bem vindos a nova sutherland

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SUTHERLAND Uma mãe desesperada ligou para as aut or idades comunicando o desaparecimento do filho... Após quase quarenta e oito horas de desassossego, a mulher fez contato com o departamento de pessoas desaparecidas da polícia, alegando que o celular do rapazola impertinentemente dava ocupado e quando se tentava ligar para o filho, ao invés das frases repetitivas comumente de caixas postais, o aparelho dizia que o celular estava temporariamente fora de área, o sinal oscilava devido à estática ou interferência... Poderia ser um trote, ou uma brincadeira de mal gosto de adolescentes. Afinal, hoje em dia os toques de telefones eram tão diferentes uns dos outros com a onda de rigtones e diabo a quatro, mas o rapaz desaparecido, não tinha o hábito de brincar com coisas sérias e nem o costume de passar as noites fora de casa. Marcos havia se prepar ado para um passeio com amigos, iria acampar, mas sua ida es tava marcada para o pr imeiro fi nal de semana após o término das aulas, haviam se passado quarenta e oito horas de desaparecimento e nenhum dos garotos davam notícias de seus paradeiros... Com a cidade as vésperas de um grande festejo, já não havia aula desde o início da semana, ainda era o quinto dia útil e seu filho havia desaparecido na companhia de outros meninos da escola.  _Talvez, tenham adiantado as datas e resolveram sair antes do final de semana...  _Meu filho não sairia sem deixar pelo menos um recado pendurado no ref rigerad or, é um costume comum nos comu ni carmos com freqüência! _Era tudo que a mãe dizia saber, no entanto, o rapazola não retornara para casa desde a noite anterior, quando saíra durante a madrugada num furgão em direção ao cais de Saint Germane, para providenciar iscas e artefatos para a viagem... Foi com ele uma ou duas amigas, os amigos Teddy e Madson colegas da mesma classe. Marcos usava somente uma jaqueta amarela e boné e saiu apressado, comendo algumas torradas... Um total de três a quatro garotos seguiram em um carro do tipo furg ão, entusi asmados, na direçã o do porto desaparecendo dentro da neblina na madrugada anterior... Estavam entusiasmados, era tudo que sabia...

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SUTHERLAND

Uma mãe desesperada ligou para as autoridades comunicando odesaparecimento do filho...

Após quase quarenta e oito horas de desassossego, a mulher fezcontato com o departamento de pessoas desaparecidas da polícia,alegando que o celular do rapazola impertinentemente dava ocupadoe quando se tentava ligar para o filho, ao invés das frases repetitivascomumente de caixas postais, o aparelho dizia que o celular estavatemporariamente fora de área, o sinal oscilava devido à estática ouinterferência...

Poderia ser um trote, ou uma brincadeira de mal gosto deadolescentes. Afinal, hoje em dia os toques de telefones eram tãodiferentes uns dos outros com a onda de rigtones e diabo a quatro,mas o rapaz desaparecido, não tinha o hábito de brincar com coisassérias e nem o costume de passar as noites fora de casa.

Marcos havia se preparado para um passeio com amigos, iriaacampar, mas sua ida estava marcada para o primeiro final desemana após o término das aulas, haviam se passado quarenta e oitohoras de desaparecimento e nenhum dos garotos davam notícias deseus paradeiros... Com a cidade as vésperas de um grande festejo, jánão havia aula desde o início da semana, ainda era o quinto dia útil e

seu filho havia desaparecido na companhia de outros meninos daescola. _Talvez, tenham adiantado as datas e resolveram sair antes do finalde semana... _Meu filho não sairia sem deixar pelo menos um recado pendurado norefrigerador, é um costume comum nos comunicarmos comfreqüência! _Era tudo que a mãe dizia saber, no entanto, o rapazolanão retornara para casa desde a noite anterior, quando saíra durantea madrugada num furgão em direção ao cais de Saint Germane, paraprovidenciar iscas e artefatos para a viagem... Foi com ele uma ouduas amigas, os amigos Teddy e Madson colegas da mesma classe.

Marcos usava somente uma jaqueta amarela e boné e saiuapressado, comendo algumas torradas...

Um total de três a quatro garotos seguiram em um carro do tipofurgão, entusiasmados, na direção do porto desaparecendo dentroda neblina na madrugada anterior... Estavam entusiasmados, eratudo que sabia...

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O detetive Di Pietra atendeu ao chamado da mulher. Anotou osnomes dos meninos, perguntou suas idades, quem estariadirigindo o furgão da senhora e se um entre eles erafichado, se tinha habilitação e todas as perguntasrotineiras... Perguntou se Marcos já havia sumido antes...

Marcos era curioso como qualquer adolescente apaixonado pornada... Filho de pais separados... Sabia pouco sobre tudo, mas oslivros proibidos e seus enigmas o fascinavam e muito,deliberadamente, vivia indagando perguntas sem pé nem cabeçadesde sofismas evangelhos e sobre profecias que não se cumpriram...A mãe comentou que recentemente flagrara o filho, aos cochichoscom uma amiga da escola.

Ariadne ou Debra, não sabia ao certo quem era do outro lado dalinha... Pois o filho desligou o telefone de imediato assim que a mãese pôs junto á porta. E aquela ação impressão suspeita de alguémescondendo algo de misterioso, intrigara a mulher, á ponto de selembrar que falavam sobre um despertar de algo incomum... Como secultuando a um ídolo de rock roll, ou algo que iria acontecer na noitede lua durante os festejos e comemoração da cidade de Sutherland.

Di Pietra perguntou-lhe sobre o paradeiro das possíveis amigas deMarcos e se ela teria um telefone de contato com os outros garotos.A mãe comentou aflita que já havia ligado para as outras casas, masque ninguém atendia suas ligações...

Aquilo era um grande enigma.As outras famílias não haviam se manifestado até então.Di Pietra ao mesmo tempo em que pedia para seu auxiliar entrar emcontato com os números listados pela mulher, pedia a gentileza deaveriguar o quarto do jovem...

A senhora providenciou a entrada do detetive no quarto de Marcos,encontraram lá uma agenda rabiscada, fotos dos amigos de marcos einclusive o endereço eletrônico de Debra Reis...

Acreditava na teoria de alguns pensadores que defendiam a tese darealidade alternativa... E de que pessoas, animais e vegetais serepetiam em miríades sem a necessidade da reencarnação, pois tudoem si convivia num espaço temporal de passado, futuro e presenteaté o despertar do consciente, numa suposição de corpos simpáticos,retornando do além incorporando e reciclando vida. Usava uma fraserepetitiva de que a vida só se vivia uma vez e logicamente explicavaque o retorno de um espírito resumia num novo corpo, oureceptáculo... Teimava em dirimir que reencarnação não era apalavra significativa que explicava os mistérios da morte. Mas, que

todas as coisas se repetiam no mesmo plano até concluir oconhecimento necessário e verdadeiro, era como moldar umdiamante desde o principio, a libertação só viria com a

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transcendência espiritual...

Desta forma a idéia da reencarnação era nula e sem propósito, apartir do conceito de que o passado, futuro e presente aconteciam aomesmo tempo e percurso, dentro de um padrão temporal, num

mesmo plano existencial.

Certo dia, Marcos, soube da operação limpeza da escola marítima eque o galeão abalroado ancorado no cais, havia sido palco deexperiências macabras do governo, sob a direção de um grupo decientistas, há muitos anos e após o término das aulas, decidiu aceitara proposta do treinador técnico...

O treinador comentou que precisava formar equipes para adedetização do galeão, galpões e prédios do porto abandonado e queestavam pagando uma grana extra pelo trabalho. 

Ratos e outros insetos estavam se proliferando na região e a escoladecidiu após muitas prerrogativas, permitir que os alunos formassemequipes de avaliação e se direcionassem para o local.A idéia resumia-se num simples relatório de cada equipe de alunossobre a situação precária do local e que somado a requerimentosformais seriam por sua vez direcionados aos órgãos públicos a fim dese conseguir uma atitude de liberação do lixo e entulho do local.

Nenhum dos alunos deveria subir a bordo do navio, nem sedesvencilhar dos demais, um total de quinze alunos foram osescolhidos para a missão de exploração.

O técnico Arnold Schultz reuniu os grupos com o maior número depessoas e alunos que pôde e naquela madrugada seguiu logo cedocom a caravana de ação limpeza.

Marcos era conhecido pelo pessoal como o cara mais chato da turma,não era muito popular e nem de se misturar com os outros da suamesma classe ou idade. Era pacato e tímido com as garotas, mas

nem por isto, o fato de usar aquelas falas o tornaria um assíduomembro intelectual do ginásio ou do grupo estipulado pelo treinadortécnico.

Seus poucos amigos não o levavam muito a sério... Praticamente oevitavam e talvez por isto, ele, forçado pelo técnico de equipe a seidentificar com os outros alunos, optou em participar da campanha delimpeza estipulada.

O treinador decidido a reunir os alunos problemáticos,

terminantemente estava disposto a acabar com as diferenças entreeles, fazia bicos nas empreiteiras e providenciou o transportereunindo os alunos, argumentando que aquilo era parte de um

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programa de exploração e que além de pontos ainda dava paraganhar uns trocados...

Dentro do furgão criticavam suas observações e achavam seusargumentos um tanto ridículos e fálicos... Eram tidos como recrutas

num programa de reavaliação e devido as suas falhas e boletinsextravagantes se dispuseram a participar do evento.