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AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA COMPARATIVA DOS EFEITOS DE DOIS MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA ARTICAINE 100® SOBRE O PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR EM RATOS. COMPARATIVE HISTOLOGYCAL EVALUATION OF THE EFFECTS EVOKED FROM TWO METHODS OF ARTICAINE 100 ANESTHETIC SOLUTION APLICATION ON THE ALVEOLAR HEALING PROCESS IN RATS. Gustavo Silva PELISSARO Luiz Alberto MILANEZI Tetuo OKAMOTO Roberta OKAMOTO RESUMO: A indústria farmacêutica vem desenvolvendo novos anestésicos locais no intuito de minimizar seus efeitos adversos e potencializar sua ação. Diante desse panorama, foi desenvolvido este estudo com o propósito de avaliar, comparativamente, dois métodos de utilização da solução anestésica Articaine 100® sobre feridas de extração dental, através de análise histológica. Para tanto, utilizou-se 60 ratos assim distribuídos: 20 espécimes se prestaram como controle (Grupo I), não recebendo qualquer tratamento adicional à extração do incisivo superior direito; 20 receberam anestesia terminal infiltrativa vestibular e palatina na região do incisivo superior direito com a solução anestésica Articaine 100® previamente à extração, compondo o Grupo II; os outros 20 ratos receberam a mesma anestesia seguida de tamponamento da ferida cirúrgica após a extração com gaze embebida na solução de Articaine 100®, formando o Grupo III. Os animais sofreram eutanásia nos 3º, 7º, 15º e 24º dias pós-operatórios com posterior remoção das maxilas operadas e sua fixação em formalina a 10%. Seguiram-se os procedimentos laboratoriais de rotina para inclusão em parafina e microtomia da peça, obtendo-se cortes corados pela técnica de hematoxilina e eosina para estudo microscópico. A análise histológica, com base na metodologia desenvolvida, permitiu-nos concluir que a solução anestésica Articaine 100®, apesar de biologicamente compatível com a evolução do processo de reparo alveolar em ratos, provocou atraso em todas as fases dessa reparação, notadamente quando associada ao tamponamento alveolar. UNITERMOS: Cicatrização; Anestésicos locais; Articaína. 9 __________________________________________________________________________________________________________ * Mestre em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, UNIMAR, Marília - SP. ** Professores Titulares do Programa de Pós-Graduação, UNIMAR, Marília - SP. *** Professora Voluntária Doutora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da FOA, UNESP, Araçatuba - SP. comparada aos outros anestésicos de uso INTRODUÇÃO rotineiro na prática odontológica. Alguns estudos com esse novo Os diversos tipos de anestésicos locais anestésico vêm sendo desenvolvidos no âmbito utilizados na clínica odontológica têm sido da avaliação histológica sobre a cronologia de responsabilizados como fatores de interferência reparação alveolar após exodontia em ratos. na cronologia do processo de reparo alveolar, Garbin Júnior , avaliou a influência da solução notadamente quando colocados em contato com anestésica contendo 4% de articaína associada à a mucosa gengival, ligamento periodontal, 1:200.000 de adrenalina(Septanest 1:200.000®) parede alveolar ou coágulo sangüíneo . no processo de reparo alveolar, quando infiltrada Recentemente, novos agentes anestésicos foram nas regiões vestibular e palatina da mucosa bucal introduzidos no mercado, visando melhor do rato, seguida ou não de irrigação alveolar com efetividade com menor efeito sistêmico. Dentre esse anestésico. Os resultados obtidos estes agentes podemos citar a articaína, um sal mostraram que houve atraso na cronologia do anestésico sintetizado em 1969 e introduzido no processo de reparo alveolar em todos os grupos Brasil somente em 1998, com o nome comercial experimentais, com maior retardo nos animais de Septanest®, na concentração de 4% que receberam anestesia terminal infiltrativa associado à adrenalina nas proporções de antes da extração dental e irrigação do alvéolo 1:100.000 e 1:200.000. após o procedimento cirúrgico. Além de ser um produto relativamente Veronese et al. estudou a influência de novo no mercado nacional, a articaína possui solução anestésica contendo 4% de articaína propriedades interessantes com relação à associada à 1:100.000 de adrenalina ( Articaine potência, duração e metabolismo quando ISSN 1677-6704 Revista Odontológica de Araçatuba, v.28, n.2, p. 09-18, Maio/Agosto, 2007 1 2 2 3 1, 3, 18, 19, 22, 23 23 9 17

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AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA COMPARATIVA DOS EFEITOS DE DOIS MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA ARTICAINE 100® SOBRE O PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR EM RATOS.

COMPARATIVE HISTOLOGYCAL EVALUATION OF THE EFFECTS EVOKED FROM TWO METHODS OF ARTICAINE 100 ANESTHETIC SOLUTION APLICATION ON THE ALVEOLAR HEALING PROCESS IN RATS.

Gustavo Silva PELISSAROLuiz Alberto MILANEZI

Tetuo OKAMOTORoberta OKAMOTO

RESUMO: A indústria farmacêutica vem desenvolvendo novos anestésicos locais no intuito de minimizar seus efeitos adversos e potencializar sua ação. Diante desse panorama, foi desenvolvido este estudo com o propósito de avaliar, comparativamente, dois métodos de utilização da solução anestésica Articaine 100® sobre feridas de extração dental, através de análise histológica. Para tanto, utilizou-se 60 ratos assim distribuídos: 20 espécimes se prestaram como controle (Grupo I), não recebendo qualquer tratamento adicional à extração do incisivo superior direito; 20 receberam anestesia terminal infiltrativa vestibular e palatina na região do incisivo superior direito com a solução anestésica Articaine 100® previamente à extração, compondo o Grupo II; os outros 20 ratos receberam a mesma anestesia seguida de tamponamento da ferida cirúrgica após a extração com gaze embebida na solução de Articaine 100®, formando o Grupo III. Os animais sofreram eutanásia nos 3º, 7º, 15º e 24º dias pós-operatórios com posterior remoção das maxilas operadas e sua fixação em formalina a 10%. Seguiram-se os procedimentos laboratoriais de rotina para inclusão em parafina e microtomia da peça, obtendo-se cortes corados pela técnica de hematoxilina e eosina para estudo microscópico. A análise histológica, com base na metodologia desenvolvida, permitiu-nos concluir que a solução anestésica Articaine 100®, apesar de biologicamente compatível com a evolução do processo de reparo alveolar em ratos, provocou atraso em todas as fases dessa reparação, notadamente quando associada ao tamponamento alveolar.

U N I T E R M O S : C i c a t r i z a ç ã o ; A n e s t é s i c o s l o c a i s ; A r t i c a í n a .

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__________________________________________________________________________________________________________* Mestre em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, UNIMAR, Marília - SP.** Professores Titulares do Programa de Pós-Graduação, UNIMAR, Marília - SP.*** Professora Voluntária Doutora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da FOA, UNESP, Araçatuba - SP.

comparada aos outros anestésicos de uso INTRODUÇÃOrotineiro na prática odontológica.

Alguns estudos com esse novo Os diversos tipos de anestésicos locais anestésico vêm sendo desenvolvidos no âmbito utilizados na clínica odontológica têm sido da avaliação histológica sobre a cronologia de responsabilizados como fatores de interferência reparação alveolar após exodontia em ratos. na cronologia do processo de reparo alveolar, Garbin Júnior , avaliou a influência da solução notadamente quando colocados em contato com anestésica contendo 4% de articaína associada à a mucosa gengival, ligamento periodontal, 1:200.000 de adrenalina(Septanest 1:200.000®) parede alveolar ou coágulo sangüíneo . no processo de reparo alveolar, quando infiltrada Recentemente, novos agentes anestésicos foram nas regiões vestibular e palatina da mucosa bucal introduzidos no mercado, visando melhor do rato, seguida ou não de irrigação alveolar com efetividade com menor efeito sistêmico. Dentre esse anestésico. Os resultados obtidos estes agentes podemos citar a articaína, um sal mostraram que houve atraso na cronologia do anestésico sintetizado em 1969 e introduzido no processo de reparo alveolar em todos os grupos Brasil somente em 1998, com o nome comercial experimentais, com maior retardo nos animais de Septanest®, na concentração de 4% que receberam anestesia terminal infiltrativa associado à adrenalina nas proporções de antes da extração dental e irrigação do alvéolo 1:100.000 e 1:200.000. após o procedimento cirúrgico.Além de ser um produto relativamente

Veronese et al. estudou a influência de novo no mercado nacional, a articaína possui solução anestésica contendo 4% de articaína propriedades interessantes com relação à associada à 1:100.000 de adrenalina ( Articaine potência, duração e metabolismo quando

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100®) no processo de reparo em feridas de Para a realização do presente estudo extração dental em ratos, após anestesia intra- foram utilizados 60 ratos (Rattus norvegicus, ligamentar e intra-alveolar. A análise dos albinus, Wistar), adultos, machos, livres de resultados revelou atraso na reparação alveolar qualquer entidade patológica ao exame clínico e em todos os grupos tratados com a solução com peso variando entre 280 e 320 gramas. Estes anestésica, especialmente no grupo onde foi animais eram procedentes do Biotério da realizada a técnica de anestesia intra-alveolar. Universidade de Marília – UNIMAR, SP e foram

Dois estudos comparativos foram escolhidos de forma aleatória.realizados envolvendo osm anestésicos O s a n i m a i s f o r a m s e p a r a d o s Articaine 100® e Novocol 100®. Vancetto et aleatoriamente em três grupos de vinte ratos al. observaram diferenças histológicas cada, constituindo o Grupo I (Controle), Grupo II significativas no processo de reparo alveolar após (Articaine 100®) e Grupo III (Articaine 100® + tamponamento da ferida de extração dental em tamponamento).ratos com a utilização de gaze embebida nos O anestésico local utilizado foi Articaine anestésicos Articaine 100® e Novocol 100®. Os 100® (DFL Produtos Odontológicos, Rio de resultados demonstraram ligeira superioridade Janeiro – RJ) que contém na sua composição: 72 do anestésico Articaine 100® visto ter provocado mg de cloridrato de articaína (4%), 1:100.000 de menor atraso na cronologia da reparação adrenalina base, metabissulfito de sódio, cloreto alveolar. Barion et al. em trabalho similar, de sódio e água destilada.realizaram análise histológica e histométrica do Para indução anestésica geral , reparo alveolar em ratos também após exodontia utilizamos as seguintes drogas: inicialmente e tamponamento com Articaine 100® e Novocol infiltração intramuscular do relaxante muscular 100®. Através da análise quantitat iva cloridrato de xilazina (Xilazin® - Laboratório (histometria) dos eventos biológicos, somada à Syntec, Br) e, decorridos dois minutos, realizou-análise qualitativa (histológica), observaram e se infiltração intramuscular do anestésico avaliaram os aspectos do trabeculado ósseo cloridrato de quetamina (Dopalen® - Laboratório neoformado, que são parâmetro e produto final da Vetbrands, Br), nas dosagens indicadas pelos reparação alveolar. Os autores concluíram que fabricantes.sob ambas as avaliações, histológica e Sob efeito de anestesia geral, foi feita a histométrica, o grupo tratado com a solução de anti-sepsia do campo operatório de cada Art icaine 100® mostrou um processo espécime empregando-se a polivinilpirrolidona reparacional alveolar mais adiantado quando iodada embebida em gaze (PVP-I Rioquímica, comparado ao grupo tratado com Novocol 100®. São José do Rio Preto – SP).

Considerando os aspectos descritos Nos ratos do Grupo I (Controle), foi acima e devido à pequena quantidade de realizada exodontia do incisivo superior direito de trabalhos envolvendo a articaína e o processo de cada animal com o auxílio de um sindesmótomo e reparo alveolar, parece-nos de interesse o fórceps especialmente adaptados para este fim. desenvolvimento de um projeto onde variações Seguiu-se de tamponamento da ferida cirúrgica de aplicação da solução de 4% de articaína com gaze estéril embebida em soro fisiológico associada à 1:100.000 de adrenalina pudessem (solução de cloreto de sódio a 0,9% - Laboratório ser estudadas. Assim procedendo, estaremos Farmacêutico Arboreto Ltda., Juiz de Fora – MG), avaliando a influência de dois métodos de durante a fase de hemorragia profusa, mantida utilização dessa solução nos tecidos da área sob pressão por dois minutos, e a sutura das cirúrgica, bem como os eventos teciduais que bordas da ferida cirúrgica foi realizada com fio de concorrem e são responsáveis pela reparação seda 4.0 (Sutupak, Ethicon – Johnson & alveolar após exodontia. Johnson).

O propósito do presente estudo foi avaliar Nos animais do Grupo II (Articaine 100®) histologicamente a influência do anestésico foram real izadas anestesias terminais Articaine 100® no processo de reparo alveolar em infiltrativas, uma na região vestibular direita com ratos, segundo as situações: 1) após infiltrações 0,12 ml da solução anestésica de Articaine 100® nas regiões vestibular e palatina seguido de e outra na região palatina com 0,04 ml, através de exodontia do incisivo superior direito, e 2) após uma seringa de insulina calibrada e agulhada, de infiltrações nas regiões vestibular e palatina, acordo com a metodologia proposta por Garbin . seguido de exodontia do incisivo superior direito e Decorridos cinco minutos, procedeu-se à tamponamento da ferida cirúrgica com gaze exodontia do incisivo superior direito, seguido dos estéril embebida no mesmo anestésico. mesmos procedimentos de hemostasia e sutura

realizados no Grupo I (Controle). No Grupo III (Articaine 100® + MATERIAL E MÉTODOtamponamento), os animais foram anestesiados a exemplo do Grupo II (Articaine 100®), seguidos

Esta pesquisa foi previamente aprovada da exodontia do incisivo superior direito e

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da hemostasia da ferida cirúrgica por meio de

Universidade de Marília – UNIMAR, SP, e recebeu tamponamento com gaze estéril embebida em

parecer favorável ao seu desenvolvimento.

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solução de Articaine 100®, por dois minutos. Os macrófagos e linfócitos pode ser notado na procedimentos de sutura foram semelhantes ao região. Em todos os espécimes evidencia-se no do Grupo I (Controle). alvéolo dental a proliferação de alguns

Em número de cinco para cada um dos fibroblastos próximos ao ligamento periodontal grupos, os ratos foram submetidos à eutanásia remanescente.por infiltração excessiva do anestésico Dopalen®, nos 3º, 7º, 15º e 24º dias após o procedimento cirúrgico.

Após a eutanásia, a maxila direita foi separada da esquerda realizando-se uma incisão ao n íve l do p lano sag i ta l med iano , acompanhando a sutura inter-maxilar, com o auxílio de uma lâmina de bisturi no 11. Em seguida, um corte com tesoura reta de ponta romba, tangenciando a face distal do último molar, possibilitou a obtenção dos tecidos de interesse contendo mucosa gengival e o alvéolo do incisivo superior direito.

As peças obtidas foram fixadas em solução de formalina neutra a 10% (Aphoticário Farmácia de Manipulação, Araçatuba - SP), por um tempo mínimo de 24 horas, lavadas em água corrente por doze horas e descalcificadas em solução de ácido etilenodiaminotetracético a 20% (EDTA, Aphoticário Farmácia de Manipulação, Araçatuba - SP). Grupo II (Articaine 100®). O epitélio da

De maneira ordenada as peças foram mucosa gengival apresenta, em todos os submetidas aos procedimentos laboratoriais de espécimes, discreta proliferação. Na área sub-lavagem, diafanização e inclusão em parafina. epitelial nota-se pequeno número de capilares Orientou-se a inclusão da peça a fim de permitir neoformados ao lado de raros fibroblastos. cortes no sentido longitudinal e vestíbulo-lingual Alguns macrófagos e linfócitos podem ser do alvéolo. evidenciados na região.

No terço cervical do alvéolo, observa-se o Dos blocos assim obtidos, foram colhidos remanescente do ligamento periodontal com

cortes semi-seriados com seis micrometros de raros fibroblastos (Figura 2). O coágulo espessura que foram corados pela técnica da sangüíneo nas proximidades mostra discreto hematoxilina e eosina para análise histológica em número de macrófagos em seu interior.microscópio óptico comum. Ao nível dos terços médio e apical, o

remanescente do ligamento periodontal exibe alguns fibroblastos, macrófagos e linfócitos em RESULTADOseu interior. Observa-se ainda, a proliferação de alguns fibroblastos no interior do coágulo Na descrição dos resultados foram sangüíneo.considerados, em função dos períodos pós-

operatórios, os eventos biológicos verificados ao nível da mucosa gengival e nos terços cervical, médio e apical do alvéolo dental do rato.

3 Dias

Grupo I (Controle). Discreta proliferação do epitélio a partir do tecido pré-existente pode ser verificada recobrindo parcialmente o alvéolo dental. O tecido conjuntivo subjacente apresenta alguns fibroblastos ao lado de moderado número de macrófagos e linfócitos.

No alvéolo dental, ao nível do terço cervical, mostra-se o remanescente do ligamento periodontal com alguns fibroblastos, macrófagos e linfócitos (Figura 1). Raros fibroblastos podem ser observados invadindo o coágulo sangüíneo.

Junto aos terços médio e apical o número de fibroblastos no remanescente do ligamento periodontal é maior. Discreto número de

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Figura 1 - Grupo I (Controle). 3 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando remanescente do ligamento periodontal com alguns fibroblastos, macrófagos e linfócitos. H.E., original 160X.

Figura 2 - Grupo II (Articaine 100®). 3 dias. Terço cerv ica l do a lvéo lo most rando remanescente do ligamento periodontal com raros fibroblastos. H.E., original 160X.

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Figura 9 - Grupo III (Articaine 100® + tamponamento). 15 dias. Terço cervical com delgadas trabéculas ósseas neoformadas. H.E., original 63X.

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sem diferenciação óssea apresenta numerosos vasos sangüíneos e moderado número de fibroblastos.

15 Dias

Grupo I (Controle). O epitélio da mucosa gengival bem diferenciado recobre totalmente o alvéolo dental e o tecido conjuntivo subjacente Ao nível dos terços médio e apical, as apresenta pequeno número de fibroblastos. trabéculas ósseas são mais desenvolvidas Ocasionalmente podem ser observados quando comparada ao terço anterior. Permanece, macrófagos e linfócitos. no entanto, considerável quantidade de tecido

No alvéolo dental junto ao terço cervical conjuntivo sem diferenciação óssea.notam-se, na maioria dos casos, trabéculas ósseas delgadas preenchendo o terço cervical G r u p o I I I ( A r t i c a i n e 1 0 0 ® + (Figura 7). Observam-se, no entanto, inúmeras tamponamento). O epitélio da mucosa gengival áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem pouco diferenciado recobre praticamente o diferenciação óssea. alvéolo dental. O tecido conjuntivo subjacente

bem vascularizado apresenta discreto número de fibroblastos, macrófagos e linfócitos.

Ao nível do terço cervical notam-se delgadas trabéculas ósseas neoformadas ocupadas por tec ido con junt ivo sem diferenciação óssea (Figura 9).

Ao nível dos terços médio e apical, podem ser evidenciadas trabéculas ósseas mais desenvolvidas. Em alguns espécimes, entretanto, notam-se áreas com tecido conjuntivo sem diferenciação óssea.

Grupo II (Articaine 100®). O epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado recobre quase a totalidade do alvéolo dental. O tecido Junto aos terços médio e apical a conjuntivo subjacente mostra alguns fibroblastos neoformação óssea é mais pronunciada, e moderado número de macrófagos e linfócitos. evidenciando trabéculas mais espessas e

No alvéolo dental observa-se pequena regulares quando comparada ao terço anterior. quantidade de trabéculas ósseas delgadas junto Notam-se, entretanto, inúmeras áreas ocupadasao terço cervical (Figura 8). O tecido conjuntivo

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Figura 6 - Grupo III (Articaine 100® + tamponamento). 7 dias. Terço cervical do alvéolo com tecido conjuntivo neoformado. H.E., original 63X.

Figura 7 - Grupo I (Controle). 15 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando trabéculas ósseas delgadas. H.E., original 63X.

Figura 8 - Grupo II (Articaine 100®). 15 dias. Terço cervical do alvéolo com pequena quantidade de trabéculas ósseas delgadas. H.E., original 63X.

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por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. que no terço cervical. Num dos espécimes observam-se t rabécu las ósseas bem desenvolvidas junto ao terço médio. Nos demais 24 Diascasos as trabéculas ósseas apresentam consideráveis espaços ocupados por tecido Grupo I (Controle). Em alguns conjuntivo sem diferenciação óssea.espécimes, junto ao terço cervical, observam-se

G r u p o I I I ( A r t i c a i n e 1 0 0 ® + discretas áreas ocupadas por tecido conjuntivo tamponamento). O epitélio da mucosa gengival, sem diferenciação óssea (Figura 10). Nos demais geralmente bem desenvolvido, recobre casos o referido terço é caracterizado pela totalmente o alvéolo dental. O tecido conjuntivo presença de t rabécu las ósseas bem subjacente apresenta discreto número de desenvolvidas.fibroblastos.

No alvéolo dental, ao nível do terço cervical, observam-se trabéculas ósseas espessas. Permanece, no entanto, inúmeras áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea com moderado número de fibroblastos (Figura 12).

Junto aos terços médio e apical as trabéculas ósseas são mais organizadas. Observa-se, no entanto, algumas áreas ocupadas por tec ido con junt ivo sem diferenciação óssea.

Ao nível dos terços médio e apical as trabéculas ósseas geralmente são espessas e bem organizadas. Em alguns pontos, no entanto, podem ser observadas áreas com tecido conjuntivo sem diferenciação óssea.

Grupo II (Articaine 100®). O epitélio da mucosa gengival, pouco diferenciado, recobre totalmente o alvéolo dental. O tecido conjuntivo subjacente mostra moderado número de fibroblastos e vasos sangüíneos. O terço cervical é caracterizado por trabéculas ósseas irregulares ocupando parcialmente o alvéolo (Figura 11).

DISCUSSÃO

D i a n t e d e n o s s o s r e s u l t a d o s , observamos que a avaliação histológica do nosso Grupo I (Controle) é semelhante a outras que se utilizaram da mesma metodologia de experimentação . Pudemos observar em todos os grupos analisados as quatro fases distintas da reparação alveolar em ratos propostas por Carvalho e Okamoto4, sendo elas: a f a s e d a p r o l i f e r a ç ã o c e l u l a r, d o desenvolvimento do tecido conjuntivo, da maturação do tecido conjunt ivo e da diferenciação óssea. Algumas situações na prática clínica da odontologia podem exigir o uso de solução anestésica no interior do alvéolo com o propósito de promover melhor controle de quadros hemorrágicos ou álgicos, durante e Junto aos terços médio e apical o volume após a exodontia. Diversos estudos foramde tecido ósseo neoformado é mais pronunciado

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Figura 10 - Grupo I (Controle). 24 dias. Terço cervical com discretas áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. H.E., original 63X.

Figura 11 - Grupo II (Articaine 100®). 24 dias. Terço cervical mostrando trabéculas ósseas irregulares ocupando parcialmente o alvéolo. H.E., original 63X.

Figura 12 - Grupo III (Articaine 100® + tamponamento). 24 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea e com moderado número de fibroblastos. H.E., original 63X.

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desenvolvidos no sentido de analisar o que exocitose e o transporte, através de distúrbios ocorre com o reparo alveolar frente essas citoesqueléticos, especialmente a nível soluções .Nosso objetivo com este mitocondrial , o que explicaria a deficiente estudo foi observar o comportamento do proliferação fibroblástica através do ligamento processo reparacional alveolar diante da solução periodontal em direção ao coágulo sangüíneo. anestésica Articaine 100®, uma solução lançada Com isso, o mecanismo proposto por Matsuda et recentemente no país, utilizando-se de infiltração aI. de quimiotaxia de fibroblastos e a mitogênese anestésica associada ou não ao tamponamento promovida pelos fatores de crescimento da área cirúrgica. secretados pelas plaquetas é afetado Acreditamos que o tamponamento do diretamente. Entretanto, com a metodologia alvéolo com solução anestésica permite um empregada, pudemos observar raras exocitoses melhor modelo de avaliação dos distúrbios do epiteliais. Soma-se ainda que o anestésico local é reparo alveolar quando comparado à irrigação do um potencial limitador de produção do mesmo com seringas, uma vez que, com este colágeno . O Grupo III (Articaine 1000 + ú l t imo modelo, podemos incorrer em tamponamento) novamente demonstrou aspecto traumatismos intra-alveolares com a agulha de evolutivo mais atrasado em relação aos outros irrigação, mesmo que esta tenha seu bisel grupos devido, provavelmente, à maior retirado, fato observado por pesquisadores que quantidade de solução anestésica em contato se utilizaram da referida metodologia .É sabido com a mucosa gengival e alvéolo, fato já que a cronologia e o desenvolvimento natural do justificado anteriormente.processo de reparo alveolar dependem de muitas Conseqüentemente ao atraso na variáveis. Em nosso estudo, além dos fatores deposição do colágeno para o desenvolvimento comuns a todos os grupos como o trauma das fibras conjuntivas e posterior processo de cirúrgico e o fio de sutura empregado14, levamos mineralização, a fase de diferenciação óssea do em consideração os efeitos de cada componente reparo alveolar, nos grupos tratados, também da solução anestésica empregada, bem como sofreu retardo evolutivo, notadamente no Grupo suas formas de aplicação. III (Articaine 1000 + tampo-namento) onde a

Observamos em nossos resultados quantidade e desenvolvimento do trabeculado atraso significativo da fase de proliferação celular ósseo eram inferiores aos achados nos outros nos grupos tratados com solução de articaína grupos.(Grupos II e III), uma vez que a organização do O atraso de todas as reações biológicas coágulo, bem como sua substituição, aconteceu responsáveis pelo reparo alveolar pode ser de forma mais lenta que no Grupo I (Controle). O agravado com a adição de um vasoconstritor à fato de o anestésico interferir na vascularização solução anestésica . Ele é adicionado às soluções local pode prejudicar a invasão das células anestésicas locais para diminuir a ação inflamatórias e fibroblastos necessários para a vasodilatadora inerente à maioria dos formação e organização do coágulo sanguíneo, anestésicos. Essa substância reduz o fluxo levando ao atraso no processo de reparo s anguíneo para o local da infiltração em alveolar . Esse atraso foi observado conseqüência da constrição dos vasos principalmente no Grupo III (Articaine 100® + sangüíneos locais, facilitando a visão do campo tampo-namento), onde utilizamos infiltração operatório e retardando a absorção do anestésico associada ao tamponamento com gaze local para o sistema cardiovascular, o que resulta embebida em articaína. Isso parece estar em níveis mais baixos deste na corrente relacionado com a maior quantidade de solução sanguínea, diminuindo o nível de toxicidade .anestésica empregada causando danos mais Contudo, dependendo da quantidade e severos à mucosa gengival e aos remanescentes potência do vasoconstritor infiltrado nos tecidos, celulares do ligamento periodontal e coágulo pode ocorrer falta de fluxo sangüíneo por longos sangüíneo . Corroborando com esse fato, períodos, ocorrendo degeneração de algumas observamos que o terço cervical sofreu maior células pela falta de oxigênio e precária retardo na cronologia de reparo do que o terço drenagem venosa de metabólitos, elevando a médio do alvéolo dental, provavelmente, pela acidez nesse meio . Essa ocorrência pode proximidade daquela região com a solução modificar o metabolismo celular corroborando anestésica no momento do tamponamento, e com os resultados obtidos em nosso trabalho. É também pela evolução natural do processo de interessante salientar que, muito embora reparo alveolar, que é cêntrica e em direção ocasione a permanência de maior tempo da cervical; hipótese já aventada por outros solução anestésica no local da cirurgia o uso do pesquisadores . vasoconstritor reduz a necessidade de novas

Durante as fases de desen-volvimento de aplicações, diminuindo o risco de toxicidade tecido conjuntivo e de sua maturação também sistêmica.observamos atraso nos grupos tratados. Esse Outro fato importante em relação à fato é explicado na literatura devido à capacidade permanência da solução anestésica nos tecidos, do anestésico local de inibir a agregação além da presença ou não do vasoconstritor, é a plaquetária e bloquear funções celulares como a concentração do mesmo. Em nosso estudo,

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utilizamos o dobro da concentração de adrenalina utilizada, as implicações de seus componentes e (1:100.000) utilizada no estudo de Garbin Júnior as necess idades impos tas por cada (1:200.000), fato que indubitavelmente leva à procedimento odontológico a ser realizado, maior permanência do anestésico no local estamos fornecendo ao cirurgião-dentista o cirúrgico, promovendo uma maior irritação local e embasamento científico atualmente existente e atraso na cronologia do processo de reparo necessário para determinar a melhor conduta alveolar . terapêutica para quem o procura. Entretanto,

Segundo Willemann et al. mais entendemos que o desenvolvimento de novas importante que a concentração do vasoconstritor pesquisas ajudará o profissional a escolher o é a liberação de catecolaminas endógenas anestésico ideal para a ocasião, principalmente devido à ansiedade associada a procedimentos no que pese à comparação entre as soluções odontológicos, a qual ultrapassa, em muito, a anestésicas existentes e suas aplicações nas quantidade de vasoconstritor existente nos mais diversas intervenções, uma vez que um tubetes anestésicos. Fiset et aI.8 sugerem que, único anestésico ideal não existe, pois várias apesar dos cirurgiões-dentistas utilizarem um exigências são necessárias para essa rotulação , terço de todo anestésico local disponível para dentre elas, baixa irritabilidade tecidual, as profissões de saúde (aproximadamente dois incapacidade de ocasionar al terações milhões de infiltrações por dia no mundo), a permanentes na estrutura nervosa, baixa absoluta maioria das reações adversas a toxicidade sistêmica, eficácia na aplicação tópica procedimentos odontológicos é de fundo ou por infiltração, tempo inicial de anestesia curto psicofisiológico, sendo raros os relatos e duração da ação suficiente para a conclusão do comprovados de reações imunológicas ou procedimento, porém com uma recuperação neuromusculares aos componentes da solução rápida.anestésica. Baluga et al. num estudo prospectivo envolvendo 5.018 pacientes de serviços CONCLUSÃOodontológicos públicos e privados, verificaram apenas 25 pessoas (0,5%) com reações De acordo com a metodologia adversas na primeira hora seguinte à anestesia, empregada e os resultados obtidos da avaliação sendo todas de caráter psicogênico ou reações histológica comparativa, podemos concluir que:vaso-vagais de rápida reversão. Diante dessa · a infiltração anestésica com Articaine realidade é que Scott e Hirschman sugerem, 100® nas regiões vestibular e palatina da maxila é desde 1982, o uso de rápidas técnicas responsável pelo atraso na reparação alveolar psicoterapêuticas para o controle de ansiedade após exodontia em rato;dos pacientes previamente ao atendimento e, em · 2. a infiltração anestésica com Articaine último caso, lançar mão de sedativos. 100® nas regiões vestibular e palatina da maxila

Outro provável agente irritante aos complementada com tamponamento da ferida tecidos alveolares em nosso estudo é o cirúrgica com gaze embebida nesse anestésico metabissulfito de sódio. Essa substância é (Grupo III) gera um atraso mais significativo da utilizada como preservador de soluções reparação alveolar após exodontia em rato anestésicas locais que contêm vasoconstritor, quando comparada com os outros grupos;impedindo sua oxidação . É decomposta · 3. o Grupo I (Controle) apresentou rapidamente no interior dos tecidos, liberando melhores resultados no reparo alveolar quando ácidos como produtos que podem causar comparado aos Grupos II (Articaine 100®) e III irritações e injúrias aos tecidos locais . (Articaine 100® +tamponamento).

O cloreto de sódio tem função tampão na solução anestésica. Segundo consta na ABSTRACTliteratura, ele não exerce papel relevante no The pharmaceutical industry has developed new atraso reparacional do alvéolo por não ser local anesthetics to reauce its adverse effects and considerado irritante. A interferência no reparo potencialize its action. Before this landscape, this deve ocorrer somente quando a irrigação do scientific research was developed with the alvéolo com essa substância é feita de forma purpose to compare, hystologically, two different vigorosa, ocasionando um trauma mecânico que rnethods of administration of anesthetic solution pode remover ou lesar o ligamento periodontal6. of Articaine 100® in dental wounds. To perform

Somos partidários das afirmações de this study, 60 rats were distributed Iike this: 20 Ponzoni , Garbin Júnior e Barion et al. , specimen filled the control group (Group I), .when acreditando que o somatório dos componentes no additional treatment was performed after que constituem uma solução anestésica, bem extraction of right superior incisive; 20 received como sua forma de utilização, seja responsável terminal infiltrative vestibular and palatine pelo maior ou menor poder de irritabilidade anesthesia on the region of right superior incisive tecidual, e não especificamente um ou outro with the anesthetic solution of Articaine 100® componente. before the extraction, compound the Group II. The Diante do exposto em nosso estudo others 20 rats received the same anesthesia sobre as peculiaridades da solução anestésica of the anterior group followed by recovering of

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Endereço para correspondência

Luiz Alberto MilaneziRua Duque de Caxias, 579 - Apto 12

CEP: 16010-410 Araçatuba-SPe-mail: [email protected]

Recebido para publicação em 24/09/2007Enviado para análise em 30/10/2007

Aprovado para publicação em 21/01/2008

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