfeiçoamento e educação continuada

O responsável pela biblioteca n ão po de, por si só, ser a única pessoa envolvida com o

aperfeiçoamento de pessoal. Deve procurar apoio das pessoas da comunidade, bem

como estabelecer parcerias com  outras instituições, como por exemplo universida

des/faculdades, especialmente as escolas de biblioteconomia, educação, administração, letras e outra s. (Ver Anexo 9 - Escolas de Biblioteconom ia)

A participação, quan do possível, do pessoal da biblioteca em encontro s, sem inários,

congressos e reuniões é sem pre útil para o aperfeiçoamento profissional da equ ipe.

Voluntários

Um curso de encadernação e/ou reparos em livros, por exemplo, pode d espertar o in

teresse de alguns participantes para que ofereça os seus serviços por algumas horas

por dia. Uma mãe que acompanha o filho pode ficar entusiasmada  com  o atendi

mento e propor-se a colaborar com os serviços da biblioteca. Dessa forma, pod e-se

mobilizar pessoas da com unida de e formar um corpo de voluntários.

No entan to, não é só gostar de ler e aparecer de vez em qua ndo , que faz de um

usuário, um voluntário. Este precisa se comprometer a ter um horário fixo depen

dend o de suas disponibilidades, e aceitar as norma s qu e regulam o funcionamento da

biblioteca. É necessário um term o de com promisso, e que n o mesm o se esclareça a

característica de não prestador de serviço público do voluntário.

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Avaliando resultadosCabe ao responsável da biblioteca, além de dirigi-la, aco m pan har os trabalh os verifi

cando se estão sendo feitos de acordo com as no rm as e regim entos intern os, se os lei

tores estão send o bem atend idos ; se a coleção está atualizada; se a biblioteca está limpa

e ordenada  etc.

Para controle e avaliação dos resultados e comp aração com os objetivos estabele

cidos no planejam ento, são imprescindíveis os relatórios m ensais, que oferecem dados

para o relatório anu al das atividades. Este é o melh or índice pa ra julgar a eficiência e

a utilidade da biblioteca e um grande auxílio para: seleção de obras (aponta as mais

consu ltadas), a identificação dos horário s mais procu rado s (necessidade de mais fun

cioná rios), verificação de dimin uição ou crescim ento de frequência etc.

A análise dos relatórios, seja mensal, anual, ou de projetos específicos, possibilita

a avaliação dos objetivos estabelecidos, tornando possível detectar eventuais desvios

e efetuar as correções necessárias. É um inst rum en to essencial para a avaliação de de

semp enho servindo, tam bém , para justificar pedidos de aum ento de funcionários, de

verbas para as atividades etc.

Estatísticas dos ServiçosPara essa avaliação, devem ser com puta do s d iariam ente os seguintes serviços, preen -

chend o-se a folha anexa:

N úm ero de publicações a dqu iridas, registradas, catalogadas, classificadas;

Fichas datilografadas e inseridas (ou registros feitos em computador);

Obras preparadas para empréstimo.

FOLHA DIÁRIA  DE  SERVIÇOS  ANO MÊS

Dia Obras adquiridas

Compra Doação

N'  de obras

Registradas Cata logadas Classif icadas Prep. p/ empréstimo

Fichas

Dati lografadas Inseridas

Figura 5 - Folha diária de serviços executados MODELO N°. /00

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Estatística do movimento diário de publicaçõesEssa estatística serve para auxiliar no julgam ento do m ovim ento de um a biblioteca

e, até mesmo, para saber que assuntos são mais procurados e quais os horários de

maior frequência.

ESTATÍSTICA DO MOVIMENTO DIÁRIO  DE PUBLICAÇÕES

Nome da Biblioteca:

Movimento: Data: / /

Assunto

Obras gerais - 000Enciclopédias - 030

Filosof ia- 100

Religião- 200

Ciências Sociais - 300

Filologia - 400

Ciências Puras - 500

Ciências Aplicadas - 600

Artes,  Divertimentos - 700

Literatura - 800

História, Geografia - 900

TOTAL

Manhã Tarde Noite Total

Figura 7 - Estatística do movimento diário de publicações

Co m o utilizar este modelo:

• no fim de cada expediente (m anh ã, tarde, noite), todas as obras consultadas devem

estar sobre as mesas, para que os funcionários (jamais o próprio leitor) as colo

quem nas estantes;

• essas obras devem ser separadas de acordo com  a sua classificação geral (tal qual

consta no m ode lo), contadas e anotadas nas folhas;

• após contabilizadas, as obras po de m ser recolocadas nas estantes.

No fim do mês, deve ser preenchida uma nova folha em que o item data repre

sente o mês. Nela se dará o som atório de todo m ovim ento ocorrido naquele m ês.

Caso a biblioteca possua co mputador, esse trabalho pode ser feito através de algum

programa específico. O Excel, do Office é muito b om para estatística po is perm ite a ela

boração de gráficos qu e auxiliam a visualizar a atuação da biblioteca mês a mês, ano a ano.

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Relatório anualO relatório anual compõe-se de duas partes:

• a som a de todos os dado s estatísticos dos relatórios mensais, sendo estes efetuados

por pessoa encarregada de todas as estatísticas (diárias e mensais) e que deverá

consolidar o relatório anua l.

• outros dad os que perm itam um a avaliação das atividades da biblioteca: resultados

alcançados através de projetos desenvolvidos, os principais eventos culturais rea

lizados, as dificuldades encontradas, as soluções implementadas para problemas

surgidos, as derrotas e as vitórias etc. Deve ser um retrato do que aconteceu dura nte

o ano.

As inform ações devem ser com pletas, porém claras, exatas, com preensíveis e su

cintas (um relatório confuso e/ou longo demais, ninguém lê). O relatório deve tra

tar de um assunto por vez, com um parágrafo para cada ideia ou argumento. Devem

ser usados gráficos, menos áridos que os simples dados estatísticos, para ilustrar

um desempenho.

Um relatório bem feito e completo pode reverter em grande benefício para a bi

blioteca, na h ora de solicitar verbas para aquisição de o bras, para conservação e pa ra

recuperação de acervo, bem como para requerim ento de material de consum o, instrumental técnico, móveis etc.

Os relatórios de um a biblioteca pública não são feitos apenas para serem arquiva

dos. Devem ser, pelo con trário, amp lam ente divulgados na com unid ade, enviand o-se

cópias ao órgão ma ntenedo r, à imprensa local e tc , cham ando atenção do público para

o que está sendo feito pela biblioteca.

» 5 0

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Um prédio funcional

De posse de um perfil demográfico e sociocultural da comunidade, pode-se avaliar

quais serão as dem and as de informação e de serviços a serem oferecidos pela b iblioteca.

O  planejamento poderá prosseguir estabelecendo-se algumas diretrizes quan to à ins

talação da biblioteca, seja uma nova construção ou a adaptação de prédio já existente.

O  espaço físico a ser planejado deverá prever os serviços que foram identificados

com o necessários à com unidad e.

Princípios gerais:• a biblioteca deve estar, sem pre q ue possível, em local cen tral, de fácil acesso por

parte da população, tanto adulta quanto infantil. Incluir acessos para deficientes

físicos e idosos;

• o projeto arquitetônico deve propor soluções funcionais, atendendo à relação

custo/benefício. Um prédio bem construído e funcional é mais fácil de ser conservado;

• o ambien te deve ser bastante am plo visando possibilitar a separação, qu an do p os

sível, de áreas com finalidades diferentes e permitir acomodações confortáveis para

os usuários. A biblioteca deve ser um ambiente agradável, um local aprazível, onde

seja bom permanecer;

• o am biente da biblioteca deve ser funcional e agradável, e a disposição dos móveis

e equ ipam ento s deve refletir esse clima, não dificultando, po r exem plo, a circula

ção de usuários e funcionários;

• a planta baixa é parte integrante da documentação necessária para o planeja

m en to da biblioteca; caso não seja possível localizá-la, deve-se provide nciar pelo

menos um esboço da área, por mais simples que seja, em que se registrem, em

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— viabi l izando o funcionamento noturno da bibl ioteca  com  reuniões e outros

program as cu lturais para a coletividade.

O índice ideal de iluminação deve ficar entre 500 e 800 lux (este para a sala de leitura ).

Devem ser evitadas estantes m uito altas ou tetos m uito baixos. A distância mínimade um metro entre os livros e as lâmpadas evita o risco de incêndio e a exposição

inadequad a à luz, que acelera o processo de envelhecimento do papel.

AcústicaExistem meios de reduzir, ao mínimo, os ruídos dentro da biblioteca, seja por trata

m ento acústico ou por disposição adequada do layout. Prever o isolamento da sala de

leitura de qualquer atividade de natureza ruidosa, tais como: sala de reuniões, salainfantil, oficinas etc.

Previsão de carga dos pavimentosSe a biblioteca for con struída em préd io de mais de um anda r é im por tante , e mesm o

essencial, verificar se os pavimen tos superiores sup ortam , sem colocar em risco a es

tru tur a do p rédio , o peso das estantes e dos livros. Essa análise deve ser feita po r um

engenheiro de estrutura. Segundo as determinações da NB-5/ABNT, a capacidade desobrecarga de cada andar superior é de 700 (setecentos) quilos por metro quadrado,

peso este que de maneira alguma pode ser ultrapassado. Para aumentar a capacidade

do espaço, podem -se con struir m ezaninos.

Controle de temperatura e umidadeA guarda e a conservação de d ocu m ento s exigem cond ições climáticas favoráveis:

• a temp eratura en tre 16 e 19 graus centígrados resulta em substancial aumento dalongevidade do acervo. Uma temperatura muito alta acelera tanto a secagem das

colas e adesivos, como os processos químicos de d eterioração;

• a tempe ratura de 22 a 24 graus centígrados é considerada, pelos padrões in terna

cionais, ideal para o co nforto dos usuários e da equipe de trab alho ;

• é indispensável a instalação de aparelhos de ar condicionado no préd io, para permitir

a m anu tenção da tem pera tura den tro dessas médias. Prevendo, todavia, possíveis fa

lhas no funcionam ento desses equipam entos, é necessária um a solução natural dearejam ento. Na relação custo/benefício, a vantagem de prever-se um sistema de ar

condiciona do adeq uado às peculiaridades da biblioteca é evidente, evitando-se des

pesas posteriores ainda maiores, com restaurações de peças deterioradas;

• além da alta tem peratura, o utro grande inimigo é a um idade, que provoca mofo.

Existem aparelhos elétricos que desumidificam o ar. Na sua falta, uma sala bem

ventilada e um acervo bem tratado minim izam o problema;

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• como regra geral, deve-se evitar guardar papéis em porões, normalmente muito

úm idos. Se for imperativo u tilizá-los, que haja um contro le igualmente rígido sobre

o nível de um idad e local;

• jardins suspensos são muito bonitos e muito comuns em construções modernas.

Porém, é melhor evitá-los, pois além de difícil m anu tenção, a infiltração da água atra

vés da laje é sempre um risco, por melho r que seja o processo de impermeabilização

empregada. Evite que sejam construídos jardins por cima do local de guarda do acervo;

• o uso de persianas é aconselhável para dim inu ir a incidência de sol e, consequen

temen te, o calor in terno.

Defesa contra sinistrosDeverão ser tom adas precauções especiais para evitar possíveis prejuízos causados p or

água ou fogo.

No caso de água:

• deverá ser tom ado o máxim o cuidado com as instalações hidráulicas e com a im

permeabilização das paredes, para que possíveis vazamentos nos canos não ve

nham a prejudicar o acervo;

• é necessário que seja feito um estudo especial qu an to à localização da central de re

frigeração;

• não pod e haver infiltrações, nem goteiras no prédio, e em especial, onde livros e

outras coleções são guardadas;

• um a biblioteca jamais pode ser instalada em áreas sujeitas a enchen tes;

• atenção especial deve ser dada ao sistema de escoam ento das águas das chuvas.

Qu anto à prevenção contra fogo:• devem ser observadas as norm as oficiais, ressaltando-se que o sistema de prevenção in

clui até o tipo de material empregado na construção, devendo ser evitado o uso de m a

teriais facilmente inflamáveis e que exalem gases venenosos, quando em combustão;

• na eventual falta de energia elétrica, utilize geradores de peq uena po tência evi

tando lampiões e velas em local de muito papel, material altamente combustível;

• deve-se solicitar a orientação ao C orp o de Bom beiros e seguir estritamen te as nor

mas estabelecidas, principa lme nte aquelas referentes ao uso e colocação de extintores,  sistemas de alarme e demais dispositivos de prevenção e extinção de

incêndios. Uma Brigada contra Incêndios, ou o treinam ento a nual dos funcioná

rios é um a m edida excelente para evitar surpresas desagradáveis;

• é pro ibid o fumar no in terior das bibliotecas. Deve-se colocar avisos e cinzeiros

próx im os ao saguão de acesso e áreas de recepção, de m odo a imp edir a entrada de

pessoas com cigarros acesos.

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Áreas específicas do prédioA biblioteca deve ser planejada com o u m a série de áreas interligadas, mas de uso bem

definido, por onde as pessoas possam circular livremente e escolher livros e outros

materiais, sem atrapalhar as pessoas que estão lendo ou estudando.

A planta mais racional prevê áreas de maior nível de ruído próximas à entrada e

áreas de me no r nível de ruíd o (salas de pesquisa) longe da entra da.

Reuniões Sanitários

Ficção

Entrada

Guarda volumes

Quadro de avisos

Exposições

Informação

Empréstimo

Livros in

^Periódico

formativos

íEspaço

reversível

ReferênciaDireção e/ou Serviços

Espaço a ser utilizado de acordo com as necessidades locais.

Figura 8 - Interrelação das áreas de uma bib liotec a: sugestão de fluxo

O qua dro sinóptico a seguir dá um a orien tação geral de algumas áreas ou espaços.

ÁREAS

Exterior

Entrada e saguão

DESCRIÇÃO SUCINTA

Deve haver uma placa, a maior possível, com o nome da biblioteca e o

nome da cidade . Uma tabu leta menor indicando as horas de funciona mento também é útil. A colocação de sinalização nas ruas indicando o

caminho da biblioteca é uma boa providência, especialmente para

novos leitores ou leitores em potencial. Em cidades planas  com grande

uso de bicicletas é conveniente prever área para seu estacionamento,

bem como para o estacionamento de carros dos funcionários e acesso

para fornecedores.

À entrada da b iblioteca é necessário colocar gu arda-volumes, ou es

caninhos para que os objetos de uso pessoal dos usuários, como pastas,  bolsas, mochilas e t c , sejam guardados evitando levá-los para a

sala de le itura. A colocação de uma catraca fa cilita o controle de en

trada e saída dos leitores. A biblioteca deve ter somente uma entrada

para público e pessoal para facilitar o controle da circulação. Atual

mente,  há processos eletrônicos como os portais detectores, muito

utilizados também em lojas, que impedem a saída de obras sem a de

vida autorização.

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ÁREAS

Sinal ização

Exposições

Sala de Reuniões ou

Pequeno Auditório

Balcão de

empréstimo e/oude informação

Leitura de periódicos

Catálogos e/ou

computadores

Sala da direção

da biblioteca

Infantil

Multimeios

Referência, livrosinformativos, leitura

e pesquisa

DESCRIÇÃO SUCINTA

Tanto externa, como vimos acima, quanto interna (indicando os di

versos setores, como sa la de leitura, sanitários  e t c ) .  Um mural de

avisos ou painéis com  anúncios comunitários devem ser localizados

na entrada ou no saguão de acesso à biblioteca.

0 espaço destinado a exposições também deve ficar próximo à entrada.

Em bibliotecas maiores, é necessária uma sala equipada para as  ativi

dades culturais ou reuniões de grupos da comunidade. Em b ibliotecas

menores, deve ser definida uma área que possa ser separada, ou por es

tantes ou por biombos, para ser utilizada para essas atividades.

É de todo conveniente que esteja também próximo da recepção com

local para colocação dos cartões de empréstimo (ou computador) ecarrinhos para colocação dos livros devolvidos. Em bibliotecas pe

quenas, o balcão de informação integra este balcão, que deve   tam

bém ter local para arquivamento de material para informativo.

Normalmente, alguns usuários, especialmente idosos ou desempre

gados, só vêm à biblioteca para leitura do jornal, assim esta área

pode tam bém ficar próxima à entrada.

Área  com  catálogos (fichários do acervo) ou terminais de consulta

(bases de dados sobre o acervo) devem, sempre que possível, ficar nosaguão de acesso às salas de leitura .

Sua situação ideal é próxima às áreas de maior movimento. Deve

comportar espaço para arquivamento da documentação da biblioteca

e o serviço de ouvidoria.

Localizada o mais próximo possível da entrada da biblioteca, esta

área deve ficar o mais longe possível das áreas de maior silêncio,

como a área de leitura e de referência. Deve ser o local mais agra

dável da biblioteca (é na infância que se forma o gosto pela leitura,

pela biblioteca e se forma o hábito de utilizar informação), prevendo

espaços para trabalhos artísticos, jogos, brinquedos, teatro de fanto

ches, aparelhagem de som e outros. Alguns autores consideram que

esta área deve ocupar até 50% da área total da biblioteca.

Área de uso diferenciado da biblioteca. 0 uso de fones de ouvido é

uma solução quando não se pode ter um isolamento acústico eficien te.

Deve ser a área m ais silenciosa pois é, essencialmente, uma área depesquisa. Um espaço deve ser reservado para trabalhos em grupo

(área de alto nível de ruído). As mesas e cadeiras devem ficar sepa

radas do acervo para facilitar a circulação e poss ibilitar o controle da

coleção. Em pequenas bibliotecas, a coleção de história local pode

ficar nesta área.

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ÁREAS

Circulante

Sala de Serviços

internos

Sanitários e

Bebedouros

Limpeza

Circulação eÁreas verdes

DESCRIÇÃO SUCINTA

Para livros de lazer. Livros de ficção, livros de auto-instrução.

Zona restrita aos funcionários onde se realizam as atividades admi

nistrativas e técnicas. Ocupada, normalmente, por salas de funcionários, setores de aquisição, processos técnicos, encadernação,

depósitos, almoxarifados e outros.

Para o público e funcionários. É de todo conveniente ter sanitários

apropriados para a área in fan til e deficientes físicos.

Área para material de limpeza. No caso de grandes bibliotecas com

limpeza terceirizada é conveniente espaço para o pessoal de limpeza

Plantas e vasos de plantas.

Figura 9 - Descrição sucinta das áreas de uma biblioteca

Capacidade e dimensionamentoO espaço físico da biblioteca deve prever áreas separadas para:

• armazenamento do acervo;

• espaço de leitura, pesquisa e referência;

• atividades culturais e de lazer;

• serviços internos.

O tam anh o da biblioteca depen de da capacidade destas áreas: nú m ero de lugares

para leitura local, tam anh o estimado da coleção com seus diferentes tipos de materiais,

serviços a serem oferecidos e nú m ero de funcionários. Estes parâ m etros devem ser

estabelecidos após o estudo da com unida de.

Um parâmetro relevante a ser considerado ao dimensionar a área da biblioteca é o

seu raio de influência imediato . Este cálculo deve ser efetuado com base no universo da

popu lação, ou seja nú m ero de habitantes que será atendido pela biblioteca. Segundo a

Federação Internacional de Associações de Bibliotecários - IFLA8, o raio de influência

imediato de uma biblioteca pública é de 1,5 km, dependendo da existência ou não de

barreiras natu rais com o u ma via férrea, um a rodovia asfaltada etc. Vale ressaltar que esteraio de influência imediato é um dos parâm etros a serem considerados no cálculo do nú

mero de lugares para leitura local e serviços de extensão no dimensionam ento do acervo.

8. FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS. Normas pa ra biblio

tecas públicas. Brasília: INL; São Paulo: Quiron, 1976. 49p.

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Figura 10 - Exemplo de planta

C ap ac id ad e d as e s tan te sOs livros e ou tros m ateriais bibliográficos o u doc um entais variam de tam anh o (altura

e espessura). Assim, para cada tipo de livro é considerad o u m nú m ero de volumes po rme tro linear. As estantes para 5 ou 6 prateleiras m edem aproxima dam ente 2m de al

tura e as de 4 ou 5, med em l,70m. A profundidade é cerca de 0,25m  (estantes aber

tas) e 0,50m (estantes de duas faces).

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VOLUMES POR ESTANTES SIMPLES E DUPLA Prateleira de um metro linear

Livros de referência

Livros de consulta

Livros p/empréstimo

Livros infantis

Jornais (deitados)

Revistas (deitadas)

Revistas em pé

N°.  de Prateleiras

SIMPLES

4

5-6*

5-6*

3-(4)*

5**

5**

5**

DUPLA

8

10-(12)

10-Ü2)

6-(8)

10

10

10

Vol./prateieira  (1)

25-30

30-35

35-40

50-55

3 Deitados

5 Deitadas

10

Vol./estante

SIMPLES

100-120

150-175

175-200

150-165

DUPLA

200-240

300-350

350-400

300-330

111 Com espaço para crescimento da coleção

*Eventualmente, pode aumentar-se o  número de prateleiras aumentado, assim, a capacidade das estantes.

Os totais de volum es/estante se referem aos núm eros sem parênteses da coluna  N°. de prateleiras

**Estante de jornais e revistas: 3 prateleiras inclinadas para exposição e 2 ho rizontais para caixas de revistas

Figura 11 -  Capacidade de volumes das estantes e prateleiras

Número de lugaresDepende da análise dem ográfica  da população por faixas etárias (faixas de 0-5 anos,

de 6-11, de 12 a 15,18- e tc) , do número de e studantes p or ciclo, de idosos etc. O h o

rário  de  abertura também  é outro parâmetro a ser conside rado, p ois calculam-se,

aproximadamente, que o tempo médio de permanência  de um leitor na biblioteca é

de 2 horas . Assim, se a biblioteca ficar ab erta  10 horas por dia, um mesm o lugar pode

ser ocupa do por 5 pessoas no mesmo dia.

Calcula-se que cada lugar para leitor ocupe áreas restritas de 2,5 m etros quad ra

dos. Devem ser previstas tam bé m , áreas de circulação e para funcionários. Calcula-se

4 metros quadrad os por funcionário  até 10 funcionários, dim inuindo -se a área, pro

porcionalmente, com o aumento do nú m ero de pessoal. Evidentemente, para novas

cons truções, os dados acima serão aplicados. No e ntan to, deve-se adap tar em caso de

espaços já prede term inad os. Ex.: adaptaçã o de imóveis existentes, áreas pequ enas etc.

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Figura 12 -  Layout  interno de uma pequena biblioteca

Móveis e equipamentosExistem móveis projetados especialmente para bibliotecas que permitem uma melhor

disposição e aproveitamen to do espaço com acom odação adequada para o acervo, os

equipa me ntos e os usuários.

Algumas observações sobre o mobiliário:

• m óveis de aço, além de serem m ais resistentes para a armaz enage m, têm m aior du

rabilidade evitando a umidade e a infestação por insetos como cupim, broca etc.;

• móveis coloridos contribuem para que o ambiente fique ainda mais agradável;

• na impossibilidade da aquisição de móveis metálicos, poderá ser feita uma adap

tação nos móveis já existentes. Caso sejam de madeira, devem ser tratados contra

a ação de insetos;

• as mesas dos usuários devem ser colocadas em lugares bem ilum inad os;

• a criatividade e improvisação para aproveitamento dos recursos locais é muito

útil para mobiliar uma biblioteca. Por exemplo, livros infantis de fácil leitura em

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caixas no chão (coloca-se um material antiderrapante no fundo das caixas) são

considerados como brinquedo pelas crianças, incentivando assim seu uso desde

a infância.

Alguns exemplos de móveis especiais se encontram no Anexo  11  - Materiais deuma Biblioteca Pública (Listagem não exaustiva).

Equipamentos

Alguns equ ipam ento s são essenciais para qu e a biblioteca possa oferecer serviços ade

quados à comunidade:

• Telefone (se possível mais de um a linha para co m unicação com leitores e acesso à

INTERNET)

• Fax

• Microcomputador com kit multimídia e impressora

• Aparelho de TV

• Aparelho de videocassete, CD e DVD

• Aparelho de som

• Gravador• Máquinas ampliadoras para leitura de microfilmes (em bibliotecas maiores e

mais completas)

• M áquina mu ltiplicadora de docum ento s, tipo xerox e outra s, devendo-se o bservar

os princípios de preservação de que o uso indiscrimina do de cópias  xerográficas

acarreta d ano s à celulose, devido à forte e brusca incidência de luz. Recom enda-se

controlar e mesmo evitar o excesso de fotocópias em documentos e livros, sobre

tudo qu an do já estão fragilizados pelo uso e pelo tem po . Deve respeitar-se a legislação referente a Direitos Autorais.9

Veja no Anexo  10 - Tipos de móveis e equip am entos

9 . DIREITOS auto rais: Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Rio de Janeiro: SNEL, 1998. 39 p.

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Formação  do Acervo

A formação do acervo deve atender às necessidades inform acionais, educativas e de

lazer da comunidade. Tendo em vista o perfil bastante heterogêneo do público-alvo

de uma biblioteca pública, torna-se difícil estabelecer critérios gerais que possam ser

vir de orientação na formação do acervo. No e ntan to, alguns critérios básicos devem

nortear a composição de um acervo.

Critérios básicos para a composição do acervo• atualização: m ante r o acervo atualizado em relação aos avanços do con hecim ento

e à produç ão literária;

• reposição: renovar os materiais consultados com alta frequência e desgastados pelo

man useio con tínuo, bem co mo repor os materiais extraviados;

• d ema nda: atender à procura e às sugestões por p arte dos usuários e acom panh ar

as novidades editoriais de grande repercussão junto à opinião pública;

• qualidade: dotar o acervo das contribuições mais significativas nas diversas áreas

do conh ecimen to e do pensam ento, bem com o dos autores mais representativos n o

cam po das ideias e da literatura local, nacional e estrangeira;

• pluralidade: respeitar a diversidade, a variedade e a multiplicidade das fontes de

informação, não devendo a instituição impor quaisquer restrições de naturezaideológica, filosófica ou religiosa, nem adotar um discurso ú nico, para a formação

do acervo .10

10.  BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ. A com posição d o acervo: diretrizes para um a política de se

leção de aquisição. Curitiba: Imprensa Oficial, 1992. 15p.

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Por outro lado, é possível definir alguns segmentos comuns, dentre os muitos

que podem ser identificados em cada comunidade em particular, e que devem ser

considerados.

Pode-se identificar os seguintes segmentos:• jovens - em g eral, estud antes - am bos os sexos, todas as classes sociais, na consu lta

ao acervo de obras gerais e didáticas para fins de pesquisa escolar;

• adultos e idosos, com predom inância masculina, na consulta ao acervo de perió

dicos correntes;

• pesquisadores e pós-g raduan dos na consulta ao acervo histórico - docu m ental e

aos periódicos retrospectivos;

• a população heterogênea, classes média e baixa renda, no empréstimo de livrosliterários;

• público segmentado no uso dos serviços especiais: infantil, deficientes visuais  etc ;

• população de média e baixa renda no uso dos serviços de extensão.

Coleções básicas para com posição do acervo:

• Referência: para consulta imediata e rápida (dicionário de línguas nacional, es

trangeira s e bilingues; enciclopéd ias a tuais; atlas geográfico e histó rico ; listas telefônicas; anuários estatísticos; almanaques; guias turísticos; biografias; livros e

ma teriais de informação utilitária e de técnicas variadas, tais com o m anu ais  etc) ;

• O bras Gerais: para consulta e leitura para fins de informação geral, estudos, pesqu i

sas e traba lhos escolares, nas diversas áreas do conhecim ento e biografias em geral;

• Literatura: para leitura de entre tenim ento e lazer cultural (rom ances, poesias, con

tos, crônicas e ou tros g êneros literários);

• M ateriais especiais: coleções não convencionais e/ou destinadas a gru pos especiais

de usuá rios (infantis, braille, multim eios, gibis, obras raras  etc);

• Histórico-documental: materiais relativos à memória sociocultural e histórico-do-

cumental local;

• Periódicos: jornais, revistas, boletins informativos, recortes e outros materiais de

publicação periódica retrospectivos e correntes, para p ronta informação e pesquisa.

Os percentuais a serem utilizados na formação do acervo depen derã o da análise

da deman da da população.

Co m o p arâm etro geral, sujeito às adaptações locais, pode-se sugerir:

Tipo de Obras

%

Ficção

30

Não Ficção

30

Referência

5

Infantojuvenil

32

Som e Audiovisual

3

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• Dicionário de língua portuguesa (de preferência editado no Brasil).

• Dicionário bilingue português/inglês.

• Dicionário bilingue inglês/português.

• Dicionário bilingue português/francês.

• Dicionário bilingue francês/português.

• Dicionário bilingue português/espa nhol.

• Dicionário bilíngue espanhol/português (e outros dicionários bilingues, como o

italiano, o alemão e t c , conforme as necessidades identificadas).

• Enciclopédias médias, em língua portuguesa, editadas no Brasil nos últimos

cinco anos.

• Atlas geográfico.

• Lista telefônica do Município. Lista telefônica do Estado.

• O m ais recente Anuário Estatístico d o IBGE.

• Almanaque de dados gerais (como o Almanaque A bril ou similar).

São també m de grande utilidade:

• Dic ionários especializados - biográfico, de história e geografia do Brasil, de psico

logia, folclore etc.

• Bibliografias.

• Guias turísticos.

• Atlas especializados (de botânica, de zoologia, de biologia  etc) .

• Obras sobre fatos e/ou pessoas do município.

PeriódicosSão obras publicadas em espaços de tempo predeterminados, ou seja, aparecem a in

tervalos regulares, tais co mo jornais e revistas.

Eis uma coleção mín ima sugerida:

• Um jornal diário estadual ou local;

• Um jornal diário de grande circulação nacional;

• Um a revista geral informa tiva  (com periodicidade sema nal);

• Revistas femininas

• Revistas do tipo faça você mesm o

• Revistas infantojuvenis

• Revistas de circulação dirigida (pais, jovens, crianças, saúde, novas tecnologias,

ciências, agricultura, esporte, música).

FolhetosSão publicações resumidas sobre determinado assunto. Segundo a classificação da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o folheto possui de quatro a

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quarenta e nove páginas, excluída a capa. Folhetos sobre entidades de utilidade pú

blica e turísticos têm grande utilização nas bibliotecas.

Arquivos de recortesEsse arquivo consta de pastas ou caixas onde se guard am recortes de jornais, de revis

tas (quando em duplicata ou quando não interessa guardar a revista inteira) e até

m esm o páginas ou capítulos de livros que estejam incompletos. Os recortes devem ser

organizados em pastas por ordem alfabética de assuntos e, em cada pasta, por ordem

cronológica. É imprescindível qu e, em cada reco rte, se escreva o nom e do auto r da m a

téria e da fonte de ond e o recorte foi tirado (no m e do jornal ou revista, data e pág ina).

Assim, o seu aprove itamento nas pesquisas será tecnicamente m ais adeq uado . O uso decarimbos com os nom es dos jornais e de carimbo datador facilita o trabalho.

EstampasSão materiais de inestimável valor no acervo da biblioteca. Servem, especialmente,

para os usuários não alfabetizados ou para ilustrar trabalhos escolares. Para os não

alfabetizados, podem ser usadas no reconhecimento dos elementos que compõem a

própria estampa, para o desenvolvimento do raciocínio lógico e também para criarhistórias, a partir da estampa observada ou da sequência de imagens organizadas.

Devem ser organizadas nos mesmos moldes do arquivo de recortes. São úteis para

trabalho s escolares as coleções de fotografias, de anim ais, de perso nagens históricos e

de heróis esp ortivos.

Material Audiovisual. Multimeios

São materiais que utilizam som e imagem, são necessários para apoiar a aprendizagem ou complementar o processo de informação. Dentre eles podemos citar:

discos compactos, fitas cassete, filmes, fotografias, diapositivos, fitas de vídeo, au-

diolivros  etc.

Face ao custo elevado de cursos de línguas e à necessidade atual de se saber outra

língua com fins de melhor colocação no mercado de trabalho, é um material m uito útil

para os usu ários. Se a biblioteca possui u m videocassete, as fitas de vídeo para estudo

de línguas não po dem ser esquecidas.Por outro lado, fitas cassete para estudo de línguas, por exemplo, acompanhadas

de livros de texto, necessitam somente de um toca fita e de um fone de ouvido para

serem usadas.

As fitas de vídeo são um pode roso in strum ento de auto-educação, como as fitas dos

cursos sup letivos. As crianças tam bém aproveitam bastante este tipo de m aterial como,

por exemplo, as da série Castelo Rá Tim B um, que além de divertir, instrue m .

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Hoje, o disco compacto (CD) substituiu o antigo disco de vinil e é um atrativo

para jovens e crianças. Na impossibilidade de se ter um aparelho de som para CD, a

alternativa é recorrer às fitas cassete de música e ao toca fitas com fones de ouvido.

Publicações eletrônicas. MultimídiaHoje, face à crescente oferta d o m ercad o editorial brasileiro de publicações e letrôni

cas - especialmente CD-ROMs - e à função da Biblioteca Pública de democratizar o

acesso e orientar o uso das novas tecnologias de inform ação, este tipo de m aterial as

sum e especial relevância na formação do acervo das bibliotecas públicas. As bibliote

cas devem prever o uso de co mp utadores com kit multimídia para que seja possível o

uso deste tipo de material.

É ampla a gama de CD-ROMs disponíveis no mercado. São de especial utilidadeos CD -RO M s de O bras de Referência, de caráter educativo, de cursos de línguas etc...

Objetos reaisOs objetos reais tanto pod em ser de caráter in strutivo c om o de lazer. Um atlas em re

levo do corpo hum ano , um globo terrestre, um a m aquete de um a refinaria de petró

leo têm uma função educativa; mas os jogos como damas, xadrez, quebra cabeças,

além d o caráter instrutivo (desenvolvimento de raciocínio, entre outros) têm um aspecto lúdico que não pode ser ignorado .

Brinquedos educativos são inerentes à área infantil. Desenhar uma amarelinha no

chão ou um jogo da velha també m decoram a biblioteca. Em bora nã o sendo objetos

reais, fazem parte dos brin que dos educativos. Para as crianças não alfabetizadas, jogos

de arma r e de m onta r são aconselháveis. O livro-brinquedo, hoje tão utilizado, tam

bém pode ser considerado um objeto real.

Outros materiaisTodo material que possa ser útil para o desenvolvimento cultural e educacional de

um a c om unidad e pode e deve integrar o acervo da biblioteca, como, por exemplo:

• Apostilas de cursinho para ingresso em faculdade e universidade uma vez que os

cursinhos nem sempre são acessíveis à população devido ao seu alto custo;

• As histórias em quadrinhos têm enorme aceitação pelo público adulto e infantoju-

venil. Na sociedade atual é vista pelos educadores como um dos recursos importantes para o ensino da linguagem. Através da linguagem concisa, das imagens e

cores, contribui para a formação da linguagem e para a arte em geral.

• As reproduções de arte, além de decorativas, influem no gosto pelas artes plásticas.

• Um aquário de peixes é algumas vezes usado como decoração e como material

educativo para as crianças.

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Seleção do acervoA seleção é um a das mais imp ortan tes tarefas dentre os serviços de u ma biblioteca e con

siste na escolha, de acordo com os recursos financeiros existentes, dos materiais que irão

com por um acervo compatível com as necessidades e interesses da co munidade servida.A seleção dos m ateriais a serem incorp orado s ao acervo deverá ser feita po r decisão

de um grupo composto por membros representativos da comunidade, com a partici

pação do responsável da biblioteca. Um a decisão coletiva neu traliza as escolhas exces

sivamente pessoais ou p arciais, possib ilitando que as verbas destinadas à aquisição dos

materiais sejam distribuídas sem privilegiar ou discrimina r au tores, assuntos, tipos de

materiais ou editoras e livrarias.

O estabelecim ento de critérios para a seleção é um a tarefa b astante difícil, que develevar em consideração aspectos relativos a cada biblioteca e a cada comunidade em

particu lar; no en tan to, existem alguns c ritérios básicos, que se aplicam a qualqu er b i

blioteca pública:

• conheça a com un idad e local para p od er a tender a todas as suas necessidades de in

formação;

• não deixe faltar o bras sobre assuntos da atualidade: drogas, AIDS, ecologia, m edi

cina natura l, autoajuda, com putação  etc ;• form e coleções de obras relativas à história , geografia, folclore, literatur a e tc , sobre

a região ou escritas po r au tores locais (veja história loc al).

O trab alho de seleção deve ser apoiado pelos seguintes instru m ento s aux iliares:

• consulta aos catálogos das editoras e distribu idora s;

• leitura das seções de lanç am ento literários dos jorn ais e revistas;

• visitas às livrarias para c onhecer as novidad es e lançam entos editoriais;

• sugestões dos leitores, professores e especialistas (obtidas através de contatos pessoais, correspo ndên cias e caixinhas de sugestões);

• análise das estatísticas de em prés timos e de consultas à biblioteca (essa análise pode

indicar as preferências dos leitores). (Ver Anexo 12 - Circuito da obra na biblioteca).

AquisiçãoApós a seleção e a verificação da existência ou não da obra na biblioteca, sua incor

poração ao acervo pod e ser feita por três mo dalidades: compra, doação e perm uta.

CompraApós a seleção das obras a serem adquiridas, faz-se uma listagem da qual devem

constar os seguintes dados:

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nú m ero de exemplares disponíveis. Pode-se, ainda, jun tar a elas uma relação de títu

los que se deseja adqu irir, na expectativa de q ue algum a biblioteca os tenha em excesso.

O  Cadastro de Bibl iotecas Públicas Brasi leiras, disponível na Internet

(ht tp: / /www.bn.br www.bn.br)  pode ser ut i l izado como instrumento de apoio,

facilitando a identificação e a obtenção de endereços de bibliotecas para permuta

de publicações.

A p erm uta é uma maneira prática de se ganha r m ais espaço nas estantes e de se ad

quirirem , gratu itam ente , obras de interesse para os leitores.

Novas aquisiçõesAs novas aquisições provenientes de compra, doação ou permuta, quando estiverem

prontas para o uso do público, deverão ser amplamente divulgadas e expostas em lo

cais especiais (sobre uma mesa ou em expositores apropriados), com  cartazes para

cham ar a atenção.

De nada adianta rá o esforço p ara ad quirir livros novos se eles perm anec erem des

conhecidos. Essa divulgação pod e ser feita, além da exposição no recinto da biblioteca,

através de publicidade no rádio, anúncios em jornais locais, listagens enviadas a es

colas, faculdades  etc.

Avaliação permanenteUma biblioteca pública deve desenvolver-se de m aneira harm oniosa , em sintonia com

os interesses e necessidades da com unidade a que serve, assim sendo, o seu acervo pre

cisa ser periodicam ente avaliado.

• D eve-se verificar, em prim eiro lugar, se o crescim ento da coleção foi har m on ioso

para se evitar a constituição de grupos de materiais que não são utilizados por

serem estranhos aos interesses da comunidade;

• a dema nda não a tendida tam bém deve ser avaliada para se evitar perda d e clientes;

• deve-se assegurar que todas as peças estejam em boas cond ições físicas, a fim de que

possam ser utilizadas adequad am ente. O material em más condições físicas, mas

que aind a é dem and ado , deve ser retirado e colocado em local à parte (sala anexa,

depósito) à espera de recuperação física ou reposição.

Critérios para qualificação de obras rarasEste tópico visa apoiar a identificação de possíveis obras raras n os acervos das biblio

teca públicas.

Define-se com o obras rara os m ateriais bibliográficos e docu mentais de valor ines

timável devido a antiguidade, autoria, primeiras edições, esgotamento da edição,

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comunidade onde tais idiomas não são lidos; livro sobre as estradas de ferro do

Paraná nu ma biblioteca do Amazonas;

• obras em qu antid ade excessiva: qu and o, por u m a razão ou o utra, a biblioteca pos

sui diversos exemplares de determinada obra pouco ou nada utilizada;

• obras fisicamente danificadas, a tal po nto , que nã o tenh am condições de serem re

cuperadas: por lhes faltarem partes essenciais ou por estarem infestadas por pra

gas, como broca, cupim  etc. que podem contam inar o restante do acervo.

O descarte n ão deve ser uma decisão exclusiva do responsável pela biblioteca, visto

suas implicações patrim onia is. Costum a-se, para esse fim, quan do possível, constituir

um a comissão formada por representantes da comu nidade - professores, historiado

res, o responsável pela biblioteca e pelo setor de pa trim ôn io - que , após análise dosmateriais, decidirá o seu destino .

Todo e qua lque r descarte deve ser, ob rigato riam ente , registrado na coluna obser

vações do livro de tom bo, anotando-se a data, o mo tivo da baixa ou descarte e assi

natura ou rubrica do responsável.

Para evitar-se comércio po sterior ou levantar controv érsias, é semp re con veniente

ter um carimbo para baixa, com a data da baixa e a rubrica do responsável afixado em

lugar visível na obra descartada.

Crescimento da coleçãoÉ de grande importância a previsão do crescimento da coleção que deve refletir-se

nos orça m entos an uais utilizados num a projeção baseada em práticas preestabeleci

das para bibliotecas públicas de pequ eno e grande po rte. Essa projeção do crescimento

é apoiada na relação livro ha bitan te descrita abaixo que se aplica em países com uma

renda percapita baixa.

Ano

Atual

1

2

3

Coleção

3.000

4.000

5.000

6.000

Livros a serem

comprados

1.000

1.000

1.000

Relação Livro/

habitante

0.1

0.133

0.166

0.2

N°   de

habitantes

por livro

1 para 10habitantes

1 para 7,5habitantes

1 para 6habitantes

1 para 5habitantes

Quadro 1 - Projeção de crescimento de uma coleção

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Tratamento  técnico  do acervo

Registro de obras

Como registrar livros e folhetosRegistrar é atribuir u m nú m ero, em ordem sequencial, por ordem de chegada, a qual

que r ma terial bibliográfico ou não , inc orp oran do -o, assim, ao acervo da biblioteca.

Antes de reg istrar-se um a ob ra, deve verificar-se, no catálogo, se ela já existe ou não

na biblioteca. Caso exista, verificar seu grau de utilização, pois não vale a pena in

corporar ao acervo obras repetidas de pouca demanda, mas nem toda duplicação é

desnecessária. Os materiais podem e devem ser duplicados desde qu e visem atende r

às demandas dos usuários. Outro fator que leva à duplicação é a necessidade depreservar a memória local. No entanto, é importante observar-se a disponibilidade

de espaço físico.

Os dados necessários para efetuar o registro de livros são enco ntrados em suas di

ferentes partes. Para melhor orien tá-lo neste trabalho veja o Anexo  13 - Partes do livro.

No rma lme nte, os registros são feitos n o livro de tom bo , tam bém conhecido com o

livro de registro. Na sua falta, porém , pode-se im provisar, utilizando-se um caderno

ou fichas num erad as, forman do estas, o fichário de registro. Qu alque r q ue seja sua

forma, estes registros das publicações pertencentes à biblioteca são de uso exclusivo

dos funcionários.

Se preenchido devidamente, forma-se um instrume nto de trabalho m uito útil, pois:

• auxilia no inventário do acervo;

• fornece o nú m ero de baixas duran te o ano e o motivo das mesmas;

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N

01

02

03

04

05

06

0 /

08

DATA

22 /10 /97

22 /10 /97

22 /10 /97

22 /10 /97

23/10/97

23/10/97

24/10 /97

24/10/97

AUTOR

V E R Í S S I M O ,

Ér ico

Ins t i t u t o

N ac iona l

do Livro

SCHAFF, Adam

PAES,  P. R.

Tavares

V E R Í S S I M O ,

Érico

M E L O ,  Ma ia

de Lourdes

B A R B O S A ,

Mareão

A MA D O , Jo r ge

TlTULO

Tib iquera

Manua l pa r a

b i b .  púb l i cas

H is tór ia

e verdade

Curso de Direi to

C omer c ia l

T ib iquera

Curso de

C o m u n i c a ç ã o

U m encon t r o

com  Deus

Os Subterrâneos

da L iberdade

EX.

02

VOL.

0 2

0 1

LOCAL

Porto

A legre

Brasília

São Paulo

São Paulo

Porto

A legre

For ta leza

Rio de

Janei ro

Rio de

Janei ro

EDITORA

Globo

0

Ins t i t u t o

Mar t i ns

Fontes

R. dos

T r i buna i s

G lobo

José

Olympio

Record

ANODEPUBLIC.

1982

1982

1991

1985

1982

1984

1985

1987

FORMA DEAQUISIÇÃO

C ompr a

Doação

P er mu ta

C ompr a

C ompr a

Doação

Doação

Doação

OBS.

informa sobre o número de registro, data de entrada, forma de aquisição e quan

tidade de volumes existentes na biblioteca, para fins estatísticos.

N

09

10

11

1?

13

DATA

24/10/97

24/10 /97

24/10 /97

24/10 /97

AUTOR

A MA D O , Jo r ge

A MA D O , Jo r ge

PAES,  P. R.

Tavares

PAES,  P. R.Tavares

TÍTULO

Os Subterrâneos

da L iberdade

Os Subterrâneos

da L iberdade

Curso de Direi to

C omer c ia l

Curso de Direi toC omer c ia l

EX.

02

VOL.

02

0 3

01

0 2

LOCAL

Rio de

Janei ro

R io de

Janei ro

São Paulo

São Paulo

EDITORA

Record

Record

R. dos

T r i buna i s

R. dosT r i buna i s

ANODEPUBLIC.

1 9 8 7

1987

1985

1985

FORMA DEAQUISIÇÃO

Doação

Doação

Doação

Doação

OBS.

Figura 14 - Livro de tombo

Campos ou itens de um registro (seja em livro de tombo ou em fichas):

NÚMERO: número de registro da obra, ordem crescente e infinita.DATA: dia, mês e ano em que o registro é feito.

AUTOR: inicia-se o registro p elo últim o sobren om e do autor, vírgula, pre no m e.

TÍTULO: poderá ser abreviado se for m uito extenso.

EXEMPLAR: caso exista mais de um exemplar da mesma obra anota-se a quanti

dade.  Caso haja obra  com  mais de um volume ou exemplar, cada um receberá seu

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próp rio nú m ero. Assim, em hipótese alguma o nú m ero de registro deve ser repetido,

m esm o se um deles tiver sido retirado definitivam ente da coleção.

VOLUME E TOMO:  anotar o número do volume que está sendo registrado, e do

tomo, quando existir.

LOCAL: local de publicação da obra.

EDITORA: nome da editora que publicou a obra.

ANO DE  PUBLICAÇÃO: em geral este dado enco ntra-se na folha de rosto, às vezes na

ficha de catalogação na fonte. Infelizmente, algumas editoras não colocam data.

FORMA  DE  AQUISIÇÃO: ano tar se a obra foi adquir ida po r com pra, d oação

ou permuta.

OBSERVAÇÕES

O número de registro de cada obra deve ser anotado no verso da sua folha de

rosto. Existe um carim bo pró prio de registro. Pode-se, tam bém , como alterna

tiva, utilizar etiquetas gomadas n um eradas sequencialmente.

Como  registrar periódicosRevistas e jornais devem ser registrados em fichas apropriadas, po r serem materiais di

ferentes dos livros e folhetos, tan to pela period icidad e como pela apresentação gráfica.

As fichas de registro dos periódicos (tamanho 20,5 x 12,5cm) são arrumadas em

ordem alfabética de títulos. Há dois tipos de fichas de registro de periódicos: um para

revistas e outro para jornais. Em ambas aparece o term o periodicidade que é o inter

valo de tem po em que a publicação periódica é editada. Podendo ser:

•  DIÁRIO (todo s os dias).• SEMANAL (um a vez po r sem ana).

.  QUINZENAL OU BIMENSAL (duas vezes por m ês).

•  MENSAL (um a vez por mê s).

• BIMESTRAL (de dois em dois m eses).

• TRIMESTRAL (de três em três m eses).

• QUADRIMESTRAL (de qu atro em q uatro m eses).

• SEMESTRAL (de seis em seis m eses).• ANUAL (um a vez ao ano ).

• IRREGULAR (sem periodicidade certa).

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FICHA DE REGISTRO DE REVISTAS

TÍTULO

CIDADE:

FORNECEDOR:

Ano Volume N°do fascículo

PERIODICIDADE:

Ano Volume N°do fascículo

Modelo no. /OO

Figura 15 - Ficha de registro de revistas

Descrição da ficha de registro de revistas (cam pos ou itens):

• título da revista qu e se está registrand o;

• cidade/estado da publicação da revista;

• period icidade (se é m ensal, bim estral, semanal  etc);

• fornecedor

• ano de publicação da revista;• volume;

• número do fascículo;

Escrevem-se nos espaços os volumes e núm eros recebidos. Deixa-se em bran co

as falhas.

FICHA DE REGISTRO DE JORNAISTÍTULO

CIDADE:

ANO:

1

23

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

UF:

PERIODICIDADE:

FORNECEDOR:

Jul Ago Set Out Nov Dez

Modelo no. /OO

Figura 16 - Ficha de registro de jornais

» 7 8

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CarimbosSão usados dois carimbos para identificar a obra que está sendo incorporada ao

acervo: o de identificação da biblioteca e o de registro da obra .

• Carimbo de identificação da biblioteca deve ser colocado no corte do livro ou em

páginas predeterm inadas. É costum e carimbar, para fins de segurança, uma ouduas páginas previamente escolhidas sempre as mesmas, em todas as publicações

de determ inad a b iblioteca. Exem plo: a biblioteca tal, põe o seu carim bo de iden ti

ficação na pág ina 3 e na página 31.

• Carimbo de registro é colocado no verso da folha de rosto, no canto esquerdo in

ferior ou o m ais próxim o possível deste local, mas sempre no me smo local. Esse ca

rimbo deve ter os seguintes dados: nome da biblioteca/número de registro/data

(dia, mês e an o).

Exemplos:

Figura 17 - Carimbos de identificação da biblioteca e de registro de livros

Viabilizando o acesso à informação

A organização do acervoÉ essencial que toda biblioteca d isponh a de um m étodo de organização que p ermita

a localização rápida e eficiente de uma obra. Como em qualquer armazém, farmácia

ou su perm ercado onde haja grande variedade de prod utos , estes estão separados de

acordo com as suas características mais comuns: cereais, verduras, brinquedos, ves

tuário  etc.  Caso contrário, torna-se difícil localizar qualquer mercadoria. Numa bi

blioteca não pod e ser diferente. Os livros devem ser agrupado s de acordo com os seus

assuntos (literatura, história, matem ática  e tc) .Numa biblioteca bem organizada é possível responder-se com  rapidez às seguin

tes perguntas:

• Qu e obras de determ inado autor a biblioteca possui?

• A biblioteca possui determ inada obra?

• O que existe, na biblioteca, sobre determinado autor ou assunto?

• Que obras existem, na biblioteca, de um autor, sobre certo assunto, em tal língua?

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Para que essas perg untas possam ser respo ndidas, é preciso que os serviços de pre

paração técnica d o acervo e de atend ime nto ao usuário funcionem  com perfeição.

Processamento técnicoO processam ento técnico do acervo é um serviço intern o, de responsabilidade d o pro

fissional bibliotecário , consistindo na classificação e na catalogação de uma ob ra. A ca

talogação descreve fisicamente a publicação e a classificação descreve o tem a, o assunto;

aquilo de que trata a obra. Os dados referentes à catalogação e classificação podem

tanto ser transcritos em fichas form ando os catálogos ou inseridos em base de dados.

Nem todos os livros de uma biblioteca necessitam ser processados tecnicamente:

po r exemp lo, um a g rande coleção de livros de bolso ou obras totalm ente descartáveiscom pouco tem po de durabilidade.

O processamento técnico não deve ser um empecilho para que um a obra esteja o mais

rápido possível disponível para o leitor: a biblioteca precisa mostrar que tem um serviço

ágil e uma coleção atualizada. O responsável poderá fazer uma identificação sumária da

obra para agilizar sua disponibilização logo após a entrad a da obra na biblioteca, mesm o

que seu jogo de fichas não tenha ainda sido completado e inserido no s fichários.

Um grande auxílio para processar um livro é a ficha da catalogação na fonte, elaboradapela Câmara Brasileira do Livro, habitualmente transcrita no verso da página de rosto.

Para bibliotecas que acessam a Internet, a base de dados da Biblioteca Nacional é o me

lhor auxílio para a catalogação: www.bn.br, selecionar no menu o item: catálogos on line.

ClassificaçãoPode agrupar-se os assuntos de uma obra através de uma codificação denominada de

nú m ero de classificação. Utiliza-se um sistema q ue possibilita a reu nião, nas estantes,dos livros de um mesmo assunto. O  sistema mais conhecido e utilizado internacio

nalm ente é a Classificação Decimal de D ewey (CDD ) qu e divide as áreas do co nheci

m ento em dez classes principais:

000 Obras Gerais (Ex.: Enciclopédias)

100 Filosofia

200 Religião

300 Ciências sociais (Ex.: Direito, Economia etc.)400 Filologia (Estudo das línguas)

500 Ciências pura s (Ex.: M atemá tica, Física, Qu ímica etc.)

600 Ciências aplicadas. Tecnologia (Ex..: M edicina, Eng enharia, Ag ricultura etc.)

700 Arte, Esp orte, Lazer

800 Literatura

900 História, Geografia e Biografias

81  «

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Estas classes por sua vez são subdivididas em mais 10 classes (ver Anexo  14  - Classi

ficação Decimal de Dewey) e assim po r dian te (sem pre do geral para o m ais específico):

600 Ciências aplicadas. Tecnologia

610 M edicina

611 Anatomia hum ana

611.1 Órgãos cardiovasculares

611.11 Pericárdio

Alguns tipos de ob ras têm um a letra antes do nú m ero de classificação: as obras de

referência  com o R e os folhetos com o  F . Outras utilizam letras que substituem o

número de classificação, como  F para todas as obras de ficção e  B para as biogra

fias. Para os livros infantis de histórias po de-se usar,  Fi ,  para os livros em q uad rinho s,

Q ,  CD para discos com pactos. Os adm inistradores de biblioteca, pod em adotar

outros códigos de acordo com  suas necessidades. Muito utilizado para assuntos na

área infantil, é o código de cores para diferenciar os livros sem texto, histórias de nível

elementar, poesia, músicas e outro s. A ficção para jovens e adultos pod e ser dividida

como as fitas de vídeo em lojas de aluguel em: aventuras, crime, ficção científica, ro

mances, mistério, terror etc.

Tipo de material

Biografias

Cassete (fita)

Disco compacto (Cd)

Ficção adulto

Ficção infantil

Ficção juvenil

Livro fácil e livrobrinquedo infantil

Quadrinhos para a dulto

Acrescentar  ao n°.  declassificação:

c

CD

Qa

Substituir o n°.  declassificação  por:

B

Fa

Fi

Fj

Lf, Lb

Arranjo  nas  prateleiras

B+três primeiras letras dosobrenome do biografado

Por função: de estudosde línguas, de música

Como nas lojas: mpb,pagode, rock, funk,clássicos etc.

Fa+3 últimas letras do sobrenome do autor oucomo proposto acima

Fi +3 últimas letras dosobrenome do autor oupor código de corespara contos de fadas,de animais etc.

Fj+3 últimas letras do

sobrenome do autorou como proposto acima

Qa+3 últimas letrasdo sobrenome do autor

» 8 2

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Quadr inhos para adul to

Quadr inhos infant is

Vídeos

Outros ma ter iais:

CD   Rom,  Mapas

Programas de computador

Qa

Qi

CR

M

V

P

Qa+3 úl t imas letras

do sobrenome do autor

Qi+3 úl t imas letras do

sobrenome do autor

Como as lojas locaçãode  vídeo:  educat ivos,

documentár ios, infant i l ,

esporte etc.

Figura 18 - Tipologia de materiais, arranjo e classificação alternativos

Ao número de classificação de uma obra corresponde também um termo que iden

tifica seu assunto. Geralmente são utilizadas listas preestabelecidas com estes assun

tos. Este term o aparece na ficha principal e nas fichas de autor.

Número de chamada de uma obra

O nú m ero de chamada é um código, formado por núm eros e letras, que identifi

cam a obra e a localizam nas estantes e prateleiras; é, po rtan to, o endereço de um livro

nas estantes. Co mpõe -se de símbolos: na primeira linha, o nú m ero de classificação e,na segunda linha, códigos correspondentes à autoria do livro. O modo mais fácil de

simbolizar a autoria é pelas três primeiras letras do sobrenome do autor. O  número

de chamada aparece nas etiquetas colocadas nas lombadas dos livros.

Em bibliotecas de grande porte usa-se uma tabela com  números correspondentes

aos sobrenomes dos autores. O sobreno me é simbolizado po r sua inicial e pelos nú

me ros a ele corresponden tes; a estes núm eros segue-se, em letra m inúscula, a prim eira

inicial do título (último exemplo acima). A tabela mais conhecida e utilizada para

simbolizar, em nú m ero s, os sobren om es, é a tabela de Cutter. Existe um a tabela m ais

simples, incluindo sobrenom es em portug uês, elaborada p or H eloísa Almeida Prado,

a tabela  PHA .

FiLOB

FjMAR

R036 .9

ENCv i

FaRAM

658.1048p

CatalogaçãoÉ a transcrição dos elementos que identificam uma obra ou outro material em uma

ficha catalográfica.

11 . PRADO, Heloísa de Almeida . Tabela  PHA . 3 .ed. rev. São P aulo: T.A. Que iroz, 1984. 109p.

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Os elementos que compõem a ficha encontram-se no início da obra, antes do

texto, na cham ada folha de rosto ou página de rosto . O  quadro abaixo apresenta

os elem entos qu e com põe m a ficha catalográfica, sua definição e represen tação.

Título

Subtítulo

Edição

Lugar de Publicação

Editor

Data

Número de Páginas

Dados Complementares:Número deregistro da obra.Indicação dos assuntosda obraNúmero de Chamada

Palavra ou frase que dá nome à obra.Palavra ou frase que com plementa

ou explica o título.

Todos os exemplares produzidos

da mesma m atriz.

Local geográfico no qual foi publicadaa obra (Usa-se a cidade e não o pais)

Entidade responsável pela ediçãoda obra.

Ano de publicação da obra

Número total de páginas de uma obra.

como descrito anteriormente

Ex.: A mudança da capital

Registra-se de maneira abreviada.Ex.: 2. ed.

Ex.: Brasília

Registra-se a empresa sem se levar emconta palavras tais como editora , editores,

editorial etc, salvo quando necessáriaspara evitar interpretações errôneas donome. Ex.: Ed. Salvador, Ed. Do Brasil

Ex.: 1978

Ex.: 375p.

68.940/86

58.623/98ex.2Brasil - Capital - Tranferência. Brasília (DF) -História981.74 V331m

Figura 19 - Elementos de um livro

» 8 4

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A

M U D A N Ç A

D A

C A P I T A L

Segunda Edição, 1978

Impresso no Brasil

Printed in B razil

Ca.  Postal  14 .2232

70.000 - Bras i l ia DF

Copyright, 1978, by José Adirson de Vasconcelos

Capa de FAUSTO  FURLAN

Edição do Autor

Composto e Revisado emS/A CORREIO BRAZILIENSE

Edição daGRÁFICA E EDITORA INDEPENDÊNCIA LTDA.

Todos os direitos reservados de acordo com a Lei.

Figura 2 0 - Página de rosto de um livro (frente e verso)

87  «

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A ficha principal reúne um conjunto de informações que possibilitam a identifi

cação e a localização da obra no acervo (n° . de cham ada, au toria, título, descrição fí

sica e pista). É utilizada como base para elaboração das demais fichas secundárias.

Q ua nd o a obra não tiver autor, a ficha principal terá entrad a pelo título.

N * de C n t m M i -

N*diCtMf<C*Ç*0

jf y

-9X1.74

tf

Vasconcelos. Adi not i 19̂ 6A  mudança da capital  I Adirso1

Vasconcelos.   2 ed. Brasilia  Indc

pendência.  1978.1

17Sp  I

1 Brasil  Capnal  Tranferência.2.   Bijasflia DFl  História. I. Título.

- 6. X40/X6 . 58 . 6 : J /9X t \ . :

Definição dos elementos

Elementos ou campos

AUTOR

TÍTULO

Subtí tu lo

EDIÇÃO

LUGAR DE PUBLICAÇÃO

EDITOR-

DATA

NÚMERO DE PAGINAS

DADOS COMPLEMENTARES:

Número de registro da obra;

Indicação dos assuntos da obra;

NÚMERO DE CHAMADA

Definição

Pessoa ou entidade responsável

pelo conteúdo de uma obra (pode

haver mais de um autor), Marques,

Fábio, 1937 -  pessoa)  Fundação

Getúlio Vargas  entidade)

Nome que se dá a uma publicação

ou nome da obra

Título auxil iar ou secundário

da obra (não é obrigatório)

conjunto de exemplares de uma

obra impressa de uma só vez

(1 a edição, 2 edição etc).

Local geográfico no qualse publicou uma obra

(Usa-se a cidade e não o  país)

Empresa responsável pela edição

da obra

Ano de publicação da obra

Número total de páginasde uma obra

como descr i to anter iormente

Representação  e exemplos

Escreve-se primeiro o sobrenome

e logo depois o nome, separados por

vírgula. Em sendo possível

determinar-se, colocam-se as datas de

nascimento e m orte.

Ex.: Vasconcelos, Adirson, 1936

Ex.:A mudança da capital

Registrar de maneira abreviada a

partir da Segunda edição de uma

obra. Ex.: 2. ed.

Ex.:Brasíl ia

Registra-se a em presa sem se levar

em conta palavras tais como editora,

imprenta, etc.salvo  quando necessárias

para se evitar interpretações errôneas do

nome da empresa Ex.: Ed. Independência

Ex.: 1978

Ex. :375p.

6 . 8 9 4 0 / 8 6 ; 5 8 . 6 2 3 / 9 8  ex.2

Brasil - Capital - Transferência.

Brasília (DF) - História

9 8 1 . 7 4 V 3 3 1 m

Figura 21 - Elementos ou campos de ficha principal ou matriz

» 8 8

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CatálogosO  conjunto de fichas ou registros (no fichário manual, listagem ou base de dados)

que repre sentam as publicações do acervo de um a biblioteca, devem ser ordenada s de

acordo com um plano definido:• ficha de autor normalm ente é a ficha principal. É alfabetada pelo sobrenome do autor;

• ficha de título, igual à principa l, mas com o título em destaque na parte superior

da ficha. É alfabetada pelo título ;

• ficha de assunto , tam bém igual à ficha principal, mas com  o assunto escrito na

parte supe rior da ficha. É alfabetada pelo assunto . Atenção: deverá ser feita um a

ficha para cada assun to. Assim, se um livro trata de três assuntos, terá um a ficha

para cada um dos três assuntos;• ficha topográfica, igual à m atriz, armazenad a pelo n úm ero de cham ada.

Ficha topográfica

981.76  Vasconcelos, Ad irson ,  1 9 3 6 -

V331m  A mudança da cap i ta l -

2 .ed .  - Brasília Ed. Inde

pendência , 1978.

3 7 5 p .1 Brasil - Ca pita l - Trans

ferência. 2. Brasília (DF) -

Histór ia.  1. Titulo.

6 8 4 0 / 8 6 ;  58.623/98Ex.2

xx

yy

Ficha de ass

Ficha pr ncipal

Ficha de título

A mudança da cap i ta l .

98 1 . 76 Vasconcelos, Ad i rson , 1936-

V33 1m A mudança da cap i ta l -

2 .ed .  -  Brasília  Ed. Inde

pendência , 1978.

3 7 5 p .1 Brasil - Ca pita l - Trans

ferência. 2. Brasília (DF) -

Histór ia.  1. Título.

6 . 8 4 0 / 8 6 ;   58.623/98Ex.2

ou matriz

9 8 1 . 7 4V3 31 m Vasconce los, Ad i rson , 1936 -

A mudança da cap i ta l -

2 .ed .  - Brasília Ed. Independência ,  1 9 7 8 .

3 7 5 p .

1 Brasil - C apita l -  Trans

ferência. 2. Brasília (DF) -

Histór ia.  1. Título.

6 . 8 4 0 / 8 6 ; 5 8 . 6 2 3 / 9 8 E x . 2

unto

Brasília  (DF) História981.78  Vasconcelos, Adir son, 1936-

V3 31m A mudança da cap i ta l -

2 .ed .  - Brasília Ed.  Inde

pendência , 1978.3 7 5 p .

1 Brasil - Ca pit al - Trans

ferência. 2. Brasília (DF) -Histór ia.  1. Título.

6 . 8 4 0 / 8 6 ; 5 8 . 6 2 3 / 9 8 E x . 2

Ficha

VX.

de assunto

Brasília  - Ca pital Transferência

981.77  Vasconcelos, Ad irso n, 1936-

V 33 1 m  A mudança da cop i ta l -

2 . e d .  - Brasília Ed.  Inde

pendência , 1978.

3 7 5 p .1 Brasil - C ap ita l - Trans

ferência. 2. Brasília (DF) -

Histór ia.  1.  Título.6 . 8 4 0 / 8 6 ; 5 8 . 6 2 3 / 9 8 E x . 2

Figura 22 -  Ficha princ ipal e seus desdobramentos89  «

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As fichas que compõem os catálogos das bibliotecas são padronizadas. Feitas de

cartolina ou o utro tipo de cartão delgado, me dem 12,5 x 7,5 cm. No centro da parte

inferior das fichas faz-se u m furo on de se passa u m a ha ste, para que elas não saiam da

ordem, na gaveta ou caixa onde são guardadas.

Tipos de CatálogosSão quatro os catálogos que representam o acervo bibliográfico. Catálogo topográ

fico, Catálogo de autor, Catálogo de título e Catálogo de assunto.

Em bibliotecas de gran de p orte , as fichas irão form ar os três Catálogos do p úblico

(Figuras 23, 24 e25 ) :

• catálogo de título: o leitor consulta caso só tenha conhecimento do título da obra;

• catálogo de autor: o leitor consulta q uan do só conhece o no me do autor. Deve serarru m ado , em ordem alfabética, pelo último sobren om e do autor. As fichas prin

cipais ou matrizes são arquivadas neste catálogo;

Figura 23 - Catálogo de autor Figura 24 - Catálogo de título

• catálogo de assunto: o leitor consulta quando não souber que obra deseja, nem

tiver ideia do no m e do autor. Ou deseje ler sobre dete rmin ado assunto. É constituído das fichas de assunto. Seu arquivam ento obedece unicame nte ao term o que

determ ina o assunto e são arquivadas em ordem alfabética.

» 9 0

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Figura 25 -  Catálogo de Assunto

Algumas bibliotecas utilizam o Catálogo-dicionário: onde se colocam todas as fichas

(de autor, de título e de assunto), arrum ada s em u ma única ordem alfabética com o em

um dicionário (Anexo 15 -A lfabetaçã o). Recomendado para bibliotecas pequenas.Os catálogos destinad os a auxiliar os funcionários no seu trab alho d e organ ização

do acervo são os Catálogos inte rnos auxiliares:

• catálogo topográfico: é um catálogo que mostra como as obras se localizam nas

estantes. É formado pelas fichas principais que são arrumadas de acordo com a

classificação das obras, em ord em num érica crescente. Nelas deve-se ainda ano tar

o núm ero de registro de cada obra (ou n úm eros de registros para obras em m ais de

um volume) e os assuntos da mesm a. Neste catálogo nã o é necessário ter maisde uma ficha, mesmo se a obra tiver mais de um volume ou mais de um exem

plar. Uma única ficha é suficiente, contanto que, após o seu número de registro,

acrescente-se o número do volume ou exemplar (Ver figura 26).

Exemplo de sequência de orden ação de fichas no catálogo topográfico:

621

621.02

621.3622

623.001

623.5

624

91  «

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É formado pelas fichas topográficas tam bém cham adas m atrizes, principais ou bá

sicas. As fichas topográficas são organizadas n o fichário seguindo a ordem num érica

de classificação, isto é, pelo número de chamada. Este catálogo é indispensável para a

realização anual do inventário do acervo, uma vez que o arquivamento no fichário

segue a mesma ordem dos livros nas estantes. Logicamente dentro de cada classe -100, 200, 300 etc. e suas subclasses; é respeitada a inda a ordem alfabética.

Figura 26 - Catálogo topográfico

• catálogo de registro: substitui o livro de registro ou de tom bo . Co nseq uen tem ente,

onde existe esse tipo de livro, o catálogo de registro é dispensável. Suas fichas são

as de autores, com um a única diferença: coloca-se, no alto, o ano , dia e nú m ero de

registro, nessa orde m .• ou tros catálogos: catálogo de aquisição, catálogo de ed itoras, de no m e certo d e au

tores, de controle de assuntos etc.

Ordenação física do acervoO acervo de um a biblioteca deve ser organizado de m od o q ue os livros e dem ais m a

teriais que o co m põe m possam ser facilmente localizados pelos leitores, um a vez que

numa biblioteca pública os leitores têm livre acesso às estantes.A arrumação deve ser feita obedecendo a critérios previamente estabelecidos que

agrupem na estante as obras de um m esmo assunto, geralmente usan do-se o sistema

de Classificação Decimal de Dewey (CDD). Na impossibilidade de usar esse sistema,

por falta de bibliotecário, outra organização pod e ser criada, com o p or exem plo, agru

par os livros nas estantes identificados po r etiquetas coloridas que co rrespo nde rão a

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determinad os assuntos. A arrum ação de obras depende tamb ém do tipo do material,

po r exemplo, as fitas de vídeo pode m ter o mesm o arran jo das locadora s, isto é, po r

grandes assuntos; os recortes de jornal, por o rdem alfabética dos assuntos tratado s; os

discos compactos, por tipo de música etc.

Outro cuidado a ser tomado na organização do acervo: acostumar os leitores a

nun ca recolocarem as obras nas estantes. Cada livro, cada revista, cada jornal têm o seu

lugar certo; e, um a ob ra colocada no lugar errad o dificilmente será reenco ntrada . De

pois de utilizá-las, os leitores devem deixar as obras sobre a mesa de leitura o u n o bal

cão de entrad a, para qu e os funcionários as arrum em , após a coleta da estatística diária.

LivrosCada livro já registrado e catalogado tem na parte inferior da lombada a ETIQUETA

DE LOMBADA, da qual co nsta o código do seu lugar n as estantes e prateleiras da bi

blioteca, ou seja, o nú m ero de cham ada. Assim, a sequência dos livros na estante segue

a mesma ordem do catálogo topográfico, como descrito acima.

Alguns pon tos devem ser observados em relação à organização dos livros:

• estantes: devem ser abertas para facilitar a ventilação e de preferência metálicas

pois facilitam a limpeza. É funda men tal a sinalização das estantes para orien tar nalocalização dos assuntos.

• prateleiras: não devem ficar inteiramente ocupadas e ter espaço para novas obras do

mesmo assunto. Com isso, evita-se o constante remanejam ento de toda a estante.

Essa folga nas prateleiras tem outra utilidade além da reserva de crescimento, pois

perm ite que os livros sejam puxado s pela parte m ediana da lomba da, e jamais pela

sua borda superior. As prateleiras devem ter etiquetas com o número de classifica

ção e o assunto dos livros nelas colocados. É aconselhável, sempre que possível, quenum a mesma prateleira fiquem todas as obras sobre um mesm o assunto. Quan do

isto não for possível devido à grande q uan tidade de publicações sobre o m esmo as

sunto, colocar um aviso bem visível, indicand o ond e fica a sua co ntinuação.

• posição dos livros nas estantes: os livros são colocados da esquerda para a direita e

devem ser man tido s na posição vertical. Para não caírem, usam-se canton eiras es

peciais den om inad as bibliocantos (peças em forma de L, de metal ou de ma deira ).

Na falta de bibliocantos e quan do há espaço suficiente na prateleira, pode-se usarum peso para manter os livros na posição vertical.

Alguns tipos de livros necessitam um arranjo especial (veja também acima o

item Classificação - Número de Chamada para os tipos de material, seus códigos

e seu arranjo):

• as obras de referência devem ficar em estantes separad as, um a vez que são utiliza

das com  maior frequência;

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PeriódicosNão devem ficar nas mesmas estantes onde se guardam os livros. A biblioteca deve

ter estantes separadas, exclusivamente p ara os periódicos.

Quando soltas (não encadernadas), as revistas serão guardadas em posição vertical, em caixas especiais de m adeira, m etal ou papelão, por ord em alfabética de títulos.

Na falta dessas caixas, as revistas, bem com o os jornais, podem ser guardados em

posição ho rizon tal nas estantes. Neste caso, cada pilha não deve ultrapassar a altura de

22,5 centímetros, pois, se a pilha for mais alta, dificultará tanto a retirada quanto a

posterior arrumação dos fascículos.

No A nexo 10 - Móveis e equipam entos, são m ostrados alguns móveis, bem práti

cos, para exposição dos periódicos mais recentes.As revistas e livros em q uad rinho s pode m ser destinados tan to para adultos com o

jovens e crianças. Podem ser organizados em caixas ou em gôndolas.

Sugestão: os fascículos de um determinado título, podem ser colocados em uma

caixa de papelão - desde que as dimensões da caixa utilizada permitam que fiquem

adequadamente acomodados. O conte údo destas caixas deve ser devid am ente identi

ficado por etiqueta colocada de forma bem visível. Estas caixas, dependendo do pú-

blico-alvo  (crianças, jovens ou adultos) e do local da biblioteca onde serãodisponibilizadas aos leitores, podem ser colocadas no chão, ou dispostas separada

mente, nas estantes.

Material audiovisual/MultimeiosAs fitas de vídeo e os discos compactos (CDs) devem ter um tratam ento especial: as

capas originais ficam em estantes ou caixas de madeira (como lojas de música) (verAnexo 10) e os vídeos e os CDs ficam estocados em estantes atrás da mesa de ate ndi

m ento do setor de música. Neste local também ficam os equipam entos, com saída de

som através de fones de ouv idos próxim os a poltronas ou cadeiras confortáveis. O lei

tor não manuseia estes materiais e o equipam ento de som, somente aqueles destina

dos ao estudo de línguas.

As fitas cassetes ou de vídeo e CD -ROM s para estudo de línguas, bem como o m a

terial gráfico que os acom panh am podem tamb ém ficar estocados no atendim ento dosetor de m úsica. Esse material é colocado à disposição dos leitores para que possam re

torna r e/ou avançar as fitas, nos aparelhos de vídeos ou toca-fitas destinados a esse fim.

As fitas de vídeo podem ter o mesmo arranjo utilizado nas locadoras de vídeo:

aventuras, docum entários, temas de livros, esportes, infantis e outro s.

Os CDs podem ter o mesm o arranjo das lojas: música clássica, MP B, músicas re

gionais, etc, dep end end o da criatividade dos responsáveis pela biblioteca.

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Empréstimo domiciliar

Considerações gerais• Para o bom funcionamento deste serviço é recomendável estabelecer-se um regu

lamen to on de estejam definidos claramente: prazo de empréstimo por tipo de m a

terial, quantidad e de obras em prestadas p or leitor, renovação, penalidades ao leitor

faltoso (suspensão temporária, suspensão definitiva, multa em moeda corrente e

ou tras), sistema d e reserva e ou tros que o responsável pela biblioteca julgar c on

venientes. O nú m ero de volumes a ser emprestado para crianças deve ser su perior

ao que normalmente as bibliotecas adotam (2 volumes/pessoa, por 2 semanas).

O regulamento deve ser afixado em lugar visível, perto do balcão de empréstimo.

(Anexo 6 - Modelo de regulamento da biblioteca).

• Nem todas as obras da biblioteca podem ser emprestadas. As obras que são cons

tantem ente consultadas ou de consulta local (dicionários, enciclopédias, atlas etc ) ,

as obras rara s, as obras em mal estado de con servação, as obras preciosas - eis al

gumas que não saem do recinto da biblioteca, e que, portanto, não precisam de

bolso, nem d o cartão do livro . Em caso de muita dem and a de uma ob ra didática,

com  poucos exemplares, pode-se restringir seu empréstimo por um período de

temp o. Os recortes de jornal não são em prestados.

• Aconselha-se cuida do especial com o em prés timo de periódicos pois, dificilmente,

pod em ser repostos, qu an do se estragam ou se perdem : em geral um periódico não

é reeditado e é raro as editoras o terem em estoque. O caso dos jornais é ainda mais

alarmante, uma vez que são impressos em papel de pouca durabilidade. As revis

tas consideradas de lazer e não de informaç ão pod em ser em prestadas apó s deter

minado tempo de sua publicação, com exceção das revistas do mês corrente. No

caso de em préstimo dom iciliar dos periódicos, o funcionário anotará em um a fichaavulsa o seu título e data, nome e ne de usu ário já inscrito para e m préstimo e dia

para a devolução. A data da publicação será com pleta, ano tand o-se ano , mês e

dia (se for diário).

• Empréstimo interbibliotecas. É o recurso para atender sempre ao leitor. O biblio

tecário responsabiliza-se pelo empréstimo através de formulários apropriados que

vêm sendo usados já há algum tempo. Para localizar um livro ou periódico, pode-

se recorrer aos catálogos coletivos: de livros, com o po r exemplo, o da Universidadede São Paulo ou de perió dicos, em base de dados d o IBICT.

Preparo do livro para empréstimoPara o empréstimo domicil iar são necessários alguns impressos que asseguram a

devolução da obra em b om estado e em tem po hábil:

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Nome da Biblioteca

Autor  Ns de chamada

Título  N°de registro

Data N?lnscrição Assinatura do leitor

Data N° Inscrição Assinatura do leitor

FRENTE  Modelo N»/00  VERSO

Figura 28 - Cartão do livro (assinatura)

Modelo N»/00

O leitor deve assinar na coluna Assinatura do leitor , de acordo com sua assinatura

no cartão de inscrição. O cartão do livro deve ser guardado em fichário bem visível,

organ izado po r data de devolução , para c ontrole da coleção. Em algum as bibliotecas,

os livros têm dois cartões que são preenchidos quando do empréstimo, o primeiro

para arqu ivam ento por data de devolução (controle de obras em atraso) e o segundo,

por ordem alfabética de sobrenome do autor, possibilitando responder ao leitor seuma obra está emprestada e a data prevista de sua devolução.

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Bolso do Livro

15,0 cm

Figura 29 - Bolso do livro

7,5 cm

Trata-se de um suporte colado na face

interna da contracapa da obra.Nele se guarda o Cartão do livro acima

descrito. Quando a obra é emprestada, o

cartão do livro é retirado do bolso devida

mente anotado e guardado num fichário,

para controle. A sua simples presença nesse

fichário, significa que a obra está empres

tada. Após a devolução da obra, o cartão é

novam ente colocado no bolso do livro.

Figura 30 - Papeleta de devolução

Nome da Biblioteca

Autor

Título

Este Livro deve ser devolvido na última data carimbada

N°Registro N» de Chamada

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Para que o leitor não se esqueça da data em que deve devolver a obra, utiliza-se

uma ficha especial que permanece colada, em lugar visível na sua última página, ou

na contracapa do livro, com a data para a sua devolução.

Inscrição do leitorEm princípio, todo usuário pode fazer empréstimo domiciliar. Exige-se, apenas, que

ele se inscreva na biblioteca. Dois impressos são utilizados para a inscrição do leitor:

Ficha do Cadastro

Biblioteca  N°de  Inscrição

NomeData e local de nas

Docum ento Rg ...

Resid

CEP Fone

Data / /

Foto 3x4

Profissão Ocupação ...

End.  Profissional

Fone

Escola Curso/série

Cidade

Frente Modelo  Ne/00

Comprometo-me a seguir o regulamento da biblioteca, responsabilizando-me  por danos ou

perdas dos livros a mim emprestados.

Assinatura do leitor

OBSERVAÇÕES:

(exemplo de observação): leitor atrasado de

Rubrica do funcionário

. Multa cobrada

Verso

Figura 31 - Modelo de cartão de inscrição ou ficha cadastral (Frente e verso)

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Esse modelo im presso identifica o leitor. O cartão de inscrição deve ser num era do

(n 2 de registro do leitor) em ordem crescente e arquivado por ordem alfabética pelo

último sobrenome do leitor.

Para inscrever-se com o leitor, o usuário deve apresentar sua carteira de identidad e

ou o utro do cum ento de igual validade, que tenha sua fotografia, e com prova nte de residência (pode ser conta de luz, de água, de telefone). Menores de 16 anos, ou ainda

sem documento de identidade, devem trazer os dados do pai, mãe ou responsável.

Neste caso, anotar, n o verso da ficha, que os dado s são tirados da carteira de iden ti

dade do responsável (nome completo). É aconselhável ter um impresso específico para

autorização de emp réstimo de obras pelo responsável do meno r.

A assinatura do leitor no cartão de inscrição tomando conhecimento do regula

m en to do em préstim o de livro é um a segurança da biblioteca, no caso de extravio oudanos à obra.

Nome:

Biblioteca Pública (nome da biblioteca)

Válido até:

Devolver em: Rubrica dofundionárioDevolverem: Rubrica do

funcionário

Assinatura

Figura 32 - Cartão do leitor (frente e verso)

Contém dados de identificação do leitor e ficará em seu poder. Geralmente sua va

lidade é de 12 meses, ao fim dos quais deve ser renovada. Algumas bibliotecas solicitam

um retrato 3x4, que em áreas de população de menor poder aquisitivo pode ser um

mo tivo de restrição ao uso da biblioteca m as que, indu bitavelm ente, valoriza a carteira.

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A biblioteca como centro deinformação  e  leitura  da comunidade

ServiçosO  estreitamento da relação com  a comunidade é fator essencial para o desempenho

das funções da biblioteca pública. É, pois, necessário que os indivíduos reconheçam na

biblioteca um lugar de encontro da comunidade com seus valores, tradições, história

etc. Tam bém, devem reconhecer que o po rtun idad es regulares e constantes de ler e de

conviver com livros ampliam as possibilidades de acesso à informação e de geração e

transm issão do conh ecim ento - ingredientes essenciais para a inserção do indivídu o na

sociedade atual. Por outro lado, além de meio para aquisição e transmissão de conhe

cimento, a leitura é fonte de lazer e de prazer e deve fazer parte do cotidiano de todo s

os indivíduos, inclusive dos profissionais que atuam nas bibliotecas, para que possam

melhor desempenhar o papel de mediadores da leitura.

Serviço de referência e informaçãoReferência é o term o que se aplica à relação en tre a biblioteca e o usuár io, em busca

de um a inform ação; é a orientaç ão q ue o pessoal da biblioteca pod e oferecer ao usuá

rio para que este encontre a resposta procu rada em seu estudo ou pesquisa, ou, se a

biblioteca não dispuser de meios para lhe oferecer essa resposta, deve-lhe indicar on de

pod erá obtê-la, seja através dos serviços de ou tra b iblioteca o u instituição congênere,

seja através da consulta à Inte rnet. Tudo deve ser tenta do para p rop orcio nar ao leitor

a resposta desejada ou o ca m inh o pa ra chegar a ela.

Em grand es bibliotecas, a referência é um serviço especial; nas pequ enas, a biblio

teca inteira funciona como um Serviço de Referência.

O m aior n úm ero de questões são factuais e pod em ser respond idas através de con

sultas a dicionários, enciclopédias, obras de consulta ráp ida e que não são de texto de

leitura corrida, sendo pois, chamadas obras de referência. Este tipo de obra não cir

cula fora da biblioteca, justa m ente po r este motivo e por seu alto nível de utilização.

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constar atividades tais com o: visitas guiadas (previam ente organizadas e realizadas a

ped ido dos usu ários ou por convite da biblioteca); publicações com o: m anu ais, guias,

folhetos (ótimos instrumentos não só para divulgar a biblioteca e seus serviços, mas

tam bém para orien tar sua utilização); realização de cursos e palestras.

Serviço de empréstimo domiciliarEste serviço visa, essencialmen te, possibilitar ao leitor um ma ior tem po para a leitura

já que m uitas vezes os horário s das bibliotecas não coincidem com as hora s livres das

pessoas, principalm ente dos adultos em idade ativa. É um serviço fundamental para

estimular a leitura em todo s os segmentos da população. É imprescindível o estabele

cimento de norm as que regulamen tem esse tipo de serviço. (Ver Anexo 6 - M odelo de

Regulamento da Biblioteca).

Serviço de ouvidoriaO Serviço de ouvidoria é um canal de com unicação entre a biblioteca e seus usuários

com o objetivo de avaliar e m elho rar a qualidade de seus serviços. A biblioteca p ode

ouvir, desta forma, seus usuários: receber críticas, sugestões, elogios e outras mani

festações sobre os serviços da instituição, que podem ser feitos pessoalmente, por correspondênc ia, por telefone o u através de urnas co letoras colocadas, com este objetivo

específico, em locais bem visíveis da biblioteca.

É fundamental que os usuários recebam um retorno sobre a sua manifestação;

devem , po rtan to, ser orien tado s sobre a imp ortância de se identificarem ao usar o ser

viço, deixando registrados por escrito o no m e e o endereço.

Serviço de memória localCaso não existam mu seus ou arquivos, cabe à biblioteca recolher docu m entação sobre

os aspectos do seu m unicípio e da próp ria c om unida de, tais como dados estatísticos,

livros, revistas, artigos de jorna l, planta s, mapas, folhetos e fotos.

A história oral contada pelos mais antigos mo radores é um a das fontes m ais im

po rtante s para co nstituir esse aspecto do acervo da biblioteca. O registro po de ser feito

po r meio de gravadores de som ou vídeo, qu and o possível. É aconselhável sua trans

crição gráfica (sup orte p ape l), ou em disquete. A coleta de fotos antigas é um a o utr aestratégia para a formação do acervo histórico.

Serviços especiaisEm bora a biblioteca pública deva, po r princíp io, atender toda c om unida de, a técnica

de segmentação de mercado - muito utilizada pelas empresas para lançar serviços e

produtos no mercado - deve ser utilizada também pela biblioteca para identificar

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segmentos da co m un idad e q ue necessitam de serviços especiais. Após a identificação

dos segmentos da com unidad e e de suas dem andas, a prioridad e na im plantação dos

serviços deve basear-se nas demandas mais urgentes de determinados grupos de pes

soas. Deve-se ainda levar em c onta a imp ortân cia estratégica do serviço planejado no

processo de fortalecimen to de ação e de imagem da biblioteca na co m un idad e. Essesserviços podem ser implantados através de projetos que possibilitem a captação de

recursos financeiros para sua execução. Abaixo, seguem algumas sugestões de serviços

que podem ser im plantados para atender a diversos segmentos da com unidad e.

Crianças de colo,  bebês: salas especiais ond e crianças d e 6 meses a 3 anos com pare

cem acom panha das p or responsáveis para ouvir histórias ou para brincar com livros

e brinquedos, passando a encarar o livro como um objeto lúdico e acostumando-se

com  suas características peculiares. O programa também é interessante para ensinaraos pais como brincar com os filhos e com o ap roveitar o material à sua disposição.

Crianças: livros, quad rinho s, jogos, música, cinema, brinqued os e material para cria

tividade e arte (desenho , escultura, pintu ra, técnica de m onta r fantoches e m arionetes),

coleção de selos e m oedas. Sempre é bom lembrar que é na infância que se inicia o gosto

pela leitura e o hábito de utilizar informação. As atividades artísticas contribuem para

o desenvolvimento da capacidade de expressão das crianças e desenvolvem o gosto es

tético pelas man ifestações artísticas. A prod ução de um jornal pelas crianças é um modode levá-las a se familiarizarem  com as técnicas editoriais e se capacitarem a redigir no

ticiários, ensaios, críticas e a fazer reportagens so bre assun tos de seu interesse.

Crianças com problemas na escola  (repetência, perspectiva de evasão): o auxílio para

elaboração de trabalhos escolares e a introdução ao hábito da procura de informação

são tipos de serviços que podem ser prestados em regime de parceria   com a área de

educação da municipalidade ou com auxílio de voluntários.

Jovens: d iante d os sérios pro blem as a carretado s pela evasão escolar, os jovens têm

na biblioteca uma op ortu nid ade de integração social e cultural. É im por tante divul

gar para esse grup o informações sobre treinam entos para em pregos e carreiras, opor

tunidad es de trabalho visando orientá-los p ara enfrentarem as dificuldades de inserção

no mercad o de trabalho . Deve-se, ainda, oferecer program as de aprendizagem no com

putador, programas multimídia e aconselhamento profissional. É de grande impor

tância disponibilizar para os jovens material so bre saúde, folhetos de edu cação sexual,

esporte e música. Jovens e crianças podem ter uma participação ativa nas atividades

da biblioteca, auxiliando na organização de exposições, planejamento de programas

e edição do jornal da biblioteca.

Homens:  plane jam ento familiar, cuidados com crianças, livros tipo faça você

mesmo , informações sobre emprego s, com o usufruir de auxílios e de financiamentos

para pequ enas e médias empresas.

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Mulheres: as mulheres têm geralmente um papel preponderante na família e, hoje

em dia, muitas são cabeça da família, com dupla jornada de trabalho. Além de cur

sos específicos, inclusive de artesa nato , um a coleção especial com  revistas e livros de

artesan ato, pue ricu ltura , sexo, casam ento e violência no lar, tóxicos e juventu de des

perta o interesse das m ulhe res. Sem anas especiais, do tipo Sem ana da Mulher , com

atividades variadas, são um bom começo para atrair esse tipo de leitor. O  artesa

nato, por ser uma atividade comum à vida urbana e rural, é de grande importância

para atrair as mulheres para a biblioteca. Na área rural e periferia das grandes cida

des é, geralmente, um passo inicial para a leitura e para a participação na vida cul

tural da comunidade.

Idosos:  o aumento da população idosa e a quantidade de solitários faz com que a

biblioteca se preocupe cada vez mais com a terceira idade. Saúde, exercícios, recrea

ção e passatempos são alguns dos temas dos programas a serem oferecidos a grupos

de idosos. A participação de idosos de uma comunidade na gravação de entrevistas

sobre a história da co m un idad e (história oral) valoriza o idoso e favorece sua partici

pação na vida da biblioteca.

Analfabetos: A biblioteca deve participar de todas as atividades da com unida de que

visam a erradicação d o analfabetismo . Po de auxiliar nas cam panh as de alfabetizaçãoe com o apoio de voluntários, como monitores, desenvolver em parceria com  outros

segmentos da sociedade, progra mas de alfabetização em suas próprias instalações, tais

como as salas de telecurso.

Hab itantes da área rural e/ou periferia das grandes cidades:  estes são segm entos da

comunidade que devem merecer uma atenção especial da biblioteca. Dentre os habi

tantes da área rural e/ou das áreas menos favorecidas das grandes cidades, encontra-

se uma grand e parcela de não leitores para os quais devem ser planejados e imp lantado sserviços especiais. Esses segmentos da população não têm o hábito de usar a infor

ma ção nem a biblioteca pública para ap oiar as soluções de seus problem as cotidianos

e auxiliar seu crescimento pessoal. A biblioteca deve ter um acervo apropriado para

este segmento e procurar atingi-los por meio desse serviço.

Várias instituições oficiais, como por exemplo, as Casas do Agricultor e a EM-

BPvAPA, fornecem inform ação para a área rural e pub licam folhetos sobre vários tipos

de plantações e aproveitamento de produtos agrícolas, que as bibliotecas devem procura r obter. Um pro gram a de televisão atual é o Globo R ural que fornece todo tipo

de informação útil nesta área.

Os folhetos das instituições da área da saúde, bem ilustrados, principalm ente sobre

higiene, planejamento familiar e doenças m ais com uns, sua prevenção e tratam ento

devem fazer parte do acervo. Porém , o uso de m aterial audiovisual é aconselhável em

áreas ond e a tradição oral é forte, e o índice de analfabetismo ainda atinge altos níveis.

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Programas em videocassete sobre temas agrícolas e de saúde, cartazes, fotografias e

objetos reais podem produ zir m aior resultado do que a informação impressa.

A elaboração e gravação de programas sobre conhecimentos tradicionais, como

utilização de plantas med icinais perm item dissemina r esse conh ecim ento com grande

sucesso, pois a linguagem empregada é a mesma do s ouvintes. Com o instrum entopara d ivulgar este tipo de informaç ão, a biblioteca pod e utilizar aparelhos de TV e/ou

o videocassete, postos à disposição do s leitores para assistir a pro gram as sobre tema s

rurais ou outras áreas de interesse desses grupos. É importante divulgar, com antece

dência, a program ação.

Deficientes visuais:  Os setores ou seções braille têm como objetivo prestar servi

ços culturais e educacionais que con tribuam para o desenvolvimento e formação das

pessoas portadoras de deficiência visual. Este serviço visa ao atendimento e orientação no acesso à informação e à leitura através de acervo e recursos especiais. Do

acervo devem constar: livros falados (gravados por ledores em fitas cassetes), livros

e periód icos em b raille (escritos no sistema braille, esses livros, revistas e jornais po s

sibilitam a leitura pelo tato, usando a ponta dos de dos), livros em braille destinados

à criança portadora de deficiência visual apresentam as ilustrações em relevo, utili

zando materiais de diferentes texturas. Para possibilitar o desenvolvimento das ati

vidades devem ser utilizados recursos especiais como: gravadores e fones de ouvido,lupas, jogos adaptados (xadrez, dama,baralho e jogos de computador), máquinas

Perkins (máquinas de escrever manual Perkins braille), regletes, punções e orobãs

possibilitam a escrita e o cálculo, co m pu tad or ada ptad o com sintetizador de voz (per

mite ou vir o que está escrito na tela ). Cabe ressaltar que apesar da ne cessidade de re

cursos especiais para a leitura, deve-se estimular a integração do deficiente visual,

prom ove ndo sua participação, sempre que possível, em todas as atividades culturais

da biblioteca.

Serviços de extensãoO  desenvolvimento de atividades extramuros é uma importante estratégia de atua

ção jun to à com unida de. Den tre as inúm eras possibilidades de ação extramu ros des

tacam os os serviços de extensão.

Os serviços de extensão podem ser desenvolvidos, através de recursos tais como:

carro-biblioteca, vagão-biblioteca, barco-biblioteca,  caixa-estante (também chamadas de bibliotecas ambulantes) e bibliotecas ramais ou sucursais. Pode, também,

utilizar espaços públicos  com  programas de leitura em parques, estações de trem

e/ou metrô, ou em espaços privados, como shopping centers.  Uma alternativa para a

expansão dos serviços é a utilização de quiosq ues, como pon tos de leitura e de e m

préstimo dom iciliar de livros e outros materiais.

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Exemplos de alguns tipos de serviços de extensão mais utilizados:

Carro-Biblioteca, Barco-Biblioteca, Moto-Biblioteca  e Outros: veículos (ônibus, cami

nhão, kom bi, moto, lanchas etc.) adaptados para levar publicações às áreas não servidas

por bibliotecas fixas. Institui-se um roteiro dos locais a serem perco rridos, com as res

pectivas datas. Faz-se a inscrição dos usuários, emprestam-se livros etc. Pode-se aindaprogramar uma série de atividades culturais quando da chegada da biblioteca ambulante.

Caixa-Estante: pequenas caixas de madeira, aço, malotes ou mesmo sacolas, onde

são colocadas obras que serão emprestadas (número ideal de 200 volumes escolhidos

de acordo com  a demanda local). A biblioteca entra em contato com  os estabeleci

mentos (creches, escolas, asilos, igrejas, centros comunitários, presídios  e t c ) ,  firma

um convênio e treina um encarregado. É fixado um roteiro de estabelecimentos o nde

as caixas-estantes ficarão por u m certo período (cerca de 3 m eses). Ence rrado o prazo,

são transferidos para outros pontos do roteiro estabelecido ou troca-se o acervo.

Bibliotecas Ramais e/ou Sucursais:  bibliotecas que fazem parte de um conjunto de

bibliotecas públicas de um me sm o m unicípio. Este conjunto ou sistema de bibliote

cas públicas do município é formado por uma biblioteca central, geralmente locali

zada em local de maior movimento da cidade e com coleção ampla, por bibliotecas

ramais que atend em diferentes com unidades ou bairros e pelos serviços am bulantes.

Os mu nicípios m enores costum am ter uma biblioteca central e ampliam seus servi

ços com carro-biblioteca ou caixas estantes. As bibliotecas ram ais nas grandes cidades

são as bibliotecas de bairro, em perfeita sintonia com  as comunidades locais. Podem

funcionar em prédios próp rios ou em mo radias locadas pelo município ou pela So

ciedade de Amigos da B iblioteca. Neste caso, os prédios locados devem sofrer m od i

ficações que possibilitem seu uso como biblioteca.

Serviço de informação à comunidade (SIC)A maior pa rte da população ignora o valor da informação na solução dos problemas

do dia a dia e a relevância desse instru m en to com o elem ento de ascensão social e par

ticipação na vida democrática. Várias são as causas dessa atitude, entre elas, podem-

se citar: a falta de conscientização quanto à sua utilidade, inabilidade para usá-la, falta

de tempo, dispersão ou complexidade em sua apresentação e até timidez ou vergo

nha d e inq uirir e solicitar respostas.

No en tan to, as pessoas necessitam d e informação e várias pesquisas indicam algu

mas informações gerais que podem ser respondidas pelo SIC, que é o serviço da bi

blioteca destinado a auxiliar indivíduos ou g rupo s, através de um banco de dados dos

recursos e serviços disponíveis na comunidade.

Este serviço con tribu i, através do uso eficaz da inform ação, p ara o fortalecimento

da identidade cultural de uma comunidade, uma vez que essa identidade cultural se

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forma através do conh ecime nto que a comu nidade possui do seu passado, da situação

atual e, consequentemente, de uma visão clara do futuro. Um dos elementos que con

tribuem para que a comunidade consolide e fortaleça a sua identidade cultural é o

controle sobre a informação por ela gerada e, para tanto, o SIC é de vital importân

cia. Uma co mu nidade com identidade cultural reconhece, com preende e aprecia suaspróprias características e desenvolve um sentimento de autoestima participando de

atividades que visam a seu pró prio desenvolvimento hum anístico e social.

O SIC é o serviço que pode melhor contribu ir para a vinculação e para a intera

ção da biblioteca com a com unidade , possibilitando aos seus mem bros a participação

como fornecedores de informação, início, talvez, de uma participação ativa, passível

de despertar uma nova atitude em relação à informação e, até mesmo, à conscienti

zação polítca. Um a ou tra g rande vantagem do SIC é a possibilidade de atender n ão sóao alfabetizado com o ao analfabeto, apro xim and o este último da biblioteca e de suas

atividades e despertando o seu interesse no aprendizado da leitura.

A implantação do Serviço de Acesso Público à Internet, com o u m dos segmentos

do SIC, amplia o seu potencial de recuperação da informação, bem como cria a opor

tun idad e pa ra que os usuários da biblioteca se familiarizem  com as novas tecnologias

da informação e da comunicação.

Metodologia de implantaçãoO  SIC necessita coletar, controlar, armazenar, recuperar e disseminar informação. A

publicidade quanto à sua implantação estimula a participação dos membros da co

m unid ade co mo fornecedores de informação, co ntribu indo assim para que, através da

divulgação, o serviço se torne conhecido e seja usado pela comunidade, já que, em

atividades culturais, a oferta geralmente cria a demanda.

Etapas da im plantação:i) Levantamento dos serviços e dos centros de informação existentes na cidade, in

cluindo-se os serviços que suprem as necessidades básicas (saúde, educação, moradia,

emprego, transpo rte), serviços sociais e assistência legal, organizações não governam en

tais, entidades sem fins lucrativos, grupos culturais, program as sociais, locais turísticos.

Deve incluir, também, o registro de pessoas que possam contribuir de qualquer

forma para a ação cultural da biblioteca (professores, artistas e artesãos locais  etc) .

Ü) Coleta e organização de folhetos sobre os serviços existentes, por orde m alfabética do nome da entidade ou por sua tipologia: creches, assistência médica, trabalho

e emprego, defesa do c onsum idor  etc.

Üi) Estabelecim ento de um arquivo ou base de dados sob re as organizações, servi

ços e pessoas. Quando se utiliza o co m putad or, é necessária a escolha de um progra m a

específico de registro e recuperação, ou, caso contrário, basta um arquivo bem orga-

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nizado e o estabelecimento de u m modelo de ficha manual para registro dos dados co

letados. Para am bos os casos, são elemen tos básicos: no m e, endereço , telefone, horá

rio, assuntos tratados, pessoa para contato, recursos e a indicação da existência de

folheto explicativo sobre o serviço ou organização.

iv) Q uan do se dispõe do recurso de acesso à Internet é de fundamental impo rtância

a compilação, divulgação e disponibilização para os usuários dos endereços eletrônicos

dos  sites com informações de utilidades públicas. Este procedim ento visa otimizar o

desempenho do usuário no uso da Internet. Como por exemplo: lista de endereços

de sites com  informações sobre legislação: http://www.bdtextual.senado.gov.br  

e http://www.femperj.org.br/juridico.htm;  agropecuária: http://www.spi.embrapa.br; 

serviços de utilidade pública: http://www.adusp.org.br/links/lup.asp (dá acesso, atra

vés de ligações e indicações, a vários sites sobre tem as variados de serviços de utilidade

pública tais com o: listas telefônicas de vários estados do Brasil, serviços de correios

de vários países, serviço de m eteorologia etc.)

v) Controle estatístico e avaliação, pedidos atendidos ou não atendidos, sugestão

dos leitores.

vi) Atualização permanente dos arquivos e/ou bases de dados.

Caso a biblioteca não tenha o recurso de acesso à Internet, elimine apenas a etapanú m ero iv, perm anecen do as demais etapas válidas.

Serviços de ação culturalAs atividades de ação cultural são serviços essenciais na biblioteca pública, pois pos

sibilitam a participação, a troca e a interação entre os m em bros da com unidad e. A b i

blioteca é, em muitas comunidades, a única instituição cultural, o que vem a dar

destaque a sua ação como fator de estreitamento dos laços da comunidade na qualestá inserida. Por ou tro lado , as atividades de ação cultural são de prim ord ial im por

tância pa ra a prom oçã o da leitura. Essas atividades possibilitam a divulgação e fami

liarização com diferentes linguagens, formas de com unicação e prom ovem o exercício

do diálogo e da expressão verbal.

A ação cultural não tem limite de conteúdo, não tem fronteiras e nem é restrita a

determinados espaços (pode acontecer dentro e fora da biblioteca). A ação cultural

deve atingir, além da população leitora, aquela parcela da popu lação que , em bora nãofrequentando a biblioteca, deve ser considerada leitora em potencial. Deve abrir-se

espaço pa ra a troca de ideias, de informações e discussões sobre tem as de interesse de

grupos da comunidade. Podem ser de iniciativa da biblioteca, com a participação or

ganizada de grupos comunitários.

A formação de grupos com interesses comuns é um instrumento importante para

o desenvolvimento das atividades culturais: grupos com interesse em criação literária

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Atividades culturais

Apresentação  de peças teatrais  ou encenação

A atividade teatral funciona como poderoso meio de valorização do grupo e desen

volvimento da capacidade de expressão e de compreensão dos textos com batendo a ti

midez e a inibição.  O  teatro tem sido, através dos séculos, um instrumento de

desenvolvimento cultural de grupos e de indivíduos.

A escolha das peças e a sua m ontag em é uma tarefa complexa e necessita da p arti

cipação de m em bros da com unidade que tenham tendência natural para a arte teatral,

de professores ou de especialistas nesse tipo de atividade.

Apresentação  de artistas  e grupos de artistas locais

Prom over a apresentação de artistas locais é um a atividade imp orta nte para a biblioteca, pois divulga e valoriza corais, ban das de música, grup os cênicos e man ifestações

da nossa rica cultura po pular (exemplos: repentistas, cateretê, bu m ba meu bo i, dan

ças folclóricas region ais).

Clubes de leitura

São grupos de pessoas que se reúnem periodicamente com  o objetivo de trocar opi

niões sobre livros, autores, ou tem as específicos. Podem ser organizados por grupo s damesma idade ou por grupamentos de pessoas de diferentes faixas etárias como por

exem plo: clube de famílias, de crianças, de idosos, de jovens e adultos etc.

Os clubes podem ser perm anentes ou criados por um prazo preestabelecido, com

a finalidade de se estudar um autor ou u m livro.

Outra atividade para os amantes de literatura é o curso de criatividade literária,

que sem pre tem sucesso entre os que gostam de escrever poesia, letra de m úsica, con

tos e outros gêneros literários.

Concursos

O resumo de um livro, o varal de poesias, um quadro que está sendo exposto, traba

lhos manua is, um a canção que está na m oda (letra e mú sica) - eis alguns excelentes

temas sobre os quais se pod em prom over concursos. As d isputas esportivas, com o tor

neios de xadrez ou dam a, com petição d e pratos típicos da cozinha local e tantas ati

vidades mais são outros tipos de concursos a serem promovidos.Os concursos estimulam a criatividade e contribuem para qu e os usuários participem

da vida da co letividade, incentivando a pesquisa sobre algum tema de interesse geral.

No entanto, para o bom andamento dos concursos, há necessidade de um regula

m ento bem claro e preciso, e que se nomeie uma a utoridade ou um comitê para dirimir

as dúvidas e dar a última palavra sobre as premiações.

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Exposições

Exposições servem para promover a biblioteca e incentivar a participação da comu

nidad e, exercitando, ao mesm o tem po , a pesquisa en tre os seus usuário s.

Vários tipos de exposições podem ser feitas na biblioteca: idealizada e organizada

pela biblioteca e usuários de artistas locais (artes plásticas, fotografia, encadernação),itineran tes, que através de convênios chegam à biblioteca, em parce ria com outras ins

tituições da comunidade.

Os temas de exposições de trabalho s são os mais variados, por exemp lo: datas his

tóricas do país, do estado, ou da cidade sede da biblioteca utilizando a do cum entaç ão

do setor de história local; assuntos d o dia: epidem ias, higiene, cam peon atos espo rti

vos, eleições, festa do pa droe iro da cidade; datas comemorativas (dias com emorativos

do índio, da árvore, do ancião, da mulher, da criança, do deficiente físico   e tc ) ; acontecimentos culturais: lançamen to de livros, visita de um escritor; festas folclóricas são

eventos que sempre alcançam reações positivas, pois permitem a identificação na tu

ral da biblioteca com a população .

A biblioteca, para realizar uma exposição temática, elabora um calendário semes

tral ou anu al de temas e eventos (ver sugestão de C alendário Cultural no Anexo 16).

Com bastante antecedência da data de inaug uração , deve-se:

• planejar a exposição;

• realizar a pesquisa n o acervo da biblioteca em tor no do tem a( livros, artigos de jor

nais e revistas, fotografias, gravuras, pinturas  etc);

• elaborar trabalhos ou coletar tudo o que for encontrado sobre o tema;

• selecionar o m aterial coletado;

• organizar o material selecionado, seja por ordem de assuntos ou cronológico, de

m od o que a próp ria sequência dos materiais possa contar a história do evento e a

sua importância;

• elaborar as legendas, isto é, para cada objeto a ser exposto, deve-se escrever um

cartão que co ntenh a o título do m aterial, sua descrição, que m o fez, data, onde foi

encontrado  e tc , tudo datilografado, bem sucinto e claro.

• em todas essas etapa s, é desejável que os usu ários sejam envolvido s.

Hora do conto

Essa atividade dirigida normalmente às crianças pode ser estendida a outras faixas

etárias e exige, antes de tud o, um bo m con tado r de estórias, que atraia a atenção dos

ouvintes, tenha b oa dicção e saiba dar expressão ao texto. Co ntado res n ão nascem fei

tos, mas contar h istória é um dom que, como qualquer o utro, pode ser desenvolvido.

Caso não se consiga um funcionário  com este do m , a alternativa é identificar na co

munidade algum voluntário que possa colaborar com a biblioteca.

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A Hora do C onto ajuda a criança a se aproxim ar do livro e a enriquece r o seu vo

cabulário. Auxilia na concen tração e no aprendizado da escrita, estimu lando a imagi

nação e a criatividade.

A Hora do Conto pode ser acompanhada de outras expressões (fantoches, teatro,

mímica, dança) que levem a um a m aior interação com o texto. A hora do con to podeser complementada por outras atividades tais como: criação de um final diferente,

nova versão do conto, cartas aos personagens, pinturas, desenhos ou comentários es

pon tâneos dos participantes. Deve-se ter cuidado para que essas atividades extras não

tirem o prazer e o encanto que é a tônica desta atividade.

O tam anh o d o conto, o tema, o local e o mé todo d e contar, dependem da idade e

do grau escolar dos ouvintes. É im po rtan te que além dos co ntos clássicos sejam lidos

contos modernos e populares brasileiros, além dos provenientes de outras culturas.

Teatro de fantoches

É um gênero de tea tro bem ao nível das crianças e que dificilmente as deixa insensí

veis e desatentas. As crianças, dizem os psicólogos, se descobrem nos fantoches, com

eles riem, se comovem, criticam o mundo dos adultos. As crianças gritam, riem e

protestam, dialogando  com  os personagens durante as cenas, por exemplo: tentam

advertir um fantoche que corre perigo, ou que é enganado ou corre o risco de cairnuma armadilha.

Existe toda uma técnica para a fabricação dos fantoches, desde a mais simples até

a mais elaborada. Orientação para a confecção dos bonecos, elaboração dos textos e

dramatização é encontrada em livros especializados.

Procure em sua cidade alguém que já tenha organizado este tipo de teatro. Faça

contato , ceda espaço da biblioteca ou use a pracinh a da cidade. Caso não existam p es

soas com  experiência, use a sua criatividade e, reunindo um grupo de interessados,proc ure desenvolver esta atividade com as crianças.

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Preservação econservação do acervo

A Biblioteca Nacional editou man uais n o c am po da preservação e conservação, a fim

de orientar todos os interessados em acondicionar e preservar suas coleções, ofere

cend o conselhos p ráticos sobre o tratam en to, limpeza e guard a de seus acervos. Al

guns trechos gerais desses manuais técnicos são trans critos a seguir, a fim de facilitar

o trabalho daqueles que, sem formação profissional de restaurado r ou conservador, te

nh am sob sua responsabilidade a preservação de livros e doc um ento s.Os métodos técnico-científicos que integram o universo interdisciplinar da conser

vação, não p odem estancar um processo de deteriorização já instalado, podem ,porém ,

quando adotados com rigor, desacelerar o ritm o deste processo, gerando então fatores

de estabilização necessários ao prolong am ento da vida útil dos docu me ntos.

A preservação caracteriza-se por sua ação documental preventiva, ou seja, visa

ações que possam impedir ou minimizar a possível deterioração do acervo. No en

tanto, os acervos das bibliotecas, constituídos na sua maio r parte p or docu me ntos em

supo rte pape l, estão sujeitos a agentes agressores, alguns de difícil con trole, que levam

ao processo de deterioração. A conservação visa a reduzir, na medida do possível, o

ritm o deste processo.

É, pois, necessária a adoção de uma política de conservação a ser compartilhada

com  os administradores, os bibliotecários e os usuários, visando um entendimento

pleno sobre os mé todos e práticas necessárias para m anter a longevidade dos d ocu

men tos, enquanto bens culturais.

A política moderna de conservação  a longo prazo orienta-se pela luta contra as

causas de deterioração, na busca do maior prolongamento possível da vida útil de

livros e documentos12

12 .  SPINELLI JÚNIOR, Jayme. A  conservação de acervos bibliográficos & documentais. Rio de Janeiro:

Fundação Biblioteca Nacional, Depa rtam ento de Processos Técnicos,  1997. p. 17

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A preservação e conservação dos acervos das bibliotecas públicas constituem um

grande desafio, já que os livros existem para serem usados, e esse manuseio os dete

riora. Cabe p orta nto ressaltar que as políticas e medidas referentes à preservação do

acervo de uma biblioteca pública, em hipótese alguma, devem restringir ou impedir

o acesso dem ocrático ao acervo.

Principais agentes de deterioração de acervos documentaisAcidez do papel; poeira; um idad e; tem pera tura; insetos, fungos e roedores; poluição

ambiental; iluminação (luz direta do sol ou luz artificial inadequada); incêndios e

inundações; ação do homem.

É necessário formar e manter um acervo adequado e atualizado, para isso é im

prescindível estabelecer norm as q ue visem a evitar ou deter a deterioração desse acervo.

Assim, é recomendável a adoção de alguns princíp ios de preservação:

• manter sempre as mãos limpas;

• usar ambas as mãos ao m anusear gravuras, impressos, mapas  etc.  sobre superfí

cie plana;

• não pe rm itir a entrada de alimen tos e bebidas em local ond e haja acervo;

• não fumar onde haja guarda de papéis ou outros materiais inflamáveis, evitando

possíveis incêndios;• não umedecer os dedos com saliva para folhear as publicações. O  papel guardará

um depósito de ácidos e de bactérias qu e, po r m ínim o q ue seja, prejudicará o m a

terial, com o tempo;

• não apoiar livros em superfícies irregulares;

• não deixar o livro aberto com a lombada para cima e nem com objetos entre as páginas;

• não usar canetas a tinta ou esferográficas para tomar an otações. Um descuido qua l

quer poderá produzir na obra uma mancha indelével. Use apenas lápis. Quandotiver de toma r no tas, nun ca escreva tendo livros e do cum ento s com o ap oio. Eles

ficarão marcados;

• jamais dobrar o papel, pois uma dobra, com o tempo, se torna uma ruptura. Por

isso, não guarde mapas e outros papéis de grande tam anh o d obrados ou em gave

tas pequ enas. Existem móveis aprop riados para este tipo de m aterial;

• não prender as páginas com clipes de metal ou grampeá-las, pois os mesmos en

ferrujam ou ma rcam as páginas;• ter con trole qu an to ao uso de colas plásticas (PVA), devido ao seu teor d e acidez,

que por muitas vezes geram manchas comprometedoras. Optar sempre que pos

sível pelo u so da cola metilcelulose;

• nunca usar fitas adesivas em virtude da composição q uímica da cola. Com o tempo,

a cola que pen etra nas fibras de papel desencadeia uma ação ácida irreversível. A fita

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Procedimentos em caso de desastresOs desastres m ais com uns que colocam em perigo os acervos das bibliotecas são os in

cêndios e as inund açõe s; geralmente as causas de incên dio, são decorren tes de atos de

vand alismo , curtos-c ircuitos n os sistemas de eletricidade causados algum as vezes por

ataques de roedores, de pontas de cigarro deixadas acesas indevidamente etc.

Estas ações devem ser minimizadas com planejamentos seguros de programas de pro

teção contra incêndios. A instalação de equipamentos modernos de detecção de fumaça

e controle do fogo deve ter prioridade nos prédios antigos e modernos que abrigam

acervos, como também a execução constante de sua manutenção e um exercício pleno

de monitoramento do prédio com o a uxílio de brigadas anti-incêndios, geralmente

equipes formadas por funcionários e treinadas pelo Corpo de Bombeiros.™

No caso de inundações, dependendo dos tipos de suportes originais que predo

m inam na formação de um acervo (papel artesanal, papel madeira, papel couchê etc) ,

uma ação de salvamento poderá ser total ou parcial.

Regras básicas de procedim entos no caso de ma teriais afetados pela água:14

• manter os volumes fechados até a completa retirada de todas as sujidades quevenham a atingi-los;

• executar um tipo de secagem através da circulação constante do ar;

• não expor os livros ao sol;

• envolver os volumes e docu me ntos mais encharcados com papel mata-borrão;

• não tentar abrir os volumes enq uan to estiverem molhad os;

• providenciar imediatamente um tratamento de fumigação com produto químico

específico par a o m aterial;• ser paciente e não tenta r fazer as coisas com  pressa.

Acondicionamento para preservaçãoA preservação de m aterial bibliográfico deriva, essencialmente de sua limpeza e con

diciona m ento a propriado. Para pequenas bibliotecas que não possuem laboratórios de

restauração p ara higienizar, encade rnar e restaurar o acervo, aconselha-se a confecção

de caixas de con dicion am ento , que auxiliem a conservação e possibilitem u m a guardacom cuidado , em m elhores condições.

13 . SPINELLI JUNIOR, op. cit. p. 3514 . Ibid., p. 36

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Tratamento de documentos fotográficosO  primeiro passo é criar condições adequadas que visem à estabilidade dos docu

mentos fotográficos. As bibliotecas públicas devem procurar coletar material foto

gráfico, im po rtante testemu nho da evolução e da história da cidade, mu nicípio ou do

estado. Assim, alguns p roced ime ntos e políticas são relacionadas a seguir.

Inicia-se a identificação do processo fotográfico da imagem a ser tratad a através do

pree nch imento de um a ficha diagnóstico. Essa ficha tem o objetivo coletar dado s para

um a avaliação sobre o estado geral do do cum ento, perm itindo formalizar u m a pro

posta de tratamento e de acondicionamento mais adequado.

O  preenchimento dessa ficha diagnóstico possibilita a união dos dados técnicos

vitais a um a futura intervenção em m aior profundidade como , por exemplo, a rees

truturação de um álbum ou a remoção de um suporte.

Após o diagnóstico, inicia-se a etapa de higienização, que objetiva a retirada de

todas as sujidades extrínsecas aderidas aos docu mento s fotográficos. Esse tratam en to

pode envolver as seguintes etapas:

• Limpeza a seco com o u so de pincel de pelos m acios, frente e verso, pelo método

de varredura. Utiliza-se, como norma, um pincel único para imagem e outro só

para o verso ou o sup orte do papel, no caso de fotografias m on tada s. Esta m edidarestringe a ocorrência de possíveis ações abrasivas sobre a imagem, causadas po r

partículas sólidas de poeira que possam ter ficado aderidas aos pelos do pincel

quando utilizado na limpeza de um suporte ou verso da fotografia;

• Limpeza a seco com a utilização de pó de borrac ha e um chum aço de algodão e gaze

(com movimentos circulares) e de pincel de pelos macios, pelo método de varre

dura, na frente e verso do dura, na frente e verso do documento (aplicando so

m ente no cartão supo rte, e não diretamente sobre a imag em ). Repetir a operaçãotanta s vezes quanta s forem necessárias;

• retirada de fitas adesivas aderidas aos supo rtes e por vezes às imagens, com a utiliza

ção de pro du tos quím icos (po r exemplo, acetato de etila PA) e métodos específicos;

• antes da utilização de qualquer pr od uto quím ico, efetuar testes prévios de sensibi

lidade da emulsão e do suporte em locais específicos do documento fotográfico,

como forma de precaução a possíveis reações e danos à fotografia;

• retirada de excrementos de insetos aderidos aos docum entos, com a utilização debisturi e lupa. A utilização de soluções aquosas deve ser evitada, uma vez que os

seus efeitos sob re o papel fotográfico desaconselham tal proced ime nto.

Co ncluída s as atividades de conservação, todo s os do cu m ento s fotográficos são

reproduzidos, visando à constituição do arquivo de negativos de segunda geração

(negativos especialmente p rodu zidos para viabilizar a reprod ução do acervo evitando ,

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a partir de então, o manuseio repetitivo dos documentos originais). Em seguida, re

cebem acondicionamento individual e são encaminhados à divisão responsável pela

sua guarda. Ali, serão quase sempre aco ndiciona dos em ou tro invó lucro - um a caixa

ou pasta, po r exemplo - antes de serem g uarda dos em u m móvel de aço.

O acon dicion am ento irá assegurar a integridade física do su po rte e da imagem , oagrupamento seriado de imagens e a proteção dos documentos do contato manual

direto, da abrasão e da contaminação dos cartões suporte, entre o utros vantagens15 .

Por fim, com pletand o o qua dro de fatores que co ntribu em para a estabilidade dos

documentos fotográficos, apresentamos uma sequência de recomendações simples e

úteis que, um a vez adotadas, propiciarão, sem dúvidas, o prolongam ento da vida de

nossas fotografias.

Quanto ao manuseio:

• esteja sempre com as mão s limpas ao exam inar um a fotografia;

• não coloque os dedos sobre as imagens e negativos; use sempre luvas brancas de

helanca ou algodão. Esta ação previne co ntra ma nch as e impressões digitais sobre

as ima gens;

• trabalhe com as fotografias sempre em uma superfície plana e limpa. A mesa deve

ser forrada  com papel neu tro possível de ser trocad o, quan do for necessário;

• use ambas as mãos ao manusear uma fotografia e, caso esta esteja frágil e quebra

diça, utillize um cartão sup orte com o band eja e evite tocar a emulsão fragilizada;

• utilize sempre su portes laterais de apoio ao man usear álbuns, os mesm os propiciam

um conforto ao abri-los, colocando-os em forma de um  V e evitam possível stress

em suas costuras e lombadas;

• não permita comidas, bebidas e cigarros nas áreas de guarda e tratamento de fotografias;

• não escreva em fotografias  com caneta ou esferográficas; além de possíveis manchas,

surgirão m arcas das escritas no lado da im agem . Use lápis de grafite mac io e limi-

tese a escrever somente o necessário à catalogação;

• não utilize fitas adesivas, clipes, gra m po s e não g ram peie as fotografias;

• supervisione sempre a equipe que habitualmente manuseia o acervo fotográfico.

Quanto à área de guarda e acondicionamento

• man tenha a área de guarda sempre limpa. O excesso de poeira acarreta abrasões e

imperfeições sobre as imagens;• mon itore regularm ente a temp eratura e umidade relativa da área de guarda, como

também observe sinais de deterioração provocada por fungos, insetos e roedores.

15 . ABREU, Ana Lúcia de. Acondicionamento e guarda de acervos fotográficos. R io de Janeiro: FundaçãoBiblioteca Nac ional. 2000, Cap.2, p. 18-24

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Fotografias danificadas devem ser remov idas e acond icionadas s eparad am ente até

serem submetidas aos tratamentos de conservação;

• não escolha áreas próxim as a fontes de calor ou expo stas à luz direta do sol;

• não instale máquinas copiadoras (xerox) em áreas de guarda, o ozônio produzido

é prejudicial às fotografias;• não permita que produtos caseiros de limpeza atinjam os armários onde estão

acondicionadas as fotografias, pois geralmente possuem amónia  ou cloro, preju

diciais às fotografias.

Com relação à ação do m eio am biente sobre a preservação de fotografias, alguns

fatores devem ser considerad os. Os materiais fotográficos se preservam m uito mais em

baixas temperaturas. Assim, devem-se evitar as oscilações tanto em graus de tempe

ratura qu anto em índices de um idad e relativa, pois provocam distensões e contrações

nas diversas camadas que constituem as fotografias. Uma variação de 20°C é consi

derada suportável, porém uma de 20°C deve ser evitada. Baixos índices de umidade

relativa geram problemas; contudo os mais graves ocorrem quando os índices se

encontram elevados e em descontrole. Tal situação acarreta o surgimento de foxing

(formação de minúsculos pontos castanhos, semelhantes a sardas na superfície do

papel ou da prova fotográfica). Esses po nto s resultam de detritos ferrosos ou fungosexistentes n o papel. Às vezes, além do foxing, ocorre aderência entre as camadas de

gelatina de diversas fotografias Os parâ m etros entre 34% a 40% de um idade relativa

são considerados aceitáveis para as coleções e os diversos tipos de materiais fotográ

ficos; tanto qu anto níveis acima de 60% são considerados extremam ente danosos e

devem ser evitados sob pena de acarretarem infestações de fungos.

A instalação de cond icionado res de ar com sistemas de filtros que propiciem con

troles nas áreas de guarda evitará os poluentes atmosféricos.No que se refere à exposição das fotografias à luz, tod o cuidad o é pou co, um a vez

que uma série de fatores nocivos são decorrentes desta ação, quando não controlada

definitivamente. Deve-se diminuir, ao máx imo, o temp o de exposição de do cum en

tos fotográficos à luz.

A determinação do sistema de acondicionamento e guarda a ser aplicado num deter

minado docu mento é, em m uitos casos, fruto de entendimen tos entre o conservador e o

responsável da biblioteca. En qua nto o prim eiro determ ina as opções de acondicionamento adequados ao caso, conside rando, inclusive, a necessidade de uma intervenção fu

tura em maior profundidade, o segundo conhece melhor o valor intrínseco e extrínseco

da peça, podendo prever sua futura utilização. Nenhum sistema deve ser inteiramente

fechado, sendo necessário usar a criatividade, desde que embasada cientificamente.

Assim, a escolha do sistema e do tipo de acondicionamento é de grande impor

tância e, com relação a ele, deve-se cons iderar:

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• o processo fotográfico (recon hecim ento das técnicas utilizadas em cada imagem fo

tográfica);

• a fragilidade da foto e seu estado de conservaçã o;

• valor intrínseco e extrínseco da peça (estimar o grau de impo rtância histó rico/d o

cum ental e artístico da peça e sua rarid ade );• dim ensiona me nto (compatibilização com os formatos padronizados n o projeto);

• volum e do acervo (n úm ero de peças e espaço reservado ao seu ac ond iciona m ento).

Os diferentes tipos de aco ndic ionam ento são: carteia porta-neg ativos, folders, ja

quetas, passe-partouts, estojos p orta-c hap as, pastas, pastas em cru z, pastas suspensas,

envelopes (diversos m odelos ), caixas telescópicas, caixas especiais (confeccionadas sob

medida, principalmente no modelo cruz e portfolio) e caixas porta-chapas.

Recomenda-se que todo documento fotográfico seja acondicionado individualmente, evitando-se, desta forma, qualquer tipo de contaminação entre as peças e o

contato manual direto.

O  sistema para acondicionamento de documentos fotográficos divide-se, basica

mente, em sistema vertical (fichários, arquivos para pastas suspensas e armários de

prateleiras, entre o utros) e sistema ho rizontal (mapo tecas, arm ários de prateleiras,

entre outros).

Em am bos os casos, a ideia original é prover os do cum ento s de vários níveis deproteção, de um mínimo de dois (o acondicionamento primário e o mobiliário),

até o máxim o de quatro (acondicionam ento prim ário, secundário e terciário, além

do mobiliário).

Os níveis de proteção funcionam com o barreiras n ão só para a luz e o ar poluíd o

(poeira, enxofre  e t c ) , m as também para as oscilações da tem peratura e um idade re

lativa do ar, que acontecem diariam ente na área de guarda . Essas características cli

máticas não são decorrentes apenas das oscilações externas mas, principalmente, doliga-desliga dos aparelhos de ar condicionado e da permanência de pessoas na área

de armazenamento. O processo de acondicionamento é que assegura a estabilização

- fator prim ordia l na conservação preventiva do acervo.

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Informatização

O crescente uso das novas tecnologias da informação e da com unicação nas bibliote

cas tem desencadeado importantes mudanças na forma de trabalhar e vem permi

tind o simplificar tarefas rotineiras e repetitivas e ampliar o raio de ação da biblioteca,

tornando-a mais eficiente e informativa.

O acesso à Internet d esem penha um papel fundamental, q ue vai desde a com uni

cação via correio eletrônico, até o acesso a bases de dados bibliográficos, a um en tan do ,consideravelm ente, as possibilidades de obter informação atual e adicional, através de

listas de discussões, sites de livrarias e museu s etc.

Processo decisórioA inform atização de um a biblioteca não é um processo simples e deve ser bem defi

nido, pois envolve com pra de equipam entos, program as (software) e o principal: um

bom plano de metas.Na implan tação desse processo de informatização deve-se ter em m ente qu e a má

quina não su bstitui o ser hu m an o nas tarefas de análise da informação , no trab alho in

telectual de seleção do acervo, ou na determinação de cabeçalhos de assuntos  etc. O

com putad or nada m ais é do que um a das ferramentas de trabalho do pessoal da bi

blioteca que, devidamente treinado, pode aproveitar todas as possibilidades que um

sistema info rmatizado oferece. Por ou tro lado, um a biblioteca informatizada precisa de

um intermediário entre a máquina e o ser humano que desconhece o seu funcionamento. O pessoal da biblioteca deve despender tanto tem po qua nto for necessário para

familiarizar o usuário com o equipame nto e o program a ado tados.

Assim, ao planejar a informatização de uma biblioteca torna-se necessário elabo

rar um Plano Diretor de Modernização  (com uma visão clara e de largo prazo das

etapas de desenvolvimento), o que perm itirá sua implantação gradual (sob a forma de

módulos) baseada nas prioridades estabelecidas nesse Plano. Os projetos de  implan-

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também , que o desenvolvimento tecnológico é acelerado e os equipam entos se torna m

obsoletos em pouco tempo, torn an do a escolha mais difícil. Mas, para poder tom ar de

cisões, é impo rtante ter um conhecim ento básico dos equipam entos de informática.

Alguns fatores influenciam a escolha do microcomputador como sua memória,

velocidade, capacidade de conexão com periféricos e de com unicação externa através

de linha telefônica conectada a um servidor ou provedor comercial, ou seja Embra-

tel, RNP, FAPERJ, FAFESP etc.

O  microcomputador é que define sua performance. Os componentes mais im

po rtante s são a placa mãe , o processador, a mem ória RAM, o disco rígido, o disco fle

xível, o CD o m ouse , o teclado e o m onito r. O microco m putad or pod e ter periféricos.

Os mais utilizados na biblioteca são:

• impressora: para emissão de listagens de obras catalogadas, de pedido s de aqu isi

ção, de bibliografias, de fichas, de etiquetas d e livros, car tão d o livro, cartas de co

brança a leitores faltosos, relatórios,dissertações  etc;

• escâner: para digitalização d e doc um entos , isto é, a transformação de um a ima

gem em formato digital. A imagem original pode ser um texto impresso, um map a,

um a fotografia, que p ode rão ser impressos ou vistos na tela do com pu tado r;

• leitora ótica de código de barra s: o código de barra pod e ser colocado nas etique

tas, como número de tombo, ou nos crachás de usuários para identificação. Desta

forma, o co ntrole da circulação das obras ou leitores se torn a eficiente e rápido;

• equipamento multimídia: para a audição de som em computador, inclui normal

mente u ma placa de som , microfone e alto-falantes e leitora de CD -RO M . Atual

me nte, alguns desses elementos já vêm em butidos n o m icrocom putado r;

• modem e placa de rede: o mod em é necessário para fazer a conexão entre um com pu

tador ou uma rede e o provedor de acesso, decodificando os dados de entrada e saída.A placa e os cabos de rede possibilitam a conexão entre os com putadores e o servidor.

A ligação dos equipamen tos em u ma rede é im portan te, pois perm ite o comp arti

lham ento de recursos. Assim, um a im pressora, um C D-R OM , uma u nidade de disco

rígido p ode servir a um grup o de m icrocom putadores, os arquivos (textos, imagens,

sons) podem ser compartilhados, e a comunicação interna pode ser facilitada por

troca de mensagens na rede.

Para se estabelecer u ma rede são necessários equip am ento s específicos com o p lacas de rede, hub s, switches e um servidor. O servidor é um com putador com bastante

recurso que armazena mais informações, tais como gerencia o banco de usuários e

imag ens, armazena o banco d e dado s, possibilita a troca de men sagens, perm ite fazer

uma rotina periódica de backup (cópia de arquivos), para segurança.

O fluxo da Figura 36 mostra o esquema de um a estação de trabalho em um am

biente de rede com acesso a Inte rnet.

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ProgramasExistem diversos program as (ou softwares) pa ra m icroc om putadore s. Na biblioteca o

mais imp ortan te é o sistema de catalogação e de emp réstimo, m as existem vários pro

gramas adicionais necessários, tais como : editor de textos, program a para tratam ento

de imagem , programa para recepção de e-mails, browser para visualizar páginas na In

ternet e antivírus.

No pro gram a o m ódu lo de catalogação deve ser compatível com o Formato MARC

e prever a possibilidade de implementação do protocolo Z39.50 (protocolo para re

cuperação de informação bibliográfica de computador para computador que possi

bilita ao usuário de um sistema pesquisar e recuperar informações de outro sistema,

ambos implementados com

 o Z39.50). Do m esmo m odo o m ódulo de exportação/im

por taçã o de registros deve seguir as no rm as ISO 2709 e Ansi Z39.2 (M ARC).

Estes programas funcionam em um a plataforma ou sistema operacional. Atual

mente, as duas plataformas mais utilizadas são o Windows e Unix. É necessário decidir,

inicialmente, quais os programas que serão utilizados para controle e processamento

do acervo para en tão decidir a plataforma operacional.

Ao escolher um sistema que contemple as funções da biblioteca é importante ob

servar os seguintes fatores:• tipo de material de que o acervo se compõe;

• núm ero de peças que com põe o acervo;

• crescimento mensal e anual do acervo;

• núm ero de postos de trabalho ;

• número de empréstimos feitos mensalmente;

• média diária e mensal de usuários;

• com patibilidade com o eq uipam ento a ser utilizado;• nível de detalhamento de informações gerenciais;

• tipo e dimensões dos arquivos;

• condições do contra to de m anuten ção a ser efetuado;

• fornecimento de m anuais de serviços e operação;

• utilização por outra s bibliotecas que colaborem em rede ( realizar visitas e reuniões

para observar e avaliar seu dese mp enho );

• a viabilidade de sua implantação;• aplicabilidade a qualquer tipo de doc um ento;

• nível de tratam ento da informação;

• produtos que podem ser obtidos;

• possibilidade de pesquisa com bina tória (buscas boleanas) p or exem plo: auto r e tí

tulo, título e data;

• interatividade e facilidade de compreensão pelo usuário (de fácil consulta pelo público);

» 1 3 0

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rede interna

banco de dados

Figura 36

* /

livros N kperiódicos

folhetos

QASE DE DADOS

SUB-PRODUTOS

• CD-ROM

• consultas via internet

• bibliografias

• empréstimo autorizado

• biblioteca virtual

• transferência de arquivos

Z39:50

• FTP de arquivos

• catalogação cooperativa

partituras

discos

fotograf ias

manuscritos

Figura 37

» 132

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Anexo 1 -  Endereços dos SistemasEstaduais de Bibliotecas Públicas

ACRE ESPÍRITO SANTO

Biblioteca Pública Estadual Adonay Barbosa dos Santos

Av.Getúlio Vargas, 389 - Centro - Rio Branco -  AC

CEP 6 9900-660

Tel: (0xx68) 3223-60 41 - Fax: (0xx68) 3223-1210

ALAGOAS

Secretaria de Estado de Cultura

Pça. Dom Pedro  II, 57 - Centro

Maceió - AL

cep.: 57020-130

Tel: 0xx82) 3315-7894; 3315-7898;

Fax: (0xx82) 3315-1910 - E-m ail: [email protected] 

AMAPÁ

Biblioteca Pública Estadual Elcy  Lacerda

Rua São José, 1800  - Centro - Macapá - AP

CEP 68900-110

Tel/fax: (0xx96) 3212-5119 - E-ma il: [email protected] 

AMAZONAS

Biblioteca  do Estado -  SEC

Av. Sete de Setembro 4 44  - Centro - Manaus - AM

CEP 66005-140 - Tel: (0xx92) 36 33-66 60

E-mail: [email protected] 

BAHIA

Diretoria de Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia

Av. Sete de Setembro, Edifício Brasilgás, n° 282  - 6° andar

sala 610 -  Centro Salvador - BA

CEP 4 0070-100

Tel: 0xx71) 3116-6841; 3116-6846; 3116-6838;

3116-6839 - Fax: 0xx71)3116-6837

E-mail: [email protected][email protected] 

CEARÁ

Biblioteca Governador Menezes Pimentel

Departamento do Livro - DEPLIV

Av. Presidente Castelo Branco, n° 255  - Fortaleza -  CE

CEP 60010-000Tel: 0xx85) 3101-2548; 3101-2544

Fax: (0xx85) 3101- 25 46 - E-mail: [email protected]  

DISTRITO FEDERAL

Secretaria de Estado de Cultura

Diretoria de B ibliotecas

SDN Via  N-2-Anexo Ao Teatro N acional Cláudio

Santoro  - Brasília - DF

CEP 70070-200

Tel: 0xx61) 3325-6260; 3325-6265Fax: (0xx61) 3352-6223 - E-mail: [email protected]  

Biblioteca Pública Estadual do Espírito Santo

Av. João Batista Parra,  165

Praia do Suá - Vitória -  ES

CEP 29050-330

Tel: 0xx27) 3137-9350 - Fax: 0xx27) 3137-9349

E-mail: [email protected] 

GOIÁS

Biblioteca Pública Estadual Escritor Pio Vargas

Diretoria  da Biblioteca

Praça Cívica 2 - Centro - Goiânia-GO

CEP 74003-010

Tel: 0xx62) 3201-4618 - Fax: 0xx62) 3201-5125

MARANHÃO

Biblioteca Pública Benedito Leite

Praça do Panteon, s / n - Centro - São Luis - MA

CEP 65 020-430

Tel: 0xx98) 3218-9961 - Tel/Fax: 0xx98) 3218-9960

E-mail: [email protected] 

MATO GROSSO

Biblioteca Pública Estadual Estevão de M endonça

Palácio da Instrução - Rua Antônio Maria  151, Centro

Cuiabá - MT

CEP 78005-440

Tel/fax: (0xx65) 361 3-92 40

Secretaria de Turismo Fax (0xx65) 3613-9208; 3613^9233E-mail: [email protected] 

MATO GROSSO DO SUL

Fundação de C ultura de Mato Grosso do Sul

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas

Av. Fernando Correia da Costa, n 55 9 / 2° andar

Prédio Memorial de Cultura Apolônio de Carvalho

Campo Grande - MS

CEP 70002-820

Tel: Oxx67) 3316-9161; 3316-9175

E-mail: [email protected] 

MINAS GERAIS

Superintendência de Bibliotecas Públicas/SEC

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa

Praça da Liberdade, 21  -  Funcionários

Belo Horizonte - MG

CEP 30140-010

Tel.: 0xx31) 3269-1202; 3269-1210

Telefax: 0xx31) 3269-1212

E-mail: [email protected] 

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PARÁ

Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves

Sistema Estadual de B ibliotecas Públicas

Av. Gentil Bittencourt, 6 50 - Nazaré - Belém - PA

CEP 66050-100

Tel/Fax; (0xx91) 3202-4302 - E-mail: [email protected] PARAÍBA

Biblioteca Pública Estadual Juarez da Gama Batista

Rua Abadia Gomes de Almeida, 800 - Tambauzinho

João Pessoa - PB

CEP 58040-100

Tel:  (0xx83) 3211-6262; 3211-6210; 32 11-6268

Email: [email protected] 

PARANÁ

Biblioteca Pública do Paraná Cláudio Gama Farjado

Rua Cândido Lopes, 133 - Centro - Curitiba - PR

CEP 8 0020-901

Tel:  (0xx41) 3221-4900; 3221-4951; 3221-4986;

322 1-49 51 - E-mail: ; extensã[email protected] 

PERNAMBUCO

Biblioteca Pública Estadual de Pernambuco

Rua João Lira, s/n - Santo Am aro - Recife - PE

CEP 50050-550

Tel:  (0xx81) 3181-2655; 3181-2640; 3181-2644;

3181-2646PIAUÍ

Fundação Cultural do Piauí - FUNDAC

Biblioteca Estadual Desembargador Cromwell Carvalho

Praça Demóstenes Avelino, 1788 - Centro -Teresina - PI

CEP 64000-100

Tel.: (0xx86) 3227-5746; 3221-3829

Fax: (0xx86) 3221-7666

RIO DE JANEIRO

Biblioteca Pública do Estado do Rio de JAneiro

Praia de Botafogo, 48 0 - Botafogo

Rio de Janeiro - RJ

cep.:  22250-040

Tel.:  (0xx21) 2334-8119  - E-mail: [email protected] 

RIO GRANDE DO NORTE

Biblioteca Pública Câmara Cascudo

Rua Potengi, 535 - Tirol - Natal - RN

CEP 50020-030

Tel:  (0xx84) 3232-9746 - E-mail: [email protected]  

RIO GRANDE DO SUL

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do

Rio Grande do Sul

Casa de Cultura Mário Quintana

Rua  Riachuelo  1190, Centro Porto Alegre - RS

CE P 90010-273

Tel:   0xx51)  3 2 24 5 0 4 5 ;  3 2 8 6 3 6 7 7 ;  3225-9426

F a x :   Oxx51)  3 2 2 5 9 4 1 1 ;  3225-1124

E-mail: [email protected]

RONDÔNIA

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Rondônia

Av. Sete de Setembro. N 237 - Centro - Porto Velho - RO

CEP 78900-350

Tel:  (0xx69) 3216-7301; Fax: (0xx69) 3216-5134

RORAIMAPalácio da Cu ltura

Biblioteca Pública do Estado de Roraima

Praça do Centro Cívico Joaquim Nabu co, s/ n.

Boa Vista - RR CEP 69301-380

Tel:  <0xx95) 2121-9704

E-mail: [email protected]  

SANTA CATARINA

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Santa Catarina

Biblioteca Central UDESC

R. Tenente S ilveira, 343 - Centro

Florianópolis - SC

cep.:  88010-301

Fone/fax.: (0XX48)  3321-8011;  3321-8022

E-mail: [email protected]  

[email protected] 

SÃO PAULO

Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo

Divisão de Bibliotecas

Sistema de B ibliotecas Públicas do Estado de São PauloRua Mauá, 51/2° andar, sala 205 - Praça Júlio Prestes

São Paulo-SP

CEP 0 1028-900

Tel/fax: (Oxxl 1)2627-9006

E-mail: [email protected] 

SERGIPE

Biblioteca Pública do Estado E pifânio Dórea

Secretaria de Estado da Cultura

Rua Dr. Leonardo Leite, s/n - Bairro 13 de julho

Aracaju - SE

CE P 49020-150

Tel:   0xx79) 3 1 7 9 1 9 0 7 ;  3179-1932

F a x :   0xx79) 3179- 1923

E-mail: [email protected]  

TOCANTINS

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas

Diretoria Estadual de C ultara - SEBIS

Qda.  Norte, Av. LO-02, Conj. 01,  n°57/59 - Centro

Palmas - TOCE P 77001-022

Tel:   0xx62) 3218 -3303

F a x :   0xx62) 3218-1479

» 1 3 4

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Anexo 2 - Modelos de Projetos de

Integração Biblioteca/Comunidadea serem adaptados à situação local

Biblioteca

Objetivo específico: Reforçar a vinculação com escolas

Atividades propostas

para conseguiro objetivo

Reunião  com

diretores das

escolas: a, b, c, d,

Palestra sobre o uso

e importância das

Datas

-

-

Material necessário

Mater ial in format ivo

Profissionais da

sobre a Biblioteca

Transporte

Mater ial in format ivo

e de apoio

Grupo a ser atingido

Profissionais

da educação,

professores

Professores

Part ic ipação de:

Bib l io tecár io e

profissionais da

educação

Bibl io tecár ios

escolares e

professores

Apoios possíveis

Contatos

com  a direção

das escolas do

municíp io

Objetivos: Promover a criação da Sociedade de Amigos da Biblioteca (SAB) (período de 4 meses)

Atividades propostas

para conseguir

o objetivo

Contatar pessoas

da comun idade

que tenham algum

vínculo  com aBib l io teca

Reunião  com  as

pessoas contatadas

para estudar

a proposta

Reunião geral

para formar a

SAB.  Eleição

da 1 Diretoria

Realização de plano

de t rabalho anual

Campanha de

promoção da SAB

Datas

Durante todo

o mês de (1)

2*   quinzena

do mês

subsequente

(2)

Um Sábado

ou horário

viável

2 a  quinzena

do mês 3

2 a  quinzena

do mês 4

Material necessário

Correspondência

Folhetos,

audiovisuais sobre

a b ib l io teca

Convocação,

regimento da

Sociedade para

discussão

Copiadora Papéis

Folheto,

Correpondência

Grupo a ser

at ingido

Usuários,

Pessoas d e

inf luência

na comunidade

Pessoas da

comun idade

Pessoas

compromet idas

com

a proposta

Pessoal da

diretoria da SAB

e da b ib l io teca

Toda a

comun idade

Participação de:

Pessoal de

bib l io teca e

da comunidade

Pessoal da

bib l io teca e

da comunidade

As pessoas

convocadas

Pessoal da

diretoria da SAB

e da b ib l io teca

Usuários, Pessoal

Diretoria da SAB

Apoios

Impressão de

folhetos  -

Mater ial

áudio visual

Audiovisuais

Folhetos

Mater ial

impresso

Mater iais

Logístico

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Cursos UniversitáriosAnotar quais, exemplificando os públicos e os particulares:

Cursos técnicos profissionalizantes.Anotar quais, exemplificando os públicos e os particulares:

2.3 Bibliotecas existentesHá bibliotecas nas escolas locais?D Sim

•  Não

Cite as que são abertas à comunidade (ou seja, oferecem serviços não só aos seus alunos, professores et c , mas também a comunidade em geral):

Indique os serviços oferecidos aos seus usuários internos com um  u ,  e assinale com um c os abertos à comunidade:

BibliotecaNome da escola e localização

ServiçosConsultas Empréstimo Atividades Culturais

(Havendo mais escolas na área com esse tipo de biblioteca, fazer fichas complementares.)

Há bibliotecas nas universidades e faculdades locais?D Sim•  Não

Cite as que são abertas à comunidade (ou seja, oferecem serviços não só aos seus alunos, professores e tc , mas também a comunidade em geral):

Indique os serviços oferecidos aos seus usuários internos com  um x , e assinale com  um c osabertos à comunidade :

BibliotecaNome da universidade/faculdadee localização

Serviços

Consultas Empréstimo Atividades Culturais

(Havendo mais universidades e/ou faculdades na área com esse tipo de biblioteca,fazer fichas complementares.)

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2.4 Existem museus na cidade?• Sim Quantos?

1

D Não

Históricos:De arte:

Assinale quais dessas instituições desenvolvem projetos em parceria  com a biblioteca ou apoiam

alguma de suas atividades?

Especifique os projetos desenvolvidos em parceria e/ou as atividades apoiadas por cada uma dessas instituições.

2.5 Existem livrarias na cidade?D  Sim  Quantas?D Não

2.6 Existem bancas de  jornais?•  Sim Quantas?

Vendem livros?Vendem revistas? _

D  Não

2.7 Há algum outro lugar onde se vendem livros?D Sim Onde?D Não

2.8 Existem, na cidade ou nos arredores, pessoas especializadas ou que possuam prática em algumaatividade, e que possam ser chamadas a participar das atividades da biblioteca?

Teatro

Geral Fantoches Sombra

Fotografia Pintura e desenho Outros

Obs: anotar endereço e telefone em fichas individuais

3 DADOS SOCIOECONÓMICOS3.1 Quais as instituições sociais, ONGs, associações comunitárias, sindicatos e clubes de serviço queatuam na localidade - SESC, SESI, SENAC, SENAI, Lyons Club, Rotary Club etc. (Forneça dados tais como:nome, endereço, nome dos principais dirigentes)?

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3.2 Assinale as principais atividades econômicas do município?D IndustrialD Comercial• ServiçosD Agricultura

D Pecuária

3.3 Numere, em ordem crescente, as atividades que ocupam a mão de obra local:• IndustrialD ComercialD ServiçosD AgriculturaD PecuáriaD Outras(especifique)

3.4 Enumere as principais indústrias, empresas comerciais, instituições bancárias e empresas em geralexistentes (nome, endereço, nome dos  principais dirigentes).

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Anexo 4 - Questionário Padrão paraentrevista pessoal

Este questionário pode ser aplicado através de entrevistas a pessoas de diferentes segmentos dacomunidade. Como não é possível entrevistar a todos, deve-se proceder ao que chamamos de amostragem, ou seja, um número de entrevistas que permita mapear as necessidades e expectativas dacomunidade. Definir o tamanho dessa amostragem nem sempre é tarefa fácil.  Deve-se obter orientação de especialista em estatística e fazer uma ficha para cada pessoa entrevistada.

Nome:

Estado civil:  Idade: Sexo:Profissão:Grau de escolaridade:O que mais gosta de fazer fora do trabalho?

Gosta de Ler?• SimD Não

O que mais gosta de ler?

H  Livros  D EscolaresD  Literatura  D Ficção

D PoesiaD  Técnicos

G Jornais[ i RevistasD  TudoOBS: Caso queira, enumere as preferências, em ordem decrescente.

Já comprou livros?

• Sim   •  Escolares• Literatura  •  Prosa• Poesia

• Técnicos• Não

Indique o último livro que   leu:TítulO:Autor:Assunto:

Já foi a alguma biblioteca?• SimD NãoQual o nome da biblioteca?Qual o motivo? _Se nunca foi a uma biblioteca, diga por quê:

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Anexo 5 - Modelo de Lei de Criaçãode Biblioteca Pública

Lei  n °.  de de 20 .

Cria a Biblioteca Pública M unicipal.

A Câmara Municipa l de Estadod aprovou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Artigo 1 - Fica criada, na sede do Município, a Biblioteca Pública Municipal. Subordinada à administração do

(nome do serviço ou departamento).

Artigo 2 - Fica aberto, no orçamento vigente, o crédito (especial suplementar) de R$ ..(   )

destinado às despesas de instalação, manutenção e aquisição do acervo inicial para a biblioteca .

Artigo 3 - Fica o senhor Prefeito Municipal autorizado a despender no presente exercícioaté R$ (

para contratação (ou pagamento) de funcionários para os serviços da referida biblioteca, propondo ainclusão nos orçamentos a nuais, de verba especialmente destinada a esse fim .

Artigo 4 - Fica o senhor Prefeito Mun icipal autorizado a firmar convênio com a entidade culturalestadual, para efeito de integração da referida biblioteca ao Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e recebimento de toda a assistência prevista às unidades conveniadas.

Artigo 5 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeito Municipal de

em / / 20 .

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Anexo 6 - Modelo de RegulamentoU d D l D I l O i e C a  (Deverá ser adaptado às condições locais)

1.  Identificação da biblioteca:Nome:Órgão mantenedor:Endereço completo:

2. Horário de funcionamento:De 2 a a 6a das

Sábados dasDomingos das

3. Condições para consulta e empréstimo domiciliar:• A biblioteca pública é uma entidade cultural sem fins lucrativos, aberta ao atendimento gratuito

da comunidade em geral.• Os membros da comunidade podem consultar e ler livros no próprio recinto da biblioteca, ou re-

tirálos por empréstimo.1/ A inscrição do leitor é feita mediante a apresentação de um documento de identidade (serve car

teira de estudante), comprovante de residência e preenchimento da ficha de inscrição  com os

dados pessoais do usuário.A apresentação do cartão de leitor permite retirar 2 obras de cada vez, para empréstimo.•/  O prazo do empréstimo é de 08 (oito) dias, e pode ser prorrogado caso a obra não tenha sido re

servada por outro leitor. O não cumprimento dos prazos incorrerá em multa por dia de atraso novalor definido por portaria interna da direção da biblioteca.

•/ A data da devolução da obra deverá ser observada rigorosamente.•/  A inscrição terá va lidade de um ano e é gratu ita, podendo ser renovada por mais um ano.•/  Material que não pode ser emprestado:

a) Obras de Referência (enciclopédias, dicionários, atlas, anuários etc.) , por serem obras de rápidaconsulta e m uito procuradas, e por isso, ter o seu uso restrito ao recinto da b iblioteca.

b) Obras de edições esgotadasc) Material de Seção de Memória do Municípiod) Obras muito solicitadas das quais a biblioteca só tenha um exemplare) Periódicos do mês corrente.

4. Cabe ao leitor:Devolver a publicação retirada nas condições em que foi recebida.Indenizar a biblioteca pela obra perdida (pagando o preço de uma nova, para reposição) ou  obra

danificada  (pagando o preço de sua recuperação/ encadernação).Comunicar à biblioteca qualquer mudança de endereço.

5. Consulta e orientação para os usuários:S Cabe ao encarregado da biblioteca: auxiliar o leitor na busca de informações; orientálo quanto

ao modo de conseguir melhores resultados com o material existente;  informálo sobre o que fazer,no caso do acervo da biblioteca ser insuficiente para a solução do seu problema.

• Consulte o catálogo das publicações disponíveis na biblioteca ou base de dados para encontrara obra desejada.

•S Os livros são arrumados, nas estantes, por assunto. A etiqueta na lombada indica o número declassificação correspondente ao assunto.

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Anexo 7 - Modelo de Estatuto daSociedade de Amigos da Biblioteca PúblicaEste modelo deverá ser adaptado às situações locais

CAPÍTULO IDENOMINAÇÃO, SEDE, FINALIDADE, DURAÇÃO

Art. Io - A SOCIEDADE DE AMIGOS DA BIBLIOTECA - SAB é umaassociação  civil, sem fins lucrativos e com prazo de duração indeterminado, que se regerá pelo presente Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis.

Art. 2° - A SAB tem como sede e foro a cidadedo Estado

Art. 3° - Constituem objetivos e finalidades da Sociedade:

I - construir um quadro social e realizar movimentos comunitários destinados a  adquirir recursos,visando o aprimoramento patrimonial, técnico e cultural da B iblioteca;

II - firmar convênios para os fins sociais, com pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, nacionais ou estrangeiras;

III - obter de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, sub

venções, doações em dinheiro ou em obras, destinadas à consecução dos objetivos da Sociedade.IV  - promover em parceria com empresas ou outras instituições, atividades cultura is rotineiras da

Biblioteca, bem como seminários, mesas redondas, debates, ciclos de palestras, cursos, reuniões, encontros, conferências, exposições, espetáculos artísticos, projeções cinematográficas, lançamentos delivros e publicações;

V  - prestar quaisquer serviços compatíveis com os objetivos acima citados;VI - incentivar a formação de agentes cu lturais comunitários, apoiando o engajamento de pessoas

e entidades nas ações da Biblioteca;VII - divulgar na comunidade a Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei no. 83 13 , de 23 /12 /91

- Lei Rouanet , bem como as leis de incentivos fiscais estaduais, visando captar recursos para de

senvolvimento de projetos da biblioteca;VIII - veicular, através de estratégias de m arketing, a imagem da biblioteca como um serviço es

sencial para assegurar os valores de cidadania e o desenvolvimento econômico e social da comunidade;IX - fomentar a atuação da Biblioteca como centro de informação e leitura da comunidade;X - promover a participação ativa da Biblioteca nos programas educacionais, principalmente os

de alfabetização.

CAPÍTULO IIQUADRO SOCIAL

Art. 4° - É ilimitado o número de associados, podendo participar do quadro social pessoas físicas ou jurídicas, desde que satisfaçam às exigências e condições previstas neste Estatuto, não respondendo os mesmos pelas obrigações sociais.

Art. 5°- As pessoas jurídicas associadas deverão submeter à aprovação da Diretoria Executiva o nomede até duas pessoas físicas, com poderes para representá-las na SAB, podendo votar e ser votados.

Parágrafo Único - Os representantes do que trata o presente artigo poderão ser substituídos aqualquer tempo.

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Art. 6 o  - A SAB terá as seguintes categorias de associados:a) FUNDADORES

Aqueles que par t ic iparam da const i tu ição da SAB;

b) BENEMÉRITOS

As pessoas físicas que tiveram prestado relevantes serviços à SAB, à Biblioteca ou à área cultural;

c)  CONTRIBUINTES

Aqueles que colaboram  com  a anuidade f ixada pelo Conselho Deliberat ivo;

d)COLABORADORES

As pessoas físicas que contr ibuam   com  quantia infer ior a anuidade.

Parágrafo Único Os sócios colaboradores não possuem direito a voto.

Art. 7° - A admissão de associados será feita mediante proposta escrita e assinada pelo candidato.

Art. 8 o  - A proposta para associado benemérito deverá ser just i f icada convenientemente, subs

cr i ta por 03 (três) associados, no mínimo, da mesma categoria, ou por membro do Conselho Deliberat ivo. O  Conselho Deliberativo apreciará o pedido pelo voto da maioria de seus membros presentes.

Art. 9 o - Os associados pagarão preferencialmente no primeiro trimestre de cada ano as anuidades.

Parágrafo P rimeiro -  O valor das anu idades correspondentes às diversas ca tegorias será fixado pelaAssembléia da SAB, nos termos do Art. 31°, alínea   j .

Parágrafo Segundo - Os associados das diversas categorias poderão contribuir  com  importânciassuplementares, tendo em vista os objet ivos da Entidade.

Parágrafo Terceiro - A critério da Diretoria Executiva, as contribuições previstas neste artigo po

derão ser prestadas de forma a atender a conveniência dos associados.

CAPÍTULO   IIIDIREITOS E DEVERES DOS ASSOCIADOS

Ar t. 1 0 o - São direitos dos Associados:

a) assistir às Assembléias Gerais;

b) ter antecedência de informação sobre os eventos promovidos ou patrocinados pela SAB;c) propor novos associados, obedecidas as exigências Estatutárias;

d) receber um cert i f icado, e carteira da categoria correspondente a sua inscr ição;e) os associados quites poderão ter delegação, outorgada pelo Presidente do Conselho Delibera

t ivo, para representar a SAB em Congressos, Jornadas, Encontros e demais at ividades culturais promovidas por outras associações nacionais e/ou estrangeiras;

f) apresentar sugestões ao Conselho Deliberativo relativamente a  matérias  de interesse geral;

g) gozar das vantagens correspondentes a sua categoria, conforme for decidido pelo ConselhoDeliberat ivo;

h) votar e ser votado para os cargos da SAB.

Art.  1 1 o - São deveres de todos os  associados:a) respeitar e obedecer o Estatuto, e demais Atos Normativos;

b) pagar com  regular idade as contr ibuições.

Art.  12°- Será excluído o associado que incorrer nas seguintes faltas:

a) deixar de solver seus compromissos financeiros para  com  a SAB por mais de 01 (um) ano sem

just i f icat iva convincente e comprovada;b) ter atuação pública e notór ia contrár ia aos interesses da Entidade.

Parágrafo Único - A exclusão é ato decisório da competência do Conselho Deliberat ivo.

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CAPÍTULO IVPATRIMÔNIO E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Art. 13° -  O património  da SAB é consti tuído de:

a) contribuições dos associados em suas diversas categorias;b) subvenções federais, estaduais e municipais;

c) doações, patrocínios, legados ou outros recursos que lhe forem concedidos por pessoas físicasou jurídicas, associadas ou não;

d) bens móveis ou imóveis e direitos pertencentes à SAB, bem como rendas decorrentes de suaexploração;

e) rendas eventuais, provenientes dos serviços e atividades oferecidas pela SAB.

Parágrafo Primeiro -  O  valor dos serviços a serem prestados pela SAB será fixado pela Diretoria Executiva.

Parágrafo Segundo - As rendas da SAB serão integralmente apl icadas na consecução e desenvolvimento de suas f inal idades sociais.

CAPÍTULO VÓRGÃOS SOCIAIS

Art. 14° - A SAB será integrada pelos seguintes órgãos:a) Assembléia Geral ;

b) Conselho Deliberativo;

c) Diretoria Executiva;d) Conselho Fiscal;

Art. 15° - Os membros da Assembléia Geral, do Conselho Deliberativo, da Diretoria Executiva edo Conselho Fiscal, não são remunerados, por qualquer forma, e nem são distr ibuídos lucros,  boni

f icações ou vantagens a dir igentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretextos.

ASSEMBLEIA GERAL

Art. 16° - A Assembléia Geral, órgão soberano, de deliberação social, poderá ser Ordinária ou Extraordinária. A Assembléia Geral Ordinária reunirseá anualmente no decorrer do primeiro tr imestre.

Art. 17° - A convocação da Assembléia Geral Ordinária ou Extraordinária, deverá ser feita por

Edital ,  com  antecedência de 10 (dez) dias da data da reunido, por iniciativa do Presidente do   Conselho Deliberativo.

Parágrafo Único - Havendo urgência, o prazo referido no parágrafo anterior poderá ser dispensadoprocedendo-se a convocação de todos os associados por carta, que lhes será entregue pessoalmente,salvo se ausentes desta cidade, caso em que será postada para a sua residência.

Art. 18° - A Assembléia Geral Ordinária ou Extraordinária instalarseá em primeira convocaçãocom a presença da maioria dos associados com direi to a voto, e em segunda, 3 0 (tr inta) minutos apósa pr imei ra ,  com  qualquer número de associados com  igual direi to . Os associados com  direi to a votopoderão votar através de carta.

Ar t . 19 o - A Assembléia Geral. Extraordinária será convocada por iniciativa do Presidente do  Conselho D el iberativo ou , na sua ausência ou im pedim ento pelo seu sub sti tuto ou por convocação de, nomínimo um terço (1 /3) dos associados em pleno gozo dos seus direi tos estatutários.

Art. 20° - À Assembléia Geral Ordinária compete:

a) examinar e pronunciarse sobre o relatório do balanço e da situação finance ira do exercício anterior,  com  prévia aprovação do Conselho Fiscal;

b) apreciar os planos de ação da Diretoria Executiva;

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c) fixar o número de membros do Conselho Deliberativo;d) eleger, dentre os associados com direito a voto, os membros do Conselho Deliberativo, cujos

mandatos serão de 02 (dois) anos, permitida a reeleição;e) eleger, dentre os associados com direito a voto, os membros do Conselho Fiscal, cujos man

datos serão de 02 (dois) anos, permitida a reeleição.

Art. 21° - A Assembléia Geral Extraordinária poderá ser convocada a qualquer tempo para:a)deliberar sobre reforma do Estatuto vigente;b)decidir sobre a dissolução da Associação;c) decid ir sobre qua lquer assunto relevante e de interesse da Associação e/ou de seus associados.

Art. 22° - As decisões das Assembléias Gerais serão tomadas por maioria simples de votos.

Parágrafo Único. Nas Assembléias Gerais, qualquer associado poderá ser representado por outro,mediante procuração. O associado representante terá direito a um voto para cada associado representado até o máximo de cinco votos, inclusive o dele.

Art. 23° - Quando uma Assembléia Geral Extraordinária for convocada para deliberar sobre a dis

solução da SAB, a decisão será tomada por três quartos (3/4) dos votos.

CONSELHO DELIBERATIVO

Art. 24° - 0 Conselho Deliberativo, órgão orientador da SAB, eleito em Assembléia Geral, seráconstituído por associados com direito a voto, com interesse em assuntos culturais, e pelo Diretor daSAB, Conselheiro Nato.

Parágrafo Único -  O mandato dos membros eleitos do Conselho Deliberativo será de 02 (dois)

anos, permitindo a reeleição.Art. 25° -  O Presidente e o 2o VicePresidente serão eleitos pelos seus pares por mandato de 02

(dois) anos, permitida a reeleição.

Parágrafo Único -  O 2o VicePresidente do Conselho Deliberativo será o Diretor da Biblioteca.

Art. 26° -  O Conselho Deliberativo se reúne, por convocação do Presidente, sempre que necessário. As Atas das reuniões serão lavradas em livro próprio.

Art. 27° -  O mandato do Conselheiro é pessoal, não podendo ser exercido por delegação.

Art. 28° - Para que as reuniões do Conselho Deliberativo possam se instalar em  la convocação,e validamente deliberar, será necessária a presença da maioria de seus membros. Em segunda  convocação o Conselho Deliberativo poderá instalarse com qualquer número.

Art. 29° - As deliberações do Conselho Deliberativo serão tomadas por maioria dos votos dosmembros presentes. Caberá ao Presidente do Conselho, ou ao seu substituto, o voto de desempate.

Art. 30° -  O Presidente, por proposta dos Conselheiros, poderá solicita r a presença em suas reuniões de terceiros, associados ou não da SAB, cuja competência possa parecer  útil. Estes convidados não poderão participar das votações.

Parágrafo Único - Os membros da Diretoria Executiva serão convocados às reuniões.

Quando não forem membros do Conselho Deliberativo, não poderão participar da votações.Art. 31°-O Conselho Deliberativo tem a incumbência de:a) estabelecer as diretrizes fundamentais da política geral da SAB, verificar e acompanhar sua exe

cução, conforme o Estatuto;b) eleger dentre os membros eleitos do Conselho Deliberativo o Presidente e o 2o VicePresidente,

por mandato de 02 (dois) anos, permitida a reeleição;c) designar os membros da Diretoria Executiva, cujo mandato será de 02 (dois) anos;d) autorizar a D iretoria Executiva a comprar ou alienar bens, contrair empréstimos, dar garantias

e contratar;

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e) apreciar a proposta e modificações do Regimento Interno da SAB, apresentadas pela Diretoria Executiva;

f) outorgar os títulos de associado honorário às pessoas que houverem prestado serviços relevantes à SAB e/ou à área cultu ra l, nos termos do art. 8 2;

g) deliberar sobre a exclusão de associados, em qualquer categoria, nos termos do art.   12a, parágrafo único;

h) examinar anualmente a proposta de Plano de Ação da Diretoria Executiva;i) apreciar anualmente o parecer do Conselho Fiscal, bem como as demonstrações financeiras e

o orçamento anual encaminhados e apresentados pela Diretoria Executiva;j) fixar o valor das con tribuições relativas às categorias de sócios de que trata o artigo 6S;I) apreciar a criação de classificações dentro das categorias de Associados Pessoas Jurídicas e de

Associados Pessoas Físicas, nos termos das alíneas c , do art. 6a;m)  apreciar outras matérias que decorram de decisão da Assembléia Geral ou da dinâmica

organizacional.

Art. 32° - Compete ao Presidente do Conselho Deliberativo representar a SAB ativa e passiva

mente, em juízo ou fora dele, cabendolhe o título de Presidente da SAB.Parágrafo Único -  O Io  Vice-Presidente substituirá o Presidente em suas ausências e impedi

mentos e o 2° Vice-Presidente substituirá o Ia em suas ausências e impedimentos eventuais.

DIRETORIA EXECUTIVA

Art. 3 3o -A  Diretoria Executiva, nos termos do art. 15°, comporseá dos seguintes membros:a) Diretor Executivo;b) Diretor Adjunto.

Art. 34° - Os membros do Conselho Deliberativo poderão acumular suas funções  com a de membros da Diretoria Executiva.

Art. 35 o - Compete à Diretoria Executiva:a) promover a realização dos objetivos a que se propõe a SAB;b) administrar a SAB, executando as deliberações de competência da Assembléia Geral e do Con

selho Deliberativo;c) cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto;d) elaborar as demonstrações financeiras e o orçamento anual com parecer do Conselho Fiscal,

para apreciação do Conselho Deliberativo, que os submeterá à Assembléia Geral;e) elaborar e reformar o Regimento Interno para apreciação do Conselho Deliberativo;f) elaborar o projeto de reforma deste Estatuto, a ser submetido ao Conselho Deliberativo que

apresentará à Assembléia Geral Extraordinária, na forma Estatutária;g) assinar convênios e demais instrumentos de interesse sóciocultural ou educacional para a SAB;h) contratar pessoal desde que autorizado pelo Conselho Deliberativo;i) adm inistrar as finanças da SAB, investindo os recursos existentes da melhor maneira possível,

em itir cheques e títulos, assinar quaisquer contratos e outorgar garantias, se necessário, com préviaaprovação do Conselho Deliberativo;

j) fixar os valores dos serviços a serem prestados pela SAB;

k) outorgar procuração a terceiros fixando no instrumento de mandato os poderes e o prazo desua duração;I) participar das reuniões do Conselho Deliberativo, nos termos do artigo 3 0, parágrafo único;m) submeter ao Conselho Deliberativo e à Assembléia Geral, anualmente, a proposta de Plano de

Ação da SAB.

Art. 36°- São atribuições do Diretor Executivo:a) superintender, supervisionar e fiscalizar os serviços necessários à Adm inistração da Entidade;b) cumprir e fazer cumprir os dispositivos do Estatuto e deliberações da Assembléia Geral, do Con

selho Deliberativo e da Diretoria Executiva.Art. 37°- São atribuições do Diretor Adjunto:

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a) substituir o Diretor Executivo em suas ausências e impedimentos;b) assistir o Diretor Executivo em sua obrigações na administração da SAB;

Art. 38° - Os atos de qualquer natureza que envolvam obrigações sociais, inclusive aquisição eoneração de bens e móveis e imóveis, bem como contratação de empréstimos, emissão de chequese outras ordens de pagamento, serão obrigatoriamente assinados pelo Diretor Executivo e pelo Dire

tor Adjunto ou, no caso de impedimento de 01 (um) deles, por procuração nomeado na forma do itemK , do a rt. 35°.

CONSELHO FISCAL

Art. 39° -  O Conselho Fiscal, órgão de fiscalização econômicofinanceira da SAB, comporseá de03 (três) associados, membros efetivos e de 03 (três) suplentes e leitos pela Assembléia Geral Ordinária, dentre os associados com direito a voto.

Art. 40° -  O Conselho Fiscal deverá reunirse ordinariamente 02 (duas) vezes por ano e extraordinariamente sempre que se fizer necessário, com participação de 03 (três) de seus membros.

Parágrafo Único - Em caso de impedimento de membros efetivos de Conselho Fisca l, será convocado um dos membros suplentes.

Art. 41° - As deliberações do Conselho Fiscal serão tomadas por maioria de votos e constarão deAta lavrada em livro próprio, aprovada e assinada no final dos trabalhos de cada reunião, pelos 03(três) Conselheiros Fiscais presentes.

Art. 42° - Compete ao Conselho Fiscal:

a) examinar a escrituração contábil da SAB, assim como a documentação a ela referente, emitindo parecer;

b) examinar o relatório das atividades da SAB, assim como a demonstração dos resultados econômico financeiros do exercício findo, emitindo parecer quanto a estes últimos;

c) examinar, semestralmente, as demonstrações dos resultados econômicofinanceiros da SAB,emitindo parecer;

d) examinar se os montantes das despesas e inversões realizadas estão de acordo  com os programas e decisões da Assembléia Geral, emitindo parecer.

Parágrafo Único - Para os exames e verificações adequadas dos livros, contas e documentos ne

cessários, poderá o Conselho Fiscal, ouvida a Diretoria Executiva, contratar o assessoramentode técnico especializado e registrado em órgão competente.

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Anexo 8 - Atribuições do Técnicoem Biblioteconomia

CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIAResolução n° 455/1998, publicada no D.O.U. de 9 de abril de 1998.

Dispõe sobre o exercício das atividades de

TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA  e dá outras providências

Art. 5° Compete ao TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA, com registro no Conselho Regional de sua jurisdição, sob a super

visão e a presença física do Bacharel em Biblioteconomia na proporção máxima de um (1) bibliotecário para cinco (5)

TÉCNICOS, as seguintes atividades:

I - SERVIÇOS AUXILIARES DE AQUISIÇÃO:

a) Conferir pedidos de aquisição com o acervo;

b) Preparar e encaminhar ordens de compra;c) Receber e conferir os materiais adquiridos;

d) Examinar e conferir a integridade dos materiais bibliográficos e não bibliográficos.

e) Colocar a identificação da instituição no material adquirido;

f) Registrar os materiais  bibliográficos e não bibliográficos recebidos;

g) Devolver materiais aos fornecedores;

h) Manter atualizados os catálogos de livreiros e editores;

i) Acusar o recebimento das doações e permutas;

j) Registrar as baixas no acervo;

k)  Auxiliar no inventário do acervo.

II - SERVIÇOS AUXILIARES DE PROCESSAMENTO TÉCNICO:a) Desdobrar fichas para os catálogos;

a) Intercalar fichas nos catálogos;

b) Datilografar fichas catalográficas;

c) Digitar a entrada de dados em sistemas de informações bibliográficas;

d) Extrair os produtos previstos nos sistemas de informações bibliográficas.

III  - SERVIÇOS AUXILIARES DE PREPARAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO MATERIAL

BIBLIOGRÁFICO E NÃO BIBLIOGRÁFICO

a) Preparar material para empréstimo e circulação;

b) Recuperar e executar pequenos reparos nos materiais;

c) Preparar e controlar materiais para encadernação.

IV- SERVIÇOS AUXILIARES DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO:

a) Informar sobre os serviços disponíveis na biblioteca;

b) Informar aos usuários sobre as normas de empréstimos;

c) Cadastrar os usuários junto à biblioteca;

d) Operar o sistema de empréstimo, devolução, renovação e reserva;

e) Ordenar os materiais bibliográficos e não bibliográficos nos seus locais próprios para armazenagem;

f) Manter organizado o setor de empréstimo.

g) Auxiliar nas atividades de dinamização: hora do conto, hora da leitura dentre outras;

h) Auxiliar nas atividades de extensão: feiras de livros, exposições, concursos literários, dentre outras.

i) Auxiliar na operacionalizaçâo dos serviços de disseminação e informação, tais como boletins, avisos, alertas etc.

V- OUTRAS TAREFAS:

a) M anter o arquivo de correspondências e outros;

b) Operar com  equipamentos audiovisuais, como vídeo, projetar de slides, retroprojetor, datashow,

equipamentos reprográficos e outros;

c) Manter cadastros de endereços institucionais para atividades cooperativas;

d) Auxiliar no inventário dos bens patrimoniais da biblioteca;

e) Realizar serviços de digitação e/ou datilografia em geral;

f) Coletar dados estatísticos das tarefas sob sua responsabilidade;

g) Executar outras tarefas operacionais.

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Universidade Federal do Ceará Universidade do Rio GrandeFaculdade de Comunicação e Biblioteconom ia Curso de Biblioteconom iaAv. da Universidade, 276 2 - Benfica Av. Itália, Km 8 - Campus CarreirosFortaleza - CE CEP 60 02 0-18 1 Rio Grande - RS CEP 96 20 1-9 00

Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO Universidade Santa ÚrsulaEscola de Biblioteconomia Curso de Biblioteconom ia e DocumentaçãoAv. Pasteur, 425 - Urea  R. Fernando Ferrari, 75 - BotafogoRiode Janeiro-RJ  CEP 22 29 0-2 40 Rio de Janeiro - RJ CEP 22 23 1-0 40

Universidade Federal do GoiásCurso de BiblioteconomiaDepartamento Comunicação SocialCampus II - Goiânia - GO CEP 74001-970

Faculdades Integradas Tereza  D'AvilaCurso de BiblioteconomiaAv. Peixoto de Castro, 539Lorena - SP CEP 12600-000

Universidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de B iblioteconomia e ComunicaçãoR. Ramiros Barcelos, 2705 - SantanaPorto Alegre - RS CEP 9 00 35 -00 7

Universidade de TiradentesR. Lagarto, 253 - CentroAracaju-SE  CEP 4901 0-390

Universidade Federal da BahiaCurso de B iblioteconomiaCampus Universitário Canela s/n.Salvador-BA  CEP 401 10-10 0

Universidade Federal de PernambucoDepartamento de BiblioteconomiaAv. Prof.  Moraes Rêgo, 1235 C. UniversitárioRecife- PE CEP 88010-450

Universidade Federal de Santa CatarinaDept0 de  Bibliotec.  DocumentaçãoR. Saldanha Marinha, 196Florianópolis - SC CEP 88010-450

Universidade Federal FluminenseCurso de Biblioteconomia

R. Lara Vilela, 126 - IngáNiterói-RJ  CEP 24 210 -590

Universidade Federal de Minas GeraisEscola de BiblioteconomiaAv. Antônio Carlos, 6627 - PampulhaBelo Horizonte - MG CEP 31270-901

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Anexo 10 - Móveis e Equipamentos(listagens não exaustivas)

EQUIPAMENTOS

Antena de TVAparelho de ar condicionadoAparelho de somAparelho de TV coloridoAparelho de videocassete, CD e DVDBebedouroExtintoresFaxFone de ouvidoGravadorImpressoraLeitora de CD (disco compacto)Máquina de calcularMáquina de escrever

Máquina duplicadora de documentos tipo xeroxMicrocomputadores  com  k i t mult imíd iaRetroprojetor

Equipamento   adicional

Data showDesumidif icadorEquipamentos para deficientes visuaisLeitora de microfi lmeMáquina copiadora

Máquina ampliadora para leitura de microfi lmeProjetor de slidesRelógios de paredeRelógios de pontoScannerSistema de comunicação interna

Tela para projeção

TelãoToca-fita

Venti ladores

MOBILIÁRIO REPRESENTADO EMDESENHO OU FOTOGRAFIA

Armações para vitrines e painéis (foto 1)Balcão de emprést imo/atendimento - automatizado ou manual (desenho 1 e 17, foto 2a)Bibliocanto (desenho 2)

Cabines para leitura individual (fotos 2b; 3 a 5;e 7, desenho 3)Caixa para acondicionamento de material bibliográfico (desenho 13)Carro para transporte de material bibliográfico(desenho 4)Divisória de ambiente (foto 3 e 4)Estantes de aço (desenho 5-9, fotos 2 e 5)Expositores para livros, revistas e vídeos (desenho1 4 ,  15  e 16)Fichário (desenho 10)Guarda-volumes  ou escaninhos (foto 6)Guias para prateleiras e estantes (desenho  11)Mapoteca (foto 7)Porta-jornais (desenho 12)Portão eletrônico (foto 6)

FOTOS E  VISTAS PARCIAIS OFERECEDAS POR

CORTESIA, PELAS SEGUINTES BIBLIOTECAS:1.  Bib l io teca Munic ipal Jaime Câmara - Divinó-polis  do Tocantins, TO (foto 5)2 .  Biblioteca Mu nicipal M urilo Mendes - Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, MG (julho/97)(foto 4; 6 e 7)

3. Biblioteca Na cional - Seção de Música (foto2)

4 .  Biblio teca Popular de  Irajá  João do Rio -

Setor Infantil - Rio de Janeiro - RJ (foto 1)

MOBILIÁRIO

Armário de aço com  chavesArmário escaninho para funcionários

Cestas de lixoMesaPersianaPoltrona

Quadro negro ou branco

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Desenho  11

Foto  6

Desenho  4

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Desenho  13

Desenho  2

Desenho  9

Desenho  10

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WMv  ••••

Foto 2 b

Foto 3

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Anexo 11 - Materiais de uma BibliotecaPública (listagem não exaustiva)

Apostilas de cursinhoAudiolivroAtlasBrinquedosCartazesCD-ROMs educativosDiapositivos

Discos compactos (CDs)FantochesFitas K7Fitas de estudo de línguas(cassete, vídeo)Fitas de vídeoFolhetosFotografiasGloboGravurasJogos educativosJornaisLivro brinquedoLivro falado ou áudio livroLivros de BolsoLivros de fácil leituraManuscritosMapasMicrofilmesObjetos artísticosPartituras musicais

PostersProgramas de aprendizagem por computadorProgramas de computador e MultimídiaPublicações OficiaisQuadrinhos (revistas e livros)Quadros didáticosQuebra-cabeçasRecortes de JornaisReproduções artísticasRevistas

Selo

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Anexo 12 -- Circuito da Obra na Biblioteca

Formação do acervo

Seleção Aquisição

Processamento das obras

Registro

Catalogação Classificação

Preparo para empréstimo

Arrumação nas estantes

Obras à disposição do leitor

Empréstimo

Consulta Empréstimo domiciliar

Serviços de extensão

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Anexo 13 - Partes do Livro

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o livro tem um número de páginassuperior a 49, excluindo-se a capa.

Verso da falsa folha de rostoOrelha Folha de Guarda

AFolha de rosto

O LIVROCapa

Falsa folha de rosto

PARTES DE UM LIVRO

A f igura mostra as diversas partes que compõem um l ivro.

SOBRECAPA:  cobertura de papel, impressa, quase sempre i lustrada, que envolve a capa de um l ivro.

A sobrecapa não protege o livro, sendo normalmente feita  com  material frágil. Deve ser protegidacom  uma cobertura de plást ico transparente.

CAPA:  cobertura de papel ou outro material rígido ou flexível, sobre a qual vem impresso o nome doautor, o título da obra e, às vezes, o nome da e ditora . É a proteção externa da obra e serve, igualm ente,para atrair a atenção do leitor e sugerir, de imediato, do que trata o livro.ORELHA:  prolongamento da capa ou sobrecapa, dobrada para dentro, onde é comum haver comentários sobre a obra e seu autor.  O  texto da orelha do livro pode orientar na seleção de uma obra.FOLHAS DE GUARDA:  páginas, em branco, encontradas no início e no final da obra. Por motivo de economia, muitas editoras estão suprimindo as folhas-de-guarda.FALSA FOLHA DE ROSTO:  página que precede a folha-de-rosto. Nela geralmente aparece apenas o

título da obra.FOLHA DE ROSTO: página onde se encontram os dados essenciais de uma obra, como o nome do autor,o t í tulo e o subtítulo, o local da publicação, a editora, a data de publicação, a edição, além de outras informa ções. É a fonte que fornece os dados necessários à identif icaçã o da o bra, que são:

V  autor = aquele que escreveu a obra. É o responsável por ela; pode haver mais de um autorS  t í tulo = nome da obra

•/  subtítulo = t í tulo auxi l iar ou secundário da obra (não é obrigatór io)S  edição = conjunto de exemplares de uma obra impressa de uma só vez  ( I a  edição, 2a edição etc.)v'  tradução, adaptação ou coordenação = nome do responsável pela tradução, adaptação ou coordenaçãoS  imprenta ou notas tipográficas = informações sobre o local, editora e data de publicação da obra

VERSO DA FOLHA DE ROSTO:  parte de trás da folha de rosto, onde se encontram dados importantes,como data de copyright,  ISBN  ( International Standard Book Number), t í tulo or iginal (quando tradu

ção),  t iragem, f icha catalográf ica, endereço da editora etc.

CORTE:  os três lados do livro fechado, opostos à lombada.

LOMBADA OU DORSO:  parte do l ivro onde se faz a costura ou colagem. É o lado oposto ao corte de

frente do l ivro.

QUARTA CAPA: é a quarta face da cap a. Geralmente aí se coloca um resumo propaga ndíst ico da obra

e um pequeno currículo do autor.

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PARTES COMPLEMENTARESSUMÁRIO:  parte da obra onde é fei ta a indicação do conteúdo, dos assuntos abordados e da formacomo estes aparecem na publ icação . Seguindo a ordem de abordagem da obra, remete para a páginaonde se encontra o conteúdo relacionado.  O  sumário é colocado no início do l ivro, após a folha derosto. Nos l ivros antigos ele vem no final do volume. Sinônimo: tábua geral de matérias.

ÍNDICE:  vem no final da obra. É ordenado al fabeticamente, remete para o número da página em quea palavra é encontrada.  O índice  pode ser onomástico (de nomes próprios), cronológico (de datas)

ou de assunto.APÊNDICE:  uma extensão da obra, fei ta pelo próprio autor, colocado, geralmente, no f inal do l ivro.

BIBLIOGRAFIA:  relação de obras que tratam do assunto abordado pelo autor na publ icaçãoREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ou OBRAS CONSULTADAS:  relação de Pub l icações que o autor co nsultoupara escrever a sua obra.ANEXO:  acréscimo de uma ou várias peças que servem de complemento ou comprovação do assunto

tratado na obraSUPLEMENTO:  capítu lo ou tomo que é acrescentado a uma obra,  com  o in tu i to de a tua l izá- lo ou

esclarecê-la.

EM PÁGINAS OU FOLHAS SUPLEMENTARES, EM SEGUIDA À FOLHA DE ROSTOPREFÁCIO:  normalmente não é escri to pelo autor.  O  prefaciador, geralmente, fa la do trabalho emquestão e dos trabalhos anteriores do autor. São sinônimos de prefácio: preâmbulo, prólogo, proê-mio,  pre l iminares.INTRODUÇÃO:  é quase sinônimo de prefácio. A distinção entre os dois é muito  sut i l .  Primeiro, a introdução é geralmente escrita pelo próprio autor; segundo, ela costuma ser mais extensa do que o prefácio, servindo para abrir ao leitor, de maneira mais detalhada, o tema e a metodologia do l ivro. Váriosl ivros têm um prefácio e uma introdução.

Alguns autores uti l izam, ainda, algumas páginas especiais para dedicatórias e para agradecimentosa pessoas que o ajudaram na pesquisa ou na confecção da obra.

DIVISÃO MATERIALVOLUME:  obra impressa ou manuscri ta tomada como uma unidade. Pode ser sinônimo de l ivro. Porextensão, o volume pode ser uma unidade de determinada obra: vol . 1, vol . 2 etc. Um volume podeser composto de cadernos.

TOMO: pode ser sinônimo de vo lume . As vezes, porém, segundo o costume , pode ser uma subdivisãodo volume, quando este é muito grande ou trata de temas que naturalmente exigem grandes subdivisões (Volume 1, tom o 1, tom o 2; Volume 1 1 , tomo I  e t c ) .

CADERNO: esta palavra tem sentido bastante amplo. Em bibliografia, caderno é um bloco constituído por

uma folha de papel dobrado várias vezes, formand o as diversas partes unitárias de um volume , e que sãocosturados ou colados entre si. Na maioria dos livros, cada caderno possui 16 páginas (três dobras).FOLHA:  unidade formadora de um caderno.

PÁGINA:  cada lado da folha de uma publ icação. Uma folha, portanto, tem duas páginas, frente everso.  Nos l ivros, a página da frente recebe sempre número  ímpar.

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Anexo 14 - Classificação Decimal de Dewey

Classificação de Assuntos Resumida

Baseada na

Classificação Decimal de Dewey (CDD)

191 EDIÇÃO

000 - Obras Gerais001 - Informações gerais

(Comunicação, processamento dedados, curiosidades, OVNI etc.)

00 2 - História e descrição do Livro;010- Bibliografias020 - Biblioteconomia

- Enciclopédias gerais- Periódicos gerais• Organizações de caráter geral

e Museus (Congressos,regulamentos, academias etc.)

-Jornalismo. Editoras• Coleções gerais• Manuscritos e livros raros

0 3 0

5

0 6 0

7

8

9

100-Filosofia109 - História da filosofia110  - Metafísica120 - Teoria do Conhecimento. Causa.

Fim Homem130 - Fenômenos paranormais131 - Bem-estar, felicidade, sucesso133 - Parapsicologia e ocultismo140 - Sistemas filosóficos150 - Psicologia160- Lógica1 7 0 -  Ética

240 - Moral e prática religiosa (meditação,arte religiosa, livros de devoção,hinos religiosos etc.)

25 0 - Igreja cristã e ordens religiosas26 0 - Teologia social cristã e eclesial270 - História da igreja cristã2 80 - Credos e seitas da Igreja cristã (Igreja

católica romana, igrejas luteranas,igrejas calvinistas, igrejas batistas,igrejas presbiterianas etc.)

2 90 - Outras religiões e religião comparada(budismo, judaísmo, islamismo)

300 - Ciências Sociais30 1 - Sociologia3 1 0 -  Estatística320 - Ciências políticas (socialismo,

coletivismo, democracia,cidada nia, eleições, relaçõesexteriores do Brasil etc.)

330 - Economia340 - Direito350 - Administração Pública360 - Assistência Social - Serviço Social37 0 - Educação38 0 - Comércio, Comunicações, Transportes390 - Costumes e folclore

180 - Filosofia antiga, medievale o riental

190 - Filosofia moderna ocidental200 - Religião

209 - História da religião210 - Religião220-Bíblia230 - Teologia da doutrina cristã

Dogmas

400 - Filologia (Linguistica)410 - Linguística

420 - Língua Inglesa43 0 - Língua Alemã440 - Língua Francesa4 5 0 -  Língua Italiana460 - Língua Espanhola470 - Língua Latina (clássica)480 - Língua Grega (clássica)490 - Outras línguas

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500 - Ciências Puras510 - Matemática520 - Astronomia530 - Física540 - Química

550 - Geologia560 - Paleontologia57 0 - B iologia, Antropologia,580 - Botânica590 - Zoologia

Etnologia

600 - Ciências Aplicadas. Tecnologia610 - Medicina

800 - Literatura809 - História e crítica810 - Literatura americana820 - Literatura inglesa830 - Literatura alemã

840 - Literatura francesa850 - Literatura italiana860 - Literatura espanhola869 - Literatura portuguesa87 0 - Literatura latina clássica880 - Literatura grega clássica890 - Outras literatura (africanas,

asiáticas, hebraica, russa etc.)620 - Engenharia e áreas afins63 0 - Agricultura e tecnologias afins

640 - Economia doméstica650 - Organização e administraçãode empresas

66 0 - Química industrial e técnicas a fins670 - Indústrias de manufaturados680 - Profissões e ofícios . Profissõesmecânicas. Manufaturas diversas690 - Construções e edificações

700 - Artes. Divertimentos. Esportes709 - História da arte710 - Urbanismo.

Arquitetura de paisagens720 - Arquitetura730 - Escultura. Artes plásticas740 - Desenho. Artes decorativas75 0 - P intura760 - Arte gráficas. Gravuras770 - Fotografia780 - Música790 - Divertimentos. Jogos. Esportes. Teatro

900 - História. Geografia. Biografias

909 - História Universal91 0 - Geografia, viagens, explorações,descrições de países

918.1 -Geografia do Brasil918.162 - Geografia do Paraná

920 - Biografias930 - História antiga em geral94 0 - Europa (Alemanha, Itália, Portugal,Bélgica, etc)950 - Ásia (China, Japão, India, Irã,

Líbano, etc)960 - África (Tunísia, Argélia, Senegal,Nigéria, Angola, etc)970 - América do Norte (Canadá, Honduras,Cuba, Estados U nidos, etc)98 0 - América do Sul (Brasil, Argentina,

Chile, Peru, etc)981 - Brasil990 - Oceania. Regiões Árticas e Antárticas

(Filipinas, Nova Guiné, Austrália,Ilhas e Arquipélagos dispersos)

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Anexo 15 - Alfabetação

A ordem alfabética é a mais usada.

REGRA BÁSICA:a) Deve-se alfabetar palavra por palavra; e, dentro de cada uma delas, letra por letra.Exemplo: Abastado / Abastecer / Abastecido / Abater...

Bacharel / Bacilo / Bahia / Bíblia / Biblioteconomia...Patente / Patinação / Paz...

E assim por diante.OBSERVAÇÕES:Os sinais gráficos - cedilha , crase e ti l - não são considerados na alfabetação.Exemplo: Acácia / Acento / Aço / Acolher...

Aquático / Aqueduto / Aquela / Aquele...Linguagem / Linguista / Linguado / Linha...Madeira / Mãe / Maestro / Manga...

b) Artigo Inicial - Os artigos (a , o, os, as, um, uma, uns, umas), quando vêm no início do título, nãosão considerados. A alfabetação é feita considerando-se a palavra seguinte. Assim sendo, tomemos,

como exemplo, estes quatro livros:Os Livros / O Mar Morto / A Porta / A Boneca.

Eles devem ser colocados nesta ordem , desconsiderandose os artigos:A Boneca / Os Livros / 0 Mar Morto / A Porta (B, L, M, P).

OBSERVAÇÕES:•/  Se o artigo vier no meio da frase ele será considerado na alfabetação.

Exemplo: Era uma vez... / Era o que eu queria...Colocam-se nesta ordem:

Era o que eu queria / Era uma vez (O, Uma).• A palavra u m , quando significar número (número 1), será considerada na alfabetação.

Exemplo: Um, dois feijão com arroz / Entre o céu e a terra.Colocam-se nesta ordem:

Entre o céu e a terra. / Um, dois feijão com arroz.

S  Palavras que trazem somente suas iniciais são alfabetadas antes das palavras por extenso,começando-se pela mesma, letra inicial.

Exemplo: A, C. / ALVARES, B. / ALVARES, Benício.

•/  As abreviaturas devem , ser consideradas como se estivessem escritas por extenso.Exemplo: Demóstenes / Dr. Fausto (considera-se doutor) / Dutra.

•/  Os números, mesmo escritos em a lgarismos, são considerados por extenso. Exemplo:São Paulo / 7 semanas de amor (considera-se sete) / Setembro.

•/  Os sobrenomes compostos são alfabetados após os sobrenomes simples.Exemplo: SOUZA, Manoel

SOUZA FILHO, Tasso.

V  As palavras compostas ligadas por hífen devem ser alfabetadas como se fossem uma só palavra.Exemplo: Guarda-chuva (arquiva-se como se fosse guardachuva).

Guarda-livros (arquiva-se como se fosse guardalivros).

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Anexo 16 - Calendário Cultural(SUGESTÃO A SER ENRIQUECIDA COM AS DATAS DE IMPORTÂNCIA LOCAL)

JANEIRO

128

11

20

25

30

MAIO

Confraternização universal

Dia de reisDia do fotógrafoNascimento de Oswald de Andrade(1890-1934)

Nascimento de Euclides da Cunha(1866-1909)Criação dos Correios e Telégrafos

Dia do carteiro

Dia da saudade

FEVEREIRO

16 Dia do repórter

27 Dia Nac ional do Livro Didático

MARÇO

3 Dia Naciona l do Tur ismo5  Nascimento de Villa-Lobos

( 1 8 8 7 - 1 9 5 9 )8 Dia Internacional da Mulher (1 85 7)

12 Dia do bibl iote cár io14 Nasc imento de Castro Alves

( 1 8 4 7 - 1 8 7 1 )Dia Nacional da Poesia

19 Dia do ma rceneiro e do carp inteiro

2 0 Início do Outono

2 6 Dia Internacion al do TeatroDia do circo

ABRIL2  Nascimento de Hans Christian Andersen

(1805-1875)Dia internacional do livro infantojuvenil

7 Dia Mund ial da Saúde14 Dia Pan-Americano18 Nascimen to de Monteiro Lobato

( 1 8 8 2 - 1 9 4 8 )

Dia Nacional do Livro Infant i l

19 Dia do (ndio2 1 Dia de Tiradentes

Fundação de Brasí l ia (1960)Dia do café

27 Dia da empregada domést ica

28 Dia da educação2 9 Dia Nacional da Mulhe r

1

5

8

18

21

25

JUNHO

l a 7

7

1

12

3

21

24

25

27

29

JULHO

Dia do trabalhoDia da comunidadeDia da Vitória (2 a  Guerra Mundial)Dia Internacional dos Museus

Dia da Língua NacionalDia da Indústr iaDia do trabalhador rural

Semana Naciona l do Meio AmbienteDia da ecologia

Dia Mundial do Meio ambiente

Dia da l iberdade da imprensa

Dia da raça

Dia dos namoradosDia de Santo  Antonio

Início do InvernoDia de São João

Dia do imigranteDia de Guimarães Rosa

Dia de São Pedro

Dia do Pescador

23

202528

AGOSTO

15

8

1011

1922

24

Dia do bombeiro

Dia de Artur Azevedo

Dia de Carlos GomesDia do amigo

Dia do escritor

Dia do agr icultor

Dia do selo

Dia Nacional da SaúdeDia de Osvaldo Cruz

Dia do Patr imônio Histór ico

e Cultural NacionalDia de Gonçalves Dias

Dia do EstudanteDia Nacional das Belas Artes

Dia Mundial da Fotografia

Dia do folclore(Decre to n° 56 .247, de 17 .08 .1965)

Dia dos Artistas

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SETEMBRO

1 a 7 Semana da PátriaDia da AmazôniaIndependência do BrasilDia da imprensaDia do deficiente visual

Semana da Comunidade(Decreto   n°6 0 . 0 8 1 ,

de 17 .01 .1967)Início da PrimaveraDia da árvoreSemana do trânsitoDia do a ncião (ou idoso)Dia Mundial do TurismoDia da Mãe Preta

57

1017

18 a 2 3

202 1

23 a 3 02 7

2 8

OUTUBRO4

57

1112

15

182 3

23 a  2 9

429

Dia do poeta

Dia das avesDia do compositorDia do deficiente físicoDia da criançaDescobrimento da AméricaDia de Nossa Senhora Aparecida- Padroeira do BrasilDia do Professor

Dia do médicoDia da aviação (Primeiro vooem avião por Santos Dumont,

no 14 Bis, 1906)Semana Nacional do Livro e da

Bibl ioteca (Decreto no. 61.427,

de 13 .10 .1967)Dia da ONU

Dia Nacional do Livro

NOVEMBRO

1245

12  a  18

1519222328

Dia de Todos os SantosDia de FinadosDia do inventorDia do cinema brasileiro

Dia da ciência e culturaSemana do Alei jadinhoProclamação da República

Dia da bandeiraDia da músicaDia Internacional do LivroDia Mundial de Ação de Graças

DEZEMBRO

1

28

10

243 1

Dia Mundial da Prevenção contra AIDS

Dia do ImigranteDia Nacional do SambaDia da famíl iaDia da Declaração Universal

dos Direitos do HomemDia de NatalDia de São Silvestre

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