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1 Autoavaliação da Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG Ano base: 2019 1.Autoavaliação Institucional da Pós-Graduação na UFMG O projeto de auto-avaliação do PPGCOM está em sintonia com a aprovação do “Projeto de Autoavaliação Institucional da Pós-Graduação na UFMG”, executado por uma Comissão aprovada pelo Conselho de Ensino e Extensão (CEPE) e pela Câmara de Pós- Graduação (CPG). O projeto foi aprovado pelo CEPE em 06/08/2019 e a Comissão de Avaliação diagnóstica foi aprovada em reunião do CEPE, realizada em 19/09/2019. A Comissão de Autoavaliação da Pós-Graduação na UFMG vai realizar, até 2020, uma avaliação diagnóstica interna baseada em metodologia própria, que gerará resultados previstos para 2021. Uma reunião com Coordenadores de Programas de Pós-Graduação da UFMG foi realizada em 05/12/2019 (na qual estiveram presentes os professores Ângela Marques e Bruno Leal, do PPGCOM), de modo a apresentar as etapas e a metodologia do processo de autoavaliação de pós-graduação na UFMG. Nessa reunião também foram apresentados os membros da Comissão (constituída por meio da Portaria n.240, de 23/09/2019). São eles: Fábio Alves (Pró-Reitor de Pós-Graduação e Presidente da Comissão); Sílvia Alencar (Pró- Reitora Adjunta de Pós-Graduação); Reinaldo Palhares (Representante do Colégio de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias); Denise de Oliveira (Representante do Colégio de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde); Denise Nascimento (Representante do Colégio de Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Linguística, Artes e Letras; Zélia Pires (Diretora da Assessoria Acadêmica da PRPG e representante dos Servidores Técnico-Administrativos); e Lívia Machado (Representante dos discentes dos PPGs da UFMG). A Comissão de Avaliação Diagnóstica montada pela portaria n.240, tendo aprovação pelo CEPE em 19/09/2019, mas iniciou seus trabalhos em 18/10/2019. A representação, como vimos, é feita por Colégios e busca atender a todas as áreas. A Comissão atua junto com um Conselho Consultivo composto por representantes das seguintes áreas do conhecimento: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas (Profa. Rosa Murta), Ciências Exatas e da Terra (Profa. Cristiane Gomes), Ciências Humanas (Profa. Ana Rabelo Gomes), Ciências da Saúde (Prof. Mauro Nogueira), Ciências Sociais Aplicadas (Prof. Bruno Leal), Engenharias, Linguística, Letras e Artes (Prof. Georg Otte) e Área Interdisciplinar. Esse Conselho foi instalado em 05/12/2019. O prof. Bruno Leal (PPGCOM), juntamente com a profa. Laura Wong (PPG Arquitetura, UFMG) serão os representantes das Ciências Sociais Aplicadas. O objetivo da Comissão e do Conselho Consultivo é construir uma cultura permanente de autoavaliação na UFMG, considerando o conjunto de dados relativos à consolidação dos PPGs da Universidade. Segundo dados apresentados pela PRPG, em 2019, haviam 71 cursos de doutorado e 79 cursos de mestrado acadêmico nos PPGs da UFMG. Entre eles, 70 possuem curso de mestrado e doutorado, e 11 possuem mestrado profissional. Na área de Humanidades, 38% dos PPGs possuem nota 6 ou 7, atribuída pela CAPES na avaliação de 2017. Na área de Ciências da Vida, 44% possuem nota 6 ou 7 e, na área de Ciências Exatas, 18% possuem nota 6 ou 7. Dito de outro modo, na UFMG, 70% dos PPGs possuem nota 5, 6 ou 7. Apesar de a PRPG possuir dados gerais sobre os Programas, ela ainda precisa refinar e detalhar muitas informações a serem enviadas pelos PPGs da UFMG até 2021. A expectativa é

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Page 1: Autoavaliação da Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG · Lívia Machado (Representante dos discentes dos PPGs da UFMG). A Comissão de Avaliação Diagnóstica montada

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Autoavaliação da Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG

Ano base: 2019

1.Autoavaliação Institucional da Pós-Graduação na UFMG

O projeto de auto-avaliação do PPGCOM está em sintonia com a aprovação do

“Projeto de Autoavaliação Institucional da Pós-Graduação na UFMG”, executado por uma

Comissão aprovada pelo Conselho de Ensino e Extensão (CEPE) e pela Câmara de Pós-

Graduação (CPG). O projeto foi aprovado pelo CEPE em 06/08/2019 e a Comissão de Avaliação

diagnóstica foi aprovada em reunião do CEPE, realizada em 19/09/2019. A Comissão de

Autoavaliação da Pós-Graduação na UFMG vai realizar, até 2020, uma avaliação diagnóstica

interna baseada em metodologia própria, que gerará resultados previstos para 2021.

Uma reunião com Coordenadores de Programas de Pós-Graduação da UFMG foi

realizada em 05/12/2019 (na qual estiveram presentes os professores Ângela Marques e Bruno

Leal, do PPGCOM), de modo a apresentar as etapas e a metodologia do processo de

autoavaliação de pós-graduação na UFMG. Nessa reunião também foram apresentados os

membros da Comissão (constituída por meio da Portaria n.240, de 23/09/2019). São eles:

Fábio Alves (Pró-Reitor de Pós-Graduação e Presidente da Comissão); Sílvia Alencar (Pró-

Reitora Adjunta de Pós-Graduação); Reinaldo Palhares (Representante do Colégio de Ciências

Exatas, da Terra e Engenharias); Denise de Oliveira (Representante do Colégio de Ciências

Agrárias, Biológicas e da Saúde); Denise Nascimento (Representante do Colégio de Ciências

Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Linguística, Artes e Letras; Zélia Pires (Diretora da

Assessoria Acadêmica da PRPG e representante dos Servidores Técnico-Administrativos); e

Lívia Machado (Representante dos discentes dos PPGs da UFMG).

A Comissão de Avaliação Diagnóstica montada pela portaria n.240, tendo aprovação

pelo CEPE em 19/09/2019, mas iniciou seus trabalhos em 18/10/2019. A representação, como

vimos, é feita por Colégios e busca atender a todas as áreas. A Comissão atua junto com um

Conselho Consultivo composto por representantes das seguintes áreas do conhecimento:

Ciências Agrárias, Ciências Biológicas (Profa. Rosa Murta), Ciências Exatas e da Terra (Profa.

Cristiane Gomes), Ciências Humanas (Profa. Ana Rabelo Gomes), Ciências da Saúde (Prof.

Mauro Nogueira), Ciências Sociais Aplicadas (Prof. Bruno Leal), Engenharias, Linguística, Letras

e Artes (Prof. Georg Otte) e Área Interdisciplinar. Esse Conselho foi instalado em 05/12/2019.

O prof. Bruno Leal (PPGCOM), juntamente com a profa. Laura Wong (PPG Arquitetura, UFMG)

serão os representantes das Ciências Sociais Aplicadas.

O objetivo da Comissão e do Conselho Consultivo é construir uma cultura permanente

de autoavaliação na UFMG, considerando o conjunto de dados relativos à consolidação dos

PPGs da Universidade. Segundo dados apresentados pela PRPG, em 2019, haviam 71 cursos de

doutorado e 79 cursos de mestrado acadêmico nos PPGs da UFMG. Entre eles, 70 possuem

curso de mestrado e doutorado, e 11 possuem mestrado profissional. Na área de

Humanidades, 38% dos PPGs possuem nota 6 ou 7, atribuída pela CAPES na avaliação de 2017.

Na área de Ciências da Vida, 44% possuem nota 6 ou 7 e, na área de Ciências Exatas, 18%

possuem nota 6 ou 7. Dito de outro modo, na UFMG, 70% dos PPGs possuem nota 5, 6 ou 7.

Apesar de a PRPG possuir dados gerais sobre os Programas, ela ainda precisa refinar e

detalhar muitas informações a serem enviadas pelos PPGs da UFMG até 2021. A expectativa é

Page 2: Autoavaliação da Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG · Lívia Machado (Representante dos discentes dos PPGs da UFMG). A Comissão de Avaliação Diagnóstica montada

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operacionalizar a avaliação diagnóstica interna da PG até 2020. Partindo de ampla

sensibilização da comunidade da UFMG, criar um banco de dados sobre egressos (Plataforma

de cadastro de egressos), fazer um levantamento de dados sobre a pós-graduação junto a

docentes, discentes, docentes externos, coordenador, secretaria através de questionários.

Os parâmetros para a realização da Autoavaliação de todos os PPGs são os seguintes:

1) Descrição da estrutura dos Programas de Pós-Graduação na UFMG. Quais são as

estratégias de atualização dos PPGs e como se localizam em sua área de conhecimento

e em relação à sua evolução?

2) Corpo docente: quais as possibilidades de variação, condições de trabalho,

permanência e manutenção no programa, adequação à dinâmica de alterações? Qual

a capacidade de tomar decisões de maneira autônoma com relação aos

Departamentos e Diretorias de Unidade? Há adequação do perfil docente à estrutura e

às demandas de inserção do PPG?

3) Corpo discente: realizar um perfil mais amplo abrangendo uma trajetória que

considere o aluno antes do programa (perfil do candidato), a absorção dos candidatos

(qualificação de quem passa na seleção), utilização das vagas, inserção regional e

nacional. Quem o programa atrai, qual a origem, a área de formação e a trajetória dos

candidatos? Como é o fluxo de discentes e egressos (cumprimento de prazos e

evasão)? Fazer um mapeamento de egressos;

4) Inserção do PPG: redes, parcerias, movimento de docentes e discentes no país e fora

do país, influência do PPG na formulação de políticas públicas. Identificação da

identidade e vocação de cada PPG em termos de inserção (regional, nacional e

internacional). Internacionalização, em especial as repercussões de alunos em

doutorado-sanduíche e pós-doutorado; participação em grupos de pesquisa e redes

internacionais; parcerias com programas no exterior (em especial aquelas que geram

reciprocidade na implementação de financiamentos); recebimento de docentes e

discentes estrangeiros nos PPGs.

5) Análise dos resultados levantados pela PRPG através de questionários, workshops e

reuniões. Realização de assembléias junto aos PPGs para avaliação dos resultados.

Será produzido um relatório final a partir também de encaminhamento dos relatórios

parciais. Cada PPG receberá um retorno sobre sua situação e recomendações a serem

seguidas em 2020.

Compõem também o processo de autoavaliação, o objetivo de construir indicadores com

métricas adequadas para orientar um diagnóstico continuado e um panorama detalhado da

produção científica da UFMG. Está em processo a construção da plataforma SCIVAL

(www.scival.com) para análise estratégica da produção científica da UFMG, indexada na base

de dados SCOPUS (sob coordenação do prof. Carlos Basílio, da Física, Diretoria de Produção

Científica da PRPG). O uso do SciVal possibilitará aos PPGs acesso a informações que têm sido

de grande relevância para a avaliação e acompanhamento da produção acadêmica e também

para apoio ao planejamento institucional das suas atividades. No dia 16/12/19 houve

treinamento de uso da SCIVAL: o prof. Bruno Leal esteve presente nessa atividade.

2. Autoavaliação do PPGCOM UFMG: principais eixos

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As informações que orientam a produção deste documento resultam das atas das

reuniões de colegiado; do levantamento de dados realizado pelas linhas e grupos de pesquisa

do Programa; de avaliação preparada pela representação discente junto ao corpo discente; do

Plano de metas elaborado para planejamento de gastos de recursos do Proex; de

Planejamento realizado pela Secretaria do Programa e de formulários enviados a todos os

egressos do PPGCOM, titulados entre 2012 e 2019.

Considera-se que o PPGCOM, segundo orientações da CAPES (detalhadas no

documento do Grupo de Trabalho de Autoavaliação), cada Programa pode se organizar da

forma como melhor entender ser adequada para buscar e organizar dados que revelem

elemetos de sua identidade, formação docente e discente, vocação

regional/nacional/internacional, acompanhamento de egressos, impacto e metas de

aprimoramento. Nesse sentido, o PPGCOM instaurou uma Comissão de Autoavaliação,

encarregada de construir parâmetros e modos de execução diagnóstica das atividades do

Programa.

A Comissão de Autoavaliação do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social

da UFMG foi criada em novembro de 2019, seguindo orientações da CAPES disponibilizadas

aos coordenadores de Pós no Seminário de Meio Termo (Preparatório para a Avaliação

Quadrienal 2017-2020), ocorrido em setembro de 2019, em Brasília. Ela é constituída pelos

atuais membros docentes e discentes do Colegiado - Profa. Ângela Marques; Prof. Eduardo de

Jesus, Prof. Bruno Leal, Profa. Cláudia Mesquita, Prof. Vanessa Veiga, Ousmane Sané

(doutorando) e Alessandra Brito (mestranda) -; por três docentes responsáveis pela

sistematização e avaliação crítica de dados coletados via questionários e formulários –

Prof.Bruno Leal, Prof. Daniel Reis Silva e Prof. André Brasil – e pela Secretária do Programa,

Elaine Martins. A Comissão, tendo como base a estabeleceu como critérios principais da

autoavaliação os seguintes parâmetros avaliativos (os parâmetros foram construídos com base

na ficha de avaliação quadrienal 2017-2020):

a) Vocação e identidade do PPGCOM: esse eixo abrange informações acerca do

Programa em sua organização interna; aspectos de apoio administrativo de instâncias da

Fafich, da PRPG, etc.; relação com agências de fomento; vocação e inserção regional, nacional

e internacional do Programa.

b) Processo de formação discente e acompanhamento de egressos: esse eixo visa

evidenciar como se dá formação dos alunos e sua posterior inserção no mercado de trabalho,

evidenciando como as disciplinas ofertadas contribuem para a formação discente; como a

estrutura do curso permite o discente transitar em áreas transversais; se a infra-estrutura

disponível é adequada para a realização dos projetos de pesquisa; se a distribuição de

orientandos entre docentes do núcleo permanente é homogênea (atuação da Comissão de

Fluxo e estudos feitos para a projeção de distribuição de orientações e bolsas entre as linhas);

se os projetos desenvolvidos pelos discentes estão inseridos em grupos de pesquisa

colaborativos; se o PPGCOM incentiva a participação dos discentes em eventos importantes da

área (ver o Plano de Metas elaboração pela Comissão Gestora dos recursos do PROEX); se o

PPGCOM incentiva a participação dos discentes em Programas de Doutorado Sanduíche no

exterior (ver editais do PRINT e alunos contemplados em 2018 e 2019); como o resultado da

produção discente alcança publicação nos periódicos e editoras classificadas no qualis; como é

feito o acolhimento dos novos ingressantes e o acompanhamento da trajetória dos discentes.

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c)Processo de formação e capacitação docente: detalhamento das atividades dos

docentes em projetos de pesquisa, pós-doutoramento, parcerias nacionais e internacionais,

missões de trabalho, etc.

d) Inserção e impactos do PPGCOM na sociedade: projetos de extensão, projetos

pedagógicos de ensino, projetos sociais; atuação na área de políticas públicas; ações na área

de divulgação científica (ver site do Programa, Rádio e TV, sistema de gestão do PPGCOM);

ações que envolvem inovações metodológicas, sociais e teóricas desenvolvidas em

dissertações, teses e projetos de pesquisa.

e) Ações de Internacionalização: convênios, co-tutelas, projetos com financiamento e

publicações em co-autoria com pesquisadores estrangeiros, captação de recursos em editais

ligados à cooperação internacional (Print, DAAD, Fulbright e Cátedras Franco-Brasileiras, por

exemplo).

A) Identidade e vocação do PPGCOM

A área de Comunicação Social conta hoje com 48 Programas de Pós-Graduação no

país. Entre eles, segundo dados fornecidos pela Coordenação de Área na CAPES, 9 Programas

foram avaliados pela CAPES com a nota 5 (ESPM, PUC-RS, UERJ, UFBA, UFPE, UFRGS, UTP,

UFSM, UFF); dois Programas possuem nota 6 (UFMG e UNISINOS) e apenas um Programa

alcança a nota 7 (UFRJ). Esses dados demonstram a centralidade que o PPGCOM da UFMG

possui no cenário regional e nacional, sendo o único Programa de IES Federal avaliado com

nota 6 pela CAPES.

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação conta atualmente com 38 docentes

credenciados, 32 permanentes e 6 colaboradores. A Linha Processos Comunicativos conta com

16 professores, a Linha Textualidades Midiáticas conta com 16 professores e a Linha

Pragmáticas da Imagem conta com 6 professores.

Área(s) de concentração Nº de linhas

de pesquisa

Nº de DP por linha em 2017 e 2018

Área: Comunicação e

Sociabilidade

Contemporânea

3 Linha: Processos Comunicativos e Práticas Sociais

Nº de DP: 2017 ( 9 ) 2018 ( 10 ) 2019 (13)

Linha: Textualidades Midiáticas

Nº de DP: 2017 ( 11 ) 2018 ( 13 ) 2019 (13)

Linha: Pragmáticas da Imagem

Nº de DP: 2017 ( 6 ) 2018 ( 6 ) 2019 (6 )

A linha de pesquisa Textualidades Mediáticas é composta hoje por 16 professores,

sendo 12 permanentes e 4 colaboradores, que desenvolvem atividades em 7 grupos de

pesquisa, todos certificados pela UFMG e pelo CNPq. Desses 16 docentes, 5 são bolsistas de

produtividade do CNPq. Suas pesquisas abrangem ao menos 7(sete) eixos temáticos, a saber: a

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comunicação digital (com as discussões de redes sociotécnicas, inter/transmidialidades,

plataformização, ativismos e metodologias de análise, entre outras); as vulnerabilidades (de

gênero, LGBTQI+, étnico-raciais, de pessoas com deficiência, afetos, entre outras, tanto em

pesquisa teórica quanto analítica); os estudos de jornalismo (em perspectiva crítica, histórica,

nas suas diversas faces e modalidades); as historicidades (com reflexões teórico-metodológicas

e a atenção às temporalidades na comunicação, às relações com passado, presente, futuro,

memória, nostalgia, etc); os estudos de linguagem (em seus aspectos semióticos, materiais,

estéticos e narrativos); as culturas visuais (com estudos estéticos, sobre a fotografia, as

audiovisualidades e as culturas do impresso); estudos de som, música e rádio (com a atenção

às dimensões comunicacionais das experiências musicais e sonoras, às linguagens sonoras no

rádio e em meios digitais, entre outros).

A atuação dos docentes vinculados à linha “Textualidades Mediáticas” nos cenários

nacional, regional e internacional possibilitou o desenvolvimento de parcerias e de ações de

impacto social diversas. Todas essas parcerias se dão sob a perspectiva de construção de

relações permanentes, estáveis e de reciprocidade. Esse último parâmetro, a reciprocidade,

orienta todas as ações, mas em especial as de impacto social e de internacionalização. No

âmbito regional, destacam-se ações no campo dos direitos humanos, vinculados a dimensões

étnico-raciais, de deficiência e de gênero e sexualidade das identidades e grupos sociais. Entre

as ações, estão o vínculo com o Núcleo de Direitos Humanos e combate à homofobia (NUH),

da UFMG, que, ao longo dos anos envolveu a atuação de 4 docentes; com ONGs que atuam

com pessoas com deficiência (2) docentes; e com movimentos sociais vinculados às questões

étnico-raciais (1 docente). No âmbito nacional, além da presença forte dos pesquisadores da

linha em eventos regulares e em associações científicas brasileiras, destacam-se parcerias

como a Rede Historicidades dos Processos Comunicacionais, que congrega pesquisadores de 9

(nove) instituições de ensino de pós-graduação, que é integrada por 6 docentes da UFMG, que,

além disso, é uma das instituições que coordena a Rede. Destaca-se também o projeto

Capes/Procad-Amazônia, em parceria com as UFT (Tocantins) e Unama (Pará) e no qual atuam

4 docentes da Linha. A inserção internacional da linha vem se dando, ao longo dos anos, pelo

incremento da publicação em língua estrangeira (como a coletânea “Textualidades

Mediáticas”, publicada inicialmente na Espanha e depois no Brasil), da presença em eventos

científicos fora do país e do desenvolvimento de parcerias sólidas, construídas, como dito

anteriormente, sob a égide da reciprocidade. Entre as parcerias, estão projetos sobre

transmídia e educação coordenados pela prof. Geane Alzamora com articulações em países

como Moçambique e Timor Leste; e convênios já institucionalizados e em atividade regular

com universidades da Espanha, de Portugal, da Argentina, da Suécia, da Holanda e da França,

que envolveram inclusive cursos de curta-duração ministrados nessas instituições por

docentes do PPGCOM, e aquelas que se encontram em vias de institucionalização, com

universidades da Alemanha. Os docentes da linha estão atualmente articulados nos seguintes

grupos de pesquisa:

1. Núcleo de Estudos em Estéticas do Performático e Experiência Comunicacional (NEEPEC):

criado em 2013.

2. Afetos: Grupo de Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades, criado em

2017.

3. O Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência;

4. Centro de Convergência em Novas Mídias (CCNM), criado em 2005 (NucCon e NucleUrb);

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5. Estudos de Redes Sociotécnicas (R-EST), criado em 2019;

6. Grupo de Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades (AFETOS)

7. Grupo de pesquisa em historicidades das formas comunicacionais (Ex-press).

A linha de pesquisa Pragmáticas da Imagem reúne seis professoras e professores e, todos docentes permanentes do PPGCOM. Entre os professores da linha, 2 são bolsistas em Produtividade do CNPq. Interessadas nos aspectos formais, narrativos, filosóficos e pragmáticos das imagens e buscando caracterizar suas dimensões estéticas e políticas, as pesquisas da linha abordam: a produção contemporânea do cinema e da fotografia no Brasil, seus modos de elaboração da história, de diagnóstico e intervenção no presente; experiências do cinema mundial (especialmente os cinemas africanos, asiáticos e latinoamericanos), seja em seus aspectos históricos (ligados às realidades políticas singulares de seus países de origem), seja em suas relações com os contextos de colonização; as relações do cinema, da fotografia e das artes visuais com as questões contemporâneas de gênero (ligadas aos feminismos, em suas interseccionalidades, e à experiência dos grupos LGBTQI+); os processos formação e de produção audiovisual e sua incidência nas narrativas e formas fílmicas, especialmente aqueles nascidos junto às comunidades indígenas, quilombolas, dos terreiros de axé e junto aos movimentos sociais; as relações do cinema e das artes visuais com os espaços urbanos, as territorialidades, as lutas por terra e moradia e os fluxos comunicacionais; as questões epistemológicas ligadas às mediações das imagens, implicando os protocolos de encontro entre diferentes saberes e tradições; as distintas concepções filosóficas e pragmáticas acerca das imagens, especialmente aquelas formuladas por grupos e populações indígenas e negras.

Os pesquisadores da linha de pesquisa têm forte inserção em fóruns e eventos da área, com participação frequente nos encontros anuais da Compós e da Socine e parcerias interinstitucionais: destaca-se atualmente o trabalho desenvolvido junto às Universidades Federais do Sergipe e da Bahia, através de um edital Promob/Capes de cooperação acadêmica, com ênfase nos estudos interdisplinares de cinema. A cooperação tem permitido trocas regulares entre docentes e discentes dos programas de UFS, UFMG e UFBA, com a realização compartilhada de seminários, minicursos, intercâmbios acadêmicos (para discentes) e a participação de docentes em bancas e trabalhos de coorientação. A linha cuida também da organização do Colóquio Cinema, Estética e Política que, em sua oitava edição, tem reunido anualmente pesquisadores de instituições do Brasil e do exterior (UFMG, USP, UFRJ, UFF, UFC, UFPE, UFS, UFSB, UFRB, UFG, Universidade de Montreal, Paris I, Rennes II), tendo sido realizado em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em Cachoeira (Recôncavo Bahiano).

Além dos estágios no exterior, a linha tem abrigado pesquisas em cotutela com

instituições internacionais, especialmente com a Universidade Paris III. Pesquisadores do

cinema brasileiro que realizaram ou realizam doutorado pleno na França tiveram suas

pesquisas de doutorado coorientadas por professores da linha. É o caso de Vitor Zan, cuja tese

Habiter la ville, faire territoire : une prise de position du cinéma brésilien (2005-2017),

defendida em 2019, discute a problemática do território no cinema brasileiro contemporâneo;

e de Naara Fontinele, que desenvolve pesquisa sobre o documentário político e militante no

Brasil durante a ditadura, com conclusão prevista em 2020.

A linha de pesquisa Pragmáticas da Imagem tem se dedicado fortemente à relação

entre pós-graduação, graduação e extensão, desenvolvendo uma série de projetos nessa

intersecção. Desde 2011, pesquisadores da linha desenvolvem ações de extensão junto ao

forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico, envolvendo pesquisa e curadoria

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de seminários e mostras itinerantes; vários alunos, alunas e egressos participam das equipes

curatoriais do forumdoc.bh e do festcurtas.bh – Festival Internacional de Curtas de Belo

Horizonte, entre outros festivais e mostras. Uma importante iniciativa na articulação entre

ensino, pesquisa e extensão tem se dado no âmbito da Formação Transversal em Saberes

Tradicionais que, desde 2014, convida mestres e mestras de comunidades tradicionais e

populares para ministrar disciplinas na graduação e na pós-graduação e para participar de

projetos de pesquisa e extensão compartilhados. Essa iniciativa tem permitido vincular as

experiências de pesquisa e elaboração teórica à produção audiovisual, que tem abrigo no

Laboratório dos Saberes Tradicionais e no recém-criado NAV – Núcleo de Antropologia Visual.

A linha cuida da edição da revista Devires – Cinema e Humanidades, publicação de relevância

na área, que vai para seu 20º ano. Os docentes da linha estão atualmente articulados nos

seguintes grupos de pesquisa:

1. Coletivo Corisco (Coletivo de Estudos, Pesquisas Etnográficas e Ação Comunicacional em

Contextos de Risco): Criado em 2016.

2. Grupo de Pesquisa Poéticas femininas e políticas feministas. Criado em 2018.

3. Grupo de Pesquisa Poéticas da Experiência, constituído em 2007.

A linha de pesquisa Processos Comunicativos e Práticas Sociais é composta hoje por

16 professores, sendo 12 permanentes e 4 colaboradores, que desenvolvem atividades em 8

grupos de pesquisa, todos certificados pela UFMG e pelo CNPq. Desses 16 docentes, 3 são

bolsistas de produtividade do CNPq, sendo duas bolsas PQ1B. Suas pesquisas abrangem ao

menos 14 eixos temáticos, a saber: a deliberação pública; as lutas por reconhecimento social;

o estudo de celebridades e valores sociais; o espaço urbano; as interseccionalidades entre

raça, classe e gênero; as interfaces entre estética e política; as vulnerabilidades de grupos

marginalizados; cultura e televisualidades; a mobilização social e a formação de públicos; a

comunicação organizacional e as relações públicas; ativismos e redes sociais; esportes e

política; democracia e justiça; linguagens audioverbovisuais.

A atuação dos docentes vinculados à linha “Processos Comunicativos” nos cenários

nacional, regional e internacional pode ser avaliado a partir dos vários projetos de cooperação

desenvolvidos pelos docentes, que resultam em publicações de artigos, livros e apresentação

de trabalhos em eventos. A linha se caracteriza pela presença de vínculos de cooperação

nacional e internacional, com destaque para as colaborações internacionais. Os grupos de

pesquisa possuem interlocutores na América Latina, Europa, Estados Unidos e Austrália. As

missões de trabalho ocorrem de maneira recíproca, com pesquisadores estrangeiros sendo

acolhidos no PPGCOM e líderes dos grupos de pesquisa da linha envolvidos em eventos,

projetos e publicações de instituições estrangeiras. As redes de pesquisa nacionais são sólidas

e derivam muitas vezes da presença de docentes de linha em Associações de Pesquisadores e

Sociedades Científicas, como a Compós, a Compolítica, a Abrapcorp e a Intercom. Juntamente

com a expressiva participação de docentes da linha em colaborações nacionais e

internacionais, as ações extensionistas dos grupos de pesquisa da linha possuem incidência no

campo dos direitos humanos, em questões étnico-raciais, em lutas por reconhecimento de

pessoas com deficiência, em políticas sociais ligadas a gênero, sexualidade e raça, em práticas

democráticas institucionais e cotidianas. Destacamos aqui as seguintes ações: a) projeto

“Deliberação nas Escolas Públicas: criando capacidades deliberativas”, primeira experiência no

Brasil de um programa de educação cidadã a partir do conceito de deliberação. O projeto, que

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tem financiamento e apoio de CNPq, Capes e da Secretaria Estadual de Educação de Minas

Gerais, obteve em 2018 o Prêmio Direitos Humanos, concedido pelo Ministério dos Direitos

Humanos; b) projeto “Laboratório de Análise de Acontecimentos (GRISLAB)”, conta com apoio

do CNPq e da FAPEMIG; c) projeto “A TV e a sociedade brasileira: diálogos frutíferos”, com

apoio da FAPEMIG; d) projeto “Estratégia para Transformação do Municipio de

Brumadinho/MG”, apoio às comunidades atingidas pelo rompimento de barragem da Vale; e)

projeto “Suporte de Comunicação para o Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do

Jequitinhonha”, com apoio da Fapemig; f) projeto “Observatório Latino-americano de

Comunicação e Deficiência”, com cooperação de pesquisadores da Colômbia e da Costa Rica;

g) projeto “Participação e Cidadania na Assembleia Legislativa de Minas Gerais”, que envolve a

capacitação de servidores, workshops e palestras, além de diagnóstico acerca das práticas de

engajamento político na ALMG”. No ano de 2019, os docentes da linha tiveram cerca de 90

trabalhos bibliográficos realizados (de um total de 218), sendo sua grande maioria publicada

em periódicos de extratos superiores do Qualis. Os docentes da linha estão atualmente

articulados nos seguintes grupos de pesquisa:

1. GRIS - Grupos de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade, criado em 1994;

2. EME - Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública, em funcionamento desde 1998;

3. Comunicação e Cultura em Televisualidades (COMCULT), criado em 2008;

4. Centro de Convergência em Novas Mídias (CCNM), criado em 2005 (NucCon e NucleUrb);

5. Grupo de Pesquisa em Comunicação e Culturas Esportivas (Coletivo Marta) cadastrado junto

ao CNPq e ao DCS em 2018.

6. Coragem - Grupo de Pesquisa em Comunicação, Raça e Gênero: criado em 2018.

7. Mobiliza - Grupo de pesquisa em comunicação, mobilização social e opinião pública, criado

em 1999.

8. Grupo de Pesquisa em Democracia e Justiça (Margem) foi fundado em 2014.

9. Grupo de Pesquisa e Estudos em Sonoridades, Comunicação, Textualidades e Sociabilidade

[ESCUTAS], criado em 2011.

Em 2019, ocorreram quatro novos credenciamentos: os professores André Melo

Mendes, Daniel Reis Silva, Fábia Pereira Lima e Pablo Moreno passaram a integrar o corpo do

docente do PPGCOM. O credenciamento dos professores ocorreu de maneira extemporânea e

cabe aqui um esclarecimento acerca dessa decisão. O PPGCOM realiza chamada de

credenciamento uma vez ao ano, no primeiro mês letivo; e realiza chamada de

recredenciamento duas vezes ao ano, no início de cada semestre letivo. A validade dos

credenciamentos e recredenciamentos é de 4 anos. No ano de 2019, excepcionalmente, o

Programa realizou chamada extemporânea de credenciamento docente (incluindo aqueles que

desejavam passar de colaborador para permanente), decisão tomada em reunião de Colegiado

ocorrida em 22/05/19. A partir dessa data, houve no Colegiado uma discussão extensa acerca

do crescimento do PPGCOM nos últimos anos e a necessidade de uma reflexão mais profunda

acerca dos parâmetros que balizam nossa articulação interna e avaliação externa feita pela

PRPG e CAPES. Foi colocado em questão o modo como a PRPG avalia as consequências do

crescimento do PPGCOM e a necessária revisão da Resolução 01/2018 que, até então,

amparava os credenciamentos, recredenciamentos e descredenciamentos no âmbito do

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PPGCOM. A revisão da Resolução objetivou dirimir imprecisões quanto: a) ambiguidade na

redação dos artigos 8, 9, 11 e 14 da resolução, com relação à quantidade de produtos

necessários para ser credenciado ou recredenciado no Programa. Verificou-se que uma

redação mais homogênea desses artigos deveria ser providenciada de modo a não deixar

dúvidas de interpretação. Além disso, havia um descompasso na formulação da exigência para

credenciamento e recredenciamento: além de dar a entender que se cobrava mais produção

de quem está chegando ao PPGCOM (a quantidade de itens deveria ser maior no

recredenciamento). Na revisão da resolução, seria preciso também especificar de modo mais

explícito, como a pontuação é calculada a partir da publicação em periódicos de extratos

elevados no Qualis; b) Falta de clareza nos critérios de exclusão/reprovação de propostas: a

resolução 01/2018 reitera as recomendações da CAPES e das Normas Gerais de Pós-Graduação

da UFMG, que dizem que um PPG pode ter, no máximo, 30% de colaboradores. Como ela não

prevê número de vagas para permanentes e colaboradores, o Colegiado definiu critérios para

balizar a classificação de credenciamento/recredenciamento como professor colaborador. A

resolução foi enviada para análise da Assessoria Jurídica da PRPG e referendada em julho de

2019. Após retificações e correções, ela foi aprovada pela Câmara de Pós-Graduação em

16/12/2019. Dado esse processo de revisão, a chamada de credenciamento circulou junto com

a chamada de recredenciamento docente (que ocorre no primeiro mês letivo de cada

semestre) e ficaria aberta por um período de 30 dias, de 05 de agosto a 06 de setembro de

2019. Dessa forma, a Comissão de Credenciamento trabalhou em setembro, para que os

docentes pudessem ser credenciados em outubro de 2019.

Em 2019 o programa seguiu em sua trajetória de consolidação da qualidade de suas

pesquisas ampliando o leque de atividades que articulam as três linhas de pesquisa e

vencendo as instabilidades de bolsas e verbas com diálogo e proximidade. Destacamos a

construção coletiva (envolvendo a coordenação do PPGCOM, a representação discente e

demais membros do Colegiado) de uma norma para distribuição de bolsas entre alunxs

ingressantes, veteranxs, alunxs das ações afirmativas e pessoas com deficiência, tentando de

alguma maneira equilibrar e tornar o processo de distribuição de bolsas o mais justo e

transparente possível. A resolução pode ser consultada em

<http://www.ppgcom.fafich.ufmg.br/docs/ResolucaoBolsas2019.pdf>.

Vale destacar, por fim, os pesquisadores que realizaram residência pós-doutoral junto

ao Programa, vinculados aos grupos de pesquisa entre 2018 e 2019: Fernanda Nalon Sanglard

(sob a supervisão de Rousiley Celi Moreira Maia), Érica Anita Baptista Silva (sob a supervisão

de Rousiley Celi Moreira Maia), Vanessa Veiga de Oliveira (sob a supervisão de Rousiley Celi

Moreira Maia), Lorena Péret Tárcia De Tasende Braga (sob a supervisão de Geane Carvalho

Alzamora), Pedro Cardoso Aspahan (sob a supervisão de César Geraldo Guimarães), Felipe

Kolisnki Viero (sob a supervisão de Bruno Souza Leal), Carolina Magalhães Braga (Sob a

supervisão de Geane Alzamora), Eduardo Junqueira, da Universidade Federal do Ceará (Sob a

orientação de Carlos Frederico de Brito D’Andrea); Alessandra de Falco Brasileiro (sob a

supervisão de Joana Ziller de Araujo Josephson), Ludmilla Zago (Sob a supervisão de César

Geraldo Guimarães); Isabel Santana De Rose (sob a supervisão de César Geraldo Guimarães);

Jussara Peixoto Maia (sob a supervisão de Elton Antunes), Cynthia Mara Miranda (Sob a

supervisão de Carlos Alberto de Carvalho).

Indicadores de integração com a graduação

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Todos os professores permanentes e colaboradores credenciados no Programa de Pós-

Graduação mantêm suas atividades junto a Graduação, majoritariamente no Curso de

Comunicação Social, sendo uma docente no Curso de História e uma docente no Curso de

Biblioteconomia. Esta inserção dos professores do PPGCOM na Graduação se dá por sete vias:

1) Oferta de disciplinas da grade curricular de Graduação. De acordo com norma do

Departamento de Comunicação Social, os docentes em regime de 40h, ou DE, deverão

assumir, a cada semestre, entre 8 (oito) e 12 (doze) h/a semanais de encargos na Graduação

ou na Pós Graduação, garantindo a permanente atuação dos professores do PPGCOM no

âmbito da Graduação. Esses números garantem o constante equilíbrio na oferta de disciplinas,

de modo que nenhum docente permanente do PPGCOM extrapole o patamar desejável e

razoável de envolvimento com a Graduação e que possa manter regularidade de oferta de

disciplinas na Pós-Graduação.

2) Responsabilidade pela orientação dos estágios docentes (em disciplinas de 60, 30 e 15h/a),

obrigatórios para os bolsistas de Pós-Graduação. O Programa busca inserir o pós-graduando

em atividades de estágio docente afins ao seu projeto de pesquisa e/ou de seu orientador, de

modo a, por um lado, ampliar o impacto da Pós-Graduação na Graduação, por meio da oferta

de conteúdos aprofundados ou específicos; por outro, garantir a devida articulação entre a

atividade de ensino, o desenvolvimento de teses/dissertações e o processo de formação do

pós-graduando.

3) Orientação de graduandos de Iniciação Científica, que podem contar com bolsas específicas

das agências de fomento ou fazê-lo de modo voluntário, com o devido registro e

reconhecimento institucional.

4) Orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso, sejam eles produtos ou processos prático-

experimentais (chamados de “Projetos Experimentais”) ou estudos monográficos.

5) Atividades de extensão universitária, que envolvem a coordenação e orientação de equipes

de trabalho compostas por estudantes de Graduação e/ou pessoal técnico especializado.

6) Atividades de iniciação à docência, como o Programa de Monitoria de Graduação.

7) Elaboração e implantação de projetos de ensino específicos, que fazem repercutir, no

âmbito da Graduação, perspectivas teórico-conceituais e metodológicas desenvolvidas na Pós-

Graduação.

O PPGCOM abrigou nos anos de 2018 e 2019, 10 (dez) projetos de ensino. Nesse

sentido, um aspecto importante da experiência de formação do PPGCOM é a atenção à

graduação. Docentes das linhas de pesquisa do Programa coordenam e integram Projetos

Estruturantes de Ensino, iniciativa dos colegiados de graduação em Comunicação para

estimular o pensamento pedagógico sobre esse nível formativo. Com isso, a integração

graduação/pós-graduação atinge outro patamar, em que práticas e processos didáticos são

avaliados, renovados e sistematizados à luz das reflexões sobre a pesquisa e a produção de

conhecimento na área. Além disso, os grupos de pesquisa desenvolvem atividades voltadas

para o ensino, como o Eme (através do projeto “Deliberação nas escolas”), o Gris, com uma

regular atenção à formação de docentes, o Tramas e o Culturas do Impresso (que organizaram

já dois livros didáticos voltados para a graduação em Jornalismo). Um destaque é a iniciativa

conduzida pela prof.a Geane Alzamora sobre transmídia e educação, desenvolvida em parceria

com universidades de Moçambique e de Timor Leste.

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Deve-se destacar também que o PPGCOM tem estimulado e investido na realização de

projetos de extensão, com a participação de docentes e discente do Programa, além de grande

participação de bolsistas de iniciação científica e de extensão. Estes projetos contam com

modalidades distintas de articulação, como a presença nas equipes de bolsistas e estudantes

voluntários, objetivando o alicerçamento de diferentes práticas comunicativas, bem como

saberes e práticas fundamentais à formação profissional dos alunos de graduação.

B)Processo de formação discente e acompanhamento de egressos;

Em 2019 o PPGCOM abrigou um total de 122 alunos. Mestrado: 57 (ingressantes no

primeiro semestre dos anos de 2018 e 2019. Doutorado: 65 (ingressantes majoritariamente no

primeiro semestre dos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019). É importante destacar a presença

frequente de pós-graduandos estrangeiros no PPGCOM, seja via co-tutela ou PEC-PG

(Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação). Essa presença se dá de modo orgânico,

graças ao papel nucleador dos grupos de pesquisa. A atratividade abrange também, no

processo seletivo, candidatos de todas as regições do país. No processo seletivo de 2020,

participaram candidatos dos Estados de AM, PA, PR, BA, TO, CE, ES, DF, G0, MA, MT, PE, RJ, RS,

SP. É importante salientar que os projetos de dissertação e tese que o PPGCOM seleciona

estão alinhados com o estado da arte das temáticas trabalhadas na área de Comunicação,

frequentemente apresentando um alto grau de originalidade e relevência científica e social.

Quadrienal 2013-2016

Ano

Total de matriculados Total de titulados

Doutorado Mestrado Doutores Mestres

2013 46 28 4 17

2014 42 34 14 14

2015 47 39 10 15

2016 53 40 9 19

Quadrienal 2017-2020

2017 41 58 11 19

2018 61 48 14 17

2019 65 57 16 21

*Dados obtidos na Plataforma Sucupira em 2019

É importante destacar que no ano de 2019, sofremos o impacto da redução do

investimento em bolsas implantado pelas agências de fomento. O PPGCOM, antes dos cortes,

contava com bolsas das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG, assim divididas: 33 bolsas Proex de

doutorado; 4 bolsas Fapemig de doutorado; 14 bolsas Proex de mestrado; 4 bolsas Fapemig de

mestrado e 3 bolsas CNPq de mestrado. Depois dos cortes realizados pela CAPES (Portaria 34,

de março de 2020), o PPGCOM passa a contar com 23 bolsas Proex de doutorado (mais 8

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bolsas empréstimo, que serão retiradas do Programa em 2021); 4 bolsas Fapemig de

doutorado; 13 bolsas Proex de mestrado; 4 bolsas Fapemig de mestrado e 3 bolsas CNPq de

mestrado.

O PPGCOM forma tradicionalmente docentes que atuam em instituições de ensino públicas e privadas, na Graduação e na Pós-Graduação, assim como de profissionais que desempenham funções especializadas em diferentes organizações e instituições sociais. Tal fato aponta para o impacto educacional das atividades do programa, cabendo destacar que 58,5% dos egressos doutores atuam em IES públicas, enquanto 16,8% dos mesmos lecionam em universidades e instituições de ensino superior privadas e 1,2% dos egressos doutores estão em instituições de ensino internacionais (University of Liverpool). O acompanhamento dos egressos (disponível na página do PPGCOM: http://www.ppgcom.fafich.ufmg.br/egressosmest.php) permitiu, ainda, observar que os doutores-docentes formados pelo programa atuam majoritariamente em instituições do Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A resposta dos egressos ao questionário enviado pelo Programa ressalta a importância da diversidade da oferta de oportunidades de formação, para além das disciplinas curriculares e da vinculação a um projeto/grupo de pesquisa, mencionando os seminários, conferências, mini-cursos e palestras com docentes de outras instituições nacionais e internacionais. O grau de satiafação dos alunos e sua integração no mercado de trabalho poderão ser conferidos com mais detalhes nos tópicos a seguir.

É possível afirmar que, ao contrário dos doutores, que se dedicam a carreiras docentes, os egressos com título de mestre tendem a atuar profissionalmente no mercado, tanto em organizações públicas quanto privadas, apontando uma aderência direta entre sua ocupação profissional e a formação recebida pelo PPGCOM-UFMG. Para além da atuação profissional em organizações e da docência, muitos egressos-mestres estão, no presente momento, dando continuidade aos seus estudos. Dentre esses egressos, quase todos cursam o doutorado no próprio PPGCOM-UFMG, enquanto sete estão atualmente matriculados em outros Programas de Pós-Graduação nacionais.

Observamos com frequência e disponibilizamos em nosso site, seja na aba “Autoavaliação”, seja na aba “Egressos” (http://www.ppgcom.fafich.ufmg.br/egressosmest.php) um perfil atualizado do egresso do PPGCOM, avaliando em que medida formamos pesquisadores para atuar em Instituições de Ensino Superior no exercício da docência universitária e da pesquisa científica de maneira a: a) assimilar os requisitos fundamentais de compreensão do campo da Comunicação essenciais à formação dos profissionais da área; b) desenvolver capacidade e competência para o desenvolvimento de pesquisa científica em níveis de excelência; c) possuir condições para o desenvolvimento de produção científica qualificada; d) desenvolver aptidão para o exercício de atividades docentes em Comunicação e áreas afins em Instituições de Ensino Superior Públicas e Privadas.

Atualmente, entre os seus pós-graduandos, encontram-se professores da própria UFMG e de instituições como Centro Universitário Izabela Hendrix, Universidade Fumec, Universidade Promove, Centro Universitário de Belo Horizonte, Centro Universitário UNA, Universidade do Estado de Minas Gerais, Universidade Federal de Sergipe, CEFET-MG, PUC-Minas, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Ouro Preto, além de profissionais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, da Universidade Federal do Ceará, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), da Universidade de Santa Maria e da Universidade de Integração Latino-Americana.

No que se refere às premiações recebidas pelos discentes, podemos registrar que, em 2017, o PPGCOM foi agraciado com o Prêmio Capes de Teses na Área de Comunicação e Informação (Tese de Mariana Souto, orientada pela profa. Cláudia Mesquita e Co-orientada por Ângela Marques). Em 2018, o PPGCOM venceu dois prêmios importantes: Grande Prêmio

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UFMG de Teses no grupo de Grandes Áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas e Línguística, Letras e Artes; e Prêmio CAPES de Teses 2018 - Melhor Tese na área de Comunicação e Informação, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (ambos acordados à Tese de Daniel Reis Silva, orientada pelo prof. Márcio Simeone). Daniel Reis também ganhou o Prêmio Abrapcorp de Teses e Dissertações 2018 - Melhor Tese, Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação Organizacional e Relações Públicas.

A produção discente se mantém significativa, com ampliação do número de

publicações em estratos de primeiro nível do Qualis Periódicos. Podemos considerar

expressiva a participação de alunas e alunos em encontros científicos da área (COMPÓS,

SOCINE, Intercom, Ibercom, Compolítica, Abrapcorp, SBPJor, Alaic, dentre outros), com

publicação de resumos e artigos completos em anais e o crescimento na participação discente

em eventos fora do País, vinculados às temáticas específicas de pesquisa.

É muito importante destacar também a iniciativa discente de realizar, entre 30/09 e 04/10 de 2019, a terceira edição do Colóquio Discente do PPGCOM. O evento se consolida em nosso Programa e, desde 2017, tem proporcionado a oportunidade de debate transversal (encontros e trocas entre discentes das três linhas de pesquisa) acerca de projetos de pesquisa em andamento. A memória do evento está disponível em <https://coloquiodiscenteppgcom.wordpress.com/>. Com o tema “Diálogos e Convergências: Comunicar, Educar, Insurgir”, o III Colóquio Discente teve palestra de abertura proferida pela Professora Rosane Borges (ECA/USP), com o tema “Da educação à cultura do compartilhamento: quais as brechas para transgredir, insurgir, emancipar?” com a Profª. Drª. Rosane Borges (ECA/USP). Em setembro de 2019, o III Colóquio Discente do PPGCOM, contou com palestras da Profª. Drª. Rosane Borges (ECA/USP), sobre o tema “Da educação à cultura do compartilhamento: quais as brechas para transgredir, insurgir, emancipar?” , e do prof. Cristiano Rodrigues (PPGCP, UFMG).

A adequação dos processos formativos conduzidos no PPGCOM à realidade dos pesquisadores em formação, às condições infraestruturais frequentemente condicionados pelas agências de fomento e às tendências e transformações na área da Comunicação é um desafio constante do Programa, que desenvolveu alguns mecanismos precisos para sistematizar percepções e orientar suas ações. Um deles é certamente a oferta de disciplinas, tornada mais flexível e atualizável pela recente reforma curricular. Em 2019/1, por demanda dos discentes e em razão de diagnósticos oriundos das linhas de pesquisa, foram instituídos os seminários de elaboração de tese (D) e de dissertação (M), nos quais discute-se expectativas, processos e formatos para os trabalhos finais. A partir da linha de pesquisa Textualidades Mediáticas foi elaborado um documento com parâmetros gerais e orientações acerca das teses e dissertações, que se encontra, neste momento, em discussão no pleno do PPGCOM.

Todo pós-graduando do PPGCOM/UFMG mantém vínculos com um grupo de pesquisa, nos termos peculiares de suas condições de dedicação à pós-graduação. Nos grupos de pesquisa do PPGCOM/UFMG atuam pesquisadores em diferentes níveis de formação, incluindo estudantes de graduação e docentes não vinculados à pós-graduação. Boa parte deles, como o Eme, o Tramas, o Neepec, o Afetos, o Culturas do Impresso, o Nuccom, o Coragem e o Poéticas da Experiência abrigam também atividades de ensino e de extensão. A integração do pós-graduando ao grupo de pesquisa permite, assim, que sua formação se dê em diálogo colaborativo com outros pesquisadores e em articulação com a dimensão do ensino e de responsabilidade social. A integração de pesquisadores nas atividades dos grupos de pesquisa é também fator determinante para a qualidade, regularidade e consistência da produção científica do PPGCOM, sendo frequente a escrita colaborativa de artigos, livros e capítulos não apenas entre orientadores e orientandos, como também entre mestrandos e doutorandos e com outros docentes do Programa.

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O caráter colaborativo e participativo da pesquisa é, além disso, institucionalizado no âmbito das processos regulares do PPGCOM, através das reuniões das linhas de pesquisa, responsáveis pela discussão coletiva das propostas finais de teses e dissertações. As linhas de pesquisa desenvolvem ainda outros mecanismos de interação entre pesquisadores e de responsabilidade social, como a promoção de eventos científicos, de eventos de extensão e de Seminários internos. Destaca-se, por fim, nesse âmbito, a importância e o cuidado relativos ao estágio docente, considerado pelo PPGCOM/UFMG como instância fundamental de formação para o ensino, o que implica esforços para garantir a adequada supervisão do pós-graduando e a sua boa inserção na graduação e para evitar vícios e equívocos relatados em diferentes instâncias, na UFMG e em outras instituições.

Acompanhamento de egressos

1. Estratégia de acompanhamento de egressos

A estratégia de acompanhamento de egressos empregada pelo PPGCOM-UFMG consistiu

em dois movimentos. As estratégias de acompanhamento dos egressos abrangem

prioritariamente o envio de questionários aos alunos, a busca de informações no currículo

lattes e em sites como linkedin (em alguns casos são observadas também as redes sociais) e o

contato por telefone ou e-mail para demanda de dados adicionais. Após a coleta de dados

referentes à produção, filiação institucional, emprego, função exercida, aderência à área de

formação, avaliação do percurso, captação de recursos em pesquisa, projeção nacional e/ou

internacional, etc., é feita uma tabulação dos dados e, na sequência, a elaboração de relatórios

descritivos que nos permitem avaliar o conjunto das informações recebidas.

O site do PPGCOM (http://www.ppgcom.fafich.ufmg.br/egressosmest.php) possui dados

atualizados sobre os egressos do Programa nos últimos 5 anos.

Conforme detalhado anteriormente no item “Perfil do Egresso”, no ano de 2019

realizamos uma avaliação com dados recebidos de egressos do PPGCOM entre os anos de

2012 e 2019.

1) Questionário para egressos: Foram levantadas as informações gerais dos egressos

de 2012 a 2019, e formulado um questionário a ser preenchido pelo próprio

titulado. Tal instrumento foi concebido de forma a oferecer uma visão global sobre

o perfil do egresso, e procurou aferir os seguintes pontos: produções científicas

realizadas nos últimos cinco anos, inserção no mercado de trabalho, cargos e

funções exercidos atualmente e nos últimos cinco anos, existência ou não de

continuidade de estudos, financiamentos conquistados, premiações profissionais

ou acadêmicas, avaliação da formação recebida durante a passagem pelo

Programa, impacto da pesquisa realizada no âmbito do Programa e inserções do

conhecimento gerado na sociedade.

No total, foram respondidos 94 questionários, seguindo a distribuição apresentada

na tabela A e B

Tabela A – Taxa de Resposta Mestrado

Ano de titulação Quantidade de egressos Respondentes Taxa de Resposta

2012 9 3 33%

2013 17 7 41%

2014 14 10 71%

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2015 15 8 53%

2016 19 7 36%

2017 19 12 63%

2018 18 7 38%

2019 18 15 83%

TOTAL 129 69 53%

Tabela B – Taxa de Resposta Doutorado

Ano de titulação Quantidade de egressos Respondentes Taxa de Resposta

2012 5 3 60%

2013 4 1 25%

2014 14 2 14%

2015 10 2 20%

2016 9 1 11%

2017 11 5 45%

2018 14 8 57%

2019 16 9 56%

TOTAL 83 31 37%

2) Coleta manual de informações sobre não-respondentes: visando fornecer uma

figura completa do quadro de egressos de 2012 a 2019 do Programa, o segundo

movimento consistiu na coleta manual das informações daqueles titulados que

não responderam o questionário. As informações foram buscadas na Plataforma

Lattes, no Linkedin e em sites de redes sociais. Esse movimento focou em três

informações básicas: as publicações dos egressos nos últimos cinco anos, sua

ocupação profissional atual e a continuidade de estudos.

Os dados apresentados no presente relatório são decorrentes do cruzamento entre os

dois movimentos, de maneira a fornecer um quadro bastante completo dos egressos do

Programa, com as informações acerca de publicações e ocupação profissional correspondendo

a 100% dos egressos (129 mestres e 83 doutores, titulados entre 2012 e 2019). Já as

informações sobre financiamentos, premiações, inserção internacional e social, avaliação da

formação, impacto do conhecimento produzido e discursos qualificados sobre o conhecimento

na sociedade são referentes aos 94 questionários respondidos pelos egressos (44% dos

egressos).

2. Produção acadêmica

A produção acadêmica foi dividida entre cinco itens: (1) periódicos qualificados, (2)

textos publicados em anais de congressos, (3) capítulos de livro nacional e internacional (5)

publicação/organização de livros e (6) produção técnica. Acerca de cada item foram analisadas

as produções de 2015 até 2019, destacando se elas foram conjuntas com docentes do

departamento ou sem a participação destes. Os números absolutos da produção de egressos,

excluindo as produções técnicas, são apresentados na tabela C.

Tabela C – Total de publicações

Tipo de produção Quantidade Porcentagem

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Artigos em Periódicos Qualificados 460 33,2%

Artigos em Anais de Eventos 481 34,6%

Capítulos de Livros Nacionais 340 24,4%

Capítulos de Livros Internacionais 37 2,7%

Obras ou Organização de Obras 71 5,1%

TOTAL 1389 100%

Importante notar que os dados apresentados acima são provenientes da produção de

mestres, doutores e mestres/doutores (discentes que adquiriram ambos os títulos no

PPGCOM-UFMG entre 2012 e 2019). Foi possível também analisar os números absolutos de

produção de cada uma dessas modalidades de egressos, na tabela D.

Tabela D – Total de publicações

Tipo de produção Mestres

113 egressos

Mestres / Doutores

16 egressos

Doutores

83 egressos

Total

212 egressos Artigos em Periódicos

Qualificados 143 (10,2%) 89 (6,4%) 228 (16,4%) 460

Artigos em Anais de Eventos 224 (16,1%) 75 (5,4%) 182 (13,1%) 481

Capítulos de Livros Nacionais 129 (9,2%) 53 (3,8% 158 (11,38%) 340

Capítulos de Livros Internacionais

9 (0,6%) 4 (0,2%) 24 (1,7%) 37

Obras ou Organização de Obras 11 (0,8%) 15 (1,08%) 45 (3,2%) 71

TOTAL 516 (37,1%) 236 (17%) 637 (45,8) 1389

A tabela D demonstra que a produção dos egressos é concentrada principalmente nas

modalidades de doutores, que equivalem a 39% dos egressos e são responsáveis por 45,8% da

produção total, e mestres/doutores, que equivalem a 7,5% dos egressos, mas são responsáveis

por 17% da produção total dos titulados pelo programa.

2.1 Periódicos Qualificados

No que tange aos periódicos, foram contabilizados os artigos publicados em revistas

com classificação Qualis mínima de B4. Periódicos internacionais sem Qualis foram excluídos

da contagem. No total, os egressos analisados reportaram um número geral de quatrocentas e

sessenta (460) publicações, concentradas na forma demonstrada pela tabela E.

Tabela E – Publicações em Periódicos Qualificados

Qualis do Períodico

Produção conjunta Número de

artigos Porcentagem

Total de artigos

A1 Com docente 1 0,2%

5 (1%) Sem docente 4 0,9%

A2 Com docente 48 10,4%

86 (18,7%) Sem docente 38 8,2%

B1 Com docente 72 15,6%

205 (44,6%) Sem docente 133 28,9%

B2 Com docente 30 6,5%

78 (17%) Sem docente 48 10,4%

B3 Com docente 5 1,0% 24 (5,2%)

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17

Sem docente 19 4,1%

B4 Com docente 9 1,9%

62 (13,5%) Sem docente 53 11,5%

TOTAL Com docente 165 36%

460 (100%) Sem docente 295 64%

Os dados apresentados na tabela C apontam para a qualificação da produção dos

egressos, concentrada, em sua maioria, nos estratos superiores da classificação Qualis,

especialmente nos periódicos B1 (44,6% da produção), A2 (18,7% da produção) e B2 (17% da

produção). Cabe destacar, ainda, a taxa de produção conjunta entre docentes e discentes, na

casa de 36%, sendo esse número também concentrado nas camadas mais altas da classificação

Qualis – sendo importante notar como a maior parte dos artigos publicados nos periódicos

mais qualificados, como o A2, são produções colaborativas.

2.2 Textos publicados em anais de eventos

Acerca dos textos publicados em anais de eventos, foi possível observar maior

independência dos egressos, o que implica em uma diminuição acentuada da taxa de

colaboração entre docentes e discentes (apenas 13%, comparada com os 36% de colaboração

em artigos publicados em periódicos qualificados). Os números totais dessa categoria são

apresentados na tabela F, sendo importante observar que não foram feitas distinções entre

congressos nacionais ou internacionais no instrumento de pesquisa. No total, os egressos

publicaram quatrocentos e oitenta e um (481) artigos em anais de eventos.

Tabela F – Textos publicados em anais de eventos

Produção conjunta Número de artigos Porcentagem

Com docente 64 13%

Sem docente 417 87%

TOTAL 481 100%

2.3 Capítulos de livros Nacionais e Internacionais

A pesquisa revelou uma concentração de capítulos publicados por egressos em livros

nacionais (340 contra 37 em livros internacionais). Ao mesmo tempo, foi possível observar que

a taxa de produção conjunta cresce nas publicações internacionais (32% contra 24% das

publicações nacionais), apontando para a importância dos docentes nos processos de

internacionalização.

Tabela G – Capítulos de Livros Nacionais

Produção conjunta Número de artigos Porcentagem

Com docente 80 24%

Sem docente 260 76%

TOTAL 340 100%

Tabela H – Capítulos de Livros Internacionais

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Produção conjunta Número de artigos Porcentagem

Com docente 12 32%

Sem docente 25 68%

TOTAL 37 100%

2.4 Livros publicados ou organizados

O último dado quantitativo aferido pela pesquisa diz respeito a publicação de obras

inteiras e a organização de obras. Os números apontam para uma taxa de produção conjunta

baixa nesse quesito (21%), o que pode ser explicado pela publicação de dissertações e teses no

formato de livro por parte dos discentes.

Tabela I – Publicação de obras e Organização de obras

Produção conjunta Número de obras Porcentagem

Com docente 15 21%

Sem docente 56 79%

TOTAL 71 100%

2.5 Produção técnica

O último aspecto aferido da produção dos egressos diz respeito à sua produção

técnica. Nesse caso, a opção foi por não quantificar os dados recolhidos de forma minuciosa,

mas sim observar aspectos mais gerais dessa produção, identificando as categorias mais

comuns indicadas pelos egressos e como elas apontam para tipos específicos de inserção

social.

Nesse sentido, a primeira categoria de destaque é a inserção dos egressos na

comunidade científica nacional e internacional. Essa inserção pode ser observada por

produções técnicas como a realização de pareceres para eventos e periódicos, a participação

em corpos editoriais de periódicos e a edição e diagramação de periódicos.

A segunda categoria é a inserção de egressos na comunidade artística. Nesse quesito

destacam-se as atividades de curadoria de eventos e mostras, a criação de catálogos para

mostras e a criação de exposições de arte. Também integra tal categoria o trabalho com

audiovisual, incluindo direção, roteirização e edição de longas, médias e curtas-metragens.

Por fim, uma terceira grande categoria diz respeito às práticas do egresso com o

ensino. Nesse ponto cabe destacar a produção técnica de cursos de curta duração, bem como

a construção de projetos pedagógicos e materiais didáticos.

3. Carreira dos egressos

Os dados aferidos permitiram uma compreensão ampliada da carreira dos egressos,

sendo possível observar o seu destino, cargos e funções. Os dados gerais acerca desse aspecto

estão expostos na tabela I.

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Tabela I – Carreira dos Egressos (Mestres e Doutores)

Atuação Natureza da Organização

Número de egressos

% % Total

Docente Ensino Superior

IES Públicas 48 24,5%

36,1% IES Privadas 19 9,6%

IES Internacionais 4 2%

Atuação profissional em Organizações

Organizações Públicas 26 13,2%

28,9%

Organizações Privadas 25 12,7%

Organizações Internacionais

2 1%

Organizações da Sociedade Civil

4 2%

Cursando Doutorado

PPGCOM UFMG 21 10,7%

13,2% Outros Programas de

Pós-Graduação 7 1,5%

Internacional 2 1%

Cursando Pós-Doutorado

PPGCOM UFMG 2 1% 2,5% Outros Programas de

Pós-Graduação 3 1,5%

Docente Ensino Básico

Instituição Pública

1 0,5% 0,5%

Microempreendedor ou autônomo

- 9 4,5% 4,5%

Sem emprego formal

- 10 5,1% 5,1%

Não foi possível determinar

- 13 6,6% 6,6%

TOTAL - 196 100% 100%

Como se observa, o quadro geral de egressos revela um cenário no qual os dois

principais caminhos dos egressos são a docência de ensino superior ou a atuação profissional

em organizações públicas e privadas. O quadro revela, ainda, que parte significativa dos

egressos se encontra em um momento de continuidade de sua formação, investindo na

obtenção do título de doutor ou em pós-doutorados.

O quadro geral, porém, não permite observar a divisão bastante clara entre as funções

desempenhadas pelos egressos que possuem título de mestre e pelos que possuem o grau de

doutor. Visando obter uma figura mais cristalina sobre as ocupações profissionais dos egressos

do PPGCOM, as seções abaixo aprofundam nas funções desempenhadas pelos detentores de

cada titulação, discutindo suas especificidades centrais.

3.1 Carreiras e funções dos Doutores formados pelo PPGCOM

Ao total, foram pesquisados noventa e seis doutores titulados pelo PPGCOM entre

2012 e 2019, sendo que foi possível determinar a ocupação de 100% desse universo. A tabela

J, abaixo, apresenta o panorama geral desses números.

Tabela J – Carreira dos Egressos (Doutores)

Atuação Natureza da Organização

Número de egressos

% % Total

Docente IES Públicas 48 58,5% 75.9%

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Ensino Superior IES Privadas 14 16,8%

IES Internacionais 1 1,2%

Atuação profissional em Organizações

Organizações Públicas 7 8,4%

12,1%

Organizações Privadas 2 2,4%

Organizações Internacionais

0 0%

Organizações da Sociedade Civil

1 1,2%

Cursando Pós-Doutorado

PPGCOM UFMG 2 2,4% 4,8% Outros Programas de

Pós-Graduação 2 2,4%

Microempreendedor ou autônomo

- 1 1,2% 1,2%

Docente Ensino Básico

Instituição Pública

1 1,2%

Sem emprego formal

- 4 4,8% 4,8%

TOTAL - 96 100% 100%

O primeiro elemento a ser observado é o elevado índice de docentes do ensino

superior entre os doutores titulados pelo PPGCOM-UFMG (75,9%). Tal fato aponta para o

impacto educacional das atividades do programa, cabendo destacar que 58,5% dos egressos

doutores atuam em IES públicas, enquanto 16,8% dos mesmos lecionam em universidades e

instituições de ensino superior privadas e 1,2% dos egressos doutores estão em instituições de

ensino internacionais (University of Liverpool).

O acompanhamento dos egressos permitiu, ainda, observar em quais regiões do Brasil

os doutores-docentes formados pelo programa atuam. Esses dados estão apresentados na

tabela K, abaixo.

Tabela K – Região de atuação nacional dos docentes-doutores formados pelo PPGCOM-UFMG

Região Número de Docentes Porcentagem

Norte 7 11,2%

Nordeste 9 14,5%

Centro-Oeste 10 16,1%

Sul 2 3,2%

Belo Horizonte 19 30,6%

Interior de Minas Gerais 14 22,5%

Demais estados do Sudeste 1 1,6%

TOTAL 62 100%

Os números apresentados na tabela K atestam o papel desempenhado pelo PPGCOM-

UFMG no que tange à interiorização e democratização do conhecimento, com o programa

formando docentes qualificados para as instituições de ensino superior do interior do estado

de Minas Gerais e para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Cabe mencionar

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que dentre os dezenove docentes que atuam em Belo Horizonte, dez docentes (52%) estão em

instituições privadas, enquanto outros oito (42%) atuam na própria UFMG e um (5%) leciona

em outra instituição pública de ensino superior da cidade (UEMG).

Ainda acerca dos doutores, é importante mencionar que a maior parte daqueles que

atuam como profissionais de comunicação em organizações públicas estão alocados em

funções de alto nível, atuando como assessores legislativos na Câmara dos Deputados (um

egresso) e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (quatro egressos). Além desses, dois

egressos atuam profissionalmente em organizações privadas (no Instituto Cultural Inhotim e

no veículo de comunicação Culturadoria), enquanto uma egressa atua na ONG Associação

Imagem Comunitária, desenvolvendo funções de mobilização social e jornalismo.

Por fim, um egresso-doutor do programa atua com educação básica, lecionando em

uma instituição federal, enquanto outro egresso exerce a função de cineasta autônomo. Cabe

mencionar que dos quatro egressos atualmente sem emprego formal, três deles concluíram

sua formação em 2019 e estão em fase de transição em suas carreiras.

3.2 Carreiras e funções dos Mestres formados pelo PPGCOM

Ao total, foram pesquisados cento e treze mestres titulados pelo PPGCOM entre 2012

e 2019. Dentre esses egressos, não foi possível determinar a função desempenhada por treze

(11,5%) deles. Dos treze, oito concluíram o mestrado entre 2018 e 2019, e estão em fase de

transição da carreira. A tabela L, abaixo, apresenta o panorama geral acerca dos egressos com

titulação de mestre.

Tabela L – Carreira dos Egressos (Mestres)

Atuação Natureza da Organização

Número de egressos

% % Total

Docente Ensino Superior

IES Públicas 0 0%

7% IES Privadas 5 4,4%

IES Internacionais 3 2,6%

Atuação profissional em Organizações

Organizações Públicas 19 16,8%

41,4%

Organizações Privadas 23 20,3%

Organizações Internacionais

2 1,7%

Organizações da Sociedade Civil

3 2,6%

Cursando Doutorado

PPGCOM UFMG 21 18,6%

26,4% Outros Programas de

Pós-Graduação 7 6,1%

Internacional 2 1,7%

Cursando Pós-Doutorado

PPGCOM UFMG 0 0% 0,9% Outros Programas de

Pós-Graduação 1 0,9%

Docente Ensino Básico

Instituição Pública

0 0% 0%

Microempreendedor ou autônomo

- 8 7% 7%

Sem emprego formal

- 6 5,3% 5,3%

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Não foi possível determinar

- 13 11,5% 11,5%

TOTAL - 113 100% 100%

Os dados da tabela L revelam que, ao contrário dos doutores que orbitam

principalmente ao redor das carreiras docentes, os egressos com título de mestre tendem a

atuar profissionalmente no mercado, tanto em organizações públicas quanto privadas. É

interessante notar que 100% dos egressos que atuam em organizações públicas, privadas,

internacionais ou da sociedade civil apontam uma aderência direta entre sua ocupação

profissional e a formação recebida pelo PPGCOM-UFMG. Adiantando aspectos da avaliação

qualitativa do programa por parte dos egressos (obtida via questionários), praticamente todos

os mestres que atuam profissionalmente no mercado apontam que as técnicas, ferramentas e

métodos dominados durante a formação são elementos fundamentais de sua prática

cotidiana.

No que tange às organizações públicas, que recebem 16,8% dos egressos-mestres do

Programa, se destacam os cargos relacionados com órgãos do poder legislativo, com órgãos e

secretarias estaduais (com egressos atuando na comunicação da Secretaria de Saúde do

Estado de MG e na Secretaria de Direitos Humanos do Estado de MG, por exemplo) e com

funções de comunicação nas próprias universidades federais.

As organizações privadas, por outro lado, são o destino de 20,3% dos egressos-

mestres. Em sua maioria, os titulados exercem posições de especialistas, analistas de

comunicação e marketing, assessoria de comunicação e imprensa, coordenação de veículos

jornalísticos ou repórter. As organizações internacionais, por sua vez, recebem 1,7% dos

egressos, com uma egressa trabalhando como Gerente de Projetos da Microsoft, em

Vancouver, e um egresso trabalhando como Gerente de Comunicação e Diplomacia Pública na

Embaixada do Reino Unido no Brasil. Já as organizações da sociedade civil são o destino de

2,6% dos egressos, que atuam como comunicadores na UNICEF, no Fundo Brasil de Direitos

Humanos e na ONG Associação Imagem Comunitária.

Apesar de nenhum egresso com a titulação de mestre atuar na docência no ensino

superior em IES públicas, cinco deles (4,4%) atuam em instituições de ensino privadas de Belo

Horizonte, enquanto outros três (2,6%) lecionam em universidades internacionais (um deles na

Erasmus University Rotterdam, e dois outros na Escola Superior de Jornalismo de

Moçambique).

Para além da atuação profissional em organizações e da docência, 26,4% dos egressos-

mestres estão, no presente momento, dando continuidade aos seus estudos. Dentre esses

egressos, vinte e um (18,6% do total) cursam o doutorado no próprio PPGCOM-UFMG,

enquanto outros sete (6,1%) estão atualmente matriculados em outros Programas de Pós-

Graduação nacionais. Duas egressas, por sua vez, estão cursando o doutorado em instituições

internacionais (Tulane University, dos EUA, e Université Toulouse, na França), enquanto uma

terceira espera para começar suas atividades em setembro de 2020 também nos Estados

Unidos.

Cabe mencionar ainda que oito egressos (7%) apontaram que sua ocupação atual é

como microempreendedor ou autônomo, o que reflete aspectos da carreira profissional de

comunicação e da trajetória traçada por esses ex-alunos. Destes, cinco estão ligados com a

atuação com o audiovisual, atuando como diretores, produtores ou roteiristas de filmes e

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comerciais, sem um vínculo formal duradouro. Outros dois atuam como jornalistas e

ilustradores freelancers, enquanto uma é microempresária no ramo de comunicação e

fotografia.

Por fim, seis egressos (5,3%) não possuem emprego formal no momento, sendo que

três deles concluíram o mestrado em 2019 – e estão em um momento de transição em suas

carreiras.

4. Premiações e Financiamentos

No que tange às premiações e financiamentos conquistados pelos egressos do

Programa, optou-se por realizar uma leitura transversal qualitativa, salientando os aspectos

mais importantes captados pela pesquisa.

Acerca das premiações acadêmicas, destacam-se as honrarias recebidas pelas teses e

dissertações defendidas no Programa. Entre 2013 e 2019, quatro (4) teses defendidas pelo

Programa foram vencedoras do Prêmio Capes de Teses na área de Comunicação e Informação,

duas (2) teses receberam o Prêmio de Melhor Tese da Associação Nacional dos Programas de

Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS), duas (2) teses receberam Menção Honrosa no

Prêmio Compós de Teses, uma (1) tese recebeu o Grande Prêmio UFMG de Teses, uma (1) tese

recebeu o Prêmio de Melhor Tese da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação

Organizacional e Relações Públicas (ABRAPCORP), uma tese foi finalista do Prêmio de Teses

Abrapcorp, uma (1) dissertação venceu o Prêmio de Melhor Dissertação da ABRAPCORP e uma

(1) dissertação recebeu o Prêmio de Melhor Dissertação da Sociedade Brasileira de

Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor).

Os egressos também receberam diversas premiações de âmbito profissional, incluindo

o Prêmio Nacional de Jornalismo ABMES, o Prêmio Estácio de Jornalismo, Prêmio Zumbi de

Cultural, Prêmio Canal Brasil de Curta-Metragem, Prêmio BDMG Cultural, o Prêmio Funarte de

Fotografia, o Prêmio de Melhor Montagem na Mostra Curta Retiro e de Melhor Edição de Som

no Festival do Audiovisual NOIA.

Também é importante citar alguns dos financiamentos ganhos pelos egressos. Para

além de bolsas Capes e CNPq para realização dos estudos durante a formação no programa,

cabe mencionar quatro bolsas de pós-doutorado Capes, três bolsas de pesquisa FAPEMIG –

Minas Faz Ciência, duas bolsas FAPESP de pós-doutorado. Em termos internacionais, há uma

bolsa Tinker de Doutorado nos Estados Unidos, uma bolsa CNPq de Doutorado Pleno na

Inglaterra, e uma bolsa Moody College of Communication, na University of Texas. Além disso,

egressos foram agraciados também com cinco financiamentos internacionais como

pesquisadores principais ou auxiliares, no total de mais de U$ 1,7 milhões.

5. Continuidade de estudos

Dos 129 mestres titulados pelo PPGCOM-UFMG entre 2012 e o início de 2020,

cinquenta deles (38,7%) deram continuidade aos seus estudos, fazendo a transição entre

mestrado e doutorado. Já entre os doutores, quinze (15,6%) dos noventa e seis titulados pelo

PPGCOM-UFMG estão realizando ou já concluíram o seu pós-doutorado.

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6. Avaliação da formação pelos egressos

A avaliação dos egressos acerca de sua formação no PPGCOM – UFMG revelou um

cenário dominado por opiniões extremamente positivas. Em caráter geral, a formação foi

apontada como sendo de excelência, com diversos egressos apontando os benefícios trazidos

por ela no que tange às dimensões acadêmicas, profissionais, sociais, éticas e humanas. Assim,

múltiplos egressos salientaram que a passagem no PPGCOM foi fundamental para permitir o

contato com saberes e conhecimentos advindos de múltiplas frentes do pensamento

comunicacional, construindo um repertório intelectual e social. De forma semelhante, os

egressos apontavam também que a formação recebida acabou sendo uma importante base

para o posicionamento no mercado de trabalho, qualificando profissionalmente e

possibilitando crescimento profissional. Mesmo aqueles que não continuaram na carreira

acadêmica destacam a forma com que o programa os ajudou no desenvolvimento de

habilidades técnicas e sociais, permitindo o contato com novos métodos, ferramentas e

protocolos que foram incorporados em seu cotidiano profissional, além de uma reflexão crítica

e cidadã que desafia as suas práticas.

Em termos específicos, os egressos salientaram quatro aspectos centrais do programa:

o corpo docente e técnico, os processos de orientação, os grupos de pesquisa e as

oportunidades de estágio docente. Acerca do corpo docente, ele é considerado como

extremamente qualificado pela quase totalidade dos egressos, em especial pela multiplicidade

de pontos de vista, pela produção complexa e inovadora dos docentes, e pela amplitude das

reflexões avançadas desenvolvidas. Diversos egressos apontaram para o destaque nacional e

internacional do corpo docente, assim como para a abertura dos professores para a troca e a

produção conjunta. As disciplinas ministradas pelos docentes também foram mencionadas, em

especial pela forma com que elas permitem o contato com arcabouços teóricos variados,

ampliando a visão de comunicação e tecendo interfaces importantes no campo de

conhecimento.

Os processos de orientação, por sua vez, foram destacados por mais de noventa por

cento dos egressos como centrais para sua formação no Programa. Os orientadores foram

considerados como dedicados e atenciosos, dispostos a conversar e incentivar a produção de

conhecimentos inovadores por parte dos discentes. O processo de produção conjunta do

conhecimento também foi elemento recorrente na avaliação das orientações, com múltiplos

egressos elogiando a forma com que os seus orientadores os ajudaram a encarar em conjunto

o processo de publicação científica. Em geral, as orientações foram destacadas como fatores

que incentivaram a emancipação intelectual e acadêmica dos estudantes, sendo um ponto alto

das atividades do programa.

O terceiro tópico destacado pelos egressos diz respeito aos múltiplos grupos de

pesquisa que integram o Programa de Pós-Graduação. Os grupos foram considerados como

elementos centrais para a circulação de saberes e para os processos colaborativos de

produção do conhecimento, além de permitirem o diálogo e o intercâmbio com outras

instituições de pesquisa, tanto nacionais quanto internacionais. A inserção internacional dos

grupos de pesquisa, assim como a riqueza de suas produções e pesquisas coletivas, e a forma

constante com que eles buscam refletir sobre urgências sociais e temas contemporâneos,

foram pontos recorrentes na avaliação dos egressos. Outro ponto lembrado foram os eventos

organizados no âmbito dos diferentes grupos, que permitiam uma atualização constante dos

estudantes acerca dos tópicos mais discutidos no mundo acadêmico.

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Por último, múltiplos egressos apontaram as oportunidades de estágio docente como

elemento de grande impacto na formação oferecida pelo programa. Nesse ponto, os discentes

apontaram para as atividades de monitoria, para o estágio docente e processos colaborativos

de orientação de estudantes de graduação, destacando que todos esses aspectos auxiliam

sobremaneira na formação ao permitir processos de didatização. Múltiplos egressos apontam

que esse é o seu primeiro contato com a docência, e que tais experiências são

transformadoras e ajudam a pavimentar o caminho para atividades futuras enquanto

professores.

7. Impacto, inserção social e discursos qualificados.

Os egressos foram questionados também sobre os impactos de suas pesquisas

realizadas durante e após a formação no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social.

Apesar das respostas multifacetadas, é possível agrupar analiticamente determinados

impactos, gerando uma leitura transversal que destaca as principais vertentes mencionadas

pelos egressos.

Em primeiro lugar, múltiplos egressos apontam para o impacto social das pesquisas

realizadas. Nesse ponto se destacam os esforços de entender as múltiplas interfaces entre

meios de comunicação e valores sociais, seja por meio da reflexão acerca de questões de raça

e gênero na publicidade, da tentativa de entender como a interação entre mulheres em mídias

digitais coloca em questões preconceitos tradicionais, ou mesmo dos esforços de observar

como as populações periféricas são retratadas ou buscam se apropriar de novas tecnologias

para comunicar seus problemas e realidades. Também fazem parte dessa seara pesquisas que

buscaram mapear vulnerabilidades sociais relacionadas à saúde mental, discutir a inclusão de

saberes tradicionais na mídia e nos currículos escolares, entender os constrangimentos que

impedem a formação de públicos e a mobilização social em contextos embaraçosos como o

enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil, e tentativas de desvelar dinâmicas

comunicativas de práticas comunicacionais abusivas, como a manufatura de incertezas sobre

as mudanças climáticas ou o uso de bots para criar públicos simulados. Há, ainda, trabalhos

com impacto social que versam sobre o jornalismo e seus vícios, assim sobre como

movimentos sociais e dinâmicas de mobilização diversas, tanto por parte de juventudes

periféricas quanto por iniciativas culturais de financiamento coletivo.

Se o impacto social é quase onipresente nas pesquisas realizadas no âmbito do

programa, algo semelhante pode ser mencionado sobre os impactos culturais. Nesse sentido,

diversas pesquisas buscam refletir sobre o audiovisual e as imagens, trabalhando interseções

entre estudos linguísticos e semióticos para pensar em novas metodologias para o estudo de

filmes. Trata-se de pesquisas que abordam conflitos sociais importantes a partir das imagens e

da linguagem fílmica, investigam modos de aparição de povos periféricos no cinema,

repensam a relação entre território, sujeito e arte de maneira a produzir novos olhares e

refletir sobre como o audiovisual pode servir a processos pedagógicos. Também se destacam

aqui as tentativas de entender aspectos culturais latino-americanos a partir de obras

cinematográficas ou televisivas, de modo a desvelar aspectos da questão da identidade

cultural, suas dimensões migratórias e a marginalização de populações.

Também é importante mencionar os impactos tecnológicos apontados pelos egressos.

Múltiplas pesquisas realizadas nos últimos anos foram inseridas no universo das tecnologias e

das plataformas digitais, abordando o novo ecossistema midiático e discutindo questões sobre

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o YouTube, Netflix, Facebook e outras plataformas. Entre os estudos com impacto tecnológico,

destacam-se pesquisas que levaram a criação de um programa de coleta de dados capaz de

auxiliar na compreensão do papel dos algoritmos na disseminação de Fake News, que

desenvolveram protocolos metodológicos para análise de imagens em plataformas de mídia

social, que formularam métricas e novas formas de avaliação da comunicação em contextos

digitais, que propuseram a construção de modelos sobre os processos de politização e

conversão online, ou que abordaram a produção automatizada de textos jornalísticos por

softwares de inteligência artificial – todos essas com acentuado impacto internacional.

No que tange ao impacto político, pesquisas procuraram refletir sobre como a

comunicação e a mídia operam em regimes considerados autoritários, como Cuba, sobre a

civilidade em espaços de diálogo e deliberação online e sobre a interação entre burocratas

implementadores de políticas públicas e a população por eles atendidas. Outros esforços

procuraram entender aspectos sobre o reconhecimento de grupos marginalizados, destacando

suas formas de constituição e luta cotidiana contra a invisibilidade.

Por fim, as pesquisas realizadas no Programa possuem também impacto educacional e

científico. Nesse aspecto, se destacam os esforços para entender as múltiplas formas e

peculiaridades da comunicação pública da ciência, incluindo o sexismo na divulgação científica,

o potencial das mídias radiofônicas de promover a popularização da ciência e as estratégias

possíveis de capturar a atenção de públicos infantis para a divulgação de conhecimentos

especializados. Também se destacam pesquisas voltadas para o desenvolvimento de métodos

para a divulgação científica, que reverberam em projetos de popularização da ciência como o

Minas Faz Ciência (projeto da Fapemig coordenado por egressos do Programa).

No que tange à inserção social, foi possível observar que múltiplos egressos atuam em

organizações sociais, como na ONG Associação Imagem Comunitária e na ONG Associação

Filme de Rua, ambos lidando com o acesso à mídia por parte de juventudes periféricas. Há,

ainda, egressos envolvidos em esforços de educação popular, com atuações como a

coordenação pedagógica de pré-vestibulares comunitários e a criação e coordenação de um

grupo de estudos pré-acadêmico nomeado Orientação Afirmativa. Alguns egressos destacaram

ainda ações de extensões realizadas durante e após sua formação, especialmente aquelas que

envolvem a formação de professores de ensino médio e fundamental.

Os egressos apontaram, ainda, instâncias em que realizaram discursos qualificados que

ajudaram na disseminação de conhecimentos acadêmicos na sociedade. Nessa modalidade se

destacam as entrevistas para veículos de comunicação diversa, incluindo jornais e programas

de TV, que foram apontadas por dezenove (19) egressos como elemento de grande

importância para a popularização do conhecimento científico. Também se destacam as

palestras, citadas por treze (13) egressos, e as mesas redondas e debates, mencionadas por

oito (8) egressos. No total, quarenta (40) egressos afirmaram a realização de múltiplas formas

de discurso qualificado nos últimos quatro anos, o que aponta para a inserção das pesquisas

do Programa na sociedade.

Considerando os dezesseis alunos que defenderam o Doutorado em 2019, tornando-se

egressos registramos os seguintes percursos, obtidos através de resposta a questionário

enviado por correio eletrônico:

Ana Karina de Carvalho Oliveira: Docente da Faculdade Promove (BH)

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André Goes Mintz: Docente da Escola de Belas Artes (UFMG) Bárbara Regina Altivo: Profissional Autônoma Gober Mauricio Gomez Llanos: Pós-Doutorando do PPGCOM (UFMG) junto ao Grupo EME. José Antônio Ferreira Cirino: Comunicólogo e Gerente de Qualidade (Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia). Docente (Centro Universitário UniAraguaia). José Tarcísio da Silva Oliveira Filho: Docente (Universidade Federal de Roraima). Julián Andres Espinosa Sinisterra: Profissional Autônomo. Laura Nayara Pimenta: Educadora Bilíngue (Instituto Cultural Inhotim). Luciana Andrade Gomes Bicalho: Professora de graduação e Pós-graduação da PUC-Minas. Maria Gislene Carvalho Fonseca: Docente - UFOP (Substituta) e Pós-Doutoranda do PPGCOM. Rafael José Azevedo: Docente (UNA). Tatiana Hora Alves de Lima: Docente (UFS - Substituta) Vanessa Costa Trindade: Jornalista (Associação Imagem Comunitária) Verônica Soares da Costa: Docente (PUC-MG) Victor Ribeiro Guimarães: Crítico de Cinema (Cinética) Programmer (Cineclube Comum / Mostra de Cinema de Tirandentes. Vinícius Andrade de Oliveira: Sem emprego formal.

Dentre os vinte e um mestrandos que defenderam a dissertação em 2019, registramos os

seguintes percursos, obtidos através de resposta a questionário enviado por correio

eletrônico:

Alvaro Andrade Alves: Produtor Cultural, Roteirista, diretor, montador, jornalista, tradutor

(espanhol para português). Freelancer.

Ana Luiza Rocha de Siqueira: Curadora de Mostras Culturais, Diretora de Cinema e tradutora de línguas inglesa e francesa (traduzido textos, filmes, cursos e seminários relacionados a cinema e artes para festivais de cinema, instituições culturais, revistas e eventos acadêmicos, e catálogos). Angélica Patrícia de Almeida: Pesquisadora Colaboradora UFV - Dept. Economia Rural. Cícero Pedro Leão de Almeida Oliveira: Pesquisador da Fapemig, Sem emprego formal. Elisa Beatriz Ramírez Hernández: doutoranda do PPGCOM desde 2019. Enise de Castro Silva: Repórter do Jornal “Os Novos Inconfidentes”.

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José Guilherme Cury Pansanato: Sem emprego formal / Consultor de roteiros para cinema, realizador independente,m formador de cineastas indígenas. José Henrique Pires Azevêdo: Analista de Diálogo Social (Herkenhoff & Prates) Júlia Ester de Paula: doutoranda do PPGCOM desde 2020. Letícia Marotta Pedersoli de Oliveira: Freelancer. Lucianna Sousa Furtado Brito: Doutoranda do PPGCOM desde 2019. Maria Lúcia de Almeida Afonso: Redatora Publicitária (Colégio Bernoulli). Mariana Alencar Nunes: Bolsista do Programa de Comunicação Científica e Tecnologia (FAPEMIG). Mauro Sérgio Francisco da Silva: Analista de Marketing (Rock Content). Mayra Bernardes Medeiros de Carvalho: Assessora Parlamentar (Assembleia Legislativa de Minas Gerais). Mickael Braga Barbieri: Repórter (Rádio CBN Belo Horizonte). Olívia Érika Alves Resende: Produtora Multimídia (Centro de Comunicação da UFMG). Renata Valentim Gomes: Jornalista do quadro efetivo de servidores da Universidade Federal de Minas Gerais, lotada no Centro de Comunicação (Cedecom). Editora de conteúdo da TV UFMG - núcleo audiovisual do Centro de Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais. Stephanie Borges Boaventura Ferreira de Sousa: Empresária (Steh Boaventura Fotografia). Txai de Almeida Ferraz: Gestor de Marketing e Comunicação (Pandora Filmes). Coordenador

de Progamação (MOV). Roteirista-chefe (De Volta para Casa, Série de TV).

C) Processo de formação e capacitação do corpo docente

Dos 37 (trinta e sete) professores do corpo permanente, 18 (dezoito) têm pós-

doutorado e 2 estão realizando estágio no exterior. O processo de qualificação dos docentes

do Programa é constante e crescente, contando com normatização específica no âmbito do

Departamento de Comunicação Social, que estabelece critérios para liberação docente para

estágio pós-doutoral: dos 38 (vinte e oito) professores do corpo permanente, 21 (vinte e um)

têm pós-doutorado (André Guimarães Brasil, Ângela Cristina Salgueiro Marques, Bruno Souza

Leal, Carlos Alberto Carvalho, Carlos Frederico de Brito D’Andrea, Carlos Magno Camargos

Mendonça, César Geraldo Guimarães, Cláudia Mesquita, Elton Antunes, Geane Carvalho

Alzamora, Graziela Valadares Gomes de Mello Vianna, Laura Guimarães Corrêa, Márcio

Simeone Henrique, Luciana de Oliveira, Maria Aparecida Moura, Paulo Bernardo Ferreira Vaz,

Regina Helena Alves da Silva, Roberta Oliveira Veiga, Rousiley Celi Moreira Maia, Simone Maria

Rocha, Vera Regina Veiga França).

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Em 2019, receberam apoio do Programa CAPES/PRINT (Chamada Interna PRPG

03/2019) para realização de estágio pós-doutoral no exterior os professores:

Paula Simões é Professora Visitante na University of California, Irvine (UCI) entre setembro de 2019 e julho de 2020;

Bruno Guimarães Martins iniciou o estágio pós-doutoral na Université Montpellier 3 - Paul-Valéry, entre setembro de 2019 e agosto de 2020;

Graziela Valadares Gomes de Mello Vianna fez seu estágio pos-doutoral entre 2018 e 2019 na Université Lumière Lyon 2 (Lyon, França).

Maria Aparecida Moura: realizou o estágio pós-doutoral na Université Paris-Est Créteil Val-de-Marne, UPEC, França., entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020.

Todos os professores encontram-se engajados nos dezessete grupos de pesquisa vinculados ao PPGCOM (inscritos no CNPq), cujo escopo será detalhado no item “Atividades de pesquisa”. Todos os docentes permamentes do PPGCOM possuem experiência no exterior, seja na realização de pós-doutorado ou oferecimento de cursos, participação ou realização de eventos, participação de intercâmbios de pesquisa ou atuação como “visitantes” em universidades em outros países.

Todos os docentes do PPGCOM desenvolvem atividades junto à Graduação em

Comunicação Social, ofertando disciplinas, orientando trabalhos de Iniciação Científica e de

conclusão de curso. A maioria atua ainda nas diversas representações de gestão acadêmica

bem como em diversos projetos de extensão. Dos 61 projetos de pesquisa em andamento em

2018, por exemplo, 33 contavam com financiamentos de agência de fomento. Dos 121 projetos

de pesquisa em andamento em 2019, cerca de 36 contavam com financiamentos de agência

de fomento.

Dentre os 38 docentes credenciados, atualmente 10 (dez) professores e professoras possuem Bolsa de Produtividade do CNPq (André Brasil, Ângela Cristina Salgueiro Marques, Bruno Souza Leal, Carlos Alberto de Carvalho, Cesar Geraldo Guimarães, Elton Antunes, Geane Alzamora, Maria Aparecida Moura, Rousiley Celi Moreira Maia, Vera Regina Veiga França). As professoras Rousiley Maia e Vera França são bolsistas 1B.

Bolsa PQ Quadriênio

anterior

2017 2018 2019

1A X x x x

1B 1 x 1 2

1C X x x x

1D 1 x x x

2 7 10 10 9

Total 9 10 11 11

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Artigos publicados, considerando o Qualis provisório 2017-2018

Docentes pemanentes A1 A2 A3 A4 B1 B2 B3 B4 Total

Total de artigos (sem discentes) 3 39 0 0 56 32 4 15 149

Total de artigos com discentes 5 50 0 0 81 56 14 32 238

Total 8 89 0 0 137 88 18 47 250

Em 2017, entre as 142 produções registradas, 6 não possuíam registro no qualis.

Foram publicados 9 artigos em periódicos B5 e 13 artigos em periódicos C. Em 2018, entre as 156 produções registradas, 9 não possuíam registro no qualis. Foram publicados 13 artigos em periódicos B4 e 10 artigos em periódicos C.

No ano de 2019, foi registrado na Paltaforma Sucupira um total de 418 produções bibliográficas e 327 produções técnicas. Dos 121 projetos de pesquisa em andamento, 36 recebem financiamento de agências e órgãos de fomento. Sete pesquisadores atuaram no PPGCOM como pós-doutorandos em 2019.

Atividades integradas

Atualmente é possível destacar as seguintes atividades integradas desenvolvidas no

PPGCOM: a) Seminários de Linha de Pesquisa (congregam professores e alunos das três

linhas); b)Seminários de Grupos de Pesquisa (são atualmente 14 grupos/núcleos de pesquisa

no PPG); c)Colóquio Discente (envolve alunos e professores das 3 linhas); d) Dinter/UFMT e

PROCAD/UNAMA; e) Cursos de curta duração e palestras com pesquisadores convidados

nacionais e internacionais; f) Curadoria editorial do SELO PPGCOM e envolvimento coletivo no

aprimoramento de sua qualidade, seu fluxo e da interface entre suas publicações com

atividades docentes na graduação; g) Interprogramas/MG e ECOMIG (Congressos que

envolvem docentes e discentes dos PPGs de MG); h) Projetos de extensão (atualmente são 25

projetos de extensão em desenvolvimento).

A grande maioria dos docentes permanentes do PPGCOM desenvolvem atividades junto à Graduação em Comunicação Social, ofertando disciplinas, orientando trabalhos de Iniciação Científica e de conclusão de curso. A exceção fica por conta da professora Vera Regina Veiga França, professora aposentada com atuação apenas na Pós-Graduação (aulas, orientações, pesquisa e extensão). A profa. Maria Aparecida Moura, oferta disciplinas de graduação na Escola de Ciência da Informação; e a profa. Regina Helena Alves da Silva atua, com oferta de disciplinas e orientações, no curso de graduação e pós-graduação em História da FAFICH-UFMG.

No ano de 2018, os professores do Programa (entre 28 permanentes e 6

colaboradores) orientaram, em seu conjunto, 72 trabalhos de Conclusão de Curso de

Graduação e 32 trabalhos de Iniciação Científica. Já no ano de 2019, os professores do

Programa orientaram, em seu conjunto, 46 trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação e

15 trabalhos de Iniciação Científica. A boa definição das linhas e o processo de fortalecimento

do trabalho dos grupos de pesquisa têm garantido a constância e a qualidade da produção

docente e discente.

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De modo geral, a inserção dos professores do PPGCOM na Graduação se dá por sete

vias:

1) Responsabilidade pela orientação dos estágios docentes (em disciplinas de 60, 30 e 15h/a),

obrigatórios para os bolsistas de Pós-Graduação. O Programa busca inserir o pós-graduando

em atividades de estágio docente afins ao seu projeto de pesquisa e/ou de seu orientador, de

modo a, por um lado, ampliar o impacto da Pós-Graduação na Graduação, por meio da oferta

de conteúdos aprofundados ou específicos; por outro, garantir a devida articulação entre a

atividade de ensino, o desenvolvimento de teses/dissertações e o processo de formação do

pós-graduando.

2) Oferta de disciplinas da grade curricular de Graduação. De acordo com norma do

Departamento de Comunicação Social, os docentes em regime de 40h, ou DE, deverão

assumir, a cada semestre, entre 8 (oito) e 12 (doze) h/a semanais de encargos na Graduação

ou na Pós Graduação, garantindo a permanente atuação dos professores do PPGCOM no

âmbito da Graduação. Esses números garantem o constante equilíbrio na oferta de disciplinas,

de modo que nenhum docente permanente do PPGCOM extrapole o patamar desejável e

razoável de envolvimento com a Graduação e que possa manter regularidade de oferta de

disciplinas na Pós-Graduação.

3) Orientação de graduandos de Iniciação Científica, que podem contar com bolsas específicas

das agências de fomento ou fazê-lo de modo voluntário, com o devido registro e

reconhecimento institucional.

4) Orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso, sejam eles produtos ou processos prático-

experimentais (chamados de “Projetos Experimentais”) ou estudos monográficos.

5) Atividades de extensão universitária, que envolvem a coordenação e orientação de equipes

de trabalho compostas por estudantes de Graduação e/ou pessoal técnico especializado.

6) Atividades de iniciação à docência, como o Programa de Monitoria de Graduação.

7) Elaboração e implantação de projetos de ensino específicos, que fazem repercutir, no

âmbito da Graduação, perspectivas teórico-conceituais e metodológicas desenvolvidas na Pós-

Graduação. O PPGCOM abrigou no ano de 2018, 08 (oito) projetos de ensino.

Credenciamento e recredenciamento

O PPGCOM realiza chamada de credenciamento uma vez ao ano, no primeiro mês letivo; e realiza chamada de recredenciamento duas vezes ao ano, no início de cada semestre letivo. A validade dos credenciamentos e recredenciamentos é de 4 anos. No ano de 2019, excepcionalmente, o Programa realizou chamada extemporânea de credenciamento docente (incluindo aqueles que desejavam passar de colaborador para permanente), decisão tomada em reunião de Colegiado ocorrida em 22/05/19. A partir dessa data, houve no Colegiado uma discussão extensa acerca do crescimento do PPGCOM nos últimos anos e a necessidade de uma reflexão mais profunda acerca dos parâmetros que balizam nossa articulação interna e avaliação externa feita pela PRPG e CAPES. Foi colocado em questão o modo como a PRPG avalia as consequências do crescimento do PPGCOM e a necessária revisão da Resolução 01/2018 que, até então, amparava os credenciamentos, recredenciamentos e descredenciamentos no âmbito do PPGCOM. A revisão da Resolução objetivou dirimir imprecisões quanto: a) ambiguidade na redação dos artigos 8, 9, 11 e 14 da resolução, com relação à quantidade de produtos necessários para ser credenciado ou recredenciado no

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Programa. Verificou-se que uma redação mais homogênea desses artigos deveria ser providenciada de modo a não deixar dúvidas de interpretação. Além disso, havia um descompasso na formulação da exigência para credenciamento e recredenciamento: além de dar a entender que se cobrava mais produção de quem está chegando ao PPGCOM (a quantidade de itens deveria ser maior no recredenciamento). Na revisão da resolução, seria preciso também especificar de modo mais explícito, como a pontuação é calculada a partir da publicação em periódicos de extratos elevados no Qualis; b) Falta de clareza nos critérios de exclusão/reprovação de propostas: a resolução 01/2018 reitera as recomendações da CAPES e das Normas Gerais de Pós-Graduação da UFMG, que dizem que um PPG pode ter, no máximo, 30% de colaboradores. Como ela não prevê número de vagas para permanentes e colaboradores, o Colegiado definiu critérios para balizar a classificação de credenciamento/recredenciamento como professor colaborador. A resolução foi enviada para análise da Assessoria Jurídica da PRPG e referendada em julho de 2019. Após retificações e correções, ela foi aprovada pela Câmara de Pós-Graduação em 16/12/2019. Dado esse processo de revisão, a chamada de credenciamento circulou junto com a chamada de recredenciamento docente (que ocorre no primeiro mês letivo de cada semestre) e ficaria aberta por um período de 30 dias, de 05 de agosto a 06 de setembro de 2019. As comissões de avaliação são compostas por, no mínimo, dois docentes permanentes do PPGCOM e um professor externo ao PPGCOM. Em 2017, diante da necessidade de ampliação do Programa, debateu-se a necessidade de atualizar os Critérios de Credenciamento e Renovação de Credenciamento do Corpo Docente, publicado como Resolução 02/2019 (disponível em: http://www.ppgcom.fafich.ufmg.br/regres.php).

D)Inserção do PPGCOM na sociedade

O PPGCOM/UFMG mantém uma longa tradição de articulação das atividades de

pesquisa com ações de extensão, através de programas e projetos diversos, todos eles

constantes do Sistema Nacional de Extensão. Essas ações extensionistas têm intensa

participação de alunos de Mestrado e Doutorado, que contribuem tanto para maior ampliação

do impacto do PPGCOM como para sua articulação com outras áreas de conhecimento e junto

a público intra e extra Universidade. As ações demonstram forte vocação do Programa em

desenvolver interfaces entre pesquisa e extensão, algo que repercute na inserção social e

visibilidade de nossa produção. Cumpre destacar que tais ações extensionistas implicam a

constituição de vias de mão dupla, como modo de compartilhamento de conhecimentos, de

forma que a pesquisa desenvolvida pelo PPGCOM e diversos setores da vida social se

alimentam e se beneficiam mutuamente. Resultam ainda em ações e produtos com forte

repercussão para a comunidade (em termos de empoderamento, autonomia e formação),

alguns deles voltados às crianças e aos jovens. Entre as ações extensionistas do PPGCOM,

destacam-se:

a) Aprimoramento das Práticas Participativas da ALMG: conduzido pelo prof. Márcio Simeone,

o projeto tem o objetivo de contribuir no aprimoramento das práticas participativas que hoje

são desenvolvidas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A UFMG, através dos

Departamentos de Ciência Política e de Comunicação Social atuam em parceria com a ALMG

para: (1) promover a formação de servidores da referida instituição no campo de práticas

participativas institucionalizadas; (2) desenvolver metodologias de relacionamento com

públicos no âmbito das práticas participativas e de gestão das práticas participativas da ALMG.

b) O Encontro de Comunicadores, conduzido pelo prof. Márcio Simeone, é um espaço para

debater as práticas de comunicação na região, desde as suas formas mais tradicionais até as

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novas formas surgidas com as mídias digitais, tendo como base as discussões sobre políticas

públicas de comunicação e o acesso público às mídias. Congrega anualmente comunicadores

do Vale do Jequitinhonha e membros da Rede de Jovens Comunicadores e realiza debates em

grupos de discussão e sessões plenárias, bem como oficinas de formação em temas e práticas

de comunicação (realização das edições de 2016 – em Medina/MG, e de 2017 – em Cachoeira

de Pajeú/MG).

c) O Plano de Desenvolvimento Territorial do Vale do Jequitinhonha (PDTVJ), conduzido pelo

prof. Márcio Simeone, tem o objetivo de apoiar a Fundação João Pinheiro na elaboração do

Plano de Desenvolvimento Territorial do Vale do Jequitinhonha, promovendo ações em dois

eixos: i) Assessoria técnica direta à equipe da FJP no âmbito do Diagnóstico Propositivo, da

concepção e da implementação das oficinas de pactuação das diretrizes do Plano na região; e

ii) Desenvolvimento de estratégias de comunicação colaborativa, com vistas a empoderar e

ampliar a participação da população na construção e no monitoramento da implementação do

PDTVJ. O projeto é coordenado pela Faculdade de Educação da UFMG e vinculado ao

Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha.

d) O Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, coordenado pelo prof.

Márcio Simeone, implementa ações de extensão nos municípios do Vale do Jequitinhonha,

articuladas com o ensino e a pesquisa universitárias, que contribuam para o desenvolvimento

regional, a geração de ocupação e renda, a promoção da educação, da saúde, da cultura e da

comunicação; e a preservação do meio ambiente. Prioriza a realização dessas atividades em

conjunto com as populações locais e a articulação das equipes da UFMG num processo inter e

transdisciplinar.

e) A prof. Graziela V. Mello Vianna desenvolve, também junto ao programa de extensão Pólo

de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão da

UFMG, o projeto “Vozes do Vale”. Esse projeto visa promover o protagonismo juvenil e a

reflexão crítica sobre a mídia através de oficinas de podcasts junto a jovens da região do Vale

do Jequitinhonha em Minas Gerais. Os programas são publicados pelos jovens na internet e,

posteriormente, também convertidos em programas radiofônicos, veiculados na emissora

UFMG Educativa, em Belo Horizonte. Esse projeto, apoiado pela FAPEMIG no âmbito do edital

“Pesquisa em interface com a Extensão”, articula-se claramente com seu projeto de pesquisa,

em andamento, “Propaganda educativa radiofônica: a sugestão de sentido por meio do som”,

uma vez que possibilita refletir empiricamente sobre os modos desapropriação de novos

dispositivos midiáticos, como o podcast.

f)A professora Cláudia Mesquita coordena uma ação de extensão juntamente ao Festival de

Cinema Documentário - Forumdoc. Há 19 anos consecutivos, o forumdoc.bh tem sido espaço

para difusão, reflexão, atualização e partilha do cinema documentário em Belo Horizonte,

enfrentando questões como a que enunciamos acima. Criado pelo esforço conjunto de

professores e alunos da UFMG, o evento conta, desde a sua fundação, em 1997, com a

parceria da Universidade, desenvolvendo parte de suas atividades no Campus. O presente

projeto visa consolidar e intensificar esta parceria, desenvolvendo uma mostra-seminário

temática, que faça interagir pesquisadores e debates dos campos do cinema documentário e

de diferentes áreas das ciências humanas e sociais, durante o forumdoc.bh (realizado

anualmente pela Associação Filmes de Quintal, no mês de novembro, no Cine Humberto

Mauro e na UFMG). Sessões comentadas de filmes, mesas-redondas e palestras compõem a

programação da mostra-seminário anual, que busca, a partir de um trabalho de pesquisa e

pensamento curatorial, identificar e enfrentar questões pulsantes e relevantes que animam a

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realização de filmes e a pesquisa acadêmica nas áreas da comunicação, da antropologia, da

etnologia e da educação. O Forum.doc é espaço privilegiado de atuação de mestrandos e

doutorandos do PPGCOM que se dedicam à pesquisa do documentário e do audiovisual.

g) A professora Luciana de Oliveira, dentre outros, coordena o projeto Pluraliza UFMG.

Pluraliza UFMG. Essa proposta tem como objetivo reativar uma ação criada e implantada no

46o Festival de Inverno da UFMG (2014), cuja concepção curatorial e formas de operação

parecem profícuas para levar à comunidade da UFMG e a seus públicos uma memória acerca

dos ganhos da última década no que se refere à construção de uma universidade mais plural e

uma visibilização mais intensiva de seus protagonistas: alunxs, professorxs e técnicxs negrxs,

indígenas, quilombolas, trans, gays, lésbicas, estrangeirxs, pessoas com deficiência e surdxs,

moradorxs das periferias e de ocupações urbanas assim como mestrxs de culturas tradicionais

e populares. A ideia é, por meio das mídias da universidade, ocupadas por grupos, coletivos e

sujeitxs silenciadxs e apagadxs nas histórias e memórias oficiais e midiáticas, criar um

ambiente de trocas de saberes entre elxs, xs profissionais que nelas trabalham e professorxs

do Departamento de Comunicação.

h) Os profs. Bruno Souza Leal e Carlos A. Carvalho coordenam o projeto da revista digital

“Transite”, incorporando também o professor Elton Antunes, e que pretende constituir

produção jornalística que permita processos de diálogo e articulação entre a UFMG e seu

entorno (Belo Horizonte e sua região metropolitana) registrando e difundindo diferentes

realidades culturais, privilegiando o trânsito, as táticas, os espaços de sociabilidade e as

narrativas das pessoas comuns.

i) No âmbito do Gris, congregando diferentes pesquisadores, o GrisLab desenvolve estudos e

análises a propósito de acontecimentos da atualidade e sua repercussão / reconstrução no

campo midiático, de forma a aprofundar nosso conhecimento das linguagens midiáticas, nossa

compreensão das questões, perspectivas e problemas que, desencadeados pelos

acontecimentos, dizem respeito ao cenário contemporâneo e descortinam a realidade que

estamos vivendo.

j) No âmbito do Grupo Afetos, registramos os projetos “Eu existo e me movo: experiências e

mobilidade de pessoas com deficiência” e “Tudo bem ser diferente: Rádio e Inclusão Social da

Pessoa com Deficiência”, ambos coordenados pela profa. Sônia Pessoa, que discutem

criticamente as vulnerabilidades sentidas e percebidas pelas pessoas com deficiência,

contribuindo para a ampliação de nosso entendimento sobre a deficiência e para a construção

de perspectivas teórico metodológicas inovadoras acerca das diferenças e das alteridades.

k) O projeto “Memória LGBT em BH”, coordenado pela profa. Joana Ziller, com participação do

professor Marco Aurélio Prado (PPGPSI-UFMG), busca o registro e compartilhamento de

documentos históricos relacionados à comunidade LGBT em Belo Horizonte. Para tal, prevê a

montagem de repositório digital composto por documento tais como panfletos, colunas de

jornais, notícias, entre outros.

l) O “Programa Conexão de Saberes”, coordenado pela profa. Claudia Mayorga e com

participação de Maria Aparecida Moura, tem caráter de ação afirmativa e atua para o

fortalecimento da trajetória acadêmica e política de estudantes de origem popular e negros a

partir de um debate acerca da democratização da universidade. O programa também busca a

troca de saberes e fazeres entre a universidade, comunidades populares e grupos sociais

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excluídos através de atividades de ensino e pesquisa. Atualmente, o Conexões de Saberes é

divido em três grandes eixos: Democratização da Universidade; Memória do Aglomerado da

Serra e, ainda, Juventude e Redes de Informação e Comunicação.

m) Docentes do PPGCOM/UFMG atuam junto ao Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania

LGBT (NUH). Criado em 2007, através de convênio com a Secretaria de Direitos Humanos, o

Núcleo tem como propósito congregar pesquisadores e desenvolver atividades de pesquisa,

ensino e extensão voltadas para o reconhecimento dos direitos, da cidadania, das identidades

e das práticas culturais, políticas e sociais de indivíduos e grupos LGBT.

n) Desde o ano de 2014, o PPGCOM conta com o projeto “Artes e Ofícios dos Saberes

Tradicionais – Encontro de saberes para a inovação pedagógica e epistêmica na UFMG”,

coordenado pelo professor César Guimarães, com a participação dos prof. Luciana de Oliveira

e André Brasil. O projeto realiza uma experimentação pedagógica e epistêmica na UFMG de

saberes construídos e preservados pelas comunidades tradicionais, tomando esses saberes a

partir do seu entendimento e da sua transmissão pelos próprios mestres. Além disso, o Projeto

“Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG”, coordenado pelo prof. César

Guimarães e com a participação de André Brasil, Luciana de Oliveira e Renata Marquez,

oferece recursos, subsídios e infra-estrutura para que as mestras e mestres das culturas

indígenas, afrodescendentes e populares ofereçam cursos abertos aos alunas de todos os

cursos de graduação da UFMG.

o)Considera-se importante destacar o Projeto de Cooperação Internacional “Parceria

Timor/Brasil para comunicação de interesse público" (contemplada pelo PAPCI – Programa de

Apoio a Projetos de Cooperação Internacional da UFMG, chamada 006/2016, Registo SIEX n.

402891): sob coordenação da professora Geane Alzamora (UFMG/Brasil), envolve cooperação

internacional, por meio do desenvolvimento de uma campanha de comunicação para a saúde

pública adequada às realidades do Brasil e do Timor Leste. Enquanto projeto de extensão, o

plano prevê ações de ensino e pesquisa no âmbito das escolas de jornalismo da Universidade

Federal de Minas Gerais e da Universidade Nacional do Timor Leste (sob coordenação da Prof.

Dominica Dwikori). A proposta tem como metas o desenvolvimento de atividades didáticas do

Projeto de Ensino Laboratório de Convergência (http://nuccon.fafich.ufmg.br/labcon/),

vinculado ao NucCon/CCNM.

p) Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia - PROCAD Amazônia. A equipe

do PPGCOM é composta pelos professores Carlos Alberto de Carvalho, Bruno Souza Leal, Elton

Antunes e Phellipy Jácome (Grupo Tramas Comunicacionais). O Programa tem coordenação

geral da profa. Liana Vidigal Rocha, da Universidade Federal do Tocantins. Participa do

Programa a Universidade do Amazonas (UNAMA). Dentre as atividades do PROCAD estão

missões de estudo nas quais mestrandos em formação sanduíche e docentes em estágio de

pós-doutoramento são acolhidos pelo PPGCOM-UFMG em disciplinas e seminários de

formação.

q) O projeto de ensino e extensão “Deliberação nas Escolas Públicas: criando capacidades

deliberativas”, coordenado pela Profa. Rousiley Maia e com participação de Ana Carolina

Vimieiro, Fernanda Sanglard e Regiane Garcez, atua na capacitação deliberativa para a

resolução de problemas ligados às vulnerabilidades sociais através de workshops realizados

com professores e alunos de escolas públicas das cidades de Belém (PA) e Belo Horizonte

(MG). O projeto, que tem financiamento e apoio de CNPq, Capes e da Secretaria Estadual de

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Educação de Minas Gerais, obteve em 2018 o Prêmio Direitos Humanos, concedido pelo

Ministério dos Direitos Humanos.

r) O projeto “Transmídia educação parceria Brasil/Moçambique para desenvolvimento de

campanha” (Registro SIEX 403196), coordenado por Geane Alzamora, busca estabelecer

parceria acadêmica na área de Comunicação Social/Jornalismo entre Universidade Federal de

Minas Gerais (Brasil),Centro Universitário de Belo Horizonte (Brasil) e Escola Superior de

Jornalismo (Moçambique), no âmbito de convênio já existente entre Escola Superior de

Jornalismo e Universidade Federal de Minas Gerais, para a realização de campanha transmídia

de viés educativo a ser efetuada em escolas públicas de Moçambique. A proposta prevê ações

colaborativas entre os dois países voltadas para experimentos de educação transmídia em

escolas públicas em perspectiva de construção colaborativa, interinstitucional, intercultural e

interdisciplinar.

s) O projeto “Pluraliza UFMG”, coordenado pela professora Luciana de Oliveira e com as participações de Joana Ziller e Regiane Garcêz, visa a construção de uma universidade mais plural e uma visibilização mais intensiva de seus protagonistas: alunxs, professorxs e técnicxs negrxs, indígenas, quilombolas, trans, gays, lésbicas, estrangeirxs, pessoas com deficiência e surdxs, moradorxs das periferias e de ocupações urbanas assim como mestrxs de culturas tradicionais e populares. A ideia é, por meio das mídias da universidade, ocupadas por grupos, coletivos e sujeitxs silenciadxs e apagadxs nas histórias e memórias oficiais e midiáticas, criar um ambiente de trocas de saberes entre elxs, xs profissionais que nelas trabalham e professorxs do Departamento de Comunicação.

t) O projeto “Observatório Latino-americano de Comunicação e Deficiência”, coordenado por Regiane Garcez em parceria com as professoras Sandra Meléndez-Labrador (Universidad del Norte, Colombia - Uninorte · Department of Social Communication) e Maria Fernanda Jiménes Naranjo (Periodista- Productora en Canal 15 UCR, Costa Rica) reúne iniciativas da sociedade civil relacionadas à comunicação e deficiência, bem como realiza pesquisas transversais, que envolvem várias realidades latino-americanas em três eixos: análises midiáticas, análises de produções comunicacionais da sociedade civil e acessibilidade.

u) O projeto “Suporte de Comunicação para o Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha”, coordenado pelo prof. Márcio Simeone, presta assessoria de comunicação para o Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, da Pró-Reitoria de Extensão da UFMG. Auxilio no planejamento de comunicação com: produção de informativos impressos e digitais, manutenção de interações em mídias sociais digitais, planejamento e produção de eventos, criação visual e planejamento gráfico, apoio a publicações científicas, apoio comunicacional a projetos integrados no Polo Jequitinhonha. Os professores Phellipy Jácome e Vanessa Veiga atuam no projeto com forte viés interdisciplinar, ações em conjunto com a comunidade do Vale e atuação diversa em áreas como saúde, educação e desenvolvimento. A busca por fluxos de comunicação que possibilitem a integração e o relacionamento entre os múltiplos públicos contemplados pelo Programa Polo originou o Suporte de Comunicação. A partir dessa demanda, o Suporte vem desenvolvendo estratégias de comunicação para a criação de vínculos entre os integrantes, parceiros e projetos do Programa Polo, através de estratégias de mobilização social, privilegiando o saber das comunidades e envolvendo a população local como agentes produtores de comunicação.

Cooperações nacionais com outros grupos, IES e pesquisadores

Em âmbito nacional e regional o esforço se dá na constituição de redes de pesquisa,

envolvendo ações de solidariedade que visam amenizar assimetrias regionais e ainda

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aprofundar parcerias continuadas para além do diálogo pontual entre pesquisadores. No ano

de 2019, foram realizadas várias atividades qe reforçaram os vínculos de cooperação

acadêmica em âmbito nacional:

Participante do GRIS – Grupos de pesquisa em imagem e sociabilidade e coordenadora

do GrisPub – Grupo de pesquisa em publicidade, mídia e consumo, a professora Laura

Guimarães Corrêa participou, na condição de diretora, da organização Pentálogo IX do Ciseco

(Centro Internacional de Semiótica e Comunicação), entre os dias 26 e 30 de novembro de

2018. O evento resultou da parceria Capes, Fapeal, Fiocruz, ICICT, UFAL, Embrapa, Atelier de

Criação UFMG, Paulus, Sintufal.

As professoras Rousiley Maia e Regiane Garcêz participam do Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação tem como objetivo avançar e aprofundar a discussão sobre a democracia brasileira, tendo em vista sua organização, os hábitos democráticos da população e a organização da mídia no país. O Instituto faz parte do Programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) e é formado por grupos de pesquisas de quatro instituições principais: UFMG, IESP/UERJ, Unicamp e UnB e por pesquisadores da USP, UFPR, UFPE, UNAMA, IPEA e, internacionalmente, do CES/UC e da UBA. A equipe do Instituto é composta por sociólogos, cientistas políticos, juristas, historiadores e comunicólogos que desenvolvem suas atividades combinando investigação e docência em Instituições Públicas de Ensino Superior de excelência no Brasil e também na Argentina e em Portugal. Seus membros são pesquisadores de renome nacional e internacional, especialistas nas áreas de opinião pública, democracia, justiça e cidadania.

Com participação de professores e professoras de diversas Universidades nacionais e

internacionais, o Seminário Internacional de Comunicação Organizacional (SICO) configura-se

hoje, como pôde ser evidenciado nas quatro edições do evento (em 2013, 2014, 2016 e 2018),

como espaço altamente qualificado para apresentação e discussão de pesquisas nacionais e

internacionais de ponta no campo da Comunicação Organizacional. O evento congrega uma

rede de pesquisadores em comunicação organizacional das seguintes universidades e IES: USP,

PUC-RS, PUC-MG, UnB, UFMG, UFV, UFRGS, UFSM, UERJ, UFTPR, ESPM, Casper Líbero e UNA-

BH. Como registro do intercâmbio, coordenadas pelas professoras Ângela Marques

(PPGCOM/UFMG), Fábia Lima (DCS/UFMG) e Ivone de Lourdes Pereira (PPGCOM/PUC Minas),

o Selo PPGCOM UFMG lançou dois volumes da publicação COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL:

Vertentes conceituais e metodológicas. Documenta-se aqui alguns resultados desta

importante parceria (http://www.seloppgcom.fafich.ufmg.br/index.php/seloppgcom/catalog/book/8). A

colaboração entre a UFMG e a Cásper Líbero existe há cerca de 10 anos, resultando em

expressiva produção científica, sobretudo ligada aos professores Ângela Marques e Luis Mauro

Sá Martino. Também a colaboração com a UFV tem se estreitado a partir da colaboração entre

os professores Ângela Marques e Rennan Mafra.

O grupo de pesquisa Mobiliza organizou e participou da “II Jornada de Comunicação

Pública”, sobre o tema central “Práticas e questões normativas da comunicação pública”,

realizada na Fabico/UFRGS, de 27 a 29 de agosto de 2018. O evento é coordenado pelo Núcleo

de Pesquisa em Comunicação Pública e Política (NUCOP), do Programa de Pós-Graduação em

Comunicação e Informação, da UFRGS, em parceria com o Grupo de Pesquisa em

Comunicação, Mobilização Social e Opinião Pública (Mobiliza), do Programa de Pós Graduação

em Comunicação Social da UFMG e tem por objetivo ampliar o programa de interação entre

pesquisadores e contribuir para a produção de conhecimento e a qualificação das pesquisas,

na área da comunicação pública e política.

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Os professores Paulo Bernardo Vaz e Ângela Marques participaram da “III Jornada de

Estudos em Teorias da Fotografia”, que ocorreu na UFOP em março de 2018, com a

participação de Benjamin Picado (UFF), Angie Biondi (UTP), Frederico Tavares (UFOP), Greice

Schneider (UFS) e Vicent Lavoie (UQAM). A Jornada fortalece a já existente rede de

cooperação acadêmica entre os participantes.

A partir de iniciativa do Grupo Tramas Comunicacionais foi implementado em 2018 o

Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia - PROCAD Amazônia. A equipe do

PPGCOM é composta pelos professores Carlos Alberto de Carvalho, Bruno Souza Leal, Elton

Antunes e Phellipy Jácome. O Programa tem coordenação geral da profa. Liana Vidigal Rocha,

da Universidade Federal do Tocantins. Participa do Programa a Universidade do Amazonas

(UNAMA). Dentre as atividades do PROCAD estão missões de estudo nas quais mestrandos em

formação sanduíche e docentes em estágio de pós-doutoramento são acolhidos pelo

PPGCOM-UFMG em disciplinas e seminários de formação.

A partir de iniciativa do grupo Estéticas do Performático, o prof. Carlos Mendonça,

junto com os profs. Jean Luc Moriceau e Sônia Pessoa, participou do 41º.Congresso da

Intercom 2018 como conferencista de abertura e como palestrante da mesa “Gênero,

narrativas de si, performance e afetos.

A partir de iniciativa do Grupo de Pesquisa Poéticas da Experiência, a professora

Cláudia Mesquita organizou o 22 Festival Forumdoc, realizado no período de 22 de novembro

a 02 de dezembro de 2018. Esta ação foi uma parceria PPGCOM UFMG, Filmes de Quintal,

Programa de Extensão forumdoc.UFMG. Esse evento também se articula ao VII Colóquio

Cinema, Estética e Política, organizado por André Brasil e realizado entre 23 de novembro e 30

de novembro na Fafich-Ufmg e no Cine Humberto Mauro. O Colóquio reforça as interlocuções

e parcerias dos professores do Grupo Poéticas da Experiência, com mestres e lideranças de

culturas africanas e indígenas, além de colegas das seguintes instituições: UFRJ, UFRB, USP,

UFPE e UFF.

Registra-se atuação da Professora Luciana de Oliveira como pesquisadora

colaboradora junto ao programa de pós-graduação em Antropologia da UNB, sob supervisão

José Jorge de Carvalho (supervisor da professora no seu pós-doutorado).

O Prof. Visitante Eduardo Junqueira fez seu estágio pós-doutoral sob supervisão de

Carlos D’Andrea a partir do qual ministrou palestra em evento promovido pelo NUCCOM,

estabelecendo uma cooperação com a UFC.

Uma colaboração entre o NUcCOM e o Laboratório de Estudos da Imagem e

Cibercultura (LABIC), coordenado por Fábio Malini resultou em 2018 na co-orientação de tese

da aluna do PPGCOM Marcela Tessarolo Bastos, orientada por Joana Ziller.

Intercâmbios nacionais em 2019

O PPGCOM em sua atuação nacional e regional dá prosseguimento a um conjunto expressivo e

amplo de atividades para a constituição de redes de pesquisa, envolvendo atividades diversas

e seguindo no fortalecimento das parcerias já iniciadas, indo além do diálogo mais orgânico e

pontual entre pesquisadores.

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O Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (GRIS), firmou em maio de 2019 o projeto

interinstitucional “Acontecimentos e Figuras Públicas: narrativas, afetos e sentidos que

atravessam o cotidiano”, sob coordenação das professoras Paula Guimarães Simões e Denise

Prado com participação da Professora Vera França. O projeto abrange uma extensa rede de

colaboração entre docentes e pesquisadores da UFMG, PUC-Minas, UFMT, UEMG, UFOP, UFV,

UFSC, Instituto Federal de Goiás, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e UFF.

O Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência (Tramas)/UFMG,

juntamente com o Grupo de Pesquisa em Narrativa, Cultura e Temporalidade (Narra)/UFU, e o

Grupo de Pesquisa Trapo: Cidade e Experiência (Trapo)/UFOP, têm desenvolvido atividades de

consolidação da Rede Mineira de Estudos em Narrativas e Historicidades (Rede Linhas), que foi

constituída em 2019. O professor Phellipy Pereira Jácome, coordenador das atividades em

Minas Gerais participa também, no contexto da Rede, de projeto de pesquisa sobre Memória

do jornalismo no Brasil, coordenado pela professora Marialva Barbosa (UFRJ). O Linhas tem um

dos seus focos na inserção e no impacto regional e outro na atuação conjunta em nível

nacional. No primeiro nível, assenta-se no compartilhamento de ações de pesquisa e de

formação; na participação em bancas de defesa; na promoção e participação articulada em

eventos científicos; e na produção científica conjunta entre os participantes. No segundo nível,

o Linhas está associado a duas redes de pesquisa nacionais: a Rede Historicidades dos

Processos Comunicacionais, criada em 2015 na UFMG, que é voltada ao estudo do tempo

como categoria para compreensão dos fenômenos e produtos da Comunicação, sendo

integrada por pesquisadores vinculados a grupos de pesquisa dos programas de pós-

graduação em Comunicação de diferentes instituições brasileiras; e a Rede História da

Imprensa no Século XIX, coordenada pelas professoras Marialva Barbosa (UFRJ/UERJ) e Ana

Paula Goulart (UFRJ), e na qual se insere através da investigação sobre o aparecimento e o

alastramento das atividades impressas em Minas Gerais durante o século XIX, tendo as

práticas jornalísticas como fio condutor.

PROCAD AMAZÔNIA - Carlos Alberto de Carvalho, professor do PPGCOM e membro do Grupo

de Pesquisa Tramas, teve aprovado um projeto enviado ao Edital Capes Procad Amazônia, que

reúne a UFMG, a Universidade Federal do Tocantins e a Universidade da Amazônia (UNAMA).

Participam do projeto, além de Carlos Alberto de Carvalho, coordenador local, os professores

Bruno Souza Leal, Elton Antunes e Phellipy Pereira Jácome. O PROCAD busca atender a alunos

de mestrado e doutorado, além de pesquisadores em pós-doutoramento, e terá duração de

outubro de 2018 a setembro de 2023.

Na UNAMA, o projeto é coordenado pela professora Maíra de Cássia Evangelista de Sousa. O

local de execução é a Universidade Federal do Tocantis, coordenadora geral do projeto, sob

responsabilidade da professora Liana Vidigal Rocha). O PROCAD possui o objetivo geral de

possibilitar a qualificação dos programas de pós-graduação envolvidos, ampliando a inserção

dos PPG’s da região amazônica no cenário da formação continuada, no caso específico, nas

áreas da Comunicação e Interdisciplinar. A natureza das investigações está direcionada a um

tempo múltiplo no que se refere às narrativas midiáticas sobre acontecimentos diversos e às

possibilidades de desenvolvimentos metodológicos - derivam as contribuições para os campos

da Comunicação e da Interdisciplinaridade. O segundo nível de relevância do projeto está na

proposição temática, à medida que a articulação das narrativas midiáticas e dos

acontecimentos possibilita investigações de relevância social, a partir do diálogo entre os

integrantes das equipes das três universidades, com referências a condições de existência

social marcados por realidades como a homofobia, as diversas modalidades de violências

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físicas e simbólicas contra mulheres, as vulnerabilidades sociais decorrentes das condições

anteriores, assim como de desníveis econômicos e outras variáveis que afetam a existência.

Tendo em vista que o PPGCOM/UFT é o único programa de pós-graduação em Comunicação

na Região Amazônica habilitado a concorrer na forma de proponente e a necessidade de

fortalecimento das pesquisas em comunicação na região, a proposta construída na temática

narrativa e acontecimento midiáticos tem relevância social a partir do diálogo que cada

integrante da equipe por meio de suas pesquisas em andamento concentradas em diferentes

temáticas como homofobia, violência, vulnerabilidades, folkcomunicação, cultura popular,

entre outras, irá trazer para a cooperação acadêmica interinstitucional.

No âmbito do PROCAD AMAZÔNIA já foram realizadas as seguintes missões de trabalho:

a) Os professores Bruno Souza Leal, Carlos Alberto de Carvalho e Elton Antunes estiveram

entre o final de março e o início de de abril de 2019 em Palmas-TO, para reunião

interinstitucional entre UFMG, UFT e Unama para Reunião de Planejamento do projeto

“Narrativa e acontecimento midiáticos: desafios metodológicos para apreensão das

experiências glocais amazônicas”;

b) Já no começo de setembro de 2019 o professor Elton Antunes esteve em Belém – PA, para II

Missão de Trabalho do projeto “Narrativas e acontecimentos midiáticos: desafios

metodológicos”

c) O professor Carlos Alberto de Carvalho esteve em Belém – PA para participação no 42º

Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação e nas atividades do PROCAD entre os dias

31/08/2019 e 07/09/2019.

Para atender as demandas crescentes do corpo discente e docente em relação às ações afirmativas e ampliação da compreensão das questões ligadas a negritude e as formas de representação e representatividade o PPGCOM convidou a professora Angela Figueiredo (UFRB) para aula inaugural no dia 09 de abril em torno do tema “Epistemologias insubmissas”. Em seguida, no dia 16 de abril recebemos a professora Carla Rodrigues (UFRJ) para a segunda aula inaugural com o tema a “Distribuição desigual do luto público: entre o trabalho individual e o coletivo”. Ambas atividades se configuram como importante espaço transversal para encontro, debate e reflexão do corpo discente e docente das três linhas de pesquisa que compõem o PPGCOM.

Entre os dias 15 e 16 de outubro o grupo Tramas Comunicacionais organizou o minicurso "Cultura audiovisual em ambiências digitais: historicidades, materialidades e dimensões de análise" com a profa. Juliana Freire Gutmann (UFBA), estreitando as colaborações de pesquisa já existentes entre o PPGCOM da UFMG e a FACOM/UFBA.

O grupo de pesquisa Poéticas da experiência organizou, em 2019, a oitava edição do Colóquio

Cinema, estética e política reforçando uma rede de pesquisa e intervenção para refletir como

as imagens podem participar da tarefa de abertura da história, tarefa tão mais necessária

quanto mais parece se estreitar o presente. Com o título “Imagens para adiar o fim do mundo”

tomando a provocação de Ailton Krenak (“E minha provocação de adiar o fim do mundo

é exatamente sempre poder contar mais uma história. Se pudermos fazer isso,estaremos

adiando o fim.”) o colóquio reuniu professores e dicentes da linha de pesquisa Pragmáticas da

Imagem reunindo pesquisadores e discentes da UFMG, UFRB, UFS, UFRJ-Museu Nacional, USP,

UFC, UFG, UFSB, UNESP e UNA além de artistas e ativistas.

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O Coletivo CORISCO, sob coordenação da Profa. Luciana de Oliveira, possui projeto de

cooperação com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Inclusão de Saberes no Ensino

Superior e na Pesquisa/Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UNB.

Interfaces com a educação básica

Dentre as ações que estabelecem interfaces com a Educação Básica, ressaltamos

aquelas que têm como público as rede pública de ensino:

1)"Deliberação em escolas públicas: criando capacidades deliberativas". O projeto envolve o

PPGCOM/UFMG, via o Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública (EME), o Programa de Pós-

Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia - UFPA, o Programa de Pós-Graduação em

Ciência da Computação / Centro de Informática - UFPE, o Institute of Political Science,

University of Bern/Suíça, e a University of North Carolina/USA. O conceito de deliberação,

central neste projeto, se refere ao processo de discussão pública voltado para a resolução de

conflitos e controversas políticas. Entre os conflitos que a deliberação é capaz de auxiliar na

resolução, estão questões de inclusão/exclusão e de violência. A temática da deliberação tem

sido explorada por pesquisadores de diversas áreas, entre elas a Comunicação. O EME tem

destacada liderança nesse campo no Brasil e no Exterior, pesquisando sobretudo temáticas

ligadas a grupos marginalizados e questões de direitos humanos. O objetivo principal do

projeto é conduzir experimento inédito ao aplicar um programa de capacitação deliberativa

com alunos de escolas públicas brasileiras. O programa é o primeiro programa de educação

cidadã no Brasil a trabalhar com a noção de deliberação.

2) Em 2017, o projeto de pesquisa, ensino e extensão em educação transmídia vinculado ao

Núcleo de Pesquisa em Conexões Intermídia do Centro de Convergência de Novas Mídias,

relacionado ao PPGCOM/UFMG, desenvolveu planejamento de educação transmídia para

Escola Municipal Belo Horizonte, na capital mineira. O diagnóstico realizado com estudantes

adolescentes da referida escola apontou para necessidade de aproximação entre famílias e

escola por meio do recorte temático empreendedorismo. Como os hábitos de consumo

midiático identificados no público envolviam grande interesse por redes sociais online, o

planejamento transmídia organizou-se em torno da hashtag #EuSouBH. Dentre as ações

online/offline mediadas por essa hashtag destacam-se a proposição de: oficina de

empreendedorismo na escola, página no Facebook e mensagens por Whatsapp. O

planejamento se configura como extensão que resulta das seguintes ações de pesquisa e

ensino: a) pesquisa de pós-doutorado sobre educação transmídia, desenvolvida por Lorena

Tárcia no PPGCOM/UFMG, sob supervisão da Professora Geane Alzamora; b) uma disciplina de

graduação, Laboratório Mídias e Linguagens (DCS/UFMG), ofertada pela professora Geane

Alzamora e pela estagiária docente Luciana Andrade (PPGCOM/UFMG); c)uma disciplina de

pós-graduação, Dinâmica Transmídia, ofertada pela pesquisadora em nível de pós-doutorado,

Lorena Tárcia, no PPGCOM/UFMG.

3) Laboratório Agência de Comunicação Solidária – ACS Lab. O ACS Lab tem como objetivo

geral articular atores (docentes e discentes universitários, alunos e professores de escolas

públicas estaduais, grupos e coletivos juvenis, entre outros interessados) em redes

colaborativas de produção do conhecimento, formação e experimentação da comunicação

estratégica voltada para a democratização dos usos dos recursos tecnológicos midiáticos. Por

meio de metodologia colaborativa, busca desenvolver projetos de comunicação estratégica

para o fortalecimento de grupos com atuação sociocultural e de escolas; b) criar condições

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para a apropriação de metodologia replicável que permita sua multiplicação na rede de ensino

estadual, no contexto dos projetos autogestionados de fortalecimento do ensino e valorização

do jovem (diretriz da política pública de MG); c) possibilitar que docentes e discentes da

Universidade integrem redes de discussão, projetos de formação e experimentação em

comunicação e mídias digitais, numa perspectiva colaborativa; d) fomentar a produção de

materiais técnicos (autoinstrucionais) e acadêmicos (sistematização metodológica).

E) Ações de Internacionalização

Cooperações internacionais

O Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública (EME) desenvolve, desde 2011,

parceria com o prof. Dr. Hartmut Wessler, da Universidade de Mannheim, na Alemanha, por

meio do Projeto de Cooperação Internacional CNPq/ DFG: “Eventos midiáticos sustentáveis:

Produção e impacto discursivo de eventos midiáticos encenados no caso das mudanças

climáticas”. Desde o ano de 2012, a partir de interesses comuns – repercutidos nos livros The

Foundations of Deliberative Democracy. Empirical Research and Normative Implications (Jürg

Steiner), e Deliberation, the media and political talk (Rousiley Maia) – os professores Rousiley

Maia, do PPGCOM/UFMG e Jürg Steiner, da University of North Carolina (College of Arts and

Sciences, Department of Political Science), iniciaram uma parceria que se desdobrará em

cooperação entre os respectivos grupos de pesquisa. O projeto de pesquisa "Sistema

Deliberativo e a Negociação de Conflitos: uma investigação dos momentos transformativos na

deliberação", que explora o tema de “inclusão, exclusão, violência e conflitos” ao realizar uma

análise sobre democracia deliberativa e o ambiente da media interconectada a partir de casos

da sociedade brasileira (como a redução da maioridade penal, a mudança climática e a política

do país em direitos humanos, entre outros), objetiva, entre outros, consolidar as parcerias

internacionais existentes com as universidades de Mannheim; na Alemanha, de Camberra e de

Queenslad, na Austrália; de Bern, na Suíça; e da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O

grupo mantém ainda uma parceria com o Laboratório Gresec, Université Grenoble Alpes,

através da temática "Information-communication publique et espaces publics sociétaux:

interactions et tension".

O GRIS (Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade) participa de uma interlocução que

vem se desenvolvendo desde 2015 entre professores/as brasileiros e franceses, no âmbito de

um projeto de cooperação científica aprovado pelo Centre National de la Recherche

Scientifique/CNRS, na França, através do Projet Institucional de Cooperátion Scientifique PICS

06714 - Patrimoines-Images- Médias-Identités (PIMI). O projeto PICS/PIMI tem por objetivos

encorajar as políticas de arquivamento do acervo audiovisual e o desenvolvimento de

intercâmbios sobre as ferramentas e métodos para sua análise. A análise do panorama

audiovisual dos dois países se faz em uma abordagem comparativa e através de três eixos

centrais: 1. Do arquivo audiovisual à sua constituição em patrimônio; 2. Programas de

televisão e gêneros midiáticos comparados; 3. Estudo das formas televisuais de narrativa e de

mise-en-scène do testemunho. Como parte dos resultados dessa interlocução, foi publicado,

pelo Selo PPGCOMUFMG, o livro Gênero Midiáticos e Identidade.

(http://www.seloppgcom.fafich.ufmg.br/index.php/seloppgcom/catalog/book/10)

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O Grupo de pesquisa Tramas Comunicacionais manteve ativo os contatos e a parceria com a

Universidade do Minho (CECS-Centro de Estudos e Comunicação e Sociedade). Desde 2011,

pesquisadores de ambas as equipes participam de missões de trabalho em Braga, sede da

Universidade do Minho, e na UFMG, com realização de cursos, seminários, estágios de pós-

doutoramento e sanduíche, tal como previsto no seu Plano de Trabalho.

O prof. Phellipy Jácome estabeleceu em 2018 um Convênio Internacional de Pesquisa entre a

UFMG e a Facultad de Ciencias de la Comunicación, da Universidade Nacional de Córdoba a

partir do projeto de pesquisa “História, Comunicação e Ciências Sociais: uma abordagem a

partir das temporalidades” por ele coordenado e do sub-projeto “Por uma história do

jornalismo satírico: a tradição de mídias metacríticas no Brasil e na Argentina”. O convênio é

coordenado por mim e pela professora Renee Isabel Mengo, e conta com a participação de

professores e alunos do Grupo Tramas, Ex-Press e do grupo de pesquisa comandado por ela.

O Núcleo de Estudos em Estéticas do Performático e o Grupo de Pesquisa Tramas

Comunicacionais desenvolvem ainda parceria com pesquisadores da Universidade

Complutense de Madrid. Essa parceria já implicara no pós-doutoramento do prof. Carlos

Mendonça, iniciado em 2012, e no estágio sanduíche do doutorando Carlos Jaurégui, e em

2013 conformou-se na proposta de pesquisa conjunta “La Construcción de los Asuntos

Públicos en la Esfera Pública mediatizada. Análisis semio-etnográfico de la información”,

contando com a participação de equipe brasileira com os investigadores Carlos Mendonça,

Bruno Souza Leal e Elton Antunes. O projeto de pesquisa foi renovado no mês de agosto de

2017.

O COMCULT mantém, desde 2013, projeto de Cooperação Internacional com a Universidad

Nacional da Colômbia. Esta cooperação se desenvolve mediante aliança entre o Grupo de

Pesquisa Comunicação e Cultura em Televisualidades (COMCULT/PPGCOM/UFMG) e o Grupo

de Pesquisa em Comunicación, Cultura y Ciudadanía (Instituto Estudos Políticos e Relações

Internacionais/Universidade Nacional da Colômbia) e tem como tema de convergência o

estudo do audiovisual e suas relações com a cultura e a política latino-americanas. Trata-se de

compreender como as decisões estilísticas feitas pelas equipes nos fazem ver as marcas

históricas e culturais do contexto e do lugar no qual as produções foram realizadas. Em termos

metodológicos uma análise integral tanto das produções ficcionais quanto das informativas e

de opinião, requer atenção aos aspectos estéticos e estilísticos ligados aos meios e seus

formatos. Não basta a aproximação histórica, sociológica ou política que podem resultar

profundamente empobrecida por não dispor desses outros elementos de valoração da ficção e

da informação. No âmbito dessa parceria, o grupo realizou, entre os dias 05 e 06 de julho de

2017, sob a coordenação da professora Simone Maria Rocha, o III Selaccult - Seminário

América Latina, Comunicação e Cultura: Televisões Latino-Americanas: Desafios e tendências

contemporâneas. O evento foi realizado em parceria com a Universidade Nacional da

Colômbia e da Universidade do Chile.

Através de uma parceria entre os Grupos de Pesquisa Comunicação e Instituições, Núcleo de

Estudos em Estéticas do Performático e Experiência Comunicacional, Afetos: Grupo de

Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades, Diretoria de Relações

Internacionais (DRI/UFMG) e Embaixada da França no Brasil, teve continuidade o intercâmbio

com a Télécon Ecole de Management (TEM). Para tanto, foram realizados, entre os dias 21 e

24 de novembro de 2017, 04 (quatro) encontros com o professor Jean-Luc Moriceau. O tema

dos encontros foi “Os afetos na pesquisa acadêmica e na comunicação organizacional”. O

professor, durante os meses de novembro e dezembro, participou de atividades de pesquisa e

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didáticas com as professoras Sônia Pessoa, Ângela Marques e com o professor Carlos

Mendonça. Entre 2014 e 2015, o prof. Moriceau integra as atividades de pesquisa do Núcleo

de Estudos em Estéticas do Performático e Experiência Comunicacional – NEEPEC/UFMG e

ministrar a disciplina “Guerrilhas do Sensível” para alunos de mestrado e doutorado do

PPGCOM. A partir de 2015, as professoras Sônia Pessoa e Ângela Marques passam a colaborar

também com professores do ITM. Nessa parceria, os professores Jean-Luc Moriceau e Pierre-

Antoine Chardel participaram, entre os anos de 2016 e 2018, de eventos (como a Compós, a

Intercom e o Seminário Internacional de Comunicação Organizacional, promovido pelo

PPGCOM-UFMG em parceria com a PUC-Minas) e da publicação conjunta de artigos. Em 2018,

Ângela Marques atuou como professora visitante na TEM/ITM, estreitando a cooperação

bilateral entre o Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG (PPGCOM) e a

Télécom École de Management, do Institut Mines Télécom, e com financiamento do Edital DRI

Cátedras Franco-Brasileiras na UFMG. Desde então, tem publicado capítulos e artigos em

parceria com professores desta instituição. Assim como o prof. Carlos Mendonça, que desde

2009 apresenta produção científica em colaboração com Jean-Luc Moriceau. É importante

destacar aqui que o PPGCOM foi contemplado três vezes, entre 2017 e 2019, com recursos do

edital das Cátedras Franco-Brasileiras.

O projeto “Observatório Latino-americano de Comunicação e Deficiência”, coordenado por Regiane Garcez em parceria com as professoras Sandra Meléndez-Labrador (Universidad del Norte, Colombia - Uninorte · Department of Social Communication) e Maria Fernanda Jiménes Naranjo (Periodista- Productora en Canal 15 UCR, Costa Rica) reúne iniciativas da sociedade civil relacionadas à comunicação e deficiência, bem como realiza pesquisas transversais, que envolvem várias realidades latino-americanas em três eixos: análises midiáticas, análises de produções comunicacionais da sociedade civil e acessibilidade.

A professora Maria Aparecida Moura ocupou a presidência da I Conferência Interamericana de

Acesso Público à Informação e do IV Encontro de Serviços de Informação ao Cidadão (SICs) das

Instituições Públicas de Educação Superior e Pesquisa do Brasil (2017), ocorrido entre os dias

23 a 25 agosto de 2017.

A professora Cláudia Mesquita co-orienta o doutorando Vitor Tomaz Zan, que prepara a tese :

« Le cinéma brésilien du XXIe siècle et les enjeux de territoire et d'habitations urbaine qu'il

implique » junto à Université de la Sorbonne Nouvelle -Paris 3, sob a orientação de Sylvie

Rollet.

O Núcleo de Pesquisa em Conexões Intermídia (NucCon), vinculado ao grupo de pesquisa

(CNPq) Centro de Convergência de Novas Mídias mantém, em 2018, as seguintes parcerias

internacionais:

a.Projeto de Cooperação Internacional “Parceria Timor/Brasil para comunicação de interesse

público (contemplada pelo PAPCI – Programa de Apoio a Projetos de Cooperação Internacional

da UFMG, chamada 006/2016, Registo SIEX n. 402891): sob coordenação dos professores

Geane Alzamora (UFMG/Brasil), Lorena Tárcia (Centro Universitário de Belo Horizonte/Brasil) e

Dominica Dwikori (Universidade Nacional Timor Lorosa'e/Timor Leste), o projeto envolveu, em

2017, as seguintes ações de pesquisa, ensino e extensão: a) pesquisa de pós-doutorado sobre

educação transmídia, desenvolvida por Lorena Tárcia no PPGCOM/UFMG, entre março de

2017 e abril de 2018, sob supervisão da Professora Geane Alzamora; b) disciplina de

graduação, Laboratório Mídias e Linguagens (DCS/UFMG), ofertada pela professora Geane

Alzamora e pela estagiária docente Luciana Andrade (PPGCOM/UFMG); c) disciplina de pós-

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graduação, "Estratégias Comunicacionais Transmidiáticas", ofertada pela pesquisadora em

nível de pós-doutorado, Lorena Tárcia, no PPGCOM/UFMG; d) planejamento comunicacional

em educação transmídia para escola pública de Díli, capital do Timor Leste. A proposta inclui

ações voltadas para a Televisão Educativa do Timor Leste (TVETL) e clínica de saúde recém-

implementada naquele país em 2017 pela Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João

de Jerusalém, de Rodes e de Malta (Ordem de Malta), além da produção de kits educacionais

contendo: jogo de tabuleiro, jogo da memória, teatro de fantoches, animações de vídeo e

histórias em quadrinhos. O projeto envolveu 20 estudantes de graduação em Comunicação

Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cinco estudantes de jornalismo da

Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) e 10 estudantes de jornalismo, publicidade e

artes gráficas do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). A proposição foi

desenvolvida em quatro etapas: diagnóstico, planejamento, desenvolvimento e aplicação.

b.Em 2017, as professoras Geane Carvalho Alzamora (UFMG, Brasil) e Carme Ferre Paiva

(Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha) apresentaram conferências no evento

“Venezuela Digital”, em Caracas, a convite do Ministro del Poder Popular para la Comunicación

y Información da Venezuela, Ernesto Villegas Poljak. O convite, feito também à professora

Regina Helena Alves da Silva (UFMG), derivou da coletânea “El uso de las redes sociales:

ciudadanía, política y comunicación – La investigación en España y Brasil”, organizada por

Carme Ferré Paiva e editada por Bellaterra: Institut de la Comunicació Universitat Autònoma

de Barcelona, em 2014. O livro reúne trabalhos desenvolvidos por pesquisadores dos grupos

de pesquisa Centro de Convergência de Novas Mídias (CCNM/UFMG), coordenado pela Prof.

Dra. Regina Helena Alves da Silva e pela Prof. Geane Carvalho Alzamora, e Comunicación y

Responsabilidad Social (Comress-Icom/UAB), coordenado pela Prof. Carme Ferre Paiva. A

publicação resulta de acordo de colaboração internacional entre UFMG/Brasil e UAB/Espanha,

estabelecido em 2010 em torno do desenvolvimento da tese de Carolina Magalhães Braga em

regime de co-tutela, sob orientação da Prof. Geane Carvalho Alzamora (UFMG/Brasil) e Prof.

Carme Ferre Paiva (UAB/Espanha), defendida em 2013 na UAB.

c.Em 2017, foram publicados os seguintes resultados da pesquisa de cooperação internacional

“International Cooperation Russia-Brazil Major Sports Events: Social Commotion in Global

Media”, estabelecida entre Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) e National Research

University Higher School of Economics (Rússia) entre 2013 e 2016, sob coordenação das

professoras Geane Carvalho Alzamora (UFMG/Brasil) e Renira Rampazzo Gambarato

(HSE/Rússia)

A cooperação com a profa. Renira Rampazzo prossegue em 2018. A professora Renira,

atualmente vinculada à Jönköping University (School of Education and Communication), atua

com Geane nos seguintes projetos: “A dinâmica transmídia mediada por hashtags em

conexões de redes sociais online? agenciamentos semióticos e sociotécnicos em contextos de

grande mobilização social” (PQ/CNPq Processo: 311914/2016-0) e “Transmedia

communication methods and strategies: Education for sustainability”.

d. Em 2018, o professor Carlos D’Andrea assinou convênio de cooperação com a Universidade

de Amsterdã (UvA), Departamento de Estudos de Mídia, para desenvolvimento do projeto

“Negociando inovações: controvérsias nas mídias sociais sobre tecnologias de vídeo nos

esportes”. O professor Markus Stauff, seu supervisor no pós-doutorado, já realizaram eventos

em conjunto no ano de 2018 e elaboram projeto acerca de Estudos Culturais de Esportes,

Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia (STS) e Teoria Ator-Rede em métodos computacionais

(mapeamento de debate no Twitter e no YouTube).

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e. A professora Regina Helena Alves da Silva desenvolve, junto com os professores Renira Rampazzo Gambarato, Ilya Kiriya, Sergey Davydov e Olga Baysha e com participação de Carlos d’Andrea, Joana Ziller e Geane Alzamora, o projeto International Cooperation Russia-Brazil Russia-Brazil Major Sport Events: Social Commotion in Global Media, que discute megaeventos esportivos em contextos globais de convergência.

O grupo de pesquisa R-EST (Estudos de Redes Sociotécnicas) e o coletivo Marta (Grupo

de Pesquisa em Comunicação e Culturas Esportivas) coordenado respectivamente pelos

professores do PPGCOM Ana Carolina Soares Vimieiro e Carlos Frederico de Brito D’Andréa

realizou o seminário “Esportes, Mídias e Tecnologias” entre os dias 12 e 13 de agosto de 2019.

O semineario contou com a participação do professor Markus Stauff, da Universidade de

Amsterdã (UvA, Holanda), com quem o professor Carlos Frederico esteve em 2018 no estágio

pós-doutoral iniciando assim um processo de cooperação e diálogo que deve se intensificar

nos próximos anos. Stauff proferiu a palestra “Expecting Goals. The Big Data Discourses in

Sports” e o evento ainda reuniu pesquisadores da UFES, UNIRIO, UFMG e da Leeds Beckett

University (Inglaterra). Essas atividades iniciaram em 2018 com a assinatura pelo professor

Carlos Frederico de Brito D’Andréa do convênio de cooperação com a Universidade de

Amsterdã (UvA), Departamento de Estudos de Mídia, para desenvolvimento do projeto

“Negociando inovações: controvérsias nas mídias sociais sobre tecnologias de vídeo nos

esportes”. O professor Markus Stauff, seu supervisor no pós-doutorado, já realizou eventos

em conjunto no ano de 2018 e elaboram projeto acerca de Estudos Culturais de Esportes,

Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia (STS) e Teoria Ator-Rede em métodos computacionais

(mapeamento de debate no Twitter e no YouTube).

Os professores Carlos Magno Mendonça (coordenador do NEEPEC), Sônia Pessoa

(coordenadora do Afetos) e Ângela Marques tiveram projeto aprovado pela CHAMADA 006-

2019 -CÁTEDRAS FRANCO-BRASILEIRAS NA UFMG / Embaixada da França no Brasil. Eles foram

anfitriões do professor Jean-Luc Moriceau (Institut Mines-Télécom - ITM), que desenvolve

junto ao PPGCOM várias atividades de cooperação e pesquisa. A segunda etapa do projeto

está prevista para 2020, com missão de trabalho da equipe da UFMG na instituição francesa.

Acolaboração científica foi estabelecida com o ITM desde 2009, quando o prof. Jean-Luc

Moriceau convida o professor Carlos Mendonça, do PPGCOM para atuar como professor

visitante na França (condição que se repetiu em 2016). Entre 2014 e 2015, o prof. Moriceau

integrou as atividades de pesquisa do NEEPEC/UFMG e ministrau a disciplina “Guerrilhas do

Sensível” para alunos de mestrado e doutorado do PPGCOM. A partir de 2015, as professoras

Sônia Pessoa e Ângela Marques passam a colaborar também com professores do ITM. Nessa

parceria, o professor Jean-Luc Moriceau participou, entre os anos de 2016 e 2019, de eventos

junto a professores do PPGCOM (como a Compós, a Intercom, o Seminário Internacional sobre

Emmanuel Lévinas e o Seminário Internacional de Comunicação Organizacional, promovido

pelo PPGCOM-UFMG em parceria com a PUC-Minas) e da publicação conjunta de artigos. Em

2018, a profa. Ângela Marques atuou como professora visitante do ITM e, desde então, tem

publicado capítulos e artigos em parceria com professores desta instituição.

O professor Phellipy Jácome é coordenador de acordo de cooperação internacional

com a Universidad Nacional de Córdoba, Argentina. O projeto “História, Comunicação e

Ciências Sociais: uma abordagem a partir das temporalidades” realizado pelo grupo de

pesquisa Tramas Comunicacionais em parceria com as professoras Renée Mengo

(coordenadora do acordo de cooperação na Argentina) e Paulina Emanueli. Em 2019, os

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professores Bruno Souza Leal e Phellipy Jácome estiveram entre 05 e 12 de outubro em

Córdoba (Argentina) para intercâmbio acadêmico, minicursos, reuniões de trabalho,

apresentação de comunicação oral em eventos e participação em disciplina do curso de

Doutorado, com a discussão “Modernidad y modernización en la conformación mediática

latinoamericana: apuntes desde la crisis”. Os professores Bruno Leal e Carlos Alberto também

possuem colaboração com o professor Moisés Adão de Lemos Martins (Universidade do

Minho/Portugal), que frequentemente participa das atividades dos Grupos Tramas e Ex-Press.

A professora Simone Rocha, coordenadora do COMCULT, renovou o Projeto de

cooperação Internacional com a Universidade do Chile, mais especificamente com o Grupo de

Estudos Avançados em Televisão, do Instituto de Comunicação e Imagem, da Universidade do

Chile. O COMCULT manteve em 2019 seu Projeto de Cooperação Internacional Universidad

Nacional da Colômbia, pela via do Grupo de Pesquisa em Comunicación, Cultura y Ciudadanía

(Instituto Estudos Políticos e Relações Internacionais/Universidade Nacional da Colômbia),

coordenado pelo professor Fabio Enrique López de la Roche. As missões de trabalho em 2019

sob esse projeto foram: a professora Simone Maria Rocha esteve entre os dias de 24/11/2019

a 30/11/2019 em Bogotá – Colômbia, para missão acadêmica junto ao grupo de pesquisa

Recasens, para o XVI Congresso IBERCOM e para mesa redonda de lançamento de livro.

A professora Geane Carvalho Alzamora iniciou em 2019 o projeto de cooperação internacional “Transmedia Communication Methods and Strategies: Education for Sustainability", sob sua coordenação na UFMG/Brasil, e coordenação da professora Renira Rampazzo Gambarato na Jönköping University/Suécia.

A professora Graziela Mello Vianna, coordenadora do Grupo ESCUTAS – Grupo de

Pesquisa e Estudos em Sonoridades, Comunicação, Textualidades e Sociabilidade, desenvolveu

4 projetos de pesquisa de cooperação internacional em 2019: 1) O Projeto “Paisagens em

extinção” foi aprovado na CHAMADA 006-2019 - CÁTEDRAS FRANCO-BRASILEIRAS NA UFMG /

Embaixada da França no Brasil. A professora Graziela acolheu, em agosto de 2019, a

professora Olga Kissileva (Institut ACTE - Université Paris 1, Panthéon-Sorbonne). A segunda

etapa do projeto está prevista para 2020 , com a contrapartida da instituição francesa. 2) O

Projeto Archives-Médias-Images-Identités (AMIS) (anteriormente PIMI) é desenvolvido pela

professora Graziela Vianna em parceria com os professores Fernanda Maurício da Silva e Nísio

Antônio T. Ferreira, além de instituições e grupos de pesquisa brasileiros e franceses desde

2015, cuja proposta de continuidade foi apresentada ao CNRS em 2019. A rede de pesquisa

reúne professores brasileiros e franceses das áreas da Comunicação e da História das seguintes

universidades: Panthéon Sorbonne (Paris 1),Université Paris 3, Université de Lyon e Université

Aix-en-Provence na França, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Instituto Fiocruz e Universidade de Santa Maria. Entre os pesquisadores franceses

estão Evelyne Cohen, do grupo ISOR (Images, Sociétés, Représentations) da Université Paris 1

Panthéon Sorbonne e pesquisadora do grupo LAHRA (Laboratoire de Recherche Historique

Rhône-Alpes Moderne et Contemporaine) da Université de Lyon. Foi realizada em 2019 uma

aproximação com o CHS - Centre d’Histoire sociale du XXème siècle da Université Paris 1

Panthéon Sorbonne, de Pascale Goetschel. Em abril de 2019, a professora Graziela Vianna

participou de missão de trabalho em Lyon e Paris no âmbito deste projeto. 3) O Projeto “Places

Publiques” é desenvolvido entre o Grupo Escutas e parceiros franceses, suíços e israelenses

desde 2018. Ele é fruto da cooperação da professora Graziela Vianna com três laboratórios de

pesquisa: ISOR, Centre d’Histoire du XIXe siècle Université Paris I ; LARHRA, UMR CNRS 5190-

Université de Lyon ; CRIHAM, Université de Poitiers, congregando pesquisadores franceses,

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brasileiros, israelenses e suíços. 4) A professora Graziela Vianna, juntamente com o professor

André Mendes, participam do projeto de pesquisa “Arquivo da Memória Oral das Profissões da

Comunicação (AMOPC)”, desenvolvido pela Escola Superior de Comunicação Social do Instituto

Politécnico de Lisboa, com a participação de colegas da UFMG, 19 pesquisadores portugueses

e, em 2019, com pesquisadores da Universidade Vila Velha, responsáveis pelo

desenvolvimento do projeto Relatos Ausentes (com apoio da FUNADESP). A partir do

desenvolvimento da pesquisa, foi formalizado em 2016 um acordo de cooperação

internacional entre o IPL de Lisboa e a UFMG. Em 2019 foi consolidada a aproximação com os

pesquisadores portugueses, notadamente Filipa Subtil e Julia Leitão de Barros. Em junho de

2019, a professora Graziela participou de missão de trabalho em Lisboa – Portugal, para

atividades do projeto de cooperação internacional. Em novembro, realizou viagem para

Funchal/Lisboa – Portugal, para reuniões, participação em seminários e desenvolvimento de

projetos internacionais de pesquisa.

A professora Cláudia Mesquita co-orienta o doutorando Vitor Tomaz Zan, que prepara a tese :

« Le cinéma brésilien du XXIe siècle et les enjeux de territoire et d'habitations urbaine qu'il

implique » junto à Université de la Sorbonne Nouvelle -Paris 3, sob a orientação de Sylvie

Rollet.

Registramos as seguintes participações de docentes em eventos internacionais no ano de

2019:

A profa. Ângela Marques participou, junto com a doutoranda Elisa Hernandez, do « Colloque International Pluridisciplinaire: traverser, transmettre et communiquer: les franchissements temporels et spatiaux des migrations », ocorrido em Clermont-Ferrand, França. O prof. Carlos Mendonça participou do VI Encuentro Internacional de Estudios Visuales

Latinoamericanos, ocorrido em Madrid-Espanha.

A profa. Geane Alzamora participou do 14th World Congress of Semiotics IASS/AIS, ocorrido

em Buenos Aires, Argentina.

O prof. Phellipy Jácome participou do Seminário “Comunicación, Educación, y Política en

América Latina y reciente: temporalidades y análisis de casos”, ocorrido na Argentina. Ele

também ministrou curso em Córdoba durante o período de 05/10/19 a 13/10/2019.

O prof. Bruno Leal participou de intercâmbio acadêmico em Córdoba (Argentina), de

05/10/2019 a 12/10/2019.

A profa. Vanessa Veiga de Oliveira participou do LASA 2019 Congress, ocorrido em Boston

(EUA).

A profa. Graziela Valadares Gomes de Mello Vianna, participou de missão de cooperação

internacional em Lyon e Paris. Ela também participou de reuniões, seminários e

desenvolvimento de projetos internacionais de pesquisa em Funchal/Lisboa – Portugal. Em

Portugal, envolveu-se também em atividades ligadas ao projeto de cooperação internacional

“Arquivo de Memória Oral das profissões da Comunicação (AMOPC)”.

A profa. Simone Maria Rocha, participou de missão acadêmica junto ao grupo Recasens, em

Bogotá – Colômbia. Ela também esteve em Bogotá – Colômbia, para o XVI Congresso

IBERCOM; para participação em mesa redonda e lançamento de livro.

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A profa. Rousiley Maia apresentou o trabalho “Deliberation, justice, and punishment in two

controversial issues involving violence: reduction of the age of criminal responsability and

Feminicide Law in Brazil” em Madrid-Espanha. Ela também participou em mesa redonda do

ICA pre-conference on “Mediated Recognition: Identity, Justice, Activism”, ocorrido em

Washington DC – EUA.

O prof. Carlos D’Andrea participou do 2019 Meeting of the Society for the Social Studies of

Science, ocorrido em Nova Orleans – EUA.

A profa. Fábia Pereira Lima participou do X Encuentro de Investigadores y Estudiosos de la

Información y la Comunicación, ocorrido em Havana, Cuba.

Em seu estágio pós-doutoral na Université Paris-Est Marne-la-Vallée, a professora Maria

Aparecida Moura participou de 23 Seminários, 2 simpósios, 1 workshop, 2 encontros

científicos (alguns deles em instituições de pesquisa como FMSH, EHESS, Sorbonne,

SciencesPo, etc.), totalizando 28 participações em eventos na França.

É importante destacar a presença constante, no PPGCOM, de pós-graduandos estrangeiros,

seja via co-tutela ou PEC-PG (Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação). Essa

presença se dá de modo orgânico, graças ao papel nucleador dos grupos de pesquisa. Dois

alunos Cubanos estão regularmente matriculados no PPGCOM: Elisa Beatriz Ramirez

Hernandez (defendeu sua dissertação em fevereiro de 2019 e foi aprovada no processo

seletivo de doutorado do Programa) e Alexei Padilla Herrera (defendeu sua dissertação em

2016 e foi aprovado no processo seletivo de doutorado em 2018). Dois alunos colombianos

realizam seu doutorado no PPGCOM: Gober Maurício Gomez e Julián Andres Espinosa

Sinisterra. Vale destacar que, no processo seletivo de 2019, ingressaram no PPGCOM,

respectivamente no doutorado e no mestrado, os alunos Ousmane Sané, do Senegal (que

terminou seu mestrado no Programa em 2003) e Jude Civil, do Haiti. O doutorando Jane

Mutsuque, de Moçambique, também será discente do Programa a partir de 2019 pelo PEC-PG.

Por fim, o PPGCOM tem envidado esforços para pautar a internacionalização do programa atendendo também a necessidade de abertura de outros canais de parceria internacional, priorizando o Eixo Sul.

A política de redução dos investimentos em bolsas para doutorado sanduíche impactou

diretamente sobre a participação dos discentes nos processos de internacionalização do

PPGCOM.

É facilmente perceptível a diferença entre os períodos da última quadrienal e os anos de 2017,

2018 e 2019. O impacto pode ser percebido não apenas no número de beneficiados, mas

especialmente no período concedido para a realização do estágio (antes o tempo de

permanência no exterior costumava ser de 9 meses, agora a maioria dos alunos tende a ficar

apenas 6 meses no sanduíche).

Entre os anos de 2013 e 2016, 25 discentes obtiveram bolsas sanduíche – uma média de 07

discentes ao ano, com duração entre 09 (nove) e 12 (doze) meses. Para tentarmos atender a

demanda crescente e mantermos um número semelhante de saídas por ano, optamos por

dividir, para o ano de 2017, a cota inicialmente recebida de 12 (doze) meses em 04 (quatro)

cotas de 03 (três) meses. Após análise da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, nos foi concedida

uma segunda cota de 12 meses. O procedimento para implantação da segunda cota foi o

mesmo da primeira.

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No ano de 2018, tivemos apenas quatro demandas para o edital 47/2017 PDSE e, entre

eles, todos iniciaram a realização do doutorado sanduíche no ano de 2018. No ano de 2019,

tivemos 5 demandas (todas contempladas) para a Chamada Interna PRPG 02/2019 para fins de

seleção de candidatos(as) a bolsas de doutorado sanduíche no exterior para estudantes de

doutorado vinculados(as) a Programas de Pós-Graduação que participam do Projeto

Institucional de Internacionalização da Pós-Graduação da UFMG no âmbito do Programa

CAPES/PRINT:

a) Thais Choucair – Realização do doutorado sanduíche na University of Canberra

(Austrália) entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020;

b) Ettore Stefani de Medeiros - Realização do doutorado sanduíche na Universidade

Complutense de Madrid entre setembro de 2019 e agosto de 2020;

c) Gregório de Almeida Fonseca - Realização do doutorado sanduíche na

Queensaland University of Technology, entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021;

d) Felipe Luiz da Silveira Borges - Realização do doutorado sanduíche na Center

University of New York City (CUNY), entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020.

e) Débora Veríssimo Costa - Realização do doutorado sanduíche na Université Paris 1,

Panthéon-Sorbonne, entre setembro de 2019 e maio de 2020.

f) Gustavo da Rocha Jardim - Realização do doutorado sanduíche na Universidade de

Chicago, entre setembro de 2019 e março de 2020.

g) Juliana Soares Gonçalves - Realização do doutorado sanduíche na Universidad Rey

Juan Carlos (Madrid), entre dezembro de 2019 e junho de 2020.

Há entre os intercanbistas uma aluna de doutorado que foi contemplada com bolsa

interncional, desvinculada do PRINT: Gabriella Hauber Pimentel - Realização do doutorado

sanduíche na Universität Mannheim pelo Convênio DAAD - Deutscher Akademischer

Austauschdienst, entre outubro de 2019 e abril de 2020.

Ao longo do primeiro semestre de 2019, docentes e pesquisadores estrangeiros também

ministraram palestras e cursos aos alunos: a professora Marina Garone Gravier (Universidade

Nacional Autónoma do México - UNAM), proferiu palestra em evento realizado pelo Grupo de

Pesquisa Ex-press (03/04). A professora realiza pesquisas que entrelaçam história, arte,

tipografia, gênero e cultura indígena. Ela é convidada pela cátedra do IEAT e tem uma longa

programação de atividades durante toda a semana que vem que compartilho em anexo. Nos

dias 11 e 12 de abril, o PPGCOM acolheu o minicurso “A comunicação e o contemporâneo: o

papel dos media na sociedade em rede”, ofertado pelo professor Moisés Adão de Lemos

Martins (Universidade do Minho/Portugal). O evento foi organizado pelos Grupos Tramas e Ex-

Press.

Os minicursos ministrados por professores estrangeiros também aconteceram ao longo do

segundo semestre letivo de 2019. Entre os dias 29 e 31/11, o PPGCOM recebeu uma série de

Seminários sobre Intersecccionalidade, ministrados por Claudia Bernard, professora titular na

Goldsmiths University of London, que teve sua vinda viabilizada pelo edital Capes Print. O

evento foi organizado pelo Grupo de Pesquisa Coragem. Nos dias 06 e 07/11, o professor Jean-

Luc Moriceau (Institut Mines-Télécom e Paris Saclay) ministrou o minicurso “Afetos – teses e

argumentos”. O evento foi organizado pelos Grupos NEEPEC e Afetos. A vinda do prof. Jean-

Luc contou com o apoio do edital Cátedras Franco-Brasileiras na UFMG, lançado anualmente

pela DRI.

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Avaliação geral

O PPGCOM/UFMG mantêm de forma regular, articulada e crescente, ao longo dos anos, ações

que garantem sua ótima inserção nos níveis regional, nacional e internacional. A articulação

das ações nesses três âmbitos é decorrente da organicidade promovida pela atuação

colaborativa e estruturalmente forte dos seus grupos de pesquisa, do papel articulador das

linhas de pesquisa e da amplitude das iniciativas abrigadas e estimuladas pelo Programa como

um todo.

- Ótima visibilidade do Programa, que se apresenta para a comunidade acadêmica e científica

da área com perfil consistente e bem definido.

- Grande atenção com inserção social e diálogo com a comunidade externa, através de ações

regulares e estáveis, desenvolvidas pela integralidade dos corpos docente e discente, seja

através de projetos específicos de extensão e divulgação científica, seja por atuações

cotidianas, como a colaboração com comunidades e agentes sociais diversos e o diálogo com

agentes e organizações midiáticas.

- Consistente organicidade interna, materializada no funcionamento articulado dos grupos e

linhas de pesquisa, dos corpos docente e discente, e das instâncias administrativas imediatas,

como o Colegiado.

- Produção técnica de alto nível e grande qualificação e expertise acadêmica, abrangendo

produtos e processos variados.

- Produção científica docente estável e de alto nível, em grande número, diversificada em

termos de produtos (artigos em periódicos, livros monográficos, capítulos), que ao mesmo

tempo advém e sustenta sua inserção regional, nacional e internacional.

- Produção científica discente numerosa e muito bem qualificada.

As ações e processos que materializam esses pontos fortes são, entre outros:

- Grupos de pesquisa consolidados, que asseguram a efetiva nucleação dos docentes e dos

seus orientandos (de Doutorado, Mestrado e de Iniciação Científica), constituindo a espinha

dorsal do programa: os grupos abrigam as atividades cotidianas de pesquisa, fomentam e

sustentam outras atividades decisivas para o ambiente intelectual, como é o caso dos

convênios interinstitucionais internacionais e nacionais, organização de eventos (seminários e

congressos) e promoção de cursos conjuntos com professores convidados.

- Desenvolvimento regular e consistente de intercâmbios e parcerias internacionais – com bom

nível de participantes externos junto ao Programa.

- Intensificação das interlocuções com grupos de pesquisa de instituições internacionais, com

realização de projetos de cooperação e publicações em periódicos científicos e livros

internacionais, tendo como destaque as cooperações derivadas do Programa Capes PRINT e do

edital Cátedras Franco-Brasileiras na UFMG.

- Participação regular - docente e discente - nos eventos científicos relevantes da área, vários

deles tendo assumido funções de coordenação de Grupos de Trabalho e Seminários Temáticos.

- Crescente participação de docentes e discentes em eventos internacionais de reconhecida

relevância.

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- Desenvolvimento das atividades de pesquisa em rede, através da ação regular e sistemática

dos grupos de pesquisa, que articulam atividades de formação na Graduação e na Pós-

Graduação, promovem ações de extensão e divulgação, além de outras ações como

organização de eventos científicos.

- Reconhecimento da consistência das suas atividades de pesquisa, uma vez que a maioria dos

pesquisadores permanentes do PPGCOM têm seus projetos financiados pelas agências

nacionais (CAPES e CNPq) e regionais (FAPEMIG).

- Captação regular de pesquisadores em atividades de pós-doutoramento.

- Nível e qualificação da produção científica docente e discente, com ampla participação nos

periódicos nacionais mais bem qualificados e incremento significativo da publicação

internacional qualificada.

- Vocação para o desenvolvimento da interface entre pesquisa e extensão, o que se manifesta

em programas continuados, de longa duração, de divulgação científica, como o Selo

PPGCOM/UFMG; que trazem aportes dos conhecimentos tradicionais e populares para o

âmbito acadêmico, como o projeto Encontro de Saberes; de diferentes modos de diálogo com

a comunidade externa, via agentes institucionais vários, como a escola (o projeto do EME que

explora capacidades deliberativas de alunos e alunas na resolução de problemas coletivos) e os

processos midiáticos (como a webRádio Terceiro Andar, o projeto Teoria em Prosa e a revista

Transite).

- A reestruturação curricular aprovada em 08/03/2018 pela Câmara de Pós-Graduação da

UFMG possibilitou que o projeto didático-pedagógico ficasse ainda mais consistente e coeso

com o atual desenho das linhas de pesquisa e das disciplinas, em estreita consonância com a

Área de Concentração do Programa. Uma revisão da proposta e modificações na grade

curricular foram aprovadas em 16/08/19, tornando o projeto mais adequado às necessidades

e demandas dos docentes e discentes.

- Produção técnica diversificada: os processos editoriais do Selo PPGCOM/UFMG e da Revista

Devires – Cinema e Humanidades (Qualis B1); participação em comitês de agência (CNPq e

CAPES); coordenação de Grupos de Trabalho da COMPÓS, SOCINE, Abrapcorp, Compolítica,

INTERCOM e outros eventos em âmbito nacional; participação em bancas de concurso;

apresentação de trabalhos em eventos; cursos de curta duração; pareceres para periódicos da

área e agências de fomento; participação no conselho de revistas da área; participação em

comissões julgadoras; organização de eventos científicos; desenvolvimento de material

pedagógico e de métodos didáticos; criação de softwares sem registro de patentes.

- Forte articulação com a graduação, na compatibilidade das ações didáticas de docentes, seja

na formação em iniciação científica, pelas ações do corpo discente (via estágio docente,

promoção de eventos, orientações, etc), pelas ações de extensão e divulgação científica.

- O PPGCOM vem investindo na ampliação de sua presença em periódicos A1 e

internacionais, tendo como desafio a distribuição equânime dos resultados entre os seus

docentes.

- A partir do trabalho nos Grupos de Pesquisa, busca-se incentivar ainda mais a publicação de

livros monográficos de autoria integral ou em co-autoria.

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- Apesar de explícita vocação extensionista, o PPGCOM/UFMG vem trabalhando para explicitar

com mais ênfase e precisão o vínculo entre as atividades de extensão e as atividades de

pesquisa.

- O ingresso de novos docentes no Programa traz consigo os desafios de compatibilizar e

parametrizar os modos de atuação do corpo docente, mantendo o respeito à saudável

diversidade interna e às diferenças geracionais. Nesse sentido, os grupos de pesquisa têm sido

abrigo para os percursos individuais, no sentido de amparar coletivamente os projetos de

investigação, as orientações e favorecer o bom nível da produção intelectual.

- A expansão do Programa exige atenção às condições materiais de oferta das atividades.

Nesse sentido, é um imperativo cotidiano o adequado dimensionamento das demandas

infraestruturais junto à Unidade (FAFICH) e à Universidade, frente à ampliação e diversificação

de atividades de ensino, de extensão, de cooperação regional, nacional e internacional e de

produção técnica e científica.

- O Programa vem desenvolvendo grandes esforços de estabelecer parâmetros gerais e

comuns referentes à produção científica, à inserção e atuação discente e docente, aos

processos de elaboração de teses e dissertações, entre outros, tendo como baliza o respeito às

suas diferenças internas e à autonomia dos seus pesquisadores. Um caminho necessário é a

atualização de normas, regulamentos e procedimentos institucionais, já em curso.

_ Os processos de internacionalização privilegiam relações duradouras e em mão-dupla, o que

exige tempo de maturação, recursos financeiros e dedicação dos docentes na construção das

parcerias. O fato do PPGCOM/UFMG estar localizado numa cidade jovem e que, apesar de sua

importância nacional, não é referência internacionalmente conhecida nem está em região de

fronteira é um estímulo a mais para o desenvolvimento de ações consistentes e estáveis, para

além de presenças pontuais e efêmeras, seja em eventos e instituições estrangeiras, por parte

dos seus docentes, seja em Belo Horizonte, por parte de convidados internacionais.

- Desde 2015 o PPGCOM passou a usufruir da sala de Videoconferência localizada na Biblioteca

da Fafich e equipada com recursos do Programa PACCSS, da Fapemig. A sala possui capacidade

para 15 pessoas e está equipada com computador, televisão, duas telas de projeção e sistema

de teleconferência. Reuniões de grupos de pesquisa e bancas de mestrado e doutorado têm

sido realizadas nesta sala, uma vez que tal recurso possibilita eficaz contato com

pesquisadores e colegas nacionais e estrangeiros, viabilizando parcerias, cooperações e

elaboração conjunta de projetos. Contudo, nossos docentes e discentes muitas vezes não

conseguem marcar suas atividades nesse espaço de uso coletivo, devido ao excesso de bancas

atualmente realizadas à distância.

Planejamento futuro

Os planejamentos regular e estratégico do PPGCOM são atribuições primeiras do seu

Colegiado, constituído por representantes docentes das linhas de pesquisa, por representantes

discentes e pela Coordenação. Do ponto de vista do planejamento regular, as ações do

Colegiado organizam-se com o apoio de Comissões dedicadas a aspectos específicos do

Programa, como a comissão de bolsas, a comissão de planejamento financeiro, a comissão de

fluxo docente, as comissões do processo seletivo, comissão de ações afirmativas, a comissão

de autoavaliação, entre outras. É papel dessas comissões o levantamento de dados, a

realização de diagnósticos e a proposição de ações, a curto, médio e longo prazo.

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O planejamento do PPGCOM/UFMG incide, com maior regularidade, sobre os seguintes

aspectos da vida cotidiana institucional:

a) Normas e regulamentos. Dado o crescimento do Programa e as alterações em normas gerais

vindas da administração central da UFMG, da Capes e outros órgãos do Mec, o Colegiado vem

sistematicamente revendo e atualizando suas normas e regulamentos, de modo a adequá-las

às condições presentes e preparando o Programa para cenários futuros. Em 2017, diante da

necessidade de ampliação do Programa, debateu-se a necessidade de atualizar os Critérios de

Credenciamento e Renovação de Credenciamento do Corpo Docente, publicado como

Resolução 01/2018. Diante das alterações nas Normas Gerais de Pós-Graduação da UFMG, o

Colegiado precisou discutir as Normas Gerais do PPGCOM. O PPGCOM tem como desafio

gerenciar seu crescimento, docente e discente, de modo a garantir excelência. Um dos

mecanismos para tal ação foi a reforma curricular articulada com as revisões acima expostas.

Outra medida fundamental, tanto para consolidação das linhas de pesquisa, quanto para o

crescimento numérico de discente, foram as alterações no processo seletivo. Outras normas e

regulamos do PPGCOM atualizados recentemente estão disponíveis em nosso site:

http://www.ppgcom.fafich.ufmg.br/regres.php

b) Processo seletivo. Em função do crescimento do PPGCOM/UFMG e das especificidades do

cenário nacional, o processo seletivo é planejado a cada ano e também a médio prazo a partir

do trabalho da Comissão de Fluxo (que verifica e analisa a relação docente/orientação,

planejando o fluxo de orientações e de oferta de vagas de orientação por docente e por linha

de pesquisa), a Comissão de credenciamento e recredenciamento; a Comissão de Ações

afirmativas (que acompanha dos processos de implementação de políticas públicas voltadas

para pessoas negras, com deficiência, indígenas e transexuais) e as comissões de seleção

(conforme cada linha de pesquisa), que não só conduz o processo seletivo como indica ajustes,

temas, aspectos e dimensões a serem considerados.

c) Bolsas. A Comissão de bolsas é responsável pela proposição de regulamentação específica,

inclusive de atualizações e complementações, e sua implementação a cada ano.

d) Comissão de planejamento financeiro, responsável pelo plano de metas, com

detalhamento do planejamento dos gastos e uso dos recursos financeiros do Programa e pela

avaliação de casos específicos que emergem nas atividades acadêmicas rotineiras do PPGCOM.

O planejamento estratégico é tributário das propostas e diagnósticos dessas e de outras

comissões e envolve, além das reuniões regulares do Colegiado,

i) Reuniões regulares das linhas de pesquisa (ao menos 2 – duas – por semestre)

ii) Reuniões gerais do PPGCOM (1 por semestre)

iii) Ações de autoavaliação internas ao PRPG. A partir de 2019, o PPGCOM está

aprimorando seus processos de autoavaliação, com vistas a torná-las mais regulares e

estruturais. A partir de 2020, estão previstas ações diagnósticas conduzidas através da

atuação de uma Comissão de Autoavaliação interna, a realizar prospecções e

proposições a partir dos dados da Plataforma Sucupira, a serem discutidos e

compartilhados pelo Colegiado e pelo pleno do PPGCOM.

iv) Ações de autoavaliação da UFMG. A PRPG vem estruturando um processo regular

de autoavaliação da pós-graduação, para o qual o PPGCOM tem contribuído efetivamente,

inclusive com a participação de um seus docentes no Conselho Consultivo da Comissão

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diagnóstica da pós-Graduação. A expectativa é que, para 2021, tanto a autoavaliação

interna ao PPG quanto a da UFMG estejam já organizadas e processo de consolidação.

Esse conjunto de ações e reuniões estabelecem que o planejamento estratégico do

PPGCOM é um ato coletivo, periódico, que implica a construção de percepções comuns e

compartilhadas, inclusive quanto às perspectivas e escolhas do Programa. Elaborado dessa

forma, o planejamento estratégico vem incidindo positiva e inequivocamente no PPG,

sendo diretamente responsável pela política de bolsas e por escolhas referentes à

internacionalização, por exemplo.

Além disso, ações específicas, como a caracterização do processo seletivo e a

implementação do Selo PPGCOM/UFMG respondem a ele. No caso do processo seletivo, a

partir de 2017 a seleção ocorreu separadamente por linha de pesquisa, de modo a se

enfatizar a mediação das linhas de pesquisa na seleção, tornando mais precisos e objetivos

os vínculos entre os projetos apresentados e as ementas. O processo seletivo incorporou

ainda procedimentos específicos de atendimento às políticas de ação afirmativa.

Já no que diz respeito ao Selo PPGCOM/UFMG, instaurado em 2013, ele é parte de uma

política de inserção social, com explícito foco na divulgação científica. O Selo destina-se à

publicação de livros (integrais e em coletâneas) que não são facilmente acolhidos pelas

editoras tradicionais, mas que promovem a inserção social do Programa, assim como a

difusão, a públicos mais amplos, do conhecimento produzido por seus pesquisadores,

professores permanentes ou colaboradores, mestrandos, doutorandos e egressos. O Selo

conta com Conselho Editorial e Conselho Científico. Todas as obras publicadas são

gratuitas e de livre acesso, devendo necessariamente estar disponibilizadas na página do

PPGCOM/UFMG.