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Departamento de ensino Estudos Bíblico Batismo com o Espírito Santo -1ª Aula Assunto: A diferença entre a operação do Espírito no Antigo Testamento e Novo Testamento - parte 1 Texto: João, capítulo 7, versículo 39: “Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele crescem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.” Amados irmãos, um ponto importantíssimo para que possamos entender sobre o tema “Batismo com o Espírito Santo” é a questão da diferença entre a operação do Espírito Santo no Antigo Testamento e a operação do Espírito Santo no Novo Testamento; este será o assunto das nossas duas primeiras aulas, mas antes, quero deixar claro que o Espírito Santo sempre agiu, tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo Testamento. Nesta aula nos concentraremos na operação do Espírito no Velho Testamento. I- A diferença entre a operação do Espírito Santo no Antigo Testamento e no Novo Testamento. Podemos notar a presença do Espírito Santo logo no primeiro capítulo de Gênesis no momento da criação (Gn 1.2) e em vários outros textos do Antigo Testamento, entretanto, somente no Novo Testamento houve uma revelação plena da sua pessoa, caráter e obra . A maior parte do que sabemos sobre o Espírito Santo, nos foi revelado pelo Senhor Jesus e pelo próprio Espírito através dos escritos do Novo Testamento. Para que você tenha uma idéia, para cada vez que o Espírito é mencionado no Antigo Testamento, mais de três vezes ele é mencionado no Novo. Outro detalhe curioso é que o Espírito Santo é mencionado oitenta e oito vezes no Velho Testamento, e, somente no livro de Atos, o mesmo Espírito é citado mais da metade de vezes do que no Antigo Testamento inteiro. Somente estas informações são o suficiente para deixar claro que o ministério do Espírito Santo é muito mais abrangente na dispensação da Graça, tanto que poderíamos chamar a dispensação atual de “dispensação do Espírito”, bem como poderíamos chamar o livro de Atos de “Atos do Espírito Santo através da Igreja”. O Espírito de Deus sempre existiu e agiu, ele é eterno e é Deus, com o Pai e com o Filho. O Espírito Santo é uma pessoa; a terceira pessoa da trindade, e como Deus, não tem princípio nem fim. Estes são conceitos básicos que fazem parte do discipulado cristão e não será preciso falar a respeito deles, o que interessa ao nosso estudo é saber distinguir que o Espírito Santo no Velho Testamento não habitava para sempre no homem e no Novo Testamento ele vem habitar no coração daquele que crê em Jesus Cristo . Esta grande diferença se deve ao fato do novo nascimento somente ocorrer naquele que crê no sacrifício de Jesus (Jo 7.38,39), e isso foi possível apenas após a morte e ressurreição de Jesus, bem como a sua assunção aos céus (Jo 16.7). Dez dias após subir aos céus, no dia de Pentecostes, Jesus enviou o Consolador (Espírito Santo) que veio habitar no coração daquele que crê. I.1)- O Espírito Santo no Velho Testamento capacitava para determinado serviço Podemos perceber que o Espírito de Deus vinha sobre aqueles que eram separados para uma determinada função, obra ou tarefa especial, mas não habitava em sua plenitude no coração do homem. Estes homens eram cheios do poder do Espírito por algum momento, mas não significa que eram transformados em nova criatura. Exemplos: Ex 31.1-5- Bezalel foi cheio para ter habilidade em todo artifício na construção do

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Departamento de ensinoEstudos BíblicoBatismo com o Espírito Santo -1ª Aula Assunto: A diferença entre a operação do Espírito no Antigo Testamento e Novo Testamento - parte 1

Texto: João, capítulo 7, versículo 39: “Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele crescem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.”

Amados irmãos, um ponto importantíssimo para que possamos entender sobre o tema “Batismo com o Espírito Santo” é a questão da diferença entre a operação do Espírito Santo no Antigo Testamento e a operação do Espírito Santo no Novo Testamento; este será o assunto das nossas duas primeiras aulas, mas antes, quero deixar claro que o Espírito Santo sempre agiu, tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo Testamento.Nesta aula nos concentraremos na operação do Espírito no Velho Testamento.

I- A diferença entre a operação do Espírito Santo no Antigo Testamento e no Novo Testamento.Podemos notar a presença do Espírito Santo logo no primeiro capítulo de Gênesis no momento da criação (Gn 1.2) e em vários outros textos do Antigo Testamento, entretanto, somente no Novo Testamento houve uma revelação plena da sua pessoa, caráter e   obra .   A maior parte do que sabemos sobre o Espírito Santo, nos foi revelado pelo Senhor Jesus e pelo próprio Espírito através dos escritos do Novo Testamento. Para que você tenha uma idéia, para cada vez que o Espírito é mencionado no Antigo Testamento, mais de três vezes ele é mencionado no Novo. Outro detalhe curioso é que o Espírito Santo é mencionado oitenta e oito vezes no Velho Testamento, e, somente no livro de Atos, o mesmo Espírito é citado mais da metade de vezes do que no Antigo Testamento inteiro.Somente estas informações são o suficiente para deixar claro que o ministério do Espírito Santo é muito mais abrangente na dispensação da Graça, tanto que poderíamos chamar a dispensação atual de “dispensação do Espírito”, bem como poderíamos chamar o livro de Atos de “Atos do Espírito Santo através da Igreja”.O Espírito de Deus sempre existiu e agiu, ele é eterno e é Deus, com o Pai e com o Filho. O Espírito Santo é uma pessoa; a terceira pessoa da trindade, e como Deus, não tem princípio nem fim. Estes são conceitos básicos que fazem parte do discipulado cristão e não será preciso falar a respeito deles, o que interessa ao nosso estudo é saber distinguir que o   Espírito Santo no Velho Testamento não habitava   para sempre   no homem e no Novo Testamento ele vem habitar no coração daquele que crê em   Jesus Cristo . Esta grande diferença se deve ao fato do novo nascimento somente ocorrer naquele que crê no sacrifício de Jesus (Jo 7.38,39), e isso foi possível apenas após a morte e ressurreição de Jesus, bem como a sua assunção aos céus (Jo 16.7). Dez dias após subir aos céus, no dia de Pentecostes, Jesus enviou o Consolador (Espírito Santo) que veio habitar no coração daquele que crê.

I.1)- O Espírito Santo no Velho Testamento capacitava para determinado serviçoPodemos perceber que o Espírito de Deus vinha sobre aqueles que eram separados para uma determinada função, obra ou tarefa especial, mas não habitava em sua plenitude no coração do homem. Estes homens eram cheios do poder do Espírito por algum momento, mas não significa que eram transformados em nova criatura.Exemplos:Ex 31.1-5- Bezalel foi cheio para ter habilidade em todo artifício na construção do templo.Jz 3.9,10- O Espírito veio sobre Otiniel para julgar Israel e pelejar contra o rei da Mesopotâmia.Jz 14.5,6,19- O Espírito do Senhor se apossava de Sansão de tal maneira que lhe conferia uma força sobrenatural.Ver ainda: O ímpio Balaão (Nm 24.2); o varão valoroso Gideão (Jz 6.34); Saul (I Sm 10.10); Davi (I Sm 16.13); etc...

I.2)- O Espírito era dado por   medida , não habitava no homem. No Antigo Testamento o Espírito vinha sobre o homem em determinada medida de acordo com a sua função, tarefa, etc...Em Números capítulo  11, por exemplo, o povo se rebela mais uma vez e Moisés se vê cansado, então ele ora ao Senhor e este manda que Moisés separe setenta anciões para ajudá-lo em sua tarefa. O Senhor então fala que tiraria do Espírito que estava sobre Moisés e colocaria sobre os setenta anciãos para capacitá-los. Veja especificamente o texto de Nm 11.17,25 . Esta passagem mostra claramente que o Espírito era dado por medida.

Obs: A porção dobrada do espírito (II Rs 2.9,10).Por que será que Eliseu  pediu a “porção” dobrada do espírito que estava sobre Elias?Algumas vezes já ouvi alguns cristãos em suas orações pedirem a “porção dobrada do Espírito que está no fulano”. Este tipo de pedido em oração não cabe ao cristão, pois...

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1º- O Espírito nos foi concedido em sua plenitude! Como poderíamos pedir algo que nos foi concedido em sua totalidade?2º- Pior ainda é quando oram pedindo a “porção dobrada do teu Espírito”, se referindo a Deus, ou seja, entendo que estão pedindo para serem mais do que o próprio Deus, pois é isto o que estão pedindo quando oram: “Senhor, me dá a porção dobrada do teu Espírito”; isto não tem coerência! É um absurdo, embora muitos o façam por ignorância, sem conhecer a gramática da sua própria língua.3º- O texto não se refere a Eliseu querer ser maior ou mais importante do que Elias. Eliseu não queria ser maior que Elias, mas apenas ser o seu sucessor; prosseguir o seu trabalho!Eliseu já sabia que Elias seria “levado” pelo Senhor; ele era discípulo de Elias. Ver II Rs 2.1-8. Elias manda que Eliseu lhe faça um pedido; ele não pede coisas materiais, Eliseu pede apenas a porção dobrada do espírito de Elias por herança. A porção dobrada era a que cabia ao primogênito (Dt 21.17), logo, Eliseu desejava ser o sucessor de Elias, continuar o seu trabalho; pois com a partida de Elias, perderiam o seu líder. Repare ainda que espírito está escrito em letra minúscula no texto, ou seja, não era o Espírito Santo que ele pedia em dobro, mas a maior parte significaria a “primogenitura dentre os filhos dos profetas”. Por causa disso é que Elias disse: “Dura coisa pediste...”; as perseguições seriam muitas!

I.3)- As verdades conhecidas no Antigo Testamento eram   mais simples   e ensinadas de forma mais objetiva. O Antigo Testamento era uma época de preparo para a vinda de Jesus, e, conseqüentemente, um preparo para a Graça maravilhosa do Senhor!Naquela época, não se sabia sobre o céu, anjos, Satanás, Nova Jerusalém, Trindade e muitos outros assuntos, como nós sabemos hoje devido ao ministério do Espírito na Igreja. Por causa disso eram necessários muito mais sinais.Leia Hb 12.18-24      No Antigo Testamento, Deus “aparecia” ao homem; antes do Pentecostes, em Jesus, Deus se revelou e habitou entre os homens; depois do Pentecostes, através do Espírito, Deus habita nos homens!

I.4)- ResumoPodemos sintetizar o que aprendemos sobre a operação do Espírito no Velho Testamento do seguinte modo:

1. No Antigo Testamento o Espírito Santo não habitava no homem;2. No Antigo Testamento o Espírito capacitava o homem para determinado serviço, mas não ficava no

homem para sempre;

3. No Antigo Testamento o Espírito era dado por medida;

4. No Antigo Testamento, pelo fato do Espírito não habitar ainda no homem, as verdades conhecidas eram menos abrangentes e eram necessários mais sinais.

Batismo com o Espírito Santo -1ª Aula Assunto: A diferença entre a operação do Espírito noAntigo Testamento e Novo Testamento- parte 2                                                                                                                                             Texto: João, capítulo 16, versículo 7: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.”

Irmãos, na aula anterior nós aprendemos que o Espírito Santo no Antigo Testamento ainda não tinha vindo habitar no coração do homem, esta era uma grande diferença em comparação com os dias de hoje.Nesta aula estaremos estudando sobre a operação do Espírito no Novo Testamento e aprenderemos que somente após o Pentecostes o Consolador veio habitar no coração de todo aquele que crer.

II- A operação do Espírito Santo no Novo Testamento

II.1)- A promessa do PaiO Senhor Jesus, no Evangelho segundo João, falou sobre a vinda do Consolador; em especial nos capítulos 14,15 e 16.A Bíblia deixa claro que o Espírito não havia descido (Jo 7.39).Para que houvesse a descida do Consolador, o Senhor Jesus precisava ser glorificado (Jo 16.7). A promessa do Pai era o derramar do Espírito Santo sobre aquele que crer; o Espírito habitando em nós e a revelação do mistério que estava em oculto, ou seja, o surgimento da Igreja. Veja os textos de Jo 14.26; Cl 1.24-27.Antes de o Espírito Santo ser enviado, era necessário à obra redentora de Jesus!

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Jesus ensina a respeito da vinda do Espírito Santo: Jesus anuncia a vinda do Espírito bem como a sua obra; nos Evangelhos vemos um preparo para o ministério do Espírito através da Igreja.Seria chamado de Consolador e Espírito da Verdade (Consolador em Jo 14.16,26; 15.26; 16.7e Espírito da Verdade em 14.17; 16,13); ele seria dado apenas àqueles que crêem (Jo 14.17-24) e habitaria neles (Jo 14.17); ele ensinaria (Jo 14.26); faria lembrar das palavras de Jesus (Jo 14.26); seria enviado pelo próprio Senhor (Jo 15.26; 16.7); convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8); guiaria em toda a Verdade os discípulos de Jesus (Jo 16.12,13); glorificaria a Jesus (Jo 16.14,15); revestiria os discípulos de autoridade para anunciar a salvação (Lc 24.46-49); etc...

Podemos notar claramente em todas estas passagens algo importantíssimo: Vemos que o Espírito Santo ainda não tinha vindo para habitar no homem!Isto somente seria possível após a morte, ressurreição e glorificação do Senhor Jesus.

  O Senhor viria habitar no coração do homem através do Espírito Santo (daí ele ser chamado também de Espírito de Cristo) e estaria para sempre conosco (Mt 28.19,20).Todo aquele que crê, recebe o dom do Espírito Santo, ou seja, o Consolador seria doado àquele que cresse em Jesus!Este mesmo Espírito nos uniria ao Pai nos tornando um só corpo.

II.2)- As últimas ordens do SenhorApós a sua morte e ressurreição, antes da sua assunção, Jesus dá as últimas ordens aos seus discípulos; ele os enviaria a ensinar (Mt 28.18-20) e a pregar (Mc 16.14-18).João não fala sobre isto no seu relato do Evangelho, mas no capítulo 20. 19-23, ele conta que o Espírito foi dado por medida aos discípulos. Não se trata do derramar do Espírito, pois para isto acontecer, como já vimos, era necessário que o Senhor Jesus fosse para o Pai. Após ressuscitar, Jesus esteve quarenta dias na Terra aonde se manifestou por várias ocasiões. O Espírito foi derramado somente cinqüenta dias após a Páscoa (período chamado de Pentecostes) e, portanto, entre a ressurreição e o derramamento do Espírito há um intervalo de dez dias. Para que os discípulos permanecessem firmes, era preciso que Jesus lhes desse do Espírito por medida até o cumprimento da promessa no Pentecostes, afinal, ele não estaria mais com eles e subiria para o Pai.Voltando a grande comissão, Mateus enfatiza a ordem para ensinar e Marcos a ordem para pregar, mas antes dos discípulos obedecerem a esta comissão, era necessário acontecer a descida do Consolador e o surgimento da Igreja; eles precisavam ser revestidos do poder; investidos de autoridade! Este fato é narrado somente por Lucas (Lc 24.44-49).No livro de Atos, também escrito por Lucas, observamos que, pouco antes da sua assunção aos céus e assentar-se a destra do pai nas alturas, Jesus passa as suas últimas instruções aos discípulos e reafirma a promessa do Consolador (At 1-9); os discípulos seriam batizados com o Espírito Santo, isso não se referia ao falar em línguas, mas sim ao recebimento do Espírito que lhes seria concedido pelo Senhor Jesus.

A ordem dos acontecimentos fica do seguinte modo:1º O Senhor Jesus anuncia a vinda do Consolador;2º O Senhor dá as últimas ordens e os discípulos são enviados, mas...3º Antes de cumprirem o ide de Jesus, eles precisavam esperar em Jerusalém até que o Espírito fosse derramado;4º Jesus sobe aos céus;5º Eles aguardam em oração por dez dias.

II.3) Pentecostes; o   revestimento do poder !  Como aprendemos anteriormente, nosso Senhor, após a sua morte e ressurreição, andou quarenta dias sobre a Terra sendo visto por vários irmãos (At 1.3) e depois subiu aos céus. Sua ressurreição ocorreu na Páscoa, festa que era realizada cinqüenta dias antes do Pentecostes, logo, como ele ficou na Terra por quarenta dias, restavam dez dias para o Pentecostes, quando então o Espírito seria enviado; por isso Ele disse que eles seriam batizados com o Espírito não muito depois daqueles dias. A festa da Páscoa apontava para o sacrifício de Jesus assim como a do Pentecostes apontava para o derramar do Espírito que havia de acontecer.No dia de Pentecostes cumpriram-se as Palavras de Jesus e o Senhor enviou o Consolador. Pela primeira vez o Espírito Santo foi concedido de forma a habitar nos homens. Isto está relatado no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 1 a 4. O Espírito veio para habitar nos discípulos, capacitando-os para anunciar o Evangelho e ainda resistirem a todas as dificuldades, conferindo-lhes autoridade para falarem em nome de Jesus.A transformação operada no coração daquele que crê, através da ação do Espírito Santo que nele habita; o torna uma nova criatura, revestida de poder, capaz de testemunhar do amor de Deus e cumprir a sua vontade. Sem esta transformação, e a presença constante do Espírito, seria impossível atenderem a ordem de Jesus, bem como

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é impossível que nós, igualmente, possamos ser verdadeiras testemunhas de Cristo sem ter o Espírito Santo em nosso coração!Revestimento do poder é a capacitação dada a todo que crê e não apenas a um grupo seleto de alguns privilegiados, todos os verdadeiros crentes são revestidos deste poder quando se converteram e entregaram a vida a Cristo! Todo cristão verdadeiro é capaz de testemunhar do seu Senhor, pois o Espírito veio habitar em seu coração.

II.4)- A formação da IgrejaDo Pentecoste em diante, portanto, o Espírito passou a habitar nos cristãos formando um só corpo (a Igreja), cujo cabeça é Cristo. Somente faz parte da Igreja aquele que tem o Espírito de Cristo, pois somente este está ligado ao Senhor através do seu corpo que é a Igreja. Este mistério esteve em oculto por muito tempo, mas se manifestou a nós neste dias.

II.5)- Verdades práticas da aula:1-O Espírito Santo somente veio habitar no coração do homem após a morte, ressurreição e assunção de Jesus; a partir do dia de Pentecostes!2- A Igreja passou a existir do Pentecostes em diante.

Na 3ª aula estaremos estudando sobre o batismo com o Espírito Santo.

Batismo com o Espírito Santo-3ª Aula Assunto: O Batismo com o Espírito Santo

Texto: Mateus, capítulo 3, versículo 11:“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de min é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”

III- O Batismo com o Espírito SantoPrimeiramente vamos aprender o sentido da palavra batismo: No grego, as palavras-chave “baptõ” e “baptizõ” significam mergulhar e indicam imersão; ambas estão relacionadas com a idéia de lavagem, purificação.O batismo já existia antes da igreja, tanto que João Batista batizava. Os judeus batizavam os gentios que tinham se convertido ao judaísmo (prosélitos) no início da era cristã. Primeiramente praticavam a circuncisão e depois submetiam o prosélito a um banho de purificação.O batismo de João era um preparo para o advento do Messias. João era o arauto do Senhor e preparava Israel para receber o Rei Jesus; seu batismo era um batismo para arrependimento, ele era a voz que clamava e preparava o caminho do Senhor.O batismo, para os judeus simbolizava a purificação e arrependimento através do símbolo da água, entretanto o batismo de Jesus era superior e real! Jesus daria a verdadeira purificação que a água não podia produzir, ele batizaria com o Espírito Santo!Veja Mt 3.11; onde o fogo mostra o caráter deste batismo feito por Jesus: Ele purificaria de todo o pecado!Entretanto, para os incrédulos, este mesmo fogo que purifica o pecado, levará à condenação, discernindo até as intenções do coração do homem. Para o incrédulo representa condenação!Mt 3.12 O Espírito Santo opera no crente as transformações espirituais simbolizadas pela água!O Batismo de João, antecipava o batismo que seria dado por Jesus; e o batismo com o Espírito Santo foi mencionado por João Batista em comparação com o batismo nas águas para mostrar a superioridade do ministério de Jesus em relação ao seu próprio ministério. O batismo com o Espírito Santo mostrava a divindade de Jesus.Quando o Senhor estabeleceu a sua aliança conosco (Novo Pacto), nos foi concedido o Espírito Santo e:*Ele nos lavou,não com água, mas com o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3.5);*Ele nos ligou ao seu corpo através do Batismo com o Espírito ( I Co 12.13);*Ele nos tornou filhos pelo batismo com o Espírito Santo (Gl 3.26,27).

III.1)- O batismo que nos liga a   Noiva   do Cordeiro; a Igreja do Senhor! O batismo nas águas para o salvo é uma ordenança que simboliza o que já ocorreu no coração do cristão, portanto ele traz consigo um simbolismo do novo nascimento e liga o batizado a um determinado grupo que segue a um ensino específico, que, em nosso caso, são as doutrinas cristãs ministradas na igreja local.O batismo de prosélitos, ligava os mesmos ao judaísmo; o batismo nas águas torna o cristão membro de uma igreja local e o batismo com o Espírito Santo liga o convertido a Igreja Invisível do Senhor!Jesus nos traz um batismo superior, do qual o batismo nas águas é apenas uma sombra, haja vista o primeiro nos ligar ao próprio Cristo, tornando-nos um só corpo com o Senhor.É impossível um crente não ser batizado com o Espírito Santo, pois todo salvo,NECESSARIAMENTE deve fazer parte da Igreja! Se um crente não é batizado com o Espírito Santo, significa que, na verdade, ele não

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é um cristão!Repare bem que em I Co 12.13, o apóstolo Paulo afirma que todos nós (cristãos verdadeiros que fazemos parte da Igreja) fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo (Igreja); logo, o que nos une ao corpo de Cristo é o Batismo com o Espírito Santo.No batismo nas águas, o descer às águas simboliza o sepultar do velho homem e o levantar das águas simboliza o ressurgir para uma nova vida com Cristo. Este batismo liga o crente a uma igreja local, tornando-o membro desta igreja.O batismo nas águas simboliza o que aconteceu no coração do crente quando ele se converteu: Morreu para o mundo e nasceu de novo, isto pelo poder do Espírito que o batizou em um só corpo ligando-o a este corpo, cujo nome é Igreja e o cabeça é Cristo! Estamos ligados a Ele (Jesus)!

III.2)- O batismo no dia de pentecostesO dia de Pentecostes marca a descida do Consolador para habitar naquele que crê em Jesus.Até então o Espírito era dado por   medida , não havia Igreja, nem novas criaturas. No dia de Pentecostes cumpriu-se a promessa, e o descer do Espírito foi acompanhado pela manifestação de sinais visíveis. Isto era necessário, pois o Espírito ainda não havia descido para habitar nos discípulos de Jesus.Os sinais foram os seguintes: Um som como de um vento impetuoso vindo do céu; línguas como de fogo sobre a cabeça dos discípulos e todos falaram em outras línguas (At 2.1-4).As línguas de fogo representavam a purificação feita pelo Espírito. Repare que somente sobre Jesus o Espírito desceu sobre a forma corpórea de uma pomba (Mt 3.16,17; Mc1.10,11; Lc 3.21,22; Jo1.29-34), pois Jesus era puro e não tinha pecado!Jesus enviou o Consolador conforme havia predito, e recebemos da sua plenitude, não mais por medida; por isso, o apóstolo João diz no Evangelho narrado por ele, no capítulo 1. 16:“Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça”.

III.3)- O significado da expressão “batismo com o Espírito Santo”A expressão “batismo com o Espírito Santo” é encontrada nos textos de:Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33; At 1.5; sendo que os três primeiros textos se referem ao mesmo fato, ou seja, o testemunho de João Batista; e o último está ligado à promessa do derramamento do Espírito.Podemos ver por estes textos, que o  batismo com o Espírito Santo, predito por João Batista e prometido por Jesus, seria, portanto, o derramar do Espírito que viria para habitar naquele que crê, ligando-o ao corpo invisível de Cristo; a Igreja, capacitando o cristão a uma vida santa e a testemunhar a respeito da salvação. Este batismo traz a verdadeira purificação e lavagem que a água não pode produzir!Ao aprendermos sobre o significado do batismo com o Espírito Santo, passamos a entender o porquê do Senhor ter dito aos discípulos que aguardassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos do poder (ver aula 2, item II.3) . Para que os discípulos pudessem ser testemunhas de Jesus, precisavam primeiramente de uma transformação pelo poder do Espírito Santo.

III.4)- Crentes de 1ª e crentes de 2ªO maior problema do ensino errado sobre o batismo com o Espírito Santo é a confusão que faz na cabeça dos irmãos e a divisão que causa no seio da igreja entre os crentes de primeira, uma elite que, segundo afirmam, é batizada com o Espírito, e os crentes de segunda, àqueles que não são batizados com o Espírito pelo fato de não falarem em outras línguas, segundo ensinam.Na doutrina errada sobre o batismo com o Espírito, ensina-se basicamente o seguinte: Nem todo àquele que crê é batizado com o Espírito, acham, inclusive, que um cristão verdadeiro pode morrer salvo sem ser batizado com o Espírito; o que é um absurdo! Para os defensores deste ensino, somente é batizado com o Espírito quem fala em línguas estranhas.Como aprendemos; isto é impossível!Pode haver alguém que entregue a vida a Cristo e não seja salvo? Pode alguém que entregou a vida a Cristo e foi salvo, não receber do seu Espírito? Pode alguém que tem o Espírito não ser ligado a Igreja? Pode algum salvo que mergulhou na plenitude de Cristo e foi ligado a sua Igreja, não ter sido batizado com o Espírito? Se o batismo com o Espírito capacita o cristão; por qual razão Deus não batizaria a todos os seus servos que creram no nome do seu Filho Jesus, pois a ordem do ide é para todos, e não apenas para um grupo que fala em línguas?Se, como afirmam, são necessários detalhes e “fórmulas mágicas” tais como: Buscar, “dar glória” repetidas vezes e bem alto, santificar, clamar, etc... para se receber o batismo com o Espírito Santo; significa então que ele não é concedido apenas pela graça, mais pelo esforço humano; e se é por esforço, já não é mais dom (algo que é dado gratuitamente por Deus), e sim, pagamento por mérito.Toda esta confusão se dá por causa do ensino incorreto de que nem todos os que crêem em Jesus são batizados com o Espírito Santo.Meus amados, o dom do Espírito é o dom da plenitude; uma imersão, um mergulho na plenitude daquele que nos santifica de verdade. Dom  sempre deve ser entendido como dádiva, algo que nos é dado de graça! Certamente o Senhor dará o Seu Espírito a todo àquele que crer no nome de Jesus; Nosso Senhor e Salvador. Não há como

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não ser dado, não há como não ser batizado; assim como o perdão dos pecados não é por mérito próprio e sim pela graça maravilhosa de Deus, do mesmo modo o dom do Espírito Santo nos é conferido pela sua mesma graça

Na aula nº 5 estaremos falando sobre o sinal das línguas estranhas e refutaremos o conceito errado de que as línguas estranhas são necessariamente uma marca e sinal para quem é batizado com o Espírito Santo em nossos dias.

Batismo com o Espírito Santo-4ª Aula Assunto: O falar em outras línguas é a verdadeira prova do batismo com o Espírito Santo?         

Queridos irmãos, prosseguindo com o nosso estudo sobre batismo com o Espírito Santo, estaremos meditando nesta aula sobre a verdadeira prova deste batismo. A necessidade de estarmos aprendendo sobre este assunto reside no problema de se ensinar de forma errada que as línguas estranhas são a evidência de que alguém foi batizado com o Espírito e que o falar em línguas está associado com o momento em que as pessoas são “seladas” (batizadas com o Espírito Santo).Antes de entrarmos na refutação, é interessante deixar de forma bem resumida e simples, o contraste existente entre o ensino errado e o ensino correto a respeito do batismo com o Espírito Santo.

Observe na tabela abaixo a diferença entre o errado e a doutrina bíblica correta:

Ensino errado Correto

O batismo com o Espírito não ocorre na conversão, sendo, portanto, uma experiência que pode ocorrer muitos anos após a mesma;

O batismo com o Espírito ocorre na conversão;

Poderão existir crentes verdadeiros que nunca foram batizados com o Espírito Santo, podendo assim permanecer até a morte;

É impossível um crente verdadeiro não ser batizado com o Espírito Santo;

O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, no sentido de testemunhar com mais ousadia, realizar milagres, etc...

O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder no sentido de que todo crente recebe a plenitude do espírito, sendo, portanto, capacitado para testemunhar a respeito do seu Senhor. No sentido literal, é um mergulho na plenitude do Espírito, a lavagem que a água não pode produzir,ligando o cristão ao corpo invisível de Cristo: A igreja;

A prova de que alguém é batizado com o Espírito Santo é que falou em línguas pela primeira vez no momento em que foi batizado;

A prova de que alguém é batizado com o Espírito Santo é uma vida frutífera;

Selado é aquele que foi batizado com o Espírito Santo, logo, selado é quem falou em línguas pela primeira vez;

Selado é aquele que foi marcado como pertencente ao Senhor, logo, todo crente verdadeiro é selado;

Subentende-se que: Quem fala em línguas foi selado, batizado, revestido e é mais capaz para fazer a vontade de Deus.

Quem fala em línguas, não o fez necessariamente quando foi batizado com o Espírito; aquele que fala em línguas apenas recebeu um dom sobrenatural. Quem possui este dom, edifica a si mesmo, sendo este dom importante individualmente, entretanto é o menor, no que se refere à edificação da igreja. Existem requisitos essenciais para se fazer a obra de Deus, como, por exemplo, um bom testemunho cristão, estes requisitos, sem dúvida alguma, são muito mais importantes do que falar em outras línguas.

Espero que o quadro acima, apesar de trazer um simples resumo, possa ter dado ao leitor uma visão bem mais ampla do contraste existente entre os diferentes ensinos. Você pôde perceber que o ensino errado é

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predominante em várias denominações pentecostais e foge da doutrina bíblica verdadeira.Passemos agora a ensinar sobre a evidência do batismo com o Espírito Santo e refutaremos o conceito errôneo da prova do batismo com o Espírito Santo ser o falar em outras línguas.

IV- O Batismo com o Espírito é marcado pelo falar em outras línguas?

IV.1)- Ferindo a hermenêutica (Ciência que estuda a interpretação   de textos ): Iniciaremos o nosso argumento com os textos que são interpretados erradamente pelos defensores da evidência das línguas estranhas.Textos usados como argumento errado: At 2.1-4; 8.14-17; 10.44-48 e 19.1-6. Observação: Todos os textos se encontram no livro de Atos.Ao citarem os textos acima relacionados para justificarem os seus próprios pensamentos, os defensores do ensino de que o batismo com o Espírito Santo somente ocorre em nossos dias mediante o falar em outras línguas, caem em um grave erro de interpretação bíblica. Primeiramente precisamos observar o contexto do livro de Atos onde se encontram as passagens citadas.O livro de Atos dos apóstolos, escrito por Lucas, é uma continuação do Evangelho de autoria do próprio Lucas (vide Lc 1.1-4; 24.44-56; At 1.1-11). No Evangelho, Lucas narra os acontecimentos do ministério de Jesus, dês do seu nascimento (incluindo a história do nascimento de João Batista) até a sua morte, ressurreição e assunção. O livro de Atos tem o objetivo de relatar o surgimento e a expansão da Igreja por   obra   do Espírito Santo após   assunção de Jesus aos céus. O derramar do Espírito Santo já havia sido prometido por Jesus, e este fato foi relatado em todos os Evangelhos, em especial no de João, nos capítulos 14, 15 e 16.Em Lucas 3.16 está registrada a promessa do batismo com o Espírito Santo citada por João Batista; este batismo era a promessa do derramar da plenitude do Espírito; entendemos isto comparando o texto citado anteriormente com os de Lc 24.49; Jo 14.16,26 e At 1 .1-8.Repare que em Lucas 24.44-48 o Senhor dá as últimas instruções aos seus discípulos, eles haveriam de ensinar e pregar a todas as nações (ver Mt 28. 18-20 e Mc 16.15-18), entretanto o Espírito Santo ainda não havia descido para habitar nos discípulos, por isso Jesus ordena que os seus discípulos permaneçam na cidade (Jerusalém) até que fossem revestidos do poder. Eles não poderiam testemunhar sobre as coisas que haviam acontecido, eles não poderiam anunciar as boas novas sem que o Espírito Santo habitasse em seus corações e produzisse uma profunda mudança em suas vidas! Eles precisavam ser revestidos de poder, o poder que somente pode existir naquele que possui o Espírito Santo em seu coração. O que os discípulos precisavam não era o falar em outras línguas, mas muito mais do que isto, eles precisavam da plenitude do Espírito Santo, eles careciam do Consolador que ainda não havia descido!Em At 1.4, Lucas repete os acontecimentos finais antes da assunção do Senhor afirmando a recomendação de que não deveriam se ausentar da cidade, mas que aguardassem a promessa do Pai. No versículo 5 ele deixa claro que esta promessa era o batismo com o Espírito Santo que seria concedido dentro de pouco tempo. Este batismo, por sua vez, era o mergulhar na plenitude do Espírito que os uniria a Cristo, note bem que no versículo 8, eles seriam revestidos de poder quando o Espírito descesse sobre eles.Ainda no versículo 8, surge um detalhe: A expansão do evangelho. Eles estariam em Jerusalém, mas quando recebessem o dom do Espírito Santo, anunciariam as boas novas partindo de Jerusalém, indo por toda a Judéia; Samaria (capital do reino do norte, quando Israel foi dividido,portanto, uma cidade de Israel) e até os confins da Terra (isso significa que o plano de evangelização incluiria os gentios fora de Israel). Preste bem atenção no progresso da Igreja que seria formada, indo de Jerusalém para Judéia; da Judéia para Samaria e de Samaria para fora das fronteiras de Israel.É justamente este progresso da Igreja que é mostrado no livro de Atos começando no dia de Pentecostes. Os textos usados pelos defensores da evidência das línguas como sinal do batismo com o Espírito Santo, na verdade possuem o objetivo de demonstrar o avanço da Igreja e como o Espírito foi concedido até aos gentios, unindo homens e mulheres, senhores e escravos, gentios e judeus em um só corpo: A Igreja.Era necessário um sinal que mostrasse aos discípulos que o Consolador havia descido sobre eles, pois até então, o Espírito ainda não havia descido para habitar no coração dos discípulos; e não somente isso, era necessário mostrar que o mesmo Espírito concedido aos judeus, seria concedido também aos samaritanos e gentios fora de Israel. As línguas estranhas eram, portanto, um sinal da vinda do Consolador.

IV.2)- Analisando os textos do livro de AtosExistem apenas três textos (At 2.1-4; 10.44-48 e 19.1-6) nos quais a descida do Espírito Santo é sinalizada pelo falar em outras línguas e um quarto, no qual esta manifestação pode estar implícita no texto; onde o Espírito é concedido após a imposição de mãos dos apóstolos (At 8.14-18).Observe que há um propósito bem definido nisso, nada está escrito em vão ou por acaso. Não vemos mais em nenhum lugar a evidência do “falar em outras línguas” relacionada com o receber do Espírito; aliás, quero dizer duas coisas importantes:Primeiro que em nenhum dos quatro textos é dito que alguém foi batizado com o Espírito Santo e sim que receberam o Espírito Santo, isto mostra que receber o batismo é o mesmo que receber o Espírito, ou então que

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os textos não falam do batismo com o Espírito Santo, logo, de uma forma ou de outra, a doutrina pentecostal com relação ao batismo com o Espírito Santo está claramente equivocada.Em segundo lugar, em nenhum texto da Bíblia encontramos Jesus ou um dos apóstolos mandando que os cristãos busquem o batismo com o Espírito Santo; vemos a ordem para pregar, para evangelizar, para ser cheio do Espírito, para ser santo, e muitas outras, menos a ordem para buscar o batismo com o Espírito Santo. Por que? Porque ele é dado por Jesus a todo aquele que crê, pela graça. Não pode existir um cristão verdadeiro que não seja batizado com o Espírito Santo!Vejamos os textos...

A)- O primeiro texto: At 2. 1-4 – O Espírito desce pela primeira vez sobre os discípulos que estavam em Jerusalém, unindo os discípulos em um só corpo, formando a Igreja do Senhor!O dom do Espírito Santo concedido aos discípulos em Jerusalém / A Igreja em JerusalémOs discípulos, obedecendo à ordem de Jesus aguardaram em Jerusalém a promessa do Pai; eles sabiam que o Consolador viria, mas não sabiam quando nem como seria. O Espírito habitando no coração dos crentes ainda lhes era um mistério, portanto, ao descer sobre os primeiros discípulos, era necessário uma manifestação visível como prova do cumprimento das promessas do Senhor; foi então que aconteceram alguns sinais sobrenaturais no dia de Pentecostes, quando os discípulos estavam reunidos no Cenáculo... Um som como de um vento impetuoso vindo do céu encheu toda a casa onde estavam assentados; línguas como de fogo foram vistas sobre a cabeça dos discípulos e todos falaram em outras línguas (At 2.1-4).Se formos levar “ao pé da letra” o texto em pauta, devemos observar que os discípulos não falaram línguas inexistentes, mas línguas estranhas inteligíveis!As línguas faladas pelos discípulos no Pentecostes eram idiomas desconhecidos por eles, mas perfeitamente entendidas pelos judeus vindo de outras nações, bem como estrangeiros que estavam presentes naquele momento (At 2.5-13).O Consolador havia sido derramado sobre os discípulos, vindo habitar em seus corações, cumprindo-se a promessa do Senhor (ver Jl 2.14-16).Resumindo: Em At 2.1-4, a manifestação das línguas teve como objetivo mostrar aos discípulos o cumprimento da promessa do derramar do Espírito.

B)- O segundo texto: At 8.14-17 – Este texto não diz que os que creram falaram em outras línguas, mas sim que, os que criam, recebiam o Espírito Santo com a imposição das mãos dos apóstolos.O Espírito Santo é dado aos Samaritanos / A Igreja em SamariaAmados, sabemos que os judeus eram extremamente preconceituosos em relação aos samaritanos, era necessário que os apóstolos que estavam em Jerusalém soubessem que o mesmo Espírito fora concedido também aos samaritanos, portanto, enquanto os apóstolos não chegaram a Samaria, o Espírito ainda não havia descido sobre os samaritanos, para que, com a chegada dos apóstolos, os mesmos presenciassem que o mesmo Espírito que veio habitar em seus corações, veio habitar também naqueles que, dentre os samaritanos, se converteram ao Senhor.Além de mostrar que o dom do Espírito foi concedido também aos samaritanos, a intercessão e imposição de mãos dos apóstolos sobre os samaritanos, quebrava a barreira imposta ao longo dos anos entre judeus e samaritanos. Em Cristo, somos um só corpo!Resumindo: Esta passagem mostra a chegada do Evangelho a Samaria, atravessando as fronteiras da Judéia.

C)– O terceiro texto: At 10.44-48 – O gentio Cornélio recebe o dom do Espírito Santo.O Espírito Santo é dado aos gentios em Israel / Os gentios fazem parte da Igreja.Existiam barreiras que ainda precisavam ser quebradas. Os judeus consideravam os gentios impuros, entretanto, Pedro pôde presenciar através da conversão de Cornélio, que o Espírito Santo também havia sido concedido aos gentios, quebrando a barreira entre os povos e unindo judeus e gentios em um só corpo, através de um só Espírito. Para que não houvesse nenhuma dúvida, a manifestação do mesmo sinal visto dentre os discípulos em Jerusalém é vista agora na casa de Cornélio. Esta experiência jogou por terra completamente qualquer dúvida que Pedro poderia ter sobre os gentios fazerem parte da Igreja. Já não havia mais divisão entre puro e impuro; gentios e judeus, pois a todos foi dado beber do mesmo Espírito (I Co 12.13; Gl 3.28; Cl 3.11).Resumindo: A manifestação das línguas estranhas neste texto mostra que o mesmo Espírito foi dado aos gentios.

D)- O último texto: At 19.1-6 – Os discípulos em Éfeso recebem o dom do Espírito Santo.O Espírito Santo é dado aos gentios fora de Israel / Os gentios de todo mundo fazem parte da Igreja.Amados irmãos, nesta passagem, a manifestação das línguas estranhas deixa de uma vez por todas a certeza de que o Espírito Santo foi concedido aos gentios, desta vez, sem nenhuma ligação com Israel, pois os gentios de Éfeso (cidade localizada na Ásia ocidental), distante de Jerusalém e Israel também receberam o dom do Espírito Santo, e isso ficou bastante claro, pois falavam em línguas e profetizavam.Observe ainda que os discípulos que Paulo havia encontrado em Éfeso, eram discípulos de João (vs.3 e 4), por isso não sabiam a respeito do Espírito Santo. Após a pregação de Paulo eles creram em Jesus, foram

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imediatamente batizados e receberam o Espírito Santo.Resumindo: A manifestação das línguas neste texto, mostra visivelmente o derramar do Espírito fora das fronteiras de Israel do mesmo modo que ocorreu no Pentecoste.

IV.3)- Conclusão:Em todo livro de Atos vemos o avanço da Igreja partindo de Jerusalém até os confins da Terra pelo poder do Espírito Santo. Todo aquele que crê é batizado com o Espírito Santo e as línguas estranhas não são uma evidência deste batismo em nossos dias, pois já sabemos que o Espírito é concedido aos que verdadeiramente crêem em Jesus, embora cremos que o Senhor possa dar o mesmo sinal, caso haja um propósito, como houve nos exemplos estudados. Os textos de Atos dos Apóstolos trazem alguns casos específicos que possuíam um propósito definido, e, portanto,não servem de respaldo para criar uma doutrina.Dizer que sempre o batismo com o Espírito Santo é acompanhado com o falar em outras línguas...é o mesmo que fazer do dom de línguas o mais importante de todos, o que não é o caso;é não levar em conta todos os outros casos de conversão relatados na Bíblia;é desprezar as regras de hermenêutica;é desconhecer o que Deus quer ensinar com as manifestações em Atos dos Apóstolos;é o mesmo que dizer, aplicando o mesmo princípio de interpretação, que o batismo com o Espírito somente pode ser concedido com a presença dos apóstolos!é ignorar que nos textos de Atos não está escrito que foram batizados com o Espírito, mas sim que receberam o Espírito, o que deixa claro que o batismo com o Espírito ocorre na conversão;é afirmar que as línguas são a prova do batismo com o Espírito, deixando em segundo plano uma vida transformada pelo poder do Espírito como verdadeira prova.

Na próxima aula continuaremos a estudar sobre a verdadeira prova do batismo com o Espírito Santo e aprenderemos dez motivos pelos quais não devemos crer que a manifestação das línguas seja um sinal obrigatório do batismo com o Espírito Santo.

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Departamento de ensinoEstudos BíblicoBatismo com o Espírito Santo-5ª Aula Assunto: O falar em outras línguas é a verdadeira prova do batismo com o Espírito Santo? - Parte 2

Continuando o assunto abordado em nossa aula anterior; hoje iremos tirar algumas dúvidas importantes quanto à questão do falar em outras línguas ser ou não ser a prova de que um cristão foi batizado com o Espírito Santo.Aprenderemos o porquê do falar em línguas não ser obrigatoriamente um sinal em nossos dias do batismo com o Espírito Santo e estudaremos ao menos dez motivos pelos quais não devemos crer que as línguas estranhas sejam a prova deste batismo.

V- As línguas estranhas são a prova do batismo com o Espírito Santo?Biblicamente o batismo com o Espírito Santo ocorre na conversão, quando o Espírito vem habitar no coração do crente. A promessa do derramar do Espírito cumpriu-se pela primeira vez no Pentecostes, quando o Consolador veio para habitar no coração daquele que crê no Filho de Deus.A salvação não é o batismo nas águas, mas este faz parte da vida do convertido; a regeneração não é a conversão, mas faz parte desta; assim como o batismo com o Espírito também não é a conversão, entretanto também faz parte dela, estando intimamente ligado à mesma.Meus amados; se nós temos a certeza de que todos os que crêem em Jesus são batizados com o Espírito Santo e que é impossível um crente verdadeiro não ter sido batizado com o Espírito, conforme já aprendemos, obviamente que este batismo não poderá ocorrer separado da conversão, haja vista ser o mergulhar na plenitude de Cristo e estar ligado a Igreja. Agora eu pergunto: Todos os irmãos que você conhece falaram em línguas estranhas no momento da conversão?

Todos os textos bíblicos que falam sobre conversão; sobre estar ligado em Cristo; sobre ser uma nova criatura; sobre pertencer verdadeiramente ao Senhor; trazem como prova de autenticidade uma vida frutífera e não o falar em outras línguas.Veja alguns exemplos: Mt 3.8-10; 7.15-23; Jo 15.1-8; I Co 13.1;Gl 5.22-25; Ef 5.8-11

  

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Amados irmãos, nenhum texto da Bíblia traz o ensino de que o dom de línguas estranhas é tido como prova de que alguém foi batizado com o Espírito Santo.Nos três textos do livro de Atos dos Apóstolos, nos quais houve a manifestação das línguas estranhas, estas manifestações estão relacionadas com o ato da conversão e do derramar do Espírito sobre os que creram no Senhor. As línguas nestes textos, como vimos na aula anterior, tinham um propósito definido.Repare ainda:O termo “batismo com o Espírito Santo” é encontrado de forma explícita somente em seis passagens nas seguintes variações:1ª- “batizará com o Espírito Santo” em Mt 3.11; Mc 1.8 e  Lc 3.16;2ª- “batiza com o Espírito Santo” em Jo 1.33;3ª- “batizados com o Espírito Santo” em At 1.5, 11.16 .As duas primeiras (que estão nos quatro primeiros textos citados), fazem parte do testemunho de João Batista a respeito de Jesus e não estão ligadas à manifestação alguma de línguas estranhas.A terceira expressão, que se encontra nos dois últimos textos citados acima, é o relato das últimas palavras de Jesus antes de sua assunção aos céus. Não encontramos o termo batismo com o Espírito de forma explícita em mais nenhum texto da Bíblia, entretanto, sempre vemos de forma implícita este batismo ligado à conversão, ao cumprimento da promessa do Consolador, a união dos crentes em um só corpo, etc...

Podemos então concluir que: A prova do verdadeiro batismo com o Espírito Santo é uma vida frutífera em Cristo Jesus!

Continuemos a nossa aula estudando dez motivos pelos quais as línguas estranhas não podem ser uma prova do verdadeiro batismo com o Espírito Santo nos dias atuais.

V.1)- Dez motivos pelos quais as línguas estranhas não são a prova do verdadeiro batismo com o Espírito em nossos dias.

1. Porque no livro de Atos a manifestação das línguas tinha como propósito mostrar que o mesmo Espírito fora concedido tanto a judeus como a samaritanos e gentios, além de enfatizar o avanço da Igreja e obra do Espírito até os confins da Terra; conforme já estudamos. Em nossos dias, já temos o conhecimento de que este mesmo dom é concedido a todo aquele que crê.

2. Porque o dom de línguas estranhas é o menor dom em termos de edificação da igreja, entretanto, nas igrejas pentecostais que o tem como prova do batismo com o Espírito, ele é o mais importante, mais enfatizado  e mais incentivado; o que contraria claramente o ensino bíblico. I Co 14

3. Porque se o batismo com o Espírito Santo não estivesse ligado à conversão e a sua prova fosse a manifestação das línguas estranhas, por que então Deus não batizaria a todos, haja vista dizerem que o falar em línguas é a prova de que a pessoa está capacitada para a obra do Senhor e revestida do poder? Por acaso o Senhor não deseja que todos os que creram no seu filho Jesus e a ele se entregaram sejam suas testemunhas? O ide foi dado apenas para quem fala em línguas, ou as línguas estranhas seriam um dentre os vários sinais que acompanhariam os que crêem? Mc 16. 15-18. Sabendo que o Espírito Santo em nós, nos reveste do poder; se o batismo com o Espírito fosse uma experiência à parte da salvação, algo adquirido por alguns depois da salvação e, portanto, posterior a ela; nem todo cristão teria autoridade para pregar, testemunhar ou exercer o serviço para Deus, entretanto, na verdade não é isto que acontece, pois todo o salvo pode e deve testemunhar a respeito do seu salvador; aliás, o que se mais vê são novos convertidos com muita sede em testemunhar do amor de Deus e a maior parte deles não falam em línguas estranhas. Concluímos que o ide de Jesus não foi dado a uma classe de privilegiados que falam em línguas, mas a todo aquele que crê; aliás, existem muitos que se gabam por falar em outras línguas, mas não possuem um “pingo” de condições de executar o mínimo serviço que seja para o reino de Deus!

4. Porque se necessariamente quem é batizado com o Espírito Santo tem que falar em outras línguas, onde fica o ensino bíblico de que nem todos falam em outras línguas? Em I Co 12, o apóstolo Paulo fala sobre a diversidade dos dons e deixa claro nosversículos de 27 a 30 que  nem todos possuem os mesmos dons e, portanto, nem todos falarão em outras línguas. Se nem todos falarão em outras línguas, por que esta é uma questão primordial em algumas igrejas?

5. Porque se fosse tão essencial, nas listas de exigências para separação de bispos e diáconos estaria escrito: “Convém que os bispos falem em outras línguas” ou “Convém que os bispos sejam batizados com o Espírito Santo”, ou ainda “Igualmente os diáconos falem em outras línguas”; entretanto, respectivamente em I Tm 3.1-13 e em Tt 1. 5-9, não aparece esta exigência. Interessante é notar que em algumas igrejas pentecostais, caso uma pessoa não fala em outras línguas, jamais poderá ser um pastor, presbítero ou diácono! Isto é contrário ao ensino bíblico, sendo, portanto, incoerente! Consagram-se crentes carnais que falam em línguas e deixam-se de lado crentes com a vida frutífera, mas que não falam em outras línguas!

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6. O falar em línguas não poderia ser a prova de que alguém é batizado com o Espírito Santo, pois quem fala em línguas edifica a si mesmo, logo, esta capacidade não está ligada diretamente ao testemunhar para os ímpios a cerca da salvação (I Co 14.2,4,23-25).

7. Porque o ensino pentecostal é recente (aproximadamente 100 anos).

8. Porque, como estudamos anteriormente, Jesus sempre enfatiza os frutos na vida do cristão e não os dons!

9. O falar em outras línguas não poderia ser a prova de que alguém é batizado com o Espírito Santo porque todos os cristãos necessariamente precisam ser batizados com o Espírito Santo para fazerem parte da Igreja do Senhor. Quem não é batizado com o Espírito Santo não está ligado a Cristo; entretanto a Bíblia diz que nem todos falam em outras línguas. Repare que em I Co 12.13 diz que todos fomos batizados em um só Espírito e em I Co 12. 30, diz que nem todos falam em outras línguas.

10. Dizer que o falar em outras línguas é a prova de que alguém é batizado com o Espírito Santo é incoerente, haja vista quem prega esta doutrina afirmar que  somente aquele que falou em línguas é selado, entretanto, o ensino bíblico afirma que todo aquele que crê é selado. Dizer que nem todos são selados é o mesmo que afirmar que nem todos são marcados pelo Senhor, logo, é o mesmo que dizer que alguns “irmãos” que não falam em línguas não são propriedade de Cristo. Isto é um absurdo!

   Amados, tendo esgotado este assunto, aproveitarei o “gancho” do último argumento citado, quando mencionei o selo do Espírito Santo, para falarmos sobre este assunto na próxima aula.

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Departamento de ensinoEstudos BíblicoBatismo com o Espírito Santo-6ª Aula Assunto: O selo do Espírito Santo

Texto: Efésios, capítulo 1, versículo 13: “...em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito santo da promessa;...”

Amados irmãos, o assunto da nossa aula é o selo do Espírito Santo.Muitas vezes ouvimos alguém perguntar para um cristão: Você já foi selado?Quando alguém, em um culto pentecostal supostamente “cheio de fogo”, começa a falar em línguas, ouvimos a interessante frase: Fulano foi selado!Estas frases acima, bem como outras, fazem parte de uma grande “confusão pentecostal”, onde se confunde batismo com o Espírito Santo com o falar em línguas e se diz que é selado àquele que falou em línguas.Tendo em vista corrigir estes erros, vamos aprender sobre o termo “selo do Espírito” nesta aula e observaremos que todo cristão verdadeiro é selado. Aprenderemos também que, o sermos selados, é mais uma prova de que todos os que crêem em Jesus são batizados com o Espírito Santo.

VI- O Selo do Espírito SantoBiblicamente, selo do Espírito é a marca que todo cristão recebe ao aceitar a Jesus Cristocomo Senhor e Salvador de sua vida. O Espírito Santo habitando em nossos corações, nos distingui do mundo e nos faz propriedade de Deus! Ao selar os crentes com seu Espírito, Deus os torna sua própria possessão!É impossível um crente verdadeiro não ser selado com o Espírito Santo! Não encontramos na Bíblia passagem alguma ordenando o cristão a buscar o batismo com o Espírito Santo ou buscar ser selado. Você já percebeu isso? Por que será? Porque todo cristão já e batizado com o Espírito Santo e já é selado!Repito: Não vemos na Bíblia Jesus ou qualquer um dos apóstolos dando a ordem para um crente buscar o batismo com o Espírito Santo.Somos pentecostais, pois cremos que os dons sobrenaturais ainda se manifestam em nossos dias e até a volta de Jesus Cristo, entretanto, assim como pobreza não é sinal de sujeira e riqueza não é sinal de educação, ser pentecostal não deve ser sinal de ignorância teológica! Precisamos conhecer a Bíblia!Em todas as passagens que o apóstolo Paulo se refere ao selo do Espírito Santo, ele sempre tem em mente a associação deste termo à presença do Espírito Santo no coração do crente como este sendo propriedade de Deus, bem como sempre se refere a todo cristão verdadeiro. Jamais encontramos a Bíblia fazendo uma divisão entre servos de Cristo selados e não selados; batizados com o Espírito Santo e não batizados.

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Se alguém não é batizado com o Espírito Santo é porque não é crente! Se alguém não é selado, este alguém não pertence a Cristo! A oração que devo fazer por quem não é selado é para que se converta de verdade!O termo selo do Espírito é usado para aquele que foi batizado com o Espírito Santo, tendo sido marcado por Deus como sendo separado para ele, sendo, portanto, aplicado a todo àquele que creu.Vejamos as passagens que falam sobre o selo do Espírito Santo e constataremos o que tenho dito:

VI.1)- II Co 1. 21, 22Nestes versículos, Paulo se refere ao selo como a marca de Deus em sua vida e de seus companheiros (Silvano e Timóteo) que os tornavam propriedade de Deus e provava a autenticidade do ministério deles para com os crentes de Corinto.Se analisarmos o contexto, Paulo fala sobre a sua sinceridade para com a igreja de Corinto e explica que o motivo de não ter ido àquela cidade conforme o planejado, não foi por leviandade da sua parte, pois assim com em Cristo não havia duas palavras, nos seus servos também não podia haver; e a prova de que Deus o separou para seu servo, era a marca  de Deus em sua vida.Como podemos perceber, neste texto não há sequer um vestígio que possa dar a entender que nem todo crente é selado, pelo contrário, o selo do Espírito é prova de autenticidade cristã!

VI.2)- Ef 1.13Este texto deixa bastante claro que todo crente é selado. Observe:a- O texto do versículo 13, sempre está se dirigindo a segunda pessoal do plural (“vós”; “ouvistes”; “vossa”; “fostes selados”), o que mostra que o apóstolo tinha em mente que todos os crentes de Éfeso creram, foram salvos e selados com o Espírito.b- “...em quem (Cristo- o parêntese é meu! Ver o final do v. 12) também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;” . Repare que nos é dada uma seqüência: primeiro ouvimos, depois cremos e, então, somos selados; tudo isso vem de Cristo Jesus!c- Espírito Santo da promessa, ou seja, que nos fora prometido que seria enviado.d- Seguindo a leitura, no versículo 14 observamos que este Espírito que nos selou é a garantiade que Deus nos levará para si e de que herdaremos as bênçãos prometidas.

VI.3)- Ef 4.30Podemos dizer que este texto dá um xeque-mate em toda esta questão.O selo garante a redenção! Como pode um crente verdadeiro lavado e remido pelo sangue de Jesus, não ser ressuscitado naquele dia ou transformado (glorificado)? Como poderá um crente não ser arrebatado? Como pode um cristão verdadeiro não ser salvo?A marca de que pertencemos a Deus é o selo do Espírito em nossa vida, logo, todo cristão verdadeiro é selado!

VI.4)- A figura do seloA figura do selo foi usada por Paulo por expressar perfeitamente o que ele queria dizer a respeito do cristão pertencer a Deus.Selo era uma marca usada para autenticar um documento, carta, mercadoria, etc...Existiam anéis de selar, estes mostravam que determinados documentos redigidos por alguém (geralmente uma autoridade) eram autênticos. Mercadorias também eram marcadas com selos.No dicionário da língua portuguesa, selo é sinônimo de carimbo, sinete, chancela, marca e estampa. Outra definição do dicionário diz que selo é uma peça, geralmente metálica, em que estão gravadas armas; divisa ou assinaturas, e que serve para imprimir sobre certos papéis com o fim de os validar ou autenticar.Como podemos perceber, o sentido do selo é sempre marcar, validar, autenticar; logo, todo cristão é selado, pois foi marcado por Deus para ser somente seu.

VI.5)- Finalizando:O nosso tema ainda não se encerrou, mas espero que a partir desta aula, a questão do selo do Espírito Santo tenha sido entendida e que os irmãos não tenham mais dúvidas de que todo cristão verdadeiro, em Cristo, foram selados com Espírito Santo.

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Departamento de ensinoEstudos BíblicoBatismo com o Espírito Santo- 7ª Aula Assunto: O penhor do Espírito Santo

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Texto: II Coríntios, capítulo 1, versículo 22: “... que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.”

Amados irmãos; nesta aula estaremos estudando a respeito do Espírito como garantia da nossa redenção.

VII- O penhor do Espírito Santo

VII.1)- O sentido da palavra penhorPara que possamos entender o porquê do Espírito ser o penhor da nossa redenção, primeiramente é necessário o leitor saber o que é penhor.Penhor é algo que é dado como garantia de pagamento ou cumprimento de um acordo.Exemplos: 1º- Em Gn 38.17, Tamar, como garantia (penhor) de que Judá cumpriria o seu trato de trazer opagamento por terem tido relação sexual, recebeu o selo dele, o cordão e o cajado. Neste caso o penhor foi o selo, o cordão e o cajado de Judá. Este penhor era a garantia do cumprimentodo trato feito por ambos.2º- As pessoas entregam uma jóia à Caixa Econômica Federal, como garantia do pagamento de uma determinada quantia liberada em empréstimo de acordo com o valor avaliado da jóia. Se o valor não for pago, a jóia passará a pertencer a Caixa.

VII.2)- O Espírito Santo; penhor da nossa redenção e   herança ! A Bíblia deixa bastante claro que o Espírito nos foi dado como penhor, ou seja, ele é a garantia e certeza de que Deus cumprirá as promessas feitas  a nosso respeito, tais como: Ressurreição, glorificação e herança.A todo cristão, necessariamente é dada esta garantia.A Bíblia usa muitos nomes e adjetivos para falar da pessoa do Espírito Santo, bem como também para falar da sua ação.No batismo com o Espírito Santo, o crente é ligado ao corpo de Cristo (Igreja); no selo ele é marcado e no penhor do Espírito lhe é dado à garantia das promessas do Senhor. Quando aceitamos a Jesus, o Espírito santo veio habitar em nosso coração; fomos batizados, selados, separados do mundo, transformados e nos foi dado a certeza do cumprimento das promessas do Senhor!Veja Rm 8.1,28-39. Quem nos dá esta garantia é o Espírito que em nós habita, o qual nos foi dado como penhor!Deus fez aliança conosco, não baseada no que fizemos, mas baseada no que ele fez por nós!Comparando com o sentido da palavra penhor, vemos:Jesus nos comprou e nos resgatou com o seu sangue precioso. Ele disse que vem nos buscar para junto dele; como garantia, nos deixou um penhor, a saber: O Espírito Santo!

VII.3)- Alguns textos que mostram o Espírito como penhor:

a- II Co 1.22“... que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.”Observando o contexto, percebemos que este texto diz que Deus confirma que estamos em Cristo e que fomos separados para ele, nos selando (marcando) e dando a garantia disso através do penhor do Espírito.A prova de que somos verdadeiramente salvos é o espírito que em nós habita!Repare que todo crente é selado e que a todo crente é assegurado a eficácia e suficiência do sacrifício de Jesus. Ser confirmado em Cristo, significa que realmente o sacrifício dele foi eficazsobre a nossa vida, pois somente para àquele que se entregou a ele foi concedido o Espírito (Jo 14.17).

b- II Co 5.5 “Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito.”O contexto fala a respeito da glorificação que certamente se cumprirá. Deus nos preparou para isso e nos dá esta certeza através do penhor do Espírito.

c- Ef 1.14 “...o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.”O Espírito Santo na vida do crente é a garantia de que receberemos de Deus a nossa herança e de que seremos por ele resgatados deste mundo.Fomos selados com o Espírito; o qual é o penhor da nossa herança. Ver Rm 8.16,17.

VII.4)- Encerramento da aula:Amados, como selo, o Espírito nos marca como propriedade de Deus; esta marca é visível e manifesta ao mundo e aos irmãos através de uma vida frutífera (Gl 5.22,23).Como penhor, o Espírito é guardado em nosso coração, nos dando a certeza e a firmeza que não nos deixa abalar!

Na próxima aula falaremos sobre a necessidade de sermos cheios do Espírito Santo.

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Departamento de ensinoEstudos BíblicoBatismo com o Espírito Santo- 8ª Aula Assunto: Sejam cheios do Espírito Santo!

Texto: Efésios, capítulo 5, versículo 18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito Santo”Queridos irmãos, até a presente aula aprendemos sobre o batismo com o Espírito Santo e espero que o leitor tenha entendido sobre o tema; entretanto quero estender por mais duas aulas o nosso estudo e me dirigir aos irmãos para falar sobre dois assuntos que, de certa forma, estão ligados ao nosso tema em pauta.Na presente aula estudaremos sobre sermos cheios do Espírito Santo e na outra aprenderemos sobre os sinais que seguem a cada um de nós que cremos em nosso Senhor Jesus Cristo.Vamos então ao nosso estudo...

VIII- Sejam cheios do Espírito Santo!Esta ordem para sermos cheios se repete em nossos corações e continuará falando enquanto a Igreja do Senhor estiver aqui nesta Terra, pois retrata a vontade do nosso Pai.Para que possamos meditar sobre este assunto, precisamos partir do significado da expressão “ser cheio do Espírito” e primeiramente quero dizer que ser cheio é diferente de ter o Espírito Santo habitando em seu ser. Quando nos entregamos a Cristo, o Espírito veio habitar em nossos corações; ele veio fazer morada em nós e recebemos da sua plenitude. O Espírito  nos selou e nos batizou, unindo-nos num só Espírito em um só corpo!O Espírito não nos foi dado por medida; não nos foi dado por um instante ou para um propósito apenas; Ele veio para ficar! Jo 14. 16,17, 23 .Acho que este conceito já está bem massificado, entretanto é necessário sabermos que este Espírito que habita em nós, deseja encher todo o nosso ser!Note bem que não se trata de um poder além; o Espírito Santo já habita em nós, já recebemos da sua plenitude; não é como no Antigo Testamento, no qual o Espírito vinha sobre alguém e depois se retirava ou então dava poder e capacitava para alguma tarefa específica. O Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade, veio morar em nosso ser!

Ser cheio significa ser preenchido totalmente. Enchei-vos é uma ordem e dá a idéia daresponsabilidade da parte de quem vai ser cheio.

  

Sabemos que o   ser humano   é formado de corpo, alma e espírito; ser cheio é ter todo o seu ser preenchido pelo Espírito Santo!Preste bastante atenção no exemplo a seguir: Um casal pode morar na mesma casa, dormir na mesma cama, sentar à mesa juntos e estarem juntos a dez, vinte ou trinta anos e, infelizmente, não se conhecerem direito! Isto acontece por causa da falta de intimidade entre eles, falta de diálogo e comunhão!Um casal nesta situação vive junto como se vivessem separados e não desfrutam do que o casamento pode proporcioná-los; o pior é que o risco de separação existe!Quem nunca ouviu falar ou já presenciou um marido que diz: Do meu salário a minha mulher não sabe! Quem nunca viu uma mulher cheia de segredos para com o seu esposo? Existem casais distantes, mas que moram na mesma casa; muitas vezes a mulher não tem acesso, ou vice-versa, a todas as “chaves” do companheiro!Meus amados, não convém que isso seja assim!Trazendo para a nossa vida, o Espírito veio habitar em nossos corações, ninguém pode limitar o seu agir, pois ele é Deus; entretanto, muitas vezes resistimos ao seu agir, insistimos em não querer compartilhar com ele todo o nosso ser, não queremos entregar todas as “chaves” da casa, que, na verdade, pertence a ele mesmo. Deus habita em nós, mas queremos agir como se morássemos sozinhos!Devemos entregar todas as chaves do nosso ser ao Espírito Santo!É como também uma visita que recebemos na sala, se não convidamos para ir a cozinha, certamente ela não irá até a cozinha. Deus não é uma visita, mas ele mora em nosso ser!Muitos dizem: Deus me visitou! Que pena! Se ele visitou, já foi embora; talvez venha amanhã novamente! Não, Deus não me visita, ele mora sempre comigo, o que não posso fazer é tratá-lo como se fosse visita!Deus veio para ficar; porque insistimos em querer que ele fique na sala? Entregue as chaves da sua vida a quem de direito!Parece até aquela mulher que morou sozinha (solteira) em uma casa durante 30 anos e, quando casa, a mulher

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quer mandar como se ainda fosse solteira! É uma dificuldade quando andamos de qualquer forma durante muitos anos e, depois que assumimos um compromisso, resistimos às mudanças!

Ser cheio é permitir que Deus preencha todas as áreas da nossa vida!

  

VIII.1)- Como ser cheio?

A- IntimidadePermita-me voltar ao exemplo do casal:Um casal pode morar junto, dormir junto, comer junto; sem, contudo, terem diálogo! Existem casais que estão casados faz tanto tempo e não conseguem se conhecer; existem também amigos que caminham juntos e até mesmo companheiros de ministério que não se conhecem. Isso aconteceu com o nosso Senhor... Ele andou com os discípulos por três anos, comeu com eles, ensinou-os constantemente, eles viram os sinais e o seu poder, mas não o conheciam profundamente. Jo 14. 6-11Outro dia percebi que um companheiro de ministério ainda não me conhecia, ele disse que não abria o coração porque tinha medo de ser punido ou incompreendido, no fundo, pareceu-me que ele achava que todas as disciplinas que ocorriam na igreja talvez fossem para satisfazer o meu ego ou, no mínimo, eram arbitrárias! É triste quando percebemos que alguém que está a bastante tempo ao nosso lado não entende as decisões que tomamos!Em contra-partida, é motivo de alegria quando vemos que somos compreendidos por aqueles que, apesar de conhecermos a pouco tempo, possuem uma grande comunhão conosco!Observe que não depende do tempo, ou de estar fisicamente presente, mas sim da intimidade; da comunhão; de um coração disposto a se entregar totalmente!Do mesmo modo, Cristo habita em nos através do Espírito Santo, entretanto, muitas vezes, por falta de intimidade, deixamos de fazer a sua vontade, deixamos de ouvir a sua voz e agimos como se ele não estivesse presente!

Para sermos cheios precisamos de intimidade com Deus!

  

Intimidade se consegue através de:DiálogoEste diálogo é feito com:°Vida de oração- Quanto mais oramos, mais falamos com o Senhor e mais intimidade temos.°Vida de meditação na Palavra- Quanto mais meditamos, mais o Senhor fala conosco e mais estaremos sensíveis a sua voz, aprendendo e fazendo a sua vontade!Que diálogo maravilhoso!Quanto mais conversamos com alguém, mais conheceremos este alguém!

B- Tirar da nossa vida o que entristece ao Senhor ( Ef 4.30)Como ser cheio se olhamos para o que é mau? Como ser cheio se falamos o que não edifica e pensamos o que não convém?Uma esposa jamais se sentirá à vontade com um marido que somente faz coisas que ela detesta; um marido jamais se sentirá à vontade com uma mulher que só faz coisas que o marido não gosta!Seria útil ler todo o texto de Ef 4.17- 5.21, entretanto, quero enfatizar como exemplo o contexto próximo de Ef 4.30. Prestem a atenção aos versículos anteriores e posteriores, lendo Ef 4. 25-32. Algumas atitudes entristecem ao Espírito Santo, como podemos observar nos versículos que acabamos de ler. Estas atitudes atrapalham o agir de Deus em nosso ser, diminuindo o fruto do Espírito em nossa vida e atrapalhando a nossa comunhão.

C- Não extinguir o Espírito Santo ( I Ts 5.19)Extinguir significa apagar. Podemos apagar a chama do Espírito abandonando o nosso primeiro amor!Apesar do Espírito não nos abandonar, há um perigo eminente quando extinguimos e entristecemos o Espírito Santo, pois a falta de comunhão pode nos levar a apostasia!Muitas vezes o Senhor nos chama para orar e dizemos em nossos corações: “Quando eu terminar isso ou aquilo eu orarei”. Priorizamos muitas outras coisas ao invés de priorizarmos ao Senhor! Logo esquecemos e acabamos não orando novamente!Quantas vezes resistimos à voz do Espírito? Quantas vezes o Senhor nos pede algo e resistimos a sua vontade? Quantas vezes oramos: “Se tenho pecado...”, quando sabemos muito bem o que temos feito e o que Deus exige

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da nossa vida!Amados, não convém que isso seja assim!

VIII.2)- Transbordando o vaso!Quando damos lugar ao Senhor, a vida de Cristo emana da nossa vida, em outras palavras, as pessoas passam a ver Cristo em nós, todas as nossas atitudes glorificam a Deus!Se tivermos intimidade, entregaremos todas as “chaves” da nossa vida a ele para que entre e dirija nossas emoções, pensamentos e gestos. Passamos a ficar totalmente dirigidos por ele e sensíveis a sua voz!Irmãos, que possamos viver de tal forma que o Espírito transborde do nosso interior, conforme está escrito em João, capítulo 7, versículo 38; pois esta é à vontade do Senhor.

Irmãos; na próxima aula estaremos encerrando o nosso tema falando sobre as manifestações dos dons sobrenaturais em nossos dias.

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Departamento de ensinoEstudos BíblicoBatismo com o Espírito Santo- 9ª Aula Assunto: Os sinais seguirão aos que crêem!

Texto: Marcos, capítulo 16, versículos 15-18: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre  enfermos, eles ficarão curados. ”

Amados irmãos, chegamos ao final do nosso estudo e esta é a nossa última aula. O assunto desta aula é a manifestação sobrenatural do Espírito Santo em nossos dias. Afinal; Deus ainda realiza prodígios em nossos dias, ou os sinais cessaram com a era apostólica como afirmam alguns tradicionais?Após falarmos sobre o verdadeiro sentido do batismo com o Espírito Santo, alguns poderão achar que não cremos nas manifestações sobrenaturais do Espírito de Deus, o que não é uma verdade. Não podemos confundir as coisas; ter conhecimento das verdades bíblicas não é sinônimo de frieza ou incredulidade; saber sobre o batismo com o Espírito Santo não esta relacionado com não crer nos dons espirituais para os nossos dias, pois esta é também uma verdade bíblica!

IX- Os sinais seguirão aos que crêem!Iniciaremos o nosso assunto observando o texto de Mc 16.15-20. Este texto faz parte das últimas palavras do Senhor antes de ascender aos céus; trata-se de uma ordem dada aos seus discípulos, a qual denominamos de “A grande comissão”. Os textos paralelos se encontram emMt 28. 18-20; Lc 24.44-53; At 1.4-14.Será que esta ordem foi dada apenas aos apóstolos ou é válida para todos os que crêem independente da época?Ao analisarmos o texto de Marcos, observamos que duas ordens são dadas: Pregar o Evangelho a toda a criatura e Batizar aqueles que cressem.Se nós cremos que a ordem para pregar o Evangelho ainda é válida em nossos dias e se igualmente cremos que a ordenança do batismo também pertence à Igreja de hoje e assim há de ser até a volta de Jesus tal como a ordenança da Santa Ceia, não podemos separar do mesmo texto o fato da manifestação sobrenatural do Espírito Santo acompanhar os discípulos ainda hoje através de sinais, isto seria um sério erro de hermenêutica, visto que a manifestação de sinais está ligada à vida do cristão, pois está escrito: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem”. Repare bem que o texto não diz que os sinais seguiriam aos apóstolos, ou apenas àqueles discípulos, caso contrário estaria escrito “Estes sinais hão de acompanhar vocês”; muito menos há um limite de tempo.Um dia nós cremos na mensagem do Evangelho e nos tornamos participantes das bênçãos do Senhor! Os sinais certamente nos acompanham mostrando que o Senhor está conosco, se assim não fosse, não oraríamos pelos enfermos e nem tão pouco expulsaríamos aos demônios em nome de Jesus.No texto paralelo narrado por Mateus, Jesus dá outra ordem: Ensinar e fazer discípulos; entretanto, para isso, o mesmo Senhor diz que estaria presente com eles. Do mesmo modo ninguém poderá negar que a ordem para ensinar e fazer discípulos continua válida para a Igreja de hoje. A única ordem que foi específica para os primeiros discípulos foi a de que permanecessem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder e, então, partindo de Jerusalém, iriam anunciar o arrependimento e remissão dos pecados; isto está muitíssimo claro nos textos dos livros de Lucas e Atos dos Apóstolos respectivamente.Devemos ter discernimento e sabermos aplicar corretamente as regras de hermenêutica bíblica ao lermos

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determinado texto para o interpretarmos corretamente, levando sempre em conta o seu contexto externo; interno e histórico-social.

Concluímos que,  segundo o texto de Marcos 16. 15-20, os sinais são para os nossos dias.

  Embora os sinais sejam para os dias de hoje, certa barreira é colocada com relação a esta verdade, pelo fato de muitos falsos sinais estarem acontecendo nestes últimos dias; entretanto, não devemos deixar que a incredulidade tome conta dos nossos corações somente porque a mentira tem penetrado em muitas igrejas evangélicas. Muitos sinais hoje em dia não passam de sentimentalismo, emoções, obras da carne e, infelizmente, até mesmo manifestações demoníacas.Alguns fatores devem ser observados para que não caiamos em nenhum dos extremos...

IX.1)- Fugindo dos sinais da mentira e escapando da incredulidade.Aqui vão alguns conselhos bíblicos para se fugir dos extremos:

A)- Fugindo do sinal do engano1º- Os sinais seguirão aos que crêem e não os que crêem seguiram aos sinais! Nunca ande atrás de sinais! (Mt. 24.24)2º- Lembre-se de que todo sinal na Bíblia tinha como propósito ensinar algo.3º- Todo sinal deve engrandecer ao Senhor e não ao servo (At 3.12-16). O verdadeiro servo conduzirá as pessoas à Cristo.4º- Todo sinal deverá buscar a edificação da igreja (Ex: A profecia é para edificação, exortação e consolo. I Co 12.3). Quando um determinado sinal causa divisão, confusão, apostasia, e outros problemas; certamente não provém de Deus! (Dt 13.1-5)5º- Todo sinal deverá provocar um verdadeiro avivamento, que se traduz em um sentimento de arrependimento, santidade, oração, gratidão, serviço; amor e obediência a Palavra de Deus.6º- Todo sinal verdadeiro não deverá provocar sentimentos de histeria, “oba-oba” ou novas revelações. Não deverá colocar a Palavra de Deus em segundo plano, nem tão pouco exaltar a homem algum.7º- A ênfase do Senhor nunca esteve nos sinais, mas sim na sua Palavra; igualmente a ênfase da Igreja nunca esteve nos sinais e sim na pregação do Evangelho e no ensino. Os sinais são apenas uma conseqüência da fé no Filho de Deus; eles acontecerão segundo o propósito e soberana vontade de Deus. 8º- Os sinais não devem fugir dos padrões bíblicos. Exemplo: A Bíblia jamais ensina que alguém deve ficar repetindo palavras até que a língua se enrole e a pessoa passe a falar palavras sem nexo; a Bíblia não ensina que alguém cheio do Espírito Santo passe a piar como águia ou rugir como leão; a Bíblia também não ensina que a Igreja deve virar um verdadeiro circo, com gritarias e histerias; a Palavra de Deus  não mostra Jesus dando leitos de ouro para os paralíticos, ao invés de curá-los; a Palavra do Senhor diz que é erro, vaidade, engano, mentira, soberba, obra da carne ou operação demoníaca o que muitos dizem serem “sinais de Deus”. O que a Bíblia ensina é que tudo deve ser com ordem e decência e segundo a Palavra do Senhor! (I Co 14.40; Jr 23. 25-32).9º- Devemos lembrar sempre que o Diabo também faz sinais (Ex 7.11,12,22; 8.7;  II Co 11.3, 13-15; II Ts 2.9-12; Ap 13.12-18, 16.14, 19.20).10º- Devemos lembrar que os dons sobrenaturais não medem a espiritualidade de ninguém, mas sim uma vida frutífera! (Mt 7.15-23; Gl 5.16, 22-25).

B)- Fugindo da incredulidadeNo outro extremo encontramos aqueles que, excessivamente zelosos, acham que toda manifestação sobrenatural é obra da carne, emoção ou demônio. Se uma pessoa cai endemoninhada ao seu lado, logo chama a ambulância achando que se trata de problema mental; se alguém está enfermo, não ora, mas aconselha que o doente corra para o médico. Amados, isto não é coerente com a fé no Deus do impossível!Observe: 1º- Jesus será o mesmo para sempre, o mesmo Senhor que operou no passado, continua presente porque está vivo! (Mt 28.20-b; Hb 13.8).2º- Existem problemas espirituais que não se resolverão em hipótese alguma através da medicina ou psicologia; como por exemplo, a possessão demoníaca 3º- Existem ocasiões nas quais um cristão deverá recorrer aos cuidados médicos e, inclusive, cirúrgicos; entretanto, um cristão verdadeiro, antes de ir ao médico, sempre deverá colocar o seu problema nas mãos do Senhor. A ordem é orar primeiro! Não fazer isso é o mesmo que não reconhecer o poder e senhorio de Cristo, além de enxergar as coisas conforme os ímpios enxergam e colocar o médico em maior grau de importância em relação ao Senhor.O mesmo se aplica quando temos alguma causa na justiça, ou outro problema qualquer, no qual precisamos de livramento. Às vezes iremos ao advogado, mas primeiro devemos colocar a causa nas mãos do Senhor; assim como haverá situações as quais nenhum advogado humano poderá resolver.

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4º- Não crer no poder da oração e no que diz a Palavra de Deus é um indício de incredulidade!5º- Por causa da multiplicação da iniqüidade (Mt 24.12), muitos têm caído na frieza espiritual. Este versículo não possui apenas um teor escatológico, mas também se aplica aos nossos dias, devido a tantas heresias e mentiras, não devemos esfriar o nosso amor e, com isso, sermos incrédulos e céticos em todos os sentidos. Observe ainda no texto de II Tm 3.1-5 como seria o caráter de muitos “crentes” nos últimos dias; o que pode levar os verdadeiros cristãos ao desânimo se não vigiarem.

Surge a seguinte pergunta: Se os sinais são atuais, porque não vemos tantos sinais verdadeiros em nossos dias?Vejamos...

1º- Porque Deus não fará algo para satisfazer o ego do homem mau; Deus não fará algo apenas porque o homem quer que ele faça. No meio de uma geração onde muitos sinais falsos são realizados e na qual o homem busca apenas o sobrenatural e o incrível; o Senhor oferece a sua Palavra; se o homem crer será salvo! (Mt 12.39; 16.4)2º- Muitos querem que o Senhor faça algo para glorificarem a si mesmos. Devemos seguir o exemplo de João Batista: Importa que ele (Jesus) cresça!  3º- Falta de santidade4º- Incredulidade (Mt 13. 57,58)5º- Meninice da parte dos crentes que iriam idolatrar os verdadeiros servos causando problemas para os mesmos.

Após sabermos discernir os extremos, encerrarei mostrando alguns princípios básicos pelos quais devemos crer nas manifestações sobrenaturais do Espírito Santo em nossos dias.

IX.3)- Porque creio que os sinais são para os nossos dias?1º- Porque a Bíblia diz (Mc 16, 15-18)2º- Porque Jesus mandou que pedíssemos e recorrêssemos a ele (Mt 7.7-11; Jo 15.7).3º- Porque se os sinais não fossem para os nossos dias, não haveria necessidade do Senhor nos orientar quanto a manifestação sobrenatural do Espírito nas igrejas em nossos dias (ver, por exemplo,  nos capítulos  12,13 e 14 de  I Corintios).4º- Porque se os sinais não fossem para os nossos dias, não haveria necessidade do Senhor nos orientar quanto à diferença entre a manifestação do Espírito e a manifestação do erro ( I Jo 4. 1-6).5º- Porque na Bíblia vemos muitos sinais sendo realizados por Deus através de vários irmãos que, não necessariamente, faziam parte do grupo dos doze apóstolos. Exemplo: Ananias (At 9.10-17) e o próprio Paulo; logo, os dons sobrenaturais não eram apenas para os primeiros apóstolos.6º- Porque a Igreja continuou a se expandir após o livro de Atos e o mesmo Espírito que operava em Jerusalém continuou operando na Judéia; em Samaria e até os confins da Terra, sendo que, no livro de Atos, esta expansão atingiu no máximo as fronteiras ocidentais do Império Romano, mas sabemos que, algum tempo depois, estas fronteiras se expandiram mais e mais; logo, os sinais seguiram os discípulos além do relato de Atos.7º- Porque, apesar da experiência particular de qualquer pessoa, bem como as minhas próprias experiências particulares não poderem servir como uma base doutrinária, estas minhas experiências testificam, embasadas na Palavra de Deus, que os sinais da presença do Espírito seguem a minha vida de várias formas, não apenas produzindo fruto, mas também com manifestações sobrenaturais.Exemplos: Não fico tendo visões a toda hora, mas posso afirmar que já tive algumas. Já pude ver pessoas sendo curadas pelo poder do nome de Jesus e já vi demônios sendo expulsos. Falo em outras línguas e Deus me deu interpretação de línguas em algumas ocasiões. Não posso negar nenhuma destas experiências nem outras que são extremamente particulares. Amado irmão, tenho a certeza de que você também já presenciou algum milagre do Senhor.8º- Se os sinais não fossem atuais, porque então o apostolo Paulo diz que desejava que todos falassem em outras línguas, mais muito mais que profetizassem (I Co 14.5). Em outro versículo o mesmo apóstolo diz que não se deve proibir o falar em línguas, desde que se faça tudo com ordem e decência (I Co 14. 18,39,40)!9º- Os tradicionais extremistas afirmam que as manifestações de línguas estranhas na Bíblia eram, na verdade, manifestações de línguas estrangeiras, o que não é correto. Em Atos 2.7-13, realmente eram línguas estrangeiras, mas nos outros textos do livro de Atos nos quais vemos este tipo de sinal, não nos é falado sobre este detalhe; não sabemos que tipo de línguas foi falado.Repare que o dom é a capacidade dada pelo Espírito para falar em outras línguas; mas que línguas? Línguas desconhecidas para quem as fala, uma expressão vocal inspirada pelo Espírito Santo, mediante a qual o crente fala uma língua que nunca aprendeu a falar, podendo ser estrangeira, dos anjos, mistério, etc...  Preste a atenção aos seguintes textos:

1. Mc 16.17- Falaram novas línguas2. I Co 12.10,28,30- Variedade de línguas

3. I Co 13.1- Línguas dos homens e dos anjos

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4. Rm 8.26- Gemidos inexprimíveis

5. I Co 14.2,14,15- Falar em espírito com Deus em mistérios.

10º- A Bíblia diz que o Espírito concede dons a Igreja até a volta de Jesus (I Co 1.7), e que os dons  são concedidos para a edificação da igreja, ressaltando a interdependência entre os membros  (I Co 12.7-11).

Concluímos então que os sinais continuam seguindo aos que crêem e assim será até a volta do Senhor Jesus.

Posição denominacional segundo a perspectiva bíblica;Pentecostais ou tradicionais?

Neste estudo estaremos aprendendo a respeito do batismo com o Espírito Santo; antes porém, gostaria de passar a posição da Semente da Vida Igreja Evangélica quanto à questão do batismo com o Espírito Santo. Afinal; somos pentecostais ou tradicionais?Tentarei resumir as posições pentecostais e tradicionais de uma forma bastante simples, hajavista o assunto ser alvo de muitos debates e controvérsias.

São Chamadas de igrejas pentecostais àquelas que ensinam que o batismo com o Espírito Santo é uma experiência não necessariamente ligada a conversão, logo, para os pentecostais, nem todo cristão verdadeiro e realmente salvo é batizado com o Espírito Santo. Para eles, a prova disso é que alguns não falam em outras línguas e associam o falar em línguas com o batismo com o Espírito Santo.Segundo afirmam, somente é realmente capacitado para pregar quem foi batizado com o Espírito Santo (o que significa para eles falar em outras línguas), pois para as igrejas pentecostais, somente foram revestidos do poder quem recebeu o dom de línguas. Por este motivo, nestas igrejas, um dos principais critérios para a separação de

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obreiros é o falar em línguas.Nas igrejas pentecostais, os cultos são marcados pela emoção e, não poucas vezes, são envolvidos pelo sensacionalismo. Enfatiza-se a necessidade de se buscar o batismo com o Espírito Santo, o que se receberá com muito clamor, oração, perseverança, etc..., o que nos dá uma noção de esforço próprio.O movimento pentecostal, como conhecemos hoje em dia, é recente (aproximadamente 100 anos) dentro do contexto das igrejas no que se refere ao tempo, sendo que já se subdividiu em outro ramo chamado de neopentecostalismo.

São Chamadas de igrejas tradicionais àquelas que ensinam que o batismo com o Espírito Santo, apesar de não ser a conversão, está associado a mesma, sendo que, todo cristão verdadeiro e realmente salvo é batizado com o Espírito Santo. O dom de línguas não é uma evidencia do batismo com o Espírito Santo; pois nem todos os salvos o possuem.Segundo afirmam, todo aquele que se converteu, nasceu de novo e foi batizado com o Espírito, logo, todo cristão verdadeiro é capacitado para testemunhar à respeito de Cristo.Nas igrejas tradicionais, os cultos são marcados pela liturgia inflexível, valorização do ensino  e há um certo desprezo com relação a tudo o que for sobrenatural; não se crê que os dons sobrenaturais possam se manifestar nos dias de hoje.As igrejas tradicionais, em sua grande maioria, são oriundas da reforma protestante, sendo portanto, muitíssimo mais antigas que as pentecostais, que, na verdade, saíram das tradicionais.

Pontos positivos e negativos:Tanto o Pentecostalismo quanto o tradicionalismo possuem os seus pontos positivos e negativos.As igrejas pentecostais trazem a seu favor o fato de crerem nos dons sobrenaturais, o que, conforme ensina a Bíblia, produz edificação; entretanto, tendem a partir para a carnalidade. A maior parte destas igrejas deixam a Bíblia de lado e passam a serem guiadas por experiências particulares, visões e “profecias” que, em sua grande maioria, são da carne e às vezes até mesmo do Diabo. Por deixarem o ensino e colocar a ênfase na emoção, abrem brecha para o sentimentalismo e a expansão de heresias. Seus membros, em sua grande maioria, são meninos e, muitas vezes, partem para o extremismo de até mesmo acharem, por exemplo, que os irmãos tradicionais não tem o Espírito Santo porque não gritam ou não falam em línguas. Para eles, um sinal de espiritualidade é a gritaria!As igrejas tradicionais possuem a seu favor a organização, disciplina e a importância ao ensino; porém, o excesso de zelo quanto à manifestação dos dons nos cultos, pode levar a uma frieza espiritual. Os dons sobrenaturais não são o principal e devem ser regidos pela Palavra de Deus, pois são necessários também; devemos então colocá-los sob o prumo da Bíblia e não proibir a manifestação dos mesmos. Devem ser evitados os modismos e extremismos quanto à liturgia de culto, entretanto a liturgia de culto não deve ser algo inflexível.Os membros destas igrejas tendem ao radicalismo achando que toda e qualquer manifestação sobrenatural ou é da carne ou do Diabo; seus membros esquecem muitas vezes que a ciência deve ser regada com o amor, pois se não ela inchará o coração. A maior parte das línguas, profecias e outras manifestações realmente partem da carne e infelizmente até mesmo do inimigo, mas existem as manifestações do Senhor. Por causa do extremo zelo sem discernimento, muitas igrejas tradicionais esfriaram-se completamente.

Nossa posição:Para que possamos entrar propriamente em nosso estudo, quero que o leitor saiba:1º- Se olharmos partindo do conceito bíblico e correto do batismo com o Espírito Santo, bem como a importância do ensino, ordem e decência, zelo pela pureza doutrinária e rejeição de toda manifestação que fuja dos padrões bíblicos; alguns pentecostais dirão que somos considerados tradicionais.2º- Se considerarmos que cremos na manifestação dos dons sobrenaturais ainda nos dias de hoje; alguns tradicionais dirão que somos pentecostais.

Amados; resumindo, somos pentecostais porque cremos na manifestação dos dons do Espírito na atualidade, entretanto cremos que todo cristão verdadeiro é batizado com o Espírito Santo e que isso não tem ligação com o falar em outras línguas e não se trata de uma experiência à parte da conversão, mas acompanha a mesma. Cremos ainda que os dons devem ser regidos pela Palavra de Deus e que a espiritualidade de alguém não pode e não deve ser medida por manifestações sobrenaturais e sim pelo fruto do Espírito em uma vida transformada