avaliacao neurologica ii

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  • 8/10/2019 Avaliacao Neurologica II

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    Avaliao NeurolgicaProf. M.Sc. Hesmoney Santa

    RosaMdico Neurocirurgio

    Titular Sociedade Brasileira

    NeurocirurgiaEfetivo Soc. Brasileira de Coluna

    Prof. Adjunto UNIT

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    Reviso da Anatomia

    Encfalo: constitudo por 3 fossas, que so:

    Anterior: hemisfrios cerebrais frontais; Mdia: lobos parietal, temporal e

    occiptal;

    Posterior: tronco cerebral e bulbo(tronco=mesencfalo e ponte).

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    O exame neurolgico faz parte daanamnese e do exame fsico geral dopaciente;

    Durante a anamnese devem serobservadas as condies do meio

    ambiente do paciente, de seuscomportamentos emocional, fsico ecognitivo.

    Em algumas situaes necessria a

    presena de algum membro da famlia ouamigo, que possa responder as perguntas.

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    O Exame Neurolgico

    A avaliao neurolgica compreende 5etapas:

    Funo cerebral Nervos cranianos

    Sistema motor

    Sistema sensitivo

    Reflexos

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    Funo cerebral

    Observar aspecto e comportamento doindivduo, seu modo de se vestir e sua

    higiene pessoal. A postura, os gestos, aexpresso facial e atividade motora; odiscurso (a fala coerente?). O indivduo

    est responsivo e alerta, ou sonolento etorporoso?

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    Sistema motorAvaliar tnus e fora muscular,

    coordenao e equilbrio.

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    Sistema sensitivo

    Muito complexo, e exige a colaborao dopaciente. A avaliao envolve testes de

    sensibilidade ttil, dor superficial,sensibilidade vibratria e propriocepo.

    Importante durante a avaliao que oindivduo permanea com os olhosfechados.

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    Reflexos

    Permite que o examinador avalie arcosreflexos involuntrios, que dependem da

    presena de receptores aferentes deestiramento. Os reflexos comuns quepodem ser testados incluem o bceps, obraquiradial, o trceps, a regio patelar e o

    calcanhar.

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    Avaliao da Conscincia

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    Avaliao da Conscincia

    Percepo do indivduo consigo mesmo ecom o meio ambiente em que vive.

    Significa que o mesmo responde sperguntas e/ou comandos de forma clara,objetiva e orientada.

    O nvel de conscincia expressa o grau dealerta comportamental do indivduo, oestado de alerta e viglia.

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    Avaliao do contedo da Conscincia

    Necessria capacidade cognitivapreservada para a maior parte do exame;

    No contedo so realizadas as seguintes

    avaliaes: ateno e concentrao,memria, estado afetivo, linguagem,raciocnio e orientao.

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    Orientao a conscincia de tempo, espao e

    pessoa. Pode-se fazer algumas perguntas

    sobre identificao pessoal, nome,profisso, etc.

    Na avaliao temporal: perguntar ms, dia

    da semana, dia do ms. Na avaliao espacial: perguntar sobre o

    local onde o paciente se encontra, oendereo de sua casa, etc.

    Orientao

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    Elementos bsicos para a avaliao donvel de conscincia:

    Perceptividade: corresponde a respostascomplexas, como gestos e palavras, ou maissimples, como piscamento ameaa.

    Reatividade: relacionada com mecanismos

    presentes desde o nascimento, como viso, audio,

    reao de despertar,

    reao de orientao e

    reaes focais e gerais dor.

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    Estmulos

    Auditivos: inicialmente tom de voz normal,se no houver resposta elevar tonalidade.

    Na presena de respostas, avaliar o graude orientao do paciente.

    Tteis: podem ser aplicados junto aosauditivos para despertar o paciente. Se noocorrer resposta, estmulos dolorososdevem ser aplicados.

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    Estmulos

    Dolorosos: mtodo mais indicado a aplicao de uma compressoperpendicularmente ao leito ungueal proximal(mos ou ps), com a ajuda de instrumentos(caneta, lpis ou a prpria unha). Outras reas: regio supra orbital, msculo

    trapzio e esterno.

    Estmulos intensos e repetidos podemcausar leses na pele, hematomas ou outrostraumatismos locais e psicolgicos.

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    Alteraes no Nvel de Conscincia

    Rebaixamento do nvel de conscincia oparmetro mais sensvel de insuficinciaenceflica.

    Pode ter incio com pequena confusomental, com dificuldade de elaborao defrases e armazenamento de informaes,podendo chegar sonolncia at o coma.

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    Alteraes mais comuns Letargia ou sonolncia:paciente acorda ao

    estmulo auditivo, est orientado no tempo,espao e pessoa, responde lenta e

    vagarosamente ao estmulo verbal, elaborao de processos mentais e atividade motora.

    Cessado o estmulo verbal, retorna aoestado de sonolncia.

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    Estado confusional agudo ou del i r ium:

    sintomas de incio agudo, de carter flutuante e

    com intervalos de lucidez. Pode apresentar um ou + sintomas: inateno

    aos estmulos, diminuio da capacidade de

    concentrao, desorganizao e incoerncia dopensamento, desorientao em

    relao ao lugar e ao tempo, distrbios

    de memria, rebaixamento do nvel

    de conscincia (sonolncia).

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    Obnubilao:paciente muito sonolento, ouseja, necessita ser estimulado intensamente,

    com associao de estmulo auditivo maisintenso e estmulo ttil.

    Pode responder a comandos simples (p. ex.:

    quando solicitado para colocar a lngua parafora da boca).

    Responde apropriadamente ao estmulodoloroso.

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    Estupor ou torpor:

    Mais sonolento, no responsivo,necessitando de estimulao dolorosa pararesponder.

    Responde apropriadamente ao estmulo

    doloroso, apresenta resposta com sonsincompreensveis e/ou com aberturaocular.

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    Coma:estado em que o indivduo nodemonstra conhecimento de si prprio e domeio ambiente, com ausncia do nvel dealerta, ou seja, inconsciente, no interagindocom o meio e com os estmulos externos,

    permanecendo com os olhos fechados,como em um sono profundo.

    Neste estado o paciente

    apresenta apenas respostas dereatividade.

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    Estado de COMA

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    Escala de Coma de GlasgowAvaliao Pontuao

    . Abertura ocular Espontnea 4 pontosPor Estimulo Verbal 3 pontosPor Estimulo A Dor 2 pontosSem Resposta 1 ponto

    . Resposta verbal Orientado 5 pontosConfuso (Mas ainda responde) 4 pontosResposta Inapropriada 3 pontosSons Incompreensveis 2 pontosSem Resposta 1 ponto

    . Resposta motora Obedece Ordens 6 pontos

    Localiza Dor 5 pontosReage a dor mas no localiza 4 pontosFlexo anormal Decorticao 3 pontosExtenso anormal - Decerebrao 2 pontosSem Resposta 1 ponto

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    Escala de Coma de Glasgow

    Coma ScoreGrave < 8

    Moderado 9 12Leve >12

    Classificao do paciente

    A escala de coma serve para classificar os pacientes

    em coma.

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    Escala de Coma de Glasgow

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    Escala de Coma de Glasgow

    Em que ano

    estamos?

    2002 1972

    Solta!Almoo!NoHugh! Ahrr!

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    Escala de Coma de Glasgow

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    Consideraes

    Quando a pontuao for inferior ou igual 8,faz-se necessrio a avaliao dos demais

    parmetros: Pupilas

    Motricidade ocular

    Padro respiratrio

    Padro motor

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    Causas de Coma

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    Como ser um Bom Mdico?

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    Dia do Mdico 18 de Outubro

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    Exame pupilar

    Avaliar dimetro, simetria, assimetria ereflexo fotomotor;

    Comparar uma pupila outra; Dimetro normal: em mdia 3,5mm;

    O dimetro pode ser medido com uma

    rgua ou por pupilmetro.

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    Avaliao da fora muscular

    Motricidade: capacidade de contrao erelaxamento do msculo esqueltico,

    controlada por fibras do sistema piramidal,extrapiramidal e cerebelar.

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    Sistema piramidal

    Responsvel pela motricidade voluntria eintegra os movimentos que exigemhabilidade, movimentos delicados oucomplicados.

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    Sistema extrapiramidal

    Responsvel pela manuteno do tonomuscular e pelo controle dos movimentoscorporais, principalmente a deambulao.

    A leso extrapiramidal no causa ausnciade fora motora, mas leva a um aumentono tono muscular, a alteraes na posturae na marcha, lentido ou abolio dosmovimentos involuntrios.

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    Sistema cerebelar

    Responsvel pela movimentaoautomtica, involuntria e por correes emodulaes dos movimentos voluntrios.

    Proporciona um movimento mais preciso ecoordenado;A leso no sistema cerebelar conduz a

    alteraes na coordenao, na marcha, noequilbrio, como tambm reduz o tnusmuscular.

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    A avaliao motora realizada paraidentificar o grau de incapacidade e/ou dedependncia do paciente em realizar ummovimento ou de movimentar-se.

    Durante a avaliao da fora muscular,observa-se: a postura, o tono muscular, osreflexos, os tipos de movimentos e acoordenao dos grupos musculares.

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    Drenos e Catteres Cerebrais

    Comum em pacientes neurolgicos na UTI;

    Uso de cateteres em regio ceflica ou

    lombar; Necessrio equipe de enfermagem

    conhecer os diversos tipos de cateteres,sua funo e indicao.

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    Espao Epidural

    Espao virtual entre a duramater e a tbuassea interna do crnio, onde ocorrem oshematomas epidurais ou extradurais no

    TCE. Pode ser usado em PO, do tipo suctor,

    para evitar colees serosanginolentas;

    As colees podem levar bito, dada agravidade dos hematomas epidurais.

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    Espao Subdural

    Espao situado imediatamente abaixo daduramater, e abriga os chamados hematomassubdurais, que podem ser ps-traumticos ou ps

    ruptura de malformaes vasculares do SN ouespontneos.

    O dreno utilizado em PO de hematomassubdurais crnicos, com uso de cateteresmaleveis e delicados, conectados a sistemas dedrenagem ventricular externa.

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    Cont.

    Nestes casos, a drenagem se faz por ao

    da gravidade, sendo importante manter abolsa coletora em nvel abaixo da cabeado paciente;

    Tambm no deve permitir a entrada de arno sistema, o que levaria ao acmulo de arno espao subdural, condio conhecida

    como pneumoencfalo, ocasionandoaumento na PIC e exigir que seja feitacirurgia de urgncia.

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    Cont.

    Cateteres lombares podem ser colocados

    no espao subdural, porm em colunaespinhal lombar. So tambm conhecidoscomo drenagens ou derivaes lombares;

    Indicados para diminuir a presso do LCRacima do local de sua introduo, paratratar fstulas liquricas espontneas ouadquiridas de coluna espinhal ou ceflica;

    Pode ainda ser utilizado paraadministrao de frmacos.

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    Sistema Ventricular

    Estruturas cavitrias profundas do SN, revestidaspor epitlio e plexo coride (estruturaespecializada em produzir LCR);

    LCR: produzido por clulas epiteliais do plexocoride do III e IV ventrculos, indo para espaosubaracnide pelos forames especficos;

    LCR reabsorvido pelas granulaesaracnoideas, junto aos seios venosos doencfalo.

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    Derivaes Ventriculares Externas - DVE

    O sistema fechado de drenagem de LCRconsiste em uma cateterizao cirrgica dosistema ventricular, exteriorizao docateter pela pele e acoplamento do mesmoa um sistema coletor (bolsa de drenagem).

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    Indicaes

    Utilizado no controle do volume e dapresso liqurica, por intermdio dadrenagem temporria externa de LCR,quando no houver indicao de sistemade derivao interna permanente (DVPderivao ventrculo-atrial ou peritoneal).

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    Indicaes mais comuns

    Hidrocefalia por meningite; Hidrocefalia por sangramento intraventricular (no AVE

    hemorrgico hipertensivo ou por ruptura deaneurisma cerebral ou outra formao crebro-

    vascular); Em PO de neurocirurgia quando pode haver

    hidrocefalia ps-op; Qualquer forma de hidrocefalia aguda, com rpida e

    progressiva deteriorao neurolgica, pela facilidadee rapidez do procedimento; Acoplar sistema transdutor para monitorizao da

    PIC;

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    Aspectos Tcnicos

    O sistema de drenagem externa consisteem uma bolsa coletora + extenso, quepermite a drenagem do LCR sem contato

    com o meio exterior. Vrios modelos, que basicamente so

    compostos por:

    Cateter proximal ou ventricular Sistema de tubagem (extenso) Bolsa coletora

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    Aspectos tcnicos

    Cateter de aproximadamente 23cm, de silicone eradiopaco;

    Sistema de tubagem possui conexo macho do tipoluer-lock em uma extremidade, para adaptar aocateter ventricular;

    Na outra extremidade: torneira de 3 vias, em quese pode adaptar uma conexo com transdutor paraaferio da PIC;

    Bolsa coletora descartvel e exclusiva paradrenagem de LCR;

    A maioria possui cmara de gotejamento;

    Cont

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    Cont.

    Bolsa possui escala em mmHg ou em cm H2O; Drenagem do LCR feita contra um gradiente de

    presso hdrosttica, ou seja, depende da altura emque se coloca a bolsa coletora aberta; PIC normal=20mmHg, colocar bolsa ao nvel do

    forame de Monroe;

    A orelha pode corresponder maisaproximadamente a este elemento; Podem haver variaes individuais, para mais ou

    menos, de acordo com o tipo de patologia;

    Cuidados imprescindveis devem ser tomadosquando da mudana de decbito, alterao daaltura da cabeceira e transporte do paciente, parase evitar a hipo ou hiperdrenagem de LCR.

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    Efeitos da PIC sobre o fluxo sangneocerebral

    O fluxo sangneo cerebral (FSC) = relao entre a presso de perfuso cerebral(PPC) e a resistncia vascular cerebral(RVC).

    O fluxo sangneo cerebral mantidoestvel custa de adaptaes da RVC, que

    modificada por mecanismos de auto-regulao.

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    Para efeitos prticos, a presso no interiordas veias cerebrais igual PIC;

    A presso venosa cerebral deve sermantida pouco acima da PIC, para impediro colapso das veias;

    Quando a PIC sobe, a presso nas veiascerebrais de paredes finas aumenta namesma proporo. Isto ocorre para evitar o

    colapso das veias e consequenteinterrupo do fluxo sangneo cerebral.

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    Por isso, a PPC, que consiste na diferena

    entre a presso arterial e a venosa, temvalor aproximado da diferena entre aspresses arterial e intracraniana.

    Estas relaes podem ser sistematizadasna seguinte equao:

    PPC= PAMPIC

    Deve-se ficar atento gasometria arterial: CO2= vasodilatador cerebral O2 e pH altos= vasoconstrico

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    Consideraes bsicas para amonitorizao da PIC

    O procedimento dever causar leso ou irritaomnima s estruturas intracranianas;

    O risco de infeco dever ser mnimo;

    Manter a conexo entre o sistema ventricular ousubaracnoideo e os sistemas transdutores semnenhum vazamento de lquido;

    O equipamento dever ser de fcil manuseio,confivel e de simples adaptao para o pessoal deenfermagem.

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    Indicaes de monitorizao da PIC

    Pacientes sem abertura ocular, ausncia de respostaverbal e postura motora inadequada (pacientes comGlasgow 7);

    Pacientes com estudo tomogrfico de leso expansiva

    e com resposta motora de descerebrao e/oudecorticao; Pacientes com leses difusas, para seguimento de

    tratamento da HIC e alteraes das medidasteraputicas (swelling);

    Pacientes politraumatizados, com alterao do nvel deconscincia; Seguimento aps procedimentos neurocirrgicos para

    tratamento de leses expansivas intracranianas.

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    Contra-indicaes (relativas)

    Pacientes conscientes;

    Pacientes com coagulopatias,

    frequentemente observadas em pacientespolitraumatizados graves.

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    Consideraes

    A monitorizao da PIC permite umaabordagem teraputica adequada;

    Elevaes da PIC podem ocorrer com atosse, espirro, durante aspirao desecrees, rotao excessiva da cabea(por compresso unilateral da jugular),

    cadaros fixadores de TOT (por compressoda jugular bilateral).

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    Presso de Perfuso Cerebral

    PPC = PAMPIC

    PPC normal: 70 mmHg PPC abaixo de 60-70: aumento de

    mortalidade e seqelas neurolgicas.

    Monitorizao: saturao venosa do bulbojugular.

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    Extrao Cerebral de Oxignio

    A ECO2 identifica o grau de acoplamentoentre o consumo e a oferta de O2.

    A ECO2 calculada atravs da equao:ECO2=Sata O2- Satj O2Valores normais= entre 24 42%

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    O aumento destes valores significa maiorextrao, e portanto indicando umasituao anxica-isqumica.

    Cuidados: manter o cateter bulbo jugular EXCLUSIVO para

    coleta de sg, e com identificao em local visvel;

    Manter infuso contnua de SF 0,9% em BI de 5 10ml/h, para manuteno da permeabilidade.

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    Fluxo Sangneo Cerebral

    Crebro: 750 ml de sangue/min => 15% do DC e 20% doconsumo de O2 cerebral.

    FSC normal: 50-60 ml/100g/min

    Se o FSC cai: diminui funo neuronal e depois, h lesocerebral irreversvel.

    Se o FSC aumenta: edema cerebral e reas de hemorragia.

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    Temperatura

    30-40% do O2consumidopelo crebro

    para manter aintegridadecelular.

    Declnio de

    10C consumo deO2 em 50%.

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    Sedao

    Depressoprofunda daatividade

    cerebral.

    Diminui oconsumo deO2.

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    Auto-regulao

    Mecanismos que mantm o FSCconstante mediante a flutuao da PAM.

    PPC = compensado por vasodilatao

    PPC = compensado por

    vasoconstrico

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    O2

    PaO2

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