bento xvi - visita a portugal
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Compilação de suas mensagensTRANSCRIPT
BentoXVI
Papa
em PORTUGALLisboa . Fátima . Porto
11 a 14 de Maio
2010
Os sofrimentos da Igreja vêm justamente do interior da Igreja, do pecado que existe na Igreja. Também isso sempre foi sabido, mas hoje vemo-lo de um modo realmente terrifi cante: que a maior perseguição da Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado na Igreja, e que a Igreja, portanto, tem uma profunda necessidade de reaprender a penitência, de aceitar a purifi cação, de aprender por um lado o perdão, mas também a necessidade de justiça. O perdão não substitui a justiça.
(Viagem Roma - Lisboa)
Situada na história, a Igreja está aberta a cola-borar com quem não marginaliza nem privatiza a essencial consideração do sentido humano da
vida. Não se trata de um confronto ético entre um sis-tema laico e um sistema religioso, mas de uma questão de sentido à qual se entrega a própria liberdade. O que divide é o valor dado à problemática do sentido e a sua implicação na vida pública.
LIS
BO
ANestes momentos, os homens precisam de quem traga uma mensagem de esperança à sua sede de justiça e de solidariedade.
(Aníbal Cavaco Silva)
Lisb
oa -
Bel
ém
LIS
BO
A
Esta Igreja local concluiu justamen-te que a prioridade pastoral hoje é fazer de cada mulher e homem cris-
tão uma presença irradiante da perspectiva evangélica no meio do mundo, na família, na cultura, na economia, na política.
Lisb
oa –
Ter
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Paç
o
Muitas vezes preocupamo-nos afanosamente com as consequências sociais, culturais e políticas da fé, dan-do por suposto que a fé existe, o que é cada vez menos
realista. Colocou-se uma confi ança talvez excessiva nas estru-turas e nos programas eclesiais, na distribuição de poderes e funções; mas que acontece se o sal se tornar insípido?
A maioria católica não tira o lugar a ninguém. (D. José Policarpo)
Queremos dizer-Vos, Santo Padre, que, em Por-tugal, a Vossa intenção cultural também é entendida e bem aceite por muitas personali-
dades das letras, das ciências e das artes, ainda além das fronteiras da confessionalidade estrita.
(D. Manuel Clemente)
Lisb
oa –
Cul
tura
Magnus es, domine, et laudabilis valde: magna virtus tua, et sapientiae merus.
Há toda uma aprendizagem a fazer quanto à forma de a Igreja estar no mundo, levando a sociedade a perceber que, proclamando a ver-dade, é um serviço que a Igreja presta à sociedade, abrindo horizon-tes novos de futuro, de grandeza e dignidade.
Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza.
LIS
BO
A
Senhora Nossa e Mãe de todos os homens e mulheres,aqui estou como um fi lho que vem visitar sua Mãe e o faz na companhia de uma multidão de irmãos e irmãs
FÁTI
MA
Permiti abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocu-pação de todo o cristão, nome-
adamente da pessoa consagrada e do ministro do Altar, há-de ser a fi delidade, a lealdade à própria vocação, como dis-cípulo que quer seguir o Senhor.
A história de Portugal transporta em si as marcas de grande fecundidade vocacional e de intenso dinamismo missionário
(D. António Francisco dos Santos)
Fáti
ma
– V
éspe
ras
No nosso tempo em que a fé, em vastas zonas da terra, corre o perigo de
apagar-se como uma chama que já não recebe alimento, a prioridade que
está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens
o acesso a Deus.
FÁTI
MA
Terç
o
É com imensa alegria e profunda emoção que, como bispo de Leiria-
Fátima, dou as boas vindas a tão ilustre e amado peregrino, o nosso
Papa Bento XVI .(D. António Marto)
Em Deus, estreito ao coração todos os seus fi lhos e fi lhas, espe-
cialmente quantos vivem atribulados ou abandonados, no desejo de comunicar-lhes aquela esperança grande que arde no meu coração e que, em Fátima, se faz encontrar mais sensivelmente. A nos-sa grande esperança lance raízes na vida de cada um de vós, amados peregrinos aqui presentes, e de quantos es-tão em comunhão connosco através dos meios de comu-nicação social.
Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída
Queridos doentes, acolhei este chamamento de Jesus que vai passar junto de vós no Santíssimo Sacramento e confi -ai-Lhe todas as contrariedades e penas que enfrentais para
se tornarem – segundo os seus desígnios – meio de redenção para o mundo inteiro.
Fáti
ma
– B
ênçã
o do
s do
ente
s
Past
orin
hos
No meio de tantas instituições sociais que servem o bem comum, próximas de populações ca-renciadas, contam-se as da Igreja Católica. Importa que seja clara a sua orientação de modo a assumirem uma identidade bem patente: na inspiração dos seus objectivos, na escolha dos seus recursos humanos, nos métodos de actuação, na qualidade dos seus serviços, na gestão séria e efi caz dos meios.
Aguardamos de Vossa Santidade uma Palavra profética, nesta hora carregada de apreensões, em que verifi camos: pobreza inumana, desemprego crescente,
domínio de gente sem uma rota espiritual. (D. Carlos Moreira Azevedo)
Fáti
ma
- Pa
stor
al S
ocia
l
Há necessidade de verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, sobretudo nos meios humanos onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo: políticos, intelectuais, profi ssionais da comunicação que professam e promovem uma proposta mono-cultural com menosprezo pela dimensão religiosa e contemplativa da vida. Em tais âmbitos, não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao se-cularismo, construtor de barreiras à inspiração cristã.
Desejamos caminhar para um novo estilo de vida, marcado pelo compromisso e pela paixão ao nosso país, a necessitar de uma urgente reevangelização, nunca esquecendo
a responsabilidade histórica de partir para outros continentes. (D. Jorge Ortiga)
FÁTI
MA
Bis
pos
de P
ortu
gal
Esta é a missão inadiável de cada comunidade eclesial: receber de Deus e oferecer ao mundo Cristo ressuscitado, para que todas as situações de defi nhamento e mor-te se transformem, pelo Espírito, em ocasiões de crescimento e vida.
Na Diocese do Porto – como em todas as Igrejas de Portugal – procuramos in-crementar e levar por diante a missão
evangelizadora, não como se fosse vocação específica de alguns, mas como realmente é, atribuição geral de todos e de cada um dos baptizados em Cristo, por isso mesmo profe-tas do seu Reino. (D. Manuel Clemente)
Nada impomos, mas sempre propomos
Temos de vencer a tentação de nos limitarmos ao que ainda temos, ou julgamos ter, de nosso e seguro: se-
ria morrer a prazo, enquanto presença de Igreja no mundo, que aliás só pode ser missionária, no movimento expansivo do Espírito.
POR
TO
O meu desejo é que a minha visita se torne incentivo para um renovado impulso espiritual
e apostólico
Para todos os portugueses, fi éis católicos ou não, aos homens e mulheres que aqui vivem, mesmo sem aqui terem nascido, vai a minha saudação na hora da despedida. Não cesse en-tre vós de crescer a concórdia, essencial para uma sólida coesão, caminho necessário para enfrentar com responsabilidade comum os desafi os com que vos debateis.
Port
o -
Des
pedi
da
FICHA TÉCNICAAutoria dos textos: Papa Bento XVI durante a visita a Portugal (11-14 de Maio);
autores das saudações ao Papa, indicados nos respectivos textos
Director: Paulo Rocha.
Chefe de Redacção: Octávio Carmo.
Editor de www.bentoxviportugal.pt: João Pinheiro de Almeida.
Redacção: Lígia Silveira, Luís Filipe Santos, Manuel Costa, Rui Martins, Sónia Neves.
Correspondentes: António Pinheiro (Roma).
Secretaria: Ana Gomes.
Colaboração: Ana Valente, Margarida Ataíde e Maria Fernanda Silva.
Grafi smo: Terra das Ideias
Fotografi a: Agência Lusa e Arlindo Homem/Agência Ecclesia
AGÊNCIA ECCLESIA: nº registo 109665;
Propriedade: Conferência Episcopal Portuguesa - Secretariado Nacional
das Comunicações Sociais da Igreja, Pessoa Colectiva nº 500966575.
Redacção e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D - 1885-076 MOSCAVIDE.
Tel.: 218855472; Fax: 218855473. [email protected]; www.agencia.ecclesia.pt;
Tiragem: 1500 exemplares
Ao deixar espaço português venho renovar-lhe minha deferente saudação e cordial gratidão pelo acolhimento fi dalgo que me reservou e pela solicitude do Governo em assegurar tranquila realização desta minha visita a Portugalcom ponto mais alto em Fátima onde pude ajoelhar aos pés de Nossa Senho-ra depondo no seu coração materno afl ições e esperanças da família humana inteira e de modo especial do dilecto povo português sobre cujo presente e futuro invoco a luz protectora de Deus com propiciadora benção apostólica.
(telegrama do Papa Bento xvi ao Presidente da República Portuguesa ao regressar ao Vaticano)
Bem hajam! Os meios de comunicação social permitiram-me chegar a mui-tas pessoas a quem não era possível contactar na proximidade. Também lhes estou muito grato.