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  • SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAO DE MINAS GERAIS SUPERINTENDENCIA REGIONAL DE ENSINO DE ITAJUB

    DIRETORIA EDUCACIONAL [email protected] Rua Tabelio Tiago Carneiro Santiago, 364 BPS I tajub MG

    AVALIAO DIAGNSTICA DE LNGUA PORTUGUESA

    3 ANO DO ENSINO MDIO

    LEIA AS INSTRUES ABAIXO COM ATENO ANTES DE INICIAR A AVALIAO. 1 Este CADERNO composto por 23 QUESTES DE LNGUA PORTUGUESA, baseadas na Matriz Curricular do SIMAVE/PROEB. 2 Aps a conferncia deste caderno, escreva seu nome nos espaos prprios do CARTO-RESPOSTA com caneta de tinta azul ou preta. 3 No dobre, no amasse e no rasure tanto o CADERNO DE QUESTES quanto o CARTO-RESPOSTA. O CADERNO DE QUESTES ser utilizado para aplicao em outras turmas e o CARTO-RESPOSTA no poder ser substitudo. 4 Caso julgue necessrio, solicite ao professor uma folha para utilizar como rascunho. 5 Marque no CARTO-RESPOSTA apenas uma opo como correta; se voc assinalar mais de uma opo ou deixar todos os campos em branco sua questo ser anulada. 6 Para cada uma das questes objetivas so apresentadas 4 opes identificadas pelas letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente a questo. 7 O tempo para realizao desta Avaliao ser de 3h. (trs horas). 8 Reserve os 20 minutos finais para a marcao do CARTO-RESPOSTA. 9 O aluno no poder deixar a sala de aula at que todos terminem a Avaliao.

    MANTENHA A ATENO E BOA AVALIAO

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    QUESTO 1

    Leia o texto abaixo. Nobreza Popular

    Uma das muitas cenas memorveis do imperdvel filme Brasileirinho do diretor finlands Mika

    kaurismki a do Guinga contando como nasceu a msica Senhorinha, dedicada sua filha. Depois Zez Gonzaga canta a msica. Quem no se emocionar deve procurar um mdico urgentemente porque pode estar morto. Senhorinha tem letra de Paulo Csar Pinheiro e uma das coisas mais bonitas j feitas no Brasil e no estou falando s de msica. O filme todo uma exaltao do talento brasileiro, da nossa vocao para a beleza tirada do simples ou, no caso do chorinho, do complicado, mas com um virtuosismo natural que parece fcil. Recomendo no s a quem gosta de msica, mas a quem anda contagiado por sorumbatismo de origem psicossomtica ou paulista e achando que o Brasil vai acabar na semana que vem. No a msica que vai nos salvar, claro. Mas passei o filme todo vendo e ouvindo o Guinga, o Trio Madeira Brasil, o Paulo Moura, o Yamand, o Silvrio Ponte, a Elza Soares, a Teresa Cristina, a Zez Gonzaga (e at Adenilde Fonseca!) e pensando: essa a nossa elite. Essa a nossa nobreza popular, a que representa o melhor que ns somos. O oposto do patriciado que confunde qualquer ameaa ao seu domnio com o fim do mundo. Uma das alegrias que nos d o filme constatar que o chorinho, longe de estar acabando, est se revitalizando. Tem garotada aprendendo choro hoje como nunca antes. Substitua-se o choro pelo Brasil que no tem nojo de si mesmo e pronto: a esperana em por a. Parafraseando o Chico Buarque: Contra desnimo, desiluso, dispnia, o trombone do Z da Via.

    O Globo, 02/09/2007

    Qual o tema do texto a) A aprendizagem da msica pelos jovens. b) A beleza das cenas do filme Brasileirinho. c) A emocionante cano de Paulo Csar Pinheiro. d) A exaltao do valor da msica popular. e) A rejeio da cultura da elite. QUESTO 2

    A temperatura terrestre

    Nos ltimos 120 anos, a temperatura mdia da superfcie da Terra subiu cerca de um grau Celsius. Os efeitos disso sobre a natureza so muito graves e afetam bichos, plantas e o prprio ser humano. Esse aquecimento provoca, por exemplo, o derretimento de geleiras nos polos. Por causa disso, o nvel da gua dos oceanos aumentou em 25 centmetros e o mar avanou at 100 metros sobre o continente nas regies mais baixas. Furaces que geralmente se formam em mares de gua quente esto cada vez mais fortes. Os ciclos das estaes do ano e das chuvas esto alterados tambm.

    A poluio do ar uma das principais causas do aquecimento. A superfcie terrestre reflete uma parte dos raios solares, mandando- os de volta para o espao. Uma camada de gases se concentra ao redor do planeta, formando a atmosfera, e alguns deles ajudam a reter o calor e a manter a temperatura adequada para garantir a vida por aqui.

    Nas ltimas dcadas, muitos gases poluentes vm se acumulando na atmosfera e produzindo uma espcie de capa que concentra cada vez mais calor perto da superfcie da Terra, aumentando ainda mais a temperatura global. o chamado efeito estufa.

    Outro problema que afeta diretamente o clima a devastao das matas, que ajudam a manter a umidade e a temperatura do planeta. Infelizmente, o desmatamento j eliminou quase metade da cobertura vegetal do mundo.

    www.recreioonline.abril.com.br

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    Por que o nvel da gua dos oceanos aumentou at 25 centmetros a) Por causa da mudana do ciclo das estaes do ano. b) Por causa do derretimento das geleiras nos polos. c) Porque o mar avanou 100 metros sobre o continente. d) Porque os furaces esto cada vez mais fortes. e) Porque a poluio est muito grande. QUESTO 3

    Leia a tirinha abaixo.

    O uso da expresso finalmente, no primeiro quadrinho, indica que a arrumao foi: a) Completa. b) Corrida. c) Demorada. d) Mal feita. e) Rpida. QUESTO 4

    Leia o poema abaixo e responda. O bicho

    Vi ontem um bicho

    Na imundice do ptio Catando comida entre os detritos.

    Quando achava alguma cosia, No examinava nem cheirava:

    Engolia com voracidade. O bicho no era um co,

    No era um gato. No era um rato.

    O bicho, meu Deus, era um homem.

    BANDEIRA, Manuel. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: tica, 1985.

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    O que motivou o bicho a catar restos foi a) A prpria fome. b) A imundice do ptio. c) O cheiro da comida. d) A amizade pelo co. e) A comida ser deliciosa. QUESTO 5

    A Surdez na Infncia

    Podemos classificar as perdas auditivas como congnitas (presentes no momento do nascimento) ou adquiridas (contrrias aps o nascimento). Os problemas de aprendizagem e agressividade infantil podem estar ligados a problemas auditivos. A construo da linguagem est intimamente ligada compreenso do conjunto de elementos simblicos que dependem basicamente de uma boa audio. Ela a chave para a linguagem oral, que, por sua vez, forma a base da comunicao escrita.

    Uma pequena diminuio da audio pode acarretar srios problemas no desenvolvimento da criana, tais como: problemas afetivos, distrbios escolares, de ateno e concentrao, inquietao e dificuldades de socializao. A surdez na criana pequena (de 0 a 3 anos) tem consequncias muito mais graves que no adulto.

    Existem algumas maneiras simples de saber se a criana j possui problemas auditivos como: bater palmas prximo ao ouvido, falar baixo o nome da criana e observar se ela atende, usar alguns instrumentos sonoros (agog, tambor, apito), bater com fora a porta ou a mesa e, dessa forma, poder avaliar as reaes da criana.

    COELHO, Cludio. A surdez na infncia. O Globo, Rio de Janeiro, 13/04/2003, p. 6. Jornal da Famlia. Q ual o seu problema? O objetivo desse texto a) Comprovar que as perdas auditivas so irrelevantes. b) Ressaltar que a surdez ainda uma doena incurvel. c) Mostrar as maneiras de saber se a criana ouve bem. d) Alertar o leitor para os perigos da surdez na infncia. e) Apresentar solues para o problema da surdez. QUESTO 6

    Leia esta tira de Fernando Gonsales.

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    No 1 quadrinho, a galinha chama a ateno de seus pintinhos para um gavio que se aproxima. Os pintinhos, no entanto, preferem o gavio. Qual das frases seguintes poderia resumir com humor a razo dessa preferncia a) Quanto mais quente melhor. b) Um pouco, dois bom, trs demais. c) Quem rouba ladro tem cem anos de perdo. d) Antes a morte do que um cheiro forte. e) Antes s do que mal acompanhado. QUESTO 7

    Leia o texto abaixo. Aprenda a Falar Difcil

    Em minha empresa, parece que o povo, do gerente para cima, fala outro idioma. Por que as

    pessoas ficam inventando expresses estranhas ou usando palavras estrangeiras, quando muito mais fcil falar portugus?

    Llio, So Caetano, SP. Para impressionar, Llio. As pessoas que complicam o vocabulrio fazem isso com dois

    propsitos bem claros. O primeiro financeiro. "Falar abobrinha" pode ser sinnimo de "Verbalizar cucurbitceas", mas a segunda turma, via de regra, ganha mais. Voc mesmo confirmou isso, ao dizer: "de gerente para cima".

    O segundo motivo se proteger. Atravs dos tempos, cada profisso foi desenvolvendo sua maneira particular de se expressar. Economista fala diferente de advogado, que fala diferente de engenheiro, que fala diferente de psiclogo, e todos eles falam diferente de ns. Quanto mais complicado uma pessoa fala, mais fcil ela poder depois explicar: "No foi bem isso que eu disse". Na prtica, a coisa funciona assim.

    Se voc tiver uma pergunta - qualquer pergunta - e consultar algum de Marketing, ouvir como resposta que preciso "fazer um brainstorming e extrapolar os dados". Algum de Recursos Humanos dir que, "enquanto seres funcionais, temos de vivenciar parmetros holsticos". Um engenheiro opinaria que a coisa se deve a fatores inerciais de natureza no-tcnica". E uma pessoa de Sistemas diria que a empresa est "num processo de reformulao de contedo". E assim por diante.

    Essa foi uma grande lio que aprendi na vida corporativa. Quando tinha alguma dvida, perguntava a um Diretor. E aprendia uma palavra nova. A, ia me informar com o Seu Ansio da Portaria. Porque ele era o nico capaz de me explicar direitinho a situao. ", vem chumbo grosso por a". Portanto, Llio, e para bem de sua carreira, sugiro que voc comece a aprender esses "idiomas estranhos". Falando de maneira simples, e sendo entendido por todos, voc chegar, no mximo, a Supervisor. Adotando uma verbalizao direcional intrnseca, poder chegar a Diretor.

    (GEHRINGER, Max. "Sua carreira. poca", So Paulo: Editora Globo, n. 411, 3. abr. 2007, p. 67).

    Na pergunta do leitor, h uma concepo (ideia) de lngua portuguesa que a) rejeita as variaes de carter tcnico-profissional, por consider-las desnecessrias. b) defende o uso da lngua padro nas atividades profissionais, por sugerir mais status. c) expressa um preconceito com o falar coloquial, por relacion-lo s classes populares. d) incorpora o uso de palavras estrangeiras como necessrio comunicao. e) apresenta vrias palavras que a nosso ver so muito complexas para entendimento. QUESTO 8

    No se Perca na Rede

    A internet o maior arquivo pblico do mundo. De futebol a fsica nuclear, de cinema a biologia, de religio a sexo, sempre h centenas de sites sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de

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    informaes pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder tempo? para isso que foram criados os sistemas de busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos usurios, eles so um filo to bom que j existem s centenas tambm. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca. H vrios tipos. Alguns so genricos, feito para uso no mundo todo ( Google, por exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros so nacionais ou estrangeiros com verses especficas para o Brasil (cad, yahoo, e altavista). So ideias para achar pginas com.br

    Paulo D Amaro O perodo que apresenta uma opinio do autor a) foram criados sistemas de busca. b) essa avalanche de informaes pode atrapalhar. c)sempre h centenas de sites sobre qualquer assunto. d) A internet o maior arquivo pblico do mundo. e)H vrios tipos.

    QUESTO 9

    Leia o texto abaixo. Leite

    Vocs que tm mais de 15 anos, se lembram de quando a gente comprava leite em garrafa, na leiteira da esquina?(...) Mas vocs no se lembram de nada, p! Vai ver nem sabem o que vaca. Nem o que leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite leite em pacote, imagina, Teresa! na porta dos fundos e estava escrito que pasterizado ou pasteurizado, sei l, tem vitamina, garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau. Ser que isso mesmo leite? No dicionrio diz que leite outra coisa: lquido branco, contendo gua, protena, acar e sais minerais. Um alimento pra ningum botar defeito. O ser humano o usa h mais de 5.000 anos. o nico alimento s alimento. A carne serve pro animal andar, a fruta serve para fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...) o leite s leite. Ou toma ou bota fora. Esse aqui examinando bem, s pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem mais gua do que leite, tem sacanagem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trs desse negcio. Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos no gostem de leite. Mas, como no gostam? No gostam como? Nunca tomaram! M!

    Millr Fernandes. O Estado de So Paulo. 22/08/1999 .

    Ao criar a palavra embromatologia (l 5.), o autor pretende ser a) Conciso. b) Srio. c) Formal. d) Cordial. e) Irnico. QUESTO 10

    Leia o texto abaixo. Trata-se da letra de uma cano do compositor Nando Reis, interpretada pela cantora Marisa Monte em seu disco Mais.

    DIARIAMENTE Para calar a boca: rcino Pra lavar a roupa: omo Para viagem longa: jato Para difceis contas: calculadora

    Para o pneu na lona: jacar Para a pantalona: nesga Para pular a onda: litoral Para lpis ter ponta: apontador Para o Par e o Amazonas: ltex

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    [...]

    Para levar na escola: conduo Para os dias de folga: namorado Para o automvel que capota: guincho [...]

    Para saber a resposta: vide-o-verso Para escolher a compota: Jundia Para a menina que engorda: hipofagin Para a comida das orcas: krill

    Para o telefone que toca Para a gua l na poa Para a mesa que vai ser posta Para voc, o que voc gosta: Diariamente.

    Vocabulrio: Rcino - 1.Planta medicinal da famlia das euforbiceas (Ricinus communis),[...] Nesga - 1.Pea ou bocado de pano triangular que se adiciona, cosendo, entre dois panos de uma costura, para dar mais amplido A letra da cano apresenta uma construo especial, graas repetio de uma palavra. Sobre essa construo, pode-se AFIRMAR que a preposio Para transmite a ideia de a) causa b) assunto c) companhia d) finalidade e)Consequncia

    QUESTO 11

    Daqui eu no saio!

    Querem derrubar a casa de dona Ins. Ela j disse que no: que gosta da casa, do espao que ela tem, das histrias que transpiram em cada cantinho de parede, em cada risco no cho, em cada marca do tempo. Mas os vizinhos no deixam dona Ins em paz: vende, dona Ins. Ns j topamos. Vende ou no d espao para construir o prdio. Dona Ins diz que no. Os filhos suplicam: vende, me. Ficar com essa velharia pra qu? Dona Ins responde que uai, porque eu quero e pronto. O corretor imobilirio telefona dia e noite, o corretor e seu talo de cheques, balanando como uma salsicha em frente ao cachorro. Mas dona Ins no quer salsicha. Nem cheques. S a sua casa.

    J tentaram convencer dona Ins de diversas maneiras. Uma delas foi amea-la com a possibilidade de uma escurido eterna que os vizinhos de prdios altos sofrem. Dona Ins respondeu que nem ligava. Com chuva ou com sol, dona Ins fica l em sua casa. A outra tentativa foi assust-la com a possibilidade de desvalorizao: diziam que depois de feito o prdio com os terrenos vizinhos, a casa dela nada valeria. VaIe para mim, responde, altiva, dona Ins. As tentativas foram em vo.

    A rua de dona Ins um rio. O rio do tempo. Dela transbordam carros, transbordam as mudanas da moda, das estaes, da tica, da tecnologia e dos governos. Transbordam os inevitveis corretores imobilirios. Outras casas vizinhas foram sendo tragadas pela enchente da rua. Desabando e se perdendo nas guas, uma a uma: a casa da tia Sara, com lindas rvores na frente; o casaro com pinturas de azulejo e bela arquitetura de no sei quando; a imponncia da manso daquele homem. Eram casas feitas de materiais vulnerveis.

    A casa de dona Ins, no. Os tijolos de dona Ins so soldados com carinho, material imperecvel, invulnervel. Tinta cor de spia, cor das fotos amarelecidas e da memria que sorri de si mesma. A casa de dona Ins a sua alma: casa viva, que respira, casa com infncia e maturidade, mas sem-fim. Alma imortal de dona Ins, a casa e sua teima no bairro de Lourdes.

    Eu aqui singela, em meu apartamento beb de sete anos, fico torcendo pela casa de dona Ins. Eu que gostaria de uma foto, de um relato ao menos de que histrias povoaram esse terreno antes

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    que o BNH o tornasse possvel para mim. Assistindo minha prpria rua se desmanchar, os pedaos de sua histria levados para longe pelo vendaval do tempo. Eu que levei minha filha de sete anos em excurso turstica padaria em frente, onde tantas vezes ela clamou por um chips, agora apenas uma fachada em breve o p de onde viemos e aonde voltaremos.

    Torcemos minha filha e eu, pela casa de dona Ins. Que ela possa contar para minha filha adulta que a cidade centenria no nasceu ontem. Que as pessoas j viveram dias melhores em termos de qualidade de vida. Que o modelo da megalpole no o nico possvel ou desejvel. Talvez, acima de tudo, que a casa erguida de dona Ins, espremida que seja entre prdios e fumaas, possa contar que assim como nem todo homem nem toda casa tem o seu preo.

    Rita Espeschit. Hoje em dia, 19/10/97. p.8.

    A partir do que nos sugere o texto, qual das caractersticas abaixo PODE SER atribuda dona Ins

    a)insegura. b)malevel. c)interesseira d)persistente. e)preocupada. QUESTO 12

    Leia o texto abaixo e responda.

    O Teatro de Etiqueta

    No sculo XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, no havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeio: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa brbara, que comeava a sair da Idade Mdia, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus sditos como uma espcie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetculo da realeza: s para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava at dez minutos.

    Quando Lus XV, que reinou na Frana de 1715 a 1774, passou a usar leno no como simples pea de vesturio, mas para limpar o nariz, ningum mais na corte de Versalhes usou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, no tinham a petulncia que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferena poltica que j existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revoluo Francesa, as pessoas comearam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Da por que ela passou a ser usada de forma desigual s na hora de lidar com os poderosos.

    Revista Superinteressante, Junho 1988, n 6 ano 2.

    Nesse texto, o autor defende a tese de que a) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza. b) a etiqueta tinha uma finalidade democrtica antigamente. c) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o sculo XV. d) as pessoas evoluram a etiqueta para descomplic-la. e) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder. QUESTO 13

    Leia o texto abaixo e responda.

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    Voc no entende nada

    Quando eu chego em casa nada me consola Voc est sempre aflita Lgrimas nos olhos, de cortar cebola Voc to bonita Voc traz a coca-cola Eu tomo Voc bota a mesa, Eu como, eu como, eu como, eu como, eu como Voc No est entendendo quase nada do que eu digo Eu quero ir-me embora Eu quero dar o fora E quero que voc venha comigo Eu me sento, Eu fumo, Eu como, Eu no aguento

    Voc est to curtida Eu quero tocar fogo neste apartamento Voc no acredita Traz meu caf com suita Eu tomo Bota a sobremesa Eu como, eu como, eu como, eu como, eu como Voc Tem que saber que eu quero correr mundo Correr perigo Eu quero ir-me embora Eu quero dar o fora E quero que voc venha comigo.

    VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Voc no entende nada. 2 ed. Nova Cultura. 1998

    A repetio da expresso eu quero, em diversos versos, tem por objetivo a) fazer associaes de sentido. b) refutar argumentos anteriores. c) reforar a expresso dos desejos. d) detalhar sonhos e pretenses. e) apresentar a expresso dos desejos QUESTO 14

    O Assalto em Cada Regio Brasileira Assaltante nordestino Ei, bichim... Isso um assalto... Arriba os braos e num se bula nem faa muganga... Arrebola o dinheiro no mato e no faa pantim se no enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdo, meu Padim Cio, mas que eu t com uma fome da molstia... Assaltante mineiro , s, presteno...Isso um assarto, uai... Levanta os brao e fica quetim quesse trem na minha mo t cheio de bala... Mi pass logo os trocado que eu num t bo hoje. Vai andando, uai! T esperando o qu, uai!! Assaltante baiano , meu rei... Isso um assalto... (longa pausa). Levanta os braos, mas no se avexe no... (pausa). Se num quiser, nem precisa levantar, pra num fica cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho... (longa pausa). Num repara se o berro est sem bala, mas pra num fic muito pesado... No esquenta, meu irmozinho (longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada... Assaltante paulista Orra, meu... Isso um assalto, meu... Alevanta os braos e passa a grana logo, meu... Mais rpido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo, meu... P, se manda, meu... A anlise da linguagem e da concordncia nas cenas permite afirmar a) Em Assaltante nordestino, o uso adequado de verbos no imperativo caracteriza a linguagem padro, assim como bichim, num, t e pra marcam registro oral.

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    b) Em Assaltante mineiro, o uso das expresses os brao e os trocado est de acordo com a norma padro; os vocbulos s, trem e uai exemplificam a linguagem do mineiro. c) Em Assaltante baiano, a sintaxe utilizada com perodos longos recurso para delinear o ritmo acelerado da vida baiana. d) Em Assaltante paulista, a repetio do pronome meu pretende mostrar o apego do paulista ao dinheiro e ao futebol. e)Em assaltante mineiro, Isso um assarto, uai indica que a pessoa que escreveu possui um preconceito lingustico em relao ao falante desta variao. QUESTO 15

    Animais no espao

    Vrios animais viajaram pelo espao como astronautas. Os russos j usaram cachorros em suas experincias. Eles tm o sistema cardaco parecido com

    o dos seres humanos. Estudando o que acontece em eles, os cientistas descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas.

    A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espao, em novembro de 1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin.

    Os norte-americanos gostam de fazer experincias cientficas espaciais com macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanz o preferido porque inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espcies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintticos e no se incomoda com a roupa espacial.

    Alm disso, os macacos so treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo. Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espao, em novembro de 1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou so e salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu nico erro di ter comido muito depressa as pastinhas de banana durante as refeies.

    (Folha de So Paulo,26 de Janeiro de 1996)

    Entre as informaes do texto acima, uma das principais que a) o chimpanz mais famoso viajou para o espao a bordo da Mercury-Atlas 5. b) os cientistas descorem problemas que podem acontecer com as pessoas. c) a cadela Laika viajou ao espao quatro anos depois de Gagarin. d) a viagem do mais famoso macaco para o espao aconteceu em 1961. e) na nave espacial serviam pastilhas de banana durante as refeies.

    QUESTO 16

    Leia a entrevista abaixo e responda. Entrevista Existem crimes piores, diz pai de jovem agressor Sergio Torres Da sucursal do Rio O microempresrio Ludovico Ramalho Bruno, 46, disse acreditar que o filho Rubens Arruda, 19, estava alcoolizado ou drogado quando participou do espancamento da empregada domstica Sirlei Pinto. Uma pessoa normal vai fazer uma agresso dessa?, perguntou ele aps ter sido vtima de um tiroteio na delegacia. Dono de uma firma de passeios tursticos, Bruno afirmou que o filho no deveria ser preso, para no conviver com criminosos na cadeia. Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. No justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que tm estudo, que tm carter, junto com um cara desses Existem crimes piores. Se forem indiciados, os acusados vo responder por tentativa de latrocnio (pena de 7 a 15 anos de priso em caso de deteno) e leso corporal dolosa (de 1 a 8 anos de priso).

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    Folha: O sr. acredita na acusao contra o seu filho? Ludovico Ramalho Bruno: Eles no so bandidos. Tem que criar outras instncias para puni-los. Queria dizer sociedade que ns, pais, no temos culpa nisso. Eles cometeram erro? Cometeram. Mas no vai ser justo manter crianas que esto na faculdade, esto estudando, trabalham, presos. desnecessrio, vai marginalizar l dentro. Foi uma coisa feia o que eles fizeram? Foi. No justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que tm estudo, tm carter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores. Folha: O sr. j falou com ele? Bruno: No. um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Est detido, chorando, desesperado. Daqui vai ser transferido. Peo ao juiz que d a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdo. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moa, foi o mnimo que pude fazer. No justo prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que tm pai e me, e juntar bandidos que a gente no sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos. Folha: O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga? Bruno: Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro a droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmcias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clnicas, botar os viciados l, controlar a droga. Folha: Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados? Bruno: Mas lgico. Uma pessoa normal vai fazer uma agresso dessa? Lgico que no. Lgico que estavam embriagados, lgico que poderiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de 19 anos que est na rua com uma epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas. Folha: Como seu filho em casa? Bruno: Fica no computador, vai praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal, um garoto normal.

    (Folha de S.Paulo, 26/06/2007 p. C4)

    Assinale a opo que indica o principal argumento usado pelo pai para rejeitar o encarceramento do filho junto com bandidos a) O filho trabalha, estuda, tem famlia. b) O filho cometeu apenas um deslize. c) O filho tem hbitos de uma pessoa normal. d)O filho sofre com a epidemia das drogas. e) O filho est desesperado, chorando muito. QUESTO 17

    Leia os textos abaixo e responda .

    TEXTO I

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    TEXTO II Se Vasco cair, Eurico ameaa implodir Dinamite.

    O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, mandou um recado ameaador ao atual mandatrio, Roberto Dinamite, em entrevista Rdio Bandeirantes. Pense muito no que est fazendo com o Vasco, porque voc no vai sair impune disso. Garanto que, nem que seja a ltima coisa que eu venha a fazer na minha vida, se o Vasco cair para a Segunda Diviso, eu vou acabar com voc, com as suas vidas poltica e particular. Voc s merece isso. Estou dizendo isso com todas as letras. Faa o diabo para impedir que o Vasco seja rebaixado. Pode continuar fazendo as suas lambanas, a sua auditoria, mas no deixe o Vasco cair. Se o Vasco for para a segunda diviso, eu vou acabar com voc, disparou.

    Fonte: http://blog.miltonneves.ig.com.br/2008/10/21 /se-vasco-cair-eurico-ameaca-implodir-com-dinamite/ (acessado em 08/12/2008).

    Tendo em vista os textos I e II, assinale a alternativa COERENTE acerca dos dois textos.

    a) Fazendo referncia a um filme, o site de humor no faz uma pilhria, aludindo remota possibilidade de o time em questo se manter na primeira diviso. b) O fato de o patrocinador se chamar champs campeo em ingls no se configura como uma ironia em relao situao do clube. c) Para o leitor que no est familiarizado com o futebol, o ttulo do texto II pode contribuir na construo do significado do I. d) Ambos os textos, fazendo meno ao rebaixamento da equipe carioca, mostram-se como expresses de contrariedade ao rebaixamento. e) A fora semntica de milagre no pode se referir, com proporo de eventos bblicos, dificuldade em solucionar a situao do time. QUESTO 18

    Eu

    Eu no era novo nem velho. Tinha a capa colorida, um pouco amassada, uma das pginas rasgadas na parte de baixo, naquele lugar que chamam de p de pgina. Vivia jogando no canto de um quarto, junto de velhos brinquedos. Todos os dias o menino entrava no quarto para brincar. O que eu mais queria era que ele me desse ateno, me segurasse, passasse minhas pginas, lesse o que tenho para contar.

    Mas, que nada! Brincava naquele quarto e nem me olhava. Ficava horas e horas com os toquinhos de madeira, carrinhos, quebra-cabeas e outros brinquedos. Eu me sentia um grande intil.

    Um dia no aguentei mais: chorei tanto, mas tanto, que minhas lgrimas molharam todas as minhas pginas e o cho. Parecia que eu tinha feito xixi no quarto. Levei um tempo para secar. Veio a noite, as pginas continuavam midas. Comecei a bater queixo de frio e espirrar. S no fiquei gripado porque fui dormir debaixo do ursinho de pelcia.

    No dia seguinte, quando os raios de sol entraram pela janela, me senti melhor, e minhas pginas secaram todas.

    A minha sorte que as letras no deslizaram pelas pginas e foram embora. PONTES NETO, Hildebrando. Eu. Ilustraes de Marin gela Haddad Belo Horizonte: Dimenso, 2002 O ponto de exclamao no final da frase Mas, que nada! (l 6.) indica que o personagem do texto est a) Curioso. b) Decepcionado. c) Assustado. d) Pensativo. e) Admirado. QUESTO 19

    Leia cuidadosamente o Pop Card abaixo e responda.

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    Assinale a alternativa que apresenta uma leitura ADEQUADA sobre o texto acima.

    a)A expresso facial do senhor no representa o estado de esprito de quem padece de diabetes. b)O semblante do homem no pode significar que ele possui o plano de sade em questo. c)O fato de o ator escolhido ser um idoso pode no prestar associao entre a idade dele e a doena como sendo tpica dessa faixa etria. d)Fotografado numa piscina, o personagem se afasta de um modelo de homem ativo e saudvel, fim do plano de sade divulgado. e)O uso do advrbio sempre e do adjetivo cheio pode se relacionar ao fato de o homem ter uma idade avanada. QUESTO 20

    Leia o texto abaixo e responda. Texto I

    Tio Pdua Tio Pdua e tia Marina moravam em Braslia. Foram um dos primeiros. Mudaram-se para l no final dos anos 50. Quando Dirani, a filha mais velha, fez dezoito anos, ele saiu pelo Brasil afora atrs de um primo pra casar com ela. Encontrou Jairo, que morava em Marlia. Esto juntos e felizes at hoje. Jairo e Dirani casaram-se em 1961. Fico pensando se os casamentos arranjados no tm mais chances de dar certo do que os desarranjados.

    Ivana Arruda Leite. Tio Pdua. Internet: http://www .doidivana.zip.net. Acesso em 07/01/2007 Texto II

    O casamento e o amor na Idade Mdia (fragmento)

    Nos sculos IX e X, as unies matrimoniais eram constantemente combinadas sem o consentimento da mulher, que, na maioria das vezes, era muito jovem. Sua pouca idade era um dos motivos da falta de importncia que os pais davam a sua opinio. Diziam que estavam conseguindo o melhor para ela. Essa total falta de importncia dada opinio da mulher resultava muitas vezes em raptos. Como o consentimento da mulher no era exigido, o raptor garantia o casamento e ela deveria permanecer ligada a ele, o que era bastante difcil, pois os homens no davam importncia fidelidade. Isso acontecia talvez principalmente pelo fato de a mulher no poder exigir nada do homem e de no haver uma conduta moral que proibisse tal ato. Ingo Muniz Sabage. O casamento e o amor na Idade M dia. Internet: http://www.milenio.com.br/ingo/ideias/hist/casament o.htm>. Acesso em 07/01/2007 (com adaptaes). Sobre o casamento arranjado, o texto I e o texto II apresentam opinies a) Complementares. b) Duvidosos. c) Opostas. d) Preconceituosas. e) Semelhantes.

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    QUESTO 21

    Leia o texto abaixo e responda.

    Que gnero de texto esse a) uma notcia b) uma carta c) uma reportagem d) um editorial e) uma propaganda QUESTO 22

    Sermo do Mandato

    O primeiro remdio que dizamos, o tempo. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mrmore, quanto mais a coraes de cera? So as afeioes como as vidas, que no h mais certo de haverem de durar pouco, que terem durado muito. So como as linhas, que partem do centro para a circunferncia, que tanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os Antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque no h amor to robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que j no atira; embota-lhe as setas, com que j no fere; abre-lhe os olhos, com que v o que no via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razo natural de toda esta diferena, porque o tempo tira a novidade s cousas, descobre-lhe defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para no serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais amor? O mesmo amor a causa de no amar, e o de ter amado muito, de amar menos.

    VIEIRA, Antnio. Sermo do Mandato. In: Sermes. 8. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1980

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    O tempo a principal soluo para os problemas. A frase que reproduz essa ideia a) O primeiro remdio que dizamos, o tempo. (l . 1) b) Antigos sabiamente pintaram o amor menino... (l . 5) c) Atreve-se o tempo a colunas de mrmore... (l . 2) d) (...) o tempo tira a novidade s cousas... (l . 8-9) e) (...) partem do centro para a circunferncia... (l . 4) QUESTO 23

    Leia o texto abaixo.

    A campanha publicitria acima apresenta o seguinte slogan Com Skol, tudo fica redondo. Relacionando-o com os recursos visuais e demais textos presentes na propaganda, pode-se considerar uma interpretao razovel da mesma, a alternativa

    a)se o inventor do suti bebesse a cerveja Skol, ele seria melhor inventor. b)Se o inventor do suti bebesse a cerveja Skol, pensaria redondo e criaria um suti melhor. c)Se o inventor do suti bebesse a cerveja, o vesturio teria um fecho mais fcil de ser aberto. d)O suti seria mais moderno se seu criador bebesse Skol. e)O suti seria mais atraente se seu criador bebesse Skol.