automatismos (pp_2013.05.29)
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Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 1 de 30
INTRODUÇÃO 2
SECCIONAMENTO 2
SECCIONADOR 2
INTERRUPTOR E INTERRUPTOR-SECCIONADOR 3
PROTEÇÃO 4
PROTECÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITOS 5
PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS 6
RELÉ TÉRMICO 7
DISJUNTORES-MOTORES 8
COMUTAÇÃO 8
COMUTAÇÃO TUDO OU NADA 9
CONTACTOR 9
FUNCIONAMENTO 10
IDENTIFICAÇÃO 10
VARIAÇÃO DE VELOCIDADE POR FREQUÊNCIA 15
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS VARIADORES DE VELOCIDADE 16
ESQUEMAS 17
SIMBOLOGIA 17
ATRIBUIÇÕES E CONSTITUIÇÃO DAS SAÍDAS-MOTOR
Automatismos Eletromecânicos
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Uma saída-motor (saída de potência) engloba todos os componentes necessários ao comando e
proteção de um motor elétrico ou outro recetor de potência. A seleção dos componentes para
constituir uma saída condiciona o desempenho da instalação: nível de proteção, funcionamento em
velocidade fixa ou variável, etc.
As funções de uma saída-motor são:
- seccionamento
- proteção contra curto-circuitos e contra sobrecargas
- comutação
Para intervir com toda a segurança nas instalações, ou nas máquinas e nos equipamentos
elétricos, é necessário dispor de meios para isolar eletricamente os circuitos de potência e de
comando da alimentação geral.
Esta função, designada por seccionamento, é assegurada por:
- aparelhos específicos: seccionadores ou interruptores-seccionadores
- funções de seccionamento integradas em aparelhos de funções múltiplas
SECCIONADOR
O seccionador para circuitos de alimentação trifásicos é constituído essencialmente por um bloco
tripolar ou tetrapolar, por um ou dois contactos auxiliares de pré-corte e por um dispositivo de
comando lateral ou frontal. O fecho e a abertura dos pólos são efetuados manualmente, por meio
deste comando.
Figura 1 - Seccionador
INTRODUÇÃO
SECCIONAMENTO
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A velocidade de fecho e de abertura depende da rapidez de ação do operador (manobra
dependente manual). O seccionador é portanto um aparelho de "ação dependente" que não deve
ser nunca manobrado em carga. A corrente deve ser interrompida previamente no circuito de
utilização, por meio do aparelho de comutação previsto para esse efeito (geralmente um contactor).
O contacto auxiliar de pré-corte liga-se em série com a bobina do contactor. Abre antes e fecha
depois dos pólos do seccionador. Em caso de manobra acidental em carga, interrompe a
alimentação da bobina do contactor antes dos pólos do seccionador abrirem. Mas o contacto de
pré-corte não deve ser considerado um órgão de comando do contactor, o qual deve ter o seu
próprio comando Marcha/Paragem.
O estado dos contactos deve ser indicado claramente pela posição do dispositivo de comando, por
um indicador mecânico independente (corte plenamente aparente) ou pela visibilidade dos
contactos (corte visível). Não deve ser possível, de forma alguma, efetuar a consignação do
seccionador na posição "fechado" ou quando os contactos ficarem acidentalmente soldados.
Os seccionadores podem ser equipados com corta-circuitos fusíveis em vez de tubos ou barras de
seccionamento, passando a designar-se por seccionadores fusíveis.
É de notar que, num equipamento que inclua diversas saídas-motor, nem sempre é necessário
equipar cada uma das saídas com um seccionador. Deve, no entanto, prever-se um órgão de
isolamento geral, por forma a poder isolar-se a totalidade do equipamento.
INTERRUPTOR E INTERRUPTOR-SECCIONADOR
O interruptor é um aparelho mecânico de ligação capaz de estabelecer, suportar e interromper
correntes nas condições de funcionamento normal do circuito, inclusivamente nas condições
especificadas de sobrecarga em serviço, e de suportar durante um tempo determinado correntes
em condições anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito.
Figura 2 - Interruptor
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Um mecanismo ligado ao dispositivo de comando manual assegura o fecho e a abertura bruscos
dos contactos, independentemente da rapidez de manobra do operador. O interruptor é portanto um
aparelho concebido para ser manobrado em carga com toda a segurança. As suas características
são dadas em função de categorias de emprego normativas, que indicam os circuitos cuja
alimentação é mais ou menos difícil de estabelecer e interromper, conforme a natureza dos
recetores que alimentam.
Se o interruptor obedecer às condições de isolamento especificadas pelas normas para um
seccionador, é um interruptor-seccionador. Esta aptidão deve ser certificada pelo fabricante com
um símbolo marcado no aparelho.
Tal como o seccionador, o interruptor e o interruptor-seccionador podem ser equipados com um
dispositivo de encravamento por cadeados para a consignação e, por vezes, com fusíveis.
Seccionador Interruptor Interruptor-seccionador
Manobra em carga Não Sim Sim
Encravamento na posição "A" Sim Sim Sim
Figura 3 - Seccionador com e sem fusíveis Figura 4 – Interruptor - Seccionador
Todos os recetores estão sujeitos a incidentes de:
Origem eléctrica:
- sobretensão, subtensão, desequilíbrio ou ausência de fases, que provocam um aumento da
corrente absorvida;
- curto-circuitos cuja intensidade pode ser superior ao poder de corte do contactor.
Origem mecânica:
- bloqueio do rotor, sobrecarga momentânea ou prolongada, que provoca um aumento da
corrente absorvida pelo motor e um aquecimento perigoso dos enrolamentos.
PROTEÇÃO
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Para evitar que estes incidentes deem origem à deterioração dos componentes e a perturbação na
rede de alimentação, cada saída-motor inclui obrigatoriamente:
- uma proteção contra curto-circuitos, para detetar e cortar o mais rapidamente possível
correntes anormais superiores a 10 ln,
- uma proteção contra sobrecargas, para detetar aumentos da corrente até 10 ln e cortar a
saída antes que o aquecimento do motor e dos condutores provoque a deterioração dos
isolantes. Caso seja necessário, podem ser igualmente previstas proteções complementares,
tais como controlo de defeito de isolamento, de inversão de fases, de temperatura dos
enrolamentos etc.
As proteções são asseguradas por:
- aparelhos específicos: corta-circuitos fusíveis, disjuntores, relés de proteção, relés de medida;
- funções de proteção integradas em aparelhos de funções múltiplas.
PROTECÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITOS
Um curto-circuito é uma ligação direta entre dois pontos que se encontram a potenciais elétricos
diferentes:
- Corrente alternada: ligação entre fases, entre fase e neutro ou entre fase e massa condutora,
- Corrente contínua: ligação entre as duas polaridades ou entre a massa e a polaridade isolada.
Pode ter causas diversas: desaperto, rutura ou desnudamento de condutores ou cabos, presença
de corpos metálicos estranhos, depósitos condutores (poeiras, humidade, etc.), penetração de água
ou outros líquidos condutores, deterioração do recetor, erro de cablagem na colocação em serviço
ou aquando de uma intervenção. Um curto-circuito traduz-se por um aumento brutal da corrente,
que pode atingir em alguns milissegundos um valor igual a várias centenas de vezes a corrente de
emprego. Esta corrente gera efeitos eletrodinâmicos e térmicos, que podem provocar danos
importantes nos aparelhos, nos cabos e nos barramentos situados a montante do ponto de curto-
circuito. Os dispositivos de proteção devem pois detetar o defeito e interromper rapidamente o
circuito, se possível antes da corrente atingir o seu valor máximo.
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Estes dispositivos podem ser:
- Corta-circuitos fusíveis que interrompem o circuito após fusão, o que obriga à sua
substituição;
Figura 5 - Fusíveis
disjuntores que interrompem o circuito por abertura dos respetivos pólos e que são
colocados novamente em serviço após uma manobra de rearme.
Figura 6 – Disjuntores
A proteção contra curto-circuitos pode ser integrada em aparelhos de funções múltiplas tais
como os disjuntores-motor e os contactores-disjuntores.
PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS
A sobrecarga é o defeito que se produz mais frequentemente nas máquinas. Manifesta-se por
um aumento da corrente absorvida pelo motor e por efeitos térmicos. O aquecimento normal de um
motor elétrico a uma temperatura ambiente de 40°C é definido pela sua classe de isolamento.
Sempre que a temperatura limite de funcionamento é ultrapassada, o tempo de vida é reduzido
por envelhecimento prematuro dos isolantes. Por exemplo, o tempo de vida de um motor é reduzido
de 50% se a temperatura de funcionamento for superior em 10°C, em regime permanente, à
temperatura definida pela classe de isolamento.
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É de notar, todavia, que uma sobrecarga que provoque um aquecimento superior ao normal
não terá efeitos nefastos imediatos se for limitada no tempo e pouco frequente. Portanto, não obriga
necessariamente a uma paragem do motor. Mas é importante restabelecer rapidamente as
condições de funcionamento normais.
Assim, a importância de uma proteção correta contra as sobrecargas torna-se evidente para:
otimizar o tempo de vida dos motores, impedindo o funcionamento em condições anormais
de aquecimento;
assegurar a continuidade de exploração das máquinas ou das instalações, evitando
paragens intempestivas;
poder arrancar de novo o mais rapidamente possível após um disparo, nas melhores
condições de segurança para os equipamentos e para as pessoas.
Conforme o nível de proteção desejado, a proteção contra as sobrecargas pode ser realizada
por:
relés térmicos com bimetálicos;
relés para sondas com termístor PTC;
relés de máxima intensidade;
relés eletrónicos com proteções complementares em opção ou integradas.
RELÉ TÉRMICO
Dispositivo que se encarrega de realizar a proteção do motor elétrico trifásico em função de
corrente de sobrecarga.
O seu princípio de atuação está baseado na ação de dilatação diferencial dos materiais de uma
haste bimetálica, que levam a uma flexão devido ao aquecimento produzido pela passagem da
corrente absorvida pelo motor.
Figura 7 – Relé Térmico
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Solidário à haste, porém isolado eletricamente, existe um contato elétrico que se mantém fechado
em situações normais. Esse contato abre-se com a flexão da haste devido ao aquecimento.
O contato está em série com a bobina do contactor principal do motor, que promove a efetiva
interrupção em caso de sobrecarga. O relé térmico desliga o motor de forma indireta por meio do
contactor. em cada uma das fases existe uma haste bimetálica sujeita à corrente absorvida pelo
motor.
Contra o movimento de flexão existe uma mola que pode ser regulada para ajustar a corrente de
atuação.
DISJUNTORES-MOTORES
Os disjuntores-motores é uma solução compacta para proteção do circuito elétrico e proteção
de motores. Possui alta capacidade de interrupção, permitindo a sua utilização mesmo em
instalações com elevado nível de corrente de curto-circuito.
Asseguram total proteção ao circuito elétrico e ao motor através de seus disparadores térmicos
(ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado de mecanismo diferencial com sensibilidade a
falta de fase) e magnético (calibrado para proteção contra curtos-circuitos).
Figura 8 – Disjuntor Motor
A comutação consiste em estabelecer, cortar e, no caso da variação de velocidade, regular o valor
da corrente absorvida por um motor.
Conforme as necessidades, esta função é assegurada por meio de componentes:
eletromecânicos : contactores, contactores-disjuntores, disjuntores-motor;
COMUTAÇÃO
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eletrónicos: relés e contactores estáticos, arrancadores progressivos, variadores e
reguladores de velocidade.
COMUTAÇÃO TUDO OU NADA
A função comutação "tudo ou nada" tem por finalidade estabelecer e interromper a alimentação
dos recetores. Na maior parte das vezes é o contactar eletromagnético que assegura esta função.
Recorre-se frequentemente ao comando à distância para facilitar a exploração, bem como o
trabalho do operador, que muitas vezes se encontra afastado dos órgãos de comando de potência,
o que implica geralmente uma informação sobre a ação em curso, quer por visualização, através de
sinalizadores luminosos, quer por dependência de um segundo aparelho. Estes circuitos elétricos
complementares, designados por "circuitos de dependência e de sinalização", são realizados com
contactos auxiliares incorporados nos contactares, nos contactares auxiliares ou nos relés de
automatismo, ou através de blocos aditivos que se montam nos contactares e nos contactares
auxiliares.
CONTACTOR
Aparelho de corte e comando, acionado em geral por meio de um eletroíman, concebido para
executar elevado número de manobras.
Permite a interrupção ou estabelecimento de correntes e potências elevadas, mediante
correntes e potências fracas.
Permite também ser comandados à distância por meio de contactos diminutos e sensíveis, tais
como botões de pressão, manipuladores e ainda automaticamente, por meio detetores:
termóstatos, interruptores de fim curso, boias, etc.
Figura 9 – Contactor
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Vantagens contactor:
Permite fazer o comando de recetores com um consumo reduzido nas bobinas;
Permite efetuar o comando local e à distância de determinados circuitos comando
simultâneo a partir de certos locais;
Permite efetuar o comando automático e semiautomático de circuitos utilizando os
sensores adequados;
Permite o comando manual (utilizando botoneiras) e o comando automático (utilizando
sensores).
Partes do contactor:
Contactos auxiliares;
Contactos principais;
Circuito electromagnético;
Suporte ou estrutura do aparelho.
FUNCIONAMENTO
Quando a bobina é excitada a armadura é atraída para o núcleo, contrariando a força da mola.
Como o contactor pode ser excitado por tensão alternada, os anéis em curto-circuito terão de
manter o campo magnético durante a passagem por zero da tensão alternada.
O movimento da armadura é transmitido aos contactos através de peças isoladas.
IDENTIFICAÇÃO
Os contactores são identificados pelo seguinte:
- Número e tipo de contactos, por exemplo: 2 contactos “NA” (normalmente abertos) e 2 “NF”
(normalmente fechados).
- Tensão de alimentação nominal, por exemplo: 220V, 50Hz.
Designação dos terminais
Os dois terminais da bobina são designados por A1 e A2.
A1
Bobina do contactor
A2
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Edição: 05/05 v01 11 de 30
Os terminais dos contactos principais são designados por números de um algarismo.
Contactos principais ou de potência
Os terminais dos contactos auxiliares, para circuitos de comando e circuitos auxiliares, são
designados por números de dois algarismos.
Algarismo identificador de função
O algarismo identificativo de função é o das unidades
Algarismo de sequência
O algarismo identificativo de sequência é o das dezenas
Os terminais correspondentes a um contacto são designados pelo mesmo algarismo de sequência.
Todos os contactos com a mesma função deverão ter algarismos de ordem diferentes.
1
2
3
4
5
6
A1
A2
1
2
Algarismo de
Função
Contacto NF
3
4
Contacto NA
2
1
4
Contacto inversor
13
14
23
24
Algarismo de
Sequência
Algarismo de
Função
11
12
21
22
13
14
21
22
33
34
41
42
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Edição: 05/05 v01 12 de 30
Letras de código para contactores
A letra de código fornece uma clara informação sobre a posição relativa dos contactos e sobre as
designações dos terminais. No caso da letra de código E, o algarismo de sequência torna-se o
algarismo de localização.
TEMPORIZADORES
Em muitos sistemas automáticos é necessário a utilização de atrasos nas ações a realizar. Existe
um elevado numero de sistemas de temporização atendendo ao sistema físico me que se baseiam
( magnético, eletrónico, térmico, pneumático, etc). Assim podem situar-se sobre o contactor
(contactos temporizados) ou ser independente.
Figura 10 – Relé Temporizado
1 Contacto NA
0 Contacto NF
10 E
13
14
A1
A2
0 Contacto NA
1 Contacto NF
01 E
21
22
A1
A2
13
14
2 Contactos NA
2 Contactos NF
22 E
A1
A2
21
22
31
32
43
44
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 13 de 30
Existem três tipos de temporizadores:
- Temporizado ao trabalho A transição do contacto de aberto para fechado (NA) ou de fechado
para aberto (NC) é realizado após a ligação do dispositivo e decorrido e tempo definido.
- Temporizado ao repouso A transição dos contactos é efetuada após desligar o dispositivo e
decorrido o tempo definido.
- Temporizado ao repouso e trabalho É a combinação dos dispositivos anteriores num só
elemento .
Figura 11 – Simbologia Figura 12 – Diagrama temporizações
Especificações do temporizador
Para a correta especificação de um temporizador é necessário observar os seguintes aspectos:
Escala de Tempo - significa o intervalo de tempo que este temporizador precisa ter para
operar no sistema que ele será aplicado
Ex: 0-1min ou 0-30min ou 0-60min
Função - é o mesmo que dizer, como este temporizador irá operar. Este aspeto tem que ser
observado com muita atenção pois a função do temporizador definirá o resultado da ação
que este tomará quando for acionado.
Alimentação - tensão que existe disponível para fornecer ao temporizador para seu
funcionamento
Ex: 24 VDC, 110VAC , 220VAC
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Edição: 05/05 v01 14 de 30
Contato - é a "saída" do temporizador que na grande maioria dos casos é um relé, porém
existe uma tendência de uso de temporizadores com saída TRIAC ou MOSFET,
denominados temporizadores de Estado Sólido, por oferecerem uma vida elétrica quase que
infinita.
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Edição: 05/05 v01 15 de 30
Figura 10 - Princípio de funcionamento dos variadores de velocidade de corrente
alternada
Figura 11 – Forma de Onda
Este equipamento funciona pelo princípio básico da alteração da frequência da rede com que
os motores de corrente alternada (AC) são alimentados. Este princípio de funcionamento é
mostrado na seguinte figura
Estes variadores de velocidade têm uma secção de retificação de onda, seguida de uma
filtragem, de forma a gerar uma tensão contínua. Depois vem uma secção que, a partir a tensão
contínua, gera uma onda aproximadamente sinusoidal.
A figura seguinte mostra as formas de onda geradas no ondulador. Este gera uma onda
quadrada, com períodos variáveis proporcionais à amplitude da sinusoide a ser gerada. Com um
pouco de filtragem (inclusivamente do motor) esta onda fica, depois, sinusoidal.
VARIAÇÃO DE VELOCIDADE POR FREQUÊNCIA
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 16 de 30
Figura 12 – Variador de frequência SEW
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS VARIADORES DE VELOCIDADE
Variação de velocidade
Aceleração e arranque controlados
Desaceleração e paragem controladas
Inversão do sentido de marcha
Proteção integrada
• proteção térmica
• sobretensões e quedas de tensão
• desequilíbrios de fases
• funcionamento monofásico
• curto-circuitos entre fases e entre fase e terra
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 17 de 30
Esquema do circuito é a representação gráfica de equipamento elétrico por meio de símbolos,
eventualmente também por ilustrações ou por desenhos de construção simplificados.
Todos os esquemas têm de usar símbolos de representação dos elementos que compõem uma
instalação. Assim, cada elemento de um circuito tem um símbolo e uma referência padrão.
Apresenta-se de seguida os símbolos mais significativos.
Seccionador
Secionador fusiveis
Disjuntor Motor
Contactos principais do contactor
Relé Térmico
Fusivel
ESQUEMAS
SIMBOLOGIA
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Edição: 05/05 v01 18 de 30
Disjuntor Magnetotérmico
Botão de pressão com contacto NA e retenção
Interuptor rotativo NF com encravamento
Interuptor rotativo
Botão de pressão com contacto NA
Botão de pressão com contacto NF
Botão de pressão com contacto inversor
Comutador rotativo
Contacto auxiliar do contactor NA
Contacto auxiliar do Contactor NF
Contato temporizado ao trabalho NA
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 19 de 30
Contacto temporizado ao trabalho NF
Contato temporizado ao repouso NA
Contacto temporizado ao repouso NF
Borne de ligação
Bobina símbolo geral
Bobina temporizada ao repouso
Bobina temporizada ao trabalho
Bobina relé temporizado polarizado
Encravamento mecânico entre contactores
Contacto NF relé térmico
Lâmpada sinalizadora
Motor assíncrono trifásico
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 20 de 30
EXERCÍCIO 1 – ARRANQUE DIRECTO DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO 21
EXERCÍCIO 2 – INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO 23
EXERCÍCIO 3 – ARRANQUE ESTRELA TRIÂNGULO 26
EXERCÍCIO 4 – ARRANQUE DE MOTORES COM VARIADOR DE FREQUÊNCIA 29
EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 21 de 30
Esquema do circuito
O esquema representa um circuito para arranque de um motor assíncrono trifásico, através
de um contactor e botoneira com dois botões de pressão «Marcha-Paragem».
A proteção do circuito é feita por um relé térmico -F1 (contra sobrecargas) e por um
seccionador fusível tripolar -Q1 (contra curto-circuitos).
EXERCÍCIO 1 – ARRANQUE DIRECTO DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 22 de 30
O comando da bobina do contactor é feito do seguinte modo: quando o botão de marcha é
acionado, fecham-se os seus contactos NA 13-14, o que leva a que a bobina do contactor seja
alimentada. Fecham-se então automaticamente os contactos principais do contactor -KM1, bem
como os contactos auxiliares 13-14, os quais estabelecem a autoalimentação da bobina.
Deste modo, ao deixar de atuar sobre o botão marcha, a bobina mantém-se alimentada
através dos contactos auxiliares.
A paragem do motor é feita por acionamento do botão de pressão, o qual interrompe os
contactos NF 1-2 e, consequentemente, a alimentação da bobina. De igual modo, será o circuito
interrompido por abertura dos contactos 95-96 do relé térmico.
Técnicas a aprender
Familiarização com um circuito arranque directo de um motor assíncrono trifásico, contactores,
circuitos de proteção e sua cablagem.
Plano de trabalho
1 – Montagem dos componentes no painel de montagem.
2 – Cablagem dos componentes com condutor isolado a PVC.
3 – Aperto das ligações eléctricas a terminais.
4 – Verificação das ligações com verificador de continuidades ou com um multímetro.
5 – Verificar funcionamento do circuito com tensão aplicada, na presença do Formador.
Ferramentas
Alicate de corte lateral, chave de fendas e alicate desnudador.
Lista de material
1 contactor de 230V, 1 corta circuito fusíveis tripolar, 1 botoneira de pressão sem retenção com
contacto NA, 1 botoneira de pressão sem retenção com contacto NF, material de fixação para
componentes, condutor isolado a PVC ( H05V – K 0,75 mm2 ).
Instrumentos de medida e verificação
Verificador de continuidades e multímetro.
Prevenção de acidentes e danos
Alimentar a montagem na presença do Formador
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 23 de 30
Esquema do circuito
EXERCÍCIO 2 – INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 24 de 30
Descrição de funcionamento
A inversão do sentido e rotação é feita através de dois contactores, um para o arranque num
sentido -KM1 e o outro para a inversão do sentido de rotação -KM2, a qual se consegue por troca
de duas fases na alimentação do motor.
O comando é feito através de uma botoneira de três botões de pressão paragem (NF 1-2), S2 (NA
3-4) e S3 (NA 3-4). Vejamos como.
Acionando o botão S2, o circuito da bobina do contactor -KM1 fecha-se, ligando o motor no sentido
de rotação normal. Simultaneamente são fechados os contactos auxiliares 13-14 do contactor -
KM1, o que permite a auto-alimentação do mesmo, quando se deixa de acionar o botão S2.
Para impedir o fecho de -KM2 existe um encravamento elétrico, já que os contactos auxiliares NF
11-12 de -KM1 estão em série com o circuito da bobina de -KM2, impedindo a sua alimentação.
Para a inversão do sentido de marcha é necessário acionar primeiro o botão de paragem. Depois
disso, basta acionar o botão S3, que, funcionando de igual modo que , liga o contactor -KM2 e,
portanto, os contactos, que trocam duas fases da rede.
Técnicas a aprender
Familiarização com a inversão do sentido de rotação, encravamentos eléctricos e mecânicos de
contactores.
Plano de trabalho
1 – Montagem dos componentes no painel de montagem.
2 – Cablagem dos componentes com condutor isolado a PVC.
3 – Aperto das ligações eléctricas a terminais.
4 – Verificação das ligações com verificador de continuidades ou com um multímetro.
5 – Verificar funcionamento do circuito com tensão aplicada, na presença do Formador.
Ferramentas
Alicate de corte lateral, chave de fendas e alicate desnudador.
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 25 de 30
Lista de material
2 lâmpadas de 230V / 5W, 2 betoneiras de pressão sem retenção com contacto NA, 1 betoneiras
de pressão sem retenção com contacto NF, material de fixação para componentes, condutor
isolado a PVC ( H05V – K 0,75 mm2 ).
Instrumentos de medida e verificação
Verificador de continuidades e multímetro.
Prevenção de acidentes e danos
Alimentar a montagem na presença do Formador
Nota importante
Aprender os símbolos e as letras de identificação.
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 26 de 30
Esquema do circuito
EXERCÍCIO 3 – ARRANQUE ESTRELA TRIÂNGULO
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 27 de 30
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 28 de 30
Descrição de funcionamento
(Elabore você mesmo a descrição de funcionamento)
Técnicas a aprender
Familiarização com os relés temporizados aa trabalho e repouso
Plano de trabalho
1 – Montagem dos componentes no painel de montagem.
2 – Cablagem dos componentes com condutor isolado a PVC.
3 – Aperto das ligações eléctricas a terminais.
4 – Fazer a descrição funcional do circuito com auxílio do esquema do circuito.
5 – Verificação das ligações com verificador de continuidades ou com um multímetro, actuar
manualmente o contactor.
6 – Verificar funcionamento do circuito com tensão aplicada, na presença do Formador.
Ferramentas
Alicate de corte lateral, chave de fendas e alicate desnudador.
Lista de material
3 contactores de 230V, 1 botoneira de pressão sem retenção com contacto NF, 1 botoneira de
pressão sem retenção com contacto NA, material de fixação para componentes, condutor isolado a
PVC ( H05V – K 0,75 mm2 ).
Instrumentos de medida e verificação
Verificador de continuidades e multímetro.
Prevenção de acidentes e danos
Alimentar a montagem na presença do Formador
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 29 de 30
Esquema do circuito
EXERCÍCIO 4 – ARRANQUE DE MOTORES COM VARIADOR DE FREQUÊNCIA
Automatismos Eletromecânicos
Edição: 05/05 v01 30 de 30
Técnicas a aprender
Utilizar variadores de frequência, fazendo a respetiva configuração, de acordo com as
especificações requeridas (rampas de aceleração, rampas de desaceleração, etc.).
Plano de trabalho
1 – Montagem dos componentes no painel de montagem.
2 – Cablagem dos componentes com condutor isolado a PVC.
3 – Aperto das ligações eléctricas a terminais.
4 – Fazer a parametrização do variador de frequência de acordo com o manual .
5 – Verificação das ligações com verificador de continuidades ou com um multímetro, actuar
manualmente os contactores.
6 – Verificar funcionamento do circuito com tensão aplicada, na presença do Formador.
Ferramentas
Alicate de corte lateral, chave de fendas e alicate desnudador.
Instrumentos de medida e verificação
Verificador de continuidades e multímetro.
Prevenção de acidentes e danos
Alimentar a montagem na presença do Formador