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FUNDAÇÃO DE APOIO EDESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO, CIÊNCIA ETECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
2015SOCIOAMBIENTALBALANÇO
FUNDAÇÃO DE APOIO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS2016
2015
01
todas as publicações do balanço social da Fundação, desde a suaprimeira edição publicada em 2009, abrangendo os anos de 2007 e 2008. Para muitosque receberam o exemplar naquela época foi uma surpresa, pois no Brasil era muitoraro este tipo de publicação.
No primeiro exemplar, foi falado que a finalidade da revista era indicar de forma maisevidente os aportes financeiros e materiais para a formação cultural, educacional, cien-tífica e tecnológica, empreendida a partir de diversas parcerias.
Percebi, ao longo desses nove anos da divulgação socioambiental da fundação, que semanteve o empenho e promoveu-se a sinergia organizacional, com o aperfeiçoamentodos processos e com a aplicação de políticas antenadas na modernização dos serviços.
Neste primeiro ano do meu mandato como presidente, solicitei aos responsáveis pelasreferidas áreas que continuassem com o compromisso firmado em 2009, ou seja, odesenvolvimento sustentável, integrando de forma equilibrada a busca por resultadoseconômico-financeiros no atendimento às demandas de interesse social e o apoioconsciente à melhoria ambiental.
Os desafios existem e sempre existiram. Mas também a vontade de superá-los.
Assim foi e terá sido o meu comprometimento com os destinos da fundação, em suanobre e precípua missão de apoio à Educação, Ciência e Tecnologia da Universidadedo Estado de Minas Gerais.
APRESEN
TAÇÃO
Acompanhei
WANDA JÚLIA DE CARVALHO LACERDA
PRESIDENTE
INTRODUÇÃO
É um conjunto de informações demonstrando ativida-des de uma entidade privada com a sociedade que a ela está diretamente relacionada,com objetivo de divulgar sua gestão econômico-social, e sobre o seu relacionamentocom a comunidade, apresentando o resultado de sua responsabilidade social.
Relatório de Sustentabilidade Empresarial, Balanço Social Coorporativo; Relatório So-cial e Relatório Social-Ambiental são outros nomes utilizados pelas organizações, es-pecialistas e acadêmicos para designar o material informativo sobre a situação daorganização em relação a questões sociais e ambientais. (OLIVEIRA, 2008).
O Balanço Social (ZARPELON, 2006) tem como foco demonstrar publicamente quea intenção da organização não é somente a geração de lucros com um fim em simesmo, mas o desempenho social. Este é obtido através do compromisso e da res-ponsabilidade para com a sociedade, por meio da prestação de contas do seu desem-penho sobre o uso e a apropriação de recursos que originalmente não lhe pertenciam.Também do ponto de vista da melhoria da imagem da organização, o Balanço Socialé um mecanismo bastante utilizado.
O Instituto Ethos (2009) afirma que o Balanço Social é um meio de dar transparênciaàs atividades corporativas, de modo a ampliar o diálogo da organização com a socie-dade. É também uma ferramenta de gestão da responsabilidade social, pela qual a em-presa entende de que forma sua gestão atende à sua visão e a seus compromissosestabelecidos em relação ao tema da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), e emdireção à sustentabilidade.
A publicação de um balanço social oferece uma proposta de diálogo com os diferentes
Balanço Social:
03
INTRODUÇÃO
04
BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
públicos envolvidos no negócio da empresaque o adota: público interno, fornecedores,consumidores/clientes, comunidade, meioambiente, governo e sociedade. A proposta éde que o relatório contenha informações sobreo perfil do empreendimento, histórico da em-presa, seus princípios e valores, governançacorporativa, diálogo com partes interessadas eindicadores de desempenho econômico, sociale ambiental. (ETHOS, 2009).
O relatório deve apresentar também um de-monstrativo do Balanço Social desenvolvidopelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais eEconômicas (Ibase), iniciativas de interesse dasociedade (projetos sociais) e de promoção daresponsabilidade social em nível local, nacionale global, entre outros indicadores de desempe-nho da gestão como geração de riqueza, pro-dutividade e investimentos. (ETHOS, 2009).
É importante enfatizar que este não é um mo-delo fixo, mas uma estrutura que pode serusada como base. Com o objetivo de orientaras organizações na aplicação desta estrutura,foi elaborado um Guia de Elaboração. Ele nãopretende eliminar a necessidade de ajuda ex-terna na preparação do balanço social, mascontribuir para a estratégia de ação a ser em-preendida e os passos essenciais a seremdados. (ETHOS, 2009).
Quantias monetárias que foram investidas natentativa de trazer retornos à sociedade podem
ser encontradas no rol de informações do ba-lanço social, bem como publicações pertinen-tes aos projetos implantados pela organizaçãona área social, variando conforme o modeloaplicado. Além disto, o balanço social não estárestrito a empresas privadas, pois é passível deutilização por organizações sem fins lucrati-vos, haja vista que pode fazer parte do escopodas políticas internas que a regem, sendo per-tinente para esta realizar um demonstrativo desuas ações no âmbito social.
O balanço social pode ter ainda como nortea-dor a incorporação de indicadores de desem-penho ou desenvolvimento social, procurandodemonstrar a eficiência das estratégias e açõesrealizadas pela organização. Estes indicadorespodem ser, por exemplo:
a) Indicadores humanos;b) Indicadores físicos;c) Indicadores monetários;
REFERÊNCIAS:
ZARPELON, Márcio Ivanor. Gestão e responsabilidadesocial: NBR16.001/SA 8.000. Rio de Janeiro: Quality-mark, 2006.
OLIVEIRA, José Antônio Puppim de. Empresas na So-ciedade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Instituto Ethos. Introdução ao Balanço Social. Dispo-nível em: <http://www.ethos.org.br/docs/concei-tos_praticas/guia_relatorio/default.htm>. Acesso em:27 de março. 2009.
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INTRODUÇÃO
A Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência
e Tecnologia de Minas Gerais, surgiu em 1996 com a missão de apoiar as ações da Uni-
versidade do Estado de Minas Gerais. É uma instituição jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, de duração indeterminada, com sede estabelecida em Belo Horizonte –
Minas Gerais. Ao longo dos seus 20 anos de atuação vêm ampliando seus horizontes.
Atualmente ela tem como parceiros, além da UEMG, diversos clientes da administração
pública municipal, estadual, federal e privada.
O trabalho da fundação é voltado também para a prestação
de serviços de caráter social, sem restrição de área. Capacitação e qualificação profissional,
viabilização de programas culturais, projetos ambientais, processos seletivos, competições
estudantis, consultoria tecnológica, gestão de TV’s e rádio são algumas das nossas áreas
de atuação. As diretrizes de ação, na viabilização de projetos, são assim distribuídas:
Projetos de pesquisa científica e tecnológica;
Projetos para viabilizações de atendimento a pequenas e microempresas;
Projetos amparados por lei de incentivo à cultura;
Projetos educacionais;
Cursos de pós-graduação e extensão;
Realizações de seminários, fóruns, congressos e outros eventos;
realização de processos seletivos e concursos;
Gestão de TV’s e rádios;
Desenvolvimento de outras atividades inerentes à universidade.
Quem somos:
O que fazemos:
06
BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
A qualidade de nosso trabalho apoia-se na escolha de profissionais especializados em
prestações de serviços de pesquisa, gestão pública, educação, capacitação profissional,
desenvolvimento de recursos humanos, cultura, esporte, turismo, projetos sociais e
outros segmentos.
A Fundação de Apoio e Desenvolvimento da
Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais desenvolve uma série de projetos
tendo como parceiros a UEMG, prefeituras municipais, órgãos da gestão pública e
entidades sem fins lucrativos. Suas atividades desenvolvem-se nas áreas:
Principais projetos:
EDUCAÇÃO / CULTURA / RESPONSABILIDADE SOCIAL / SAÚDE /TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO /MEIO-AMBIENTE / ESPORTES
SUMÁRIO
Apresentação...................................................................................01
Introdução........................................................................................03
Relatório de atividades...............................................................10
Atividades para o público interno............................................14
Oficina do saber ..........................................................................15
Horta escolar...............................................................................18
Programa Jovem Aprendiz........................................................21
Apoio Institucional e investimentos na uemg................24
Campus de Passos........................................................................25
07
SUMÁRIO
08
BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
Guignard ....................................................................................26
Campus de Ituiutaba..................................................................28
Faculdade de Políticas Públicas – FaPP.....................................28
Campus Frutal ..............................................................................29
Pró – Reitoria de Extensão ........................................................30
A Escola de Design ....................................................................31
Resultados e considerações.........................................................34
Divinópolis...................................................................................35
Atividades do CEMUD.................................................................35
IV Semana da UEMG...................................................................38
9ª Primavera dos Museus: museus e memórias indígenas..................................................40
Oficinas de Educação Patrimonial nas escolas públicas de Divinópolis.............................................................42
09
SUMÁRIO
2007 2008 2009 2010
2011
201220132014
2015Desde 2007 a Fundaçãopublica anualmente seu BalançoSocioambiental
RELATÓRIO DEATIVIDADES
2015 foi elaborado
com base nos indicadores estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais
e Econômicas (IBASE).
O Balanço de Socioambiental
11RELATÓRIO DE ATIVIDADES
I - IDENTIFICAÇÃO
Nome da instituição: Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tec-
nologia de Minas Gerais
Natureza jurídica: [ ] associação [ X ] fundação [ ] sociedade
sem fins lucrativos? [x] sim [ ] não Isenta da cota patronal do INSS? [ ]sim [x ] não
Possui Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEAS)? [ ] sim [x] não
De utilidade pública? [ ] não Se sim, [ ] federal [ x ] estadual [ x ] municipal
Classificada como OSCIP (lei 9790/99)? [ ] sim [ x ] não
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BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
Alimentação / Refeição
Encargos Sociais e Compulsórios
Saúde
Capacidade e desenvolviemnto Profissional
Auxilio Creche
Vale Transporte
Seguro de vida
Bolsa de Estudos
Estagiários
Total de indicadores sociais internos
2015
1.352.500
7.022.376
1.302.197
65.883
39.579
171.942
31.333
6.292
134.870
10.128.987
2014
1.692.523
5.493.095
1.795.777
88.077
22.411
217.725
33.428
84.243
15.062
9.442.341
3 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS (Ações e benefícios para os funcionários)
2 - RECURSOS RECEBIDOS
Receitas totais
Serviços prestados
Sueprávit operacional
Folha de pagamento
2014
85.269.389
85.269.389
1.218.140
19.042.436
2015
51.815.836
39.978.871
1.033.313
24.355.205
13RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Educação
Cultura
Total de Contribuições para a sociedade
Tributos
Totais - indicadores sociais externos
2015
3.319.403
122.660
30.870
6.179.177
9.652.110
2014
2.666.072
214.728
100.000
984.989
3.965.789
4 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS
nº total de empregados (as) ao final do período
nº de admissões durante o periodo
nº de prestadores (as) de serviços
% de empregados (as) acima de 45 anos
nº de mulheres que trabalham na instituição
nº de prestadores de serviços negros
nº portadores de necessidades especiais
nº de menores aprendiz
2015
330
132
3.489
29,00%
122
40
8
8
2014
343
116
1.079
6,99%
42
44
7
8
5 - INDICADORES SOBRE O CORPO FUNCIONAL
Destaca-se na tabela a seguir o aumento na contratação do número de mulheres
na instituição.
ATIVIDADES PARA O PÚBLICO EXTERNO
de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologiade Minas Gerais tem projetos educacionais, científicos e dentre outros objetivos, agre-gação social.
Esta sempre foi uma das metas da Instituição, pautada nos valores do seu idealizadore primeiro Presidente, Professor Aluísio Pimenta, de saudosa memória. É de notórioconhecimento sua frase lapidar “Só a Educação fará do Brasil um país fácil de governar,difícil de dominar e impossível de escravizar”.
A Fundação dispensou ao longo de 2015 uma atenção especial à inclusão social decrianças e adolescentes através do acesso à cultura.
São bastante claras e objetivas as demandas das famílias aos governos, no âmbito daeducação, solicitando garantias para que os alunos aprendam a ler e a escrever bem e
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ATIVIDADES PARA O PÚBLICO EXTERNO
A Fundação
OFICINA DO SABER
que tenham um ambiente seguro nas esco-las. A Fundação, porém entende que nossascrianças e jovens, precisam adentrar nomundo da cultura, baseando-se no que foiensinado nas salas de aula e vivenciando ateoria aprendida na prática. Com isso, oacesso à cultura tornou-se uma prioridade,tanto que no ano de 2015 a Fundação ofe-receu apoio educacional às crianças e ado-lescentes de cinco escolas da periferia deBelo Horizonte: Tristão da Cunha (Planalto),Minervina Augusta (Campo Alegre), JoséMaria dos Mares Guia (Heliópolis), MariaSilveira (São Bernardo) e Padre Lebret (SãoJoão Batista).
Durante o mês de outubro os alunos dessasescolas da região norte da Cidade e vizinhosda sede da Fundação puderam participar deoficinas e palestras, narração de histórias,exposição de máquinas fotográficas, visitasao memorial e acervo bibliográfico do Pro-fessor Aluísio Pimenta e de momentos dedescontração nas confraternizações queforam oferecidas.
O Professor Aluísio Pimenta, falecido em2016, ao longo da sua vida acadêmica e po-litica, nunca escondeu sua preocupação coma Educação. As deficiências históricas que
nosso país ainda guarda neste campo, nos fazdistanciar da excelência em diversas áreas doconhecimento.
O memorial do Professor Aluísio Pimenta,
foi pensado para guardar e difundir a coleção
particular do eminente personagem, mas é
também testemunho de uma vida inteira vol-
tada a educação.
Foi nesse cenário que as dezenas de crianças
tiveram a curiosidade aguçada, o interesse
despertado e quem sabe ali, tenha sido plan-
tado um futuro profissional: um grande mé-
dico, um grande arquiteto, um grande
professor. O poder transformador da Educa-
ção começa no cuidado com nossas crianças
e com a atenção redobrada no ensino apli-
cado nas nossas escolas. A Educação é funda-
mental para que o progresso aconteça. É o
que mostra a trajetória de países como Coréia
do Sul, China e Espanha. O Brasil começou
tarde a se preocupar com o tema. Há muito
a ser feito, urgentemente. Mesmo tardia-
mente, abre largos horizontes para novos co-
nhecimentos na busca da convivência estreita
com a modernidade. É por isso, nosso com-
promisso em projetos que ajudem nesse
agente transformador, chamado Educação.
16
BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
17ATIVIDADES PARA O PÚBLICO EXTERNO
Alunos das Escolas públicas que visitaram o Memorial do Professor Aluísioassinam o livro de presença visita a exposição no Memorial do
Professor Aluísio Pimenta
Oficina do saber: atividade de iniciação ao Desenho
Os alunos das escolas públicas que participaram do projeto OFICINA DO SABER receberam uma breve explicação sobre a vida e obra doProfessor Aluísio Pimenta
do tempo, a Funda-ção, em parceria com a Escola Estadual Sil-viano Brandão, localizada na Pedreira PradoLopes, no bairro Lagoinha, vem desenvol-vendo oficinas de violão, flauta doce e coralinfantil, com apoio dos professores e alunosda escola de Música da UEMG.
Preocupada com a questão ambiental e com odesenvolvimento da cultura da agricultura fa-miliar, desenvolveu um projeto nesse campo,com o apoio da empresa Agronômica Consul-toria em Agronomia, pelos seus sócios: Fer-
nando de Jesus Cunha e Reis Bernardo Cunha.Iniciava-se assim a “Horta Escolar”, intentoem que participavam alunos dos cursos do en-sino fundamental II que abrange as idades de11 a 14 anos e com os alunos do EnsinoMédio com idade de 14 a 18 anos. As ativida-des consistiam em estudos dos solos e fatoresclimáticos, práticas de laboratórios e campos,estudo da viabilização de implantação de irri-gação, implantação de jardins com apresenta-ção de ferramentas específicas, adubos eplantas para cada tipo de ambiente.
18
BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
HORTA ESCOLAR
Ao longo
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ATIVIDADES PARA O PÚBLICO EXTERNO
Objetivos do projeto “Horta Escolar”:
Produzir alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos e em concordância com a natu-
reza e o desenvolvimento sustentável do planeta;
Fortalecer o hábito dos alunos em consumir verduras e legumes de forma adequada,
saudável e segura;
Criar nas escolas áreas verdes em harmonia com as estruturas urbanas, onde os alu-
nos pudessem se sentir responsáveis e orgulhosos pelos resultados obtidos;
Construir a ideia de que o equilíbrio com o meio ambiente é de vital importância
para a sustentabilidade do planeta;
Apresentar e discutir com os alunos a possibilidade do aproveitamento integral dos
alimentos;
No primeiro momento do projeto, foi desenvolvido um trabalho de conscientização,
apresentação de técnicas e cultivos, formas de irrigação, estudos dos solos e apresen-
tação de ferramentas utilizadas na agricultura e jardinagem.
No segundo momento, o projeto consistiu na confecção das sementeiras em bandejas
de isopor, a fim de mostrar na prática como as mudas são produzidas. Após 10 (dez)
dias de germinação foi realizado o raleio, retirando-se o excesso de mudas, deixando
apenas uma, a mais vigorosa e localizada no centro da célula. O raleio é realizado,
para que não haja competição por nutrientes. No terceiro e ultimo momento do pro-
jeto, realizou-se a coleta das verduras. Foram colhidos almeirão, salsa, cebolinha,
alface lisa, crespa e roxa.
O início da colheita se deu por volta dos 27
(vinte e sete dias) após o plantio das mudas.
Durante o projeto, os alunos realizaram tarefas
diárias na horta tais como, escarificação, re-
plantio de mudas, irrigação, capina manual e
limpeza no entorno dos canteiros.
E ao final do dia, a realização da limpeza das
ferramentas, com a finalidade de conservá-las
e evitando a propagação de doenças e pragas.
Todas as verduras que foram colhidas ao
longo do ano de 2015 foram utilizadas na
merenda dos próprios alunos e distribuídas
entre os participantes do projeto para levarem
para casa.
As hortas comunitárias são espaços de conví-
vio, lazer e aprendizagem, com um forte po-
tencial sócio cultural e de incremento da
qualidade de vida dos utilizadores. É parte in-
tegrante da estrutura ecológica da população,
e estão localizadas em parques, escolas e es-
paços verdes de lazer, trazendo uma nova uti-
lização ao espaço público, onde as diferentes
gerações poderão conviver em clima de união
e aprendizado constante.
Nesse tipo de plantação, é possível cultivar le-
gumes, verduras e frutos como alface, tomate,
rúcula, couve, espinafre, repolho, alho, raba-
nete, beterraba, cenoura, jiló, berinjela e
quiabo, entre outros. Em sua maioria, o cul-
tivo baseia-se nos princípios da agricultura or-
gânica, fator que não só viabiliza o projeto a
todos, como também contribui para a quali-
dade do alimento. Com a implantação das
hortas, também se pode criar oportunidades
de trabalho e integração social, uma vez que
são desenvolvidas, justamente a partir da troca
de conhecimentos e trabalhos em equipe.
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BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
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ATIVIDADES PARA O PÚBLICO EXTERNO
PROGRAMAJOVEM APRENDIZ
Entrevista aprendizMaria Eduarda IglesiasCardoso PereiraO programa Jovem Aprendiz é voltado para a preparação e inserção de jovens no
mercado de trabalho e se apoia na Lei Federal da Aprendizagem (10.097/2000). É
destinado para jovens a partir dos 14 até 24 anos que estejam cursando ou que te-
nham concluído o Ensino Fundamental e Médio. Visa contribuir para a formação
de cidadãos que saibam fazer novas leituras do mundo atual, tomar decisões e in-
tervir de forma positiva na sociedade, fortalecendo assim sua autoestima por meio
do trabalho. Esse programa propicia a abertura de mais oportunidades para os jo-
vens, gerando melhores profissionais para as empresas e contribuindo para o futuro
do país. A lei assegura a transição “escola e trabalho”, aliando teoria e prática, onde
o aprendiz atua na empresa e tem vínculo com uma instituição credenciada. A Fun-
dação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia de Minas
Gerais optou por firmar uma parceria com o CIEE - Centro de Integração Empresa
Escola para a formação técnico-profissional desses jovens, contando com uma es-
trutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a
manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os re-
sultados. Aos aprendizes que concluírem os cursos, com aproveitamento, será con-
cedido certificado de qualificação profissional.
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BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
Participantes do programaJOVEM APRENDIZ: Amanda,
Jéssica, Daiane e Eric
Programa Jovem Aprendiz: Maria Eduarda e Ana Luíza
Atualmente a Fundação possui sete jovens apren-dizes no seu quadro funcional. Entrevistamosum deles, para saber o que mudou na rotina desua vida depois que entrou nesse programa.
A Maria Eduarda Iglesias Cardoso Pereira tem16 anos e foi admitida como aprendiz admi-nistrativo na Fundação desde abril de 2015.
O primeiro setor que iniciou dentro da Fun-dação foi na Secretaria da Presidência, ondeatendia ao telefone, e-mail, público interno eexterno. Atualmente está lotada no setor deConcursos, prestando sua colaboração no ar-quivo e conferência de dados.
Ela conta que sua rotina mudou completa-mente, porque estuda na parte da manhã epassou a ficar também no período da tardefora de casa, a andar de ônibus sozinha e adormir mais cedo.
Disse ainda que adquiriu mais responsabili-dade e compromisso, mas também ficou commenos tempo livre, porque chega a casa maistarde, da escola e do trabalho.
Sobre a remuneração no fim do mês a MariaEduarda mostra-se cuidadosa com seu di-nheiro, guardando todo mês 10% na pou-pança, porque pretende pagar as despesas do
23
ATIVIDADES PARA O PÚBLICO EXTERNO
cursinho no ano que vem, quando terminar o ensino médio. O restante, ela usa parair ao cinema e fazer lanche no fim de semana, além de ajudar em casa quando é pre-ciso. Conta que, quando passou a receber salário, presenteou seus pais e irmão, tendouma sensação boa, porque foi com seus próprios recursos.
Na sua escola, poucos colegas de sala participam desse programa. Apenas seis estu-dantes por enquanto, sendo que na sua sala são 40 alunos ao todo.
Relata que os alunos que estão inseridos nesse programa estão gostando muito, e osque não participam, estão muito interessados no programa “Jovem Aprendiz”.
Fontes: http://site.aprendizlegal.org.br/o-que-ehttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10097.htm
Maria Eduarda, participante do Programa Jovem Aprendiz
APOIO INSTITUCIONAL E INVESTIMENTOSNA UEMG
II do Estatuto da Fundação – Das Finalidades – encontramos noitem I: “Apoiar o desenvolvimento de atividades de pesquisa, ensino e extensão, bemcomo o desenvolvimento institucional da Universidade do Estado de Minas Gerais –UEMG, mediante assessoramento à elaboração de projetos e administração dos recur-sos obtidos”. E no cumprimento deste item do Estatuto, a Fundação no ano de 2015destinou à UEMG a importância de R$ 2.530.000,00. Destacamos alguns projetos:
A Unidade da UEMG, de Passos, utilizou-se do recurso destinado a ela, na melhoria dos
laboratórios de Estética e Cosmética do Núcleo Acadêmico de Tecnologia e Engenharia.
A UNABEM – Universidade Aberta para Maturidade, foi criada em 2006 com o obje-
tivo de promover atividades intelectuais e físicas para as pessoas da terceira idade, vi-
sando a reciclagem dos seus conhecimentos e a criação e manutenção de relações25
APOIO NA UEM
G
No capítulo
CAMPUS DE PASSOS
26
BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
sociais, humanas e culturais, para buscar uma
qualidade de vida no processo de envelheci-
mento que depende, não só de condições
macroestruturais, tais como renda, educação,
urbanização e qualidade dos serviços de
saúde, como também pelo grau de compro-
misso da sociedade e das instituições com este
processo cada vez mais real em nossa socie-
dade. Todos os cursos de graduação da UEMG
– Unidade de Passos desenvolvem ações na
Unabem fazendo suas vinculações através do
ensino, projetos de pesquisa e extensão, be-
neficiando 250 alunos matriculados. São
oportunizadas aos idosos, atividades artísticas,
culturais, musicais e de lazer, visando o de-
senvolvimento do indivíduo e para a sua in-
tegração na comunidade, reconhecendo seu
potencial de contribuição para com a socie-
dade e seus direitos como cidadão.
O laboratório recebe alunos do 1º ao 6º pe-
ríodo e assegura espaços participativos para o
desenvolvimento das práticas e estágios dos
diferentes conteúdos, estimulando a aprendi-
zagem ativa do aluno e a formação de quali-
dade dos estudantes.
A Escola Guignard localiza-se no Bairro
Mangabeiras, em Belo Horizonte. Os recur-
sos disponibilizados pela Fundação foram
aplicados na ação educacional relacionada
às disciplinas de Desenho de figura humana
e Modelagem (cursos de bacharelado e li-
cenciatura em Artes Plásticas), através de
contratação de modelos vivos.
Estas disciplinas são das mais tradicionais na
História da Arte. Contribuindo para um rico le-
gado à posteridade com obras primas de ines-
timável valor, como desenhos de Guignard,
Álvaro Apocalypse, Chanina e outros tantos.
GUIGNARD
28
BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
CAMPUS DE ITUIUTABA No ano de 2015, a fundação disponibilizouum significativo apoio às atividades da uni-dade de Ituiutaba. Vários projetos foram rea-lizados com os recursos recebidos. São eles:
Apoio para realização da Semana Agronô-mica, para os alunos do curso de Agronomia;
Apoio ao XIV SEMABIO – Semana da Biolo-gia, para os alunos do curso de Biologia;
Apoio à Semana Jurídica, para os alunos docurso de Direito;
Apoio à Jornada de Estudos Científicos doCurso de Educação Física, para os alunos docurso de Educação Física;
Apoio à Semana Científica do Curso de En-genharia da Computação, para os alunos docurso de Engenharia;
Apoio à Semana Científica, do curso de Peda-gogia, para os alunos do curso de Pedagogia;
Apoio à Semana Científica, do curso de Quí-mica: XVI Ciclo e Estudos de Química (XVICEQUI) para os alunos do curso de Química;
Apoio à Semana de Informática para os alu-nos do curso de bacharelado em Sistemas deInformação;
Apoio às atividades dos Cursos de Tecnologia- Visita técnica – Semana Integrada dos Cursosde Tecnologia 2015 (Tecnologia em GestãoAmbiental; Tecnologia em Processos Sucroal-cooleiros; Tecnologia em Agronegócio);
Apoio à Semana UEMG/2015 – Diversidadee Afro-descendência: Integrações, mediaçõese (re) conhecimento.
Em sintonia com a missão institucional daUEMG, com o apoio financeiro da fundação, aFaPP tem como objetivos:
Fomentar o desenvolvimento da capacidadeempreendedora e da compreensão do processo
científico-tecnológico no atual contexto domundo do trabalho;
Incentivar a produção e a inovação científico-tecnológica, e suas respectivas aplicações nomundo do trabalho;
FACULDADE DE POLÍTICASPÚBLICAS – FAPP
29APOIO NA UEM
G
Desenvolver processos formativos com foco na Gestão Pública, em sentido lato, e na
Administração Publica, em sentido estrito, nos níveis federal, estadual e municipal;
Propiciar a compreensão e a avalição dos impactos sociais, políticos, econômicos, cul-
turais e ambientais decorrentes da produção, gestão e incorporação das inovações tec-
nológicas na Administração Pública;
Potencializar o compromisso sócio profissional com o desenvolvimento local, regional
e nacional.
E com o propósito de cumprir com os seus objetivos, a FaPP/CBH/UEMG tem buscadodelinear, elaborar, implantar/implementar ações voltadas para a qualificação e o aper-feiçoamento técnico-acadêmico de sujeitos que intentam se formar agentes críticos ecriativos no campo da Administração Pública e Gestão-Pública e para isso utilizou partedo apoio que foi destinado à publicação de 3 livros e um dicionário de Políticas Públicas.
CAMPUS FRUTAL Recursos concedidos pela Fundação ao Campus de Frutal foram utilizados na im-plantação do Mestrado em Recursos Naturais e Sociedade. A verba serviu para ade-quar as instalações de salas no bloco B da unidade. Foram realizadas obras para asinstalações de redes elétrica, hidráulica, de gás, esgoto fitossanitário e adequaçõesde ordem civil nas salas onde serão instalados os laboratórios do referido mestrado.
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BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
Os apoios financeiros da Fundação para a Pró-Reitoria de Extensão no ano de 2015 se mate-rializaram nos mais diferentes tipos deatividades. Alguns exemplos:
A 4ª Semana UEMG, realizada no período de11 a 19 de setembro de 2015, teve comotema “Diversidade e Afrodescendência: Inte-rações, mediações e (re) conhecimento”,ocorreu em vários pontos de Belo Horizontee nas demais unidades acadêmicas do Estado,totalizando 634 atividades de público de 88mil pessoas, entre docentes, discentes e comu-nidade local.
As atividades foram as mais variadas, como pa-lestras, mesas redondas, exposições, apresenta-ções artísticas, oficinas, cinema, dança etc.
O “17º Seminário de Pesquisa e Extensão daUEMG”, foi realizado nos dias 25, 26 e 27 denovembro de 2015, em Carangola. A progra-mação foi extensa e extremamente rica, con-
tando com várias palestras, mesa redonda, ofi-cinas, apresentação de pôsteres, etc. Envolveuuma média de 1.000 pessoas entre docentes ediscentes. Não diferente da SEMANA UEMG, oseminário contou com a valiosa colaboração daFundação.
O apoio financeiro da Fundação proporcionou
no ano de 2015, a participação de diversos alu-
nos da UEMG em eventos no país e no exterior.
Destacamos alguns deles:
Participação de estudantes da UEMG no con-
gresso em Campinas.
Na unidade de Ubá o apoio da Fundação pos-
sibilitou a participação dos alunos no EMEC –
Encontro Mineiro de Educação do Campo;
A Fundação promoveu a participação de do-centes e discentes no 2º Congresso de Exten-são da Associação de Universidades do grupoMontevidéu. Sem o apoio da Fundação isso
PRÓ – REITORIA DE EXTENSÃO
As ações de investimentos da Pró-Reitoria de
Pesquisa, via Fundação, são essenciais pra a
consolidação da pesquisa na Unidade de
Frutal, bem como na manutenção dos
recém-pesquisadores concursados e profes-
sores que necessitam dessa estrutura mínima
para as orientações de bolsistas e desenvol-
vimento de projetos, além de elevar a UEMG
no ranking das Universidades brasileiras. As
adequações foram concluídas no decorrer do
ano e várias pesquisas estão ocorrendo nes-
ses espaços.
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APOIO NA UEM
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não seria possível. A delegação da UEMG contou com a participação de 43 estudantesrepresentando 11 unidades da UEMG, (Belo Horizonte, Barbacena, Carangola, Cam-panha, Divinópolis, Diamantina, Frutal, Ibirité, Ituiutaba, João Montevade e Ubá)além do Coordenador de Cultura, Arte e Esporte – Antônio Augusto de Jesus e da Pró-Reitora de Extensão Vânia A. Costa.
Apoio aos alunos da Faculdade de Educação para participarem do 35º ENEPe – Encon-tro Nacional de Estudantes de Pedagogia realizado no período de 12 a 19 de julho nacidade de Curitiba PR.
Apoio aos alunos da Escola de Desing para participarem do 25º Encontro de Estudantes deDesign/NDESIGN em São Paulo, no período de 18 a 26 julho. Os alunos participaram depalestras, workshops, oficinas, exposições, mesa redonda e também visitaram grandes em-presas do segmento e conheceram quem e como está se fazendo o Design pelo país afora.
Alguns programas também foram apoiados, como o PACTO ALFABETIZAÇÃO DAIDADE CERTA e o PROEXT – PROGRAMA DE APOIO À EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA,pacto pelo fortalecimento do Ensino Médio, com fornecimento de lanche (a UEMGainda não possuía contrato para esse fim), compra de material de consumo, inviáveisde serem adquiridos via Estado.
O apoio financeiro destinado a Escola de Design foi utilizado em vários projetos.Destacamos alguns deles:
Desenvolvimento de práticas educacionais, visando melhoria dos ambientes fa-
miliares, em parcerias com escolas e instituições sociais da região metropolitana.
Esta oficina busca estímulo para melhoria da qualidade de vida das mulheres, donas
de casa, jovens desempregados, que viram na capacitação artesanal e nos encontros,
possibilidades de novas fontes de renda. Foram atendidas 6 cidades da Região Me-
tropolitana de Belo Horizonte, com um total de 98 participantes.
A ESCOLA DE DESIGN
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Cidades em que o programa foi realizado:
Matozinhos – Palácio da Cultura (Comu-
nidade de Matozinhos), ADAO – Associação
de Desenvolvimento de Artes e Ofícios de
Mocambeiro/ Matozinhos-MG;
Lagoa Santa – Escola Estadual Padre Mene-zes, Colégio M2, Associação de Moradoresde Lagoa Santa;
Contagem – Escola Municipal Rui Pimenta,Escola Municipal Leonardo Sadra, SESI Alvi-mar Carneiro de Rezende;
Betim – Escola Estadual Amélia Santana, Es-
cola Estadual Raul Soares, Escola MunicipalAntônio de Assis Martins, Salão do Encontro;
Sabará – Granja de Freitas (Abrigo);
Belo Horizonte – Centro de Apoio Comu-
nitário; CRAC Alto Vera Cruz; Casa de Arte –
São Bernardo, Escola Municipal Julia Paraíso
– Alípio de Melo.
Outro projeto desenvolvido pela escola de De-
sign foi a Oficina da cidade de Jeceaba. O de-
safio que a professora Rita de Castro Engler
colocou para as alunas de mestrado Ana Caro-
lina Lacerda e Letícia Guimarães foi:
CRIANDODIÁLOGOS ENTREDESIGN, CULTURAE ECOLOGIA.
Peça criada por GustavoCristóvão dos Reis, participante da Oficina
Criação de Marlon Xavier Silva de Oliveira
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O projeto foi desenvolvido na cidade de Je-
ceaba/MG situada a 120 km de Belo Hori-
zonte, com uma área de aproximadamente
236 km e uma população de 5.294 habitan-
tes, em 2015 (IBGE). A proposta foi dividida
em três etapas: a primeira, consistiu em uma
investigação das potencialidades e carências da
comunidade e busca de parceiros para viabi-
lizar o projeto; a segunda, na elaboração das
oficinas de acordo com a realidade diagnosti-
cada e, a terceira, na aplicação de soluções e
divulgação de resultados.
Ao investigar o território, a equipe detectou
que no gerenciamento da siderúrgica Vallou-
rec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) im-
plantado na cidade, resíduos de madeira
(pallets) são utilizados como suporte para o
transporte de grandes peças e no final do pro-
cesso são descartados. O Centro de Referência
de Assistência Social (CRAS) da cidade realiza
atividades socioculturais e ambientais na ci-
dade, em que os recursos locais como barro,
fibra e materiais recicláveis são reutilizados
para confecção de produtos artesanais, porém
os pallets descartados não eram vistos como
matéria-prima.
Na medida em que a equipe do Centro de Es-
tudos em Design e Tecnologia demonstrou
para a comunidade e demais envolvidos no
processo a importância da reutilização desse
material para minimização de impactos e pro-
moção de capacitação, inclusão e renda, par-
cerias foram firmadas com a prefeitura do
município por meio do Centro de Referência
de Assistência Social (CRAS), a siderúrgica da
região (VSB) e a FADECIT – que através do
projeto de extensão aprovado, deu suporte
para deslocamento, alimentação e materiais
para execução das oficinas.
As oficinas foram elaboradas dentro das pos-
sibilidades e limitações identificadas pela
equipe do projeto, com o objetivo de reco-
nhecer, valorizar e reaproveitar os resíduos
descartados e subutilizados para produção de
artefatos, e assim potencializar as atividades
socioculturais da comunidade de Jeceaba, por
meio do Design.
No fim das oficinas houve a exposição dos
móveis e entrega de certificados (figura 1 e 2)
aos participantes em um evento realizado pela
prefeitura. Esta oportunidade foi importante
para o reconhecimento dos alunos e para di-
vulgação do trabalho feito, com a intenção de
esboçar ações futuras.
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BALANÇO SOCIOAMBIENTAL 2015
Da esquerda para a direita: Ana Carolina e Letícia Hilário. Sentados, da esquerda para a direita: LuisFernando, Charles Arcanjo e João Victor Araújo
Visitantes conhecem a exposição
Com o apoio dos parceiros envolvidos, foi possível compartilhar formas de reapro-veitar os recursos locais de forma inovadora e ambientalmente sustentável com a co-munidade, assim como empoderar o grupo para que o processo criativo e produtivogerasse: destino aos resíduos de forma sistêmica, conscientização ambiental e cidadã,inclusão, troca de saberes, valorização dos recursos locais e da produção artesanal,incremento de renda e divulgação do potencial dessas pessoas e da cidade em si.
RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES
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18 e 24 de maio de 2015 o Centro de Memória Professora Batistina Cor-gozinho realizou a 13ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasi-leiro de Museus (IBRAM). O evento foi marcado por diversas atividades na UEMGUnidade Divinópolis, entre eles: Oficina de Educação Patrimonial, Mesa Redonda,exibição de documentário, exposições, visitas guiadas pelo Campus com os alunosdas escolas de Divinópolis e região, entre outros.
Em 2013, o CEMUD, na época CEMEF (Centro de Memória da FUNEDI), recebeu oprêmio Pontos de Memória, concedido pelo IBRAM. O CEMUD foi reconhecido comouma Instituição Museológica. Tal reconhecimento foi possível graças a nova perspec-tiva da museologia contemporânea, que reconhece a multiplicidade de sujeitos e me-mórias, e, portanto, amplia significativamente as memórias a serem preservadas.
Nos dias
13ª semana de Museus
ATIVIDADES DO CEMUDO Centro de Memória ProfessoraBatistina Corgozinho
DIVINÓPOLIS
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Durante a semana, mais de 500 alunos deescolas estaduais e municipais da educaçãobásica de Divinópolis visitaram a unidade,assim como a comunidade acadêmica e apopulação em geral que tiveram presença
marcante no evento. O público pode co-nhecer o acervo e o trabalho do CEMUD,além de participar de outras oficinas e deinteragir com a exposição montada nobloco 4.
O Portal da Memória do Centro Oeste Mi-
neiro – trabalho, religiosidade, cultura e co-
tidiano é um instrumento permanente de
acesso a todos os cidadãos interessados em
realizar pesquisas sobre a região, no qual
estão disponíveis diversos documentos, fotos,
vídeos, entre outros, da história e memória
da região Centro-Oeste mineira. Funciona
como um centro de referência regional que
possibilita a coleta de dados, fixação e produ-
ção de informações, bem como o atendi-
mento a demandas locais para formação, ca-
pacitação de pessoal e confecção de material
informativo e formativo. O Portal busca sis-
tematizar e arquivar as produções e, na me-
dida do possível, produzir novos materiais
por iniciativa própria ou demanda de escolas
e organizações sociais. Nesse sentido, consti-
tui-se enquanto um acervo de informações e
as produz; atende a demanda formativa de
comunidades e é formado pelas informações
cedidas pelas mesmas.
Debate acerca do tema Memória e museologiasocial: perspectivas e possibilidades para o de-senvolvimento regional, com a presença da
Profª. e Coordenadora do CEMUD FláviaLemos; Prof. José Heleno Ferreira e prof. PabloGobira. Participaram do evento 150 pessoas.
Lançamento do Portal daMemória EmRedes
Mesa redonda: Memóriae Museologia Social
A exposição “Varal de Memória: Conectando Minas em Rede” foi realizada simulta-neamente nos Pontos de Memória de Minas Gerais. A partir do dia 24 de maio, todasas mostras se reunirão no Ponto de Memória do Taquaril – Belo Horizonte - MG. Aparticipação no evento foi de 1.150 pessoas
Varal das Memórias: Religião, Trabalhoe Cotidiano
A exposição retratou os 50 anos da Fundação Educacional de Divinópolis e suas contri-buições para a comunidade acadêmica, de Divinópolis e região. A instituição contribuiusignificativamente para o desenvolvimento da educação superior e básica na região, aexposição resgata parte dessa história. Participaram do evento 1150 pessoas.
Nossa História, Sua Memória: Os 50anos da FUNEDI
Memória e sustentabilidade: a questão ambiental nos jornais históricos da região. Aoficina foi realizada com o acervo de periódicos do CEMEF e analisa os debates am-bientais presentes em seus artigos. Participantes 150.
Oficina Memória e sustentabilidade
Mapas Mentais – o olhar dos jovens e adolescentes sobre a cidade de Divinópolis – aoficina foi realizada a partir dos mapas mentais produzidos por jovens e adolescentesdas escolas públicas da cidade Divinópolis, em 2011/2012, retratando o rio Itapece-rica, apresentando a forma como percebem o rio e a forma como gostariam que o rioestivesse. Participaram 115 pessoas.
Oficina Mapas Mentais: o olhar dos jovens eadolescentes sobre a cidade de Divinópolis
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O Centro de Memória, durante a Semana deMuseus, promoveu a visitação das escolas deEducação Básica da região para que a comuni-
dade escolar possa conhecer suas ações de Me-mória e Museologia social. Participaram da ini-ciativa 1.150 pessoas.
Visita Orientada ao Acervo do Centro deMemória: Oficina de Educação Patrimonial
150 pessoas participaram da Mostra Memóriae Sociedade Sustentável. Em parceria, Cine-ponto e Centro de Memória exibiram produ-
ções audiovisuais do acervo do Centro de Me-mória (EmRedes) relacionadas à temática Me-mória e sociedade sustentável.
Exibição do Documentário"Notícias do Front"
IV SEMANA DA UEMG
Div inópo l i s
participou da IV edição da Semana da UEMG com
diversas atividades, propostas pelos professores,
alunos, núcleos e pelo Centro de Memória.
A 4ª Semana da UEMG reuniu mais de 660atividades artísticas acadêmicas e culturais, nas17 cidades do estado de Minas Gerais que se-diam Unidades Acadêmicas da Universidade,no período de 11 a 19 de setembro. Esse nú-mero significativo refletiu o caráter de cola-
boração, apoio e parceria que permeou o pro-cesso de elaboração de cada atividade e queculminou em sua realização.
O Centro de Memória Profª. Batistina Corgo-zinho participou das atividades da Semana,com oficinas, palestras, mesas-redondas,rodas de conversas e apresentações teatrais,somando um total de 12 atividades, algumasdelas funcionando durante os 3 turnos diários.Essas atividades fizeram parte, também, da VJornada do Patrimônio Cultural.
A Unidade
A oficina teve como objetivo discutir estratégias e metodologias de mobilização popularpara a manutenção das tradições populares. Tal perspectiva apontou para o papel daeducação como importante mediação, sensibilização e diálogo para a manutenção dastradições. A oficina enfocou na estratégia do registro e da história oral como importanteselementos para as comunidades e grupos para a manutenção de sua memória e história.Com um número de 33 participantes a oficina teve como grupo alvo grupos culturaisde Divinópolis, em especial o Reinado, a Festa de Santa Cruz e as Folias de Reis.
Oficina - Manutenção da Memória e doPatrimônio da Cultura Popular
Participantes das atividades da IV semanada UEMG/Divinópolis Participantes das atividades da IV semanada UEMG/Divinópolis
Projeto: Proposta de integração entre oscursos de Educação Física
Atividades do Projeto Toque Amigo
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Tendo como público alvo as escolas de ensinobásico, a oficina apresentou obras de dois ar-tesãos divinopolitanos e, a partir desses labo-
res, saberes e artes, discutiu as tradições e osbens culturais da região Centro-oeste de MinasGerais. Participaram da iniciativa 535 pessoas.
Oficina- Saberes, Labores e Ofícios:Oficina de Educação Patrimonial
de Memória ProfessoraBatistina Corgozinho participou durante os dias21 a 25 de setembro da 9ª Primavera de Mu-
seus. O evento foi aberto a toda a comunidadeacadêmica e divinopolitana. A semana debateusobre o tema “Museus e Memórias Indígenas”.
9ª PRIMAVERA DOS MUSEUS:MUSEUS E MEMÓRIAS INDÍGENAS
O Centro
Exposição: Vivências Cotidianas da Aldeia IndígenaPataxó do Município de Itapecerica – MG
A Exposição fotográfica teve como objetivo apresentar as vivências cotidianas da AldeiaIndígena Muã Mimatxi da etnia Pataxó, localizada no Município de Itapecerica – MG.Participaram do evento 127 pessoas.
ATIVIDADES:ATIVIDADES:
Mesa Redonda: Memória e vestígios dos ameríndiosda região do Centro-Oeste de Minas Gerais
A Mesa-Redonda discutiu questões acerca da arqueologia e da memória dos indígenasda região do Centro-Oeste Mineiro, com a participação na mesa: Prof. João RicardoFerreira Pires, Pedro Henrique Coelho, Faber Clayton Barbosa e Flávio Flora. Partici-param 97 pessoas da comunidade acadêmica e local.
Oficina: Memória, História e vestígios do índio noBrasil: Desafios para a educação
Dirigido à Comunidade acadêmica e externa de Divinópolis, a oficina discutiu questõessobre os desafios enfrentados pelo professor em sala de aula, questões estas que en-volvem a memória e a história dos ameríndios no Brasil.
Mesa-redonda: Educação e vivências indígenas
Foram discutidas as questões sobre os desafios enfrentados pelo professor em sala deaula, como ensinar a história indígena no Brasil. Participaram 15 pessoas.
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Estadual CarmeloMesquita do distrito de Marilândia, municípiode Itapecerica foi contemplada com uma dasoficinas organizadas pela UEMG/Divinópolis.Também participou das Oficinas Saberes, La-bores e Ofícios: Educação Patrimonial, na Bi-
blioteca Ataliba Lago, no mês de novembrode 2015, a escola Estadual Dona Antônia Va-ladares e outras municipais e estaduais; reper-cutindo com êxito na mídia local o eventodebateu sobre a valorização do patrimôniomaterial e imaterial da região centro-oeste.
OFICINAS DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NAS ESCOLASPÚBLICAS DE DIVINÓPOLIS
A Escola
PROJETO: Grupo de danças de salão –danças latinas – instrumento para aqualidade de vida na UEMG
A criação do grupo visou atender aos funcio-
nários e alunos da UEMG – unidade de Divi-
nópolis que buscam, por meio da Dança de
Salão e Danças Latinas, uma melhora em sua
Qualidade de Vida, pois é uma atividade sem
preconceitos, que não se limita a determinada
classe social ou faixa etária e apresenta carac-
terísticas que trabalham com os aspectos físi-
cos, psicológicos e sociais do ser humano. Sua
prática apresenta vários benefícios e auxilia na
conquista e/ou melhora da Qualidade de
Vida, isso porque é uma atividade física de
baixo impacto que promove a saúde, trabalha
na melhoria da autoestima e tem um impor-
tante papel no desenvolvimento da socializa-
ção e integração entre os indivíduos.
Foram 25 vagas abertas para atender ao espaçodo Laboratório de Dança. Não houve processoseletivo, somente ordem de inscrição, atécompletar as vagas.
As atividades ocorreram duas vezes por semana, alternados e com duração de 60 mi-
nutos, no Laboratório de Dança da instituição. As aulas foram realizadas em grupo,
envolvendo tanto a vivência prática de gestos e movimentos quanto o emprego de
músicas e vídeos para o melhor aprendizado dos conteúdos trabalhados.
Visando identificar as contribuições deste programa na Qualidade de Vida dos envol-
vidos, após 3 meses de atividades, foi aplicado um questionário, com 6 questões,
elaborado pelo professor-coordenador do projeto e pelo estagiário. A coleta foi rea-
lizada no mês de julho e os questionários foram respondidos individualmente, com
garantia de sigilo das respostas e da identidade dos respondentes, segundo recomen-
dações da OMS e questões éticas, respectivamente.
Todos os dados foram tabulados, tratados, e discutidos/ analisados entre o
professor/orientador e o aluno envolvido para verificar se os objetivos das atividades
estavam sendo alcançados.
Após análise dos dados constatou-se que 25 participantes (100%) são mulheres,
com faixa etária entre 23 anos até 52 anos, 21 participantes (85%) são funcionárias
da instituição, enquanto 4 participantes (15%)são alunas. Em relação ao tempo da
prática da dança, 10 participantes (40% ) praticam há seis meses até um ano e 15
Projeto Grupos de dança de salão - UEMG/Divinópolis
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participantes (60%) praticam há menos de
seis meses. Quando questionadas sobre
quem convidou para participar, 19 partici-
pantes (75%) relataram que foram as ami-
gas e 6 participantes (25% ) afirmam que foi
devido ao convite do professor.
Sobre a percepção de mudança em suas vidas
depois que começaram a dançar, todas as 25
alunas (100%) relatam que foi significativa
essa percepção de mudança positiva, tanto no
trabalho, quanto na vida pessoal. A pergunta
seguinte era quais os benefícios gerados por
esta prática, 16 participantes (65%) relataram
que se sentem bem mais dispostas para desen-
volver suas atividades, 13 integrantes, ou seja,
52% relataram que perceberam perda de peso
e com isto deram maior atenção ao se alimen-
tar e 23 participantes (92%) apontam que me-
lhoraram consideravelmente a autoestima.
Em relação à indagação se a prática da dança
de salão seria uma boa opção de atividade fí-
sica atualmente, todas as participantes (100%)
acreditam que sim. Por fim, foi indagado se a
metodologia das aulas estavam corretas, tam-
bém, todas as integrantes (100%) assinalaram
que sim e algumas comentaram “que este mo-
mento é mais esperado da semana”, ou
mesmo que “esta é a hora que alivio todas as
tensões e esqueço do mundo lá fora!” Estes
dados foram apresentados, em forma de re-
sumo expandido, no 11º Seminário de En-
sino, Pesquisa e Extensão / 5º Seminário de
Bolsistas Juniores, realizados concomitante-
mente com a 4ª Semana UEMG, na unidade
de Divinópolis, no mês de setembro.
Atualmente, um dos desafios dos programas
é aumentar os níveis de satisfação e saúde dos
colaboradores, proporcionando-lhes uma
força de trabalho mais saudável, e oferecer-
lhes oportunidades de melhorar seus relacio-
namentos e integração.
A Dança de Salão e a Dança Latina respondem
bem a esse desafio, pois por meio delas, além
de praticar uma atividade física que auxiliam
na saúde, os praticantes passam a se conhecer
melhor, passam a ter maior consciência cor-
poral, começam a lidar melhor com seus erros
e com os erros dos outros e assim rompem
preconceitos, o que interfere de maneira
muito positiva no relacionamento, na integra-
ção e na comunicação.
Graças a todas suas características, a Dança de
Salão e as Danças Latinas podem ser ótimas e
atrativas ferramentas para as organizações que
buscam, de maneira diferenciada e eficiente,
satisfazer as necessidades de seus colaborado-
res, e consequentemente obter uma qualidade
de vida elevada.
ORGANIZAÇÃO
João Luiz de Souza Medina
Sérgio Lopes Magalhães
ARTE GRÁFICA E DIAGRAMAÇÃO
CMR COMUNICAÇÃO
Clério Ramos
31 99675-6188
FUNDAÇÃO DE APOIO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
www.fadecit.org
Rua das Tangerinas, 933 - Vila Clóris - CEP: 31744-108
Belo Horizonte - Minas Gerais
Telefax: (31) 3319-8700
FICHA TÉCNICA
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