bem estar seja sincero 01-04-12
TRANSCRIPT
Editorial
A verdade a qualquer preço ou há situações em que elapode ser adaptada ou omitida por um “bem maior”? Oassunto é tema de reportagem nas páginas 4 e 5, “O Jogoda Verdade”. Essa é uma questão mais complexa do queparece. Porque é claro que a verdade deve prevalecer nasrelações (e essa prevalência é defendida por todos osespecialistas ouvidos pela revista Bem-Estar). Mas seráque todo mundo está preparado para encará-la ouprofessá-la sem prejuízo da própria reputação ou dareputação do outro? A psicóloga Ingrid Bergamo recomendaser sincero “com doçura”. Talvez seja esse o caminho.
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Resorts para praticantes de surfe emdestinos na Ásia, África e América doSul oferecem conforto e boa comida
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Débora Falabella fala da preparaçãode dois anos para viver a protagonistaNina, na novela “Avenida Brasil”
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Fisioterapeuta elenca os benefícios daatividade física regular, mas tambémchama atenção para a importância defazer consulta prévia com especialistas
Poesia
O SOLDADOR DE PALAVRAS
fazer poemas é soldar palavras
fundir o signo - literal sentido -
do verbo frio, transformando em chama
aceso verso, pensado e medido
sob a moldura da expressão intensa
fingem palavras um som mais fingido
além, no ocaso, da sintaxe extrema
fuga do verbo não mais definido
criado o texto, com ideia e tinta
forma e figura em linguagem extinta
quebrando regras de comuns fonemas
a ideia é fogo. Fogo... o verbo aquece
a tinta é solda que remenda e tece
versos, metáforas... por fim, poemas
Majela Colares
COMPORTAMENTOEspecialistas alertam paraa importância de dizera verdade para a “saúde”das relações sociaisPáginas 4 e 5
EDUCAÇÃOFundação criada pela atriznorte-americana Goldie Hawnestimula a busca dafelicidade pelas criançasPáginas 6 e 7
ESPIRITUALIDADEAnjos existem e estão nomeio de nós. Saiba comoinvocar e ser protegido porestes seres celestiaisPáginas 8 e 9
INFÂNCIACrianças tímidas demaisprecisam da confiança docompanheirismo e confiança dospais para vencer o bloqueioPáginas 10 e 11
Agência O Globo/Divulgação
Luiza Dantas/Divulgação
Turismo
Hamilton Pavam
Televisão
FACES DAVERDADE
Paulo HadadDIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefeFabrício [email protected]
Editora-executivaRita Magalhã[email protected]
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2 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
PROTEÇÃO ESPECIALEsoterismo
José Trigueirinho Netto
A qualidade do que nos acontece
depende da profundidade em que esta-
mos vivendo conscientemente cada
instante. Por isso, quem colabora para
a evolução e não se limita aos níveis
densos da existência entra numa esfe-
ra de proteção especial, passa a estar
sob a jurisdição de aspectos mais vas-
tos das leis universais.
Quando essas leis são vistas ape-
nas em seus aspectos naturais, tudo o
que é levado em conta se confina aos
limites da matéria e, assim, quem as
segue permanece circunscrito a possi-
bilidades estreitas.
À medida que a vida e a consciên-
cia do ser humano começam a expan-
dir-se e a tomar rumos mais abrangen-
tes, ele passa a estar regido por outros
aspectos das leis: os que têm caracterís-
ticas de planos mais amplos. Ocorre en-
tão o que é chamado de “milagre”.
Milagre é a palavra com que costu-
mamos denominar um acontecimen-
to para nós extraordinário, mas que,
no entanto, é normal e comum para a
consciência supramental. Torna-se
possível quando estão em vigor os as-
pectos mais imateriais das leis univer-
sais, em geral desconhecidos de quem
se limita à vida humana e natural, con-
dicionando-se demasiadamente.
Na proteção especial que passa-
mos a ter quando nos pautamos por as-
pectos superiores das leis universais, a
realidade dos acidentes apresenta-se
bem diferente para nós. Do ponto de
vista energético, os acidentes são o re-
sultado de vibrações de desarmonia e
desordem em algum nível da cons-
ciência. Nos lugares onde a harmonia
e a ordem são cultivadas, eles são ra-
ros ou inexpressivos.
Os estados de pessimismo e de de-
pressão, que resultam de o homem ter-
se distanciado do centro da própria
consciência, abrem a possibilidade de
lhe acontecerem acidentes. O medo
de sofrê-los também é caminho certo
para passar por eles.
Quando, porém, a mente está dire-
cionada para o lado positivo da vida, re-
mota é a possibilidade de acontecer aci-
dentes no plano físico ou em outros.
É a falta de contato com a energia
vital interna que permite instalarem-
se desarmonias físicas ou psíquicas
em uma pessoa. Muitas podem ser as
razões que no mundo exterior levam
alguém a desvitalizar-se, mas nenhu-
ma delas atuaria sem esta causa pri-
mordial: a falta de conexão do eu
consciente com o mundo interior.
Ter presente que se está em uma esfe-
ra benigna impossibilita o estabeleci-
mento do caos.
Quem está buscando evoluir neces-
sita saber que, ao cuidar em demasia
das coisas do plano físico, permanece
no terreno dos aspectos inferiores das
leis universais, os aspectos meramen-
te naturais, e se torna mais receptivo à
desarmonia. Assim, não deveria estar
prevenindo-se contra acidentes de mo-
do obsessivo.
Não querer usufruir demais a vida
e suas coisas, mas sim doar-se sem res-
trição é o que se propõe nesta nova era
da Terra. Essa é a forma de ingressar
na aura de proteção especial. �
ServiçoExtraído do boletim “Sinais de Figueira”(Irdin Editora), de Trigueirinho(www.trigueirinho.org.br). Palestras do autorpoderão ser ouvidas, gratuitamente, no sitewww.irdin.org.br, ou no grupo de estudos, quese reúne às quartas-feiras, às 20 horas, narua Porfírio Pimentel, 55, Bom Jesus (2ªtravessa acima da Av. Andaló com a ruaMarechal Deodoro). Mais informações:[email protected]
Quando a mente está direcionada para o lado positivo da vida, remota
é a chance de acontecer acidentes no plano físico ou em outros
JoséTrigueirinhoNettoé filósofoespiritualista, autor de 77 livros,comcerca de2,5 milhõesdeexemplarespublicados atéomomento, e maisde1,7 milpalestrasgravadas ao vivo
Quem é
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 3
Asinceridadedeve ser sempre privilegiada
nas relações interpessoais. Cabe avocê
ter sensibilidadesuficiente para saber
comotransmiti-la comrespeitoedoçura
quandoasituação exigir
Gisele [email protected]
O dicionário Aurélio a traduz de
várias formas: “conformidade com o
real, exatidão, realidade, franqueza,
sinceridade, coisa verdadeira ou cer-
ta”. E os filósofos, desde a Antiguida-
de, se atêm a esta questão que per-
meia o pensamento humano desde o
início dos tempos... a verdade.
A definição mais antiga divulga-
da vem do filósofo grego Aristóteles
(384 a.C. - 322 a.C.): “Negar aquilo
que é, e afirmar aquilo que não é, é
falso, enquanto afirmar o que é e ne-
gar o que não é, é verdade”. Para
Platão (428 a C.-340 a.C), “verdadei-
ro é o discurso que diz as coisas co-
mo são; falso aquele que as diz como
não são”. É a partir daí que começou
a se formar a problemática em torno
da verdade. Para o alemão Nietzsche
(1844-1900), a verdade é um ponto
de vista. Ele não define nem aceita
traduções da verdade, porque diz
que não se pode alcançar uma certe-
za sobre isso.
Certo é que aprendemos na infân-
cia que mentir é incorreto, imoral,
pecaminoso e passível de punição. É
fato comum observar em vários mo-
Comportamento
Jogo da verdade
4 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
mentos da vida pessoas que trans-
mitem tais verdades se contradize-
rem e, quando flagradas mentindo,
tendem a justificar o ato com outra
mentira: a de que uma mentira ino-
cente ou para o bem não é pecado.
“Nenhuma mentira é inocente e ne-
nhum bem necessita de mentiras”,
diz a psicóloga Mara Lúcia Madu-
reira, especialista em terapia cogni-
tivo comportamental. Mentiras
que parecem inofensivas são verda-
des adulteradas e constituem erros.
Trata-se de um afastamento do que
é justo e correto, de uma desigual-
dade com o original que, cedo ou
tarde, produzirá danos: quer seja a
perda da credibilidade e outros pre-
juízos morais e sociais ou angústia,
medo, preocupações, culpa e tantas
outras formas de sofrimento, inclu-
sive físicos.
“Quem mente, mente para al-
guém ou para si mesmo, distorce os
fatos e causa danos”, explica Mara.
O problema é que a imensa maioria
das pessoas não está preparada para
rejeitar a mentira, encarar a realida-
de e professar apenas verdades. “É
preciso dizer a verdade apenas a
quem está disposto a ouvi-la”, já di-
zia outro filósofo, o romano Sêneca
(4 a.C – 65 d.C.). Em muitas oca-
siões, a realidade é tão insuportável
que preferimos negar todas as evi-
dências, enganar os sentidos e cons-
truir uma fantasia para tentar dri-
blar a dor, no intuito de preservar
nosso funcionamento psíquico ou
a imagem idealizada que tentamos
transmitir publicamente.
Por maior que seja o esforço pa-
ra viver uma vida de absoluta ho-
nestidade, bem poucos alcançam es-
sa condição. A verdade, em muitas
circunstâncias, significa expor nos-
sos erros, nossa desonestidade, nos-
sas más intenções. Dizer a verdade
sobre o que nos constrange, em es-
pecial àqueles que percebemos co-
mo adversários, é quase um desafio
espiritual, exige um grau de humil-
dade só visto nos avatares. Dizer
sempre a verdade sem prejudicar a
própria reputação, outras pessoas e
as relações interpessoais, ressalta
Mara, só é possível para pessoas dis-
postas a enxergar exclusivamente o
bem, inclusive nas más ações huma-
nas, com elevadíssimas habilidades
sociais, capazes de calar mais do
que falar, e portadoras de uma fé
inestimável.
“Quando falamos sobre verda-
des, estamos falando sobre as verda-
des que cada pessoa tem dentro de
si. Cada um de nós tem, em seu de-
senvolvimento, uma teia de in-
fluências que envolve aspectos edu-
cacionais, culturais, sociais e até cli-
máticos. Dentro desse conjunto de
fatores, construímos nossa visão de
mundo e passamos a compreender
alguns conceitos adquiridos nesse
processo como verdades”, diz Ale-
xandre Caprio, psicólogo cognitivo
comportamental.
Mesmo levando em conta a indi-
vidualidade de cada um, podemos
escolher dizer nossas verdades ou
nossas mentiras, ressalta ele. Se o
indivíduo apresenta dificuldades
em interagir na esfera familiar, pro-
fissional ou social, a mentira pode
ser um meio de obter ganho ou alí-
vio. Podemos mentir para um men-
digo, dizendo que não temos troco,
quando na verdade temos. As cir-
cunstâncias muitas vezes determi-
nam isso. Trânsito, falta de tempo
e até paciência para explicar uma
ideologia (de não dar esmolas) nos
fazem recorrer a essas pequenas
mentiras.
“Dizer a um amigo ou parente
que sua doença não é tão ruim
quanto parece pode ser uma forma
de dar conforto e alívio a quem se
ama”, diz Alexandre. Algumas
mentiras não são fundamentadas
em falha de caráter ou ausência de
valor moral. São contadas com a in-
tenção de fazer bem. No entanto,
mesmo essas mentiras magoam
quando descobertas, porque des-
troem a confiança que uma pessoa
tem em outra.
Caprio observa que existem
também as mentiras praticadas
com o objetivo de obter ganhos pes-
soais. Trair o cônjuge (para obter
prazer) demonstra baixa assertivi-
dade para conduzir uma relação, in-
cluindo tabus e desejos sexuais. En-
ganar sócios ou membros de uma
equipe organizacional (para obter
lucros ilícitos) pode evidenciar fa-
lhas de caráter e até mesmo alguns
transtornos mentais, como trans-
torno de conduta e psicopatia. Di-
zer que não poderá pertencer a um
trabalho ou iniciativa social por fal-
ta de tempo (quando na verdade é
mero desinteresse) pode revelar
uma dificuldade em expressar ou
equalizar interesses pessoais e so-
ciais. Pessoas com baixa autoesti-
ma têm grande dificuldade em di-
zer não. Por conseguinte, men-
tem dizendo ter compromissos di-
versos quando recebem algum
convite ou cargo dentro de um
grupo. Inventam mil histórias
que, cedo ou tarde, caem por ter-
ra. São vistas em outros lugares fa-
zendo coisas diferentes das que ti-
nham dito que fariam.
Pessoas que mentem se esque-
cem do que disseram depois de al-
gum tempo. Isso acontece porque a
mentira foi inventada para resolver
uma situação momentânea. Por
não pertencer ao quadro de aconte-
cimentos reais da vida do mentiro-
so (por não estarem gravadas na me-
mória) tornam-se voláteis e furti-
vas. “Com o tempo, o mentiroso po-
de se esquecer de detalhes, alterá-
los e deturpá-los, levantando sus-
peitas de pessoas que ouviram as
outras versões”, explica Caprio.
A pessoa que mente com
frequência torna-se uma carta
marcada na sociedade. É tido co-
mo perigosa e pouco confiável.
Com o tempo, é estigmatizada e
deixada de lado, não sendo mais
chamada para participar de gru-
pos de trabalhos ou iniciativas so-
ciais. Passa a receber poucas
chances de destaque profissio-
nal, entrando em declínio emo-
cional devido ao isolamento.
Abandonar o hábito de mentir re-
quer uma revisão de nossa forma
de pensar e de se comportar.
“Nas relações, nem sempre ser
honesto, falar a verdade é suportá-
vel para algumas pessoas, pois
nem sempre todas aguentam ou-
vi-la”, diz a psicóloga Ingrid Ber-
gamo. Então, o que fazer? Dizer
a verdade com jeito, garante ela,
com doçura, com respeito. Dizer
a verdade sobre as coisas é uma
situação, dizer a verdade sobre as
pessoas é outra. A melhor forma
é usar a doçura e não a sincerida-
de brutal, que separa, magoa, de-
tona, mata a sensibilidade de al-
guém. “Portanto, seja sincero
com doçura para que sua verdade
não o separe de quem ama. Os an-
tigos diziam: quando for jogar a
lança da verdade, coloque mel na
ponta”, explica. �
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 5
Bem-Estar
entrevistadiretor da
FundançãoHawn,
quedesenvolveu o
programaMindUP,
umconjunto de
ferramentassociais
eemocionais que
preparacrianças
paraumavida
mais inteligente,
saudável e feliz
Gisele [email protected]
Quando criança, aos 10
anos de idade, perguntaram à
atriz e produtora de cinema
norte-americana Goldie Hawn
o que ela queria ser quando
crescesse. “Quero ser feliz”, res-
pondeu, e completou dizendo
que os adultos a olhavam estar-
recidos, como se ela não tivesse
entendido a pergunta, questio-
naram-na novamente, e ela con-
tinuava a responder: “Quero
ser feliz!”. Goldie, em uma en-
trevista, explicou que naquele
momento a vida para ela era
muito divertida e não conse-
guia imaginar uma profissão
que pudesse lhe proporcionar a
mesma sensação de felicidade,
de explosão e de exuberância
que a vida lhe dava. A atriz,
vencedora de Oscar e autora de
vários livros, não poupou esfor-
ços para atingir esse estado. E
garante que conseguiu.
Em 2003, ela criou a Funda-
ção Hawn, cuja missão é dotar
crianças com as ferramentas so-
ciais e emocionais de que preci-
sam para encarar os desafios do
mundo moderno, a fim de leva-
rem uma vida mais inteligente,
saudável e feliz. Trabalhando
com líderes neurocientistas,
educadores e pesquisadores, a
Fundação Hawn desenvolveu o
programa MindUP, aplicado
em escolas com alunos entre 3 e
14 anos. Trata-se de um conjunto
de habilidades e estratégias so-
ciais, emocionais e de
autorregulação da atenção basea-
do em evidências, desenvolvido
para o cultivo do bem-estar, do
equilíbrio emocional e da
resiliência. Entre as diversas habi-
lidades ensinadas aos alunos pelo
MindUP, a habilidade de manter
o foco de atenção e o monitora-
mento não reativo da experiência
vivida a cada instante de maneira
imparcial apresentam um grande
potencial para causar impacto po-
sitivo a longo prazo na função ce-
rebral e nos comportamentos so-
cial e emocional.
Sobre o trabalho desenvolvi-
do pela Hawn Foundation e o
método MindUP, Marc Meyer,
diretor de Programas Educati-
vos e Iniciativas da The Hawn
Foundation, falou com exclusi-
vidade à revista Bem-Estar.
Revista Bem-Estar - Quan-do e porque se iniciou a preo-cupação em tornar as crian-ças mais felizes?
Marc Meyer - O trabalho da
Fundação Hawn encontra raí-
zes firmes na visão de Goldie
Hawn. Enquanto ela observava
os ataques de 11 de setembro,
sabia que isso ia traumatizar as
mentes sensíveis das crianças.
Foi aí que ela concebeu a Fun-
dação Hawn, para ajudar as
crianças a se prover de habilida-
des sociais e emocionais para
percorrer os desafios do mun-
do contemporâneo. Muitas pes-
soas boas e apaixonadas têm tra-
balhado incansavelmente comi-
go para tornar isso uma realida-
de. Por meio de leituras e estu-
dos extensivos, Goldie desco-
briu que o panorama da mente
é um lugar infinitamente fasci-
nante. Os pesquisadores e os
cientistas não estavam apenas
nos dando provas indiscutíveis
de que o cérebro humano é um
ser vivo e um órgão em cresci-
mento. Suas descobertas tam-
bém deram origem à noção de
que podemos optar por mudar
a maneira como interagimos
com o mundo, começando com
a mente para nos dar o melhor
da vida. A investigação mos-
trou que quando nós ou nossos
filhos estamos estressados, an-
siosos, entediados ou infelizes,
somos muito menos capazes de
lidar com os problemas e rece-
ber novas informações. Se esta-
mos felizes, descontraídos e
curiosos, o nosso cérebro se
abre como uma flor, e isso não
só nos ajuda a memorizar e pro-
cessar as informações de forma
adequada, mas também nos
proporciona a capacidade de li-
dar com o estresse.
Bem-Estar - O senhor acre-dita que a felicidade pode seradquirida?
Meyer - É mais do que uma
crença. Os neurocientistas di-
zem que cerca de 50% da felici-
dade é herdada, deixando os ou-
tros 50% sob o nosso controle.
Isso é algo que podemos ajudar
a cultivar ativamente, não im-
porta se estamos sozinhos ou
com outras pessoas. Teorias
contemporâneas sobre a espe-
rança e o otimismo oferecem
duas explicações para a forma
como as expectativas positivas
podem moldar o comportamen-
to humano e promover o bem-
estar e a felicidade. Sonja Lyu-
bomirsky, professora de psico-
logia da Universidade da
Califórnia, descobriu que se
uma pessoa infeliz quiser expe-
rimentar a alegria, ela poderá
fazê-lo simplesmente aprenden-
do os hábitos das pessoas feli-
zes. A pesquisadora Barbara
Friedrickson, em “Positivida-
de: Descubra a Força das Emo-
ções Positivas, Supere a Negati-
Educação
A FELICIDADECOMEÇA NAINFÂNCIA
Goldie Hawn, idealizadora da fundação que desenvolveu oprograma MindUP. Na infância, quando a perguntaram oque queria ser quando crescesse, respondeu: “Ser feliz”
6 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
vidade e Viva Plenamente”
(2009), descobriu que, quando
nos sentimos bem, nós nos de-
sabrochamos. Nós nos move-
mos em uma espiral ascenden-
te de felicidade. Nos tornamos
mais ligados às pessoas a nossa
volta e mais engajados e satisfei-
tos com nossas vidas.
Bem-Estar - Quanto isso égenético e quanto pode sertrabalhado?
Meyer - A felicidade provo-
ca alterações bioquímicas no cé-
rebro, que por sua vez têm efei-
tos profundamente positivos
na fisiologia do corpo. Vários
neurotransmissores (substân-
cias químicas que controlam a
sinalização no sistema nervoso
central e afetam o nosso humor
em geral) são fundamentais pa-
ra promover a química do cére-
bro ideal: quando o cérebro
produz serotonina, a tensão é
aliviada. Quando se produz a
dopamina ou norepinefrina, as
pessoas ficam mais alertas e ca-
pazes de pensar e agir mais rapi-
damente. Os cientistas desco-
briram que alguns alimentos in-
fluenciam a produção no cére-
bro desses neurotransmissores.
Os carboidratos complexos con-
tribuem para um aumento dos
níveis de serotonina e os ali-
mentos ricos em proteínas pro-
movem a produção de dopami-
na e norepinefrina. O Currícu-
lo MindUP também usa estraté-
gias baseadas em evidências en-
raizadas na psicologia positiva
para aumentar a felicidade, en-
quanto incentiva as atitudes e
os comportamentos sociais po-
sitivos. A psicologia positiva in-
clui três componentes: as expe-
riências positivas psicológicas,
traços psicológicos positivos e
instituições positivas. Os bene-
fícios de emoções positivas
abrangem domínios físicos, so-
ciais e intelectuais. A pesquisa
mostrou que os indivíduos po-
dem implementar estratégias
para aumentar com sucesso a fe-
licidade e o bem-estar. Por
exemplo, uma lição de Min-
dUP envolve visualizar e apre-
ciar uma memória feliz. A pes-
quisa mostrou que este tipo de
atividade induz e estende as ex-
periências emocionais prazero-
sas e, consequentemente, me-
lhora a aprendizagem.
Bem-Estar - Como são os
programas desenvolvidos pelafundação para ensinar as crian-ças a se tornar mais felizes?
Meyer - Nossos programas
MindUP foram inicialmente de-
senvolvidos por uma equipe de
professores, educadores, psicólo-
gos, neurocientistas e outros espe-
cialistas e, em seguida, testados
em escolas e outros locais. Ao lon-
go de um período de sete anos, fo-
ram feitas algumas mudanças ba-
seadas nas recomendações daque-
les que utilizavam o programa
em sala de aula e, como resultado,
na base de pesquisa do nosso pro-
grama, em 2010, fizemos uma par-
ceria com a editora Scholastic
Inc. para conosco criar as edições
atuais do Currículo MindUP.
Bem-Estar - Entendemosque o programa oferece àscrianças as ferramentas emo-cionais e cognitivas para aju-dar a gerir as emoções e com-portamentos, reduzir o estres-se, melhorar a concentraçãoe aumentar o otimismo. Quaissão essas ferramentas? Queatividades permitem às crian-ças atingir esse resultado?
Meyer - O centro da prática
da “atenção focalizada/respiração
consciente” permite que o centro
emocional do cérebro (sistema
límbico) se acalme para que o
córtex pré-frontal possa fazer o
seu trabalho. Além disso, o pensa-
mento positivo e as emoções para
a resiliência e o otimismos contri-
buem para o fortalecimento do
coeficiente da felicidade de uma
criança.
Bem-Estar - Onde e comoele é aplicado? É indicado paracrianças de que faixa etária?
Meyer - O currículo, dividido
em três volumes adequados ao de-
senvolvimento, foi produzido para
crianças entre 3 e 4 anos até aos 14
anosdeidade.Todososvolumesfo-
ram testados em vários ambientes
ao longo dos últimos oito anos.
Nós temos usado MindUP em es-
colas, organizações de serviços de
juventude e até nos centros pediá-
tricos em hospitais. A Fundação
Hawn está atualmente desenvol-
vendoum currículo paraalunos do
ensino médio e uma versão para
ser usada em casa pelos pais ou res-
ponsáveis por crianças.
Bem-Estar - O que é traba-lhado na criança para que elase torne mais feliz?
Meyer – Por meio do progra-
ma MindUP, as crianças apren-
dem as “habilidades” de otimis-
mo e resiliência, o que leva à feli-
cidade. Elas aprendem que po-
dem controlar a fisiologia e as
reações químicas de seu cére-
bro, especialmente quanto à pro-
dução e liberação de neurotrans-
missores positivos, tais como a
dopamina e a serotonina. Eu vi
crianças de quatro e cinco anos
de idade falarem em “domar as
amígdalas” e produzir serotoni-
na para ajudá-las a se acalmar. É
muito impressionante.
Bem-Estar - Os resultadosotidos até agora pelo métodotêm sido positivos?
Meyer - Nenhum programa
pode gabar-se de alcançar um ín-
dice de resposta 100% positiva,
mas, até a data, estudos têm sido
realizados para avaliar a eficácia
do programa MindUP pelo Dr.
Kimberly Schonert-Reichl e seus
colegas da Universidade de Bri-
tish Columbia, que mostram re-
sultados muito positivos. No pri-
meiro destes estudos, os resulta-
dos revelaram que as crianças que
participaram do nosso programa
mostraram um aumento significa-
tivo no otimismo e na capacidade
de aprimoramento do comporta-
mento social de acordo com a ava-
liação dos professores.
Bem-Estar - Em quantotempo os resultados come-çam a aparecer?
Meyer - O programa deve ser
implementado com fidelidade ao
longo de um período de várias se-
manas (nada menos que 15 sema-
nas, com uma média de 30 minu-
tosporsemana),porém,algunspro-
fessores relatam mudanças signifi-
cativas e positivas na cultura da sa-
la de aula e no comportamento de-
pois de duas ou três semanas.
Bem-Estar - O que é feitopara reter esses conhecimen-tos que foram aprendidos du-rante as aulas?
Meyer - Criamos o programa
de modo que os conceitos, princí-
piosehabilidades incorporadasem
cada uma das 15 lições possam ser
facilmente integradas nos currícu-
los padrões dos professores.
Bem-Estar - Esses progra-mas podem ser aplicados emqualquer lugar do mundo?
Meyer - MindUp é um pro-
grama universal. Já treinamos
professores nos Estados Unidos,
no Reino Unido, Canadá, na Aus-
trália e Venezuela. As lições de
MindUP e sua prática central da
“atenção focalizada/respiração
consciente” não são culturalmen-
te específicos e são acessíveis a
qualquer pessoa. �
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gaçã
o DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 7
Criaturas celestiais dotadas
apenas de bondade, os anjos
têm como missão principal
a proteçãoJéssica [email protected]
Eles estão o tempo todo ao nosso lado, nos protegendo. Al-
guns dizem que eles têm asas, auréolas em volta da cabeça.
São conhecidos também como mensageiros de Deus. São os
anjos, criaturas celestiais, puramente espirituais e imortais,
sem egoísmo e que estão em uma frequência mais elevada que
a nossa.
Na Bíblia, há diversas citações que falam dos anjos. Em
Gênesis, por exemplo, os anjos mudam o rumo da vida de Ja-
cob. Em Jó, Jesus conversa com Natanael. Muitas pessoas
acreditam no poder de proteção desses seres iluminados.
Segundo a sensitiva Márcia Fernandes, de São Paulo, os
anjos realmente existem. Márcia, que também é kardecista e
faz psicografia, conta que os anjos nunca viveram na Terra e
todas as pessoas têm um anjo da guarda, que as acompanha
desde o nascimento. É possível conhecer o anjo da guarda pe-
la data do nascimento, por meio da cabala hebraica e judaica.
“Eles são onipresentes. Um anjo pode cuidar de 11 pessoas ao
mesmo tempo e não suportam tristeza”, explica.
A sensitiva diz que os anjos não sabem o que é maldade.
Existem três hierarquias: os anjos pertencem à terceira esfe-
ra. Segundo essa hierarquia, organizada por São Tomás de
Aquino (1225-1274), eles são os mais distantes de Deus e os
mais próximos do homem, dessa forma, têm a função de pro-
teger as pessoas de todos os males. “Mais do que proteção,
eles têm a função de trazer alegria, bem-estar, ser nosso ami-
go. Aquele que nos livra das energias negativas, que são mui-
tas. Eles estão mais próximos de Deus, vêm à Terra e nos aju-
dam perante Deus. São nossa ponte com Deus, com o divi-
no”, explica.
A cabala desenvolveu um estudo numerológico a partir do
alfabeto hebraico e do nome de Deus. O estudo desvendou os
nomes dos 72 anjos. Eles se reúnem em nove categorias. Cada
uma é liderada por um príncipe que governa oito anjos. Os 72
anjos influenciam muito a vida das pessoas. Para cada aspecto
da vida na Terra existe um anjo relacionado.
Dessa forma, cada pessoa é reflexo de uma combinação
desses 72 aspectos. E cada anjo cabalístico tem um salmo espe-
cífico. A sensitiva diz que eles fazem milagres o tempo todo,
mas em cinco dias específicos do ano. Esses 72 anjos estão jun-
tos na Terra nos dias 5 de janeiro, 19 de março, 31 de maio, 12
de agosto e 24 de outubro. “São dias de pedir milagre. Muitas
pessoas alcançam milagres nesses dias”, diz Márcia.
Embora nem todas as pessoas possam vê-los, é possível
sentir a presença dos anjos. “Muita gente vê anjo, principal-
mente criança, porque não tem medo. Normalmente, você
sente um calor no meio das costas: são os anjos que estão se
aproximando”, afirma.
Márcia lembra que é muito importante orar, pedir prote-
ção diariamente, antes mesmo de colocar os pés no chão pela
manhã. “Eles vão estar lá de qualquer maneira, mas é impor-
tante chamar. A comunicação com os anjos é telepática, por
meio de oração, pensamento. Precisamos chamá-los, invocá-
los em voz alta sempre”, recomenda.
Espiritualidade
Livrai-nos de todo o mal
Da guarda - Todos têm um anjo da guarda,além de proteger, ele guarda os grandesobjetivos e aspirações que estabelecemos paranós mesmos. A intuição é muitas vezesatribuídas à intercessão do anjo da guarda
Mensageiro - Em momentos de dificuldade,por exemplo, uma distração repentina podetrazer clareza de pensamento, revelando aresposta a um complicado problema. Essadistração pode ser a ação do anjo mensageiro
Da felicidade e prosperidade - Traz leveza eperspectiva às situações que parece sercomplicadas. Também ajuda a eliminarpreocupações
Guia espiritual - Desperta novos interessesespirituais. Estimula curiosidades que podemtrazer mudanças para a vida pessoal, social ouprofissional de uma pessoa
Copiloto - Assumiria o que as pessoas nãoconseguem fazer. São como secretários quetrabalham enquanto a pessoa precisa se afastarde uma parte de sua vida
Do amor - Chamado de cupido, esse anjonão teria a função limitada a viabilizarrelacionamentos. São responsáveis peloestímulo do carinho e respeito entre as pessoasno cotidiano
Curador - Quando a pessoa adoece, o anjocurador entra em ação para que enfermidadesnão comprometam a saúde de um espíritosaudável e vice-versa
Salvador - Entra em ação quando aspessoas correm risco de ferimentos físicos.Pode interceder estimulando a manifestação depessoas próximas de quem precisa de ajuda,para alertar dos perigos
Da coincidência - Possibilita encontros queparecem perfeitos para ser frutos apenas doacaso
Incentivador - Auxilia as pessoas natomada de decisões que, na verdade, elas jásabem que são corretas, mas por algum motivonão conseguem se decidir
Tipos de anjos
8 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Hierarquia dos anjos,organizada por São Tomásde Aquino (1225-1274)
1º ESFERA
A mais próxima deDeus, nela estão anjoscomprometidos com ainterpretação a proteção ea comunicação dosdesígnios divinos
Serafins: personificama caridade divina
Querubins: refletem asabedoria divina
Tronos: proclamam agrandeza divina
2ª ESFERA
Organiza as ordens daprimeira esfera paraviabilizar o trabalho dosanjos da terceira esfera
Domínios: têm ogoverno geral do universo
Virtudes: promovemprodígios
Potestades: protegemas leis do mundo físico emoram, além dos animais
3ª ESFERA
Os anjos colocam emprática os desígnios deDeus para o homem
Principados:responsáveis pelos reinos,estados e países
Arcanjos:responsáveis pelatransmissão de mensagensimportantes
Anjos: cuidam dasegurança dos indivíduos
Fonte: Reportagem
Deus, protetor dos justos
1. Deus, eu que moro sob aproteção do Altíssimo. E descansoà sombra do Onipotente
2. Digam todos: ‘O Senhor é meurefúgio e meu escudo, meu Deusem quem confio’
3. Porque o Senhor há de livrá-lodo laço do caçador e dasdoenças perigosas
4. Com Suas penas o cobrirá e oabrigará sob Suas asas. Escudo,verdade e aliança é lealdadedivina
5. O filho que crê no Pai não temejamais, nem à noite nem àluz do Sol
6. As doenças que se propagamou os flagelos que arrasam o dia
7. Podem cair mil a Seu lado, e à
direita, mais dez mil. Mesmoassim nada O atinge
8. Inclinará os Seus olhos emtudo, e verá que o caminhocontrário não leva a nada
9. Pois Ele é de fato meu refúgio.Sinto-me confortado no SenhorAltíssimo
10. Nada poderá me atingir emminha casa não haverá doenças,
nem desavenças
11. Pois o Senhor deu ordens aosanjos para que guardassem Seufilho por onde quer que Elecaminhe
12. Eles irão levá-lo, segurandosuas mãos, para que nãomachuque os pés nas pedras
13. Andará por sobre oscontrários mais temíveis, como o
leão, o dragão...E Seu filho pisaráa salvo
14. Porque quem está unido aoSenhor estará salvo e protegido
15. ‘Se invocado, Eu ouvirei. SereiSeu amigo nos momentos maisdifíceis. Eu lhe darei a salvação ea glória
16. Darei fartura, prolongando avida. Mostrarei minha salvação’ �
Fonte: Bíblia Sagrada
Oraçãodoanjo
Saiba
Salmo 90, o salmo dos anjos
“Santo anjo do Senhor,meu zeloso guardador, se ati me confiou a piedadedivina, sempre me rege,guarda, governa e ilumina,agora e sempre. Amém.”
Como invocar seu anjo da guardaA sensitiva Márcia Fernan-
des explica que sempre pode-
mos invocar nosso anjo da
guarda por meio de um ri-
tual simples, com vela bran-
ca e água.
A pessoa deve pegar uma
vela branca e ascender com
o fósforo. Enquanto isso,
orar um Pai Nosso chaman-
do pelo anjo: “Anjo da guar-
da, doce companhia, não me
desampare, nem de noite,
nem de dia”. Depois, deve
encher um copo com água e
colocar o copo do lado direi-
to da vela.
Em seguida, dar três voltas
(no sentido anti-horário), em vol-
ta da cabeça, pedindo para que o
anjo livre de toda a maldade, dos
inimigos, dos pensamentos
ruins. “Quando a vela terminar
de queimar, vai pegar o copo com
água que estará com toda energia
negativa e vai derramar em água
corrente. É assim que se ancora
anjo”, diz. (JR)
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 9
Pais devem dar atenção ao comportamento retraído da criança para não gerar
sofrimento e comprometer os relacionamentos dela agora e na fase adulta
Elen [email protected]
Quando várias crianças estão reunidas
é que se percebe todas as semelhanças,
mas também diferenças entre elas. Umas
são mais risonhas, tomam a frente das
brincadeiras, conquistam mais amigos,
enquanto outras ficam mais na delas, par-
ticipando e observando com mais sereni-
dade cada brincadeira.
Esse comportamento pode ser visto co-
mo natural, da própria personalidade que es-
tá em desenvolvimento, ou devido a aspec-
tos culturais da família da criança. É impor-
tante, no entanto, dar atenção quando essa ti-
midez pode ter significados nada bons para
o crescimento.
De acordo com o professor adjunto do
Departamento de Psiquiatria e Psicologia
Médica da Faculdade de Medicina de Rio
Preto (Famerp), Nelson Iguimar Valério, o
comportamento tímido na infância pode es-
tar relacionado a uma dificuldade de habili-
dade ou adaptação social.
“Os transtornos fóbicos ou ainda proble-
mas psiquiátricos mais significativos podem
se expressar em forma de timidez. No entan-
to, tratam-se de um transtorno mental im-
portante, como esquizofrenia ou comporta-
mentos autísticos não diagnosticados. Eles
levam ao retraimento e a evitar convívios.”
Afastados esses diagnósticos, em um deter-
minado momento, a timidez pode começar a
incomodar os relacionamentos sociais da
criança e a incomodá-la. Embora ela tenha
vontade de ter uma aproximação natural com
os demais colegas, sente um bloqueio em de-
corrência de suas características.
Sem conseguir lidar com seu próprio
comportamento perante aos demais, a crian-
ça pode sentir medo, insegurança, ansieda-
de ou até depressão, aumentando ainda
mais a timidez já característica. E os pais
têm papel fundamental em ajudar o filho
a aprender a conviver com a timidez ou
vencê-la definitivamente.
Oferecer companheirismo e proteção em
situações difíceis ou agressivas é promover o
ganho de confiança dessa criança. E esse é
um caminho que deve ser traçado obedecen-
do o tempo dela. Uma sugestão de Valério é
observar as crianças por quem o filho sente
segurança para que possam ajudar nesse pro-
cesso. Essa estratégia pode dar abertura para
um entrosamento maior, com respeito ao rit-
mo do tímido.
O que os pais devem entender é que o
comportamento mais retraído do filho não é
bobagem. E não adianta forçar a criança a
romper essa timidez. Ela tem de estar à von-
tade para buscar novas experiências, como
participar de passeios, conhecer o vizinho
ou o colega de classe novo.
“Expor a criança a situações constrange-
doras e forçadas somente irá prejudicar e de-
sencadear transtornos ansiosos e fóbicos”,
alerta o professor da Famerp.
Buscando espaço
No livro “Vencendo a timidez” (editora
M.Books), o autor Bernardo J. Carducci dá
exemplos típicos de timidez. As cenas prota-
gonizadas são aquelas em que a criança cho-
ra em festa de aniversários, fica escondida
quando chegam visitas ou então fica gruda-
da nos pais quando está longe de casa, em
locais públicos.
Esses episódios são normais, de acor-
do com Carducci. A função dos pais é ter
paciência para que a criança possa se acal-
mar e se sentir confiante na situação ou
no ambiente onde está. Em uma pesquisa
do autor, cerca de 20% dos adultos tímidos
culpam seus pais pela timidez, intensificada
em eventos estressantes na infância.
Em uma festinha, por exemplo, a psi-
copedagoga Samira Aparecida de Camar-
go explica que é importante os pais acom-
panharem o filho e mostrar que estão pró-
ximos para qualquer ajuda. Se houver um
pedido para ir embora mais cedo, os pais de-
vem ceder, mas nos demais eventos ir au-
mentando o tempo de permanência.
“Ela tem de se tornar autoconfiante con-
forme aumenta esse tempo. A timidez é o
medo do novo, e ela precisa de possibilidade
de fazer novas amizades e se soltar”, conta
Samira.
Quando todas as estratégias falham e a ti-
midez se mostra sinônimo de sofrimento
para a criança por seu isolamento social,
os pais devem buscar ajuda profissio-
nal, afirma Valério. “Cada caso e ca-
da criança requer especificidade
ímpar e, portanto, estas refe-
rências devem ser conduzi-
das por profissionais devi-
damente preparados pa-
ra orientar a família e
a escola.”
Infância
Timidez controlada
“As crianças não devem ser rotuladas de tímidas quandopequenas para que não se sintam presas a este rótulo durante avida toda. As crianças devem se sentir no controle de sua timideze não controladas por ela. Ao fazer um esforço consciente paraevitar rotular seu filho, você o ajudará a entender que a timidez éalgo que ele sente de vez em quando, e não algo que ele é”Trecho do livro “Vencendo a Timidez” (editora M.Books),de Bernardo J. Carducci
Leitura
10 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
“Vencendo a timidez”, de
Bernardo J. Carducci, ajuda os
pais a compreender e ensina co-
mo lidar com esse comporta-
mento mais retraído da crian-
ça. Além de ajudar a desmisti-
ficar a ideia de que a criança
pode ser uma tímida convicta
(fato que pode prejudicar re-
lacionamentos pessoais e pro-
fissionais na fase adulta), elu-
cidando as consequências des-
se pensamento.
O ganho do rótulo de timi-
dez amplia a sensação de inse-
gurança e isolamento, deixan-
do a criança longe de realizar
atividades diferentes e de criar
caminhos para conquistas pes-
soais em outras fases da vida. A
participação de novas experiên-
cias, como passeios e novas ami-
zades, acaba sendo dispensada
pelo medo da reação de como
será recebida pelos grupos on-
de está inserida. � (EV)
A psicopedagoga Samira
Aparecida de Camargo destaca
que muitas crianças podem
apresentar uma personalidade
mais tranquila, e que os pais de-
vem ter cuidado para não inter-
pretar esse comportamento co-
mo timidez.
Os pais devem observar o
comportamento da criança pa-
ra perceber se é próprio dela
ser calma e serena. Se ela esti-
ver feliz, não há motivo para in-
terferir. “Os pais somente de-
vem se envolver se notarem
que o filho sente vontade de
participar de grupos e ativida-
des novas, mas não consegue
devido a uma dificuldade de
aproximação.”
Essa ajuda tem de ser feita
com cuidado. Os pais têm de
estar conscientes que não po-
dem agir pelo filho, pois cor-
rem o risco de deixá-lo ainda
mais tímido e inseguro de sua
capacidade de construir rela-
ções pessoais. (EV)
Horacerta de intervirHoracerta de intervir
Evite o rótulo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 11
Conheça os sete
pontos sagrados
do planeta que
são fontes de
energias e mantêm
acesa a chama
da busca pela
paz interior
Elen [email protected]
Assim como os chacras
do corpo, a Terra também
possui sete pontos importan-
tes que ativam e favorecem a
transmissão de paz e energia
espiritual. Esses lugares são
responsáveis por absorver vi-
brações positivas lá deposita-
das por seus visitantes e, ao
mesmo tempo, devolvem
com mais intensidade a luz
desejada.
Esses lugares sagrados es-
tão espalhados em vários can-
tos do mundo, como Ásia, Eu-
ropa, América e África, e ga-
nharam essa força devido às
egrégoras que, como explica a
astróloga, cabalista e estudio-
sa de ciências ocultas Gra-
ziella Marraccini, são geradas
a partir da união de energias
positivas individuais deposita-
das em rituais feitos nesses
ambientes.
“Esses lugares vão receben-
do essas energias porque as
pessoas conectam vibrações
positivas juntas, alimentando
um campo astral com suas ora-
ções e cerimoniais”, diz. Co-
nheça quais são esses sete lu-
gares e a característica energé-
tica de cada um.
OS CHACRASEspiritualidade
Stonehenge, Inglaterra
Pensar na Índia já estimula a
mente a imaginar um ambiente
zen e místico. E realmente é. País
onde surgiram quatro religiões
(hinduísmo, budismo, jainismo e
siquismo), a Índia proporciona
paz e harmonia, em especial Vara-
nasi, uma das cidades mais anti-
gas ao norte do país.
Ela é vista como um lugar sa-
grado, ideal para encontrar paz e
harmonia e fazer meditações, io-
ga e buscar o autoconhecimento.
Dois fatores religiosos também
colaboram para o fortalecimento
da fé depositada na cidade.
Para os hindus, Varanasi
foi fundada por Shiva, deus da
transformação, motivo que
atrai muitas peregrinações. As-
sim como também usufrui a ca-
nalização de energias pela pro-
ximidade a Sarnath, local onde
Buda teria feito seu primeiro
sermão, após ser iluminado.
Varanasi é um campo de ener-
gia, “porque foram depositados
blocos de energia positiva e de fé
por todas as pessoas que passa-
ram por lá”, diz Zaquie Meredi-
th, socióloga e psicoterapeuta.
As rochas gigantes que for-
mam um grande círculo indicam
um altar ou um relógio solar, mas
ainda intrigam pesquisadores por
conta de seus mistérios.
Há diversas histórias que ro-
deiam Stonehenge, tanto por sua
construção como por seus poderes.
Os antigos povos acreditavam que
ali se concentrava uma forte ener-
gia natural, o que os fez levantar as
grandes pedras para formar um
templo, absorvendo e usufruindo
das vibrações do local.
Acredita-se que Stonehenge te-
nha poderes capazes de curar doen-
ças – o que já motivou muitas pere-
grinações. Diz a astróloga, cabalis-
ta e estudiosa de ciências ocultas
Graziella Marraccini que o povo
celta usava o local para cerimônias
e cultos.
“É importante manter pensa-
mentos positivos, direcionando
nossas ações, e nos lugares sagra-
dos com símbolos ocultos eles se
mantêm muito fortes”, destaca.
Varanasi, Índia
Fotos: www.sxc.hu/Divulgação
12 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
DA TERRAGizé, Egito
Localizada na Polinésia Oriental,
que pertence ao Chile, a Ilha de Pás-
coa impressiona por seus gigantes de
pedra: os moais. A ilha também é um
ponto de concentração de energia, já
evidenciada pelos antigos polinésios
que moravam no local.
As vibrações energéticas puras e
ocultas ocorrem devido ao isolamen-
to da ilha e sua formação geológica
de larvas vulcânicas, informa o presi-
dente da Associação Mundial de De-
senvolvimento, Saúde, Bem-Estar e
Beleza, Edjasto Ferreira.
Ferreira explica que a estrutura físi-
ca da ilha cria uma riqueza em mine-
rais, que emitem ondas eletromagnéti-
cas captadas pelos moradores e visitan-
tes. “A Ilha de Páscoa é um lugar lindo,
que toca os corações de quem a conhece,
deixando as pessoas propícias a medita-
ções e captações energéticas que influen-
ciam todo o ser.”
Na área do planalto de Gizé, foram
construídas as três famosas pirâmides
do Egito, maiores construções do ho-
mem. O mais impressionante é que as
obras foram feitas em um período sem
tecnologias arquitetônicas, mas conse-
guiram realizar um feito muito admi-
rando ainda hoje.
Entre os motivos que geram discus-
sãoetornam Gizéuma regiãomuitopro-
curadaparaasintonização depensamen-
tos está o fato das pirâmides estarem ali-
nhadas com o Cinturão de Órion. As
três estrelas, conhecidas por nós como
“TrêsMarias”, estãoexatamentenames-
ma posição que as pirâmides.
Esse posicionamento leva a acredi-
tar que a região em que estão as pirâmi-
des consegue captar boas energias natu-
ralmente. E essa importância do ponto
do planeta também transformou as ob-
jetos com formatos em pirâmides em
símbolos importantes para trazer har-
monia e proteção para os ambientes e
quem as detêm.
Ilha de Páscoa, Chile
A passagem histórica e reli-
giosa vivida em Jerusalém
transformou a cidade em um
grande campo de energia positi-
va e celestial para os peregri-
nos. Isso leva a crer que o plano
energético de Jerusalém tem
grande força e justifica a gran-
de emoção causada para quem
a visita.
A área sagrada reuniu as
energias de Jesus Cristo, so-
madas ao constante poder
mental de milhares de pes-
soas que se concentram ali dia-
riamente, explica a psicotera-
peuta e parapsicóloga Célia
Resende.
Sensações harmoniosas e
saudáveis banham o corpo e a
alma, proporcionando grande
bem-estar, combate ao estres-
se e renovação celular. “É
integração de matéria e espíri-
to. É saúde”, destaca a psicote-
rapeuta.
O rabino Yacov Gerenstadt
acrescenta que um ponto mui-
to cultuado é o Muro das
Lamentações. “Para que a pes-
soa possa ter uma elevação espi-
ritual, é importante ela ter uma
preparação prévia como, por
exemplo, ter contato com os en-
sinamentos místicos da Cabala,
conhecer melhor a importân-
cia da espiritualidade e a in-
fluência benéfica do templo pa-
ra toda a humanidade.”
Jerusalém, Israel
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 13
Não há quem não se impressio-
ne com as ruínas da antiga cidade
inca. Sua grandiosidade, complexi-
dade e beleza natural atraem milha-
res de turistas todos os anos para
apreciar e resgatar um bem-estar in-
terior imensurável.
Protegida por ser um Patrimô-
nio Natural e Cultural, além de ser
uma das sete maravilhas do mundo
moderno, a dimensão de Machu
Picchu permite que os visitantes en-
trem em contato com o Eu supe-
rior. A união de energias deixadas
pelos povos que lá viveram e o depó-
sito de novas vibrações mantêm a ci-
dade abandonada entre os sete cha-
cras naturais do mundo.
“Quando vamos a um lugar
sagrado, há uma combinação
entre o elemento exterior puro
e as vibrações positivas acumu-
ladas de muitas gerações, que
nos permite ter uma experiên-
cia de percepção da realidade
diferente da do nosso mun-
do”, explica a psicóloga Bel
Cesar, que pratica a psicotera-
pia sob a perspectiva do Bu-
dismo Tibetano e é autora do
livro “Viagem Interior ao Ti-
bete” (Editora Gaia).
O Tibete tem um fator deci-
sivo para sua carga energética
superior, considerado até uma
“bomba atômica” de energia
positiva em consequência das
meditações de Lamas e mon-
ges. Uma explicação do Lama
Gangchen Rinpoche diz que es-
sas preces eram dedicadas à paz
no mundo e com a saída dos La-
mas do Tibete, a “bomba” ex-
plodiu, possibilitando a corren-
te energética a todos.
O local é cheio de monas-
térios, grutas e lagos que conti-
nuam sendo cultivados com
orações e meditações. “Estes lo-
cais nos inspiram a refletir e
nos sintonizar com propósitos
mais puros e elevados, pois eles
são em si a representação viva
do caminho espiritual”, afirma
a psicóloga.
No livro “Coragem para
seguir em frente”, do Lama
Michel Rinpoche, há passa-
gens em que ele afirma que
quando há seres mais evoluí-
dos espiritualmente em um
lugar, a tendência é que haja
uma benção de amor, genero-
sidade e sabedoria. �
Tibete, China
Machu Picchu, Peru
Fotos: www.sxc.hu/Divulgação
14 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Fazer exercícios regulares diminui a pressão arterial, o estresse,
o risco de doenças crônicas, a ansiedade e a depressão
Paulo HadadFisioterapeuta
Caros leitores, não é novidade que a
atividade física está diretamente rela-
cionada à saúde. Também é muito cla-
ro que prevenir doenças ao longo da vi-
da faz parte dos nossos objetivos, e uma
das tarefas mais indicadas pelos profis-
sionais envolvidos é a atividade física.
Se pensarmos na nossa saúde, grande
parte dela envolve atividade física.
Para um verdadeiro benefício, a pri-
meira regra a cumprir é fazer com que a
atividade física seja permanente, pois ati-
vidades esporádicas com interrupções
duradouras ou a participação em com-
petições de curta duração, desportos es-
colares ou universitários não garantem
proteção eterna. Tentar garantir uma
longa duração na prevenção dos fatores
de riscos às doenças cardíacas, por
exemplo, significa exercitar-se no míni-
mo de duas a três vezes por semana as-
sociado aos benefícios adicionais, co-
mo uma reeducada alimentação.
Vários profissionais da saúde estão di-
retamente relacionados a essas orienta-
ções. O que importa é você descobrir
quais suas aptidões esportivas, encontrar
uma ou mais atividades físicas que lhe dê
prazer e encaixar com seu biotipo físico-
muscular. Faça uma avaliação postural
com seu fisioterapeuta, conheça seu real
condicionamento com um educador físi-
co, saiba os detalhes de sua saúde cardio-
vascular com seu cardiologista, procure
também um ortopedista para uma análise
de suas condições osteoarticulares e faça
um controle alimentar com um nutricio-
nista, com taxas metabólicas organizadas
pelo endocrinologista. Esse caminho, que
pode ser interpretado por longa espera e
de difícil acesso, se não realizada, pode tra-
duzir em curta e arriscada ameaça para a
nossa vida. A taxa de mortalidade é consi-
derada alta para indivíduos sedentários e
indivíduos ativos sem orientações. Portan-
to, o condicionamento físico não está asso-
ciado a melhor saúde se não houver orien-
tações profissionais.
O principal benefício da atividade fí-
sica é a capacidade de metabolizar a gor-
dura e diminuir os níveis circulatórios
de gordura no sangue. A atividade regu-
lar reduz a carga de trabalho do coração,
permitindo que o coração atinja as de-
mandas dos exercícios com frequência
mais baixa. Assim, utilizamos menos oxi-
gênio no músculo cardíaco, resultando
em um coração mais eficiente. Indiví-
duos regularmente ativos têm
frequências cardíacas em repouso e em
exercício mais baixas e uma maior quan-
tidade de sangue ejetado no coração em
cada bombeamento. Fazer atividades de
forma regular diminui a pressão arterial,
como também reduz o estresse e, conse-
quentemente, estimula a perda de peso.
A atividade física aumenta a longevida-
de, reduz o risco de doenças crônicas, di-
minuindo a ansiedade e a depressão.
Fisicamente, conheça as condições do
seu pescoço com suas próprias mãos, pro-
cure analisar, apalpando, para descobrir
se existem pontos dolorosos desde a base
da cabeça (início do pescoço) até os om-
bros, sempre dos dois lados. Caso tenha
dores incômodas nesta região, porém sem
irradiações de formigamentos ou
dormências nos braços, antebraços e
mãos, é muito provável que sejam de ori-
gem postural, estresse muscular ou nódu-
los e contraturas musculares. Para isso,
consulte um médico especialista em colu-
na vertebral e procure um fisioterapeuta
que trabalhe com postura. O RPG (Reedu-
cação Postural Global) tem conquistado
resultados satisfatórios, principalmente
se estiver associado com massagens mus-
culares relaxantes. Por outro lado, sensa-
ções de dores irradiadas para os membros
superiores, com sintomas de dormência
em alguns dedos de uma das mãos, pode-
rão ser suspeitas de quadros de pinçamen-
tos radiculares, necessitando de acompa-
nhamento médico e de exames comple-
mentares para investigações e decisões de
condutas. A coluna lombar, quando anali-
sada, e com presença de dores sem irradia-
ções para os membros inferiores (coxas,
pernas e pés), traduzem em possíveis dese-
quilíbrios musculares posturais, fraqueza
abdominal, falta de flexibilidade, princi-
palmente na região posterior de coxas, e
fraqueza muscular paravertebral, necessi-
tando de um médico para o diagnóstico
correto e apoio da fisioterapia antes de ini-
ciar qualquer tipo de atividade física.
Caso as queixas evoluam para dores
irradiadas para os membros inferiores,
um provável pinçamento radicular po-
de ser encontrado. Por isso, é importan-
te descobrir internamente o que está
causando esse comum sintoma de do-
res nas costas. A postura, de regra ge-
ral, quando desalinhada por motivos
de desvios posturais (dorso curvo, hi-
perlordoses e escolioses), podem ser as
causas de todas as reclamações. Indiví-
duos que trabalham o tempo todo sen-
tados, viajantes e profissões que man-
têm as pessoas por muito tempo nas
mesmas posições têm grandes riscos de
experimentar essas queixas. Portanto,
mexam-se.
As articulações, como ombros, coto-
velos, punhos e mãos, assim como qua-
dris, joelhos, tornozelos e pés, devem
ser observados também, e caso encon-
trem sensações incômodas de dores,
procure um ortopedista antes de ini-
ciar as atividades físicas. Um fisiotera-
peuta também é capaz de suspeitar.
Procure se informar. Proteja-se dos
riscos de lesões que a falta de conheci-
mento que você tem do seu próprio
corpo pode lhe causar. Procure um mé-
dico e inicie ou retorne a suas ativida-
des físicas o mais rápido possível. Saú-
de em dia, sua vida mais feliz. �
OS BENEFÍCIOS DAATIVIDADE FÍSICA
Hamilton Pavam
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 15
Na pele do divertido picareta Ernesto, Leonardo Vieira se
diverte em um papel de destaque em “Vidas em Jogo”
TV Press
Leonardo Vieira assegura
que, em “Vidas em Jogo”, inter-
preta o personagem mais leve e
divertido em seus mais de 22
anos de carreira na tevê. O ator,
que estreou em novelas na extin-
ta Manchete, com “A História de
Ana Raio e Zé Trovão”, tem vivi-
do na Record uma espécie de
montanha russa com Ernesto. Pa-
ra ele, o multifacetado picareta da
trama de Cristianne Fridman é
um bonachão que virou um pilan-
tra mulherengo e, agora, começa
a entrar nos eixos. Mesmo em um
papel com tantas vertentes, Leo-
nardo jura que não precisou de
nenhum tipo de composição para
Ernesto. Apenas foi moldando o
ex-pipoqueiro aos poucos, de
acordo com os textos que recebia.
“Não pensei que ele fosse mudar
tanto e virasse até meio corno (ri-
sos). Mas essas curvas são críveis,
têm nexo. O percurso dele tem ló-
gica na história”, analisa, com
um filete de sorriso.
Com a ironia latente do perso-
nagem, ingrediente que fez com
que o ator se interessasse ainda
mais pelo papel, Leonardo tem
se surpreendido com os comen-
tários do público. “Saio nas e
sou sacaneado porque digo que
ele não vale nada. O problema
é que o público gosta desse pi-
lantra! Dizem que ele gosta da
Divina...”, diverte-se, ao se refe-
rir à personagem de Vanessa
Gerbelli.
Para Leonardo, o que mais
tem surpreendido em seus sete
anos na Record, desde que es-
treou na emissora como o Lo-
po, de “Prova de Amor”, tem si-
do a pluralidade de seus perso-
nagens, sempre com nuances
diversificadas. O ator carioca,
de 43 anos, que na Globo só ga-
nhava papéis de mocinho, ago-
ra vibra por interpretar tipos di-
versos nos últimos anos. Segun-
do ele, o mais surpreendente
foi justamente o diabólico vilão
Lopo. “Vi o primeiro tijolo do
RecNov (complexo de estúdios
da Record) sendo colocado pa-
ra fazer as novas instalações. Is-
so me dá a sensação de fazer
parte, de verdade, da emissora.
Principalmente por ter feito o
Lopo aqui, um vilão que qual-
quer ator adoraria, que só fala-
va coisas absurdas”, enaltece.
Mesmo assim, até hoje par-
te do público que encontra
com Leonardo ainda lembra de
personagens mais marcantes
na carreira do ator, como o José
Inocêncio, que só ficou no ar
durante os quatro capítulos da
primeira fase de “Renascer”.
Ou mesmo o Pedro da Maia, da
minissérie “Os Maias”, ambas
na Globo. “Acho que nasci
com a bunda para a lua. É mui-
to bom poder ficar tanto tempo
no imaginário das pessoas. Sou-
be aproveitar as ótimas oportu-
nidades que tive”, valoriza, an-
tes de emendar: “Mas talvez
não vivesse vilões se eu conti-
nuasse na Globo. Lá, o meu per-
fil era sempre de mocinhos”,
observa Leonardo, que atuou
em seu último papel de desta-
que na emissora em “Senhora
do Destino”, como o apaixona-
do Leandro, em 2004.
No ano seguinte, estreou na
Record como o vilão de “Prova
de Amor”, uma das tramas de
maior audiência da Record. Pa-
ra o personagem, que vivia ma-
nuseando armas, o ator voltou
à infância. Ainda pequeno,
aprendeu a atirar por ter sido
criado no campo, em contato
permanente com a natureza.
“Ter crescido no mato me aju-
dou a conviver bem com todo
tipo de gente. Isso me ajuda na
composição dos mais diversos
personagens”, ressalta o ator,
que, após o término das grava-
ções de “Vidas em Jogo”, em
abril, pretende passar alguns
meses na Califórnia. Ele plane-
ja fazer cursos de interpretação
e descansar. “Mas logo quero
voltar ao trabalho em 2013. Só
me sinto inteiro e realizado
atuando”, avisa.
Menos impacto
Leonardo Vieira sempre os-
tentou um corpo de atleta nos
seus mais diversos persona-
gens. Rato de academia e aman-
te dos esportes, o ator lamenta
ter de pisar no freio com exercí-
cios físicos mais intensos nos úl-
timos tempos. Afinal, após um
acidente com skate, tem passado
por sucessivas sessões de fisiote-
rapia e ultrassom para amenizar
os efeitos do tombo. Por isso,
atualmente, Leonardo tem troca-
do os halteres e a corrida diária
por exercícios de ioga e alguns
passeios de bicicleta. “Gosto de
me exercitar ao ar livre, não
igual a um hamster na esteira,
dentro de uma academia. Mas te-
nho de me ligar que não tenho
mais 15 anos de idade para aci-
dentes assim não acontecerem”,
diverte-se. �
Perfil
PURA MALANDRAGEM
Na extinta Manchete,além de atuar em “AHistória de Ana Raio e ZéTrovão”, Leonardo tambémparticipou da novela“Brida”, que não chegou aofim com o fechamento daemissora
Depois de sesobressair na Globo, comoprotagonista da primeirafase de “Renascer”, o atorfez um papel secundário natrama “Quatro por Quatro”.Em seguida, ficou umtempo distante das novelasaté reaparecer naminissérie “Os Maias”
Leonardo Vieira estácom contrato com a Recordaté 2016
Distante do cinemadesde “O Vestido”, dePaulo Thiago, rodado em2003 e lançado em 2004,Leonardo não tem feitoplanos para voltar aocinema e ao teatro
“Ter crescidono mato meajudou aconviver bemcom todo tipode gente e acompordiferentespersonagens”,afirma o ator
Instantâneas
Luiza Dantas/Divulgação
TV - 16 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Outra vez juntosDaniel Torres é só elogios para seu personagem, o sim-
pático Orlandinho, de “Aquele Beijo”, da Globo. “Me
diverti muito fazendo”, garante. Com o fim da trama se
aproximando, Daniel não tem novos projetos profissio-
nais em vista, mas deixa em aberto a chance para traba-
lhar novamente com Miguel Falabella, autor do folhe-
tim. “Me sinto muito bem em trabalhar com ele. Meu
primeiro trabalho com ele foi em ‘A Lua Me Disse’, de-
pois ‘Toma Lá Dá Cá’ e agora esta novela. Será ótimo
trabalhar com o Miguel de novo, que é um cara muito
engraçado, gente boa e grande amigo”, derrete-se.
Delicada relaçãoAinda nesse semestre, Karen Junqueira estará de volta
à tevê. Ela interpretará Luma, irmã mais nova de
Tônia, vivida por Daniela Galli, de “Máscaras”, novela
substituta de “Vidas em Jogo”, da Record. “A Luma so-
fre porque existe um sentimento controlador por parte
da irmã. É algo meio obsessivo porque a Tônia acredita
que nenhum homem presta e, para isso, dá em cima do
namorado da irmã só para atrapalhar o romance deles”,
adianta.
Saga épicaA Record decidiu que o diretor Alexandre Avancini se-
rá o responsável por “José – De Escravo a Governa-
dor”, próxima minissérie bíblica da emissora. A produ-
ção é escrita por Vivian de Oliveira, autora de “A Histó-
ria de Ester” e “Rei Davi”. A expectativa é de que a tra-
ma seja desenvolvida em aproximadamente 30 episó-
dios e tenha um gasto aproximadamente de R$ 25 mi-
lhões, mesma quantia de sua antecessora, “Rei Davi”.
As gravações devem começar ainda nesse semestre.
Humor rosaA nova temporada do “Zorra Total” estreia no dia 7 de
abril. Uma das principais novidades é o “Vagão das
Mulheres”, que será comandado pela personagem La-
dy Kate, vivida por Katiuscia Canoro, responsável por
deixar tudo em ordem no transporte. Além dela, tam-
bém marcam presença a beata moralista Santinha, in-
terpretada por Thalita Carauta, a Índia Tapioca, por
Caike Luna, e Salsichona, por Ataíde Arcoverde, entre
outros papéis.
Era uma vezSheron Menezzes não deve ficar muito tempo distante
da tevê depois que terminar de gravar “Aquele Beijo”,
da Globo. A atriz está cotada para o elenco de “Lado a
Lado”, título provisório da próxima novela das seis. A
trama será ambientada no começo do século XX e con-
tará o surgimento das favelas na cidade do Rio de Janei-
ro. O folhetim é escrito por João Ximenes Braga e Clau-
dia Lage, com supervisão de texto de Gilberto Braga. A
previsão de estreia é para setembro.
Tudo pela arteGiovanna Lancellotti está de visual novo. Distante dos
estúdios desde o fim de “Insensato Coração”, a atriz, re-
centemente, cortou os cabelos para o “remake” de “Ga-
briela”, da Globo. Com as madeixas na altura dos om-
bros, Giovanna se prepara para interpretar Lindinalva,
noiva de Berto, vivido por Rodrigo Andrade. A trama
deve estrear em junho.
Ao batenteCaco Ciocler acertou o seu retorno às novelas. O ator
está no elenco de “Salve, Jorge”, título provisório da
substituta de “Avenida Brasil”, da Globo. No texto de
Glória Perez, Caco interpretará o marido da persona-
gem de Letícia Spiller, que está no ar na atual tempora-
da de “Malhação”. As gravações devem começar a par-
tir de junho.
Várias frentesA partir do próximo dia 3 de abril, Maria Flor começa
a gravar “Do Amor”, título provisório de um novo se-
riado romântico para o Multishow. Além de atuar, Ma-
ria Flor também assinará a direção da produção. Ar-
mando Babaioff será o par romântico da atriz no pro-
grama, que ainda conta com João Velho e Lúcia Brons-
tein, entre outros no elenco.
Quase uma mãeÍris Brüzzi será Olívia em “Máscaras”, próxima novela
da Record. No texto de Lauro César Muniz, a atriz in-
terpreta uma governanta de confiança de Maria, vivida
por Miriam Freeland. Olívia é como uma mãe para a
moça e fica doente quando decobre que a sua “protegi-
da” foi sequestrada com o filho ainda pequeno. A nove-
la estreia ainda nesse semestre. Ignácio Coqueiro é o
responsável pela direção.
Solta a voz“Estilos” é o nome do novo quadro do “Tudo É Possí-
vel”, da Record. A produção, que é comandada por
Marco Camargo, tem a missão de encontrar um novo
talento musical em diferentes estilos. O primeiro será
em busca de três tenores brasileiro, com idades de 15 a
30 anos. A estreia está marcada para o dia 29 de abril.
TelonaIngrid Guimarães está envolvida com os textos de “De
Pernas Pro Ar 2”, longa que começa a ser gravado em
abril. A história vai se passar entre o Rio de Janeiro e
Nova Iorque, onde a protagonista deseja abrir sua pri-
meira loja sex shop no exterior. Bruno Garcia, Maria
Paula, Rodrigo Sant’anna e Tatá Werneck, entre ou-
tros, estão no elenco. A estreia acontece no primeiro tri-
mestre de 2013.
Quase sem descansoEdson Spinello deverá ter pouco tempo de férias de-
pois de terminar de gravar “Rei Davi”, da Record. O di-
retor está cotado para comandar a próxima novela de
Gisele Joras na emissora. Por enquanto, o canal ainda
não decidiu se a produção será substituta de “Rebelde”
ou de “Máscaras”, novela que estreia em abril no lugar
de “Vidas em Jogo”.
Tríplice aliança“Fora de controle”, novo seriado policial da Record, se-
rá apresentado em quatro episódios. A estreia acontece
em maio, depois de “Rei Davi”. A produção é protago-
nizada por Milhém Cortaz, Rafaela Mandelli e Claudio
Gabriel. No texto de Marcílio Moraes, Milhem inter-
preta um delegado que tem um “modus operandi” bem
duvidoso para solucionar os casos de sua delegacia.
Todos dançamA partir de abril, o “Domingão do Faustão” estreia um
novo quadro de dança. A produção será comandada
por Daniele Suzuki e Joaquim Lopes. A dupla viajará
pelo país em busca de centenas de dançarinos amado-
res de duas cidades que se enfrentarão. O formato mes-
cla “game show” com “flash mob”. Incialmente, a pre-
visão é de que o quadro seja exibido em três domingos.
Pura alegriaFelipe Andreolli, do “CQC”, da Band, está empolgado.
A direção artística da emissora aprovou um projeto de
programa sugerido pelo repórter. A produção será uma
mistura de entretenimento com programa esportivo e
pode ir ao ar ou aos sábados ou domingos. A intenção é
que o programa entre na grade do canal ainda este ano.
ZappingTV Press
Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 17 - TV
A ideia de interpretar uma mocinha vingativa em “Avenida Brasil” empolga Déborah Falabella
TV Press
Com o passar dos anos e o
respeito conquistado como
atriz, Déborah Falabella sabe
que consegue escolher – um
pouco – seus trabalhos. E foi
sem qualquer dúvida que disse
“sim” ao convite de João Ema-
nuel Carneiro para viver a justi-
ceira Nina de “Avenida Bra-
sil”, feito há dois anos. Na épo-
ca, o autor já tinha na cabeça a
sinopse da atual novela das 21
horas e deixou claro que gosta-
ria de ter a mineira em seu prin-
cipal papel feminino. “Fazer a
anti-heroína pode ser muito
mais interessante que interpre-
tar a mocinha que sofre demais
e que é maltratada. A Nina não é
assim, ela já chega para o emba-
te”, valoriza Débora, que visitou
um lixão, teve aulas com um
“chef” de cozinha e até tirou a ha-
bilitação para pilotar moto em
função da personagem. “Adoro
quando tenho um trabalho legal
de composição, quando existem
referências para criar os persona-
gens. Vou formando a minha ba-
gagem para papéis futuros tam-
bém”, analisa.
Pergunta – Você interpre-ta a mocinha de “Avenida Bra-sil”, mas a personagem come-ça a história praticando umplano de vingança. Como lidacom essa dubiedade entre aimagem da mocinha e da anti-heroína?
Débora Falabella – Olha,
eu diria que, na verdade, se tra-
ta de um acerto de contas. A Ni-
na busca justiça, ainda mais
que as maldades que sofreu fo-
ram na infância. Esse detalhe
fortalece essa trama. Mas o João
Emanuel tem escrito histórias as-
sim mesmo, não é? Não são per-
sonagens totalmente bons ou
maus. E muita gente faz coisas
duvidosas pra conseguir alcan-
çar algum objetivo. Dentro des-
se contexto, acho que minha
personagem tem todos os moti-
vos para correr atrás do que ela
acredita ser justo.
Pergunta – Você tem re-ceio que o público rejeite es-sa ideia de “acerto de con-tas” e não torça pela Nina?
Débora – Bom, como intér-
prete, é claro que eu vou defen-
der sempre essa personagem.
Mas o João é muito inteligente
e enxergo que muitas vezes é
tão interessante o público tor-
cer quanto não torcer e duvi-
dar. Porque os seres humanos
são assim, eles têm muitas fa-
ces distintas. E vejo “Avenida
Brasil” como uma novela mui-
to focada no real, no lado mais
humano mesmo. Além disso, o
público gosta também dessa
coisa mais dúbia, onde você
não sabe exatamente o que espe-
rar diante de cada situação.
Sem contar que as pessoas cur-
tem quando uma vilã é coloca-
da à prova por uma mocinha
que se fortalece e tenta se vin-
gar. Essa relação pode ser extre-
mamente interessante.
Pergunta – Você apareceapenasnosétimocapítulo,quan-do a Nina está crescida, já foiadotada e leva uma vida tranqui-la na Argentina. Mesmo assim,fezquestãodeconhecer a rotinade um lixão, onde ela passa par-te da infância?
Débora – Sim, eu fui ao Jar-
dim Gramacho, na Baixada Flu-
minense. É um lugar enorme,
mas que já começa a ser desati-
vado. É impressionante! As pes-
soas realmente trabalham ali,
tem gente que tem outros em-
pregos e vai para complemen-
tar a renda. Só que, para quem
não está acostumado, é muito
impactante. Principalmente
porque fica clara a quantidade
enorme de lixo que uma cidade
produz. E quem faz essa recicla-
gem são aquelas pessoas. Mas
no Jardim Gramacho não há
crianças. Esse lixão da novela é
Entrevista
JUSTIÇA SEJA FEITA
“Eu gosto depersonagens bons.Dentro dessa visão,uma mocinha quenão é tradicional éextremamentesedutora”, dizDébora
Luiza Dantas/Divulgação
TV - 18 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
provavelmente um clandestino,
fictício, até porque imagino que
deve ser muito triste crianças tra-
balharem naquela situação. Já é
triste para um adulto, pois deixa
ele exposto a muitas doenças.
Pergunta – O que mais im-pressionou você? O cheiroera muito forte?
Débora – Isso é engraçado
porque todo mundo falava de-
mais nessa questão do cheiro.
As pessoas me diziam que eu ia
ficar bastante incomodada, que
não conseguiria ficar lá. É claro
que achei que não cheirava
bem, isso é óbvio. Mas fiquei
tanto com essa ideia na cabeça
que, involuntariamente, devo
ter me preparado. Não é uma
coisa fácil. Até porque é lixo. E
não é qualquer um, é você pe-
gar essa ideia de lixo que deve
estar passando pela sua cabeça
e multiplicar milhares de ve-
zes. No final o cheiro não foi
um grande terror. E eu passei
um bom tempo por lá. Conver-
sei bastante com as pessoas.
Pergunta – Com quem vo-cê foi? As pessoas estranha-ram sua presença ali? Reco-nheceram você?
Débora – Eu pedi para a
emissora me levar. Então, fui
com um produtor. Mas fomos
acompanhados também de um
representante da Comlurb
(Companhia Municipal de
Limpeza Urbana, do Rio de Ja-
neiro). Não sei como seria se eu
fosse só com atores. Talvez ti-
vesse sido diferente. Me reco-
nheceram, sim, mas as pessoas
não sabiam direito que haveria
uma novela que falaria disso na
emissora. Ouvi sobre como é o
trabalho ali, percebi que eles
trabalham conversando, brin-
cando, mesmo diante de uma
atividade que é perigosa. Tem
aqueles caminhões enormes
que chegam e despejam lixo o
dia todo. Eu fiquei bastante im-
pressionada! Ainda mais que
eu fui em um dia de chuva.
Pergunta – De que formaisso ajudou você na constru-ção da Nina?
Débora - Em volta de Jar-
dim Gramacho tem uma favela
onde algumas pessoas moram.
E elas parecem ter uma vida di-
fícil. Não é uma questão de fres-
cura minha, já gravei em fave-
la, já fiz outros trabalhos em co-
munidades carentes, conheço
como elas são. Mas ali, realmen-
te, achei muito complicado. Pri-
meiro, pela proximidade daque-
las pessoas com tanto lixo. E as
casas são muito pequenas. É
uma região de miséria, de um
povo sofrido que merece aten-
ção. Aquilo me tocou, não con-
sigo explicar o que muda no
meu trabalho. Mas me tocou.
Pergunta – Essa é a segundaprotagonista da sua carreira naGlobo. Interpretar a mocinha datrama assusta você? Se sim, deque forma esse “acerto de con-tas” que a Nina busca auxilia vo-cê na missão?
Débora – Na verdade, eu gos-
to de personagens bons. Den-
tro dessa visão, uma mocinha
que não é tradicional é extrema-
mente sedutora. É um papel in-
teressante, bem rico. E eu nun-
ca fiz uma vilã de verdade. As
pessoas me perguntam demais
se tenho vontade de fazer uma
malvada. É claro que eu tenho,
mas acho que tenho consegui-
do manter uma diversidade de
papéis na televisão. Por ter esse
meu físico, sei que passo uma
imagem de menina frágil. E os
profissionais de tevê olham pa-
ra a fisionomia das atrizes e ca-
da uma se encaixa em um per-
fil. Mas é muito legal quando is-
so é ultrapassado e quebrado.
Pergunta – Você já chegoua conversar com alguém so-bre isso?
Débora – Ah, eu escolho
um pouco os trabalhos que fa-
ço. Trabalho muito no teatro e
cinema, onde temos uma liber-
dade grande também. Mas,
mesmo na televisão, com “A
Mulher Invisível” e “Escrito
nas Estrelas”, por exemplo, fiz
trabalhos bem distintos e baca-
nas. Já aconteceu de eu achar
que determinada personagem
seria muito parecida com outra
que já tinha feito e, então, me
chamarem para outro papel. O
que eu acho normal.
Pergunta – No caso de “Ave-nida Brasil”, além da propostade interpretar uma anti-heroí-na, o que mais esse trabalhotrouxe de novo para você?
Débora – A Nina se trans-
forma em “chef” de cozinha,
então tive aulas com o “chef”
Écio (Cordeiro de Mello). Ele
me ensinou muita coisa, me
deu instruções enquanto eu pre-
parava alguns pratos. Os cozi-
nheiros têm uma maneira de fa-
lar, um trejeito, acessórios e
utensílios que eles usam, en-
fim, eu pude observá-lo e apren-
der um pouco mais sobre essas
coisas. Fiquei uns 20 dias bem
intensos nesse aprendizado. Fo-
ra andar de moto...
Pergunta – É você mesmapilotando a moto nas cenasda Nina?
Débora – Sim, sou eu. Tirei
a carta para essa personagem.
Pergunta – A direção pe-diu que você tirasse a habilita-ção para motos ou foi uma op-ção sua?
Débora – Ah, para andar vo-
cê tem de tirar! Se não tira, não
pode pilotar, não ficam reais as
cenas. Mas eu achei ótimo, al-
guns personagens trazem coi-
sas para a nossa vida. Essa foi
uma das heranças que a Nina já
me deixou.
Pergunta – E você já com-prou uma moto? Adotou es-sa novidade para sua vidapessoal?
Débora – Não, eu confesso
que ainda não peguei o gosto. É
bastante perigoso, acho que
não é qualquer pessoa que deve
fazer isso. Já perdi um pouco
do medo, é verdade, mas acho
complicado andar na cidade.
Até de carro já é difícil!
“Avenida Brasil” – Segunda a sábado,
às 21h, na Globo
“Malhação” (Globo,1998) - Antônia
“Chiquititas” (SBT,2000) - Estrela
“Um Anjo Caiu do Céu” -(Globo, 2001) - Cuca
“O Clone” (Globo, 2001)- Mel
“Um Só Coração”(Globo, 2004) - Raquel
“Senhora do Destino”(Globo, 2004) - Maria Eduarda
“JK” (Globo, 2006) -Sarah Kubitschek
“Sinhá Moça” (Globo,2006) - Sinhá Moça
“Duas Caras” (Globo,2007) - Júlia
“Som & Fúria” (Globo,
2009) - Sarah
“Escrito nas Estrelas”(Globo, 2010) - Beatriz
“A Mulher Invisível”(Globo, 2011) - Clarisse
“Avenida Brasil”(Globo, 2012) - Nina
Trajetória televisiva
AprimeiraprotagonistadeDé-
bora Falabella na Globo veio em
“Sinhá Moça”, quando interpre-
tou a personagem-título do “re-
make” de Benedito Ruy Barbosa,
em 2006. Mas a função de moci-
nha é recorrente na carreira da
atriz. Foi assim em quase todos os
trabalhos, como quando viveu a
sofrida Mel, de “O Clone”, que lu-
tava para se livrar das drogas e vi-
verum grande amorcom ohumil-
de Xande, de Marcelo Novaes. Ou
quando encarnou as determina-
das Maria Eduarda e Júlia, de “Se-
nhora do Destino” e “Duas Ca-
ras”, respectivamente, novelas de
AguinaldoSilva.“Nunca meinco-
modou interpretar mulheres boas.
Só não gostaria de fazer a mesma
coisa. Quando as propostas são di-
ferentes, não vejo problema”, de-
fende, sempre com a voz serena.
A atriz até interpretou uma as-
pirante a vilã na tevê. Em “Escrito
nas Estrelas”, Zezé Polessa e ela vi-
veramasdeslumbradasSofiaeBea-
triz, mãe e filha dispostas a qual-
quercoisaparasedarembemnavi-
da.Mascomoograndevilãodahis-
tóriaeraomaquiavélicoGilmar,pa-
pel de Alexandre Nero, acabou so-
brando para as duas as cenas mais
cômicas da trama. Um lado que,
até então, Débora ainda não tinha
explorado tanto na tevê. “É claro
que quero fazer uma vilã. Mas es-
tousatisfeitacomosrumosquemi-
nha carreira tomou”, enfatiza.
Volta ao passado
“Avenida Brasil” fez Débora
Falabella relembrar uma fase im-
portante de sua carreira na televi-
são. Em 2000, a atriz morou em
Buenos Aires para gravar a novela
infantil “Chiquititas”, exibida en-
tre 1997 e 2001 pelo SBT. Agora,
12 anos depois – Débora partici-
pouda temporada que foi ao ar em
2000 –, ela voltou ao país para gra-
var cenas de Nina. Isso porque no
texto de João Emanuel Carneiro,
sua personagem é adotada por
uma família argentina e consegue
sair da miséria do lixão. “Foi um
reencontro muito bacana. Passei
10 meses gravando lá quando fiz
‘Chiquititas’ e foi muito bom po-
der voltar justamente em uma fase
tão importante da minha vida,
com esse papel”, diz. Desta vez,
ela passou apenas 10 dias gravan-
do em Mendoza, no Oeste do país,
um importante pólo de produção
de vinho e de azeite. �Com Antônio Caloni e Zezé Polessa em “Escrito Nas Estrelas” (2010)
Débora como a Clarisse nasérie “A Mulher Invisível”
Caminho do bem
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 19 - TV
Cauã Reymond volta ao horário das nove como jogador de futebol em “Avenida Brasil”
TV Press
A paixão de Cauã Reymond
pelo esporte deixou de ser ape-
nas um “hobby” para se tornar
parte do seu trabalho. O ator,
que já praticou de jiu-jítsu a yo-
ga e dedica alguns fins de sema-
na ao surfe, treinou muito para
interpretar o ciclista Danilo
em “Passione”, de 2010. De-
pois de se familiarizar com a bi-
cicleta, chegou a vez de Cauã
ganhar intimidade com a bola
e os gramados. Em “Avenida
Brasil”, nova novela das nove
da Globo, ele dá vida ao joga-
dor de futebol Jorginho. Apesar
de ter tido algumas dificuldades
no início da preparação para o
personagem, a evolução de seu de-
sempenho foi elogiada pelo dire-
tor Ricardo Waddington, que
chegou a brincar que Cauã não
era mais um “perna de pau”.
“Eu estou melhorando muito.
Às vezes até eu me surpreen-
do”, valoriza o ator, que tem
treinado semanalmente e garan-
te que nenhuma de suas cenas
terá dublê. De qualquer forma,
uma característica importante
de Jorginho é que ele não é um
grande jogador. Nem mesmo
razoável. “A posição dele é ata-
cante que perde gol”, diverte-se.
Para entender melhor o uni-
verso do futebol, Cauã está
atento, há mais de quatro me-
ses, a quase todos os jogos que
passam na televisão. E foi as-
sim que ele começou a reparar
como eram os penteados dos jo-
gadores. Depois de avaliar com
a produção, ele optou por cor-
tar o cabelo com as laterais
bem curtas. O resto da caracte-
rização inclui um cordão de ou-
ro e uma tatuagem no braço. O
ator também conversou com vá-
rios jogadores para saber sobre
suas rotinas e recebeu algumas
dicas, como escutar determina-
das rádios e músicas do compo-
sitor Arlindo Cruz e do grupo
Exaltasamba. “Não tem um jo-
gador que sirva como paralelo
direto ao Jorginho. Eu não ten-
tei imitar ninguém, o que eu
fiz foi pegar o discurso de um e
juntar com a forma de vestir ou
trejeitos de outro”, explica.
Na trama de João Emanuel
Carneiro, Jorginho é filho ado-
tivo do famoso jogador de fute-
bol Tufão, encarnado por Muri-
lo Benício. Ao longo dos anos,
ele fez carreira no time carioca
Flamengo e também jogou na
seleção brasileira e na Europa.
Jorginho, que sonha em ser co-
mo pai, sofre por ser apenas um
jogador reserva de um time da
segunda divisão, o fictício Divi-
no Futebol Clube. Como se não
bastasse, o rapaz teve uma infân-
cia triste. Abandonado aos 3 anos
em um lixão, ele só foi adotado
por Carminha, de Adriana Este-
ves, e Tufão aos 12 anos. “O Jorgi-
nho ainda vai de descobrir mui-
tas coisas sobre o passado e a pa-
ternidade dele”, adianta.
Nos primeiros capítulos,
Jorginho vive no lixão e é inter-
pretado pelo ator mirim Ber-
nardo Simões. Lá, ele conhece
Nina/Rita, vivida na primeira
fase por Mel Maia e na segunda
por Débora Falabella, que é o
seu primeiro amor. Eles cons-
troem suas vidas em lugares di-
ferentes, mas no futuro irão se
reencontrar. Enquanto isso, ele
vive um romance com Débora,
de Nathalia Dill. “A princípio,
o Jorginho é um personagem lu-
nar e tem uma carga emocional
pesada. Mas, quando a Débora es-
tá por perto, ele fica mais solar e
vai até para um lado mais cafajes-
te”, analisa o ator, que comemora
mais uma parceria com a atriz.
Em “Cordel Encantado”, Natha-
lia encarnava Dora, uma moça
apaixonada pelo protagonista Je-
suíno, de Cauã. “A gente está
construindo uma relação dos per-
sonagens totalmente diferente da
que construímos em ‘Cordel’.
Mas ela reclama que está sempre
correndo atrás de mim”, conta
aos risos.
A intenção do autor é que
Nina/Rita e Jorginho sejam o
casal central da história. O que
depende da reação do público,
afinal, a mocinha é uma mu-
lher que sonha em se vingar da
madrasta, a falsa Carminha. Ca-
so haja uma rejeição da audiên-
cia pela protagonista inicial,
João Emanuel Carneiro pode
optar por investir no romance
de Jorginho com Débora.
“Acho que a história dele com
a Nina é muito bonita. Mas o
João pode mudar o rumo dos
dois. Nunca se sabe”, pondera
o ator, que depois de já ter atua-
do três vezes no horário das no-
ve, agora tem a responsabilida-
de de dar vida a um dos prota-
gonistas de “Avenida Brasil”.
“O Jorginho é um personagem
muito interessante. Ele é mui-
to perturbado para se restringir
ao papel de mocinho românti-
co”, defende. �
“Avenida Brasil” - De segunda asábado, às 21h, na Globo
Inside
OLHO NO LANCE
HáquatromesesCauãReymondassisteaquasetodososjogosdefutebol quepassamnatelevisão
Luiza Dantas/Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Para garantir fôlego à
história, “A Grande
Família” traz novos
personagens em sua
12ª temporada
TV Press
Após 11 anos e 402 episódios, “A
Grande Família” volta ao ar com gran-
des mudanças em sua 12ª temporada.
Na mira da alardeada ascensão da clas-
se C, a série – que tem reestreia pre-
vista para o próximo dia 5 – ganha no-
vos cenários e personagens que refle-
tem esse crescimento econômico e po-
dem ajudar a manter o fôlego em
mais um ano de produção. “A gente
precisa sempre realimentar a história
central e a dos personagens paralelos.
Queremos trazer verossimilhança e
mostrar um país que se moderniza. O
cenário da rua, por exemplo, passa a
ser cortado por uma linha de trem”,
afirma o diretor Luís Felipe Sá.
Entre as maiores mudanças do rotei-
ro, está o crescimento de Florianinho,
vivido agora pelo ator mirim Vinícius
Moreno. O personagem, que está na pré-
adolescência, traz conflitos educacio-
nais para dentro da casa. “Florianinho é
meio malandrinho, gosta de aprontar e,
principalmente, odeia o nome, pois pen-
sa que é de velho”, revela o ator de 13
anos, que estreou na tevê na minissérie
“JK”, em 2006. No episódio de rees-
treia, Lineu, vivido por Marco Nanini,
sofre um acidente e passa quatro anos
em coma. O período em que o persona-
gem passa desacordado é estratégico pa-
ra que as mudanças na série ocorram e
as histórias sejam repaginadas.
Enquanto o patriarca da família Sil-
va dorme, Agostinho, de Pedro Cardo-
so, aproveita para transformar o carro
de Lineu em mais um táxi de sua frota e
constrói uma piscina e academia de gi-
nástica na casa dos sogros. “A volta do
Lineu é como a volta da lei. Ele precisa
recuperar tudo que o Agostinho se apos-
sou”, adianta Bernardo Guilherme, que
assina o texto final ao lado de Marcelo
Gonçalves e Mauro Wilson. Nesta no-
va leva de episódios, Lineu procura re-
tomar as rédeas de sua vida e se reapro-
ximar do neto, que conhece muito pou-
co. Por isso, presenteia Florianinho
com uma pipa, para curtir novos mo-
mentos com ele. Além disso, ele irá fi-
nalmente realizar a tão sonhada via-
gem para Buenos Aires com Nenê, vivi-
da por Marieta Severo.
Ao voltar para sua vida normal, Li-
neu terá de se acostumar com um mun-
do totalmente novo e estranho. Nenê,
personagem de Marieta Severo, passa a
trabalhar como estilista da grife de Ke-
ly, interpretada por Katiúscia Canoro,
em participação especial. A inserção de
novos personagens são ideais para repa-
ginar as histórias. “A entrada da
Katiúscia traz um humor popularesco
para o programa. Uma novidade interes-
sante”, analisa Nanini. Com a ausência
do marido, a dona de casa tem de apren-
der a conviver com uma situação com-
pletamente nova ao lidar com os senti-
mentos do médico de Lineu, Dr. Rome-
ro, vivido por Juca de Oliveira. “Ele foi
o médico que se dedicou a salvar o Li-
neu. Durante o coma, foi o porto seguro
da Nenê”, destaca a atriz, que garante
que o futuro da família Silva não está
ameaçado pelo divórcio.
As caracterizações também são mar-
cas importantes nas mudanças dos per-
sonagens. Para evidenciar sua faceta
emergente, Bebel, de Guta Stresser, não
economizou no visual perua, ao colocar
silicone, clarear e alongar os cabelos. Já
Lúcio Mauro Filho conservou a barba
ostentada durante as férias do programa
para dar forma à nova fase do mimado
Tuco, que consegue alcançar a fama ao
participar de um programa de humor.
“O Tuco sempre carregou esse lado ir-
responsável da dramaturgia. Vai ser o
sonho do Lineu acordar e encontrar o fi-
lho trabalhando de fato”, acredita.
“A Grande Família” está na grade
da Globo desde 2001. No entanto, o
elenco, aparentemente, não se mostra
cansado em interpretar os mesmos per-
sonagens. A busca por trabalhos parale-
los são ideais para diversificar e sair da
temida zona de conforto da atuação. Pa-
ra Guta, o grande diferencial deste tra-
balho é poder envelhecer junto com a
personagem, o que torna a trama mais
natural aos olhos do público. “Do mes-
mo jeito que os anos pesam para mim,
também pesam para Bebel. Ela fica
mais madura a cada ano que passa”,
aponta Guta, que estreou na série com
27 anos e hoje está com 39. �
“A Grande Família” - Reestreia previstapara o dia 5 de abril, às 22h30, na Globo
Bastidores
Assim caminha a‘suburbanidade’
Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação
Marco Nanini e Marieta Severo em “A Grande Família”: 12ª temporada estreia no dia 5
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H50
Segunda-feira - Grace Kelly hesita,mas concorda com a proposta deDiva. Camila conta que foi expulsade casa por Ricardo e pede abrigoa Claudia. Alberto chega ao hospi-tal com Bernadete e avisa Saritaque a sócia entrou em trabalho departo. Maruschka aceita o convitede Alberto para trabalhar no CremeMegalisatômico. Bernadete admi-
te para Ricardo que ele é o pai deseu filho. Sarita tira Cléo e Tide doLar. Deusa sai com Eveva e sofreum atentado.Terça-feira - Eveva tenta socorrerDeusa enquanto Grace Kelly obser-va tudo pela varanda do apartamen-to. Sarita abriga Cléo e Tide emsua casa. Olga descobre que Otíliapediu um novo julgamento e ataca
a irmã. Ricardo leva Bernadete e ofilho recém nascido para sua casa.Amália pede Joselito em casamen-to. Bernadete pede para Ricardodemitir Dalva. Deusa sai do estadocrítico e Sarita comemora.Quarta-feira - Maruschka adota umvisual mais simples para trabalharna Boca do Capeta. Ricardo pergun-ta a Camila se ela já sabia que Ber-
nadete esperava um filho dele.Amália leva Joselito para morar emsua casa e Brites implica com o vi-dente. Maruschka começa a traba-lhar no Creme Megalisatômico e é re-cebidapor Ana Girafa.ClaudiaeVicen-te fazem o curso de noivos. Raíssa eAgenor leem o resultado do exame deDNA da família e descobrem toda averdade. Grace Kelly é interrogada
por Raul.Quinta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumo deste capítulo.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumo deste capítulo.Sábado - Até o fechamento desta edi-ção, a emissora não divulgou o resu-mo deste capítulo.
AVENIDA BRASIL - 21H00
AMOR ETERNO AMOR - 18H15
Segunda-feira - Betânia não con-segue impedir que Rita tente fa-lar com Tufão. Carminha orientaMax a conquistar Ivana. Carmi-nha e Tufão se casam. Carmi-nha tem uma filha e Tufão se co-move. Monalisa se surpreendecom o tamanho da fila de clien-tes em seu salão de beleza. Ritaé adotada por Martín, que a levapara a Argentina. Rita passa aser chamada de Nina. Martínpassa mal e pede para Nina es-quecer do seu passado com Car-minha, mas ela decide voltar pa-ra o Brasil.Terça-feira - Mercedes e Nina ten-
tam descobrir o paradeiro de Be-gônia. Max fica nervoso quandoIvana avisa que começará um tra-tamento para engravidar. Carmi-nha exige que Tufão repreenda ofilho. Por causa de uma confusãocom Begônia, Nina vai parar emuma delegacia. Tufão pede paraJorginho se desculpar com Carmi-nha. Jorginho mostra a Déborauma foto de Rita no depósito delixo. Nina chega ao Brasil.Quarta-feira - Nina tenta alugarum apartamento em Copacaba-na. Monalisa diz a Olenka que fi-cou abalada com o encontro queteve com Tufão. Nina vai à casa
de Lucinda e pergunta por Bata-ta. Noêmia conta a Cadinho quecomprou um apartamento paraos dois no Rio de Janeiro. Palo-ma se esconde de Alexia no shop-ping. Nina encontra Ivana e seoferece para trabalhar como cozi-nheira na mansão de Tufão.Quinta-feira - Carminha reclamada comida de Janaína. Monalisarepreende Iran por paquerar Tes-sália. Lucinda encontra o recibodos aluguéis pagos do aparta-mento de Nina. Jorginho se des-culpa com Carminha. Diógenesgarante que seu filho será a reve-lação do Divino Futebol Clube. Ni-
na chega à mansão de Tufão. Jairencontra Tessália e os dois sedesentendem. Nilo pergunta porRita para Lucinda. Ivana apresen-ta Carminha a Nina.Sexta-feira - Nina fica nervosa napresença de Carminha. Lucindamente para Nilo sobre Rita. Lele-co defende Tessália de Jair. Car-minha hesita antes de reconhe-cer o talento de Nina na cozinha.Jorginho se desentende com To-más ao vê-lo paquerar Débora.Lucinda descobre que Nina este-ve na casa de Carminha. Suéllenjoga seu charme para Darkson eo leva para a sala de troféus. Jor-
ginho pede Débora em casamen-to. Lucinda procura Nina na casade Carminha.Sábado - Carminha reclama de Ni-na para Tufão. Débora diz a Jorgi-nho que quer conhecer Lucinda.Cadinho passeia disfarçado comNoêmia. Carminha não gosta dever Nina se aproximando de Max.Suéllen convida Iran para ir à suacasa. Carminha contraria uma su-gestão de Nina só para desmora-lizá-la. Nina reencontra Betânia.Noêmia discute com Cadinho edecide terminar o casamento. Ni-na descobre que Jorginho e Bata-ta são a mesma pessoa.
Segunda-feira - Rodrigo pede para che-car as instalações da ONG e desagradaDimas.Miriam conseguequesuamaté-ria seja capa da revista. Pedro reclamade Gracinha. Fernando e Dimas ficamapreensivos quando Mauro conta paraRodrigo sobre os problemas da ONG.BrunoreclamadocomportamentodeJu-liana.ValdireneaparecenaescoladeMi-chele, mas Regina a impede de falarcom a neta. Rodrigo anuncia para Di-mas e Fernando que ficará com a saladadiretoria.Terça-feira - Regina destrataValdirene e
a manda se afastar de Michele. Zé daCarmem desiste de brigar com Josué.Pedro se irrita por ter de dividir um quar-tocomGracinha.TerezaentregaaRodri-go os documentos que Verbena guarda-va sobre seu desaparecimento. Brunotenta convencer Valdirene a contar seusegredo para ele. Julinho fala para Laísqueapediráemcasamento.Melissaseirrita com a chegada dos empregadospara a leitura do testamento de Verbe-na. Kléber surpreende a todos quandocoloca um DVD de Verbena para decla-rar seu testamento.Quarta-feira - Melissa fica frustrada
quandodescobreoqueVerbena lhedei-xou como herança. Fernando reclamado que Verbena deixou para Miriam esuas irmãs. Clara sonha com Verbena.Tobias diz que não quer mais saber desua irmã. Zé e Carmem tiram Valéria doconvento. Gabi se irrita com a declara-çãoque Verbena fez sobreelana leiturado testamento. A estátua de São Jorgede Ribamar desaparece da portaria doprédio.Rodrigo vai à casa deMiriam.Quinta-feira - Clara interrompe o encon-troentreMiriameRodrigo.Ribamaracu-saOlgapelosumiçodesuaestátua.Cla-racomentacomRodrigosobreointeres-
sedeMiriampelasestrelas.TerezaeAn-tônio expulsam Melissa da casa de Ro-drigo.ValériacontaparaJaciraquepodeestargrávidadeRodrigo.Clara temumavisão do lugar onde Rodrigo morou emMinasGerais.Sexta-feira - Clara se alegra ao ver o pô-nei que ganhou de Verbena. Jáqui recla-madoassédiodasmeninasemrelaçãoa Kléber. Antônio consola Teresa. Rodri-go salva Fernando de uma cobra. Riba-marfazgreveenquantosuaestátuaesti-ver desaparecida. Lexor abençoa o pô-nei de Clara. Juliana finge não ver Brunonapraia. Josué tentabeijar Valéria.Hen-
riquesedesesperacomosumiçodePe-dro. Clara descobre o nome do vilarejoondeRodrigo morouemMinas Gerais.Sábado - Gabi ironiza a descoberta deClarasobreaantigacasadeRodrigo.Ju-linhoeLaísesperamansiosospelahorado pedido de casamento. Rodrigo falaparaMiriamqueabeijouporquepensouqueela fosseElisa.MarleneeMauroseenfurecemcomo pedidodecasamentodeJulinho.AestátuadeSãoJorgereapa-recemisteriosamentenaportaria.Jaciracompra um teste de gravidez para Valé-ria.MiriameClaraencontramo lugaron-deRodrigo viveuemMinas Gerais.
Segunda-feira - Cristal fica furiosacom a presença de Alexia em suacasa. Natália diz a Moisés que te-ria conseguido mais destaque parao grupo Pagodeiros dos Anjos se ti-vesse lançado a notícia para amídia. Babi tem uma ideia para aju-dar Jefferson a se vestir bem. Ga-briel, Alexia e Natália procuram porCristal. Maria trama com Suzanauma matéria para insinuar que elaestá namorando Betão. Débora seirrita com a notícia sobre o namorode Filipe e Isabela. Suzana beija Fa-
biano na frente de Laura. Gabrielencontra Cristal.Terça-feira - Cristal diz a Gabrielque deixou um bilhete para Alexiaavisando que iria sair. Cristal discu-te com Alexia e finge passar mal nafrente de Gabriel. Bertoni diz aMoisés que quer que os Pagodei-ros dos Anjos componham uma mú-sica exclusiva para estrear no seria-do. Babi não gosta de saber queBetão deu uma entrevista parauma revista de fofoca.Cristal con-segue uma barriga falsa em uma lo-
ja para gestantes. Alexia vai falarcom Cristal.Quarta-feira - Cristal exige que Ale-xia se afaste de Gabriel. Alexia co-menta com Gabriel sobre as amea-ças de Cristal. Babi acompanha Je-fferson até o cabeleireiro. Betão fi-ca tenso quando vê a matéria so-bre ele e Maria na revista. Isabelapede para falar com Filipe. Babi,Laura, Alexia e Tamtam ajudam Je-fferson a se arrumar com roupasdo brechó. Natália avisa a Gabrielque Cristal já foi para a casa de
seus pais. Fabiano invade o brechóe pede Laura em namoro.Quinta-feira - Babi, Alexia, Tamtame Jefferson deixam Laura e Fabia-no sozinhos no brechó. Gabriel ficaemocionado quando Cristal falaque o filho que ela está esperandoé um menino. Alexia festeja ao sa-ber que o filho de Gabriel será ummenino. Bertoni orienta Gabriel aprocurar Moisés para falar sobre oCentro Esportivo. Betão flagra Gui-do e Babi no quarto e se enfurece.Moisés fica nervoso quando Ga-briel entra em seu escritório.
Sexta-feira - Gabriel conta quequer criar um Centro Esportivo naComunidade, mas Moisés é contrao projeto. Gabriel fala para Bertoniavisar a Moisés que ele dará aulasde kung fu na quadra. Débora vêIsabela com uma sandália igual àsua. Ziggy ajuda Betão a pendurara faixa. Laura fica encantada como novo visual de Fabiano. Kiko ar-ma uma passeata com os meninosda comunidade para que Moisésdeixe Gabriel fazer o Centro Esporti-vo. Maria se joga nos braços de Be-tão e Babi vê a cena.
Resumo das novelas
AQUELE BEIJO - 19H15
GLOBO
TV - 22 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira - Amanda pede paraEduardo ir embora de seu escritório.Aline revela a Flávio um plano paraacabar com Vitor. Vera comenta comLucy que Aline não vai dar o divórcio aVitor, amenosqueela fiquecomtodoo dinheiro dele. Eduardo vai à empre-sa de Amanda e ela acusa Eduardode ser amante de Heloísa. EduardoconvidaAmandaparaalmoçar.Aman-da começa a se sentir mal, Eduardotenta ajudá-la e os dois se beijam. Vi-tor eAline saempara almoçar.Terça-feira - Eduardo pergunta aAmandaseelasente faltada fazenda
e pede para ela voltar com ele. Aman-darevelaquesentemuitadornocora-ção quando lembra do que ele a fezpassar na fazenda. Eduardo declaraseu amor e promete fazê-la a mulhermais feliz domundo. Aline e Vitor che-gam ao restaurante onde Amanda eEduardo estão. Vitor vai até a mesa eosconvidaparaalmoçar juntos.Eduar-doafirmaaHeloisaqueAmandaacre-dita que os dois são amantes. Heloi-saafirma que vai precisar deEduardoquando for revelar toda a verdade pa-raAmanda.Quarta-feira - Aline revela a Olavo que
comprou40%dasaçõesdobancoVa-rela. Heloisa pergunta a Eduardo seele sente alguma chance em voltarcom Amanda. Eduardo diz que Aman-da está cedendo aos poucos. Aman-daeEduardochegamàmansão.Verapede perdão a Amanda por todas asinjustiças que cometeu contra ela.Emocionada, Amanda perdoa a tia ediz que é grata pela educação que re-cebeudeVeraeOlavo.AmandavaiaoquartodeAlineedizquenãovaideixá-la desestruturar a família.Quinta-feira - Amandadizquevai fazerAlinepagar peloque está fazendo.Ali-
ne provoca Amanda ao afirmar queainda bem queela está casada, casocontrário nasceria mais um bastardo.Amanda dá uma bofetada na cara deAline. Amanda conta a Lucy que elae Eduardo se beijaram. Desconfia-da, Amanda revela a Lucy queacredita que Eduardo tem umaamante e o nome dela é Heloisa.Na sala, Eduardo fala a Vera e Ola-vo que não é a primeira vez queAmanda passa mal. Tita comentaque talvez Amanda esteja grávi-da. Eduardo vai à casa de Aman-da, pergunta se ela está grávida ese o pai é Vitor.
Sexta-feira - Eduardo diz a Amandaque lembradequandoVitorestevenafazenda. Eduardo afirma que Vitor épai do filho de Amanda. Ao ouvir o de-saforo, Amanda expulsa Eduardo desua casa. Chateada, Amanda telefo-na para Bianca para dizer que Eduar-doperguntouseofilhoqueelaesperaé de Vitor. Vera revela que se senteculpada por ter cometido injustiçascontraAmanda.Eduardopededescul-pas a Amanda e a convida para a fes-tadoencontrodosempresários.Alinecomenta com Flávio que quer se vin-gar de Amanda. Fria, ela diz que quermatar aprima.
Terça-feira - A pedido de Davi, Jo-sias vai à casa de Bate-Seba paralevá-la ao palácio. Quando chegaao palácio, as esposas, concubi-nas e servas se acotovelam paraver a mulher. Mical promete ator-mentá-la. Natã afirma que o bebêde Bate-Seba morrerá. O profeta
conta que Deus não levará Daviporque ele se arrependeu, mas amo r t e da c r i ança se ráconsequência de seu pecado.Após muito sofrimento, o bebênasce. Bate-Seba percebe que acriança não está bem. Mical ficafeliz com a notícia. Ela afirma que
deseja a morte do bebê. Bate-Se-ba chora, inconsolável, abraçadaao filho morto.Quinta-feira - Mical e Allat saemdo palácio, misteriosas. Bate-Se-ba e Davi se abraçam, sofridos. Orei afirma que Deus está oferecen-do uma nova chance para que pos-
sam ser felizes. Após uma passa-gem de tempo, grávida de seismeses, Bate-Seba devora algu-mas frutas com vontade. Micaltenta provocar, mas a filha deLaís não se abala e responde à al-tura, deixando a ex-mulher dePaltiel furiosa. Algum tempo de-
pois, Bate-Seba dá à luz a ummenino. A criança nasce muitosaudável. Depois que Bate-Se-ba dorme, sob efeito do pó, Mi-cal pega Salomão nos braços.Ela enrola o bebê em um tecidoe o esconde. Mical sai acompa-nhada por Ziba.
Segunda-feira - Rita se aproximalentamente de Firmina, que se as-susta ao vê-la. A dançarina con-vence a catadora a se afastar umpouco para que possam conver-sar mais reservadamente. O pro-motor monitora tudo ao lado dePatrícia. Rita tenta convencer Fir-mina de que ela não estava no ca-tiveiro. Carlos chega ao enterro,acompanhado por Grace. Firmina
é baleada pelo homem que aaguardava em sua casa. Ele deixaa carteira de Patrícia perto do cor-po. Patrícia fica chocada ao ver ocorpo de Firmina.Terça-feira - Curiosas, algumaspessoas se aproximam do corpode Firmina. Patrícia se diz inocen-te, mas todos a olham acusatoria-mente. Ela decide correr e vai pa-ra seu carro. Chorando, ela liga
para o promotor e conta que a ca-tadora de lixo foi morta. Guilher-me diz a Francisco que Patrícia foipresa sob a acusação de assassi-nato. Rita tenta envenená-lo con-tra a ex-namorada. Regina e Patrí-cia ficam na mesma cela. Patríciafica arrasada ao imaginar que Mi-guel pode estar nos braços de Ri-ta. Regina diz à filha que vai fugirdurante a madrugada e a chamapara acompanhá-la.
Quarta-feira - Patrícia se nega aacompanhar Regina durante a fu-ga. Sete homens entram na dele-gacia, armados, e rendem todosos policiais. Alguns deles vão emdireção a cela de Regina. Emocio-nada, Patrícia diz que não vai fu-gir. Antes que Regina vá embora,as duas se abraçam. Na porta dadelegacia, Regina fica paralisadae pede que todos esperem. Ela
volta para a cela e diz a Patríciaque nunca vai abandoná-la. Asduas se abraçam chorando bas-tante. Francisco fica sabendo oque aconteceu na delegacia e nãoentende por que Regina desistiuda fuga.Quinta-feira - A emissora não di-vulgou o resumo deste capítulo.Sexta-feira - A emissora não divul-gou o resumo deste capítulo.
Segunda-feira - Tomás acha graçada fantasia de Lucy e Miguel, en-quanto os outros ficam abisma-dos. Miguel explica que se tratade um jogo de RPG em que todosrepresentam personagens. Lucyafirma que eles devem jogar otempo todo, inclusive no colégio.Pilar pergunta a Binho o motivode sua implicância com Miguel.Binho afirma que as pessoas quevão para a casa dos gêmeos vol-tam estranhas. Miguel diz a Lucyque acredita que ela esteja inte-ressada em Pedro. Pedro, Alice,Tomás, Carla, Diego e Robertase vestem com capas e seguem
as indicações do mapa até umacaverna.Terça-feira - Miguel diz a Pedroque ele não pode sair, mas o re-belde não escuta. Lucy vai atrásde Pedro. Miguel afirma que o jo-go é seguro, mas que eles não po-dem questionar o mestre. Lucytenta convencer Pedro a ficar,mas ele garante que não gosta deseguir ordens. Miguel e Alicesaem para jantar e dançar. Lucyleva Pedro para o sótão e eles sebeijam. Diego pede para dormirna casa de Roberta para evitar ochoro dos bebês de Sílvia. Pedroe Lucy se beijam e Alice vê.
Quarta-feira - Pedro sai do beijo etenta se explicar para Alice. Lucye Miguel agem despreocupada-mente diante da saia justa. Vitó-ria finge se sentir culpada ao sa-ber que Carla a viu beijar Tomás.Tomás se desculpa com Carla eela afirma que está tudo bem. Evafica surpresa ao descobrir queDiego vai passar a noite em suacasa. Pedro ouve uma gravaçãoda risada de seu pai ao telefone.Beth afirma que deve ser apenasum trote. Alice sente um apertono peito e fala para Roberta quealgo está para acontecer.Quinta-feira - Pedro escapa de le-
var uma surra de Herculano fugin-do com a moto do vilão. Diego sesente culpado por ser negligentecom seus irmãos e Márcia o con-sola. Pedro coloca Beth e Jorgecontra a parede e exige saber detoda a história sobre seu pai. Ro-berta e Alice tentam visitar Diego,mas Franco as impede. Jorge ex-plica a situação para Pedro, quese arrepende de ter sido durocom Franco. Tomás vê Bernardopegando nas mãos de Carla e ficafurioso. Pedro encontra Alice na bi-blioteca e pede desculpas por teracusado Franco. Pedro e Alice sebeijam após se reconciliarem.
Sexta-feira - Tomás vê Carla e Ber-nardo juntos e fica com ciúme.Pe-dro questiona Alice sobre Miguel.Binho convence Téo a ajudá-lo acriar um RPG. Diego entra na on-da de Tomás e também aceita jo-gar RPG. Carla conta para Alice eRoberta que está balançada entreBernardo e Tomás. Tatiana acon-selha Leila a observar de perto osprofessores do Elite Way. Miguelse diz decepcionado com Lucy porela não ter convencido Pedro a jo-gar RPG. Os alunos do Elite Wayse encontram no corredor para jo-gar RPG. Lucy vai atrás de Pedropara convencê-lo a jogar.
Resumo das novelas
CORAÇÕES FERIDOS – 20H30
REI DAVI - 23H00
VIDAS EM JOGO - 22H15
REBELDE - 20H30
RECORD
SBT
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 23 - TV
Resorts de luxo mundo afora
atraem surfistas em busca de
conforto e alta gastronomia
Agência O Globo
Os filmes de surfe até os
anos 1990 popularizaram a ima-
gem do atleta que, viajando
atrás de ondas perfeitas em paí-
ses como Indonésia e El Salva-
dor, passava todo tipo de per-
rengue. Barracas ou pousadas
repletas de mosquitos e sem se-
quer água encanada podiam fa-
zer parte do roteiro. Mas isso é
coisa do passado. Surfista, ago-
ra, também viaja de classe exe-
cutiva e se hospeda em resorts
de luxo, muitos deles erguidos
especificamente para a tribo do
mar. Praias conhecidas pela
perfeição das ondas, como Chi-
cama, no Peru; Cloudbreak,
nas Ilhas Fiji, e Lohis, nas Mal-
divas, atraem uma galera com
dinheiro e a fim de combinar
adrenalina e conforto.
O Chicama Surf Resort, por
exemplo, tem chalés com vista
privilegiada para o Oceano Pa-
cífico e internet sem fio, adega
considerável no restaurante e
spa com saunas, massagens e ja-
cuzzi. Como a onda de Chica-
ma percorre longas distâncias,
o hotel oferece um barquinho
que leva o surfista até o ponto
onde ela começa, para o hóspe-
de não precisar remar até lá.
Molezinha...
Tavarua, uma ilhota em for-
ma de coração no arquipélago
das Ilhas Fiji, é um paraíso.
Bangalôs luxuosos e com ar-
condicionado, culinária de alto
nível, spa e duas das melhores
ondas do mundo ao alcance
dos hóspedes: Cloudbreak e
Restaurants. Esta última que-
bra bem em frente ao restauran-
te do resort. Você come bem en-
quanto espera pela melhor ho-
ra da maré para cair na água.
Quer mais o quê?
Turismo
EM BUSCADE ONDAS
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Uma onda perfeita em algum lugar próximoUma onda perfeita em algum lugar próximo
ao hotel Wave Park, na Indonésiaao hotel Wave Park, na Indonésia
Fotos:Agência
OG
lobo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 25 - TURISMO
Partir em busca de altas ondas na Ásia pode ser caro e exaustivo. Mas a recompensa...
Agência O Globo
Viajar para um lugar idílico
com altas ondas no Sudeste da
Ásia é, além de caro, exaustivo.
Para as Ilhas Maldivas, por
exemplo, a principal rota é via
Dubai. Até a capital dos Emira-
dos Árabes, são 15 horas de
avião, saindo do Rio às 2h55m
da madrugada. Depois de uma
espera de três horas no aeropor-
to de Dubai, ainda tem um voo
de quase quatro horas até
Malé, capital das Maldivas, e
uns 30 minutos de barco até a
ilha onde você vai ficar
(Chaaya Island e Lohifushi são
as mais conhecidas). Para
quem viaja de classe econômi-
ca, é como entrar no ringue
contra o lutador campeão de
MMA Anderson Silva. Mas a
recompensa...
A chegada em Lohifushi -
Lohis, para os “íntimos” - é sen-
sacional. O lugar tem água
quente e cristalina, areia bran-
ca e ondas per-fei-tas. O resort
local, da rede Aadaran, oferece
pacotes com três refeições, bebi-
da liberada no bar da piscina o
dia todo, entretenimento à noi-
te (no geral, as atrações são
meio piegas, mas você pode dar
sorte) e traslado entre a ilha e o
aeroporto. Além disso, há servi-
ços cobrados à parte, como mas-
sagens típicas de diferentes paí-
ses asiáticos, além de mergu-
lho, jet ski e outros esportes
aquáticos. São duas as modali-
dades de hospedagem. Uma em
bangalôs na beira da praia e ou-
tra, bem mais luxuosa, em pala-
fitas sobre uma gigantesca pis-
cina de coral.
Com tanta coisa para se fa-
zer, o surfe poderia ficar em se-
Surfe
Sol, ondas incríveis,spa e ar-condicionado
Hospedes tomam café damanhã em bangalô sobreuma translúcida piscinade corais na ilha deLohifushi, no arquipélagodas Maldivas
Fotos:Agência
OG
lobo/Divulgação
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
gundo plano, caso as condições
para o esporte em Lohis não
fossem tão boas. Mas elas são
de sonho. O lugar recebe ondu-
lações constantes do quadrante
Sudeste. O mais comum é ver
séries de ondas de 1,5 a 2 me-
tros de altura, quebrando “azui-
zinhas” e sempre para o lado es-
querdo, oferecendo excelentes
áreas para as mais diferentes
manobras. É um playground
do surfe. Peixinhos coloridos,
golfinhos, enormes arraias e tu-
barões pequenos e inofensivos
são companheiros frequentes.
“Além das ondas maravilho-
sas, Lohis é um lugar incrível
para uma lua de mel, ou para se
estar com a família. Tem até
um parquinho com brinquedos
para crianças”, conta o desig-
ner Gabriel Deodoro, de 35
anos, que esteve lá com a mu-
lher e a filha de 5 anos. “De um
lado da ilha, fica a enorme pisci-
na de corais, com água transpa-
rente e cheia de peixes colori-
dos. Do outro, estão as ondas,
perfeitas e quase sempre com
pouca gente na água.”
Assim como Pasta Point, a
incrível onda que quebra em
Chaaya Island, a praia de Lo-
his é propriedade do resort lo-
cal. Aqui, só pode surfar
quem estiver hospedado.
Uma realidade tão questio-
nável quanto as áreas VIPs
nos shows de rock, mas,
ahn..., é bom quando se está
do lado de dentro. Principal-
mente porque muitos surfis-
tas que viajam para as Maldi-
vas dormem em iates aluga-
dos por grupos de 15 ou até
20 pessoas. Perto de praias
“abertas”, como Jails, Cokes
e Sultans, é normal ver qua-
tro ou cinco embarcações co-
mo essas ancoradas, e quase
cem pessoas disputando cada
onda. Mas se você estiver em
Lohis e quiser variar, pode
pegar um barco do resort e ir
surfar em uma praia pública.
A temporada de surfe nas
Maldivas começa em abril e ter-
mina em setembro. Fora dessa
janela, o vento sopra na direção
“errada” e atrapalha as férias.
Aliás, essa é a primeira preocu-
pação de quem viaja par a sur-
far. Não vá cometer o erro de
viajar para as Ilhas Fiji ou a In-
donésia no verão brasileiro,
por exemplo. A melhor época
em ambos os países é de feverei-
ro a outubro.
Quem esteve na pequenina
Tavarua, nas Ilhas Fiji, descre-
ve a experiência como mágica.
Inaugurado em 1986, o Tava-
rua Surf Resort tem bem me-
nos serviços de entretenimento
do que o resort de Lohifushi,
mas é muito mais reservado.
Enquanto a ilha nas Maldivas
abriga até centenas de pessoas,
o pequeno pedaço de terra em
forma de coração no Oceano Pa-
cífico tem 16 bangalôs bem
equipados, com ar-condiciona-
do, camas queen size e mini-
bar. Do lado de fora, funcioná-
rios profissionais e simpáticos,
um spa e um restaurante que
mistura pratos típicos com culi-
nária contemporânea.
Só que, mais uma vez, as
protagonistas são as ondas. Os
picos de Cloudbreak e Restau-
rants são as principais razões
de quem vai para Tavarua. Di-
ferentemente de Lohis, que re-
cebe muitos turistas que nem
pegam onda, nesse resort nas
Ilhas Fiji o público é quase to-
do de surfistas, profissionais
ou amadores - muitas vezes,
com suas famílias. São empresá-
rios, advogados, investidores
do mercado financeiro... en-
fim, profissionais em busca de
férias inesquecíveis. Mas nem
pense em agendar sua viagem
para junho deste ano. É quan-
do rola a etapa do circuito mun-
dial em Tavarua. A ilha estará
lotada com alguns dos melho-
res atletas do mundo, como
Kelly Slater, Gabriel Medina e
Taj Burrow.
Varanda doresort emTavarua: localperfeito para vero pôr do sol
Suíte de luxo no resort Aadaran Hudhuranfushi, nas Ilhas Maldivas Surfistas na beira da piscina olham para o mar de Chicana, no Peru
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 27 - TURISMO
Agência O Globo
Países como Costa Rica e Peru estão
entre os principais destinos internacio-
nais de surfistas brasileiros e america-
nos. É bem mais perto - e barato - do
que o Sudeste da Ásia ou as ilhas do
Oceano Pacífico. Há cerca de dez anos,
quase todas as opções de hospedagem
lembravam poleiros, mas, com o tempo,
a estrutura hoteleira cresceu à reboque
das hordas de turistas carregados de
pranchas e parafina. Hoje, a praia de
Chicama, um dos lugares mais procura-
dos do mundo por essa tribo, já conta
com um resort, considerado de alto ní-
vel para os padrões do litoral do país.
Na beira da praia, o Chicama Surf
Resort, onde 70% dos hóspedes são bra-
sileiros, tem 18 chalés equipados com ar-
condicionado e internet sem fio, restau-
rante com cardápio variado, academia,
spa, sala de jogos e, o principal, um bar-
quinho que leva a galera até onde a on-
da começa. Este serviço, que fique bem
claro, não é mordomia para atleta pre-
guiçoso. É quase uma necessidade.
Quando o mar está clássico em Chi-
cama, as ondas percorrem distâncias de
até 1km. Ao chegar no final, o surfista
não consegue voltar remando para o
ponto de partida, porque, além de lon-
ge, tem correnteza forte. O jeito seria en-
carar a caminhada de 15 minutos pela
areia quente, mas os hóspedes do hotel
contam com o bendito barquinho para,
num instante, estar de volta lá fora. Gra-
ças a isso, dá para surfar bem mais on-
das em menos tempo.
O problema é que a costa peruana
não é conhecida por sua beleza. A paisa-
gem terrestre é árida e a água, escura e,
muitas vezes, fria. Por isso, se as condi-
ções em Chicama não estiverem legais,
resta pouco a se fazer por lá a não ser jo-
gar sinuca e ver TV. Contudo, a cerca
de uma hora de distância do resort, os
turistas podem surfar as boas ondas de
Pacasmayo, por exemplo. Por conta dis-
so, alugar um carro pode valer a pena.
O mesmo conselho pode ser seguido
em destinos surfísticos na América Cen-
Surfe
Ondas ‘hispânicas’Há bons hotéis para o
surfe perto de você na
América LatinaHóspedes do ChicamaSurf Resort observam asondas perto do hotel
Turista recebe massagem no spa dohotel em Chicama
Fotos: Agência O Globo
Surfista acelera com sua prancha numa ondaperfeita em Chicama, no norte do Peru
TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Há bons hotéis
para o surfe perto
de você na
América Latina
tral. Costa Rica, Nicarágua e El Salva-
dor têm litorais recheados de boas on-
das e, graças à crescente indústria do tu-
rismo, pode-se aproveitar a maioria de-
las sem perrengue na hora de dormir ou
comer. As estradas são esburacadas e
com péssima sinalização, mas isso não é
nada que um veículo 4x4 equipado com
GPS não resolva.
Em El Salvador, a melhor opção de
hospedagem é o Las Flores Surf Club,
em San Miguel, a quatro horas de estra-
da da capital, San Salvador. Trata-se de
um hotel boutique quatro estrelas com
dez suítes. Todas com ar-condicionado,
DVD, chuveiros de alta pressão e inter-
net. O lugar tem piscina, escola de sur-
fe, aulas de ioga e uma vista sensacional
da praia de Las Flores, com suas ondas
incríveis, que quebram sobre fundo de
areia com até 2,5 metros de altura e por
cerca de 300 metros. O grau de dificul-
dade da onda varia de acordo com a ma-
ré, e a melhor época para se estar lá vai
de março a novembro. Perto dali, há ou-
tras opções de bom surfe, como Punta
Mango, a 15 minutos de barco, e La Va-
ca, a 300 metros de Las Flores, onde as
ondas, bem mais curtas e tubulares, são
para surfistas mais experientes.
“O pessoal do hotel é muito simpáti-
co e as ondas estão sempre lá. A cada ho-
ra do dia, você pega o mar de um jeito
diferente. Nunca surfei tanto em uma
semana”, relata o analista de sistemas
Frederico Santoro, que esteve no hotel
em Las Flores ano passado.
Descendo no mapa da América Cen-
tral, a Nicarágua foi “descoberta” pelos
surfistas há menos de dez anos. Desde
então, houve uma corrida imobiliária
no litoral voltado para o Oceano Pacífi-
co. Empreendimentos financiados por
dinheiro americano já estão por toda a
parte. No Sul, praias com ótimas ondas,
como Playa Colorado e Santana, perto
de San Juan del Sur, a três horas da capi-
tal, Manágua, recebem surfistas que se
hospedam em locais como o Hacienda
Iguana Golf & Beach Club, um condo-
mínio com casas, apartamentos para alu-
gar e até campo de golfe.
Linhas perfeitas napraia de Las Flores,em El Salvador,onde há um hotelboutique
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 29 - TURISMO
Varandas de frente para ondas perfeitas e geladas na África do Sul
Agência O Globo
Flamingos voando rente à
superfície, golfinhos saltando
da água, ondas lindas, fortes e
longas quebrando sobre o fun-
do de pedras. A imagem da
praia de Supertubes, em Je-
ffrey’s Bay, está no imaginário
de todo surfista. Vários docu-
mentários sobre o esporte já fo-
ram rodados ali. Atletas lendá-
rios se enfrentaram nos cam-
peonatos que acontecem, todo
ano, em julho. Nessa época, a
pousada African Perfection fi-
ca lotada de competidores fa-
mosos e executivos de marcas
de surfe multinacionais.
O lugar tem suítes enor-
mes, algumas delas com varan-
das amplas e praticamente de-
bruçadas sobre o mar, “de ca-
ra” para Supertubes. Deitado
na cama, ao acordar de ma-
nhã, você mal precisa levan-
tar a cabeça para ver como es-
tão as ondas. Os quartos têm
racks para guardar as pran-
chas, TVs de plasma, DVDs e
chuveiros quentes do lado de
fora, para o hóspede se lavar
antes de entrar - e aquecer o
corpo enquanto tira a roupa
de borracha, já que a água em
Jeffrey’s Bay é gelada.
Com ajuda da equipe do
African Perfection, você con-
segue mergulhar nas várias
atrações na área de Jeffrey’s
Bay. Perto dali, há safáris co-
mo o Amakhala Game Reser-
ve, onde há todo tipo de flora
e fauna africana, como leões,
girafas e búfalos, e o Addo Ele-
phant Park, reserva voltada
para a preservação dos elefan-
tes. A três horas do vilarejo, fi-
ca o famoso bungee jumping
de Bloukrans Bridge, conside-
rado o maior do planeta. São
216 metros de queda livre.
A região, a mais ou menos
60km da cidade de Porth Eli-
zabeth, que recebeu alguns jo-
gos importantes da Copa do
Mundo de 2010, também guar-
da outras praias com ondas
perfeitas, além de Supertubes,
como Cape Saint Francis e
Bruce’s Beauty, onde foram
gravadas várias cenas do famo-
so documentário “The End-
less summer 2”.
Outro bom programa para
se fazer em Jeffrey’s é com-
prar. O vilarejo abriga fábri-
cas de marcas de surfwear
mundialmente conhecidas, co-
mo Billabong, Rip Curl e Qui-
ksilver. As grifes mantém lo-
jas em anexo, vendendo wet-
suits (roupas de borracha) ul-
tramodernos, além de todo ti-
po de equipamentos, com pre-
ços legais. Ótimo lugar para
você renovar o estoque de pa-
rafinas, bermudas, streps,
pranchas e já começar a plane-
jar a próxima surftrip.
Surfe
A um passo do paraíso
Suíte com vista privilegiada na pousada
African Perfection, em Jeffrey’s Bay: rack
para pranchas e chuveiro com água
quente do lado de fora
Fotos: Agência O Globo/Divulgação
TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
ILHAS MALDIVAS
Onde ficar: São dois os resorts maisconhecidos. O Aadharan Hudhruanfushi(adaaran.com) e o Chaayan Island Dhonvelli(chaayahotels.com). Ambos têm instalações deluxo, com altas ondas, mas o segundo é bemmais reservado
Melhor época: Ótimas ondas, com poucovento e água quente, de maio até o fim desetembro
ILHAS FIJI
Onde ficar: O Tavarua Surf Resort(tavarua.com) é um lugar mágico, mas existeuma lista de espera para ficar lá. São 16bangalôs. Portanto, programe-se comantecedência.
Melhor época: De março outubro,ondulações atingem a ilha com frequência.
ILHAS MENTAWAI
Onde ficar: Para quem gosta de sombra eágua fresca, o Wave Park Surf Resort(wavepark.com) é a melhor opção. O hotel tempoucos bangalôs e abriga, no máximo, 12surfistas
Melhor época: De março a outubro. Águaquente e ondas de todos os tipos e tamanhos
CHICAMA
Onde ficar: Os chalés do Chicama SurfResort (chicamasurf.com) ficam bem perto dapraia. Há outras opções, com menos regalias
Melhor época: Tem onda boa o ano inteiro,mas é claro que algumas pessoas podem ficaruma semana lá e não encontrar as condiçõesideais. A água está sempre fria.
NICARÁGUA
Onde ficar: No Sul do país, o HaciendaIguana Beach & Golf Resort(haciendaiguana.com) tem casas eapartamentos sofisticados. No Norte, vocêencontra conforto no condomínio Gran Pacifica
Melhor época: De março a novembro
EL SALVADOR
Onde ficar: O Las Flores Surf Club(lasfloresresort.com) é um hotel boutique quatroestrelas, na cara da praia de Las Flores.
Melhor época: Altas ondas também demarço a novembro
JEFFREY’S BAY
Onde ficar: A pousada African Perfection(african perfection.co.za) é uma das maissofisticadas do vilarejo na África do Sul, pertoda cidade de Porth Elizabeth
Melhor época: De abril a outubro. Masatenção: a água é gelada e usar uma roupa deborracha é essencial
OPERADORAS
A Surf Travel Co (surf travel.com.br) e aNivanaTurismo (nivana.com.br) são especializadasemviagensparadestinos desurfe �
Como chegarA paisagem de Supertubes,uma das ondas maisfamosas do planeta,
cultuada pela tribo do surfe
Surfista em açãonuma onda de
Supertubes, emJeffrey’s Bay
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 / 31 - TURISMO
Paulo Coelho
As liçõesde Einstein
Escritor
Cientista e visionário, ele
deixou seu coração e sua
mente abertos para as
coisas que não podia
colocar em equações
matemáticas
Os dois são a mesma pessoa: Albert
Einstein, capaz de enxergar muito além
do seu tempo, desenvolver uma teoria
que revolucionou o mundo e o pensa-
mento filosófico.
Por outro lado, era alguém que, mes-
mo sabendo que a maior parte dos fenô-
menos físicos pode ser explicada, enten-
deu que não podia compreender tudo.
Deixou seu coração e sua mente aber-
tos, reverenciando também as coisas
que não podia colocar em equações ma-
temáticas. Einstein não era um homem
religioso no sentido tradicional, mas ti-
nha um profundo respeito pela vida e pe-
lo ser humano. No mundo de hoje, quan-
do as pessoas têm explicações para tudo
e ridicularizam qualquer tema que não
se enquadre dentro do pequeno univer-
so que criaram, vale a pena relembrar al-
gumas das palavras do maior e mais im-
portante cientista do século 20:
Nada acontece por acaso: “Deus não
joga dados com o Universo”.
Os medíocres são sempre críticos:
“Os espíritos generosos, porque buscam
um caminho diferente e usam, com cora-
gem e honestidade, a inteligência, sem-
pre encontraram uma oposição violenta
das mentes medíocres. Mas a imagina-
ção é mais importante que a cultura, por-
que o homem que é apenas culto termi-
na cheio de limites, enquanto a imagina-
ção pode dar a volta ao mundo”.
Respeito ao mistério: “O sentimento
mais importante e mais belo que o ho-
mem pode experimentar é o seu respei-
to ao mistério; ele é a fonte de toda a ar-
te e ciência. Quem não pode contemplar
(o mundo) com espanto está com seus
olhos fechados”.
Ciência e religião: “Eu afirmo que a
religiosidade cósmica é a mais forte e a
mais poderosa de todas as ferramentas
de pesquisa científica. Ciência sem reli-
gião é incompleta. A religião sem ciên-
cia é cega. Todas as religiões, artes ou
ciências são frutos da mesma árvore,
cuja única aspiração é fazer a vida do ho-
mem mais digna: ou seja, permitir que
o indivíduo se eleve além da simples
existência física, e seja livre”.
Deixe espaço ao improviso: “Se as
leis da matemática querem ser a base da
realidade, então elas não podem ser fi-
xas. Se as leis da matemática são fixas,
então elas não têm base na realidade. Se
eu soubesse exatamente onde quero che-
gar, não poderia chamar isso de pesqui-
sa, não é verdade?”
Dos constantes enganos a respeito
da ciência: “O estudo científico não é
nada mais do que um refinamento do
que pensamos todos os dias”.
A intuição: “Não podemos permitir
que a lógica seja nossa deusa: ela tem
músculos poderosos, mas lhe falta perso-
nalidade. A mente intuitiva é um pre-
sente sagrado, e lógica é uma serva fiel;
infelizmente, nós criamos uma socieda-
de que honra a serva fiel, e esquecemos
o presente sagrado”.
Sobre sua maior descoberta (usando
o bom humor): “Às vezes, fico pensan-
do como é que cheguei à teoria da relati-
vidade: acho que uma pessoa normal
nunca para de pensar em termos de espa-
ço e tempo, mas, como o meu desenvol-
vimento intelectual foi lento, retardado,
terminei pensando em tempo e espaço
apenas quando já era quase adulto. Co-
mo poderia explicar minha teoria de ma-
neira mais simples? Coloque sua mão
em uma placa quente por um minuto, e
isso vai lhe parecer uma hora. Sente-se
ao lado de uma linda moça por uma ho-
ra, e isso vai lhe parecer um minuto –
eis a teoria da relatividade”.
A morte e o demônio (também
usando o bom humor): “O mais tolo
de todos os temores é o medo de mor-
rer, já que com os mortos jamais ocor-
re qualquer tipo de acidente. E o pior
castigo do demônio foi nos fazer pa-
gar um preço alto por tudo que existe
de bom na vida: ou nossa saúde é afe-
tada, ou torturamos nossa alma, ou
terminamos engordando”.
Finalmente, algumas palavras sobre
si mesmo: “Não é que eu seja mais inteli-
gente ou esperto que os outros, minha
qualidade é não abandonar rapidamen-
te um problema. Quando examino mi-
nha maneira de pensar, chego à conclu-
são que o dom da imaginação sempre te-
ve muito mais importância para mim
que a capacidade de acumular informa-
ções; se eu não fosse físico, seria músi-
co, porque penso como um compositor,
olho minha vida como se fosse música.
E no que diz respeito à minha vida pes-
soal, acho o vício silencioso muito mais
interessante que virtude ostensiva”. �
32 / São José do Rio Preto, 1 de abril de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO