auriculoterapia 3 teoria neuro humoral e diagnostico

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Teoria Neuro-humoral Descobertas mais recentes no campo da pesquisa científica sobre acupuntura e auriculoterapia mostram evidencias do envolvimento neuro-humoral e neural no mecanismo de ação da analgesia pela acupuntura somática e auricular. As substâncias bem conhecidas no mecanismo são as endorfinas, encefalinas, serotonina, histamina, prostaglandina, entre outras. efeito analg!sico da acupuntura  pode ser inibido ao se in"etar solução anest!sica clássica no acuponto antes da picada da agulha embora o bloqueio vascular sang#íneo não iniba a ação analg!sica. s estímulos nociceptivos provocados pela acupuntura no ponto auricular deflagram potenciais de ação que são transmitidos pelas fibras sensitivas calibrosas de condução rápida at! a medula espinhal em cone$ão por intemeuronio com o neur%nio de segunda ordem, estabelecendo um potencial inibit&rio pr!-sináptico sob o controle central, segundo a teoria do portão da dor ou gate control. A administração da 'alo$ona antagonista da morfina inibe a ação analg!sica da auriculoterapia na fase inicial( ap&s alguns minutos, não interfere, o que fa) supor a e$ist*ncia de outras substâncias end&genas, al!m dos opiáceos, envolvidas no mecanismo de ação da analgesia pela auriculoterapia. s estímulos perif!ricos provocados pela auriculoterapia produ)em potente ação analg!sica e emocional, promovem efeito calmante, tranq#ili)ante e regulat&rio do sistema neurovegetativo. tempo que se leva para indu)ir o efeito da auriculoterapia e efeitos gerais e comportamental varia de + a minutos, e parece levar o mesmo tempo que leva para se liberar substancias opiáceas pela estimulação direta sobre os centros superiores tronco-encefálicos. SEMIOLOGIA DO MICROSSISTEMA AURICULAR 1. Etapas do Dia!"sti#o A primeira etapa semi&tica do microssistema auricular consiste na anamnese ou interrogat&rio do paciente. A pr&$ima etapa ! o e$ame físico, fase caracteri)ada pela inspeção auricular. As manobras de inspeção seguem as seguintes condiç/es0 a1 2osição paciente 3 profissional. paciente deve ficar na posição de dec4bito dorsal confortável com a cabeça inclinada a +56 em relação ao longo ei$o do corpo, a fim de que se obtenha amplo campo de visão para a inspeção do pavilhão da orelha. profissional deve ficar pr&$imo e ao lado da região cefálica do paciente para facilitar as manobras de manuseio das aurículas. A mesa au$iliar tendo 7 disposição os instrumentos, aparelhos e materiais para a

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  • 5/20/2018 Auriculoterapia 3 Teoria Neuro Humoral e Diagnostico

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    Teoria Neuro-humoral

    Descobertas mais recentes no campo da pesquisa cientfica sobre acupuntura e

    auriculoterapia mostram evidencias do envolvimento neuro-humoral e neural no

    mecanismo de ao da analgesia pela acupuntura somtica e auricular.

    As substncias bem conhecidas no mecanismo so as endorfinas, encefalinas,

    serotonina, histamina, prostaglandina, entre outras. efeito analg!sico da acupuntura

    pode ser inibido ao se in"etar soluo anest!sica clssica no acuponto antes da picada da

    agulha embora o bloqueio vascular sang#neo no iniba a ao analg!sica. s estmulos

    nociceptivos provocados pela acupuntura no ponto auricular deflagram potenciais de

    ao que so transmitidos pelas fibras sensitivas calibrosas de conduo rpida at! a

    medula espinhal em cone$o por intemeuronio com o neur%nio de segunda ordem,

    estabelecendo um potencial inibit&rio pr!-sinptico sob o controle central, segundo ateoria do porto da dor ou gate control. A administrao da 'alo$ona antagonista da

    morfina inibe a ao analg!sica da auriculoterapia na fase inicial( ap&s alguns minutos,

    no interfere, o que fa) supor a e$ist*ncia de outras substncias end&genas, al!m dos

    opiceos, envolvidas no mecanismo de ao da analgesia pela auriculoterapia.

    s estmulos perif!ricos provocados pela auriculoterapia produ)em potente ao

    analg!sica e emocional, promovem efeito calmante, tranq#ili)ante e regulat&rio do

    sistema neurovegetativo.

    tempo que se leva para indu)ir o efeito da auriculoterapia e efeitos gerais e

    comportamental varia de + a minutos, e parece levar o mesmo tempo que leva para

    se liberar substancias opiceas pela estimulao direta sobre os centros superiores

    tronco-enceflicos.

    SEMIOLOGIA DO MICROSSISTEMA AURICULAR

    1. Etapas do Dia!"sti#o

    A primeira etapa semi&tica do microssistema auricular consiste na anamnese ou

    interrogat&rio do paciente. A pr&$ima etapa ! o e$ame fsico, fase caracteri)ada pela

    inspeo auricular. As manobras de inspeo seguem as seguintes condi/es0

    a1 2osio paciente 3 profissional.

    paciente deve ficar na posio de dec4bito dorsal confortvel com a cabea inclinada

    a +56 em relao ao longo ei$o do corpo, a fim de que se obtenha amplo campo de

    viso para a inspeo do pavilho da orelha. profissional deve ficar pr&$imo e ao lado

    da regio ceflica do paciente para facilitar as manobras de manuseio das aurculas. Amesa au$iliar tendo 7 disposio os instrumentos, aparelhos e materiais para a

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    auriculoterapia podem se situar atrs do div clnico e imediatamente ao lado do

    profissional, para fcil acesso da mesa ao paciente e vice-versa.

    $% &o#o de lu'.

    A luminosidade natural ou foco indireto sobre o pavilho auditivo fica a tal distncia

    que impea o aquecimento da pele do paciente e no altere a colorao cutnea

    auricular.

    (. Ma!o$ras de Dia!"sti#o

    a% i!spe)*o +isual

    primeiro contato com a aurcula do paciente para fins de diagnose deve ser o visual.A anlise visual da orelha fornece uma s!rie de informa/es0

    Correspo!d,!#ias A!atmi#as Auri#ulares

    8rregularidades anat%micas do pavilho evidenciam altera/es e3ou disfun/es

    orgnicas, por e$emplo0 a insufici*ncia renal cong*nita 9rim :in insuficiente1 est

    associada 7 bai$a implantao da orelha, como tamb!m os sinais auriculares. Defeitos

    anat%micos na rea auricular indicam alterao funcional lesional ou energ!tica na rea

    ou &rgo em correspond*ncia somatot&pica. ;$emplo0 altera/es anat%micas na regiodo ante-h!li$ correspondente a coluna vertebral indicam desvios de coluna, oste&fitos

    etc...

    Colora)*o da orelha

    As altera/es da colorao do pavilho auricular so indicativas de dist4rbios

    funcionais, e podemos encontrar as caractersticas de um gradiente de discromias

    auriculares tais como0

    palide) < rim insuficiente

    eritrose < corao, hipertenso

    verde < fgado

    cin)a < pulmo

    amarelada < bao

    a)ulada < fgado ou algia

    /. 0reas Auri#ulares e Leses &u!dame!tais

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    A somatotopia auricular normalmente ! distribuda em reas puntiformes, o que facilita

    a identificao da )ona de correspond*ncia fotogrfica. 'o interior de cada rea

    auricular descrita no mapa cartogrfico h vrios pontos auriculares. Deste modo

    temos, p%r e$emplo, a rea auricular que corresponde ao est%mago e nesta mesma rea

    somatot&pica esto contidos vrios pontos auriculares0 ple$o solar, crdia, piloro, entreoutros.

    As les/es fundamentais so sinais clnicos e quando encontrados em alguma rea

    auricular indicam altera/es de um &rgo, meridiano e3ou estrutura em correspond*ncia

    somatot&pica. Assim sendo, podemos encontrar mculas ou manchas nas reas

    auriculares acusativas de nveis lesionais que determinam a polaridade da patologia.

    2ortanto0

    manchas esbranquiadas < doena de polaridade :ang(descama/es, seborr!ia < superficial, recente(

    eritema < patologia :ang, aguda, inflamao(

    hiperpigmentos acastanhados < doena :in, degenerativa(

    hipercromia escura < doena proliferativa, litase, tumores.

    As manchas marrons so sinais indicativos, tamb!m de uma aus*ncia de estrutura ou

    &rgo cong*nito, e e$cluso diagnostica cabe a anamnese. 2odemos encontrar achados

    clnicos de outros tipos de les/es bsicas0 ppula, placa, descamao epitelial etc., sobre

    a rea auricular, indicando alterao da funo do &rgo e3ou estrutura contida nomicrossistema.

    s pontos e3ou reas do microssistema da orelha que apresentarem les/es fundamentais

    indicativas de certas altera/es se"am do &rgo, ou de uma estrutura devem receber o

    tipo de estmulo adequado 9agulha, laser1 e ser estudado mais adiante.

    manuseio digital da aurcula ! recomendado durante a fase de inspeo visual. A

    ocorr*ncia eventual de uma alterao anat%mica pode dificultar o campo de viso num

    l&bulo, tragus ou antitragus, retrados( e o au$lio da manobra do tracionamento e dapresso digital permite a observao da conformao anat%mica mais regular, de melhor

    visuali)ao. Assim sendo, o l&bulo pode ser tracionado para bai$o, o tragus para cima

    e, o antitragus recebe palpao com presso digital 9para dentro e para cima1. A

    inspeo auricular deve ser sempre bilateral e antero posterior. A visuali)ao da face

    mast&ide da orelha ! feita na manobra digital ou bi digital com a ao de se dobrar o

    pavilho auricular de ambos os lados.

    2. Determi!a)*o dos 3o!tos Auri#ulares 4iper5li#os

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    Durante a manobra diagnostica feita pela palpao digital direta procuram-se investigar

    o ponto mais doloroso e a identificao da rea auricular, deve-se perceber a te$tura,

    temperatura, aparecimento de les/es bsicas, dados que posteriormente sero

    comparados a cartografia dos pontos auriculares para se reconhece-los.

    A fase de palpao puntiforme e a direta so de grande importncia na determinao do

    ponto hiperlgicos e pode ser feita com o au$lio de instrumentos de ponta romba0

    estilete de madeira, palito de f&sforo ou ento o cabo da agulha filiforme de acupuntura,

    brunidor de amalgama, tampa de caneta =>8?@. paciente pode manifestar dor a

    palpao puntiforme em determinado ponto em correspond*ncia somatot&pica.

    recurso da pesquisa do ponto lgico auricular ! valioso tanto para fins de diagn&stico

    como terap*uticas, ha"a vista o ponto lgico ser o principal acuponto a receber o

    estmulo. egundo o Dr. 'ogier a presso e$ercida sobre o ponto auricular no devee$ceder a gramas.