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# ESTILO / # ENTRETENIMENTO / # VARIEDADES / # COMPORTAMENTO / # SOCIAL TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: FISICULTURISMO: ELES TÊM A FORÇA · CONHEÇA A GRÉCIA · ANIMAIS EXÓTICOS COMO PETS · MODA MASCULINA NAVY INSPIRED · A LITERATURA DE GABO JULHO 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA #27 Informação de A a Z Área verde importante, Horto Florestal está abandonado e precisa de cuidados PULMÃO DE BAURU Impressoras 3D viram realidade para diversas áreas de atuação O FUTURO CHEGOU OS MELHORES COLUNISTAS Aqui você tem polêmica, informação e opinião para todos os gostos O CORONEL E AS CEREJEIRAS E AS CEREJEIRAS Ex-comandante da Polícia Militar em São Paulo, Benedito Roberto Meira fala sobre assuntos espinhosos e revela sonho: quer ser prefeito de Bauru

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Meira admite que quer ser prefeito, que tem recebido sondagens para tanto. E o partido que sai na frente nesse sentido é o PSDB. Meira é o Personaz deste mês e fala sobre tudo, desde seu sonho de ser prefeito, até sobre acusações de violência da Polícia Militar de São Paulo. A Az! de julho também traz conteúdo variado, como a importância da impressora 3D para nosso futuro. Ainda temos a importante questão do Horto Florestal, o pulmão de Bauru, além de muita polêmica com os colunistas, literatura, esporte... Se fosse uma eleição, com certeza o público teria em mãos o melhor candidato: com mais variedade, conteúdo e resultado.

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# E S T I L O / # E N T R E T E N I M E N T O / # VA R I E D A D E S / # C O M P O R T A M E N T O / # S O C I A L

TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: FISICULTURISMO: ELES TÊM A FORÇA · CONHEÇA A GRÉCIA ·

ANIMAIS EXÓTICOS COMO PETS · MODA MASCULINA NAVY INSPIRED · A LITERATURA DE GABO

J U L H O 2 0 1 5DISTR IBU IÇÃO

GRATU ITA

#27

I n f o r m a ç ã o d e A a Z

Área verde importante, Horto Florestal está abandonado e precisa de cuidados

PULMÃO DE BAURU

Impressoras 3D viram realidade para diversas áreas de atuação

O FUTURO CHEGOU

OS MELHORES COLUNISTAS Aqui você tem polêmica, informação

e opinião para todos os gostos

O CORONEL E AS CEREJEIRAS E AS CEREJEIRAS

Ex-comandante da Polícia Militar em São Paulo, Benedito Roberto Meira fala sobre assuntos espinhosos e revela

sonho: quer ser prefeito de Bauru

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#ÍNDICE

PET EXÓTICOGalinha, escorpião, rato... Animais um pouco diferentes também recebem atenção como bichos de estimação

A MODA É DELESCarla Costa mostra que estar bem vestido também é assunto para homens com muito estilo

ELES TÊM A FORÇAFisiculturismo é esporte e estilo de vida. Bauru tem campeão de torneio que leva nome de astro de cinema

FANTÁSTICOGabriel García Marquez é dez! Veja motivos para ler e reler clássicos como “Cem Anos de Solidão”

10

20

24

38 BADALAÇÃOEventos, eventos e mais eventos! Confira em nossa coluna social os destaques do último mês em Bauru

COBRANÇA Com baixa arrecadação este ano e cofres vazios, Prefeitura de Bauru vai abrir call center para cobrar devedores

SEM SECARA falta de água ainda ronda a nossa ci-dade. Az! mostra bons exemplos que po-dem ajudar a manter o líquido abundante

O HORTO É NOSSO!Pulmão de Bauru, abandonado e subutilizado, agora vai ser adminis-trado pela prefeitura

48

52

62

66

MEIRA ABRE O JOGO Ex-comandante da PM, coronel fala sobre tudo em entrevista à Az!. Ele defendeu a Polícia Militar, falou de assuntos polêmicos e revelou o sonho

de ser prefeito de Bauru.

30

O FUTURO CHEGOUImpressoras 3D já são realidade em Bauru. Az! mostra que esse tipo de equipamento pode trazer muitos benefícios para indústrias, comércio

e até para a área da saúde

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#EDITORIAL

F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U 7

Ano sim, ano não, lá vai o brasileiro para as ur-nas, decidir o futuro do país em pouco mais

de 30, 40 segundos. Digita, con-firma. Pronto. Parece ser um ato simples, mas é um ato que con-figura muita responsabilidade e que, salvo casos excepcionais, tem peso de quatro anos.

Mal saímos das eleições presiden-ciais, marcadas e manchadas por escândalos e muito diz que me diz, já vislumbramos mais uma dispu-ta. Aliás, um pleito que decide di-retamente quem vai comandar sua cidade, os destinos de onde você mora. Nunca é demais lembrar que no Brasil vivemos em um sistema de federação, no qual temos esta-dos e cidades.

Aqui em Bauru, uma importante decisão será tomada. O prefeito Ro-drigo Agostinho (PMDB), aconteça o que acontecer, estará fora do Palácio das Cerejeiras no dia primeiro de ja-neiro de 2017. E aí a Az! te pergunta: quem vai ser o sucessor de Rodrigo?

As articulações já começaram.

A corrida para ocupar a principal cadeira do Palácio das Cerejeiras já começou. E a Az! traz em primei-ra mão para você um dos possíveis candidatos a ficar com a chefia do Executivo: o coronel reformado da Polícia Militar Benedito Roberto Meira, que comandou a PM no Es-tado de São Paulo por pouco mais de dois anos.

Meira admite que quer ser prefei-to, que tem recebido sondagens para tanto. E o partido que sai na fren-te nesse sentido é o PSDB. Meira é o Personaz deste mês e fala sobre tudo, desde seu sonho de ser prefei-to, até sobre acusações de violência da Polícia Militar de São Paulo.

A Az! de julho também traz con-teúdo variado, como a importância da impressora 3D para nosso futu-ro. Ainda temos a importante ques-tão do Horto Florestal, o pulmão de Bauru, além de muita polêmica com os colunistas, literatura, esporte... Se fosse uma eleição, com certeza o público teria em mãos o melhor candidato: com mais variedade, conteúdo e resultado.

Boa leitura a todos!

Revista Az! | ano 05 / número 27

Diretor Geral: Rodrigo Chiquito

Jornalista responsável: Bruno Mestrinelli

Direção de Arte e Design: Leila Antonelli

Logística/Finanças: C&D Soluções

Equipe comercial: Carlos Henrique Santos

Silva e Amélia Silva

Conselho Editorial: Bruno Mestrinelli e

Rodrigo Chiquito

Fotografia: Cristiano Zanardi, Bruno

Mestrinelli e Amanda Rocha

Foto da capa: Cristiano Zanardi

Jornalistas: Fernanda Villas Bôas, Bruno

Mestrinelli, Amanda Rocha, Daiany Ferreira

e Sara Souza

AzTV por muvfilms.com.br

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Grafilar

TIRAGEM: 10.000 exemplares

* As colunas assinadas não representam a opinião desta revista. Ela está expressa exclusivamente no editorial

Az! é uma publicação da Publici On&Off ComunicaçãoR. Bartolomeu de Gusmão, 10-72 - Jd. América Bauru/SP - F.: 14 3879 0348

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JÁ COMEÇOU A CORRIDA

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Autor do megasucesso “Cem Anos de Solidão”, o escritor colombiano sacramentou o realismo fantástico, gênero quepode ser traduzido como o surrealismo da literatura

#ENTRETENIMENTO

GABRIEL MOTIVOSPARA LER10

GARCÍA MÁRQUEZ Texto Fernanda Villas Bôas

Imagem Reprodução/Internet

“CEM ANOS DE SOLIDÃO” JÁ VENDEU MEIO MILHÃO DE EXEMPLARES NO BRASIL

Depois da sua morte, em abril de 2014, Gabriel García Márquez voltou à lista dos mais vendidos. É um fenômeno comum no

mercado editorial: o aumento da notoriedade de um autor – no caso a morte - eleva a procura por sua obra. “Cem Anos de

Solidão” já vendeu no Brasil quase 500 mil exemplares. Só no ano passado, mais 10 mil foram disponibilizados nas prateleiras

das livrarias. A autobiografia “Viver para Contar” e “Notícias de um Sequestro” também ganharam novas tiragens.

Acompanhe as sinopses de outros livros de García Márquez:

Olhos do Cão Azul – Coletânea de contos com um ponto em comum: a morte. Um deles, “Nabo, o Negro que Fez Esperar

os Anjos” é sobre um homem que, após sofrer uma queda de cavalo e morrer, se recusa a ir para o céu e passa a viver numa

espécie de limbo.

Os Funerais da Mamãe Grande – Também é uma reunião de contos. Um deles, “As Rosas Artificias”, é sobre uma senhora

cega que percebe tudo à sua volta, inclusive a neta, que faz flores artificiais.

A Revoada – Quando um médico odioso morre, a comunidade onde ele vivia se recusa a enterrá-lo. A missão do sepulta-

mento caberá a um coronel reformado.

O Outono do Patriarca – Um ditador vive em seu palácio cercado pela solidão. É uma alegoria do poder autoritário na

América Latina.

A Luz é como Água – Destinado ao público infantil, conta a história de dois irmãos que pedem aos pais um presente inusi-

tado: um barco.

O General em seu Labirinto – Um velho general rememora seu passado de lutas contra a opressão na América Latina. O livro

é inspirado na vida do revolucionário venezuelano Simón Bolívar.

Memórias de Minhas Putas Tristes – No final da vida, um homem decide dar a si mesmo um presente: uma noite com uma

virgem. Até se encontrar com ela, ele se lembra de seus sofrimentos e desventuras.

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9F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

1Ele é o autor do segundo livro mais importante já escrito em língua espanhola, “Cem Anos de Solidão”, que perde

apenas para “Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes. O autor dessa sentença foi nada mais, nada menos

do que o poeta Pablo Neruda.

2“Cem Anos de Solidão” lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. García Márquez, que era colom-

biano e morreu no ano passado aos 87 anos, era um escritor extraordinário, que dominava completamente a

arte da escrita.

3“Cem Anos de Solidão” é o livro que consagra o realismo fantástico, gênero que pode ser compreendido como o surrea-

lismo da literatura. No realismo fantástico, o sangue de um homem assassinado atravessa a cidade (sobe muros, dobra

esquinas, etc.), os mortos conversam com os vivos, a chuva dura quatro anos, uma criança nasce com rabo de porco. São

os absurdos do mundo que García Márquez converte para o romance em linguagem figurada.

4Ainda sobre “Cem Anos de Solidão”: o livro conta a saga da família Buendía e se passa numa cidade fictícia chamada Macondo.

São várias gerações de personagens envolvidos em tramas épicas, amorosas, desesperadas, poéticas, insanas. O livro vendeu

30 milhões de exemplares em todo o mundo e foi traduzido para 35 idiomas. Durante a leitura, é recomendável fazer a árvore

genealógica para dominar a estrutura familiar dos Buendía, embora as edições mais recentes já contem com esse recurso.

5Alguns livros de García Márquez foram adaptados para o cinema, como “O Amor nos Tempos do Cólera”, “Crônica de uma

Morte Anunciada”, “Memórias de Minhas Putas Tristes” e “A Verdadeira História de Cândida Erêndira e sua Avó Desal-

mada”, este dirigido pelo brasileiro Ruy Guerra e abreviado para “Erêndira”, com Cláudia Ohana no papel principal. Curio-

samente, “Cem Anos de Solidão” nunca migrou para as telas. Uma lenda diz que o escritor colombiano tinha ciúme da sua

obra-prima. Mais uma boa razão para ler o livro!

6O crítico de literatura Thomas Foster diz que, para entender um personagem, é necessário conhecer seus desejos mais

profundos. Generoso, García Márquez baixa a guarda de todos os seus. Em “O Amor nos Tempos do Cólera”, o leitor é apre-

sentado ao casal Florentino e Firmina, que vivem um romance conturbado, quase impossível. O casal do livro é, na ver-

dade, uma representação dos pais do escritor, que enfrentaram objeção da família da noiva quando decidiram se casar.

7Para quem prefere relatos mais afinados com a realidade, García Márquez, que também era jornalista, oferece outras

opções no cardápio, como “Relato de um Náufrago”, sobre um marinheiro que, nos anos 50, passou 10 dias à deriva,

numa balsa, depois de sobreviver a um naufrágio, e “Notícias de um Sequestro”, um retrato da guerra do tráfico de

drogas na Colômbia. Os dois livros trazem relatos robustos, vigorosos, contemporâneos. São exemplos de ponta do

chamado jornalismo literário.

8“Crônica de uma Morte Anunciada” também merece leitura atenta. No primeiro parágrafo, o leitor descobre que, tal

como o título do livro entrega, o personagem principal, um rapaz chamado Santiago, vai morrer. O mais surpreendente é

que o livro proporciona suspense, apesar do desfecho inevitável. Coisa de gênio.

9Para quem gosta do gênero, o escritor escreveu uma autobiografia. Em “Viver para Contar”, lançado em 2002, ele

fala sobre sua infância em Aracataca, a cidade onde nasceu, até o momento em que ingressou no jornalismo, na

década de 50. Ele garantiu que escreveria outro livro para contar a segunda parte, a partir dos anos 60. Mas des-

cumpriu a promessa.

10García Márquez era um cara afetuoso, que tinha uma conexão especial com o avô materno. Nas entrevistas, o escritor

dizia que as histórias do avô o inspiraram a escrever romances. Quando o avô morreu, ele tinha 8 anos. “Desde então, não

me aconteceu nada de interessante”, costumava dizer. Outra obra essencial para seu insight literário foi “As Mil e Uma

Noites”. É provável que ele tenha emprestado das fábulas do Oriente sua paixão pela fantasia?

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#ENTRETENIMENTO

Ilhas paradisíacas, castelos, mosteiros, mitologia, deuses, genialidade, nascimento da República e da Democracia fazemparte das riquezas do país

Texto Sara Souza (supervisão Bruno Mestrinelli)

Fotos Reprodução Internete Divulgação

GRÉCIA: BELEZAS NATURAISE AS INCRÍVEIS CONSTRUÇÕES

#ENTRETENIMENTO

Mirem-se no exemplo das belezas de Atenas

Cidade com muito a se ver, Atenas é a cidade-berço da cultura Ocidental

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11F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

Palco dos primeiros Jogos Olímpicos e banhada pelos famosos mares Jônico, Mediterrâneo, Mirtoico e Egeu, o país está situado ao sul da Europa, e tem po-pulação de aproximadamente 11 milhões de habitan-tes, o equivalente a população da cidade de São Paulo.

Não são poucos os encantos do lugar onde nasceu a primeira grande civilização do Ocidente. Apesar da extensão de territo-rial de apenas 132 quilômetros quadrados, menor que o estado do Paraná, o país tem em seu litoral mais de 15 mil quilômetros de costa, o dobro do litoral brasileiro! E mais: nenhum local na Grécia está distante mais de 150 quilômetros do mar. Apesar da crise econômica, com uma região costeira tão extensa e tempe-raturas que podem atingir até 40 graus no verão, o país é um dos destinos mais procurados de julho a setembro.

Além dos incontáveis monumentos históricos, sítios arque-ológicos e templos, o país também presenteia os turistas com uma apetitosa culinária da península e suas ilhas, incríveis restaurantes e uma vida noturna agitada. A maior dificuldade encontrada na ilha é a barreira do idioma, entretanto, apesar do alfabeto diferente e pronuncia difícil, grande parte da po-pulação sabe a língua inglesa e os principais pontos turísticos possuem indicações na língua quase universal atualmente.

ATENASAo iniciar uma viagem pela Grécia, impossível não pensar

inicialmente na imponente Atenas. Cidade-berço da cul-tura Ocidental, é a capital do país e tem mais de três milê-nios de idade. Andar por Atenas é como viajar no tempo. Diversos templos destinados aos deuses, os arcos exube-rantes, os sacerdotes ortodoxos pelas ruas. Em contraste com essa imersão no passado, a cidade também se mostra uma metrópole europeia moderna, cosmopolita e eclética.

Em um dos principais bairros atenienses, Plaka, fica o agitado centro da cidade de Atenas. Considerado o melhor lugar da cidade para se hospedar, é possível encontrar óti-mos restaurantes, lojinhas típicas com produtos tradicionais do país e metrôs que ligam toda a cidade. Ainda próximo ao bairro fica a Acrópole, famoso ponto turísticos de Atenas.

A Acrópole foi construída no século V e consiste em uma alta colina rochosa com o topo plano onde estão construções famosas do mundo antigo. A maior parte das estruturas do local está em ruínas, entretanto importan-tes edificações como o Propileu, portal para a parte sagra-da da Acrópole; o Erecteu, templo dos deuses do campo, o Templo de Atena Nice, simbólico da harmonia do estado de Atenas e o o Partenon, templo principal de Atenas; ain-da estão conservadas. Destaque para o Partenon, o mais famoso edifício remanescente da Grécia Antiga, sendo considerado um símbolo da democracia e um dos maio-res monumentos culturais da história da humanidade.

Próxima à Acrópole está a Ágora Antiga. O local era impor-tante na configuração da Democracia e da política ateniense e considerada a praça para a manifestação da opinião públi-ca. Devido à sua localização em um dos pontos mais baixos da cidade, é possível ver três espaços importantes na compo-sição da política de lá: a acrópole, o areópago e a pnyx. Dentro da Ágora estão conservadas ruínas do templo de Hefesto e o Odenón de Agripa. Nela também está um museu arqueoló-gico que exibe objetos encontrados nas escavações do lugar.

Ao falar em museus arqueológicos, é impossível não citar o Museu Arqueológico Nacional de Atenas, considerado um dos mais importantes museus de antiguidades do mundo, que reúne significativas descobertas da antiguidade clássica grega desde os seus primórdios até o fim da era romanizada.

Outra ruína monumental da cidade é o Templo de Zeus Olímpico. Dedicado a Zeus, rei dos Deuses, teve a construção iniciada em VI a.c. e concluída no sé-culo II d.c.. Das 104 colunas originais, apenas 15 ain-da estão em pé, entretanto ainda é possível perceber a grandeza do templo, que é o maior de toda a Grécia.

Após conhecer os principais monumentos da cidade, para descansar e fazer compras, o melhor lugar é a Praça Mo-nastiraki. Rodeada por restaurantes, lojas e antiguidades, o lugar é atrai muitos turistas e é uma boa parada para o fim da tarde. Nos inúmeros restaurantes e cafeterias do local, é possível tomar os mais variados tipos de café, com destaque para o Frappé, que é servido gelado, batido puro, com leite, com o licor Baileys ou com sorvete de creme.

Cidade com muito a se ver, Atenas é a cidade-berço da cultura Ocidental

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#ENTRETENIMENTO

METEORADestino menos conhecido da Grécia, Meteora sur-

preende pela beleza natural e obras de arte impressio-nantes. O local é um conjunto de mosteiros da igreja Ortodoxa, localizada a 350 quilômetros a noroeste de Atenas, na cidade de Kalambaka, uma charmosa vila de 12 mil habitantes aos pés de montanhas rochosas.

Os mosteiros ficam situados no alto de montanhas de rochas maciças que foram esculpidas durante mi-lhões de anos e até 1920 eram acessíveis apenas por içamento de cordas ou redes. Hoje, o acesso aos mos-teiros se dá por trilhas e escadarias escavadas nas rochas. Inicialmente foram construídos mais de 20 mosteiros, entretanto restam apenas seis nos dias atuais. O maior pico em que se localiza um mosteiro fica a 549 metros e o menor a 305 metros. Em 1988, a UNESCO classificou o local como Património Mundial.

Para conhecer os mosteiros pode-se caminhar ou conseguir uma excursão. Aos que decidirem cami-nhar até os seis mosteiros, prepare-se para andar bas-tante. O percurso completo, feito a pé, leva em tor-no de dois dias. Para quem quiser conhecer apenas alguns deles, os de mais fácil acesso são Varlaam e Agios Stephanous, ligados por pontes à estrada. Ape-sar da proximidade dos mosteiros, ainda sim será ne-cessário subir alguns degraus para chegar ao topo.

Apesar das obras incríveis e antigas cons-truções dos mosteiros, a maior beleza é a vis-ta que se tem do alto das rochas. Podem-se obser-var cidades ao redor e as maravilhosas obras da natureza esculpidas nas rochas de arenito do local.

Aos que pretendem adentrar aos mosteiros, é im-portante saber que não é permitido a entrada de bermudas e as mulheres devem usar saias. Caso a mulher não esteja usando uma saia e não tenha uma para colocar, é oferecido pelo local um pano que serve como uma “canga” para as mulheres.

ILHAS GREGASAlém das inúmeras belezas que a Grécia apresenta em

seu território continuo, em alto mar é que o país revela sua mais incrível beleza natural: as ilhas. São mais de 6000 ilhas e ilhéus, das quais apenas 227 são habitadas. Praias com as mais variadas características, com águas azuis e cristalinas e areia vermelha, preta ou branca.

Com um número tão grande de ilhas e praias incrí-veis, fica difícil saber qual escolher. Entre as inúmeras ilhas, um grupo delas se destaca, a Cíclades: um conjun-to de mais de 200 ilhas no sul do mar Egeu. Dentro do conjunto, Mykonos e Santorini são as mais procuradas.

Meteora: beleza natural surpreendente

Santorini: ilha grega é destino certo no país europeu

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MYKONOSCom 86 quilômetros quadrados de extensão e altitude

máxima de 364 metros, Mykonos é conhecida não só pelas praias paradisíacas e água cristalina, mas também pela vida noturna agitada. É a ilha mais badalada, cheia e cosmopolita da Grécia, e sozinha recebe 750 mil turistas por ano.

Com típica arquitetura grega, repleta de casas brancas com detalhes em azul e ruas de paralelepípedos, vale a pena conhecer as ruelas da ilha em uma tarde e apreciar os moinhos de vento e as casas do século XVI que têm suas varandas literalmente dependuradas sobre o mar.

Para conhecer bem as praias da ilha, é indicado que se alugue um carro, uma alternativa barata e que permite conhecer praias inacessíveis com transporte público.

Das praias de Mykonos, o destaque fica para as praias Kalo Livadi, Ag. Ioannis e Super Paradise. A Kalo Livadi é uma das maiores praias da ilha e um destino para toda a família. Cadeiras de praia são facilmente encontradas para alugar e aos que querem relaxar, massagens Tai são oferecidas sob os guarda sois.

A praia Ag. Ioannis é ideial para ver o pôr do sol e aproveitar as aguas azuis e cristalinas. Enquanto sentado em uma das cadeiras da praia, é possível ver os pescadores pegarem os peixes no mar e levarem para serem preparados nos restaurantes. E lembrando porque Mykonos é tão conhecida por suas festas,

a praia Super Paradaise sai do roteiro família e é uma opção de festas em frente ao mar. A casa de festas Clube da Praia é a mais famosa da região e está localizada na Super Paradise.

SANTORININa região sul do Mar Egeu existem muitos vulcões e Santo-

rini é um desses. A ilha vulcânica é essencialmente o que so-brou após uma enorme erupção que destruiu tudo que havia na antiga ilha e que criou a caldeira geológica atual. Ainda hoje, algumas das ilhas de Santorini são vulcões ativos, como a ilha Néa Kaméni, onde fica a cratera do vulcão Santorini e é possível subir até seu topo em uma visita guiada. Próximo ao local, também em visita guiada, é possível chegar ao Hot Spring, uma fonte de água aquecida também graças ao vulcão.

A ilha tem como uma das principais atrações o pôr do sol em Oía, cidade do arquipélago, onde as ruas fi-cam cheias turistas a procura da melhor vista e do melhor ângulo para uma foto do espetáculo natural.

Santorini presenteia os visitantes com incríveis praias de areia preta, vermelha e branca. A praia de Pe-rívolos tem uma atmosfera tranquila, onde as águas azuis contrastam com a areia grossa preta. Pouco aci-ma da praia é fácil encontrar restaurantes, tavernas e pubs servindo peixes frescos e delícias da culinária lo-cal. Para quem gosta de esportes aquáticos, a praia tam-bém oferece locais para a prática de windsurfing e jet ski.

A Red Beach e a Withe Beach são acessíveis apenas de barco, mas devido à proximidade das duas, ao chegar à primeira é possível caminhar até a outra. A Red Bea-ch, ou praia vermelha, é uma das mais bonitas e famosas praias de Santorini, e possui uma mistura de areia com pedras vulcânicas pretas e vermelhas. As águas são quen-tes e a praia é pequena, o que na alta temporada faz com que falte espaço para tantos turistas. A White Beach, ou praia branca, é bastante similar à praia vermelha, dife-renciando-se principalmente pelas cores das pedras vul-cânicas, que são brancas. Por ser menos famosa, é um lo-cal mais tranquilo para aproveitar a paisagem e o mar.

Pôr do sol em Oía traz beleza exuberante

Mikonos tem beleza natural e badalação

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PUBL

ICID

ADE

GASTRONOMIAA cozinha grega é famosa pela sua fartura e variedade. Ingredientes frescos, uso

de especiarias, ervas e azeite de oliva são alguns dos segredos da culinária do país.A salada grega, ou horiatiki, composta por tomate, pepino, pimentão verde, cebo-

la roxa, azeitonas pretas e queijo feta, é uma pedida obrigatória como entrada nos restaurantes. Ela se diferencia pelo gosto adocicado dos tomates e cebolas gregos.

Quanto aos pratos principais é difícil escolher. A moussaka é uma de-liciosa lasanha de berinjela, que tem em seus ingredientes também ba-tata, carne de cordeiro moída com molho de tomate emolho branco. Ou-tro prato bastante conhecido do país é o pastitio, um macarrão de forno.

O famoso “churrasquinho grego”, ou gyros pita como é conhecido na Gré-cia, é uma opção barata e saborosa. Ele é servido com pão pita (o que cha-mamos de pão sírio), e pode acompanhar tomate, cebola e batatas-fritas.

Com tantos quilômetros de costa, os peixes frescos e frutos do mar também são uma especialidade grega. Uma boa pedida no país é o polvo, que pode ser prepara-do grelhado ou no azeite. Para acompanhar a refeição, aos que preferem bebidas alcoólicas, a dica é pedir a cerveja grega Mythos ou o vinho da casa, preparado pelo próprio estabelecimento, que normalmente possuem videiras em seus quintais.

Para sobremesa não poderia faltar o famoso iogurte grego, que pode ser encontrado em iogurterias especializadas, onde é possível esco-lher o sabor e várias opções de caldas. Uma sobremesa menos conheci-da, mas igualdade deliciosa, é o Loukoumades. Tendo a estética pareci-da com a de um bolinho de chuva, é servido com açúcar, canela e sorvete.

#ENTRETENIMENTO

Cerveja grega

Horiatiki (salada)

Moussaka (lasanhade berinjela)

Lula grelhada

Loukoumades (sobremesa grega)

Iogurte grego com calda

Gyros (sanduíche típico)

Page 15: Az! #27

29FAC E BOOK . COM /A Z B AU RU

#COLUNA

29FAC E BOOK . COM /A Z B AU RU

#COLUNA#COLUNA

Cirurgião Plástico da Plástica Plexus

Dr. Gustavo de AlmeidaPrado Bortolucci

Cirurgião Plástico daPlástica Plexus

Existe uma relação muito ín-tima entre o aumento do nú-mero de cirurgias plásticas realizadas no Brasil com a chegada dos meses mais frios

do inverno. Não é exagero dizer que as clínicas aumentem em pelo menos duas vezes as suas atividades para suprirem a demanda por procedimentos estéticos nesta época do ano.

Temos notado que vários fatores contri-buem para esta sazonalidade, principal-mente porque ao coincidir com as férias escolares o inverno cria as condições ide-ais para a realização das cirurgias plás-ticas. Estas necessitam de um tempo de recuperação variável a cada tipo de proce-dimento, exigem repouso e cuidados espe-ciais que são facilitados quando não há a

rotina atarefada do período escolar. Outro fator importante é que na

grande maioria dos procedimentos é imperativo o uso de malhas de com-pressão modeladoras, que quando utili-zadas em dias quentes podem apresen-tar algum desconforto aos pacientes.

Por fim, a preocupação com o bem--estar e a busca pela beleza por meio de uma imagem positiva do corpo e da alma são os elementos fundamentais que fazem com que as pessoas decidam por uma cirurgia plástica. Realizá-las durante o inverno é uma opção bastan-te interessante uma vez que aproveita o período tranquilo das férias, é mais confortável e ainda permite aos nossos pacientes que se recuperem plenamen-te até a chegada do verão.

CIRURGIA PLÁSTICA O INVERNO E A

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Texto Daiany Ferreira Fotos Cristiano Zanardie Acervo Pessoal

MALHAÇÃO: UM ESTILO DE VIDA

MAIS QUE

Flávio Uberto Lopes, vencedor da categoriaFisiculturista Classic do Arnold Classic Brasil 2015

#ENTRETENIMENTO

Flávio já campeão

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17F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

CAMPEONATOO Arnold Classic foi criado em 1989,

pelo ator e ex-fisiculturista Arnold Schwarzenegger e Jim Lorimer. No Bra-sil, a competição só chegou em 2013 para sediar a edição da América Latina e, des-de então, vem ganhando espaço. Além do campeonato de definição de múscu-los, o evento reúne feiras com treina-dores e praticantes de atividades físicas, investidores, aparelhos e produtos.

“É um evento muito grande e que faz valer a pena todo o treinamento que tive com educadores físicos. Fora de campeonato temos uma rotina di-ária de mais ou menos uma hora de treino e mais 30 minutos de atividades aeróbicas. Agora dentro de campeona-to, que é uma preparação que demora mais ou menos uns dois meses, a gente chega a fazer três horas de atividades por dia”, revelou o atleta dizendo que também já participou de outros tor-neios na região e no Estado de São Pau-lo considerados amadores.

Algumas pessoaspodem achar até exagero, mas o que poucos sabem é que o fisiculturismo também é considerado um esporte apaixonante por quem o pratica

com 90 quilos e 1,73m de altura, Flávio em época de campeonato chega a pesar 77 quilos para disputar dentro de sua categoria de Fisiculturista Classic.

“Faz quatro anos que participo de campeonato de fisiculturismo e gosto desse estilo de vida que escolhi. O es-porte me ensinou muito sobre o que é ter foco em meus objetivos tanto no meu lado profissional como no pesso-al”, explicou Flávio almejando o futuro. “Infelizmente, o fisiculturismo ainda não é um esporte popular e não traz re-tornos financeiros, então quem o prati-ca é porque gosta. Fora da academia, sou bancário e quero um dia chegar no mais alto cargo dentro da empresa, agora o meu lado esportivo também sonha conquistar o nível profissional da categoria, mas para isso preciso ter foco, determinação e muitos títulos in-ternacionais”, contou o administrador e fisiculturista, revelando suas duas grandes paixões.

Flávio Uberto Lopes,

fisiculturista campeão do

Arnold Classic Brasil 2015

O esporte me ensinou muito sobre o que é ter foco em meus objetivos tanto no meu lado profissional como no pessoal. [...] Fora da academia, sou bancário

e quero um dia chegar no mais alto cargo dentro da empresa, agora o meu

lado esportivo também sonha conquistar o nível profissional da categoria,mas para isso preciso ter

foco, determinação e muitostítulos internacionais

À primeira vista pare-ce um bad boy, mas quem conheceu o Flávio Uberto Lopes, aos 18 anos, viu um

jovem franzino se transformar em um competidor dedicado aos treinos de Fisiculturismo desde 2006, e que o le-varam ao título de campeão do Arnold Classic Brasil, realizado no Rio de Ja-neiro (RJ). Atualmente, aos 27 anos e

Márcio Magnani orienta Flávio durante treino

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#ENTRETENIMENTO

CUIDADOSEngana-se quem acredita que o

Fisiculturismo está associado ao uso de anabolizantes para chegar a forma física desejada. Para o trei-nador esportivo Márcio Magnani, são necessários dedicação e treino.

“É fato em que todo esporte pode existir o uso de anabolizantes, mas o atleta precisa ter a responsabilidade e o amadurecimento para se dedicar ao tempo de preparo. Ninguém fica forte da noite para o dia, ele precisa seguir um bom acompanhamento nutricional e treinamento. Até por-que, esse tipo de medicamento só deve ser utilizado caso um profis-sional da área médica perceba a ne-cessidade de corrigir alguma falha hormonal”, explica Márcio ao finali-zar que atleta bom é atleta saudável.

“É importante deixar claro para as pessoas que todo atleta de rendi-mento em qualquer esporte precisa ter cuidados, porque existem prepa-rações que acabam não sendo saudá-veis devido ao nível de treinamento, alimentação, ingestão de proteina-do...enfim, cada parte do corpo pre-cisa ser trabalhada com muito cui-dado e é por isso que valorizamos muito o número de profissionais ligados ao atleta que se preza ao bom resultado e saúde”, aconselhou.

TESOURA DE PESOCabelereiro há 13 anos, Rafa-

el Ruiz Martins Garcia, 27 anos, viu seu corpo mudar a partir dos exercícios de musculação e Jiu Jitsu que fazia na academia. Incentivado

por amigos, há mais de dois anos começou a praticar o fisiculturis-mo e, desde então, dedica-se a duas horas de treinos. Resultado? O ra-paz de 1,62m de altura, considerado magro com 62 quilos, deu espaço para a chegada de seus 97 quilos.

“Já tive a oportunidade de par-ticipar de um campeonato em de-zembro de 2014. Fiquei um pouco nervoso por estar no palco sendo avaliado por várias pessoas, mas foi uma sensação única sentir que todo o esforço, dedicação e treino foi de alguma forma recompensa-do”, lembra Rafael. “Em época de competição cheguei a treinar 90 dias intensos para chegar no cor-po ideal”, conta o fisiculturista feliz com a conquista do primeiro lugar e a satisfação de dever cumprido.

Rafael Ruiz durante competição

Rafael treina todos os dias para manter-se em alto nível

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SUPER VAIDOSASVocê provavelmente já deve ter ou-

vido que mulheres que levantam peso desenvolvem muitos músculos, e que seus corpos acabam ganhando con-tornos muito masculinizados.

Mas o que você talvez não saiba é que a forma muscular adquirida com o trabalho da musculação depende muito da quantidade de treino e dieta de cada pessoa.

Thaysa Gonçalves, 25 anos, e Ingrid Marcato, 22, sabe bem o que é treinar sem perder a feminilidade. Amigas e super vaidosas, deixaram por alguns instantes a série de exercícios puxados para uma repaginada no visual: ‘olhadi-nha’ no espelho? Confere!; gloss labial? Confere! e por último, mas não menos importante, o blush? Confere!

Estudante do segundo ano do curso de Nutrição, Thaysa Gonçalves, garan-te estar muito feliz quando o assunto é o estilo de vida que escolheu. Começou há três anos a praticar o Fisiculturismo, mas a atleta conta que sempre gostou de musculação, estética e academia. “Sem-pre fui ligada a questões de cuidar do corpo. Gosto muito de academia e já fa-

zia musculação quando meu preparador físico me convidou pela primeira vez para competir na categoria Bodyfitness”, contou Thaysa, lembrando da copa lito-ral Guarujá 2013, onde foi vice-campeã Bodyfitness.

Para Ingrid Marcato, fisiculturista há dois anos, algumas pessoas ainda consideram estranho o corpo de mu-lher definido, mas a atleta explica que o Fisiculturismo não é apenas mús-culos. “Tanto que em campeonatos as mulheres precisam mostrar em cima do palco sua feminilidade, definição perfeita do corpo, beleza, jeito de ca-minhar, simpatia, biquíni, unhas e delicadeza”, explica a atleta também formada em Nutrição.

“Nosso estilo de vida está completa-mente associado à boa alimentação. A rotina alimentar acaba variando con-forme o período de competição, mas no geral damos espaço para as ver-duras, frutas, carboidratos, proteína e gorduras saudáveis, como a castanha do Pará, por exemplo”, finalizou Ingrid associando o bom desempenho do fisi-culturista com a ajuda de especialistas e dietas equilibradas.

Thaysa e Ingrid: treinamento e beleza

Ingrid Marcato,

fisiculturista

A própria federaçãonão permite que a mulher seja masculinizada den-tro do esporte, por isso existem várias catego-rias/modalidades que

regulamentam o padrão autorizado. Tanto que em campeonatos as mulheres precisam

mostrar em cima do palco sua feminilidade,

definição perfeita do corpo, beleza, jeitode caminhar, simpatia,

biquíni, unhase delicadeza

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#ENTRETENIMENTO

Texto e fotos Bruno Mestrinelli

Ídolo do basquete de Bauru deixa time, mas todos

sonham com volta

LARRY! ATÉ LOGO,

Atleta em ação pelo NBB: ao fundo, faixa em homenagem a ele feita pela torcida

Larry James Taylor Junior, 34 anos. Esse é um dos maiores, senão o maior ídolo do Bauru Basquete. Ele fez história em Bauru, onde jo-gou por sete temporadas, ficando no coração dos torcedores. Ele foi capa da Az! de maio.

Porém, ele alçou novos voos. Foi embora, vai jogar no Mogi das Cruzes, por uma temporada. A notícia pegou todos os bauruenses de surpresa, já que Larry tinha mais um ano de vínculo com o Paschoalotto/Bauru Basquete.

O técnico Guerrinha lamentou a saída, assim como toda a diretoria, e, claro, os torcedores.

Entre NBB’s, Campeonato Paulista e torneios internacio-nais, Larry entrou em quadra mais de 350 vezes vestindo a camisa bauruense. No principal campeonato do Brasil,

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Larry disputou 249 jogos, conquistou os prêmios de melhor armador no NBB 1 e NBB 3, além de atingir a marca do 3.500 pontos na história do campeonato.

“Construí minha história em Bauru e sou muito grato a essa cidade e ao time que sempre me apoiaram. Fiz o meu máximo para dar alegrias a essa cidade e sinto que chegou a hora de novos desafios, meu coração me diz isso. Eu amo Bauru e sempre vou levar essa cidade e esse clube no meu coração. Bauru sempre vai ser minha casa. Se hoje sou brasileiro, minha cidade natal é Bauru.”, finalizou Larry Taylor.

O atleta deixou claro que tem vontade de voltar e encerrar sua carreira na cidade. A torcida é para que isso aconteça.

Larry conquistou quatro títulos importantes pelo Bauru: dois Campeo-natos Paulistas, uma Liga Sul-Americana, uma Liga das Américas. Além disso, também conquistou o vice-campeonato do NBB (Novo Basquete Brasil) este ano e o terceiro lugar no mesmo campeonato em 2013.

Larry durante entrevista para a Az!: uma saída surpreendente

PUBL

ICID

ADE

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Produtora demoda e consultorade imagem e estilo

Carla Costa

Acoluna de moda da Az! de julho resolveu trocar os ares femininos pelo FASHION POWER dos homens mais es-tilosos da cidade!

A equipe de produção de moda investiu no estilo próprio e exótico de dois rapazes bauruenses para falar de moda masculina. Afinal de contas, os boys também merecem dicas fashionistas para ampliar o magnetismo e chamar a atenção!

AGORA É QUE SÃO ELES!HOMENS ESTILOSOS: PORQUEFASHION STYLE NÃO É SÓCOISA DE MULHERZINHA!

MIX DE ESTAMPAS

MONOCROMÁTICAS E CUTE PRINT Yes, baby!!! Homens da moda gostam e misturam estampas sim senhor! Para não errar na com-posição, a dica é apostar em estampas em preto e branco. As estampas podem aparecer em peças descoladas como calças jogger e em bermudas de modelagem básica. As texturas ficam por conta das jaquetas e quimonos.

Look: J ARGO / Acervo de produção

FASHIONISTAS DA VEZ: Juninho Batista é estilista e criador de sua própria marca de roupas masculinas. Esti-loso e criativo, acompanha tendências de moda e novidades do setor para criar suas coleções e compor os looks diários. Com-põe sua imagem ostentando barba e bigode que estão em evidencia nas tendências de beleza masculina.Davi Alexander, o barbeiro tatuado, mantém seu estilo moderno apostando em escolhas que revelem sua essência interior. Não é vidrado em tendências, mas gosta de apos-tar em novidades que traduzam seu jeito de ser. Barbeiro por profissão, auxilia a compor o visual dos seus clientes. Adora tattoos e investe em roupas que as destaquem.

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#ESTILO#ESTILO

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MILITAR REFERENCE E

CALÇA INVOCADA! Que o militar está em alta, todos nós já sabemos! Mas a graça está na sutileza dos detalhes que remetem aos uniformes militares. Invista em cores neutras como o marinho, caqui e verde militar em peças que tenham detalhes em couro, martingales e bolsos utilitá- rios, para guardar toda a sua “artilharia” neste inverno!O mix entre camisas e coturnos é a es-tratégia mais eficaz para “bombardear” o coração da mulherada e destacar todo o estilo e poder que um homem pode ter.Calças texturizadas, enceradas, aceti-nadas e o jeans destruído auxiliam na composição do look e proporcionam um estilo muito moderno.

Look: J ARGO / Acervo de produção

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NAVY DIFERENCIADO PARA ELES! No inverno charmoso que temos, ver os homens apostando no estilo “navy engomadinho” com lãs leves e listradas, cardigãs e tênis iate é belo, mas total-mente previsível.Essa vai para os MODERNETES de plantão: Navy pode ser fashion, navy poder ser “largadinho” e pode combinar com itens de outro estilo!Para fugir do ar de “bom moço”, aposte em lãs levinhas mescladas e listradas. Cores escuras como o cinza e preto enriquecem o look e proporcionam inovação.Para os adoradores de chapéus, eis a combinação perfeita: lã de manga longa e chapéu na cabeça. Mas é preciso ter muito estilo e auto confiança para sus- tentar esse visual.As calças neutras e mais justas fazem sucesso, pois ajudam a suportar blusas bem larguinhas.

Look: J ARGO / Acervo de produção

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#ESTILO

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COLETES E BLAZERS, MAS

NADA CONVENCIONAIS! Tem para quem é punk, tem para quem é dark, tem para quem é casual, street, arrumadinho, descolado e inusitado!Coletes e blazers são as melhores sobre-posições que os homens podem esco- lher para vestir nos dias em que o clima está mediano.VALE TUDO! Blazer de abotoamento du-plo, blazer de moletom com camisas es-truturadas, coletes com spikes e bolsos, coletes em couro, jeans e camiseta de banda... só não pode faltar OUSADIA!Coordene-os com camisetas, jeans ou calças de tecido. Falando em calças... o “must have” da moda masculina nes-sa estação é a calça curtinha ou com as bainhas viradas para evidenciar os sapa-tos. As calças em padronagem xadrez ou confeccionadas em denim destonado também roubam a cena!

Look: J ARGO / Acervo de produção

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BASICS: O CINZA MESCLA NÃO

PRECISA SER CHATINHO! Se colocarmos em pauta o look básico, quem desponta é a malha cinza mescla!Difamada como “tecido de camiseta de dormir”, a malha mescla aparece em versões mais atraentes satirizando o look “pijamas” com botões na gola e ainda bolsinho discre-to na região do peito. As de textura “fininha e podrinha” destacam os músculos e garantem um estilo levemente sexy para os rapazes da modernidade.Com um ar super light e confortável, peças em cinza mescla podem ser usadas para ocasiões mais casuais, descontraídas e que dispensam sofisticação.Mescla vai com tudo! Mas o charme fica im-batível se for coordenada com calças brancas e mais sequinhas!

Look: J ARGO / Acervo de produção

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#ESTILO

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PUBL

ICID

ADE

Fotografia: Luis Paulo Ribeiro

Produção e Styling: Carla Costa

Beleza: João DiCarvalho

Modelos: Davi Alexander / Juninho Batista

Looks: J ARGO / Acervo de produção

MODERNO COMO

ANTIGAMENTE! Com direito a barba, bigode e BOW TIE!As gravatas borboleta são o toque mais elegante que se pode dar ao compor um visual requintado.Mas quem foi que disse que o elegante não pode ser criativo e divertido?As gravatas podem ser confecciona-das em tecidos de estampas figurati-vas, com brilho acetinado e em teci-dos ultra nobres.Colete tradicional faz uma bela par-ceria ao harmonizar com acessórios modernos como pulseiras em couro e relógio.Descontração e estilo garantido ficam por conta do uso de meias divertidas e estampadas aparentes para “fechar o look”. Claro que se você não for adepto daquele estilo mega fashion e criati-vo... não as use! Essa brincadeira é só para quem pode e tem personalidade para “segurar” essa composição visual!Agora abra o guarda-roupas e tes-te todo o seu potencial! HOMEM! Chegou a hora de deixar a moda fluir e usá-la como aliada para destacar a sua personalidade! APOSTE!

Look: J ARGO / Acervo de produção

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#VARIEDADES

Texto Bruno MestrinelliImagens Banco de Imagens#NÚMEROS

BAURU EM

SUGESTÕESSe tiver sugestões paraBauru em números,

entre em contato coma gente pelo e-mail:

[email protected], ou por meio de nossa página no facebook:fb.com/AZBauru.

-446

O ano para as con-tratações de empre-gados em diversos setores para o em-prego formal não está muito bom. Fo-ram menos 446 va-gas nas empresas de Bauru, segundo da-dos do Ministério do Trabalho, nos quatro primeiros meses de 2015. Esses números são absolutos, com-preendendo todos os setores da economia.

VAGAS

-837

É o saldo apenas do setor de comércio e de serviços, o prin-cipal ramo de ativi-

dade em Bauru.

VAGAS

310

É o saldo positivo dos setores de indústria de transformação, serviço industrial de utilidade pública, e da construção civil, responsáveis por não haver ainda mais de-

missões na cidade.

VAGAS 1.354

De emprego for-mal foram geradas na nossa cidade nos quatro primeiros me-ses do ano passado, segundo o Ministério

do Trabalho.

NOVAS VAGAS

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Texto Fernanda Villas BôasFotos Cristiano Zanardi e Arquivo Pessoal

#PERSONAZ

DO CORONEL O SEGUNDO TEMPO

Depois de comandar por 26 meses a Polícia Militar do Estado de São Paulo, o coronel reformado Benedito Roberto Meira, que fez carreira em Bauru, diz que tem fôlego para concorrer à Prefeitura nas eleições de 2016 e voltar ao batente no Palácio das Cerejeiras

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Ainda há muita lenha para queimar na vida do coronel reformado e ex-comandante-geral da Polícia Militar, Bene-

dito Roberto Meira. Desde que se apo-sentou da PM, em janeiro deste ano, ele vem enumerando seus próximos projetos: fazer o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), arriscar-se como corretor de imóveis, avaliar um convite para trabalhar com segurança patrimonial, engajar-se em programas de voluntariado ao lado da mulher e, sobretudo, assumir o diretório estadual do Partido Militar Brasileiro, um partido em gestação idealizado por um colega dele, o deputado federal Capitão Augus-to, de Ourinhos, eleito com 47 mil votos nas últimas eleições. Mas há um projeto especial que se destaca nessa pilha: ten-tar se eleger prefeito de Bauru em 2016.

“Muitas pessoas vieram comentar co-migo que eu poderia concorrer à Prefei-tura. É comum eu ouvir isso de muitos amigos meus”, conta Meira. O Palácio das Cerejeiras seria mais uma ambição para o coronel, que chegou ao topo da carreira: entre novembro de 2012 e janeiro de 2015, ele esteve à frente da corporação como comandante-geral da Polícia Militar, res-ponsável pelo policiamento urbano, rodo-viário, ambiental e o Corpo de Bombeiros da Capital, Grande São Paulo e Interior do Estado. Foram 26 meses no comando de uma instituição polêmica, ainda conside-rada ofensiva além da conta, sobretudo por representantes da esquerda brasileira.

Meira contesta: diz que as críticas à PM são feitas por quem desconhece a corporação. E acredita que o rótulo de truculenta, para ele injusto, é resul-tado de uma confusão comum: muita gente ainda acredita que os policiais militares de 2015 têm parentesco ide-ológico com os militares que sustenta-ram a ditadura no Brasil há 40 anos. “Isso não existe”, garante.

Nessa entrevista, o coronel reforma-do fala sobre ação policial, Justiça, sis-tema prisional, drogas, desarmamento e violência urbana. Articulado, defen-de suas posições com convicção quase marcial, enquanto revela suas ideias originais: uma delas é a reestruturação das Polícias Militar e Civil para garan-tir mais efetividade à prevenção e à elucidação de crimes.

Para o cidadão, a Polícia Militar é a única representação do Esta-do que está presente na vida dele 24 horas por dia em 645 municípios e 20 distritos no Estado

de São Paulo

Aos 18 anos, na

Academia Barro Branco

Meira ao lado de Geraldo Alckmin

Já comandante daPM, em 2014

PERFIL

Nome – Benedito Roberto Meira

Idade – 53 anos (faz 54 em abril de 2016)

Natural de – São Paulo, mas cresceu em Águas de Santa Bárbara. É o

filho do meio de um farmacêutico e de uma dona de casa (já falecidos).

Ingressou na Polícia Militar por influência de um tio, que era oficial.

Formação – Fez o curso de formação de oficiais na Academia de Polícia

Militar do Barro Branco, em São Paulo, de 1981 a 1983. É bacharel em

direito pela Instituição Toledo de Ensino, de Bauru. Nos anos 2000, fez

mestrado e doutorado em ciências policiais de segurança e ordem pú-

blica no Centro de Altos Estudos em Segurança da Polícia Militar.

Atividade profissional – Foi comandante-geral da Polícia Militar do

Estado de São Paulo entre novembro de 2012 e janeiro de 2015, res-

ponsável por chefiar o policiamento urbano, rodoviário, ambiental e o

Corpo de Bombeiros da Capital, Grande São Paulo e Interior do Estado.

Antes, foi secretário-chefe da Casa Militar. Em Bauru, onde reside atual-

mente, comandou o 4º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4º BPMI).

Também assumiu postos de comando em São Paulo e Araçatuba.

Família – É casado com a ex-policial militar Margarete e pai do estu-

dante de medicina Breno, 25 anos, e da estudante de engenharia quí-

mica Alana, 21.

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#PERSONAZ#PERSONAZ

Flávio já campeão

Não existe categoria profis-sional no Estado

que trabalha mais do que o policial militar. A carga

horária é extrema-mente desgastante. Em um período de um mês, o nosso

policial trabalha 15 serviços de 12 ho-ras, que totalizam

180 horas

Revista Az! – O senhor deixou o comando geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo em janeiro deste ano. Qual foi a melhor e a pior parte desse trabalho?

Coronel Meira – A pior parte foram as mortes dos policiais. É o momento mais difícil para um comandante par-ticipar do funeral de um policial que morreu em serviço. A situação em ser-viço dá direito a um funeral. O funeral é uma honra que prestamos àquele he-rói. E é um momento muito doloroso, porque faz parte do ritual você dobrar a bandeira nacional que está colocada em cima do caixão e entregar para a mulher do policial, para o filho do po-licial ou para a mãe do policial. Não tem momento mais doloroso. Você está entregando uma bandeira e a mãe está perdendo o filho, a mulher está perdendo o esposo e o filho ficando ór-fão. A gente não sabe o que falar para a família. Eu pedia desculpas. De alegria, posso falar que foi minha realização profissional. Eu estava numa situa-ção, em tese, confortável, trabalhando dentro do Palácio do Governo, com status de secretário de Estado, tinha uma tranquilidade (antes de assumir o comando geral da PM, ele respondia

como secretário-chefe da Casa Mili-tar). E, de repente, fui convidado para assumir o cargo de comandante-geral da PM. Eu não tive dúvidas, aceitei. Eu pensava: - será que um dia serei coronel? Cheguei a coronel. Depois, pensava: - um dia terei condições de ser comandante? E aconteceu. Posso levantar a mão para o céu e agradecer a Deus por ter me dado duas oportu-nidades: ser secretário-chefe da Casa Militar e comandante geral da PM.

Az! – De quantos funerais o senhor

participou nesses 26 meses como coman-dante da PM?

Meira – Participei de 15 funerais. Em serviço, morrem por ano de 8 a 10 policias no Estado. De folga, o restante, mais ou menos 70 ou 80. Daí, você tem policiais que falecem em acidentes de trânsitos, em homicídios e latrocínios, excetuando as causas naturais. Cerca de 10% dos que morrem estão em serviço.

Az! – É alto o índice de letalidade da

PM. Por outro lado, a PM também con-tra-ataca. O senhor considera essa rela-ção equilibrada? Os partidos de esquerda acreditam que não há equilíbrio e que a PM é mais ofensiva.

Meira – A esquerda precisa conhecer o trabalho da PM primeiro. Não adianta atacar sem conhecer. Não existe um Es-tado sem polícia. O que seria do Estado de São Paulo e dos outros Estados do país sem polícia? Não existe essa possibilidade. O que, na verdade, atribuem a nós, poli-ciais militares, é um ranço do militarismo, de militares truculentos que participaram da ditadura, durante um momento de di-vergências políticas no Brasil. Isso não existe para nós! Temos uma estética mili-tar de organização, disciplina, hierarquia e ordem. Isso é necessário. Se não fosse a PM executar o policiamento preventivo e atender o cidadão no 190, o que seria da população? Quem faz o enfrentamento do crime organizado? A PM. Quem so-corre as pessoas? A PM. Antes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Ur-gência), quem fazia o trabalho social era a PM. Até hoje, a PM faz parto, atende o cidadão na periferia. Para o cidadão, a PM é a única representação do Estado que está presente na vida dele 24 horas por dia em 645 municípios e 20 distritos no Estado de São Paulo. Precisamos apri-morar a qualidade da prestação de servi-ços? Lógico! Queremos uma polícia mais próxima do cidadão, comunitária. Isso tudo depende muito da postura do cida-

Meira no Batalhão da PM de Bauru

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O que aconte-ce hoje com nosso preso? Ele sai pior. A reincidência é na

casa dos 80%. A gente precisaria mudar a lei de execuções penais. Não tem que ter visita íntima. Visita íntima é uma coisa criada aqui no nosso país.

Em nenhum país do mundo existe visita

íntima

dão também. Hoje, o cidadão reclama mais direitos do que cumpre seus deve-res. Temos uma crise dentro do nosso país quanto a compreender o sentido das leis. Muitas pessoas ainda querem levar vantagem em tudo. Essa cultura precisa acabar. As pessoas são críticas em relação à ação da PM e se esquecem de que elas mesmas precisam mudar de comportamento.

Az! – O senhor era o comandante-ge-

ral durante as manifestações popula-res de 2013, quando a PM paulista foi acusada de truculência em relação aos manifestantes, sobretudo na Capital. Como o senhor recebeu essa acusação?

Meira – Em alguns momentos, po-demos admitir que houve excesso por parte de alguns policiais. Mas a trucu-lência, a violência quem iniciou não foi a Polícia Militar. Em 2013, tivemos mais de mil manifestações só na Capital. E podemos contar nos dedos em quantas houve confrontos com os manifestan-tes. Houve confrontos quando havia adeptos das táticas dos black blocks, que levavam pedras, bolas de gude, coquetel Molotov e rojões para atacar a PM e depredar agências bancárias. Claro que, nessa situação, a Polícia Militar precisou intervir. Tive vários policiais feridos. Um deles tem seque-las: ele quebrou a mandíbula e até hoje não consegue falar.

Az! – Um livro americano chamado

“Freaknomics - O lado oculto e inespe-rado de tudo o que nos afeta” sustenta a tese de que o índice de criminalida-de pode cair se um projeto de planeja-mento familiar, com acesso das mulhe-res ao aborto, for bem executado. Com isso, poderia ser evitado o nascimento de crianças indesejadas em famílias de-sestruturadas. Se o aborto fosse descri-minalizado no Brasil, haveria menos futuros cidadãos propensos ao crime?

Meira – Eu não concordo com isso. Eu entendo que há outras medidas para se fazer planejamento familiar: por meio de instrução, orientação, métodos con-traceptivos. Uma menina hoje de 20, 22 anos, que mora na periferia, é pobre, paupérrima e tem quatro filhos deveria

ser submetida a uma laqueadura imediata. O Estado poderia intervir nisso. Mas não por meio do aborto. Eliminar o feto para eliminar uma pessoa? Analiso o aborto sob o ponto de vista espiritual. A partir do mo-mento em que foi concebida uma vida, esse ser tem direito de nascer. Tenho esse prin-cípio comigo e não mudo.

Az! – O senhor acredita que ser policial

é uma vocação? O senhor compara essa profissão com a de professor ou enfermei-ro, sobretudo da rede pública, que são pro-fissionais também submetidos a estresse e mais sujeitos a adversidades?

Meira – Para ser policial, é preciso ter vocação? Eu acredito que sim. Por outro lado, os concursos são públicos: não tem como escolher quem tem vocação ou não. O concurso avalia o candidato pelo mérito

intelectual, pela nota que o cidadão terá. Filhos de amigos meus não conseguiram entrar na PM, mas conversando com a pessoa você descobre que ela tem voca-ção para ser policial, só que não conse-guiu, porque o mecanismo de ingresso na PM é o concurso público. Hoje, na verda-de, o que atrai o jovem para a PM não é muito a vocação, mas sim a estabilidade. É um emprego que lhe dá oportunidade de crescer. O jovem entra como soldado e tem condições de chegar a coronel, por-que a PM oferece condições para ele ter acesso a todos esses cargos. Eu entendo que a vocação deveria ser o ideal: a gente percebe que um jovem com vocação será um excelente profissional. Agora, a gente percebe também, dentro da corporação, que muitos profissionais trabalham aqui meramente por causa de um emprego, porque não têm vocação. E não saem da-qui com medo de não haver outra opor-tunidade de trabalho num mercado tão competitivo.

Az! – Quanto ganha um soldado da

PM em início de carreira? Meira – Em média, R$ 2,8 mil.

Com a família

Com 1 ano de idade

Em evento da PM

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#PERSONAZ#PERSONAZ

Algumas pessoas dizem que o crime está relacionado à condição social. Mentira: o crime

está associado àimpunidade

Az! – Não é um salário baixo para

uma atividade tão desafiadora como cuidar da segurança pública?

Meira – Extremamente baixo. O salário inicial é baixo em razão do risco, da peri-culosidade, da complexidade de ser poli-cial militar. Entendemos que um policial deveria ganhar muito mais. O salário em São Paulo deveria ser igual ao do Estado de Santa Catarina, onde um policial tem o melhor salário, em torno R$ 6,5 a R$ 7 mil. Tem gente que diz que o soldado ga-nha muito, ganha mais do que o profes-sor. Mas não podemos comparar profis-sões. Não posso comparar um professor com um médico, um professor com um policial. Temos que valorizar cada profis-são. Entendo também que um professor deveria ganhar muito bem. Eu estudei numa época em que professor fazia parte de uma das categorias mais privilegiadas, professor comprava carro zero. Por outro lado, havia bons profissionais trabalhan-do. Outra coisa: não existe categoria pro-fissional no Estado que trabalha mais do que o policial militar. A carga horária é extremamente desgastante. Resumindo: em um período de um mês, o nosso poli-cial trabalha 15 serviços de 12 horas, que

totalizam 180 horas. Se dividir isso por quatro, teremos uma média de 45 horas semanais, bem superior a qualquer ou-tra categoria que, em média, trabalha 40 horas. Esse policial militar vai depor em Fórum, comparece em delegacias de polí-cia, que às vezes estende por até 14 horas um flagrante. Muitas vezes, esse poli-cial é convocado para fazer atualização profissional no quartel, além das escalas extraordinárias a que está sujeito, como Carnaval, Operação Verão, Operação Natal, reintegração de posse. Por semana, a média de trabalho é de 50 horas. Qual categoria profissional trabalha 50 horas? Não tem. É extremamente desgastante. Na nossa gestão, criamos uma diária ex-traordinária: é como se fosse uma hora extra. Abro uma possibilidade para esse profissional ser empregado no horário de folga dele. Não existia isso e agora existe. Por dia, sendo empregados no Estado, temos 4.000 policiais militares. Eles rece-bem por meio dessa diária. Você afasta o policial da atividade clandestina, do “bico”, e aumenta o potencial de prevenção.

Az! – À medida que o senhor foi as-

cendendo na PM, já temeu pela segu-rança da sua família?

Meira – Nunca temi. Se eu tive algum receio, foi na época em que fui tenente e capitão aqui em Bauru. Por quê? Porque a gente tinha uma atividade operacional bastante atuante e prendia muita gente, traficante e bandido da cidade. Obvia-mente, sentia preocupação por causa dos meus filhos. No comando geral da corporação, a gente não deixa de ser um alvo. Eu tive preocupação com eles, mas eles mesmos sempre ficaram tranquilos. Meu filho mora em Campo Grande, mi-nha filha em São Carlos. Ninguém sabia quem era o pai deles. A gente sempre

fazia de tudo para que isso fosse manti-do em segredo.

Az! – O senhor pretende se filiar a um

partido político? Pretende se candidatar a um cargo público? Quais são seus pro-jetos agora que está na reserva?

Meira – Minhas pretensões são as seguintes: sou bacharel em direito e pretendo voltar aos estudos para bus-car o exame da OAB. Pretendo advogar, ainda não sei em que área. Fiz um curso de corretor de imóveis, só falta receber o credenciamento. Fui convidado para trabalhar na área de segurança patri-monial. Recebi proposta para trabalhar numa grande empresa em São Paulo. Enfim, eu não gostaria de sair de Bau-ru. Eu gosto daqui, pretendo ficar aqui e quero terminar minha vida em Bauru. Não decidi o que pretendo fazer, mas em alguma atividade vou trabalhar. Não vou pendurar a chuteira, não vou vestir o pijama, como nós dizemos no quartel. Quero aproveitar minha apo-sentadoria, mas também quero traba-lhar. Também quero me engajar numa atividade social junto com a minha es-posa. Sobre partido político: nós temos um partido político, que foi formatado pelo capitão Augusto, deputado fede-ral (PR-SP, de Ourinhos). É um grande amigo nosso, que atua em Brasília. Ele começou a idealizar a criação do Partido Militar Brasileiro. Para se criar um par-tido, é necessário preencher requisitos, como a criação de diretórios municipais e estaduais. Todos os requisitos já foram praticamente constituídos. Qual é a di-ficuldade? O último requisito é a coleta de assinaturas das pessoas que apóiam a criação do partido. Quando você faz a coleta de assinaturas, a assinatura do título de eleitor do apoiador precisa cor-responder à assinatura da folha. Os car-tórios fazem a conferência de cada as-sinatura. Depois de tudo homologado, é feita uma somatória. Você precisa ter 470 mil assinaturas em todo o país. Te-mos 350 mil assinaturas homologadas.

Az! – O senhor pensa em se candidatar

a deputado pelo Partido Militar Brasileiro?Meira – Calma. A homologação

do partido só acontece depois de se

Meira com bandeiras ao fundo

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35F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

conseguir todas as assinaturas. Para as eleições municipais de 2016, talvez não haja tempo hábil para o partido concorrer. Provavelmente, o partido vai estar apto para concorrer só em 2018, nas eleições majoritárias para presidente, governador, senador, de-putados. Eu não pretendo sair candi-dato a deputado, isso não passou pela minha cabeça. Vou ser bem honesto com você: se eu pudesse escolher um cargo para exercer, seria um cargo no Executivo, e não no Legislativo.

Az! – Gostaria de ser prefeito de Bauru?Meira – Olha, quem sabe? Já pensei

nisso. Por que não? Depois que eu me aposentei, comecei a pensar nisso. Mui-tas pessoas vieram comentar comigo que eu poderia concorrer à Prefeitura Muni-cipal. É comum eu ouvir isso de muitos amigos meus. Mas eu ainda não tomei uma decisão, mesmo porque ainda não estou filiado a nenhum partido político. O Partido Militar Brasileiro ainda não es-tará apto para concorrer nas eleições mu-nicipais. Se, porventura, eu tomar uma decisão nesse sentido, vou ter que fazer uma opção por outro partido político.

Az! – Qual partido seria?Meira - Eu ainda não decidi o parti-

do, embora já tenha sido consultado por dois partidos, mas não gostaria de reve-lar isso por enquanto. Embora o Partido Militar Brasileiro ainda não tenha sido homologado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), vários diretórios municipais e estaduais já foram criados, por exigência legal. Inclusive o do Estado de São Paulo já foi criado. Fui convidado pelo deputa-do Capitão Augusto, idealizador do novo partido, para assumir a presidência do diretório estadual, o que vai acontecer dentro de 30 a 45 dias. Isso não impede a filiação a outro partido político para con-correr às eleições municipais de 2016.

Az! – Qual político inspira o senhor?Meira – O deputado Pedro Tobias (PS-

DB-SP), em razão de sua autenticidade. Az! – O senhor ficou rico como co-

mandante-geral da PM?Meira – Não, pelo amor de Deus! O

salário do comandante-geral não muda. Nós ganhamos uma gratificação a mais, mas essa gratificação você perde por causa do teto. Você não ganha nada, só responsabilidade e preocupação (risos).

Az! – O PCC ainda preocupa no Estado

de São Paulo?Meira – Ainda preocupa, sim. Mas,

graças às Polícias Militar e Civil, não existe nenhum território do Estado de São Paulo em que haja domínio do cri-me organizado, como acontece no Rio de Janeiro. Mas o crime organizado está atuante em São Paulo – e forte. E como se articula o crime no Estado? Dentro dos presídios. E por que se ar-ticula nos presídios? Porque, infeliz-mente, temos uma grande quantidade de celulares dentro dos presídios. Não temos fiscalização nem rigor necessá-rio. Hoje, o preso tem droga, dinhei-ro – porque entra dinheiro no presí-dio, e não deveria - celular, mulher. A visita deveria ser a esposa do pre-so, ascendentes e descendentes. Mas hoje, basta o preso declarar que tem um relacionamento com uma pessoa para essa pessoa ter acesso ao presí-dio, o que é um absurdo. Sou radical-mente contra a visita íntima. O que é cumprir uma pena? Você espera que a pessoa, ao cumprir a reprimenda que o Estado aplicou em razão do crime que ela cometeu, mude seu compor-tamento, mude suas atitudes, tenha uma nova vida. O que acontece hoje com nosso preso? Ele sai pior. A rein-cidência é na casa dos 80%. A gente precisaria mudar a lei de execuções penais. Não tem que ter visita íntima. Visita íntima é uma coisa criada aqui no nosso país. Em nenhum país do mundo existe visita íntima. A pessoa está cumprindo pena! E outra: ela tem que pagar pela sua estadia. E, para isso, precisa trabalhar. Mas, para isso, o Estado precisa criar condições para as empresas criarem anexos junto aos presídios para que os presos possam trabalhar. Não vejo recuperação para os presos no Brasil. Algumas pessoas dizem que o crime está relacionado à condição social. Mentira: o crime está associado à impunidade.

Desde que eu me aposentei comecei a pensar nisso (ser prefeito de Bauru). Mas eu ainda não tomei uma decisão

Az! - O senhor é a favor da redução da maioridade penal?

Meira – Sou a favor da redução. Hoje, o menor de 16 e 17 anos é tão violento como o maior de 18.

Az! – Mas esse menor de idade

não é pobre e negro em sua gran-de maioria? Ou seja, a redução da maioridade não acabaria afetan-do uma população de menor ren-da, de menor acesso à educação e ao trabalho?

Meira – Desculpe, mas isso é o que a esquerda fala. Ou uma mino-ria fala. Acima de 80% da popula-ção aprova a redução da maioridade penal. É a população que é vítima desses menores, que são contuma-zes criminosos. Um garoto de 16 ou 17 anos não estuda, está envolvido com drogas e tem vários registros de atos infracionais tem uma evo-lução: furto, roubo, latrocínio, da-qui a pouco ele é dono de uma boca de tráfico, se você não corrigir. Esse menor tem o discernimento do que é certo e do que é errado. Mas a re-dução da maioridade penal não vai resolver o problema da segurança. O que nós precisamos é o ciclo com-pleto de polícia. Se um policial mili-tar prende uma pessoa em Arealva, no sábado à noite, ele tem que tra-zer para a delegacia de polícia em Bauru. Por que o policial militar não pode fazer uma autuação, um regis-tro, levar para o cárcere e apresen-tar para o juiz? Daí, o juiz é que vai decidir se a pessoa permanecerá presa ou será solta.

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#PERSONAZ

PUBL

ICID

ADE

Meira condecora PM

AS OPINIÕES DO CORONEL SOBRE...

Ciclo da polícia – Nós não podemos continuar tendo duas polícias, uma que pre-

vine – Polícia Militar – e uma que investiga – Polícia Civil. Temos que ter uma

polícia que faça o ciclo completo de polícia. Esse é o modelo ideal em qualquer

país de primeiro mundo. Ter duas polícias é como se você fosse fazer uma cirur-

gia, combinasse com o médico, ele faria até a metade, depois chamaria um colega

para terminar. Não dá certo. Você precisa de um médico que faça o trabalho com-

pleto. Também precisa de uma polícia que faça o trabalho completo: prevenção e,

se falhou na prevenção, vai para investigação, apuração e identificação de autoria

do criminoso. Quando você interrompe esse ciclo, você não consegue ter o su-

cesso desejado. O ideal seria se as duas polícias fizessem os dois ciclos.

Desarmamento – Sou contra voltar a liberar arma para o cidadão comum. Estarí-

amos regredindo. Eu entendo que a lei do desarmamento é oportuna, interessan-

te e pertinente para o nosso país. Sei que posso receber muitas críticas de alguns

colegas, que defendem que o cidadão tenha a possibilidade de ter sua arma. Nos

Estados Unidos, você dá de presente para o seu filho uma arma. E temos tragédias

uma atrás da outra. Recentemente, o jovem branco matou vários cidadãos ne-

gros na igreja (o caso ocorreu na Carolina do Sul em junho de 2015. Nove pesso-

as morreram). O poder econômico dos fabricantes de armas lá é superior a tudo.

O governo americano precisaria derrubar esse poderio dos fabricantes. Aqui, te-

mos que continuar desarmando a população. E endurecer a legislação no tocante

às pessoas que insistem em andar armadas, com penas mais severas. Quem tem

que andar armado? O policial. Porque ele está habilitado, capacitado e treinado

para usar arma. Mesmo assim, temos uma série de incidentes: policiais que fazem

uso indevido da arma, com consequências nefastas.

Descriminalização das drogas – Sou contra a descriminalização. A droga faz mal

para a saúde? Está comprovado cientificamente que sim. Os componentes da

maconha trazem benefícios para a saúde em algumas situações? Sim, e isso tem

que ser regulamentado. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Fumar

maconha é uma coisa, usar as propriedades da maconha para fins medicinais é

uma coisa completamente diferente. Eu sou a favor da regulamentação para as

pessoas que precisam fazer uso do medicamento. No Uruguai, as plantações de

maconha são dentro das unidades do Exército. E o Estado controla a venda da

maconha para o usuário. Parece uma boa medida. Se isso vai ter resultado positi-

vos em relação ao narcotráfico, só saberemos daqui a dois ou três anos. No Brasil,

será que teríamos esse controle na plantação e na distribuição da maconha? Ou

teríamos fábricas clandestinas? O Uruguai é um terço do Estado de São Paulo, o

controle é mais fácil. Aqui, parece tudo mais complicado em razão da extensão

territorial. Você até poderia descriminalizar o uso da maconha, desde que o Estado

tivesse controle absoluto da venda.

Coronel em solenidade da PM

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Eduardo Borgo

Advogado

37FAC E BOOK . COM /A Z B AU RU

#COLUNA

Ovalor pago pelos brasileiros nes-te ano em impostos alcançou R$ 1 trilhão por volta das 12h20 do dia 29/06/2015, segundo o “Impostômetro” da Associação

Comercial de São Paulo (ACSP). Estima-se que 2015 feche com recorde de mais de R$ 2 tri-lhões, assim, pelo quinto ano seguido, o Brasil aparece entre os 30 países do mundo que mais cobram impostos. Com tanto dinheiro, como poderia oferecer um serviço público tão ruim?

Fatores como a incompetência adminis-trativa e a corrupção talvez possam explicar essa questão.

Após auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União – TCU, entre 2003 e 2008, fora constatado que um terço do dinheiro des-tinado à Saúde ou foi desviado ou mal aplicado.

Nessa mesma linha de desperdício, os gastos e os empréstimos do governo federal, dos Es-tados e das prefeituras com a Copa do Mundo somaram R$ 25,8 bilhões. Esse valor equivale a, por exemplo, 9% das despesas públicas anu-ais em educação. Em outras palavras, é o sufi-ciente para custear aproximadamente um mês de gastos públicos com a área.

Não podemos esquecer-nos dos 6 bilhões desviados do esquema Petrolão, além dos di-

versos “perdões” de dívidas com países “cama-radas”, à exemplo da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, onde a Petrobras abriu mão de penalidades que exigiriam da Venezuela o pagamento de uma dívida feita pelo Brasil para o projeto e o começo das obras na refinaria. O acordo “de camaradas”, segundo fontes da es-tatal, feito entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, deixou o Brasil com a missão de garantir, sozinho, investimentos de quase 20 bilhões de dólares.

A farra incessante com o dinheiro público explica o porquê pagamos tantos impostos e mesmo assim ocupamos, pela quinta vez, a lan-terna em termos de qualidade dos serviços pú-blicos prestados à população, conforme dados do “Estudo sobre a Carga Tributária/PIB X IDH” divulgados em junho de 2015 pelo Instituto Bra-sileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

O gargalo é muito grande! Por mais que se aumente a carga tributária, sempre acharão um jeito de desperdiçar dinheiro público, vez que o bolso daqueles que administram nosso dinheiro cresce na mesma proporção que a necessidade da prestação de serviços públicos essenciais.

Ou o Brasil acaba com o câncer da corrupção ou a corrupção acabará com o Brasil.

INCOMPETÊNCIA

CORRUPÇÃOX

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#COMPORTAMENTO

Tem gente que cria ca-chorro, gato ou passa-rinho. Outras preferem animais domésticos não tão óbvios, como um co-

elho. Mas o que você acharia se fos-se visitar uma pessoa e desse de cara com um escorpião e seus filhotes em um terrário (fechado, claro!)? Ou ser recepcionado por uma galinha comi-lona que adora correr pelo quintal? Talvez uns ratinhos espertos que adoram o aconchego de um colinho quentinho. E o que estes bichos têm em comum é a curiosa paixão de seus donos e casos de vida ou morte, para o animal, que fique claro.

COCORICÓ SALVAPELO GONGOMalizena é uma galinha sortuda.

Prestes a virar um prato de comida e, graças à amizade com o seu futu-ro dono, escapou do fim iminente em uma frigideira ou churrasqueira. O dono em questão é o garoto Caliel de Oliveira Pereira, um apaixonado por aves - no viveiro de sua casa 30 passa-rinhos cantam todas as manhãs, mas o piar não para por aí.

Caliel costumava brincar diaria-mente com galinhas na casa de seu tio, que criava galináceos para o abate, no entanto, o menino não sabia que os bichinhos virariam comida em breve.

QUAL DESSES VOCÊESCOLHERIA PARA TERDE BICHO DE ESTIMAÇÃO?

Bichos nada convencionais fascinam

crianças e adultos

Texto Amanda Rocha Fotos Cristiano Zanardi, Banco de

Imagens e Acervo Pessoal

A) GALINHA B) ESCORPIÃO C) RATO

“Meu tio tinha galinhas e quando eu soube que ia matar para comer fiquei triste e consegui salvar a Malizena no dia que ia morrer. Minha mãe me ajudou a pegar a galinha e meu tio deixou eu levar”, conta satisfeito o ga-roto, que não é vegetariano, diga-se de passagem. Ele descobriu também que o amor por galinhas é meio antigo na família: sua irmã que é bem mais velha teve uma galinha de estimação quan-do era criança e até dormia com ela. Além da galinha, alguns sapos visitam a chácara semanalmente sem causar incomodo, e foram batizados de Bach, Mozart e Beethoven, uma sinfonia de coaxar. Mas com sapos não dá pra brincar visto que podem ser veneno-sos, dependendo da espécie. Voltamos à galinha.

O garoto mora em uma chácara e faz três anos que tem a companhia diária da galinha “sobrevivente” em brin-cadeiras, inclusive Malizena ganhou uma parceira recentemente: uma amiguinha de classe do garoto que também tinha uma ave de estimação resolveu doá-la a ele e agora “Malizena

Caliel de Oliveira Pereira,dono da galinha Malizena

Meu tio tinha galinhas e quando eu soube que ia matar para comer fiquei triste e consegui

salvar a Malizena no dia que ia morrer

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39F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

Roberto Marono,

biólogo

A primeira vez que vi um escorpião achei bem diferente, ele tem uma estru-turação bonita com

o ferrão e pinças. Sempre gostei dos mais peçonhentos pelo perigo dele. Assim comecei a estudar, extrair

veneno, fazer soroe aí acabei trabalhan-

do com eles

Caliel com sua galinha Malizena: não foi para a panela

e Galiba” são amigas inseparáveis. “Eu gosto de fazer uma brincadeira bem le-gal, coloco comida na frente e faço cor-ridas com elas, quem chegar primeiro ganha!”, fala.

Falando em comida, Malizena bo-tava ovos e Caliel conta que chegou a pegar 25 em um dia. Deu pra fazer omelete e muito ovo cozido para a fa-mília toda. Mas depois de um ataque do pastor alemão da casa - da qual mi-lagrosamente se safou mais uma vez - ela ficou traumatizada e encerrou a era dos ovos caipiras. “Ele quase a pegou, mas ela é muito inteligente e escapou, agora fizemos um galinheiro”, diz.

Comilona e bagunceira, Malizena tem como principal fonte de proteína o milho, folhas e resto de comida, além de pragas como os escorpiões, pois é uma predadora natural do inverte-brado. Sorte para a família de Caliel, que nesses anos convivendo com Ma-lizena viu diminuir significamente o animal nocivo da chácara, para azar do biólogo e especialista em animais peçonhentos, Roberto Marono. Tá pre-parado? Então leia a seguir a história do biólogo que também cria escorpiões como animais de estimação. É sério.

CUIDADO, TEM UMESCORPIÃO AQUI NA SALA...E É DE ESTIMAÇÃO!Desde criança ele se encantava

com o mundo dos animais inverte-brados e peçonhentos. Aos 6 anos, coletava aranhas domésticas, como a papa-moscas, e com dez anos cap-turou o seu primeiro escorpião não--venenoso. Lia tudo sobre aranhas, cobras, escorpiões e sabia a classifi-cação das famílias de invertebrados. “A primeira vez que vi um escorpião achei bem diferente, ele tem uma estruturação bonita com o ferrão e pinças. Sempre gostei dos mais pe-çonhentos pelo perigo dele. Assim comecei a estudar, extrair veneno, fazer soro e aí acabei trabalhando com eles”, informa o biólogo Rober-to Marono, enquanto mostra uma tattoo com o “Pandinus Imperatus”, ou Escorpião Imperador. Pesquisas na área, cursos e palestras educati-vas são realizadas pelo especialista em escolas e universidades.

Roberto Marono mostra tatuagem

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#COMPORTAMENTO

O escorpião é classificado como arac-nídeo e existem mais de 1.600 espécies no mundo, sendo que 140 estão no Bra-sil entre venenosos e peçonhentos com a temida ferroada mortal na cauda. Eles são chamados de peçonhentos pois tem a capacidade de injetar substâncias tóxicas produzidas em glândulas espe-cíficas de seu corpo através dos apare-lhos inoculadores (aguilhões, esporões, ferrões e dentes - no caso de cobras,) e agem quando se sentem ameaçados. Já os animais venenosos não possuem ne-nhum órgão capaz de injetar o veneno, isso acontece através de contato, por exemplo, ao encostar no pêlo de uma lagarta taturana venenosa.

“O veneno tem reação neurotôxica, pode dar febre, diarreia, hemorragia, e a reação depende do organismo de cada um. Se a pessoa tem reação alérgica pode evoluir para choque anafilático” diz Ro-berto, que nunca foi picado por animal venenoso. Ele explica que se formos pi-cados o aconselhável é repousar a pes-soa para que a circulação sanguínea di-minua e o veneno se distribua menos no corpo tendo mais o tempo para se che-gar ao hospital e tomar o soro. Crianças e idosos são as vítimas mais frequentes. O biólogo que é casado e tem uma filha de 10 anos diz que elas se acostumaram com estes animaizinhos e a pequena já coleta algumas lagartas de coqueiro. “Minha esposa já sabia desse meu gosto, então foi se acostumando e se adaptou comigo (risos), e a minha filha sempre gostou de bichos, mas sabe o que pode pegar e o que não pode”, pondera.

Roberto Marono

Ele pode causar a morte, vive até 3 anos e é partenogenético, ou seja, não precisa de macho, a fêmea se autofecunda e

se reproduz. Essa espécie

só tem fêmea

PRESENTE... DE GREGO!Mas se só de pensar em um escor-

pião você se arrepia de medo, ima-gine conviver com este “bichinho” dentro de casa, mesmo que seja em um recipiente adequado e bem la-crado como o terrário. Difícil ficar tranquilo, né? Ainda mais sabendo que os escorpiões de Roberto são um dos mais perigosos e mortais da América do Sul: o Tityus Serrulatus conhecido como “Escorpião Amare-lo”. Detalhe: o escorpião guardado em sua casa acaba de ter filhotes e eles já nascem venenosos. “Ele pode causar a morte, vive até 3 anos e é partenogenético, ou seja, não preci-sa de macho, a fêmea se autofecun-da e se reproduz. Essa espécie só tem fêmea”, informa.

Os filhotes ficam no dorso da mãe até trocarem de pele, e após umas duas semanas são independentes, porém, praticam o canibalismo. Ro-berto deverá retirá-los do terrário em breve para não serem engolidos

pela própria mãe. O habitat preferi-do deles são locais escuros e úmidos, vivem entocados embaixo de folhas, gravetos, tijolos, entulhos e podem entrar em armários e sapatos. Co-mem insetos e água não pode faltar.

Acostumado a este universo, que antes de tudo é a sua profissão, o es-pecialista enfatiza que como são ani-mais perigosos somente um profissio-nal pode criar.

“Eu sei manusear e não tenho medo porque estou acostumado, faço reti-rada de locais, como salas, banheiro, onde me chamarem”. Frascos e pinças longas específicas são utilizadas na captura que é feita pela cauda - onde fica o temido ferrão - para não ma-chucar o bicho.

E um dado importante: não adian-ta jogar inseticida na praga urbana porque isso só o deixa mais bravo e resistente. Sabe a máxima nietzs-chiana, “aquilo que não me mata, só me fortalece”? Pois é. Alguém se habilita a “adotar” um?

Animal tem que ficar isolado: cuidado constante em casa!

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ENCANTADORA DECAMUNDONGOS“O melhor amigo do homem não é

o cão e sim o rato”, com estas pala-vras Valquíria Matheus que é mes-tranda em biologia celular e estrutu-ral na Unicamp define o que pensa a respeito desses animais que tanto admira, cuida e trabalha. Suas pes-quisas científicas envolvem camun-dongos e miram a saúde humana. A sua paixão pelos ratos começou em 2012 quando iniciou um curso e des-de então compra e adota roedores.

“Pode parecer estranho mas eu tra-balho com camundongos e o fato de gostar de roedores facilitou na ver-dade o meu trabalho pois eu sou uma pesquisadora que tem uma relação de respeito e afeto com meus animais”. Ela é conhecida como “Encantadora de ca-mundongos”, os ratinhos param quieti-nhos em sua mão e não a mordem.

Em seu apartamento vivem Gaia, Biju, Biscuit e Oliver, da espécie twis-

ter standard – uma derivação de ra-tos de laboratório. Como são ratos criados em cativeiros (alguns chegam a custar R$ 300 reais) não são expos-tos a nenhum tipo de doenças, tipo a leishmaniose.

Limpos e higiênicos – sempre fa-zem as necessidades em um só local - eles circulam pelo apê de Valquíria fazendo truques para ganhar comida e carinho mas também têm as suas gaiolas e brinquedos. “Os twisters são extremamente inteligentes e, se treinados, ainda podem fazer tru-ques como girar, pegar bolinhas etc. Hoje em dia ratos são usados inclusi-ve para detectar bombas devido a sua inteligência e faro apurado”, reforça.

Roedores que são, não dá pra mar-car bobeira com objetos, as portas e batentes do apê de Valquíria que o digam. Mas segundo ela basta um pouco de treino dizendo a palavra “não” em alto e bom som que eles param. É “criar” para ver.

Valquíria Matheus,bióloga

Pode parecer estranho mas eu

trabalho comcamundongos e

o fato de gostar de roedores facilitou

na verdade omeu trabalho

pois eu sou uma pesquisadora que

tem uma relação derespeito e afeto com

meus animais

Valquíria com seu ratinho de estimação

Bicho assusta muita gente, mas também é Pet

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#COMPORTAMENTO

Mesmo tendo sido criada em 1984, a impressora 3D po-pularizou-se e teve seu custo reduzido

apenas nos últimos anos. Com projetos de impressão variados, indo de roupas, esculturas, chaveiros, drones, até ar-mas e pele humana, os dispositivos 3D surgem como alternativa tecnológica para inovar e facilitar o dia a dia da po-pulação mundial.

No campo da medicina, as utilidades do dispositivo são múltiplas. Pesquisas para a impressão de pele e órgãos estão avançando e, atualmente, já é possível a construção de moldes para prever cirurgias. Nas empresas, o custo de testes para criação de objetos cai dras-ticamente e permite o aperfeiçoamen-to dos protótipos de produtos. Existem diferentes modelos de impressoras 3D, que realizam impressões com diferentes materiais, porém todos os processos têm semelhança na forma de impressão.

Texto Sara Souza (supervisão Bruno Mestrinelli) Fotos Cristiano Zanardi e Banco de Imagem

PROMESSA DE REVOLUÇÃONO COTIDIANO HUMANO

IMPRESSORAS 3D:

Com uso que vai da criação de órgãos à construção de casas, o dispositivo é

uma das invenções mais versáteis e futuristas da atualidade

Inúmeras peças impressas em 3D na Unesp de Bauru

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43F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

COMO FUNCIONAUma impressora pode construir

objetos tridimensionais com ape-nas um comando do computador. Para entender isso é necessário pensar em um conceito bastante simples: camadas.

O primeiro passo para a impres-são de um objeto em três dimensões é a modelagem, que consiste em projetar o objeto em um ambien-te tridimensional, utilizando um software de edição 3D.

Com o modelo pronto, é necessá-rio enviá-lo para o software da im-pressora, que deve definir caracte-rísticas como as dimensões em que o objeto será impresso e a espessura de cada camada de impressão. Sele-cionadas as configurações, é preciso apenas aguardar o programa dividir o objeto em centenas de camadas e iniciar a impressão. Quanto maior o número de camadas, mais quali-

dade o objeto terá e maior o tempo para a impressão do mesmo.

A primeira parte do processo é semelhante para todos os tipos de impressoras 3D, entretanto existem diferenças em como a impressão por camadas é feita, que depende de cada material.

O tipo mais acessível e conheci-do de impressoras 3D é o de Mode-lagem por Fusão e Depósito (FDM), que usa filamentos de plástico para a impressão. O filamento é colocado na impressora, que o aquece até que esteja derretido. A máquina então começa a desenhar o objeto, camada por camada milimetricamente e, a partir da sobreposição das inúmeras camadas, a peça toma forma.

Na impressão por Sinterização Seletiva a Laser (SLS), é possível utilizar materiais em pó, como polí-meros, plásticos, gesso e até metais. Além disso, pode-se também criar

objetos já coloridos. No início do processo, a câmara de impressão é preenchida com o pó escolhido e a máquina nivela o material unifor-memente. Com um laser de alta po-tencia é provocada uma fusão no pó, modelando a primeira camada do objeto. Em seguida, a impressora co-bre a camada recém-criada e o laser faz o mesmo trabalho repetidas ve-zes até que o objeto esteja finalizado.

A mais custosa dos três tipos, a im-pressão em resina plástica, acontece em um recipiente preenchido com o liquido e é “ativada” por uma luz ul-travioleta. O laser atinge o local da camada, que se solidifica somente na região programada. Em segui-da, a plataforma central desce exa-tamente o espaço necessário para que a próxima camada seja criada e o líquido cobre tudo novamente. O processo continua assim até que o objeto esteja completo.

Máquina de impressão 3D: o futuro já chegou a Bauru

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#COMPORTAMENTO

USO NA MEDICINAO uso da impressora 3D na área da

saúde tem sido amplamente discutido. Pesquisas para tornar possível a impres-são de pele, órgãos e vasos sanguíneos são a promessa de um futuro promis-sor no qual o tratamento de doenças e transplantes poderá ser simplificado, diminuindo a possibilidade de rejeição. No Brasil, o Centro de Tecnologia da In-formação Renato Archer (CTI), em Cam-pinas, é destaque nas pesquisas da área.

O pesquisador e coordenador do Pro-jeto Bioimpressão de Órgãos Humanos do CTI, Rodrigo Alvarenga Rezende, explica que a bioimpressão de órgãos humanos começou a ser pesquisada e desenvolvida há pouco mais de 10 anos e que, a nível mundial, é um projeto de longuíssimo prazo. Segundo o pesqui-sador, “o principal objetivo é conseguir produzir órgãos com células do próprio paciente, por bioimpressoras 3D, que imprimirão camada por camada de ma-terial biológico, diminuindo drastica-mente o risco de rejeição”.

Além das pesquisas de destaque inter-nacional realizadas pelo CTI na área de bioimpressão, o centro possuí um progra-ma denominado ProMED, que objetiva a fabricação de modelos 3D virtuais e reais, ou seja, respectivamente, modelos com-putacionais e impressos, que auxiliam os cirurgiões no planejamento das opera-ções. O programa foi criado há 15 anos e desde 2010 possui apoio do Ministério da Saúde, o que permite que modelos 3D so-licitados por cirurgiões vinculados ao SUS não tenham custo aos pacientes.

Lá, profissionais do CTI desenvol-vem biomodelos, que são a materializa-ção da área lesionada do paciente. Por exemplo, um paciente que tenha uma fratura no joelho tem a região criada em 3D no computador e impressa tri-dimensionalmente, possibilitando que cirurgiões tenham uma visão clara do problema e possam planejar a cirurgia, reduzindo assim o tempo da operação e os riscos de infecção.

No Centro de Tecnologia, também são produzidos biomodelos de próteses para pacientes, mas como ressalta Ro-drigo, “ainda não é possível imprimir

tridimensionalmente próteses ou im-plantes e estas serem colocados direta-mente no paciente. Entretanto, este é o próximo passo”.

Indo de encontro às tecnologias da impressora 3D aplicadas na saúde, o Centro Avançado de Desenvolvimento de Produtos (Cadep), situado no campus da Unesp de Bauru, em parceria com o Hospital das Clínicas da Unesp de Bo-tucatu, está trabalhando no desenvolvi-mento e produção de implantes ósseos para dois casos graves de pacientes com traumatismo craniano.

O Centro existe desde 2012 e possui três impressoras 3D de alta precisão, que realizam impressões com diferentes materias primas: filamento de plástico, resina plástica e gesso. O professor dou-tor Osmar Vicente Rodrigues, idealiza-dor do projeto, enfatiza que a Unesp está entre as 70 universidades do mundo a possuir essas tecnologias, sendo tam-bém uma das poucas a combinar proce-dimentos convencionais de modelagem com métodos mais recentes de Prototi-pagem Rápida. Além de prestar serviços ao Hospital das Clínicas de Botucatu, o Cadep também auxiliou o zoológico de Bauru ao desenvolver uma prótese de bico de tucano em resina, que foi im-plantada na ave ferida.

A Unesp está entreas 70 universidadesdo mundo que têm

essas tecnologias, sen-do também uma daspoucas a combinar

procedimentos conven-cionais de modelagem

com métodos mais recentes de Prototi-

pagem Rápida

Rodrigo Alvarenga Rezende,

pesquisador e coordenador do

Projeto Bioimpressão de Órgãos

Humanos do CTI

O principal objetivo é conseguir produzir

órgãos com células do próprio paciente, por

bioimpressoras 3D, que imprimirão camada

por camada de material biológico, diminuindo drasticamente o risco

de rejeição

Modelo 3D de mandíbula construídaa partir de ossos virtuais colocadano local da lesão

Modelo 3D deum crânio

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Murilo Souza,

empresário

O único limite é a criatividade. Tudo o que se pode imaginar e colo-car em três dimensões no computador, a impressora é capaz materializar. Hoje em dia até armas de fogo

estão sendo criadas

protótipos de engate e isso nos custou, em material, menos de R$ 40. Sem a tecnologia 3D o custo seria exorbitante e esse número de testes impensável”, comenta o empreendedor.

Quando questionado sobre os limites impressora, Murilo responde pronta-mente que o único limite é a criativida-de, afirmando que “tudo o que se pode imaginar e colocar em três dimensões no computador, a impressora é capaz materializar. Hoje em dia até armas de fogo estão sendo criadas”.

Com o valor de impressoras 3D de Modelagem por Fusão e Depósito va-riando em torno de cinco mil reais, uma alternativa econômica é a construção do dispositivo com auxílio de tutoriais disponíveis na internet. Gastando em torno de R$ 700 na compra de peças avulsas, é possível edificar a impressora sem muitas complicações.

Para a criação das peças em três dimen-sões no computador, softwares livres es-tão disponíveis e para os inexperientes em modelagem 3D, podem ser encon-tratos sites como o Thingiverse (www.thingiverse.com) que oferece projetos fina-lizados (e gratuitos!) de uma infinidade de objetos, que variam de capas de celulares e chaveiros até esculturas realistas. Para materializar os projetos do site, basta fa-zer o download do arquivo e envia-lo di-retamente para a impressora.

USO NAS EMPRESASAssim como na área da saúde, o uso

da tecnologia de impressão 3D inovou a prototipagem de peças com finalida-des empresariais. Com a impressora que utiliza filamento plástico é possível fazer de forma rápida, com baixo cus-to, peças para testes na criação de um produto final. Ricardo Silva, engenhei-ro sócio fundador de uma empresa de Bauru, afirma que a tecnologia da im-pressora 3D permite um processo de criação mais livre, onde o protótipo tem um baixo custo e por isso podem ser feitos mais testes, com diferentes peças, antes do molde final do objeto.

A empresa atualmente trabalha na criação de drones e o desenvolvimento do protótipo do objeto é feito inteiramen-te com o auxílio da impressora 3D. Mu-rilo Souza, também sócio-fundador da empresa, ressalta que a tecnologia permi-te não só a prototipagem de baixo custo, mas também a customização das peças. “Na construção do drone, nós nos basea-mos inicialmente em um modelo em que as hélices fossem funcionais. Para chegar ao projeto ideal, produzimos mais de 20

Ricardo Silva e Murilo Souza: produzem peças 3D

Peça impressa e seumodelo, ainda na tela

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#COMPORTAMENTO

1. Gustavo Minoru do lado de máquina de impressão 3D 2. Modelo de coração impresso em 3D 3. Peças em 3D 4. Amanda Figliolia observa impressão em 3D 5. Peças em 3D 6. Moldagem durante impressão 7. Moldagem durante impressão 8. Peça 3D sendo finalizada 9. Peça 3D finalizada ao lado de seu modelo digital

2

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1

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47FAC E BOOK . COM /A Z B AU RU

#COLUNA

Ivan Goffi

Advogado

Dados internacionais revelam: vivemos no lugar mais peri-goso do mundo. Não é ilação ou falta de amor à pátria. É uma triste constatação. Es-

queça faixa de Gaza, Iraque, Síria ou as lim-pezas étnicas mundo afora. Esqueça a mi-séria de países africanos. Em nenhum deles morrem, por ano, mais de 50.000 cidadãos por causa da violência. Nenhum! Some-se a isso as 40.000 mortes no trânsito e teremos números catastróficos! Aliás, poucas catás-trofes planetárias são tão mortais quanto a desordem brasileira.

Nosso problema é um misto de incompetên-cia, selvageria, burrice e teimosia, pois não sa-bemos fazer leis, o que fazer com elas e nem com quem as infringe. Cientistas políticos, go-verno e outros nefelibatas acham lindo falar de ressocialização, liberdade condicional, penas alternativas, benefícios, entretenimento, saidi-nhas, etc, tudo como elixir mágico para dimi-nuir a criminalidade. A teimosia está no fato de que se recusam a enxergar que isso nunca funcionou e, a burrice, em recusar-se a seguir no sentido contrário. É o socialismo dogmático cego e cruel.

Outras bizarrices são as leis feitas para proi-bir aquisição de armas, endurecimento na lei seca ou luta para evitar a redução da maiori-dade penal. Não são as armas ou o álcool que matam. São as pessoas, movidas pela impuni-

dade. Somos campeões mundiais em multas de trânsito, mas não saímos do pódio no núme-ro de mortes! Parem de multar e prendam de verdade, sem medo de aumentar o número de presos. Prendam quem faz coisa errada com a arma, e não quem a tem para sua defesa. Pren-dam o adolescente que mata, estupra e aterrori-za, sem medo de colapso do sistema carcerário (aliás, falido há décadas).

O discurso ufanista e perverso tem seguido na contramão da eficiência há muito tempo. Cada vez que se noticia um crime bárbaro, al-guém do governo anuncia que “não podemos tomar medidas no calor da discussão”. Então, quando o fazer, se a fornalha da desumanidade e selvageria não diminui a temperatura, fazen-do-nos vítimas diárias desse colapso social?

Temos que aprender a fazer a faxina. Enten-der e aceitar que presídio não é educandário, que quem viola regras tem que ser punido e que prender criminoso não é crime! Muito menos exclusão!! Que paremos com a caçada odiosa contra quem toma uma cerveja, para empreen-der outra que leve à cela aquele que tiver come-tido o crime ao volante, bêbado ou não. Armas? Qual a dificuldade em perceber que os menores índices de homicídios estão em países que tem o maior número de cidadãos armados?

Einstein predisse que “burrice é querer re-sultados diferentes fazendo a mesma coisa”. Que não sejamos geniais, mas temos que ser tão burros?!

UM PAÍS NA CONTRAMÃO

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#COMPORTAMENTO#COMPORTAMENTO

RACIONAMENTO DE ÁGUA? O QUE VOCÊ TEM FEITO PARA EVITAR O

Segundo o DAE, apenas a conscientização da população e o uso racional do líquido podem evitar que o temido rodízio entre os

bairros seja aplicado novamente em Bauru

Texto Daiany FerreiraFotos Cristiano Zanardi e Banco de Imagens

Vivian Angelucci,

Engenheira de Segurança

do Trabalho

É uma questãode respeito e respon-sabilidade social, não

se pode fechar osolhos e pensar que

a crise da águanão existe

Imagine a cena...Você vai ligar o chuveiro e não vai ter água. Vai tentar a torneira, a manguei-ra, a bica e...Nada! A situação pode até parecer distante, mas a crise

da água é tão séria que pode chegar o dia em que essa cena fará parte da sua vida. Aliás, para muita gente, já faz.

Há a expectativa de que as fontes de água no mundo sejam suficientes para abastecer a população global de nove bi-lhões de pessoas, em previsão para 2050. Mas, de acordo com a Unesco, o planeta irá enfrentar um déficit de 40% no abasteci-mento de água já em 2030, a menos que a comunidade internacional melhore “dra-maticamente” o gerenciamento do abas-tecimento de água. A demanda por água

deve disparar em 55% em 2050, enquanto 20% das águas subterrâneas do planeta já estão super-exploradas. O uso indiscrimi-nado de água está esgotando rapidamen-te as reservas globais desse recurso vital. Mas não faltam ideias para usá-la de modo mais racional e prevenir secas.

Há mais de 80 anos a empresa brasilei-ra de materiais escolares, Tilibra, trabalha seus produtos em sintonia com a susten-tabilidade ambiental. Sempre preocupada com o meio ambiente, possui sua própria Estação de Tratamento de Efluentes, a ETE, que foi instalada em 2006, tratando tanto os resíduos industriais quanto os sanitários, antes de serem despejados no Rio Bauru. A empresa foi a pioneira da cidade em tratar seus efluentes.

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Vivian Angelucci: empresa tem estação própria para tratar detritos

BAURU SEM ÁGUA?No último dia 21 de junho, a estação

mais fria e seca do ano, o inverno, che-gou a Bauru. Caracterizado pela falta de chuva as expectativas não são animado-ras quando o assunto é o rodizio de água ocorrido em 2014 na cidade. “Inicial-mente temos o risco de ficar novamen-te sem água por conta das condições climáticas. Estamos vivendo em um período de poucas chuvas”, explicou o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru, Giasone Cândia.

O Rio Batalha vem mantendo estabi-lidade desde o início de 2015 quando o nível da lagoa de captação foi recupera-da com as chuvas que atingiram Bauru no dia 27 de janeiro. Mas, de acordo com o DAE, o aumento do consumo de água em razão das altas temperaturas contri-bui para a queda do nível do manancial. “O uso consciente e racional da água se faz necessário para que o rodizio de água não seja retomado”, alertou a presi-dência da autarquia.

Para Vivian Angelucci, Engenheira de Segurança do Trabalho, a ação desenvol-ve um exemplo de prestação de serviço à comunidade e ao meio ambiente. “É uma questão de respeito e responsabili-dade social, não se pode fechar os olhos e pensar que a crise da água não existe”, citou a engenheira explicando outras atividades que a Tilibra desenvolve com os seus 800 funcionários. “Procuramos sempre incentivar o uso ideal da água e temos também um canal para que o funcionário relate qualquer problema que encontrar dentro da empresa, por exemplo, uma tubulação quebrada, uma torneira vazando...”, lembra.

Com o monitoramento feito todo mês a conta de água vem apresentando bons re-sultados. A empresa considera essas ações uma oportunidade para o crescimento do setor, além de contribuir para novos hábitos. “Nossas campanhas não são ape-nas para conscientizar o funcionário aqui dentro, mas para que ele possa levar esses hábitos à família”, finalizou Vivian.

DESPERDIÇOU... PAGOU!Em São Paulo, o prefeito Fernan-

do Haddad (PT) afirmou que a nova lei que proíbe a lavagem de calçadas com água potável tem caráter mais pedagógico do que punitivo. Segun-do ele, a ideia é incentivar a limpeza com varrição ou água de reuso.

O projeto de lei, aprovado na Câ-mara Municipal da capital paulista, prevê multa de R$ 250 para quem for pego. Antes da punição, o con-sumidor recebe uma advertência, mas em caso de reincidência, a se-gunda multa será de R$ 500. Aqui em Bauru, a lei está em vigor desde novembro de 2014. Fiscais do DAE estão autorizados a advertir o ci-dadão que for pego em flagrante desperdiçando água e em caso de segunda advertência será aplicada uma multa de 50% referente ao va-lor da última conta do mês.

O problema é que a própria au-tarquia desperdiça água. Metade do que é produzido se perde antes de chegar nas torneiras. Desse total, os vazamentos chegam a quase 20%. Para piorar, água vai aumentar 35%.

O DAE se pronunciou quanto ao possível aumento da tarifa justifican-do a elevação nos custos de energia elétrica. Entre janeiro e maio deste ano, o gasto mensal com a energia cresceu 70%, além do defasado pre-ço da água no município, a variação da inflação e reposição dos custos principalmente dos insumos, como o combustível, produtos químicos, en-tre outros.

Ainda de acordo com o presidente da autarquia, Giasone Cândia, duras medidas são necessárias para ter con-dições de investir na cidade. “É apon-tado inúmeros problemas que o DAE precisa corrigir, mas para executar o serviço é necessário dinheiro e não se pode deixar de conceder o aumento quando há necessidade”, diz Giasone ao explicar que R$ 117 milhões que o DAE recebe não são suficientes em vista dos R$ 256 milhões que seriam necessários para fechar as contas.

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#COMPORTAMENTO

FUTUROPara que o desperdício de água em

Bauru seja diminuído, um plano dire-tor está sendo estudado por técnicos do DAE. Em média 70% dos canos na cida-de são de ferro e encontram-se em si-tuação precária. A estimativa é instalar canos de rede de água em material PVC, além de vistorias no município para que hidrômetros sejam trocados a cada cin-co anos, tempo ideal para ser substituí-do, entre outras ações necessárias.

“Posso afirmar que o problema de água de Bauru vem de 15 anos atrás. A cidade não para de crescer e muita coisa deixou de ser feita por falta de planejamento adequa-do”. finalizou Giasone Cândia, ci-tando uma importante frase. “Não são dignos de ocupar cargos públi-cos, aqueles que não são capazes de tomar medidas impopulares em tempos difíceis”, avalia.

LEI CONTRAO DESPERDÍCIO

Em Bauru, a lei que proíbe

a lavagem de calçadas com

água potável está em vigor

desde novembro de 2014. Fis-

cais do DAE estão autoriza-

dos a advertir o cidadão que

for pego em flagrante des-

perdiçando água e, em caso

de segunda advertência, será

aplicada uma multa de 50%

referente ao valor da última

conta do mês.

Giasone Cândia,

presidente do DAE

Posso afirmar que o problema de água de Bauru vem de 15 anos atrás. A cidade não para de crescer

e muita coisa deixou de ser feita por fal-ta de planejamento adequado. Não são

dignos de ocupar car-gos públicos, aqueles que não são capazes

de tomar medidas impopulares em

tempos difíceis

Giasone Cândia segura cano antigo de água: sucateamento

Rio Batalha está com nível normal, mas ainda preocupa

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GUIA PARA ECONOMIZAR

ÁGUA Vivemos um novo cenário hídrico, mais instável e previsivelmente com maior incidência de períodos de escassez. Veja a seguir um guia

para economizar água:

Ao se ensaboar com a torneira fechada e reduzir o tempo de água corrente para 5 minutos, o consu-

mo cai para 45 litros

BANHO Uma ducha de 15 minutosconsome 135 litros de água

Com a torneira desliga-da o consumo cai para

20 litros

COZINHA Lavar a louça com a

torneira aberta durante 15 minutos gasta em média

117 litros de águaMas ao fechar a torneira enquanto se escova os dentes você economiza mais de 11,5 litros de água

HIGIENE Escovar os dentes cinco minutos com a torneira aberta chega a consumir

12 litros de água

Para reduzir, basta lavar o carro somente uma vez por mês com balde. Neste caso, o consumo é

de apenas 40 litros

CARRO Lavar o carro por 30 minu-tos com uma mangueira pode consumir 560 litros

Usar a vassoura em vez da mangueira traz 100%

de economia de água

CALÇADA Lavar a calçada com

mangueira por 15 minu-tos leva um gasto de 279

litros de águaNo inverno é possível re-gar um dia sim, dia não. O gasto cai para 96 litros

de água por dia

JARDIM Molhar as plantas por 10 minutos gasta 186 litros

de água

Fonte: Estadão

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#COMPORTAMENTO

Buzinas, motos, ônibus, po-luição, congestionamento, trânsito e rotina urbana. Uma avenida movimentada dia e noite, e que guarda um

imenso manto verde no final dela. Ao pas-sar pela avenida Rodrigues Alves, na altu-ra da baixada para o Jardim Redentor, há um radar bem apropriado para os apres-sados e estressados diminuírem o ritmo e sentirem o aroma de eucalipto que emana neste trecho da via urbana. Olhe para o lado, dê a seta a direita no sentido bairro--centro e seja bem vindo ao Horto Flores-tal, ou Estação Experimental de Bauru.

Logo de cara um clima suave oxige-na os pulmões e mente de quem entra. Impossível não se desligar dos motores e buzinas de alguns metros atrás. Trilhas ecológicas, pássaros e uma infinidade de árvores estão há exatos 87 anos fixados neste trecho da cidade. No entanto, mui-tos que passam pela via nem imaginam o que está reservado ali tão próximo e aberto ao público quase todos os dias.

O Horto Florestal é um lugar que acolhe diferentes gerações e interesses: o senhor que joga bola, a garota que folheia um livro, atletas, estudantes, famílias, fotógrafas(os) e pessoas que se inspiram e buscam relaxar. Um interes-sante espaço público verde no meio da rota de asfalto de Bauru, sendo além de um local de lazer e descanso um ambiente de estudo ecológico e de pre-servação da mata nativa. Mais de 1.200 espécies de árvores nativas e exóticas compõem o cenário e algumas árvores ainda contam com placas de identifica-ção visíveis. A proposta da Estação Ex-perimental é contribuir também com os serviços ecossistêmicos para a cidade, como abrigo de animais silvestres (tu-cano, cachorro-do-mato, veado-catin-gueiro) e qualidade do ar.

Mas nem tudo é respirável como deveria ser. Atualmente subutilizado pela população em geral, e próximo do abandono, passa por um momento crucial de transição e gestão.

Texto Amanda RochaFotos Cristiano Zanardi

Prefeitura fará cogestão junto ao Estado na maior área verde da cidade. Sucateamento das instalações e falta

de segurança preocupam

FLORESTAL O HORTO

É NOSSO!

Falta de vigilância, trilhas ecológicasfechadas, proibição

de passeios de bicicleta, viveiro de mudas desativado, instalações depre-dadas e banheiros precários. A falta de cuidado e de

segurança na “Estação Experi-

mental” clama por urgência e solução

Horto Florestal e suas múltiplas faces: o verdadeiro pulmão de Bauru

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SUCATA AMBIENTALCom o passar dos longos anos de exis-

tência, o local, que é administrado pelo Estado, foi deixado de lado pelo poder público e o sucateamento das instala-ções somado a diminuição progressiva de funcionários é latente. Dos 28 fun-cionários de outrora, apenas 6 continu-am na labuta de cuidar de um espaço de 43 hectares – equivalente a 43 campos de futebol. A vigilância deixou a desejar já faz um bom tempo, e há 20 anos não são feitas novas contratações.

Trilhas ecológicas fechadas, proibição de passeios de bicicleta, viveiro de mu-das desativado, instalações depredadas e banheiros precários. A falta de cuidado e de segurança na “Estação Experimental” clama por urgência e solução. Sem vi-gias, a segurança fica prejudicada e fazer trilhas internas desacompanhada(o) se tornou uma aventura um tanto perigosa dependendo do horário. Aliás, as trilhas estão sem o devido cuidado e proteção e em alguns pontos se nota lixo espalhado.

Nos últimos meses, quem foi até o local nos finais de semana ou feriado encontrava o portão principal fechado, recentemente foi reaberto. Um vigia voltou a fazer uma tímida ronda – no ano passado eram dois que alternavam os turnos em motos. No entanto, nes-te mês de julho a prefeitura abriu um concurso público para guarda-parque efetivo, reforçando um diálogo am-biental entre município e Estado.

A situação é preocupante e, desde 2013, a Prefeitura Municipal tenta um diálogo de cogestão com a Se-cretaria Estadual do Meio Ambien-te (SMA) sem sucesso. Porém, este ano as conversas surtiram efeito e a partir de setembro o Horto passará a ser co-gerido pela Secretaria Munici-pal do Meio Ambiente (Semma), que também irá se transferir para o local. É o que informa Lázara Maria Gomes Gazzetta, secretária municipal do Meio Ambiente: “Até setembro deve-mos ir pra lá, estamos em negociação

e no momento estou produzindo um documento para a SMA com nossas intenções de uso, como preservação e fiscalização. Acredito que depois des-sa resposta será formalizado este con-vênio com o município”.

A secretária frisa que a Semma não possui sede própria e um termo de concessão de uso garantiria três décadas de estabilidade além de cen-tralizar em uma mesma quadra da movimentada avenida todos os ór-gãos ambientais, como a Polícia Am-biental e Cetesb. “Essas cogestões são para que as unidades não se percam e com a Semma lá garantimos o local para que não se perca a história e a ca-racterística verde que o Horto tem em nossa cidade”.

A mudança da Semma para o Horto não trará custos altos aos cofres pú-blicos como o de um aluguel, pois irão utilizar as instalações já existentes. A pasta terá gastos de manutenção, re-formas nas salas e luz.

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#COMPORTAMENTO

RESGATE E REVITALIZAÇÃODO HORTOLázara Gazzetta informa que o

objetivo inicial da cogestão do mu-nicípio é melhorar a parte de la-zer externa, onde existem alguns brinquedos de madeira, quiosques, bancos e assim ampliar para a visita interna. “Primeiro iremos reestru-turar o ambiente, limpar as trilhas, colocar placas, fazer espaços para as escolas usarem para tomar lanches e utilizar em prol do meio ambien-te. Depois a intenção é abrir uma grande área de trilhas que existiam antes e trazer mais um espaço para a população não só de lazer mas de estudo e conhecimento”, diz.

O chefe do Horto, José Arimateia Machado, disse que as atividades abertas ao público são a visitação da área total (segunda a sexta) e vi-sitação a área de lazer e recreação

(todos os dias). Segundo ele, podem ser agendadas visitas monitoradas de escolas no Programa de Educa-ção Ambiental do Horto e visitas de grupos específicos nos finais de se-mana para outras áreas, mas as ins-talações e trilhas para receber tur-mas deixam a desejar. Em relação à suspensão das atividades do viveiro de mudas, Arimateia informa que passam por adequação do Instituto Florestal à legislação federal para a obtenção do Renasem (Registro Na-cional de Sementes e Mudas).

O viveiro chegou a produzir 100 mil mudas de eucalipto e pinus ao ano e contava com 80 tipos de espé-cies de plantas que serviam até para reflorestamento de fazendas. Há dois anos é um terreno abandonado e árido. Para Arimateia a parceria com a prefeitura ajudará na conser-vação do Horto.

Lázara Maria Gazzetta,

Secretária Municipal do

Meio Ambiente

Primeiro, iremos reestruturar o ambiente, limpar as trilhas, colocar

placas, fazer espaços para as escolas usarem para tomar lanches e utilizar emprol do meio ambiente. Depois, a intenção é abrir

uma grande área de trilhas que existiam antes e trazer mais um espaço para a

população não só delazer, mas de estudo

e conhecimento

Ilho se aquece para caminhada: abandono incomoda

Lázara Gazzetta: sede de secretaria vai para Horto

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DEFENSORES DO BEM-ESTARAMBIENTAL E MENTALO aposentado Edson Amilton Cam-

poy Lyra bate cartão e uma bola todo o final de tarde no campinho de futebol de areia ao lado da pista externa. Fre-quentador assíduo desde criança, ele relembra o tempo em que existia uma praça dentro do Horto, próxima das casas onde moram as famílias dos fun-cionários. “Vinha com meu pai, amigos e fazia piquenique lá dentro na praça ao lado do rio que hoje é poluído, passa-va o dia todo aqui. Hoje venho porque tenho prazer de estar aqui, de respirar esse ar que ainda é puro e faz bem ao cérebro”, conta. Sempre sozinho, de bike e com uma bola a tiracolo, Edson já faz parte da paisagem do lugar e é um dos inúmeros amigos do núcleo verde, tendo inclusive defendido o lu-gar de pessoas mal-intencionadas que incomodavam pessoas certa vez. “É necessário ter guarda e segurança pra gente que frequenta aqui, já me colo-quei em risco”, reforça.

Gilberto Cardoso Franco é bancário aposentado e costuma andar 3 vezes por semana na pista de 750 metros próxima a entrada. Ele nota que a falta

de investimento trouxe muita formiga e erosão pelo caminho e que isso não ocorria na gestão anterior. Embora com problemas ambientais e estrutu-rais, Gilberto frequenta o Horto desde os anos 90 e conta por que: “Isso aqui é um remédio de graça, não se vê pa-redes e sim árvores, escutamos os pássaros e isso faz um bem tremendo. Tenho 70 anos e esse é meu único re-médio, venho aqui e transpiro”, sorri.

O que se percebe ao conversar com frequentadores do Horto é que todos são muito ligados ao local e o defen-dem com palavras, unhas e dentes. Ilho Antonio de Souza é comerciante e faz 18 anos que caminha diariamente 6 km na pista. Diz conhecer tudo e to-dos. Sua história com o local é emotiva, após uma dolorosa separação começou a correr no Horto e esta foi a forma que encontrou para superar um mo-mento difícil. “Pra quem gosta de viver bem é o melhor lugar do mundo, mo-rava na praia da Costa em Vila Velha (ES) e aproveito ao máximo isso aqui. É um paraíso e sou um cara privilegiado, moro bem perto”, conta.

Mas nem tudo são flores, Ilho (e não só) está muito incomodado com o que

ocorre no espaço público, e frisa que os interesses são privados e escusos. Ele cita o exemplo de uma verba irrisória para a poda do mato alto que começa-va a invadir o espaço. “O funcionário não tem estrutura pra trabalhar por-que não vem verba, esses dias não ti-nha diesel para o trator fazer a poda, e veio R$ 500 que não é nem um salário mínimo, um absurdo gerir um parque desse tamanho assim”.

Para ele, o motivo do desleixo e su-cateamento do local tem causador: má administração e vai além dizendo que é necessário fazer uma auditoria urgente. “Hoje, o Horto Florestal não é um am-biente bem tratado, a administração vem sendo gerida por pessoas ligadas à politicagem tanto da esfera estadual quanto da municipal. Os grandes tiram tudo o que é do povo”, expõe.

Embora seja um local agradável – os problemas crescem e o compromisso social e ambiental da instituição está sucateado. A falta de verbas e inte-resse do Estado mantém adormecido o manto verde da Rodrigues Alves. A Semma fica agora com a missão de revitalizar um espaço com potencial de Parque Ecológico.

Ilho de Souza,

comerciante que frequenta

o Horto

Hoje, o Horto Florestal não é um

ambiente bem tratado, a administração vem

sendo gerida porpessoas ligadas à

politicagem tanto da esfera estadual quan-to da municipal. Os

grandes tiram tudo o que é do povo

Ilho se aquece para caminhada: abandono incomoda

População usa Horto para atividades físicas

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#VARIEDADES

Texto Daiany FerreiraFotos Cristiano Zanardi

O SAMBA DASESTAÇÕES

Tão quente e outras vezes tão gelado... Saiba que as variações climáticas são

fenômenos comuns da natureza e podem ocorrer independente das

ações do aquecimento global

Estamos no inverno! A es-tação mais fria do ano, que também costuma ser a mais seca. Após o outono, um período de transição entre

duas estações marcadas pela queda das folhas e as variações climáticas. E, por falar em clima, você já deve ter se per-guntado ou escutado alguém comentar o quanto a temperatura está quente e no dia seguinte, o quanto ela esfriou? Pois

saiba que esses fatores ambientais não são resultados de uma interferência hu-mana no meio ambiente.

A Az! procurou o Centro de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru para saber as decorrências dessas variações no clima, e segundo a Meteorologista e Doutora em Geociências e Meio Am-biente, Zildene Pedrosa de Oliveira Emí-deo, essas mudanças são normais.

“É natural essas alterações dentro do clima porque dependem muito da varia-ção do sol em relação à Terra. É impor-tante esclarecer o conceito de variabili-dade climática. A ciência descobriu que o clima varia naturalmente, indepen-dentemente das ações antrópicas, ou seja, mesmo que o ser humano não ha-bitasse o planeta, as estações do ano não teriam sempre as mesmas temperatu-ras. Isso porque, antes de qualquer coisa, o clima é dependente da intensidade da radiação solar”, explica a meteorologista.

Do outro lado, é importante ressaltar que as mudanças climáticas e o aqueci-mento global estão inter-relacionados, mas não são o mesmo fenômeno. Como vimos, é natural que a Terra passe por alterações na temperatura, esfriando e esquentando em diferentes momentos. Já o aquecimento global, no contexto dos debates atuais, é realmente um au-mento da temperatura além do natu-ral e que ocorrem sérias complicações tais como: furacões, secas, enchentes, extinção de milhares de animais e ve-getais, derretimento dos polos e vários outros problemas.

Zildene Pedrosa mostra mapa meteorológico

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Zildene Emídeo,

meteorologista

Tempestades são normais em determinadas estações. Agora, elas

não podem ser caracterizadas como catástrofes até porque infelizmente

esses desastres que ocorrem podem ser resultados de uma construção

mal planejada

Mapa mostra parte do país no Ipmet

Estado de São Paulo em foco

Em 2010, a região Amazônica foi pal-co da maior seca dos últimos 100 anos. Além de provocar o nível mais baixo do rio Negro de sua história e deixar pes-soas ilhadas, suas consequências ainda podem perdurar por mais alguns anos. Estudo de pesquisadores britânicos e brasileiros estimou o impacto da seca no estoque de carbono em floresta pri-mária. Com a morte das árvores, parte do dióxido de carbono na atmosfera não será absorvida, e mais: uma quan-tidade extra do gás será liberada na atmosfera, o que pode piorar o aqueci-mento global.

Já nos últimos meses, o sul do estado viveu um cenário marcado por áreas inundadas, deslizamentos, fortes ra-jadas de vento...Um tornado atingiu Santa Catarina deixando a cidade num prejuízo avaliado na época em R$ 112 milhões e mais 1.100 pessoas desabri-gadas ou desalojadas, segundo infor-mações da Defesa Civil.

Em Salvador, muitas pessoas mor-reram soterradas em um deslizamen-to de terra causado pela forte chuva que atingiu a região. No último dia dez

de maio, em Bauru, a chuva intensa – inclusive com granizo e ventos de aproximadamente 65 quilômetros por hora – causou diversos estragos dei-xando em média 30 mil residências sem energia elétrica.

“Essas pancadas de chuva ocorrem principalmente durante a tarde por causa das temperaturas elevadas que vivemos nessa época do ano. É normal vir com descargas elétricas, com gra-nizo...E isso ocorre porque na medida em que a nuvem sobe na atmosfera, a temperatura fica mais baixa e as gotas de água tendem a congelar”, detalha a meteorologista ressaltando que são fe-nômenos da natureza.

“Isso é natural em determinadas es-tações. Agora, elas não podem ser ca-racterizadas como catástrofes até por-que infelizmente esses desastres que ocorrem podem ser resultados de uma construção mal planejada”, disse exem-plificando as velhas ocorrências já re-gistradas em período de fortes chuvas nas avenidas Nações Unidas e Nuno de Assis, em Bauru.

Fenômenos como o furacão Catari-

na que atingiu a região entre o litoral de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul com ventos superiores a 150 km/h em março de 2004, são casos à parte e pouco explicados pelos especialistas. Para a meteorologista, na América do Sul, especialmente no Brasil, o risco de ocorrer um furacão é mínimo devido à ausência da combinação de fatores essenciais ao fenômeno: aquecimento da água do oceano, ventos constantes e fracos.

Portanto, na região de Bauru fica claro que é pouco provável ocorrer tal acontecimento. “Vivemos em uma cidade de clima tropical e cabe des-tacar que a mudança do clima pode influenciar a frequência e a intensi-dade desses eventos como a tempe-ratura, chuvas...

Enfim, aqui na região já tivemos casos de tornados, mas esses fatores são comuns e ocorrem independen-temente do aquecimento global.”, pon-tua Zildene, finalizando que as varia-ções do clima tanto em escala global como regional são fatores normais dentro da natureza.

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58

#COLUNA

Felipe Kobayashi

Especialista em cirurgia e traumatologia

bucomaxilofacial pela Santa Casa de Piracicaba. Professor do

Instituto IES Bauru (SP) e da Funorte

Franca

R E V I S TA A Z ! | J U L H O 2 0 1 5

A internet e as redes sociais são fon-tes excelentes de entretenimento. Vídeos engraçados, regiões re-motas e magníficas ao redor do mundo, música, receitas culiná-

rias, tudo ao alcance de um click! Conseguimos nos informar dos mais diversos temas sem precisar sequer pesquisar o que desejamos. Qualquer pes-soa que queira mostrar algo, simplesmente, pega seu celular, grava um vídeo, ou escreve um texto, e coloca em blogs ou nas redes sociais.

E aí, senhores, é que mora o grande perigo. Se-mana passada, estava acessando a minha rede social, quando me deparo com um tópico: “Os be-nefícios da água oxigenada”. Parei o que estava fazendo e resolvi ler, por curiosidade, do que se tratava. Inicialmente o texto ofende toda a minha classe de colegas, cirurgiões dentistas, alegando que nós enganamos nossos pacientes pra vender tratamentos caríssimos de clareamento dentário, que a solução desse problema era muito fácil e ba-rata! Aí vem a preciosa pérola, essa pessoa fez um texto imenso falando das indicações e qualidades da água oxigenada. Que ela tem o poder de clarear os dentes, matar os germes que causam gengivite, que podia ser utilizada contra o mal hálito, proble-mas de sinusite se aplicada pelo nariz em crianças, entre mais uma infinidade de coisas sensacionais.

Amigos, lendo esse texto eu pensei que tinha descoberto o Santo Graal do novo milênio! Men-tira, eu fiquei realmente preocupado foi com uma infinidade de pessoas que poderiam preju-dicar gravemente sua saúde com as falácias que

essa pessoa escreveu.Essa pessoa simplesmente esqueceu de colocar

algumas coisas importantes sobre a água oxigena-da: que pode causar queimaduras, ressecamento da pele, pode levar à formação de tumores malig-nos (câncer), entre mais uma infinidade de outras ressalvas sobre esse produto.

Vendo esse tópico, resolvi procurar um pouco mais em outras receitas caseiras para problemas simples e complexos nas redes sociais. Encontran-do algumas… digamos… pérolas do conhecimento popular. Algumas dessas já presenciei e tive que remediar os males causados por esses “remédios”: escovar os dentes com bicarbonato de sódio para limpar os dentes; comer uma maçã por dia te livra de tártaro nos dentes (cálculo dentário); água de bateria para dor de dente; alimentos crus para cura de câncer. Deixei a melhor de todas para o final: escalda pés por 10 dias matam os dois virus que causam enxaqueca.

A informação e a internet estão disponíveis para todos nós, consulto diariamente a internet sobre dosagem de medicamentos, técnicas operatórias, lançamento de novos materiais e mais uma infini-dade de outras coisas importantes para minha vida profissional ou social. O que devemos tomar muito cuidado é a fonte em que captamos essas informa-ções. Suspeite de curas milagrosas, busque fontes confiáveis e o mais importante, pergunte para al-guém que tenha mais conhecimento que você so-bre um determinado assunto. A opinião de alguém que você conhece e confia sempre será mais indi-cada do que de uma fonte qualquer da internet.

CURAS DA INTERNET

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HenriquePerazzi de Aquino,jornalista e professor

de História

H.P.A.

60

#COLUNA

Essa cidade pode ser abordada de diversas maneiras, modos e jei-tos. Cada personagem nela viven-do, representa um segmento e na junção de um com o outro, a for-

matação do que venha a ser essa nossa aldeia. Não quero escrever da cidade num todo, de efemérides, episódios, grupos políticos e sim, de uma personagem bem típica, digna repre-sentante do momento atual. Ela foi escolhida a dedo, pois segundo consta, representa um segmento marginalizado, oprimido, persegui-do e também injustiçado. Seria isso mesmo? Ao me deparar em como ela encara a si mesmo e o seu papel num todo, eis uma nova possibilida-de. Uma abordagem apresentada numa outra vertente. Ótimo, era o que necessitava para discutir Bauru (e por que não o país?).

Cristiane Ludgero, 32 anos é transexual. Con-quistou seu nome feminino, de papel passado e tudo, mas não se vangloria da situação, como se isso fosse a salvação da lavoura. Moradora da vila Nova Esperança, essa cabelereira, já tendo atuado em diversos salões da cidade, hoje só atende em sua casa ou a domicílio. Seu diferencial, o de não gostar nem um pouco de viver acuada por cau-sa de sua condição. Foi Rainha da Diversidade no Carnaval bauruense desse ano, a única eleita duas vezes e segundo ela, a primeira transexual que teve seu nome feminino registrado em Car-tório em Bauru. Um luxo só. Samba no pé não lhe falta, muito menos profissionalismo na profissão escolhida, mas nos últimos tempos e diante de acontecimentos dentro do meio LGBT, marca um posicionamento pouco usual, portanto, de vital importância ser divulgado e discutido.

“Sou contra a maioria dessas ONGs que dizem atuar em nossa defesa. Quanto mais classificam, mais desunem. A lei, a Constituição vale para todos no país e não se faz necessário criar nada especial em nossa defesa. A maioria deles se beneficia da situação e pouco nos ajudam. Somos todos seres humanos, com os mesmos direitos e deveres. E também discordo da propagação de rótulos, prin-cipalmente entre nós mesmos, com a repetição de termos como maricona, boy, trava ou mona. Somos todos de uma mesma classe. O que determina o ser humano é a sua capacidade, o seu potencial e não as suas opções. Os negros e os homossexuais precisam parar de sofrer com a síndrome do ‘alvo’. Achando que somos alvo em tudo, estigmatizamos demais nossa situação”, diz.

Polêmica? Sim. Mas não é isso o que quer. Quer mesmo é levar sua vida igual a qualquer outra pessoa e tenta fazê-lo, mesmo quando diante das tais adversidades. “Quanto mais me exponho, mais quero impor minha situação. Vejo muitos iguais a mim querendo se auto afirmar em cima de um di-reito natural. A exposição gratuita do corpo é uma forma de agressão a quem é contra e a intimidade deve ser feita a dois e em lugar apropriado”, conclui. Conservadora? Não, longe disso. Não quer é se vi-timizar, faz o que tem que ser feito, sem também querer aparecer mais do que necessário. Antes da despedida pergunto: “Já sofreu algum tipo de preconceito?”. Sua resposta é a melhor forma para encerrar esse texto e demonstrar o quanto é ne-cessário um melhor entendimento das diferenças, cada um tocando sua vida sem se preocupar com a do outro: ”Não sei, não presto atenção nas pessoas, apenas vivo”. Viver e deixar viver, eis a questão.

A TRANSEXUAL CRISTIANE

FOGE DOS GUETOS

R E V I S TA A Z ! | J U L H O 2 0 1 5

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61F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

#COLUNA

Especialista em projetos e secretário

municipal da Agricultura

Chico Maia

A força econômica do país está centrada nos estados e mu-nicípios. E são os governado-res e os prefeitos que estão à frente do processo de cresci-

mento das regiões urbanas e metropolita-nas. É ali que se encontram instaladas, e em operação, indústrias, estabelecimentos comerciais e instituições financeiras, além de outros serviços, todos responsáveis pela movimentação da economia brasileira.

São os governantes dessas duas instâncias administrativas, além de empresários e tra-balhadores, que detêm a massa crítica e a ca-pacidade de articulação e de mobilização dos recursos técnicos, econômicos e humanos, destinados a recolocar em funcionamento a economia. Isso acontece independentemente dos desdobramentos e desfecho da crise pro-vocada por denúncias de corrupção, ora obje-to de investigações.

O Brasil é maior do que qualquer governo e maior também do que as corporações políti-cas que procuram defender, antes de tudo, os

seus próprios interesses. Por isso, ele precisa encarar o seu futuro, que se constrói conti-nuamente, um dia após o outro, com traba-lho produtivo e investimentos, pelas mãos dos trabalhadores e empreendedores e com o apoio das administrações públicas locais.

Acredito que os prefeitos têm o papel de articular essa mobilização, de modo a en-sejar uma nova realidade — mais objetiva e generosa — para o país. O Brasil ainda não tem um projeto de Nação que aponte, com segurança, o caminho a seguir. Contudo, ele pode ser construído ainda nesta década, des-de que sejam competentemente aproveita-das as imensas potencialidades disponíveis e resolvidos os velhos problemas no campo da infraestrutura, logística, saneamento, saúde, habitação, educação, cultura, esporte e segurança, entre outros.

Esses projetos, porém, são de longa ma-turação e exigem pesados investimentos. É preciso elaborar os projetos e a viabilizar os recursos necessários para isso. É possível. É necessário. É urgente.

POR UM PROJETO DE DESENVOLVIMENTO

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R E V I S TA A Z ! | J U L H O 2 0 1 562

#COMPORTAMENTO

Texto Bruno MestrinelliImagem Banco de Imagens

Crise faz prefeiturainiciar implantação de call center para correr

atrás de inadimplentes

COBRAR PARA PROSPERAR

Page 67: Az! #27

63F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

Não havia dúvidas de que a crise econômi-ca no país afetaria Bauru. A própria pre-feitura atestou no ano passado, em maté-ria da Az!, que haveria poucos recursos para investimento. A aposta para que

Bauru não parasse seria apenas nas obras de asfalto e de esgoto já garantidas. E o cenário, infelizmente, foi pior do que o imaginado.

As contas para a previsão de receita e despesa de 2015, realizadas ainda em 2014, apontavam para uma estabilidade, ou seja, arrecadação igual de um ano para outro. Porém, de acordo com o secretario de Finanças, Marcos Garcia, houve retração naquilo que a prefeitura conta para gastar: menos 4% em relação a 2014.

Para tanto, a prefeitura já iniciou processos internos e também licitação para implantar um call center, ou seja, uma central de cobranças de inadimplentes. Ao todo, segundo dados de Marcos Garcia, a prefeitura vai correr atrás de cerca de R$ 100 milhões.

“A recessão que atinge o país hoje é, sem sombra de dúvidas, mais forte do que imaginávamos ao final do

ano passado. Esperávamos zero de crescimento nas re-ceitas, mas hoje já contamos com valores negativos, em torno de 4%”, lamenta o secretário.

Essa é a primeira vez, nos dois mandatos do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), que essa queda de arreca-dação acontece.

Além da cobrança direta, por meio de telefone, a pre-feitura também está prevendo protestos nos títulos de impostos atrasados. Isso aceleraria acordos, e também incharia o cofre público municipal.

O secretario de Finanças também lembra que muitas obras podem atrasar, causando problemas nas obras e nas contas públicas por conta de contingenciamento de verbas do Governo Federal. “A Prefeitura já tinha muito pouco de previsão de investimentos com recursos pró-prios; o pouco que tinha está todo contingenciado, ou seja, dificilmente haverá. Dos recursos que dependem do Governo Federal, assistimos atualmente um grande atraso por parte do governo”, explica Marcos Garcia.

Os impostos municipais que mais geram verba para a prefeitura são o IPTU e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Marcos Garcia,

Secretário de Finanças

A recessão que atinge o país hoje é, sem sombra de dúvidas, mais forte do que imaginávamos ao final do ano passado. Esperávamos zero de crescimento nas

receitas, mas hoje já conta-mos com valores negativos,

em torno de 4%

DADOS

O último levantamento da prefeitu-

ra em relação à arrecadação do IPTU

aponta R$ 39,1 milhões de pagamen-

tos este ano.

A previsão de arrecadação com

o imposto predial este ano é de

R$ 83 milhões.

A principal obra do governo Rodri-

go vai custar R$ 120 milhões, envia-

dos pelo Governo Federal: o trata-

mento de esgoto.

Page 68: Az! #27

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#COLUNA

Presidente daBatra, Bauru Transparente

Rafael Moia Filho

No momento em que alguns se-tores da sociedade começam a se interessar pela discussão de itens da reforma política, um item ganha destaque –

Financiamento das Campanhas eleitorais. Entretanto, precede que se discuta primei-ro o fim do caixa 2, a punição severa para a sonegação, lavagem de dinheiro e outros crimes correlatos no país.

O mais recente exemplo vem de Londrina (PR), onde um auditor da Receita Estadual pre-so naquela cidade afirmou, em depoimento ao MP, que a campanha da reeleição do governa-dor Beto Richa (PSDB) recebeu parte da propi-na do dinheiro desviado dos cofres públicos do Paraná. Cerca de R$ 2 milhões foram repassa-dos à campanha eleitoral de Richa.

Por infeliz coincidência, o segundo man-dato de Beto Richa está marcado desde ja-neiro na sua posse, por uma crise financeira interminável, que culminou com uma greve dos professores da rede estadual e depois dos servidores, quando estes tiveram seu

fundo de Previdência vilipendiado pelo go-vernador e sua base aliada na Assembleia.

Não se pode conceber que dinheiro de campanha eleitoral seja desviado para caixa 2, prática comum infelizmente, realizada im-punemente por quase todos partidos no país.

Não importa em princípio se privada ou pública, desde que haja rigor absoluto na apu-ração, fiscalização e controle dos TSE, MP e demais órgãos afins do país.

Basta de tanta corrupção, de tanta desfa-çatez de políticos que se passam de honestos enquanto seus partidos manipulam dados, verbas, recursos públicos ou privados à reve-lia das leis. Infelizmente, mensalão, escânda-lo da Petrobrás, não são exclusividade de um partido, existem muitos golpes, operações e corrupção no subterrâneo da política brasilei-ra, onde o povo é coadjuvante num processo que deveriam ser atores principais.

A punição dos envolvidos e o fim da im-punidade é o único remédio para acabar com esta situação que virou uma verdadei-ra epidemia no Brasil.

TANTO FAZ, É CAIXA 2 O PROBLEMA!

DINHEIRO PÚBLICOOU PRIVADO?

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Bauru tem, sempre, eventos que engrandecem cada vez mais a cidade. É gente impor-tante, que faz o dia a dia de

nossa região ficar mais agitado e, cla-ro, ajuda a movimentar a economia. O mês de junho teve eventos importantís-simos, como o lançamento da Expo 2015, lançamento do novo Audi, homenagem a JOÃOBIDU e Guerrinha e por aí vai...

FESTA JUNINA FIBLeonardo Pietrucci e Amanda Marie

FEIRA DE NOIVAS SUNSHINE MODELS ABERTURA EXPORicardo Bizarra

HOMENAGEM A JOÃO BIDUE GUERRINHA

LANÇAMENTO AUDICarlos Eduardo Dainesi

TORNEIO DE CHURRASCOCarlos Fassone

ARRAIÁ AÉREO

INAUGURAÇÃO RENAISSANCERESIDENCIAL GERIÁTRICO

SOCIAL AZ!

Page 71: Az! #27

Fabio Trawitzki e Nathalia Pereira

Jéssica Sanches e Lucas Muniz

Natalia Mota Fernando Lima e Camila Xavier

Amanda Marie e Ana Laura Milani Fábio Mesquita, Cláudia Mesquita, Eloísa Mesquita,Bruna Ranieri, Dudu Ranieri e Marli Ranieri

Inara Spanholo, Isabelle Marinelli,Victória Brito, Nathalia Faria

67F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

#SOCIAL

FESTA JUNINA - FIB

Priscila Moura e Andreza Cristina Evelyn Rodrigues e Pedro Prudente

Page 72: Az! #27

R E V I S TA A Z ! | J U L H O 2 0 1 568

#SOCIAL

RENAISSANCE RESIDENCIAL GERIÁTRICO

Dra. Sônia Alécio, Dr. Guilherme Pupo,Joana Bacci e Dr. Maria Luiza Nagao Joana Bacci e convidados

Daiane de Oliveira Dr. André Bruno e Cidinha Bruno Carlos Silva e Géssica Martins

Camila Loureiro. Joana Bacci e Andrea Lima

Joana Bacci, Dr. Guilherme Pupo e Luiz Bacci Dra. Juliana Bosi e Joana Bacci

Dr. Paulo Bernardi, Joana Bacci e Carina Adam

Page 73: Az! #27

Desfile Feira de Noivas

Participantes da Feira de Noivas SunshineFoto Claudemir Pedrozo

Antonio Alencar e Ana Alencar

69F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

FEIRA DE NOIVASSUNSHINE MODELS

Célia Noivas e Luck Dias, Sunshine Models

Desfile Feira de Noivas Desfile Feira de Noivas Desfile Feira de Noivas

Page 74: Az! #27

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#SOCIAL

ABERTURA EXPO

Tay Gonçalves

Emílio Brumati, Kalinka Yoshioka,Érico Braga e André Brumati

Drica Simões

Rafael Silva, Mayra Malavolta, Alex Barreto, Ivana Silva, Jaqueline Pereira,Talita Zaparolli, Wagner Carvalho e Bruno Mestrinelli

Fernanda Batista

Jurandir PoscaPâmela Teixeira e Lilian Kretter

Michele Obeid Nilson Pereira e Luciana Pacheco Nayara Assis e Mayara Luna

Page 75: Az! #27

71F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

ARRAIÁ AÉREO

Pedro Rocha e Maria Eduarda Rocha

Lara Miranda e Enzo Miranda

Marcos Pontes, Vitor Carreira e Thiago Carreira

Júlio Vieira, Emanueli RodriguesVieira e Fabiane Rodrigues

Helder Santos, Emily Santose Natalia Colodiano

Fabiana Turra, Vítor Carreirae Thiago Carreira Andreia Banhos e Julia Banhos Davi Mezalira e Nayara Amaral

Page 76: Az! #27

R E V I S TA A Z ! | J U L H O 2 0 1 572

#SOCIAL

LANÇAMENTO AUDI

Débora Fiorane

Sergio Rodrigues, Nicolas Mendes,Ítalo Mendes e Silvana Mendes

Flávio e Léia Artioli

Rodrigo Mandalitti, Ricardo Dido,Reinaldo Mandalitti e Marcelo Camolese Larissa Castro, Jaqueline Carvalho e Lara Moraes

Chiara Pampado Rodrigo Carvalho e Pedro Carvalho

Page 77: Az! #27

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TORNEIO DE CHURRASCO

Gabriel Cordeiro e Thaís Barnabé Aline de Souza e Odrey de Souza Luciana Xavier e Pamela Teixeira

Liliana Tavares, Marcos Paulo e Mariana Simão Camila Almeida e Guilherme Oliveira

Flávio Azevedo Luiz Miguel

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75F A C E B O O K . C O M / A Z B A U R U

FESTA JUNINA DO ESTORIL V

Rodrigo e Karen MandalitiTatiana e Raul Rudgee as filhas Rafaela e Heloísa Valentina Abdo e Júlia Janeiro

Pamela Bueno, Ana Laura Gomese Victória Gomide

Marcos Félix, Ana Laura Motta, Daniela Belucca, Fernanda Belucca, Marcos Belucca e Lia Amaral

Carlos Martha e Luciana Martha

Isabela Carvalho, Larissa Cruz e Isabella Leme

Juliana e Maria Carolina Travain Pagotto

Celso Pimentel Marthae Vera Martha

Guilherme Engler, Daniele Palma,Eduardo Engler e Ricardo Olivato

Page 80: Az! #27

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#SOCIAL

HOMENAGEM A JOÃOBIDU E GUERRINHA

Antonio Rodrigues, Pedro Romoaldo,Toninho Gimenez e Eduardo BorgoAmirtes Araújo e Élio Vitti

José Carlos Eduardo GonçalvesJOÃO BIDU com a medalha Custus Vigilat

Jorge Guerra e Artêmio Caetano JOÃOBIDU e Paulo Eduardo

Ricardo Carrijo

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Jorge Guerra e JOÃOBIDUDona Inês, esposa de JOÃOBIDU

Dona França (mãe de JOÃOBIDU) com o irmão dele, Roberto, e a neta do homenageado, Nina Dona Maria e Carolina Guerra

Renata Reis Carolina Guerra Lia de Paula e Sandra Mello

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#TIRANDO O CHAPÉU

82

Chinelo

AntonioPedroso Junior,

o Chinelo, éescritor filiado a União Brasileira

de Escritores– UBE. Autor de diversos

livros, entre eles Subversivos Anônimos e

Sargento Darcy, Lugar Tenente

de Lamarca

Milton Dota vestindo chapéu que ganhou de seu neto

N ascido em Avaí, filho de José Victório Dota e de Ana Pietroforte Dota, criado na zona rural conhecida como Mata--Sede, Milton Dota mudou-se para

Bauru no final do ano de 1957, com a finalidade de trabalhar e prosseguir seus estudos, tendo concluído o ginásio no Liceu Noroeste, cursado Contabilidade no SENAC, Direito na Instituição Toledo de Ensino e Es-tudos Sociais na antiga FAFIL, hoje USC. Foi eleito pre-sidente da Federação Bauruense Estudantina – FBE – no final de 1963 e deposto no inicio de abril de 1964, por ocasião do Golpe Militar. Procurado pela polícia e pelos legionários da FAC – Frente Anticomunista -, conseguiu evadir-se em companhia do companheiro Saad Zogheib Sobrinho, indo se refugiar na proprie-dade rural do genitor.

Em 1968, foi preso quando participava do clandesti-no Congresso da UNE em Ibiúna-SP, com a prisão pre-ventiva decretada e permanecendo encarcerado por dois meses, saindo da prisão em 12/12/1968, véspera do decreto do famigerado AI-5. Detalhe curioso é que o seu habeas-corpus foi concedido pelo então Minis-tro do STM, Ernesto Geisel. Em decorrência da prisão, acabou perdendo o ano na Faculdade de Direito, for-

mando-se somente no ano seguinte e em razão de sua militância política foi perseguido e compelido a pedir demissão dos quadros funcionais do então INPS, indo trabalhar como agente autônomo de valores e iniciar a carreira como advogado.

Atuou no combate à Ditadura Militar, atuando na Ação Popular – AP -, ligada à Igreja Católica, Movi-mento Revolucionário 8 de Outubro – MR-8 – e Parti-do Comunista Brasileiro e claro, dentro do único parti-do legal de oposição existente, o MDB. Nas eleições de 1982, foi eleito vereador e reeleito em 1988, tendo sido presidente da Câmara no biênio 87/88, período em que foi elaborada a Lei Orgânica do Município. Como vereador, conseguiu com que o governador Franco Montoro doasse o prédio da Câmara Municipal para o município e inclui clausulas na escritura de compra do Estádio Alfredo de Castilho, com a finalidade de im-pedir que este pudesse um dia, ser transferido para a iniciativa privada.

Milton Dota tem uma trajetória de vida coerente e calcada na ética, defendendo ao longo de décadas uma sociedade igualitária na qual a Justiça Social prevale-ça, razão pela qual resolvemos tirar o chapéu para esta figura histórica de nossa cidade

MILTON DOTA

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83FAC E BOOK . COM /A Z B AU RU

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