avaliação dos gases de combustão produzidos com a queima da lenha

12
AVALIAÇÃO DOS GASES DE COMBUSTÃO PRODUZIDOS COM A QUEIMA DE LENHA EM OLARIAS NO ESTADO DA PARAÍBA. E. P.Almeida 1 *, A. F. F. Queiroga 2 , L. R. Porto 2 , T. C. Brandão 2 , E. M. N. M. Araújo 2 , A. C. F. M. Costa 1 1 Universidade Federal de Campina Grande, Departamento de Engenharia de Materiais, Av. Aprígio Veloso – 882, Bodocongó, 58109 – 970, Campina Grande – PB, Brasil. e-mail: [email protected] 1* Doutoranda em Engenharia de Processos 2 CEPIS – Centro de Produção Industrial Sustentável/SEBRAE - Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Campina Grande – PB, Brasil. RESUMO Devido à significativa desertificação ocorrendo no Estado da Paraíba, e em todo o Nordeste do Brasil, o CEPIS - Centro de Produção Industrial Sustentável, juntamente com a UFCG – Universidade Federal de Campina Grande viu a necessidade de fazer um estudo com as olarias do Estado da Paraíba, com a produção de gases gerados pela queima da lenha. O objetivo desse trabalho é avaliar os gases de combustão produzidos pela queima de lenha em olarias no Estado da Paraíba. Os gases de combustão foram analisados com um Analisador de Gás. O equipamento foi introduzido na chaminé, com uma altura de três metros e durante cinco horas foram analisados os seguintes parâmetros: O 2 , CO 2 , perdas, eficiência, temperatura do ar e temperatura dos gases. Os resultados mostram que em todos os fornos analisados haviam queima incompleta devido à entrada de ar falso nos fornos, aumentando o consumo de lenha para produção de tijolos. Palavras Chaves: Olarias, gases da combustão, consumo de lenha. 1

Upload: douglastdl

Post on 10-Nov-2015

6 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

avaliação

TRANSCRIPT

  • AVALIAO DOS GASES DE COMBUSTO PRODUZIDOS COM A QUEIMA DE LENHA EM OLARIAS NO ESTADO DA PARABA.

    E. P.Almeida1*, A. F. F. Queiroga 2, L. R. Porto 2, T. C. Brando 2, E. M. N. M. Arajo 2, A. C. F. M. Costa 1

    1Universidade Federal de Campina Grande, Departamento de Engenharia de

    Materiais, Av. Aprgio Veloso 882, Bodocong, 58109 970, Campina Grande

    PB, Brasil.

    e-mail: [email protected]*Doutoranda em Engenharia de Processos

    2 CEPIS Centro de Produo Industrial Sustentvel/SEBRAE - Sistema Brasileiro

    de Apoio s Micro e Pequenas Empresas, Campina Grande PB, Brasil.

    RESUMO

    Devido significativa desertificao ocorrendo no Estado da Paraba, e em

    todo o Nordeste do Brasil, o CEPIS - Centro de Produo Industrial Sustentvel,

    juntamente com a UFCG Universidade Federal de Campina Grande viu a

    necessidade de fazer um estudo com as olarias do Estado da Paraba, com a

    produo de gases gerados pela queima da lenha. O objetivo desse trabalho

    avaliar os gases de combusto produzidos pela queima de lenha em olarias no

    Estado da Paraba. Os gases de combusto foram analisados com um Analisador de

    Gs. O equipamento foi introduzido na chamin, com uma altura de trs metros e

    durante cinco horas foram analisados os seguintes parmetros: O2, CO2, perdas,

    eficincia, temperatura do ar e temperatura dos gases. Os resultados mostram que

    em todos os fornos analisados haviam queima incompleta devido entrada de ar

    falso nos fornos, aumentando o consumo de lenha para produo de tijolos.

    Palavras Chaves: Olarias, gases da combusto, consumo de lenha.

    1

  • 1. INTRODUO

    As olarias no Estado da Paraba so as grandes responsveis pela

    desertificao no Estado. O CEPIS - Centro de Produo Industrial Sustentvel um

    projeto do SEBRAE-PB em parceria com a Secretaria de Estado do Governo da

    Sua - SECO e Universidade Federal de Campina Grande-PB, vem realizando um

    trabalho juntamente com as olarias do Estado da Paraba para reduzir o consumo de

    lenha para produo de cermica vermelha, atravs da metodologia de Produo

    mais Limpa, que a aplicao contnua de uma estratgia ambiental preventiva

    integrada, aplicada aos processos, produtos e servios, a fim de incrementar a

    eficincia e reduzir os riscos aos seres humanos e ao meio ambiente. Seu elemento

    fundamental a preveno, ao invs das solues de remediao via tratamentos

    fim-de-tubo, para os problemas ambientais. A Produo mais Limpa inclui medidas

    como: boas prticas administrativas, modificaes no processo, eco-desenho dos

    produtos e tecnologias limpas.[1].

    Como no h reflorestamento, o problema do desmatamento, sem nenhum

    critrio, de reas vitais torna-se muito grave, alimentando cada vez mais e de forma

    decisiva a desertificao da regio [2].

    Atualmente, a lenha a principal fonte de energia para a queima em fornos

    cermicos, que alm de resduos poluentes, libera grande quantidade de gs

    carbnico na atmosfera, contribuindo para o aumento do efeito estufa do globo

    terrestre [3].

    A argila matria-prima natural utilizada no processo de fabricao de tijolos

    do tipo de vrzea. As argilas so compostas na maioria de slica e alumina

    (Al2O3.4SiO2.2H2O). Durante o processo de queima mudanas podem ocorrer

    inicialmente devido decomposio e transformao da fase em alguma das fases

    presentes. Com o aquecimento de compactados de ps-finos ocorrem trs grandes

    alteraes: aumento no tamanho de gro, mudana no formato dos poros e

    mudana no tamanho e quantidade de poros [4].

    As emisses gasosas encontram-se presentes quase em sua totalidade na

    etapa da queima da lenha. A reao de combusto mais largamente utilizada na

    indstria a que utiliza o oxignio como elemento comburente, como mostrado

    abaixo:

    2

  • Combustvel + O2 CO2 + H2O + KCal (A)

    Oxignio Gases Vapor Calor

    Na combusto completa, h reao total do carbono com o oxignio, gerando como

    produtos dixido de carbono, vapor dgua, xidos de enxofre e nitrognio. Na

    combusto incompleta, parte do carbono no reage com o oxignio, produzindo,

    alm dos compostos anteriores, monxido de carbono [5]

    De acordo com Tapia et al. [6] para uma queima completa, necessrio que a

    mistura do combustvel com o ar de combusto se d com o ar em excesso. Mas a

    vazo deve ser controlada, evitando um excesso de ar muito elevado que "roubaria"

    calor da combusto e aumentaria o consumo de combustvel. Ou seja, se a correta

    proporo entre o ar e o combustvel no for mantida, haver insuficincia ou

    excesso de ar, alm do mnimo recomendvel e, conseqentemente, perda de

    eficincia no processo.

    A temperatura utilizada para queima dos tijolos no forno Hoffmann estimada

    entre 850C e 900C, e o combustvel utilizado a lenha. O forno de operao

    semicontnua.

    Com base nos aspectos acima abordado, foram realizadas medies em duas

    olarias do Estado, uma localizada no Agreste da Paraba na regio de Guarabira e a

    outra localizada na Zona da Mata na Regio de Rio Tinto. Desta forma, o objetivo

    principal do trabalho avaliar os gases de combusto produzidos pela queima de

    lenha em olarias no Estado da Paraba atravs do monitoramento dos parmetros,

    que so eles: %CO2, %O2, perdas, eficincia, temperatura do ar, ppm de CO e

    temperatura dos gases, para possveis ajustes na eficincia da queima, contribuindo

    para a diminuio de custos, melhoria das emisses, reduo do consumo de lenha

    e aumento da produtividade da indstria.

    2. MATERIAIS E MTODOS

    As anlises dos gases foram realizadas em duas cermicas do Estado da

    Paraba. Cermica 1, localizada no municpio de Belm - PB. A unidade fabril possui

    um forno tipo Hoffmann, no qual foi realizada a anlise do monitoramento dos gases.

    3

  • O forno possui 40 linhas com quatro bocas cada, com 55 m de comprimento, queima

    2.100 tijolos de oito furos em cada linha, alm disso, o forno possui 22 registros para

    sada dos gases. A temperatura utilizada para queima estimada entre 850C e

    900C, e o combustvel utilizado a lenha. Produz em mdia 9.600 milheiros/ano de

    tijolos de oito furos e 120 milheiros/ano de blocos para lajes. Consome em torno de

    11.000 m/ano conforme dados coletados pela empresa e atravs de medies.

    Cermica 2, localizada no municpio de Rio Tinto - PB. Esta unidade possui trs fornos tipo Hoffmann, nos quais foram realizadas as anlises do monitoramento

    dos gases. Produz em mdia 18.000 milheiros/ano de tijolos de oito furos, 1200

    milheiros/ano de blocos para lajes, o consumo de lenha encontra-se em torno de

    10.800 m3/ano.

    Os gases de combusto nas duas olarias foram analisados com um

    Analisador de Gs, Modelo 775 TESTO. O equipamento foi introduzido na chamin,

    a uma altura de trs metros da base do forno, e durante cinco horas com intervalos

    de 15 em 15 min foram analisados os ndices de temperatura do gs de combusto,

    temperatura do ar de combusto, CO, CO2, O2, razo entre a massa de ar

    estequiomtrica e a massa de ar real (), eficincia () e perdas (i) foram

    determinados. As Figuras 1 e 2 apresentam as chamins das Cermicas 1 e 2 onde

    foi colocado o analisador de gs para as medies.

    Figura 1 Medies de gases (a) Cermica 1 e (b) Cermica 2..

    4

  • 3. RESULTADOS E DISCUSSO

    A Figura 2 apresenta as perdas, % CO, % CO2 produzidos, temperaturas do

    ar e temperatura dos gases de combusto. No forno Hoffmann da Cermica - 1,

    estes parmetros foram realizados primeiramente com o forno funcionando

    normalmente com o exaustor, por volta das 14h 30 min o exaustor foi desligado e

    foram realizadas as mesmas anlises. Primeiramente percebe-se que quando as

    perdas aumentam, a eficincia da combusto reduz, conseqentemente quando as

    perdas esto baixas a eficincia de combusto aumenta. Para a lenha, pode ser

    considerado, na prtica, que teores de CO2 acima de 10% indicam uma boa

    combusto [6]. Neste forno, verificou-se que os teores de CO2 ficaram em mdia

    com 2,2 %, sinalizando uma baixa eficincia na combusto, pois permaneceu abaixo

    de 10%.

    Figura 2 Comportamento dos gases no forno Hoffmann.

    A Figura 3 apresenta o comportamento da eficincia de combusto em funo

    da produo de CO (ppm) no forno Hoffmann da Cermica - 1

    5

  • Figura 3 - Eficincia em funo da produo de CO em ppm no forno Hoffmann da

    Cermica - 1.

    Observa-se na Figura 3 que as curvas de tendncia mostram que quando a

    eficincia aumenta, o ppm de monxido de carbono (CO) reduz, sendo o CO perda

    na combusto, o que leva a concluir que est ocorreu uma queima incompleta.

    As mesmas anlises realizadas no forno da Cermica 1 foram realizadas nos

    fornos da Cermica - 2. As medies dos gases de combusto foram feitas na

    empresa Cermica 2 nos trs fornos Hoffmann. O equipamento foi instalado e os

    dados foram lidos inicialmente no intervalo de 15 em 15 min em mdia. As Figuras 4

    e 5 apresentam os resultados obtidos para o forno Hoffmann 01 da Cermica 2.

    Figura 4 Anlise dos gases no forno Hoffmann 01 da Cermica 2.

    6

  • A Figura 5 apresenta o comportamento da eficincia de combusto em funo

    da produo de CO (ppm) no forno Hoffmann 01 da Cermica 2.

    Figura 5 - Eficincia x produo de CO em ppm no forno Hoffmann 01 da Cermica

    2.

    As anlises foram realizadas primeiramente com o exaustor ligado

    funcionando , em seguida foi desligado para verificao do comportamento. Para

    este forno observa-se um teor muito baixo de CO2 indicando a ocorrncia de

    excesso de ar na combusto, representado aqui em 18% de O2. A eficincia da

    combusto desse forno no momento em que foram analisados os gases estava em

    torno de 70%. A temperatura dos gases de combusto estava em torno de 120C

    considerada alta sendo, portanto um indicativo de perdas de calor e combustvel,

    podendo inferir que as superfcies de troca esto sujas ou se est trabalhando com

    excesso de ar, como dito anteriormente.

    A Figura 6 apresenta o comportamento do forno Hoffmann 02 da Cermica 2,.

    7

  • Figura 6 Anlise dos gases no forno Hoffmann 02 da Cermica 2

    A Figura 7 apresenta o comportamento da eficincia de combusto em

    funo da produo de CO (ppm) no forno Hoffmann 02 da Cermica 2

    Figura 7 - Eficincia em funo da produo de CO em ppm no forno Hoffmann

    01 da Cermica 2

    As anlises foram realizadas primeiramente com o exaustor ligado

    funcionando normalmente, em seguida foi desligado para verificao do

    comportamento.

    8

  • Para o forno 02 o teor de CO2 gerado foi de aproximadamente o mesmo

    valor que o do forno 01, isto 2%, devendo observar tambm a possvel

    ocorrncia de excesso de ar na combusto. Em contrapartida a eficincia da

    combusto desse forno no momento em que foram analisados os gases foi maior

    que no forno 01, em torno de 90%. A temperatura dos gases de combusto foi

    em mdia consideravelmente menor que no forno 01 (56C).

    A Figura 8 apresenta o comportamento do forno 3.

    Figura 8 Anlise dos gases no forno Hoffmann 03 da Cermica 2

    A Figura 9 apresenta o comportamento da eficincia de combusto versus

    produo de CO (ppm).

    9

  • Figura 9 - Eficincia x produo de CO em ppm no forno Hoffmann 03 da

    Cermica 2.

    As anlises foram realizadas primeiramente com o exaustor ligado

    funcionando normalmente, em seguida foi desligado para verificao do

    comportamento.

    Para o forno 03 o teor de CO2 gerado foi ainda mais baixo que os dois fornos

    anteriores (1,5%). A eficincia da combusto desse forno foi tambm menor que a dos

    outros dois fornos (66%). A temperatura dos gases de combusto foi em mdia de

    100C. Esses valores podem estar relacionados insuficiente isolamento do forno

    (portas e queimadores) ou utilizao da lenha sabendo que quanto menores forem os

    pedaos de cavacos, briquetes e toras, maiores sero as possibilidades de se operar

    com baixo excesso de ar e maior eficincia de queima, pois um combustvel bem

    modo e alimentado em suspenso pode comportar-se como um leo pesado,

    enquanto lenha em pedaos grandes pode requerer de 60 a 120% de excesso de ar.

    4. CONCLUSES

    De acordo com os resultados obtidos neste trabalho pode-se concluir que: 1 -

    Quanto maior a temperatura do gs de combusto, menor ser a eficincia da

    queima, visto que est havendo perda de calor; quando a % O2 aumenta, ocorre

    uma reduo na eficincia, significando que h excesso de ar e conseqentemente

    possveis vazamentos nas paredes do forno; quando aumenta a % CO2 tambm

    aumenta a eficincia da queima, pois no est apresentando excesso de ar, visto

    que o mesmo est sendo utilizado para que ocorra a reao de combusto; e quanto

    maior a perda menor a eficincia da queima; 2 - As curvas de tendncia da eficincia

    em funo da produo de CO em ppm no forno Hoffmann da Cermica 1,

    mostram que quando a eficincia aumenta o ppm de CO reduz, sendo o CO perda

    na combusto, pode-se concluir que est ocorrendo uma queima incompleta; 3 - De

    acordo com os resultados obtidos com as medies dos gases na chamin do forno

    Hoffmann, mostram a necessidade de um revestimento do forno com uma camada

    de argila, pois se verificou ao desligar o exaustor da Cermica -1 quantidade de

    vazamentos existentes, principalmente nas fornalhas; 4 - Controlar a temperatura do

    10

  • forno com termopares tem uma grande contribuio para reduo do consumo de

    lenha. Foi verificado atravs da anlise de curva de queima com o equipamento

    Data Logger da Testo, que a temperatura de queima encontra-se acima da

    recomendada e os tijolos saem empenados e queimados; 5 Com as anlises

    realizadas na Cermica - 2, verificou que o comburente deve estar em quantidade

    suficiente em relao ao combustvel para que a reao qumica da combusto seja

    completa. Deve-se trabalhar com o mnimo de excesso de ar, suficiente para a total

    oxidao do combustvel, sem indcios significativos de monxido de carbono e

    fuligem. Para os combustveis slidos, por idnticas razes, sua granulometria de

    extrema importncia para obterem-se as condies adequadas de queima. Quanto

    mais reduzido o tamanho de uma partcula, maior ser a rea de contacto com o

    comburente e melhores sero as condies para a reao de combusto; Criar

    bancos de areia para isolamento nas vlvulas; Secar a lenha em cima do forno.

    5. Referncias Bibliogrficas [1] FHNW. Guidelines for generating options during CP-Assessment, Muttenz, 2000,

    no publicado.

    [2] J. T. C. F. NERI,Converso de Fornos Cermicos para Gs natural - A

    Experincia do CTGS no Rio Grande do Norte, Rio Oil & Gas Conference held in

    Rio de Janeiro, Brasil, 16-19 Outubro, 2000.

    [3]M. C. PAULETTI, Modelo Para Introduo De Nova Tecnologia Em Agrupamentos

    De Micro E Pequenas Empresas: Estudo De Caso Das Indstrias De Cermica

    Vermelha No Vale Do Rio Tijucas Universidade Federal de Santa Catarina ,

    Programa de Ps-Graduao em Engenharia de Produo, Florianpolis, 2001.

    [4] A. G. M. PUKASIEWICZ, Apostila - Disciplina - Tecnologia dos Processos de

    Fabricao IV Materiais Cermicos, Ponta Grossa, Paran, 2001.

    [5] L.R. PORTO, Relatrio de Avaliao Detalhada de Produo Mais Limpa,

    Campina Grande, Paraba, 2006.

    11

  • [6] R. S. H. C. TAPIA et al., 2000, Manual para a Indstria de Cermica Vermelha.

    Srie uso eficiente de energia. Rio de Janeiro: SEBRAE/RJ.

    EVALUATION OF THE PRODUCED GASES OF COMBUSTION WITH THE BURNING OF FIREWOOD IN POTTERIES IN THE STATE OF THE PARABA.

    ABSTRACT

    Due to significant desertificao occurring in the State of the Paraba, and in all the

    Northeast of Brazil, the CEPIS - Center of Sustainable Industrial Production, together

    with the UFCG - Federal University of Campina Grande saw the necessity to make a

    study with potteries of the State of the Paraba, with the production of gases

    generated for the burning of the firewood. The objective of this work is to evaluate the

    gases of combustion produced by the burning of firewood in potteries in the State of

    the Paraba. The combustion gases had been analyzed with a Gas Analyzer. The

    equipment was introduced in the chimney, with a height of three meters and during

    five hours the following parameters had been analyzed: O2, CO2, losses, efficiency,

    temperature of air and temperature of the gases. The results show that in all the

    analyzed ovens had incomplete burning due to false air inlet in the ovens, increasing

    the consumption of firewood for production of bricks

    Key Words: Potteries, gases of the combustion, consumption of firewood

    12