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AUTORES DA HISTÓRIA 15 Um herói da fé cristã De acordo com relatos pu- blicados em diversos sites, George Müller foi fundador de vários orfanatos, e cuidou de mais de 18 mil crianças órfãs, baseado na promessa de Deus, no Salmo 68:5 “Deus é pai dos órfãos”. Um dos episódios relatados vem ao encontro da citação de dona Hanna, sobre um dia em que seu orfanato amanheceu sem nenhum alimento para os mais de mil órfãos abrigados naquela ocasião. O desespero tomou conta de todos os funcionários, mas George Müller disse: “Não peço nada ao homem, minha aliança é com Deus”. Entrou em seu quarto e orou: “Pai dos órfãos, falta pão. Em nome de Jesus, amém”. Dentro de alguns minutos, várias carroças com pães pas- saram na porta do orfanato e o chefe que as conduzia disse: “Sr. Müller, fomos entregar es- tes pães para a Família Real, no castelo, e eles disseram que os pães estavam muito assados e, para não jogar, resolvemos dar para o orfanato”. Müller disse: “Não foram os pães que passa- ram do ponto, mas Deus que atendeu nossa oração e teve misericórdia de nós”. George Müller é considerado um dos maiores heróis da fé cristã que o mundo conheceu. essa cultura. “Queria estar mais na creche, cantar e brincar com eles. Lá temos pistão, bateria, guitarra, dez violões, e agora eu consegui um professor de música, que um amigo vai pagar”, observa. A terceira idade também rece- be atenção de Hanna. “Gosto de tocar violão e canto músicas meló- dicas antigas para eles, que são as que mais gosto”, diz. Falando em música, ela também já deu aulas para as crianças, inclusive para seus filhos. Ela está sempre empenhada em ajudar ao próximo. “Ajudei a puxar luz para muitas casas na entrada da cidade e a construir banheiros em residências que não tinham”, comenta. Hanna se incomoda com sujei- ras nas ruas, que indicam falta de cuidado político e administrativo com a cidade e com a população. “Dai a César o que é de César. E a Deus o que é de Deus. Se os polí- ticos tratassem da parte deles, a igreja poderia se envolver mais na salvação. A prefeitura tem de ofe- recer esporte e cultura aos jovens. A caridade é responsabilidade da igreja”, complementa. Envolvimento com a cooperativa Na propriedade eles cultivam diversas lavouras: soja, aveia, milho e um pouco de trigo. O filho Bodo Bartz é quem administra tudo e toma conta das plantações. Ele assumiu as responsabilidades de- pois que o pai ficou com a saúde debilitada. Seu Ubrich Johann Bartz é as- sociado da Cocari há muitos anos, e dona Hanna conta que chegou a participar de diversas reuniões na cooperativa. Fé que emociona e inspira A criação, sempre ligada à Igreja Luterana, despertou em dona Hanna uma visão bem peculiar sobre reli- gião. “Vou à Igreja Renovada, mas já frequentei outras e digo que sou de Cristo”, afirma. Ela ressalta que as pessoas precisam de exemplos que possam seguir. “Eu tenho Madre Teresa de Cal- cutá, Irmã Dulce, São Francisco de Assis, além de outras pessoas que não aparecem, mas meu exemplo maior é Cristo. Comecei seguindo George Mül- ler, conhecido como Pai dos Órfãos, na Inglaterra, um defensor das crianças que ficaram órfãs devido à morte dos pais na época que a Inglaterra sofria com uma grave epidemia. George Mül- ler agradeceu pelo pão daquele dia, sem ter pão, e a padaria chegou com os pães para alimentar as crianças”, diz, emocionada. Uma pessoa rica Na vida de dona Hanna é assim: tudo que tem é dos outros. Ela afirma que as lutas e dificuldades vividas na infância e o fato de ter crescido nos preceitos da Igreja Luterana lhe de- ram forças para ser como é. “Eu sou privilegiada”, ressalta. “Apesar das dificuldades, o tra- balho com pessoas carentes é gra- tificante. Como diz a música de São Francisco de Assis: é dando que se recebe. A humildade é uma das men- sagens de Deus. Se alguém diz: não tenho tempo, não tenho dinheiro nem força, eu digo: você é a pessoa certa para me ajudar. Tudo tem que vir de Deus: a força, o dinheiro e o tempo. Tenho carro, gasolina e não conheço preguiça. Pode ser que, de repente, eu não aguente mais, mas preguiça não tenho”, finaliza. Redação da C7 Comunicação Dona Hanna Renate Magdalena Bartz com o filho Bodo e o neto Wiland na propriedade da família Apesar das dificuldades, o trabalho com pessoas carentes é gratificante. Como diz a música de São Francisco de Assis: é dando que se recebe. A humildade é uma das mensagens de Deus.”

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Page 1: AUTORES DA HISTÓRIA - COCARI · 2016. 6. 20. · AUTORES DA HISTÓRIA AUTORES DA HISTÓRIA 15 Um herói da fé cristã De acordo com relatos pu-blicados em diversos sites, George

AUTORES DA HISTÓRIAAUTORES DA HISTÓRIA

15

Um herói da fé cristã

De acordo com relatos pu-

blicados em diversos sites,

George Müller foi fundador de

vários orfanatos, e cuidou de

mais de 18 mil crianças órfãs,

baseado na promessa de Deus,

no Salmo 68:5 “Deus é pai dos

órfãos”.

Um dos episódios relatados

vem ao encontro da citação de

dona Hanna, sobre um dia em

que seu orfanato amanheceu

sem nenhum alimento para os

mais de mil órfãos abrigados

naquela ocasião.

O desespero tomou conta

de todos os funcionários, mas

George Müller disse: “Não peço

nada ao homem, minha aliança

é com Deus”. Entrou em seu

quarto e orou: “Pai dos órfãos,

falta pão. Em nome de Jesus,

amém”.

Dentro de alguns minutos,

várias carroças com pães pas-

saram na porta do orfanato e

o chefe que as conduzia disse:

“Sr. Müller, fomos entregar es-

tes pães para a Família Real, no

castelo, e eles disseram que os

pães estavam muito assados e,

para não jogar, resolvemos dar

para o orfanato”. Müller disse:

“Não foram os pães que passa-

ram do ponto, mas Deus que

atendeu nossa oração e teve

misericórdia de nós”. George

Müller é considerado um dos

maiores heróis da fé cristã que

o mundo conheceu.

essa cultura. “Queria estar mais na

creche, cantar e brincar com eles.

Lá temos pistão, bateria, guitarra,

dez violões, e agora eu consegui um

professor de música, que um amigo

vai pagar”, observa.

A terceira idade também rece-

be atenção de Hanna. “Gosto de

tocar violão e canto músicas meló-

dicas antigas para eles, que são as

que mais gosto”, diz. Falando em

música, ela também já deu aulas

para as crianças, inclusive para

seus filhos.

Ela está sempre empenhada em

ajudar ao próximo. “Ajudei a puxar

luz para muitas casas na entrada

da cidade e a construir banheiros

em residências que não tinham”,

comenta.

Hanna se incomoda com sujei-

ras nas ruas, que indicam falta de

cuidado político e administrativo

com a cidade e com a população.

“Dai a César o que é de César. E a

Deus o que é de Deus. Se os polí-

ticos tratassem da parte deles, a

igreja poderia se envolver mais na

salvação. A prefeitura tem de ofe-

recer esporte e cultura aos jovens.

A caridade é responsabilidade da

igreja”, complementa.

Envolvimento com a cooperativa

Na propriedade eles cultivam

diversas lavouras: soja, aveia,

milho e um pouco de trigo. O filho

Bodo Bartz é quem administra tudo

e toma conta das plantações. Ele

assumiu as responsabilidades de-

pois que o pai ficou com a saúde

debilitada.

Seu Ubrich Johann Bartz é as-

sociado da Cocari há muitos anos,

e dona Hanna conta que chegou a

participar de diversas reuniões na

cooperativa.

Fé que emociona e inspira

A criação, sempre ligada à Igreja

Luterana, despertou em dona Hanna

uma visão bem peculiar sobre reli-

gião. “Vou à Igreja Renovada, mas já

frequentei outras e digo que sou de

Cristo”, afi rma. Ela ressalta que as

pessoas precisam de exemplos que

possam seguir.

“Eu tenho Madre Teresa de Cal-

cutá, Irmã Dulce, São Francisco de

Assis, além de outras pessoas que não

aparecem, mas meu exemplo maior é

Cristo. Comecei seguindo George Mül-

ler, conhecido como Pai dos Órfãos, na

Inglaterra, um defensor das crianças

que fi caram órfãs devido à morte dos

pais na época que a Inglaterra sofria

com uma grave epidemia. George Mül-

ler agradeceu pelo pão daquele dia,

sem ter pão, e a padaria chegou com

os pães para alimentar as crianças”,

diz, emocionada.

Uma pessoa ricaNa vida de dona Hanna é assim:

tudo que tem é dos outros. Ela afi rma

que as lutas e difi culdades vividas na

infância e o fato de ter crescido nos

preceitos da Igreja Luterana lhe de-

ram forças para ser como é. “Eu sou

privilegiada”, ressalta.

“Apesar das difi culdades, o tra-

balho com pessoas carentes é gra-

tifi cante. Como diz a música de São

Francisco de Assis: é dando que se

recebe. A humildade é uma das men-

sagens de Deus. Se alguém diz: não

tenho tempo, não tenho dinheiro nem

força, eu digo: você é a pessoa certa

para me ajudar. Tudo tem que vir de

Deus: a força, o dinheiro e o tempo.

Tenho carro, gasolina e não conheço

preguiça. Pode ser que, de repente,

eu não aguente mais, mas preguiça

não tenho”, fi naliza.

Redação da C7 Comunicação

Dona Hanna Renate Magdalena Bartz com o fi lho Bodo e o neto Wiland na propriedade da família

Apesar das dificuldades, o trabalho com pessoas carentes é gratificante. Como diz a música de

São Francisco de Assis: é dando que se recebe. A humildade é uma das mensagens de Deus.”