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1 SHAN SHAN ZAI ZAI O Sutra de Lótus da Lei Maravilhosa do capítulo 27 do Rei Resplandescente Buda começou a contar a seguinte história: “Há muito tempo, havia um Buda chamado Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão. No mundo desse Buda havia um rei cujo nome era Resplandescente, o qual tinha uma esposa, Virtude Pura, e dois filhos, Tesouro Puro e Olhos Puros. Os dois príncipes, além de muito sábios, possuíam a virtude da compaixão e poderes divinos, e praticaram por muito tempo o caminho do bodhisattva. O Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão, por compaixão em querer guiar todos os seres vivos, especialmente o Rei Resplandescente, decidiu pregar o Sutra de Lótus. Os dois príncipes Tesouro Puro e Olhos Puros falaram à sua mãe: “Vamos até o Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão. Parece que ele vai nos elucidar o Sutra de Lótus; gostaríamos de ir juntos até esse Buda. A mãe então disse: “Vosso pai acredita no Bra manismo. Gostaria que vosso pai reconhecesse o verdadeiro valor do ensinamento de Buda. Por que vocês não o convidam a vir conosco?”. Porém, tanto a mãe como os príncipes sabiam que isto seria muito difícil. Os príncipes murmuraram com tristeza: “Nós somos filhos de Buda. Por qual razão fomos nascer em uma casa onde reinam crenças errôneas?”. Algum tempo depois, como se a mãe tivesse se relembrado, disse: “Por que vocês não fazem acontecer um milagre – uma prova de fé –? Quem sabe assim seu pai lhes dará ouvidos”. Os dois príncipes, de imediato, foram até onde estava seu pai e começaram a demonstrar milagres. Vendo isso, o pai ficou maravilhado e perguntou com quem haviam aprendido a fazer tais coisas. Os príncipes então responderam: “O Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão é o nosso mestre. Ele vai ensinar o Sutra de Lótus”. O pai então disse: “Ah, eu não sabia que ele era tão impressionante. Gostaria de visitar esse venerável Buda”. Os dois príncipes foram de imediato ao encontro da mãe e relataram o desejo do pai de escutar os ensinamentos de Buda. Fizeram então mais um pedido: “Permita-nos seguir o monastério”. A mãe deu essa permissão de imediato. Os dois príncipes ficaram muito felizes e disseram: “Encontrar-se com um Buda é uma coisa muito difícil. Pai e mãe, por favor encontrem-se também com o Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão”. Os dois príncipes, utilizando-se de sua força para guiar todos ao Caminho, conseguiram despertar em seu pai o coração que busca o verdadeiro ensinamento. Sendo assim, o Rei Resplandescente e a Rainha Virtude Pura levaram consigo seus respectivos servidores e os dois príncipes conduziram uma multidão de quarenta e dois mil para escutar o ensinamento do Sutra de Lótus. O Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão, aos poucos, revelou a verdade pregada pelo Ensinamento. O Rei Resplandescente, emocionado ao ouvir os ensinamentos de Buda, cedeu o trono para o seu irmão mais novo e entrou no monastério. Ao terminar esta pregação, Buda disse a todos: “Este Rei Resplandescente não é outro senão o Bodhisattva Virtude da Flor. A Rainha Virtude Pura, que está à minha frente, é o Bodhisattva Resplendor Brilhante, que ilumina todo o seu redor. Os dois príncipes são o Bodhisattva Rei da Medicina e o Bodhisattva Senhor da Medicina. Esses dois salvaram inúmeras pessoas, acumulando virtudes inimagináveis. Ao escutarem seus nomes, vocês devem reverenciá-los do fundo de seus corações, por terem sido tão virtuosos”. Ao finalizar a pregação, muitas pessoas conseguiram afastar-se dos desejos mundanos e tornaram puros os olhos que observam todas as coisas. SHAN ZAI setembro 2013 The World of the Lotus Sutra SHAN ZAI m puros os o os s ol olhos q Vol. 96 Rissho Kosei-kai B u d d h a s W i s d o m C h a n g e s Y o u r L i f e 9 2013

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SHANSHAN ZAIZAI

O Sutra de Lótus da Lei Maravilhosa do capítulo 27

do Rei ResplandescenteBuda começou a contar a seguinte história: “Há

muito tempo, havia um Buda chamado Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão. No mundo desse Buda havia um rei cujo nome era Resplandescente, o qual tinha uma esposa, Virtude Pura, e dois filhos, Tesouro Puro e Olhos Puros. Os dois príncipes, além de muito sábios, possuíam a virtude da compaixão e poderes divinos, e praticaram por muito tempo o caminho do bodhisattva.

O Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão, por compaixão em querer guiar todos os seres vivos, especialmente o Rei Resplandescente, decidiu pregar o Sutra de Lótus. Os dois príncipes Tesouro Puro e Olhos Puros falaram à sua mãe: “Vamos até o Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão. Parece que ele vai nos elucidar o Sutra de Lótus; gostaríamos de ir juntos até esse Buda. A mãe então disse: “Vosso pai acredita no Bra manismo. Gostaria que vosso pai reconhecesse o verdadeiro valor do ensinamento de Buda. Por que vocês não o convidam a vir conosco?”. Porém, tanto a mãe como os príncipes sabiam que isto seria muito difícil. Os príncipes murmuraram com tristeza: “Nós somos filhos de Buda. Por qual razão fomos nascer em uma casa onde reinam crenças errôneas?”. Algum tempo depois, como se a mãe tivesse se relembrado, disse: “Por que vocês não fazem acontecer um milagre – uma prova de fé –? Quem sabe assim seu pai lhes dará ouvidos”.

Os dois príncipes, de imediato, foram até onde estava seu pai e começaram a demonstrar milagres. Vendo isso, o pai ficou maravilhado e perguntou com quem haviam aprendido a fazer tais coisas. Os príncipes então responderam: “O Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão é o nosso mestre. Ele vai ensinar o Sutra de Lótus”. O pai então disse: “Ah, eu não sabia que ele era tão impressionante. Gostaria de visitar esse venerável Buda”.

Os dois príncipes foram de imediato ao encontro da mãe e relataram o desejo do pai de escutar os ensinamentos de Buda. Fizeram então mais um pedido:

“Permita-nos seguir o monastério”. A mãe deu essa permissão de imediato. Os dois príncipes ficaram muito felizes e disseram: “Encontrar-se com um Buda é uma coisa muito difícil. Pai e mãe, por favor encontrem-se também com o Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão”.

Os dois príncipes, utilizando-se de sua força para guiar todos ao Caminho, conseguiram despertar em seu pai o coração que busca o verdadeiro ensinamento. Sendo assim, o Rei Resplandescente e a Rainha Virtude Pura levaram consigo seus respectivos servidores e os dois príncipes conduziram uma multidão de quarenta e dois mil para escutar o ensinamento do Sutra de Lótus.

O Buda Rei da Sabedoria Constelação da Voz do Trovão, aos poucos, revelou a verdade pregada pelo Ensinamento. O Rei Resplandescente, emocionado ao ouvir os ensinamentos de Buda, cedeu o trono para o seu irmão mais novo e entrou no monastério.

Ao terminar esta pregação, Buda disse a todos: “Este Rei Resplandescente não é outro senão o Bodhisattva Virtude da Flor. A Rainha Virtude Pura, que está à minha frente, é o Bodhisattva Resplendor Brilhante, que ilumina todo o seu redor. Os dois príncipes são o Bodhisattva Rei da Medicina e o Bodhisattva Senhor da Medicina. Esses dois salvaram inúmeras pessoas, acumulando virtudes inimagináveis. Ao escutarem seus nomes, vocês devem reverenciá-los do fundo de seus corações, por terem sido tão virtuosos”.

Ao finalizar a pregação, muitas pessoas conseguiram afastar-se dos desejos mundanos e tornaram puros os olhos que observam todas as coisas.

SHAN ZAI setembro 2013

The World of the Lotus Sutra

SHAN ZAI

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Vol. 96Rissho Kosei-kai

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92013

Nichiko NiwanoMestre Presidente da Risho Kossei-kai

A Alegria de oferecer

Muito além do lucro e do prejuízo

2 SHAN ZAI setembro 2013

Vamos supor que há um bolinho de arroz à sua frente e você está morrendo de fome. Entretanto, as pessoas à sua volta também estão famintas. O que vocês farão? Haverá aquele que irá dar o bolinho para o outro; aquele que irá repartir; ou então aqueles que começarão a disputar pela fome que estão passando.

O monge Dengyo Daishi Saityo disse: “Faça o bem primeiro para o próximo e depois para si”. Este é o auge da prática da compaixão e, como budistas, queremos ceder o bolinho de arroz ao próximo; mas temos um lado do nosso caráter que não consegue afastar os próprios desejos.

Entretanto nós, seres humanos, possuímos instintivamente uma capacidade de captar as sensações de felicidade e alegria que supera a satisfação dos desejos. O interruptor que liga essa sensibilidade é a imagem ou o rosto de alegria das pessoas.

Certa pessoa foi ao encontro de uma instituição beneficente em seu bairro, levando um presente para comemorar o dia dos idosos. Um idoso lhe disse: “Não gosto de ganhar presente de desconhecidos”. Então essa pessoa lhe pediu: “Quero ter a mesma sorte de ter uma vida longa como a do senhor. Poderia acariciar a minha cabeça?”. Então esse idoso acariciou-lhe a cabeça até ficar com o cabelo desalinhado. Essa pessoa, ao mesmo tempo que lhe agradecia, entregou-lhe o presente e então o idoso, todo sorridente, recebeu o presente dizendo “obrigado”.

Mais do que a alegria de receber a ajuda do próximo, fazer algo para o próximo é uma

ORIENTAÇÃO DO

MESTRE

PRESIDENTE

alegria ainda maior. Esse episódio nos faz pensar em como podemos oferecer felicidade e alegria ao próximo através de nossas ações, e isso acaba sendo também uma razão de vida.

Nos escritos antigos da Índia existem as palavras: “Não espere luxo, orgulho ou gratificação por ter feito o próximo lucrar, pois isto significa apenas estar dando prazer a si mesmo”. Quando damos lucro às pessoas, surge daí uma satisfação e alegria inigualáveis a qualquer situação e isso supera qualquer admiração ou qualquer cálculo de lucros ou prejuízos.

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Revista Koosei, setembro de 2013.

SHAN ZAI setembro 2013

Muito além do lucro e do prejuízoPor mais que estejamos pensando que

estamos fazendo alguma coisa pelo próximo, ao ignorarmos o sentimento ou a conveniência dele, acabamos sendo presunçosos e, dependendo do caso, podemos estar causando transtornos.

A dedicação deve ser a tal ponto de não poder deixar de estender as mãos quando vemos alguém em dificuldade. O Mestre Fundador dizia da Co-fundadora, lembrada como mãe carinhosa: “Ela sempre captava com precisão e prontidão o sentimento do próximo e doava sem dó àqueles que desejavam as coisas (...); sempre, de acordo com as circunstâncias, encontrava nos pormenores a melhor maneira de orientar as pessoas”. Pelo fato de a Co-fundadora ter, mais do que ninguém, passado pelo sofrimento, pela doença e pela pobreza, compreendia o sentimento daqueles que sofriam, e esse senso de unidade transformava-se em dedicação, conseguindo

captar o sentimento do próximo na hora certa. Não é tão fácil, mas nós também queremos externar essa dedicação.

Se não for possível essa dedicação ou mesmo se o próximo não aceitar nosso sentimento de doação, é importante descobrir que “eu também possuía o sentimento de alegria de doar ao próximo”, isso é uma grande alegria. Mais ainda, se eu puder ceder pelo próximo, me sentirei satisfeito em saber que “pude jogar fora meus desejos”. Ainda que seja um apoio só de forma ou uma simulação da compaixão, ao repetirmos essas ações, iremos obter emoção, alegria e crescimento espiritual.

A alegria e o bem estar obtidos a partir da doação de alegria, utilizando-se do corpo, do sentimento ou do dinheiro, irão despertar outras práticas de dedicação. Dessa forma, sempre realizando a dedicação, iremos saborear a alegria de viver.

Gosto muito da “Parábola do Filho Pobre”, elucidada no Capítulo Da Compreensão pela Fé, do Tríplice Sutra de Lótus. Fico muito emocionada só de pensar no sentimento do filho quando soube que ele era filho de Buda.

O filho, mesmo tornando-se um grande empreendedor depois de um longo período de prática, se, no último instante, não tivesse tido a percepção de que era “filho de Buda”, não perceberia que o tesouro que estava logo à sua frente seria seu e continuaria sendo o que era antes, perambulando na pobreza. Quando o filho empreendedor conseguiu ultrapassar a última fase da prática, deve ter observado um mundo completamente diferente daquele que havia visto até então. O mundo visto pela visão de empreendedor e o mundo visto pela visão de filho pobre são mundos completamente diferentes.

Algumas pessoas dizem: “Como ele percebeu que era o filho pobre?”. Creio que isso significa que quando conhecemos a Risho Kossei-kai e estudamos o ensinamento, acabamos percebendo como vivemos a vida do jeito que achamos certo e o quanto fomos tolos até então.

Aquilo que os quatro discípulos queriam transmitir a Buda com a “Parábola do Filho Pobre” não era a alegria de o pai ter percebido que o filho era pobre, mas a alegria de ter percebido que era filho de Buda.

Nós nos tornamos membros da Risho Kossei-kai (...) e pensamos ser discípulos do Mestre Fundador e discípulos de Buda. Também aprendemos e sabemos o que é ser filho de Buda. Entretanto, se nos perguntarmos se realmente temos a consciência de sermos filhos de Buda, talvez não tenhamos.

Se compreendermos verdadeiramente que somos filhos de Buda, o que acontecerá? Acontecerá a mudança da condição do encontro, a mudança do modo de enfrentar os problemas e a mudança do direcionamento dos encontros com as

pessoas.Compreender que somos filhos de Buda

significa que podemos pensar verdadeiramente que o tesouro guardado no depósito do pai rico é todo nosso e podemos utilizá-lo à vontade, sem precisar fazer cerimônia com ninguém. O fato de o tesouro ser todo nosso significa que os acontecimentos do dia-a-dia, os problemas das pessoas, não são o tesouro das pessoas e sim, o nossso próprio tesouro.

É poder pensar que em qualquer encontro, seja ele com uma pessoa ou com uma situação, aquele que consegue receber o tesouro de Buda sou eu mesmo, filho de Buda.

(...) Por exemplo, quando somos procurados para dar uma orientação, até agora ouvíamos o problema dessa pessoa, desejávamos que o problema fosse solucionado e dávamos a orientação com base no ensinamento.

É claro que isso é maravilhoso, mas aquele que percebeu verdadeiramente que é filho de Buda, através da oportunidade de poder ouvir o problema do próximo, poderá retirar o próprio ego, externar seu sentimento caloroso; poderá perceber seu sentimento de atenção com o próximo e poderá orar pela imagem dele se esforçando no Caminho; poderá receber o tesouro de perceber a providência de Buda e compreender que ele mesmo irá se tornar feliz. Essa é a consciência de ser filho de Buda.

Se acharmos que a prática do próximo não tem relação com a nossa própria prática, sempre pensaremos que o problema do próximo é dele mesmo e acabamos tendo o sentimento de ensiná-lo, corrigi-lo e fazê-lo feliz. É a postura de querermos ensinar, dizer e corrigir o próximo. Mesmo que eu conte a minha própria experiência ou fale algo baseado no ensinamento, se eu achar que o problema daquele que está à minha frente é problema dele, mesmo que essa pessoa se torne feliz, eu mesmo não vou receber nenhum tesouro.

Reverenda Kosho NiwanoPróxima Presidente designada da Risho Kossei-kai

O conteúdo a ser apresentado foi retirado da palestra realizada no dia 19 de julho de 2013, durante o Curso de Líderes realizado pela Matriz Internacional.

4 SHAN ZAI setembro 2013

Palestra Especial realizada durante o Curso de Líderes de 2013 na Matriz InternacionalPPaPaaaaleleleleesststtrraraa EEEEEEEEEEEEEEEsspsppececccccccccccccccciaiaiaiiiaiiaiiaaaaaall llllllllllllllll rrrrrerrrrrrrrrrrrrrr alllllllllllalalalalallllllizizizizizizizizizi dddddaaaaaaaa a dddddddPalestra Especial realizada durante o Curso de Líderes de 2013 na Matriz Internacional

A Child of the Buddha

Mesmo que faça muita prática, a atitude será sempre de um empreendedor com sentimento de filho pobre.

Como aprendemos na parábola, o que o Mestre Fundador nos ensinou foi que nós não apenas ensinamos, corrigimos e fazemos felizes aqueles que trazem problemas. Ele nos ensinou também que através do problema dessa pessoa, eu, que tive o encontro, devo fazer disso o tesouro que recebi de Buda; isto sim, é perceber que sou filho de Buda.

Nós não podemos fazer a prática se não houver o encontro com as pessoas. Só podemos fazer a nossa prática quando há o encontro, e é dentro dessa oportunidade que podemos descobrir o nosso próprio tesouro.

Então como devemos nos relacionar com as pessoas? Basta apenas pensar que tudo é o nosso tesouro.

Na realidade devemos tomar muito cuidado, pois tendemos a ser um simples empreendedor pensando: “Esse não é meu problema, é problema do outro, é tesouro do outro”. Mesmo que estudemos muito e façamos uma prática maravilhosa, o empreendedor será sempre um empreendedor, caso não mude o modo de pensar. Mesmo que haja o encontro com muitas pessoas, se eu não conseguir compreender esse último estágio de que “na verdade eu é que sou filho de Buda”, podemos dizer que não compreendemos o verdadeiro sentimento de Buda, o verdadeiro ensinamento de Buda.

À primeira vista parece ser uma coisa insignificante, mas é aí que está o ponto de bifurcação do caminho: vou poder ver o mundo de Buda ou irá ser tudo do jeito que quero. Buda nos ensina que é nesse ponto de bifurcação que podemos ganhar o tesouro.

No dia-a-dia pensamos: “Este é o meu tesouro e sou eu mesmo que vou aprender, e, para isso, vou orar pelo próximo”. Entretanto, quando surge um grande problema, imediatamente acabamos nos esquecendo de orar pelo próximo e de aprender com ele. Nosso sentimento é tomado pelo

sentimento de querer resolver a situação, de querer corrigir o que achamos errado. Mesmo que tenhamos o sentimento de atenção, se nós nos concentramos em resolver o problema ou em corrigir o próximo, voltamos a ser simples empreendedores. Esse não é o mundo de Buda e sim, o meu mundo, do jeito que quero que seja.

O Mestre Fundador nos disse: “Querer salvar o próximo sem orar pela natureza búdica dele é um ato vazio. A verdadeira salvação está em orar pela natureza búdica que, com certeza, existe dentro dessa pessoa”. Se quisermos realizar com sentimento verdadeiro aquilo que o Mestre Fundador nos ensinou, quanto mais difícil for o problema, deixamos de lado a vontade de resolve-lo e oramos por essa pessoa na situação em que ela se encontra, isto é, o importante é saber se ela irá se dedicar em trilhar o Caminho conforme o Sutra de Lótus.

Orar pelo próximo é poder ver que a felicidade está presente agora; é sentir a preciosidade da vida que estamos vivendo. Não oramos achando que ocorrerá uma mudança, ou desejando que a situação ou a pessoa mude. Simplesmente oramos para orar. Buda se instala no coração daqueles que sentem alegria pela felicidade atual. Surgirão, a partir daí, resultados e retribuições condizentes a esse sentimento.

Devemos compreender também que o ator principal que irá trilhar essa vida plena é ninguém mais do que eu mesmo. Esse é o nosso elo, a força da conexão que aprendemos da “Parábola do Filho Pobre”.

Como exemplo, contarei a história de uma senhora que tinha duas filhas e que a mãe era sempre mais rigorosa com a mais velha. A mãe achava que a sua própria conduta não era correta mas não conseguia fazer diferente. Ela mesma, quando criança, havia passado momentos tristes oriundos de problemas dos pais. Dessa forma, veio se dedicando a ser sempre firme nas decisões. Quando via a filha mais velha fazendo corpo mole,

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ela perdia a calma e a repreendia com rigor.Quando ouvimos uma história como essa,

acabamos de imediato ficando preocupados e surge aquele sentimento de querer resolver essa situação. Entretanto, na realidade, é importante alegrar-se. Orar pelo próximo é encontrar a alegria dentro dessa situação e transmiti-la.

Pensando dessa forma, ouvi a história dessa senhora e senti que havia surgido uma dúvida: “Será que, como mãe, ela não está achando que, só pelo fato de ser a filha mais velha, ela quer que tenha um comportamento mais firme?”. Não é relevante se os outros estão enxergando dessa forma ou se a própria pessoa está pensando dessa forma; a questão é como eu, que sou a condição dessa pessoa, estou vendo essa situação. Quero me tornar alguém que possa dizer, em momentos como estes, palavras carinhosas como: “A senhora tem um carinho especial por essa filha! Que boa mãe! Que grande sentimento!”.

É claro que sempre existe uma causa nos fenômenos que surgem. Os fenômenos existem, mas de acordo com a maneira que vejo, ou com a condição que serei, eles irão se transformar. A minha postura e o modo de me relacionar com o próximo irão influenciar a causa, condição, resultado e retribuição. Portanto, em qualquer momento, o importante é o meu sentimento diante dessa pessoa, e saber em que direção ele está voltado. Se formos um sangha sempre feliz, à procura do aprendizado mútuo, não há como deixar de aumentar o número de companheiros.

Certa líder tem três filhos que às vezes estão com depressão e vivem fechados dentro de casa. Mesmo fechando-se dentro de casa, os filhos estão vivos porque têm a mãe que exerce a função de líder de sua igreja. Mesmo trancados em casa sem trabalhar, eles podem viver por terem bons pais. Eles podem ficar em casa porque têm um bom lar e bons pais. Não acham ser isso uma felicidade? Só pelo fato de ouvirmos falar de alguém se fechar

dentro de casa ou de alguém doente, automaticamente queremos colocar um “X” de errado naquela situação. A questão não é tentar encontrar o correto dentro do errado; se pudermos ver a situação como um fato correto, da maneira como ele é na realidade, sem dúvida, a situação irá se transformar.

Essa mãe é uma pessoa maravilhosa, que está dando felicidade aos três filhos. Ao nos relacionarmos com essa pessoa, com esse sentimento caloroso, antes de completar um mês, o filho mais velho arrumou um emprego e até uma namorada. O que de fato faz acontecer isso? É porque o sentimento da pessoa que se relaciona com o próximo liga-se a Buda, liga-se à Verdade. Ao louvarmos a natureza búdica do próximo, podemos ter a mesma visão calorosa de Buda.

Depois disso, a coordenadora disse à líder: “Que bom!” e então a líder disse: “Que bom que nada!”. O filho havia começado a trabalhar mas a mãe, agora, estava preocupada com a não continuidade desse trabalho.

Nessas horas, que pensamento devemos ter? Ou pensamos: “Agora que ela está feliz, não sente nem um pouco de gratidão” ou continuamos apenas orando pela pessoa? O importante é continuar sempre orando pela mãe pensando: “Ela se preocupa com os filhos porque é uma boa mãe”.

As pessoas que viveram a vida sendo desprezadas dentro da sociedade, ao se tornarem membros da Risho Kossei-kai, tornam-se pessoas maravilhosas, por quem todos oram. Esse é o sangha da Risho Kossei-kai. É por isso que acho caloroso o sangha da Risho Kossei-kai. Desejo ser uma pessoa que possa enxergar Buda em qualquer pessoa e em qualquer situação.

O Mestre Fundador sempre nos ensinou: “Não faça o mal, faça o bem. O mais importante também é purificar a própria alma. Esse é o ensinamento de Buda”. Para tal, é importante termos bons companheiros e entrarmos num bom sangha.

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Palestra Especial realizada durante o Curso de Líderes de 2013 na Matriz InternacionalPalestra Especial realizada durante o Curso de Líderes de 2013 na Matriz Internacional

O sentimento das pessoas é instável, está constantemente oscilando. Dependendo da condição que encontramos, nosso sentimento pode oscilar para qualquer direção. É por essa razão que, para purificarmos a nossa alma, entramos numa roda de companheiros que fazem o bem, e nos harmonizamos para o lado do bem. Ao termos bons companheiros e nutrirmos nosso sentimento com um bom ensinamento, podemos nos purificar e viver uma vida feliz.

O importante também é praticarmos não para conseguir um dia sermos felizes, mas encontrar a felicidade dentro da vida presente. O termo “um dia” pode ser que nunca venha. O que temos de fato é apenas o “agora”. A felicidade que sentimos agora, esta sim, é a verdadeira felicidade.

Shakyamuni Buda compreendeu que “a vida é um sofrimento”. Se tivermos apenas o objetivo de acabar com o sofrimento, nunca seremos felizes. Quando solucionamos um sofrimento, surge outro. Portanto, é importante encontrar a felicidade nas situações difíceis ou em pequenos fatos, e agradecer ao agora. Esse sentimento irá nos guiar para a felicidade.

O Mestre Fundador era exímio em encontrar a alegria e sempre nos elogiava. Quando o arroz não ficou bem cozido ele dizia: “Faz bem para os dentes”; quando cozinhava demais ele dizia: “Faz bem para a digestão”. Quando recitávamos juntos o Sutra, ele nos elogiava dizendo: “Que oração cheia de energia!”; quando fazíamos a função do gongo de madeira ele nos elogiava: ”Como está batendo bem!”. Quando mostrávamos o boletim de notas da

escola ele sempre dizia com alegria: “Boas notas!” mesmo que as notas não fossem tão boas.

O Mestre Fundador não falava aquilo que falou porque realmente fazia bem aos dentes ou porque éramos bons em fazer as coisas ou porque tínhamos mesmo tirado boas notas ou elogiava porque ele queria que fizémos melhor. É porque ele mesmo viveu sua vida orando pelas pessoas e procurando encontrar alegria no agora. Como filho de Buda, ele viveu pensando realmente que o tesouro de Buda lhe pertencia.

Nós também conseguimos fazer como o Mestre Fundador. A decisão de como iremos viver a nossa vida está em nossas mãos. Como quero ser ao encontrar uma pessoa? O tipo de vida que iremos ter vai depender de como será esse encontro naquele momento. Para podermos ter uma verdadeira vida e não sermos levados pela reação do próximo, recebemos as nossas funções. Como o Mestre Fundador sempre dizia, guiamos as pessoas para a fé não para simplesmente aumentar o número de membros. Com certeza, é para que o maior número de pessoas possa encontrar o ensinamento e encontrar a felicidade. Entretanto, o mais importante é (...) poder encontrar com as pessoas, poder orar por elas, poder guia-las, pura e simplesmente para nos tornarmos mais felizes. Se o nosso modo de viver mudar, assim como o Mestre Fundador nos guiou, iremos influenciar a vida das pessoas à nossa volta. Quero também, junto com vocês, poder trilhar essa vida maravilhosa.

Reverenda Kosho NiwanoNasceu em Tóquio, como primogênita do Mestre Presidente Nichiko Niwano. Formada em Direito pela Universidade Gakushuin, estudou o curso regular no Seminário Gakurin, sistema de treinamento de líderes da Risho Kossei-kai. Atualmente, enquanto trabalha na investigação do Sutra do Lótus, empenha-se às palestras em eventos principais da entidade e a atividades de cooperação religiosa dentro e fora do Japão; continua sua prática como próxima presidente designada. Casada com o Rev. Munehiro, eles têm um filho e três filhas.

7SHAN ZAI setembro 2013

Spiritual Journey

SHAN ZAI setembro 20138

Ms. Jane Perri giving her religious testimony during the All U.S.Leaders’ Training at the Los Angeles Dharma Center.

A minha jornada à procura do Caminho búdico começou aos meus quatorze anos, quando eu estava numa aula ministrada por uma freira católica, que fazia um comparativo entre as religiões. Apesar de ter estudado a respeito de várias religiões, o Budismo foi a que, para mim, fazia mais sentido. Nos trinta anos seguintes, li livros de vários ensinamentos e tentei fazer várias meditações, mas nada tão seriamente. Quando eu estava fazendo o mestrado, fui para o Japão e para a China a fim de pesquisar sobre a “Influência da religião e cultura nos negócios”. Foi quando me interessei profundamente pelo Budismo e comecei a estudar e meditar mais regularmente.

Em 2003, por causa do trabalho, meu marido foi transferido de Oregon para Oklahoma. Logo depois de termos nos instalado, para suprir a procura espiritual, típica nas pessoas de meia idade, comecei a procurar o Centro do Dharma da Risho Kossei-kai. Ao adentrar o portão da igreja, a Reverenda Yasuko me recebeu calorosamente e me senti como se tivesse retornado ao meu lar. Alguns meses depois, tornei-me membro da Risho Kossei-kai.

Durante anos, eu havia visitado muitos templos budistas, mas nenhum fazia o hooza. Os templos eram locais solenes de reverência e meditação, e não tenho nada contra isto, mas eu mesma não sou um tipo de pessoa solene. As pessoas da igreja de Oklahoma estudavam, praticavam e ao mesmo tempo riam, se divertiam, se ajudavam reciprocamente e cresciam juntas. Uau! Era isso que eu queria para mim. Antes do término desse ano, participei das aulas de budismo básico e, a partir daí, não parei de estudar e aprender.

Três anos depois, meu marido foi transferido de volta para Klamath Falls, no Oregon, onde iniciei uma Regional da RKK. Graças à força e apoio da

Este relato de experiência foi realizado na igreja de Los Angeles, no dia 27 de abril de 2013,durante o estudo de líderes dos Estados Unidos.

Jane PerriIgreja de Oklahoma

Aprendendo a trilhar o caminho da Verdade

Reverenda Kris e da diretoria da igreja de Oklahoma, pude concluir o treinamento para Mestre do Dharma e o treinamento para líderes. Três anos depois mudamos novamente, agora para Dayton, em Ohio. Nesse local também iniciei uma Regional. Já se passaram três anos e pretendo ficar em Dayton para poder cuidar dos meus pais que já são idosos.

Esses são os fatos históricos da minha progressão em aprender o budismo, mas não explicam como me tornei budista. Para ser honesta, ainda estou me dedicando para ser uma boa budista. A prática do hooza da Risho Kossei-kai transformou verdadeiramente a minha vida, mais do que qualquer coisa que fiz até agora. Frequentemente nos perguntamos: “Por que estamos aqui com este corpo?”; “O que originariamente teríamos que aprender?”. Desde cedo, eu sabia o que deveria aprender. Era a respeito de uma saudável auto-estima; de como permitir que as pessoas me ajudassem; mais ainda, posso até errar, mas tenho que reconhecer meu erro; descobrir a capacidade de

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Spiritual Journey

falar a minha verdade; o que devo fazer para não carregar tudo como se fosse só meu; e também ter paciência, paciência e mais paciência. A falta dessas habilidades acabou me fazendo tropeçar em vários relacionamentos humanos assim como no meu primeiro casamento, e já estava ameaçando o meu segundo casamento quando, pela primeira vez, entrei pelo portão do Centro do Dharma de Oklahoma.

Através do hooza, aprendi a agir com propriedade e não apenas reagir como eu costumava fazer. Aprendi a me comportar de maneira diferente, em harmonia com os ensinamentos budistas. Aprendi que, ao praticar os ensinamentos, não apenas lendo a teoria, é que você consegue mudar a sua vida. Aprendi sobre a prática budista, que enquanto estivermos tentando, podemos errar uma, duas ou até trinta e três vezes.

Como posso saber que eu mudei?Dayton é a minha cidade natal. Quando nos

mudamos de volta em 2009, eu estava realmente temerosa. Meus pais estão com mais de oitenta anos e precisam de ajuda. Dentre os irmãos, eu era a única que tinha o tempo flexível e também a única “corajosa” a interagir regularmente com a minha mãe. Mas eu não era corajosa; às vezes minha mãe se tornava muito difícil e eu temia isso. Para me distanciar dela, já havia saído três vezes de Dayton; mas, por vários motivos, acabei também retornando a Dayton. Quanto mais minha mãe envelhecia, ela me parecia mais maldosa. No primeiro ano que voltei, eu tinha o telefone de emergência da Reverenda Kris, para me ajudar no que eu precisasse. Ainda me lembro do dia em que fui para dentro de uma loja, fugindo da minha mãe, e chorei para a Reverenda Kris, dizendo que eu não aguentava mais e que não sabia mais o que fazer. Eu já havia praticado tudo que era paciência e tolerância e não tinha dado certo. A Reverenda Kris me acalmou e me deu uma orientação carinhosa. Ela disse para eu me lembrar que não conseguiria mudar ninguém, a não ser eu mesma. Se eu estava reagindo negativamente ao que eu considerava ser a intenção de minha mãe, significava que aquilo era meu problema e não o dela. Eu poderia interpretar, da forma como eu quisesse, as palavras de minha mãe; se eu achasse que aquilo era a meu respeito, eu iria sofrer. Se eu achasse que era a respeito dela e tivesse dedicação em compreendê-la, eu não iria sofrer.

Atualmente minha mãe raramente me tira do sério. Ela não mudou, foi eu que mudei. Aos oitenta e cinco anos ela é quem sempre foi. Quando ela explode, hoje consigo ver o fato de maneira diferente. Se a minha mãe quiser estar certa, posso deixá-la pensar dessa forma e faço dessa forma. Quando ela fica brava, agora consigo dizer bem calma: “Mamãe, está na hora do meu descanso”. Quando ela se acalma, eu volto. Moro a cinco minutos de distância andando; deixo a casa dela, volto depois de meia hora e vejo que ela está completamente diferente.

Outro exemplo: sou professora e, recentemente, uma de minhas alunas me procurou depois da aula e começou a esbravejar em voz bem alta. Como eu fazia muitas perguntas durante a aula, ela estava furiosa. Ela, já desde o começo, achava que, não saberia a resposta das perguntas, mesmo que pensasse. Ela veio dizendo que eu a deixava numa situação vergonhosa diante dos colegas. A aluna me dizia para que eu parasse de fazer tantas perguntas. Ao invés de responder a ela de maneira defensiva, comecei a falar calmamente e pudemos chegar a um acordo em relação à participação dela nas aulas. Continuo fazendo perguntas a ela, mas dou um minuto de tempo para que ela consiga organizar suas ideias. Se fosse o “eu” de antigamente, provavelmente teria expulsado a aluna da classe. Com esses exemplos, sinto que estou crescendo dentro do ensinamento.

Uma das coisas mais difíceis para mim é conseguir aceitar a ajuda dos outros. Dentro da família, não peço ajuda a ninguém. Ou eu faço aquilo sozinha ou pago alguém para fazer. Acho que pedir ajuda a alguém é impertinente e demonstra fraqueza por parte de quem pede. Quando eu era líder da regional de Klamath Falls, creio que o meu ponto fraco de pedir ajuda às pessoas impediu o progresso da regional. Na regional de Dayton, há cerca de um ano, aprendi que devemos pedir ajuda; aliás, precisávamos pedir ajuda. Frequentemente estou disponível para as pessoas, mas ainda tenho tido dificuldade em pedir ajuda. Há um ano, nós nos mudamos para um novo prédio. Fizemos a mudança do Centro do Dharma numa quarta-feira, e a Reverenda Kris estava para vir na sexta-feira para fazer a entronização do altar. O local estava uma bagunça e só eu e meu marido não tínhamos

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Ms. Perri, standing left, and other members of the Oklahoma Dharma Center pose at the Dayton DC’s signboard.

SHAN ZAI setembro 2013

Spiritual Journey

condições de deixá-lo organizado, mesmo que eu me tornasse uma supermulher. Pedi ajuda aos membros, e muitos deles vieram para pintar paredes, lustrar o assoalho, reconstruir o altar e trazer tudo do outro prédio. Levamos vários meses para deixar tudo em ordem e hoje, nossos membros têm um grande orgulho de seu lar. Os membros se revezam para receber as pessoas na meditação das terças-feiras e no estudo do budismo básico nas quintas-feiras, além de fazerem a manutenção do jardim, limpeza e aparo da grama. O Centro do Dharma está finalmente operando como um sangha, mas foi preciso que eu não atrapalhasse o trabalho de todos. Os membros estão também aprendendo a liderar o hooza e estão fazendo um trabalho maravilhoso. O melhor de tudo é que eles estão crescendo de uma maneira que não cresceriam se eu estivesse fazendo tudo. Retirar os meus egos e culpas não foi fácil, mas pelo fato de eu ter me esforçado, eu e o sangha temos hoje um relacionamento melhor.

A prática regular dos ensinamentos e da oração tem me influenciado profundamente. Sou uma pessoa mais calma e, na maior parte do tempo, completamente satisfeita. Ainda tenho meus momentos de sofrimento criados por mim mesma, mas eles são mais breves e consigo não me aprofundar no sofrimento. Nesses momentos, o meu marido me lembra: “todas as coisas estão em constante mudança, portanto apenas respire fundo”. Eu sei disso, mas, de vez em quando, preciso ser lembrada.

Mais do que eu estar aceitando os ensinamentos, eles estão me abraçando. Posso dizer isso especialmente com relação à interpretação do ensinamento dada pelo Mestre Fundador. Já havia lido muitos sutras e as interpretações deles, mas admito que elas não me convenceram. O “Budismo para o Homem de Hoje” do Mestre Fundador Niwano mudou toda essa minha concepção. O livro não interpreta apenas academicamente; para mim é um esquema para a vida que dá perfeito sentido e está ao meu alcance. Não havia encontrado nenhuma

tradição budista que me impressionasse tanto e que me fizesse agir assim como faz a Risho Kossei-kai. A Risho Kossei-kai me estimula a fazer uma grande transformação da minha vida.

Quero agradecer ao Mestre Fundador e à Co-fundadora por terem tido o desejo, a visão, a perseverança, o amor e a compaixão de bodhisattva por terem criado a Risho Kossei-kai para as pessoas de sua geração e das gerações subsequentes. Quero agradecer à família Niwano por continuar a liderar a Risho Kossei-kai, promovendo sua extensão além dos oceanos, fazendo do Sutra de Lótus o verdadeiro “Budismo para o Homem de Hoje”.

Quero agradecer à Reverenda Kris e à Reverenda Yasuko por terem tido fé em mim e terem me apoiado espiritualmente, emocionalmente e financeiramente (pelo treinamento) na minha louca jornada. Quero agradecer ao Reverendo Mizutani por ter corrido o risco e ter permitido estender as minhas asas em Klamath Falls e também apoiando nossa expansão em Dayton e na atividade do online sangha. Quero agradecer ao Reverendo Suzuki por ter me convidado a particiar do Seminário Internacional de Líderes. Quero agradecer ao Reverendo Yoshizawa e ao Reverendo Nagata pelo contínuo apoio em tudo que faço. A todos vocês digo que, sei que às vezes minhas ideias estão um pouco fora da realidade, mas agradeço pela paciência, apoio, orientação e compreensão. Como diz a música, “Vocês são o vento que apoia minhas asas”.

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ColumnA Alegria de Viver em doação

Outro dia minha esposa não estava bem de saúde. Eu disse: “Quer que eu faça massagem nos seus pés?”. Fazia muito tempo que eu não massageava seus pés e suas costas e, dessa forma, ela ficou um pouco melhor e feliz. Enquanto eu a massageava, refleti na minha falta de atenção com aquela pessoa tão importante para mim, que acompanha a minha vida por tantos anos. Tenho até vergonha de dizer, mas a minha compaixão com o próximo tem a tendência de ocorrer conforme a minha vontade, diferente da compaixão de Buda, que ocorre em qualquer momento, para qualquer pessoa.

Nós sempre vivemos dentro da escolha entre o “oferecer” e o “não oferecer”. Aprendi na Risho Kossei-kai o modo de viver de me oferecer ao próximo, e tenho vivido, ainda que pouco, me esforçando dentro das minhas possibilidades. Se eu não tivesse tido o encontro com o Ensinamento de Buda, não saberia o que era o oferecer, e creio que estaria vivendo uma vida triste e solitária. Tendo a oportunidade de ler as orientações, prometi a mim mesmo viver uma vida sempre oferecendo ao próximo, a começar pelo meu lar.

REV. SHOKO MIZUTANIDiretor de Disseminação Internacional

THE TEACHING OF FOUNDER NIKKYO NIWANO

Quanto mais cheios de afazeres, mais verdadeiros nos tornamosExistem muitas pessoas que dizem: “Sou uma pessoa tão

ocupada que não tenho tempo nem de ter fé”. Entretanto, não seguimos uma fé por termos tempo ou não. O modo de rezar de uma pessoa que tem tempo não necessariamente traz mais resultados, pelo contrário, quanto mais ocupada a pessoa for, ela poderá conseguir rezar com mais seriedade.

Acordamos cedo de manhã, fazemos a oração e, no final da tarde, após o trabalho, oramos aos antepassados com sentimento de gratidão. Quanto mais estivermos atarefados, seremos capazes de rezar mais seriamente.

As pessoas modernas andam de trem-bala, de carro, usam computador e vivem correndo pensando apenas em elevar a eficiência dessa modernidade, e não são poucas as pessoas que gastam o tempo que economizam com prazeres momentâneos.

Existe uma história infantil que fala das pessoas que são estimuladas a trabalhar, e de militares vestidos de cinza que roubam o tempo que sobrou das pessoas. A eficiência nos negócios e na vida está em utilizar e dar real vida ao tempo livre que surge na procura pela eficiência. Se não for possível fazer isso, o ser humano será sufocado, assim como representa o ideograma japonês de significado “cheio de afazeres”.

From Kaisozuikan 7 (Kosei Publishing Co.), pp. 16 17

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DaytonSan Mateo

Risho Kossei-kaiA Risho Kossei-kai é uma organização de budistas leigos, fundada em 05 de março de 1938 pelo Fundador Nikkyo Niwano e pela co-fundadora Myoko Naganuma. O Tríplice Sutra de Lótus é a base deste ensinamento. Trata-se da reunião de pessoas que deseja a paz mundial através do ensinamento de Buda, partindo da convivência diária em seus lares, locais de trabalho e dentro da sociedade. Atualmente, junto com o Mestre Presidente Nichiko Niwano, os membros trabalham ativamente para a difusão do ensinamento, de mãos dadas com outras religiões e organizações, realizando várias atividades para a paz, dentro e fora do Japão.

Roma, Italy

Kolkata North

 

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【Published by】Rissho Kosei-kai International Fumonkan, 2-6-1 Wada Suginami-ku, Tokyo, 166-8537 Japan TEL: 03-5341-1124 FAX: 03-5341-1224 E-mail : [email protected] Editor: Shoko Mizutani Editor: Etsuko Nakamura Translator: Nicia Lemi Kishi Copy Editor: Angela Sivalli IgnattiEditorial Staff: Shiho Matsuoka, Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao, Sizuyo Miura, Emi Makino, Yurie Nogawa, and Yoshihiro Nakayama

SHAN ZAI Vol. 96 (setembro 2013)

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Buddha’s Wisdom Changes Your Life

12 SHAN ZAI setembro 2013

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Rissho Kosei-kai Kona Dharma Center 73-4592 Mamalahoa Highway, Kailua-Kona, HI 96740, U.S.A. Tel: 1-808-325-0015 Fax: 1-808-333-5537

Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Los Angeles 2707 East First Street, Los Angeles, CA 90033, U.S.A. Tel: 1-323-269-4741 Fax: 1-323-269-4567e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/losangeles.html

Rissho Kosei-kai Dharma Center of San Antonio 6083 Babcock Road, San Antonio, TX 78240, U.S.A. Tel: 1-210-561-7991 Fax: 1-210-696-7745 e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/sanantonio.html

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Rissho Kosei-kai of Seattle’s Buddhist Learning Center 28621 Pacific Highway South, Federal Way, WA 98003, U.S.A. Tel: 1-253-945-0024 Fax: 1-253-945-0261 e-mail: [email protected] http:// www.buddhistLearningCenter.com

Rissho Kosei-kai of Sacramento

Rissho Kosei-kai of San Jose

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Rissho Kosei-kai of New York 320 East 39th Street, New York, NY 10016, U.S.A. Tel: 1-212-867-5677 Fax: 1-212-697-6499 e-mail: [email protected] http://rk-ny.org/

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Rissho Kosei-kai Dharma Center of Oklahoma 2745 N.W. 40th Street, Oklahoma City, OK 73112, U.S.A. Tel & Fax: 1-405-943-5030 e-mail: [email protected] http://www.rkok-dharmacenter.org

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Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Klamath Falls724 Main St., Suite 214, Klamath Falls, OR 97601, U.S.A.Tel: 1-541-810-8127 Rissho Kosei-kai, Dharma Center of Denver1571 Race Street, Denver, Colorado 80206, U.S.A. Tel: 1-303-810-3638Rissho Kosei-kai Dharma Center of Dayton446 “B” Patterson Road, Dayton, OH 45419, U.S.Ahttp://www.rkina-dayton.com/

Risho Kossei-kai do BrasilRua Dr. José Estefno 40, Vila Mariana, São Paulo-SP, CEP 04116-060, Brasil Tel: 55-11-5549-4446 / 55-11-5573-8377 Fax: 55-11-5549-4304 e-mail: [email protected] http://www.rkk.org.br

Risho Kossei-kai de Mogi das Cruzes Av. Ipiranga 1575-Ap 1, Mogi das Cruzes-SP, CEP 08730-000, Brasil

Rissho Kosei-kai of Taipei4F, No. 10 Hengyang Road, Jhongjheng District, Taipei City 100, TaiwanTel: 886-2-2381-1632 Fax: 886-2-2331-3433http://kosei-kai.blogspot.com/

Rissho Kosei-kai of TaichungNo. 19, Lane 260, Dongying 15th St., East Dist., Taichung City 401, Taiwan Tel: 886-4-2215-4832/886-4-2215-4937 Fax: 886-4-2215-0647

Rissho Kosei-kai of TainanNo. 45, Chongming 23rd Street, East District, Tainan City 701, TaiwanTel: 886-6-289-1478 Fax: 886-6-289-1488

Rissho Kosei-kai of Pingtung

Korean Rissho Kosei-kai423, Han-nam-dong, Young-San-ku, Seoul, Republic of Korea Tel: 82-2-796-5571 Fax: 82-2-796-1696 e-mail: [email protected]

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Branches under the HeadquartersRissho Kosei-kai of Hong Kong Flat D, 5/F, Kiu Hing Mansion, 14 King’s Road,North Point, Hong Kong,Special Administrative Region of the People’s Republic of China Tel & Fax: 852-2-369-1836

Rissho Kosei-kai

Overseas Dharma Centers 2013

Rissho Kosei-kai of Ulaanbaatar 39A Apartment, room number 13, Olympic street, Khanuul district, Ulaanbaatar, Mongolia Tel & Fax: 976-11-318667 e-mail: [email protected]

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Rissho Kosei-kai of VeneziaCastello-2229 30122-Venezia Ve Italy

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International Buddhist Congregation (IBC)5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, JapanTel: 81-3-5341-1230 Fax: 81-3-5341-1224e-mail: [email protected] http://www.ibc-rk.org/

Rissho Kosei-kai of South Asia Division85/A Chanmari Road, Lalkhan Bazar, Chittagong, BangladeshTel & Fax: 880-31-2850238

Thai Rissho Friendship Foundation 201 Soi 15/1, Praram 9 Road, Bangkapi, Huaykhwang Bangkok 10310, Thailand Tel: 66-2-716-8141 Fax: 66-2-716-8218 e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of Bangladesh 85/A Chanmari Road, Lalkhan Bazar, Chittagong, Bangladesh Tel & Fax: 880-31-626575

Rissho Kosei-kai of Dhaka House No.467, Road No-8 (East), D.O.H.S Baridhara, Dhaka Cant.-1206, Bangladesh Tel: 880-2-8413855

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Rissho Kosei-kai of Patiya Patiya, Post office road, Patiya, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Domdama Domdama, Mirsarai, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Cox’s Bazar Phertali Barua Para, Cox’s Bazar, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Satbaria Satbaria, Hajirpara, Chandanish, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Laksham Dupchar (West Para), Bhora Jatgat pur, Laksham, Comilla,Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Raozan West Raozan, Ramjan Ali Hat, Raozan, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Chendirpuni Chendirpuni, Adhunagor, Lohagara, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Sri Lanka 382/17, N.A.S. Silva Mawatha, Pepiliyana, Boralesgamuwa, Sri Lanka Tel & Fax: 94-11-2826367

Rissho Kosei-kai of Polonnaruwa

Rissho Kosei-kai of Habarana 151, Damulla Road, Habarana, Sri Lanka

Rissho Kosei-kai of Galle

Rissho Kosei-kai of Kandy

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Rissho Kosei-kai of KolkataE-243 B. P. Township, P. O. Panchasayar, Kolkata 700094, India

Rissho Kosei-kai of Kolkata NorthAE/D/12 Arjunpur East, Teghoria, Kolkata 700059, West Bengal, India

Rissho Kosei-kai of Kathmandu Ward No. 3, Jhamsilhel, Sancepa-1, Lalitpur,Kathmandu, Nepal Tel: 977-1-552-9464 Fax: 977-1-553-9832e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of LumbiniShantiban, Lumbini, Nepal

Rissho Kosei-kai of Singapore

Rissho Kosei-kai of Phnom Penh #201E2, St 128, Sangkat Mittapheap, Khan 7 Makara,Phnom Penh, Cambodia

Other GroupsRissho Kosei-kai Friends in Shanghai1F, ZHUQIZHAN Art Museum, No. 580 OuYang Road,Shanghai 200081 China