auto propelido

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IRRIGAO POR AUTOPROPELIDO

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SISTEMA DE IRRIGAO POR ASPERSO DO TIPO AUTOPROPELIDO O sistema de irrigao por asperso mvel movimentado por energia hidrulica, sendo composto por um canho hidrulico (aspersor canho), montado sobre uma plataforma, que se desloca sobre o terreno, irrigando-o simultaneamente (Figuras 1 e 5 ) Exige um motor para a propulso, um aspersor do tipo canho, uma mangueira de alta presso (at 500 m), um cabo de ao ou um carretel enrolador (dependendo do tipo de movimentao) e uma plataforma para instalao. Normalmente o ngulo de giro do aspersor de 330 para manter seca a faixa de movimentao do carro ou aspersor. H basicamente dois tipos de autopropelido no mercado, de acordo com o agente movimentador, os quais sero detalhados. Com movimentao por cabo de ao O equipamento movimenta-se pelo recolhimento de um cabo de ao. A gua que bombeada para a irrigao gira uma turbina, que aciona um sistema de engrenagens, promovendo o deslocamento da plataforma (carrinho com aspersor) e seu recolhimento pelo cabo de ao ancorado. (Figura 2, 8 e 9). utilizado principalmente em irrigao de pastagens, cana-de-acar, pomares e cafezais. A principal vantagem do sistema permitir irrigar vrias reas com apenas um equipamento. Geralmente, necessita de maquinrio para enrolamento da mangueira aps a irrigao no local (Figura). As limitaes desse tipo de equipamento resumem-se, principalmente, a um alto consumo de energia, devido s perdas de carga na movimentao do equipamento, no comprimento da mangueira e no funcionamento do canho (Ps), e uma alta intensidade de aplicao (vazo do canho). o mais antigo, de menor custo de aquisio, sendo sua principal limitao a baixa durabilidade da mangueira; foi bastante utilizado no passado, sendo hoje substitudo pelo carretel enrolador. Com movimentao por carretel enrolador O carretel enrolador constitui-se basicamente de um conjunto motriz, formado por uma turbina hidrulica e um redutor de velocidade, que aciona um carretel conectado a uma mangueira especial de Polietileno de Mdia Densidade (PEMD), podendo variar de 50 a 140 mm de dimetro externo e de 150 a 550 metros de comprimento. A outra extremidade da mangueira PEMD ligada a um carro irrigador com canho aspersor (Figuras 1, 3, 4, 5, 6, 7 e10 ). Esse sistema permite irrigar as mais variadas culturas, como hortifrutigranjeiros, frutferas, campos de golfe e de futebol. Tambm permite fertirrigao com vinhoto (resduo de fabricao do lcool), esterco suno e bovino diludo, alm de diversos outros resduos industriais em qualquer cultura e fase de desenvolvimento. Tem como principais vantagens: mobilidade e versatilidade do equipamento, facilidade de operao, menor quantidade de tubos e acessrios, no exige sistematizao da rea a ser irrigada, maior rendimento operacional, menor perda de reas com canais e menor quantidade de mudanas e transporte da mquina e motobomba. Semelhantemente ao tracionado por cabo de ao, suas limitaes resumem-se ao alto consumo de energia (valores altos de perda de carga) e alta intensidade de aplicao (vazo do canho). Alm disso, exigem maior cuidado e ateno quando se tratar de um equipamento grande e pesado, necessitando de alta potncia e dois operadores para o manuseio do equipamento, alm de um trator. Um ponto fundamental de um projeto de autopropelido a definio das reas subirrigadas no incio e final do percurso, em que existem muitas incertezas e falta de informaes inadequadas. Observa-se, portanto, adoo de critrios pouco tcnicos, trazendo erros. 2

Para atender melhor o problema, preciso considerar que existem trs faixas de irrigao durante o percurso do autopropelido: inicial, intermediria e final. Na rea inicial, se o carro estiver sempre em movimento, ter-se- sempre uma aplicao de lmina crescente do limite da rea at uma distncia correspondente ao raio de alcance do aspersor ( faixa subirrigada). Desse ponto em diante, a lmina aplicada constante ao longo da faixa at chegar novamente a uma distncia igual ao raio do aspersor; desse ponto ao limite da rea, novamente tem-se uma faixa subirrigada (com lminas agora decrescentes). A fim de minimizar esse problema, recomenda-se, no incio e final do percurso, manter o equipamento irrigando sem se movimentar. Em algumas reas, inclusive, aplica-se uma inverso do ngulo de molhamento do aspersor. Keller e Bliesner (1990) apresentam uma metodologia para definir o comprimento dessas faixas externas e o tempo que o equipamento deve ficar parado nesses locais. Destacamse as faixas inicial, intermediria e final, cujas dimenses e tempo de funcionamento so apresentados pelas equaes a seguir.2 Li = xR j 3

2 w 180 L f = x xR j 3 180

2 w Rj Ti = T f = x x 3 360 Vd

em que: Li = comprimento da faixa inicial, metros; Rj = raio irrigado pelo aspersor, metros; Lf = comprimento da faixa final, metros; w = ngulo de giro do aspersor, graus; Ti = tempo de irrigao no incio, minutos; Tf = tempo de irrigao no final, minutos e Vd = velocidade de deslocamento do equipamento, m/min.

Existem outras maneiras de se calcular ou administrar o funcionamento do equipamento nas posies inicial e final da faixa, sendo importante consultar as recomendaes dos fabricantes.

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