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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia ANA CAROLINE ARSENIOS TÂNIA CRISTINA DE SOUZA DINI BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL PARA TRATAMENTO DE LOMBALGIA EM TRABALHADORES: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Bragança Paulista 2015

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia

ANA CAROLINE ARSENIOS

TÂNIA CRISTINA DE SOUZA DINI

BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL PARA TRATAMENTO DE LOMBALGIA EM TRABALHADORES:

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Bragança Paulista 2015

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ANA CAROLINE ARSENIOS – R.A. 001201102054 TÂNIA CRISTINA DE SOUZA DINI – R.A. 001201102123

BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL PARA TRATAMENTO DE LOMBALGIA EM TRABALHADORES:

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientadora Metodológica: Profa. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa Orientadora Temática: Profa. Valquiria Oliveira Lopes Coorientador: Prof. Eduardo Henrique de Oliveira

Bragança Paulista 2015

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ANA CAROLINE ARSENIOS TÂNIA CRISTINA DE SOUZA DINI

BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL PARA TRATAMENTO DE LOMBALGIA EM TRABALHADORES:

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Data de aprovação: ___/___/___

Banca examinadora: _______________________________________________________________ Profa. Esp. Valquiria Oliveira Lopes (Orientadora Temática)

Universidade São Francisco

_______________________________________________________________

Prof. Me. Claudio Fusaro (Professor Convidado)

Universidade São Francisco

_______________________________________________________________

Profa. Ms. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)

Universidade São Francisco

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................... 5

2 OBJETIVOS .................................................................... 9

2.1 Objetivo geral .................................................................... 9

2.2 Objetivos específicos ........................................................ 9

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................... 10

4 ARTIGO CIENTÍFICO .......................................................... 13

5 ANEXOS ............................................................................. 27

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1 INTRODUÇÃO

As disfunções osteomusculares relacionadas ao trabalho são muito comuns e

correspondem a um conjunto de afecções relacionadas às atividades laborais que

acometem músculos, fáscias musculares, tendões, ligamentos, articulações, nervos,

sistema circulatório e tegumentar (1). Essas desordens geram sintomas álgicos e

ocorrem predominantemente na região lombar, pescoço e membros superiores.

A estrutura da coluna vertebral forma o alicerce do corpo, sendo constituída de

33 vértebras, agrupadas em cinco divisões: 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas,

5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais e 4 vértebras coccígeas. As vértebras sacrais e

coccígeas são fundidas formando uma única estrutura. A coluna é sustentada por discos,

ligamentos e músculos, e apresenta curvas distintas, conhecidas como lordoses cervical

e lombar e as cifoses torácica e sacro-coccígea. O acometimento destas estruturas e/ou

exacerbação destes desvios de forma anormal, sobrecarregam a coluna vertebral, levam

a um aumento da fadiga do trabalhador que podem evoluir para dor e incapacidade

funcional, e ao longo do tempo gerar e/ou agravar lesões (2,3).

As lesões e incapacidades decorrentes do comprometimento dos tecidos de

origem muscular, ligamentar e ósseo, são: fadiga da musculatura paravertebral,

distensão muscular, torção da coluna, instabilidade articular, hérnia de disco,

hipercifose, hiperlordose, escoliose, osteofitose. Essas lesões podem ocorrer pela

postura incorreta durante o trabalho associado à permanência por um longo período de

tempo em posturas estáticas, carregamento de peso e/ou levantamento de grandes cargas

da forma errada (5).

A postura é definida como a posição do corpo dentro de um espaço e a

disposição relativa de todos os segmentos corporais, na qual estabelece uma relação

direta com a força da gravidade de forma estática ou dinâmica (7). De acordo com o

posicionamento corporal, a postura pode ser classificada como adequada ou inadequada.

Uma forma adequada é quando exige a mínima sobrecarga de estruturas ósseas,

musculares e articulares, com um menor gasto energético, enquanto a forma inadequada

produz maior sobrecarga nas estruturas de sustentação e um equilíbrio menos eficiente

do corpo sobre suas bases de apoio (8).

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A permanência na postura sentada leva ao aumento da pressão no disco

intervertebral, ocorre o achatamento do arco lombar e estiramento de todas as estruturas

da parte posterior da coluna, como ligamentos, articulações e nervos (4).

O trabalhador que permanece em seu posto de trabalho por longos períodos em

posição estática corre o risco de obter várias afecções osteomusculares, dentre elas

citamos a lombalgia, que se refere à dor lombar que acomete principalmente as regiões

de L3 – L4, L4 – L5 e L5 – S1, sendo considerada a principal causa de absenteísmo ao

trabalho, ultrapassando o câncer, o acidente vascular encefálico e a síndrome de

imunodeficiência adquirida como causa de incapacidade total ou parcial nos indivíduos

na faixa etária produtiva (4,5,6).

A dor lombar é uma das alterações musculoesqueléticas mais comuns em

indivíduos economicamente ativos, afetando 70% a 80% da população adultos jovens

em algum momento da vida. Dados do INSS do ano de 2006 apresentaram 2,32 milhões

de benefícios por incapacidade de trabalhadores com carteira assinada diagnosticados

com lombalgia. (12, 13,14, 15,16,17)

A dor pode ser causada de forma intrínseca quando está relacionada às

condições congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, neoplasias e desvios

posturais, ou de forma extrínseca decorrente do desequilíbrio entre a carga funcional e a

capacidade funcional, ou seja, ao esforço requerido para atividade laboral (4,9).

A dor resultante do acometimento de estruturas musculoesqueléticas profundas,

é normalmente descrita como tensão exagerada, sendo frequentemente referida em

estruturas distantes daquela comprometida (1).

A intervenção no quadro álgico abrange diversas técnicas e recursos

fisioterapêuticos que poderão ser utilizados para a melhora da dor e quando tratados os

primeiros sintomas, que normalmente, estão associados à lombalgia: espasmo, fraqueza

muscular, diminuição da amplitude de movimento, há tendência de uma recuperação

relativamente rápida e recorrência dos sintomas dolorosos (10,11).

Porém, mais de 50% dos indivíduos com episódio agudo de lombalgia pode

apresentar novos episódios dentro de um curto período de tempo. A persistência da dor

deve-se às anormalidades vasculares e a neuromodulação central da dor, da lesão

tecidual que gera estímulos nociceptivos contínuos, os quais alcançam a medula

espinhal, ativando os neurônios do corno posterior, prolongando a sensação de dor após

o estímulo cessar (4).

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A lombalgia afeta principalmente indivíduos ativos profissionalmente, sendo

associada a diversos fatores, tanto individuais (peso, postura inadequada e fraqueza

muscular) quanto ocupacionais (sobrecarga excessiva, deslocamento de peso de forma

inadequada, permanência em posições estáticas por longos períodos de tempo e

sedentarismo). Faz-se necessário um diagnóstico correto e rápido para que possa ser

tratado corretamente, a história pessoal é de extrema importância para delimitar o início,

o tipo de dor, localização, irradiação e os fatores que desencadeiam a dor e os que

melhoram a mesma, não devendo esquecer o histórico familiar. (12, 13,14, 15, 16,

17,18)

Existem diversas técnicas para auxilio da diminuição da dor e as mais

comumente utilizadas no ambiente laboral são os alongamentos realizados no ambiente

de trabalho de forma ativa, ginástica laboral, quick massage, análise e orientação

ergonômica referente ao posicionamento e postura do trabalhador, adequação do

ambiente e do mobiliário, pausas e/ou rodízios durante os períodos de trabalho, e o uso

da bandagem elástica funcional (BEF) como tratamento complementar (1).

A utilização de bandagens teve seu início juntamente aos primeiros relatos

antigos, achados arqueológicos, escritas e imagens que datam épocas anteriores a Cristo.

Pergaminhos e livros dos escribas antigos contem imagens de métodos terapêuticos

rudimentares daquilo que seria hoje a bandagem funcional. Com a evolução dos

materiais ao longo dos tempos novos produtos surgiram por volta da década de 70

temos o início dos estudos em reabilitação contando com o desenvolvimento mais

aprofundado deste recurso (19).

O uso da BEF é recomendado tanto após a lesão quanto durante o processo de

reabilitação, já que atua em mecanismos que corrigem a função muscular fortalecendo

os músculos debilitados, melhora a circulação sanguínea e linfática, diminui a dor por

supressão neurológica e favorece a propriocepção, além de aumentar a excitação dos

mecanorreceptores cutâneos. Sua variabilidade está no tipo de bandagem, além de ser

elástica, fina, porosa não tem medicamentos em sua composição, pode ser utilizada

durante alguns dias, não restringe os movimentos e as articulações e permite ao paciente

a livre amplitude de movimento e a função total do segmento a ser tratado (1,4).

A BEF foi criada pelo japonês quiroprata Dr. Kenzo Kase em 1973, em Tokio,

Japão. Baseada na cinesiologia, partindo do pressuposto que os tecidos como fáscias,

ligamentos, tendões e músculos podem se beneficiar do contato do material que deve ser

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aderido a pele - a fita “tape”. A princípio eram utilizados outros métodos de

enfaixamento como o uso de esparadrapos e formas rígidas de proteção (20). Por meio

de estudos foi desenvolvido um material elástico que adere a pele, o que hoje chamamos

de bandagem elástica funcional. Suas características são: produzidas 100% em algodão,

fabricadas com material hipoalergênico, seu adesivo é termoativo, não possuem

qualquer princípio ativo e são à prova d’água. Sua capacidade de extensão é de 140% de

seu comprimento original, aderida ao papel com um pré-estiramento de 10 – 25%,

dependendo do fabricante. Preconiza-se o uso da bandagem entre 2 a 5 dias após sua

aplicação na forma longitudinal (19, 21, 22).

A BEF não é utilizada como a única forma de tratamento, mas como um

componente adicional para o tratamento das disfunções osteomusculares. Os efeitos

fisiológicos que a bandagem elástica promove ocorrem através de estímulos mecânicos

e sensoriais duradouros de forma constante na epiderme, alcançando os receptores

sensoriais e nociceptivos (23, 24, 25). Estimula ainda as vias aferentes rápidas e mais

grossas que bloqueiam a transmissão da informação de dor pelas vias mais delgadas -

Teoria da Comporta da dor: inibe ou facilita a contração muscular, exercendo controle

de tônus. Corrige o posicionamento das articulações através de estímulos

proprioceptivos (19, 21).

Para o tratamento da dor e de patologias do sistema nervoso central e periféricos,

a BEF é um dos recursos utilizados, atuando diretamente nos efeitos neurofisiológicos

proporcionados por sua estrutura. O uso de técnicas de facilitação ou inibição muscular

são as mais comuns para tratamento da lombalgia, uma dá apoio e assistência imitando

o movimento normal das estruturas, mantendo sua amplitude de movimento, e a outra

diminui a inflamação através de estímulos sensoriais e limita a contração muscular

hiperativa. Com a aplicação da técnica ocorre o efeito analgésico devido a ação

exterocetiva da bandagem, ou seja, o efeito decorrente de seu contato com a pele. Este

contato proporciona o estimulo nos receptores cutâneos, provocando a despolarização

dos impulsos nervosos ao longo da fibra aferente até o sistema nervoso central (12, 13,

14).

A partir do conhecimento fisiológico e biomecânico da lombalgia em

trabalhadores e os efeitos do uso da BEF para diminuição e/ou controle de quadros

álgicos, estima-se que a BEF como tratamento complementar da lombalgia em

trabalhadores se mostre eficaz, contribuindo para resultados satisfatórios no tratamento

(25).

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Contribuir com o conhecimento teórico sobre a bandagem elástica funcional no

tratamento da lombalgia em trabalhadores.

2.2 Objetivos Específicos

Verificar publicações existentes do uso da bandagem elástica funcional em

trabalhadores;

Verificar a eficácia da bandagem elástica funcional em trabalhadores;

Identificar as principais ferramentas utilizadas para avaliar lombalgia, e qual

dessas ferramentas é mais apropriada para aplicar em trabalhadores.

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Kinesio taping to generate skin convolutions is not better than sham taping for

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4 ARTIGO CIENTIFICO

Bandagem Elástica Funcional para tratamento da lombalgia em

trabalhadores: revisão bibliográfica

Elastic Bandage Functional for treatment of low back pain in workers : review

Ana Caroline Arsenios, graduando pela Universidade São Francisco, Bragança Paulista,

São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]

Tânia Cristina de Souza Dini, graduando pela Universidade São Francisco, Bragança

Paulista, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]

Valquiria Oliveira Lopes, docente da Universidade São Francisco, Bragança Paulista,

São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]

Resumo

Introdução: As disfunções osteomusculares relacionadas ao trabalho são muito comuns

e acometem muitos trabalhadores, dentre elas é muito comum a lombalgia. Existem

diversas técnicas para auxilio no tratamento da dor, dentre elas o uso da bandagem

elástica funcional (BEF) é recomendado. Objetivo: contribuir com o conhecimento

teórico sobre a BEF no tratamento da lombalgia em trabalhadores. Metodologia:

revisão sistemática onde foram selecionados artigos publicados no período entre 2010 à

2014, a partir das bases de dados PubMed, SciELO, Lilacs e Google. Resultados: todos

os artigos selecionados apresentaram diminuição no quadro álgico e melhora da

funcionalidade da coluna lombar. Discussão: após pesquisa nos bancos de dados e

seleção dos artigos foram avaliados o total de 7 artigos científicos que correspondem ao

tema abordado. A maioria dos artigos demonstra a utilização da Escala Visual

Analógica, Roland Morris Disability Questionnaire e Oswestry Disability Index como

ferramentas de avaliação e diversas técnicas de aplicação da BEF, dentre elas as mais

utilizadas foram a técnica em “I”, “Y”, “abertura de espaço”, aplicadas em um ou mais

músculos, numa variação de uma a dez sessões, com ou sem intervalo entre as sessões,

atuando na diminuição da dor e melhora da funcionalidade da coluna lombar.

Conclusão: conclui-se que a grande maioria dos artigos avaliados apresentaram

resultados significativos na diminuição do quadro álgico após o uso da técnica nos

indivíduos tratados.

Descritores: bandagem, bandagem elástica funcional, tape, lombalgia e trabalhadores.

Abstract

Introduction: musculoskeletal disorders related to work are very common and affect

many workers, among them is very common low back pain. There are several

techniques to aid in pain management, among them the use of functional elastic bandage

(BEF) is recommended. Objective: To contribute to the theoretical understanding of the

BEF in the treatment of low back pain in workers. Methodology: systematic review

which were selected articles published between 2010 to 2014 from the databases

PubMed, SciELO, Lilacs and Google. Results: all selected articles showed a decrease in

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pain symptoms and improvement in lumbar spine functionality. Discussion: After

search the databases and select the articles were assessed a total of 7 scientific articles

that correspond to the topic discussed. Most of the articles demonstrates the use of the

Visual Analogue Scale, Roland Morris Disability Questionnaire and Oswestry

Disability Index as evaluation tools and various application techniques of BEF, among

which the most used were the technique in "I", "Y", " open space ", applied in one or

more muscles in a range of one to ten sessions, with or without interval between

sessions, acting in decreased pain and improved functionality of the lumbar spine.

Conclusion: it was concluded that the vast majority of reviewed articles showed

significant results in the reduction of pain symptoms after using the technique in treated

individuals.

Keywords: bandage, functional elastic bandage, tape, lumbago and workers.

Introdução

Acometimentos no sistema osteomuscular são muito comuns e representam um

conjunto de afecções laborais (1). Gerando sintomas álgicos que ocorrem

predominantemente na região lombar, pescoço e membros superiores.

A estrutura da coluna vertebral forma o alicerce do corpo, sendo constituída de

33 vértebras, é sustentada por discos, ligamentos e músculos, e apresenta curvas

distintas, conhecidas como lordoses cervical e lombar e as cifoses torácica e sacro-

coccígea. O acometimento destas estruturas e/ou exacerbação destes desvios de forma

anormal, sobrecarregam a coluna vertebral, levam a um aumento da fadiga do

trabalhador que podem evoluir para dor e incapacidade funcional, e ao longo do tempo

gerar e/ou agravar lesões (2,3).

O trabalhador que permanece em seu posto de trabalho por longos períodos em

posição estática corre o risco de obter várias afecções osteomusculares, dentre elas

citamos a lombalgia, que se refere à dor lombar que acomete principalmente as regiões

de L3 – L4, L4 – L5 e L5 – S1, sendo considerada a principal causa de absenteísmo ao

trabalho (4,5,6).

As lesões e incapacidades decorrentes do comprometimento dos tecidos de

origem muscular, ligamentar e ósseo, são: fadiga da musculatura paravertebral,

distensão muscular, torção da coluna, instabilidade articular, hérnia de disco,

hipercifose, hiperlordose, escoliose, osteofitose. Essas lesões podem ocorrer pela

postura incorreta durante o trabalho associado à permanência por um longo período de

tempo em posturas estáticas, carregamento de peso e/ou levantamento de grandes cargas

da forma errada (5).

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A postura é definida como a posição do corpo dentro de um espaço e a

disposição relativa de todos os segmentos corporais (7). De acordo com o

posicionamento corporal, a postura pode ser classificada como adequada ou inadequada.

Uma forma adequada é quando exige a mínima sobrecarga de estruturas ósseas,

musculares e articulares, com um menor gasto energético, enquanto a forma inadequada

produz maior sobrecarga nas estruturas de sustentação e um equilíbrio menos eficiente

do corpo sobre suas bases de apoio (8).

A permanência na postura sentada leva ao aumento da pressão no disco

intervertebral, ocorre o achatamento do arco lombar e estiramento de todas as estruturas

da parte posterior da coluna, como ligamentos, articulações e nervos (4).

A dor pode ser causada de forma intrínseca está relacionada às condições

congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, neoplasias e desvios posturais, ou

de forma extrínseca decorrente do desequilíbrio entre a carga funcional e a capacidade

funcional, ou seja, ao esforço requerido para atividade laboral (4,9).

A intervenção no quadro álgico abrange diversas técnicas e recursos

fisioterapêuticos que poderão ser utilizados para a melhora da dor e quando tratados os

primeiros sintomas, que normalmente, estão associados à lombalgia: espasmo, fraqueza

muscular, diminuição da amplitude de movimento, há tendência de uma recuperação

relativamente rápida e recorrência dos sintomas dolorosos (10,11).

A persistência da dor deve-se às anormalidades vasculares e a neuromodulação

central da dor, da lesão tecidual que gera estímulos nociceptivos contínuos, os quais

alcançam a medula espinhal, ativando os neurônios do corno posterior, prolongando a

sensação de dor após o estímulo cessar (4).

A lombalgia afeta principalmente indivíduos ativos profissionalmente, sendo

associada a diversos fatores, tanto individuais (peso, postura inadequada e fraqueza

muscular) quanto ocupacionais (sobrecarga excessiva, deslocamento de peso de forma

inadequada, permanência em posições estáticas por longos períodos de tempo e

sedentarismo). Quando a lombalgia está diretamente relacionada ao âmbito laboral

algumas correções são necessárias, analisar o posto de trabalho, questionar a realização

da ginástica laboral e realização de pausas para descanso, após realizar as adequações,

avaliar o trabalhador e verificado a necessidade de realizar um tratamento para a

lombalgia analisa-se quais recursos poderão ser utilizadas. Sendo uma das alterações

musculoesqueléticas mais comuns, afetando 70% a 80% da população adultos jovens

em algum momento da vida, sendo uma das razões mais comuns para absenteísmo por

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16

incapacidade total ou parcial. Dados do INSS do ano de 2006 apresentaram 2,32

milhões de benefícios por incapacidade de trabalhadores com carteira assinada

diagnosticados com lombalgia (12, 13, 14, 15, 16, 17, 18).

Existem diversas técnicas para auxilio da diminuição da dor, dentre elas citamos

a utilização da bandagem, conhecidas na atualidade como bandagem elástica funcional

(BEF). (1,19). Seu uso é recomendado tanto após a lesão quanto durante o processo de

reabilitação. Sua variabilidade está no tipo de bandagem, além de ser elástica, fina,

porosa não tem medicamentos em sua composição, pode ser utilizada durante alguns

dias, não restringe os movimentos e as articulações e permite ao paciente a livre

amplitude de movimento e a função total do segmento a ser tratado (1,4).

Foi criada pelo japonês quiroprata Dr. Kenzo Kase em 1973, em Tokio, Japão.

Baseada na cinesiologia, partindo do pressuposto que os tecidos como fáscias,

ligamentos, tendões e músculos podem se beneficiar do contato do material que deve ser

aderido a pele - a fita “tape” (20). Por meio de estudos foi desenvolvido um material

elástico que adere a pele. Suas características são: produzidas 100% em algodão,

fabricadas com material hipoalergênico, seu adesivo é termoativo, não possuem

qualquer princípio ativo e são à prova d’água. Sua capacidade de extensão é de 140% de

seu comprimento original, aderida ao papel com um pré-estiramento de 10 – 25%,

dependendo do fabricante. Preconiza-se o uso da bandagem entre 2 a 5 dias após sua

aplicação na forma longitudinal (19, 21, 22). Os efeitos fisiológicos que a bandagem

elástica promove ocorrem através de estímulos mecânicos e sensoriais duradouros de

forma constante na epiderme, alcançando os receptores sensoriais e nociceptivos (23,

24, 25). Estimula ainda as vias aferentes rápidas e mais grossas que bloqueiam a

transmissão da informação de dor pelas vias mais delgadas - Teoria da Comporta da

dor: inibe ou facilita a contração muscular, exercendo controle de tônus. Corrige o

posicionamento das articulações através de estímulos proprioceptivos (19, 21).

A partir do conhecimento fisiológico e biomecânico da lombalgia em

trabalhadores e os efeitos do uso da BEF para diminuição e/ou controle de quadros

álgicos, estima-se que a BEF como tratamento complementar da lombalgia em

trabalhadores se mostre eficaz, contribuindo para resultados satisfatórios no tratamento

(25).

O presente artigo tem como objetivo geral contribuir com o conhecimento

teórico sobre a BEF no tratamento da lombalgia em trabalhadores.

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17

Materiais e Métodos

Trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem quantitativa descritiva.

Para a realização deste estudo foram consultados artigos publicados entre 2010 a

2014 em português e inglês, encontrados nas bases de dados PubMed, SciELO,

Lilacs e Google Acadêmico, com os seguintes descritores: bandagem elástica;

kinesio; taping; kinesio taping; kinesio taping na dor lombar; lombalgia; low back

pain.

Foi realizada a primeira seleção dos artigos onde todos selecionados

deveriam ter relação com o tema da revisão por meio da leitura do título e resumo

que permitissem o acesso na íntegra para avaliação (disponibilização do material de

forma aberta). Os artigos repetidos em bases de dados diferentes foram contatos e

selecionados uma única vez.

Uma segunda seleção foi realizada após a leitura completa dos artigos.

Foram excluídos os artigos que não tinham sido publicados em revistas ou

periódicos, que não constituíssem as características do tema abordado, revisão

sistemática, monografias de graduação ou projetos de pesquisa. O processo de

seleção dos artigos pode ser verificado na Figura 1.

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Figura 1. Fluxograma da metodologia de seleção dos artigos

Pesquisas nos bancos de

dados: PubMed, Lilacs,

Scielo, Google Acadêmico.

Total: 158 artigos.

Leitura dos títulos e

resumos

Tipos de estudos

Excluídos

8 artigos

Incluídos

7 artigos

Trabalhos de

Graduação;

Revisões

Bibliográficas;

Estudos

pilotos;

Relato de

casos;

Ensaios

clínicos;

Projetos de

pesquisa;

Primeira seleção:

Relação com o

tema?

Não

Sim

Acesso na

integra?

Não

Sim

Segunda

seleção

Excluídos

Segunda seleção

15 artigos

Analise do artigo

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Resultados

Após a pesquisa nos bancos de dados citados anteriormente foram encontrados o total

de 158 artigos. Na primeira seleção foram selecionados 15 artigos para a leitura mais

detalhada e completa. Na segunda seleção foram excluídos 8 artigos que não se

encaixaram nos critérios de inclusão, restando 7 artigos para a realização deste estudo.

Segue a síntese dos artigos utilizados na Tabela 1.

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Tabela 1. Resultado dos artigos selecionados

Principais resultados dos artigos

Autor Tipos de Estudo Amostra Ferramentas de Analise Método Resultado

Jorge EM, Vieira JH,

Sandoval RA. (25) Ensaio Clínico

21 voluntários com idade entre 22 e 34 anos que trabalham

sentados por mais de 04

horas/diária

EVA, ODI

Ansmnese , ferramentas de análise aplicados

antes e três dias após. Grupos: GC (grupo

controle); GAM (grupo ativação muscular) ; GA (grupo analgesia)

A tecnica utilizada foi em “I”.

A aplicação de KT se mostrou eficaz na diminuição do quadro álgico e uma

diminuição de escores no questionário de

funcionalidade da coluna lombar.

Hwang-Bo G, Lee JH

(26) Estudo de caso

Paciente 36 anos,

fisioterapeuta há 8 anos. EVA, ODI KT técnica em "I" durante 3 dias.

Os scores das ferramentas de análise

melhoraram gradualmente, atestando a

diminuição da dor.

Paoloni, et al. (27) Estudo controlado

randomizado

39 voluntários entre 30-80

anos de ambos os sexos

EVA, RMDQ, CLBP - relatady

disability

Grupos: KT com exercício ou somente KT ou

exercício sozinho, durante 4 semanas. Técnica em "I" aplicada de T12 à L5.

Os grupos apresentaram uma diminuição

significativa da dor após o tratamento.

Eardley, et al. (28) Estudo controlado

randomizado 70 voluntários entre 18-65

anos EVA, RMDQ, Short Form Health

Grupos: A - tratamento verdadeiro ou B - tratamento placebo ou C - tratamento tardio.

Grupo A e B apresentaram melhora

significativa, porém A mostrou-se melhor

que B.

Alonso, et al. (29) Ensaio Clínico 5 costureiras com média 39,6

anos de idade.

Avaliação constituiu de dados

pessoais, antropométricos

profissional

RMDQ EVA

Teste de terceiro dedo-chão.

10 sessões de aplicação da KT, mantidas por 3

dias, totalizando 4 semanas de tratamento.

Técnica em “Y” Foi avaliado pré e pós tratamento.

Em relação a dor houve melhora

significante após o tratamento.

Na comparação da flexão de tronco houve uma melhora significante.

Na comparação do questionário RMDQ

houve uma melhora significante após o tratamento.

Parreira, et al. (30) Ensaio controlado

randomizado 148 voluntários

RMDQ, Global Perceived Effect Scale

Grupos: Experimental recebeu KT com tensão

entre 10-15% ou Controle recebeu KT sem tensão, ambos receberam 8 sessões durante 4

semanas.

Em relação a RMDQ não houve diferença

significante entre os grupos após 4

semanas.

Sánchez, et al. (31) Ensaio controlado

randomizado 60 voluntários

ODI, RMDQ, EVA, Escala

cinesiofobica, Teste de resistência

muscular McQuade

Kt sobre a coluna lombar durante 1 semana. Em uma semana, o grupo experimental apresentou melhora significativamente.

Tabela 1. EVA – Escala Visual Analógica, RMDQ – Roland Morris Questionnaire, ODI- Oswestry Disability Index, KT – Kinesio Taping.

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Discussão

A Escala Visual Analógica (EVA) foi utilizada em 5 dos 7 estudos abordados

nesta pesquisa para mensurar o nível de dor lombar dos voluntários, pois trata-se de um

instrumento fidedigno e considerado referência para mensuração de quadros álgicos de

qualquer origem. Tratando-se da técnica escolhida para a realização desta pesquisa,

estudos mostram que a intervenção da BEF para a diminuição da dor atinge seu pico

máximo de analgesia entre 24 a 48 horas após a aplicação, o que justifica o método de

avaliação e aplicação da EVA nestes estudos que ocorre antes da intervenção e três dias

após. Além disso, a EVA é um questionário de fácil e rápida aplicação, o que facilita

sua utilização em avaliações de dor que envolvem trabalhadores dentro de seu ambiente

de trabalho. (25,26,27,28,29,31)

Os questionários Oswestry Disability Index (ODI) e Roland Morris Disability

(RMDQ) foram utilizados na maioria dos estudos, onde através de ambos avaliamos o

nível de incapacidade funcional da coluna lombar e o que isto influencia nas atividades

laborais e, consequentemente, nas AVD’s de cada indivíduo. Os artigos selecionados

utilizam, no mínimo, dois questionários destes citados, o que determina uma

mensuração mais fidedigna e completa da avaliação e dos resultados.

(25,26,27,28,29,30,31)

Em relação a dor e a funcionalidade da coluna lombar, é perceptível que são

inversamente proporcionais de acordo com a maioria dos resultados, onde os indivíduos

tratados com a BEF obtiveram diminuição da dor e uma melhora da funcionalidade e

execução das tarefas diárias. Porém, nos estudos dos autores Eardley e Jorge os grupos

placebos apresentaram diminuição insignificante da dor. Nos grupos placebos a técnica

é realizada de maneira a não produzir um efeito desejado e/ou esperado, porém, pode

ativar áreas do cérebro responsáveis pelo circuito analgésico, aumentando o fluxo

sanguíneo em regiões ricas em receptores de opióides, podendo promover uma

diminuição da dor. (25,28,30)

Em relação a metodologia e manuseio das técnicas de aplicação utilizadas nos

artigos selecionados, cada estudo utilizou uma técnica diferente, dentre elas as técnicas

em “I”, “Y”, “abertura de espaço”, aplicadas em um ou mais músculos, numa variação

de uma a dez sessões, com ou sem intervalo entre as sessões. Todas as técnicas

utilizadas nos artigos selecionados mostraram resultados eficazes e significativos na

diminuição da dor, e uma melhora no score dos questionários de incapacidade da coluna

lombar. (25,26,27,28,29,30,31)

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Sabe-se que uma grande parte da população de trabalhadores de diversas áreas,

dentre elas os trabalhadores que exercem suas tarefas a maior parte do tempo na posição

sentada, em pé ou, quando envolve carregamento de cargas, sofrem com quadros de

lombalgias, numa variação de dor leve à intensa. A permanência em posturas estáticas

durante grande parte do tempo da jornada de trabalho, ou a execução de movimentos de

flexão, extensão, rotação e inclinação da coluna de forma inadequada, podem gerar uma

sobrecarga em todas as estruturas da coluna vertebral, e como resposta disso os quadros

de lombalgia associados ou não a patologias. A dor lombar acomete grande parte dos

trabalhadores trazendo consequências negativas para sua vida, influenciando na

qualidade de vida, gerando uma diminuição da funcionalidade e/ou incapacidade na

execução tanto das tarefas laborais quanto das AVDs, abalando o indivíduo fisicamente,

psicologicamente e economicamente. A partir disso, a Fisioterapia propõe técnicas e

tratamentos que, além de diminuir o quadro álgico, colabora para uma melhora da

dinâmica e biomecânica corporal do indivíduo, trazendo mais conforto e comodidade

para o trabalhador na execução de suas tarefas laborais, e consequentemente,

contribuindo para uma boa qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho.

(1,7)

Existem diversas e inúmeras intervenções fisioterapêuticas como tratamento da

lombalgia em trabalhadores, dentre elas, a BEF mostrou uma eficácia na diminuição do

quadro álgico, consequentemente, melhorando a funcionalidade e dinâmica da coluna

lombar, além de ser um tratamento relativamente econômico, bem aceito para qualquer

tipo de população e não possui efeitos colaterais quando comparado ao uso de

medicamentos analgésicos e antiinflamatórios, desde que, aplicado de maneira correta

por um profissional apto e especializado na técnica. (14)

A partir dos resultados apresentados nos estudos selecionados, acredita-se que o

uso da BEF para diminuição da dor lombar em trabalhadores obtenha uma influência

significativamente positiva no tratamento, demandando de um bom prognóstico das

disfunções e/ou lesões que acometem esse tipo de população, conforme 3 dos 7 estudos

apresentados, a BEF quando utilizada como tratamento específico para diminuição da

dor e melhora da funcionalidade da coluna lombar em trabalhadores contribuiu para

uma melhora significativa. (25,26,29)

Além disso, ressaltamos a importância de avaliar, utilizar ferramentas e testes

que possam enriquecer a avaliação, para que a intervenção se mostre realmente eficiente

para o objetivo proposto e de acordo com a necessidade do trabalhador. A técnica da

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23

BEF associada a um tratamento fisioterapêutico elaborado, envolvendo, uma análise

ergonômica e modificações e/ou adaptações do ambiente de trabalho, orientações sobre

a postura estática e dinâmica de forma correta e adequada, mudança de maus hábitos

adquiridos na realização das tarefas, realizar pausas e intervalos durante a jornada de

trabalho, prática de exercícios físicos, ginástica laboral, Quick Massage e uma boa

organização no trabalho, são fatores importantes para um melhor prognóstico no

tratamento da dor e das disfunções osteomusculares relacionadas ao trabalho. (1)

Conclusão

A BEF é uma técnica muito conhecida na área ortopédica e desportiva, que concentram

a maior parte dos trabalhos publicados sobre o tema.

Este estudo identificou possibilidades da intervenção da BEF abrangendo a área de

saúde ocupacional, no qual nos mostrou eficiente para trabalhadores com lombalgia.

No entanto, é necessário a realização de novos estudos e pesquisas sobre o uso da BEF

na lombalgia em trabalhadores, sendo importante que os estudos relatem a descrição

exata da técnica, ferramentas de avaliação, metodologia utilizada, cálculo amostral

maior e identificação da amostra para resultados mais fidedignos, comprovando a

eficácia da técnica. Sugerimos, pesquisas que envolvam uma avaliação da durabilidade

do efeito analgésico da BEF após a aplicação, e a associação da intervenção com um

programa ergonômico elaborado para o tipo de trabalhador avaliado e tratado, para

melhores resultados.

Agradecimentos

Agradecemos aos Professores envolvidos para a realização desde estudo, Profa.

Valquiria Oliveira Lopes como orientadora desta pesquisa, Prof. Eduardo Henrique de

Oliveira como co-orientador, Profa. Grazielle Aurelina Fraga como orientadora

metodológica, Prof. Claudio Fusaro como professor convidado da banca e Profa.

Patricia Teixeira Costa como coordenadora do Curso de Fisioterapia. Agradecemos a

todos os professores que se fizeram presentes em nossa vida acadêmica durante 4 anos e

meio e que contribuíram para nossa formação acrescentando conhecimentos e

experiências de vida como fisioterapeutas. Aos amigos, colegas e alunos companheiros

de turma. Aos familiares que estiveram presentes nos apoiando e incentivando todos os

dias, nossos sinceros agradecimentos.

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24

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27

5. ANEXOS

Revista Fisioterapia em Movimento

Processo de Submissão

Os manuscritos deverão ser submetidos à Revista Fisioterapia em Movimento por meio do

site na seção submissão de artigos. Todos os artigos devem ser inéditos e não podem ter sido

submetidos para avaliação simultânea em outros periódicos. É obrigatório anexar uma

declaração assinada por todos os autores quanto à exclusividade do artigo, na qual constará

endereço completo, telefone, fax e e-mail. Na carta de pedido de publicação, é obrigatório

transferir os direitos autorais para a Revista Fisioterapia em Movimento. Afirmações, opiniões

e conceitos expressados nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores.

A Revista Fisioterapia em Movimento está alinhada com as normas de qualificação de

manuscritos estabelecidas pela OMS e pelo International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE). Somente serão aceitos os artigos de ensaios clínicos cadastrados em um dos

Registros de Ensaios Clínicos recomendados pela OMS e ICMJE. Trabalhos contendo

resultados de estudos humanos e/ou animais somente serão aceitos para publicação se estiver

claro que todos os princípios de ética foram utilizados na investigação (enviar cópia do

parecer do comitê de ética). Esses trabalhos devem obrigatoriamente incluir a afirmação de ter

sido o protocolo de pesquisa aprovado por um comitê de ética institucional (reporte-se à

Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde, que trata do Código de Ética da Pesquisa

envolvendo Seres Humanos). Para experimentos com animais, considere as diretrizes

internacionais Pain, publicada em: PAIN, 16: 109-110, 1983.

A Revista Fisioterapia em Movimento recebe artigos das seguintes categorias:

Artigos Originais: oriundos de resultado de pesquisa de natureza empírica, experimental ou

conceitual, sua estrutura deve conter: Introdução, Materiais e Métodos, Resultados,

Discussão, Conclusão, Referências. O texto deve ser elaborado com, no máximo, 6.000

palavras e conter até 5 ilustrações.

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Artigos de Revisão: oriundos de estudos com delineamento definido e baseado em pesquisa

bibliográfica consistente com análise crítica e considerações que possam contribuir com o

estado da arte (máximo de 8.000 palavras e 5 ilustrações).

• Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows, fonte Times New Roman,

tamanho 12, com espaçamento entre linhas de 1,5. O número máximo permitido de autores

por artigo é seis (6).

• As ilustrações (figuras, gráficos, quadros e tabelas) devem ser limitadas ao número máximo

de cinco (5), inseridas no corpo do texto, identificadas e numeradas consecutivamente em

algarismos arábicos. A arte final, figuras e gráficos devem estar em formato tiff. Envio de

ilustrações com baixa resolução (menos de 300 DPIs) pode acarretar atraso na aceitação e

publicação do artigo.

• Os trabalhos podem ser encaminhados em português ou inglês, entretanto, uma vez aceito

para publicação, o artigo deverá ser traduzido para a língua inglesa.

• Abreviações oficiais poderão ser empregadas somente após uma primeira menção completa.

Deve ser priorizada a linguagem científica para os manuscritos científicos.

• Deverão constar, no final dos trabalhos, o endereço completo de todos os autores, afiliação,

telefone, fax e e-mail (atualizar sempre que necessário) para encaminhamento de

correspondência pela comissão editorial.

Outras considerações:

• Sugere-se acessar um artigo já publicado para verificar a formatação dos artigos publicados

pela revista;

• Todos os artigos devem ser inéditos e não podem ter sido submetidos para avaliação

simultânea em outros periódicos (anexar carta assinada por todos os autores, na qual será

declarado tratar-se de artigo inédito, transferindo os direitos autorais e assumindo a

responsabilidade sobre aprovação em comitê de ética, quando for o caso);

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• Afirmações, opiniões e conceitos expressados nos artigos são de responsabilidade exclusiva

dos autores;

• Todos os artigos serão submetidos ao Conselho Científico da revista e, caso pertinente, à

área da Fisioterapia para avaliação dos pares;

• Não serão publicadas fotos coloridas, a não ser em caso de absoluta necessidade e a critério

do Conselho Científico.

No preparo do original, deverá ser observada a seguinte estrutura:

CABEÇALHO

Título do artigo em português (inicial maiúsculo, restante minúsculas – exceto nomes

próprios), negrito, fonte Times New Roman, tamanho 14, parágrafo centralizado, subtítulo em

letras minúsculas (exceto nomes próprios). Título do artigo em inglês, logo abaixo do título

em português, (inicial maiúsculo, restante minúsculas – exceto nomes próprios), em itálico,

fonte Times New Roman, tamanho 12, parágrafo centralizado. O título deve conter no

máximo 12 palavras, sendo suficientemente específico e descritivo.

APRESENTAÇÃO DOS AUTORES DO TRABALHO

Nome completo, afiliação institucional (nome da instituição para a qual trabalha), vínculo (se

é docente, professor ou está vinculado a alguma linha de pesquisa), cidade, estado, país e e-

mail.

RESUMO ESTRUTURADO/STRUCTURED ABSTRACT

O resumo estruturado deve contemplar os tópicos apresentados na publicação. Exemplo:

Introdução, Desenvolvimento, Materiais e Métodos, Discussão, Resultados, Considerações

Finais. Deve conter no mínimo 100 e no máximo 250 palavras, em português/inglês, fonte

Times New Roman, tamanho 11, espaçamento simples e parágrafo justificado. Na última

linha deverão ser indicados os descritores (palavras-chave/keywords). Para padronizar os

descritores, solicitamos utilizar os Thesaurus da área de Saúde (DeCS). O número de

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descritores desejado é de no mínimo 3 e no máximo 5, os quais devem ser representativos do

conteúdo do trabalho.

CORPO DO TEXTO

• Introdução: deve apontar o propósito do estudo, de maneira concisa, e descrever quais os

avanços alcançados com a pesquisa. A introdução não deve incluir dados ou conclusões do

trabalho em questão.

• Materiais e métodos: deve ofertar, de forma resumida e objetiva, informações que permitam

ser o estudo replicado por outros pesquisadores. Referenciar as técnicas padronizadas.

• Resultados: devem oferecer uma descrição sintética das novas descobertas, com pouco

parecer pessoal.

• Discussão: interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos existentes,

principalmente os indicados anteriormente na introdução. Esta parte deve ser apresentada

separadamente dos resultados.

• Conclusão ou Considerações finais: devem limitar-se ao propósito das novas descobertas,

relacionando-as ao conhecimento já existente. Utilizar apenas citações indispensáveis para

embasar o estudo.

• Agradecimentos: sintéticos e concisos, quando houver.

• Referências: devem ser numeradas consecutivamente na ordem em que aparecem no texto.

• Citações: devem ser apresentadas no texto por números arábicos entre parênteses.

“O caso apresentado é exceção quando comparado a relatos da prevalência das lesões

hemangiomatosas no sexo feminino (6, 7)”.

“Segundo Levy (3), há mitos a respeito da recuperação dos idosos”.

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REFERÊNCIAS

Todas as instruções estão de acordo com o Comitê Internacional de Editores de Revistas

Médicas (Vancouver), incluindo as referências. As informações encontram- se disponíveis

no site do ICMJE. Recomenda-se fortemente o número mínimo de 30 referências para artigos

originais e 40 para artigos de revisão. As referências deverão originar-se de periódicos com

classificação Qualis equivalente ou acima da desta revista.

ARTIGOS EM REVISTA

- Até seis autores

Naylor CD, Williams JI, Guyatt G. Structured abstracts of proposal for clinical and

epidemiological studies. J Clin Epidemiol. 1991;44:731-7.

- Mais de seis autores: listar os seis primeiros autores seguidos de et al.

Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al. Childhood

leukaemia in Europe after Chernobyl: 5 year follow-up. Br J Cancer. 1996;73:1006-12.

- Suplemento de número

Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women ´s psychological reactions to breast cancer.

Semin Oncol.1996;23(1 Suppl 2):89-97.

- Artigos em formato eletrônico

Al-Balkhi K. Orthodontic treatment planning: do orthodontists treat to cephalometric norms. J

Contemp Dent Pract. [serial on the internet] 2003 [cited 2003 Nov. 4]. Available from: URL:

www.thejcdp.com.

LIVROS E MONOGRAFIAS

- Livro

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Berkovitz BKB, Holland GR, Moxham BJ. Color atlas & textbook of oral anatomy.

Chicago:Year Book Medical Publishers; 1978.

- Capítulo de livro

Israel HA. Synovial fluid analysis. In: Merril RG, editor. Disorders of the temporomandibular

joint I: diagnosis and arthroscopy. Philadelphia: Saunders; 1989. p. 85-92.

- Editor, compilador como autor

Norman IJ, Redfern SJ, editors. Mental health care for elderly people. New York: Churchill

Livingstone; 1996.

- Livros/Monografias em CD-ROM

CDI, clinical dermatology illustrated [monograph on CD- ROM], Reeves JRT, Maibach H.

CMEA Multimedia Group, producers. 2 nd ed. Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995.

- Anais de congressos, conferências congêneres

Damante JH, Lara VS, Ferreira Jr O, Giglio FPM. Valor das informações clínicas e

radiográficas no diagnóstico final. Anais X Congresso Brasileiro de Estomatologia; 1-5 de

julho 2002; Curitiba, Brasil. Curitiba, SOBE; 2002.

>Bengtsson S, Solheim BG. Enforcement of data protection, privacy and security in medical

informatics. In: Lun KC, Degoulet P, Piemme TE, Rienhoff O, editors. MEDINFO 92.

Proceedings of the 7th World Congress of Medical Informatics;1992 Sept 6-10; Geneva,

Switzerland. Amsterdam:North-Holland; 1992. p. 1561-5.

TRABALHOS ACADÊMICOS (teses e dissertações)

Kaplan SJ. Post-hospital home health care: the elderly´s access and utilization [dissertation].

St. Louis: Washington Univ.; 1995.